Revista para famílias do bairro Anchieta e região | nº2 | maio/16
em casa
A mãe que eu decidi ser Mulheres trocam emprego pelo empreendedorismo, defendem direitos, se unem para pensar novas maneiras de criar filhos, e se tornam as mães que escolheram ser
Adriana e os filhos Pedro e Nina, na Praça Marino Mendes Campos
Viagens & cia
na sua mesa
comportamento
Você precisa conhecer a Lapinha da Serra! p.6
Receitas vegetarianas fáceis e de dar água na boca p.8
Sobre gaslighting: não à violência emocional! p.16
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facebook/giriapresentesbh anchieta em casa • maio de 2016
editorial
Agora é que são elas! Aposto que, com esse título, você já estava esperando ler alguma coisa desagradável ou complicada nesse editorial da nossa já querida Anchieta Em Casa, não é mesmo? Pois saiba que, aqui, estamos desmitificando essa expressão: nossa edição trata, com muito carinho, de alguns assuntos que colocam as mulheres em destaque. Na matéria de capa, abordamos perfis e comportamentos de mães contemporâneas que incorporaram a esse papel novas maneiras de agir, pensar e se colocar na sociedade e na criação de seus filhos. Leia e conheça essas histórias inspiradoras! Em outra seção, a psicóloga Cristina Veríssimo aborda, em um texto muito interessante, a questão da violência emocional contra a mulher: uma triste realidade que merece nossa atenção. Além disso, temos delícias vegetarianas, sugestões de plantas para dentro de casa, uma dica de viagem imperdível, programas culturais do mês e muito mais nessa edição. Aproveite a Anchieta Em Casa de maio: leia, divirta-se, contribua! E obrigada por nos receber no seu lar novamente. Esperamos ser, todos os meses, cada vez mais “de casa” para nossos parceiros, vizinhos e leitores. Um beijo carinhoso,
Anchieta em casa Anchieta em Casa é uma publicação da Gíria Design e Comunicação Av. Bandeirantes, 1.299, lj. 10 - Anchieta. CEP: 30.310-403 | (31) 3222-1829 Projeto gráfico, design e redação: Equipe Gíria Jornalista responsável: Marcelo Miranda - JP 66716/MG Tiragem: 7.500 exemplares Distribuição: BH Home (gratuita e porta-a-porta) Foto da Capa: Carolina Lentz Cartas à redação e sugestões: anchietaemcasa@giria.com.br Para anunciar, ligue: (31) 3222-1829
Carolina Lentz
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meu jardim
Verde que te quero em casa! Que qualquer planta traz vida e levanta o astral da nossa casa, todos nós sabemos. E não é preciso ter uma jardineira ou canteiro para usufruirmos dessas belezas dentro de casa. Entretanto, a dificuldade, muitas vezes, está em ajustar o tipo
de planta mais adequado para os ambientes sem luz direta. Separamos aqui algumas sugestões de plantas para ambientes internos e os cuidados mais apropriados para que vivam bem e possam encher seus dias de mais vida, beleza e leveza!
Palmeira Ráfis: Fica bem na sombra, com iluminação indireta. É importante regá-la com frequência (3 vezes por semana), porém sem encharcar seu substrato.
Mini-cáctus: Ao contrário dos cactos grandes, não devem ser expostos à luz direta do sol e ficam melhor em ambientes internos bem iluminados. A rega deve acontecer uma vez por semana.
Kalanchoe: Com diversas opções de cores, essas florezinhas duram, em média, 15 dias. Devem ser mantidas na sombra com iluminação indireta e devem ser regadas 2 vezes por semana.
Echeveria: É uma suculenta: armazena água nas folhas e caules, que tem o formato parecido com o de uma rosa. Deve ser regada apenas 1 vez por semana e não receber luz direta do sol.
Licuala: Essa palmeira tem grande capacidade ornamental. Deve ficar em ambiente claro, sem luz direta do sol. Borrife água nas folhas e caule, 2 vezes por semana.
Pleomele: tem as folhas com as bordas brancas ou verde-limão. Deve ficar em ambiente claro, porém sem luz direta do sol. Regue 2 vezes por semana, sem encharcar a base.
Sigônio: Suas folhas têm nervuras brancas quando jovens e ficam completamente verdes depois de madura. Deve ser mantida à meia-sombra e regada a cada 2 dias.
Bromélia: Linda e imponente, essa planta dá flores maravilhosas que duram bastante. Se dá muito bem em ambientes com claridade indireta e deve ser regada a cada 2 dias.
Jade: Essa planta demora um pouco para crescer, mas compensa a espera! Deve receber luz do sol direta ao menos uma vez ao dia e a rega deve ser feita 2 vezes por semana.
anchieta em casa • maio de 2016
coisas de casa
Como trocar a bucha de uma torneira Se uma torneira não para de pingar ou se ao ser fechada continua girando sem parar, com se tivesse perdendo a rosca, pode ser o momento da troca de sua bucha, também conhecida como carrapeta ou vedante. Tarefa simples que, com poucas ferramentas em mãos, você consegue executar sozinho em casa, sem gastar muito, além de evitar o desperdício de água. Não percebemos com facilidade, mas uma torneira pingando pode gastar, em um dia, até 46 litros de água. São aproximadamente 1.380 litros por mês que são desaproveitados sem necessidade. Você vai precisar de: chave de fenda ou philips, chave inglesa e uma bucha nova.
passo a passo:
1- Feche o registro geral que abastece a torneira com defeito. Abra a torneira para que a água que ficou no cano escoe totalmente até cessar. 2- Retire o pino fixador (peça de acabamento-A) da torneira. Ele pode ser de rosca ou de pressão. 3- Desenrosque o parafuso escondido pelo acabamento com a chave adequada (fenda ou philips). Retire o volante (peça que usamos para abrir e fechar a torneira-B).
4- Com o auxílio de uma chave inglesa, retire a porca da haste principal encontrando a bucha. Ela pode ser de borracha, silicone, couro ou plástico. Leve o modelo desgastado até uma loja de materiais de construção para efetuar a compra da peça correta de reposição. 5- Substitua a bucha velha (C) pela nova (D) e remonte a torneira cuidadosamente, agora de trás para frente. Abra o registro e faça um teste de funcionamento. A
B
D
C
*São muitos os modelos e marcas de torneiras disponíveis no mercado, assim como suas peças de reposição. O modelo que ilustra a matéria não necessariamente retrata aquele que você tem em casa, apesar de o princípio básico de troca ser semelhante para todos. Caso o problema persista, entre em contato com um profissional adequado para uma vistoria completa.
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Viagens & cia
Por Fabrícia Pedretti Melillo
Turismóloga e sócia-proprietária da Ideal Viagens
Beleza ímpar entre montanhas e cachoeiras Na proteção das nossas montanhas nos sentimos à vontade, e o turismo em nossas Minas Gerais vai muito além dos incríveis hotéis fazenda. Há, também, ótimas opções de lazer e de escapadas que oferecem esportes, natureza e charme: do rústico ao luxo, estamos mais que bem servidos de opções. Um exemplo disso é a adorável Lapinha da Serra, uma vila pequena, mas com uma paisagem de deixar qualquer um impressionado (não se trata do local onde se encontra a gruta da Lapinha, uma associação muito comum). A Lapinha da Serra faz parte do Morro da Pedreira, pertencente ao município de Santana do Riacho, que é parte do cinturão de proteção da Serra do Cipó. É uma vila com população de aproximadamente 450 habitantes, em sua maioria vivendo de agricultura de subsistência ou de atividades ligadas ao turismo. Para chegar neste pedacinho de quietude mineira, você irá rodar cerca de 140 km vindo de Belo Horizonte, parte deles em asfalto (em excelentes condições) pela MG-10, e mais 12 km em estradinha de terra, nem sempre em bom estado: mas, uma vez lá, todo o esforço terá valido a pena. À beira de uma lagoa que serve como espelho d’água cresce uma majestosa montanha que emoldura suas paisagens bucólicas. Lá é possível fazer um delicioso passeio de canoa pela lagoa que espelha a cor do céu: sempre um convite à contemplação. Lindas cachoeiras, como a Bicame, cachoeira do Boqueirão
Para quem curte um visual maravilhoso entre as montanhas, a Lapinha da Serra é um local privilegiado. Acima, vista da casa do Teuller, disponível para locação. Ao lado, fachada da pizzaria Forneria
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anchieta em casa • maio de 2016
e cachoeira do Rapel fazem a alegria dos amantes da natureza. Para entrada em algumas cachoeiras é cobrado um ingresso, que varia de R$10,00 a R$15,00, pagos localmente em dinheiro. Uma opção mais distante é a Bicame que, por se tratar de uma RPPN (reserva particular de patrimônio natural) das Brumas do Espinhaço Ermo Gerais, tem capacidade de visitantes regulada e é uma boa alternativa para quem gosta de uma bela caminhada antes do banho refrescante. A Bicame impressiona tanto pelo poço enorme quanto pelo volume de água das suas quedas. Depois de um dia de passeios, sendo sua escolha canoagem, caminhadas ou cachoeiras, nada como uma bela refeição. No restaurante da Dona Lina, a comida é bem caseira: você se sente na própria casa de interior. Agora, se quer almoçar tendo a mais bela vista do lugar para alimentar o corpo e alma, vá ao restaurante Moendas, de frente para a lagoa: uma gostosura de ambiente com comida muito gostosa. Para quem é adepto de orgânicos ou alimentos sem agrotóxico, o restaurante da Rosângela produz quase tudo que serve, ou seja, tudo bem cheio de vida. Como a Lapinha é uma vila pequena, o bom “quem tem boca vai a Roma” funciona mais que endereços. Para a noite, não deixe de visitar a Forneria: as pizzas e calzones são um verdadeiro deleite, e a simpatia do Transpa, proprietário e pizzaiolo do lugar dão um pontapé no seu início de noite. As pizzas são artesanais e assadas em forno à lenha e as combinações de sabores são surpreendentes. Uma coisa boa: há muitas opções vegetarianas. Para se hospedar, existem pousadas charmosas como a Travessia, (31) 99792-1140, Dubreu (31) 98857-5323 e Pico do Cipó (www.opicodocipo.com.br - (31) 3718-8909). Outra alternativa de hospedagem são as excelentes casas para alugar que há na região. A casa do Teuller, por exemplo, tem uma vista da piscina de tirar o fôlego.
Para os adeptos do acampamento, o camping das bromélias (campingbromelias.com.br) é super organizado, com bons banheiros e oferece diárias com e sem café da manhã. Além disso, caso você queira alugar sua barraca lá, também é possível: o proprietário do lugar é um entusiasta da Lapinha e conhece o lugar como poucos.
Informações Importantes: Como Chegar: Siga a MG - 10 até o distrito da Serra do Cipó. Após a pousada Cipó Veraneio siga até o trevo que indica a entrada para Santana do Riacho, à sua esquerda, e siga até a cidade. Chegando lá você irá passar pela praça principal e pegar a rua de calçamento ao lado da igreja. Siga o calçamento até pegar a estradinha de terra seguindo sempre nas bifurcações da estrada de terra a sua direita. Telefonia: Por ser um local mais isolado, a telefonia celular não tem um sinal muito bom. As chamadas por whatsapp funcionam melhor. Dinheiro: Não existem caixas eletrônicos para saques e pagamentos no cartão podem ser um problema por conta do péssimo sinal. Portanto leve consigo o dinheiro para as despesas locais. Abastecimento: Não há postos na região, portanto, abasteça seu carro suficientemente para ir e voltar antes de se dirigir para lá. O que levar: Roupas leves, tênis confortáveis para caminhadas, medicamentos de uso rotineiro, roupas de banho, e garrafinha de água.
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Semana da Criança (9 a 16/10)
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Passagem aérea ida e volta, taxas de embarque, 3 noites de hospedagem com café da manhã Visita às cataratas e Itaipu **
Valores para dois adultos
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Total do pacote
Total do pacote
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R$ 573,90
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R$ 681,70
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* Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio e disponibilidade de vagas. ** Não inclui ingressos.
Rua Padre Odorico, 128 Sala. 1004-1006 - São Pedro - BH/MG - (31) 2552-2503 - idealviagens.tur.br
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na sua mesa
Delícias sem carne!
O número de pessoas que optam por deixar de comer carnes, tanto brancas quanto vermelhas, tem crescido nos últimos anos em todo o mundo. Como vivemos em uma sociedade que cozinha tendo a carne como prato principal, muitas vezes nos esquecemos de que há receitas vegetarianas deliciosas que podem protagonizar qualquer refeição. Vejam algumas opções fáceis e muito gostosas que preparamos para você experimentar:
torta delícia de legumes Ingredientes: 2 ovos 1 xícara de chá de leite 1 xícara de chá de óleo 6 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo 1 colher de sopa de fermento em pó 1 colher de sopa de queijo ralado 1 xícara de chá de mussarela em cubos 1 xícara de chá de tomates em cubos sem semente 1 xícara de chá de milho 1 xícara de chá de ervilhas 1 xícara de chá de palmito em pedaços Cheiro verde e temperos a gosto modo de preparo: Bata todos os ingredientes, menos o fermento e os legumes, no liquidificador. Após bater bem, junte em um recipiente o fermento e, depois, acrescente os legumes. Despeje a mistura em um recipiente untado e enfarinhado. Leve para assar em forno pré-aquecido em 200º até dourar. Se quiser, pode polvilhar queijo parmesão com farinha de rosca por cima, antes de ir ao forno, se for servi-la quente: essa dica cria uma casquinha crocante por cima e sua torta fica ainda mais gostosa. Com uma salada de folhas e arroz branco, a refeição fica completa!
yakissoba vegetariano Ingredientes: 500 grs. de espaguete de sua preferência 3/2 xícara de molho de soja 3/2 xícara de água 1 colher de sopa de amido de milho 1 colher de sopa de vinagre 1 cenoura grande cortada em tiras finas 2 xícaras de brócolis 1 xícara de champignons em fatias meio pimentão verde em tiras finas 1 xícara de repolho tempero a gosto modo de preparo: Refogue os legumes em azeite com seus temperos preferidos. Se tiver óleo de gergelim em casa, pode usá-lo para o refogado (o óleo de gergelim dá um sabor ainda mais oriental à receita). Em uma panela à parte, misture a água, o molho de soja, o amido de milho e o vinagre. Assim que a mistura engrossar, junte aos legumes e reserve. Cozinhe o macarrão em àgua fervente com sal. Assim que estiver pronto, misture em uma panela com o molho. Se quiser, pode acrescentar ao refogado ervilhas, cebola e palmito também. Sirva e delicie-se!
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anchieta em casa • maio de 2016
lasanha de abobrinha Ingredientes: 500g. de massa para lasanha 4 abobrinhas italianas raladas 200 ml de molho branco 300 ml de molho de tomate 200 g. de queijo parmesão ralado 500 g. de mussarela ralada ou em fatias 1 colher de sopa de curry azeite extravirgem tempero a gosto orégano e tomilho modo de preparo: Em uma frigideira grande ou panela wok, aqueça o azeite, refogue seus temperos de preferência e despeje a abobrinha. Sobre ela, coloque o curry e acerte o tempero. Cozinhe até que ela solte toda a água. Retire o excesso de água e reserve. Em um refratário grande, comece a montagem da lasanha: após a primeira camada de molho, coloque a massa e depois intercale: uma camada de massa, uma de abrobrinha, molho de tomate, molho branco, queijo mussarela ralado, orégano e tomilho. A última camada deve ser de massa e, sobre ela, cubra com um pouco de molho vermelho e um pouco de branco, cobrindo com mussarela e parmesão toda a superfície. Leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos e pronto! O resultado é um prato delicioso, vale a pena experimentar.
sua receita no anchieta em casa! Você tem uma receita de família que todo mundo adora? Então, mande pra gente e divida com seus vizinhos! Basta enviar para o email anchietaemcasa@giria.com.br com a receita completa e seus dados de contato. Sua receita poderá ser publicada em uma de nossas edições!
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nossa capa
Por Nathalia Ilovatte
Jornalista formada na Universidade Santa Cecília, em Santos, mas escolheu Belo Horizonte para morar. Já cobriu Moda, Beleza, Comportamento e Mulher nos portais iG e R7.
Elas não são todas iguais Mulheres da cidade contam suas histórias e mostram que cada mãe é de um jeito Do dom da previsão do tempo, que sempre dá a elas razão quando recomendam levar um casaquinho, ao amor desmedido e incondicional, muitas características unem todas as mães. Mas o ditado que diz que elas são todas iguais não poderia estar mais equivocado. Se antes uma boa mãe era só aquela que se dedicava integralmente à família e ao lar, agora esse não é o único perfil de
mulher realizada e que cria os filhos com amor. Hoje, ela pode ser e fazer o que quiser: trabalhar fora, cuidar da casa, virar atleta, criar um blog de sucesso. Engajadas, empreendedoras e criativas, mulheres da cidade dividem suas histórias e provam que cabem inúmeras caras e estilos nas definições de “melhor mãe do mundo”.
Mães apaixonadas pela cidade mãe de Sara, de 4 anos, e Raul, de um ano, ela criou o projeto Na Pracinha, que reúne dicas de lazer para crianças em Belo Horizonte, e ainda promove piqueniques, trocas de livros e brincadeiras. No ar desde 2012, o site Na Pracinha já virou a atividade profissional das duas comunicadoras, e segue mobilizando outros pais em prol de uma infância mais livre, lúdica e consciente. “O Na Pracinha começou como blog e hoje é um movimento sobre o brincar livre ocupando os espaços públicos da cidade, que usa como mediação uma plataforma de conteúdo para as famílias que se identificam com o projeto. Nossas crianças, como cidadãs, precisam conhecer e explorar os espaços de sua cidade, afinal, pertencem a nós e a elas, por isto, propomos a ocupação brincando em parques, praças e museus”, afirma Flávia. Foto: Duorama
Quando engravidou de Cecília, hoje com 5 anos, a publicitária Flávia Pellegrini se deu conta de que muitas das crianças da geração da filha são levadas pelos pais para passeios sempre em lugares fechados, como shoppings. Flávia, que cresceu brincando em praças, decidiu que proporcionaria a Cecília uma infância semelhante: ao ar livre e com muito espaço para gastar energia. Hoje, a publicitária também é mãe de Olívia, de um ano, e segue levando as pequenas a museus, parques e praças, além de organizar eventos em espaços públicos. “Além de vivenciar uma infância brincando livremente, explorando sua criatividade, imaginação, exercitando sua mente e corpo, acredito que ocupar a cidade, conhecê-la, as tornarão crianças mais conscientes de seus deveres cívicos”, explica. Com a amiga e também publicitária Míriam Barreto,
Míriam e Flávia (d), do Na Pracinha, reúnem a família e curtem os espaços públicos de BH
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anchieta em casa • maio de 2016
Mãe com coragem para se transformar
Foto: Arquivo pessoal
Gerente financeiro em uma produtora de vídeo, Tatiana Swarts fazia mágica com as poucas 24 horas do dia. Morava em Contagem, trabalhava pelos arredores da Savassi e deixava os filhos, então com 11 e 8 anos, na casa da mãe, em Santa Tereza. Sem hora para sair do trabalho, buscava as crianças às vezes às 8, às vezes às 10 da noite. “E tinha dias que eu os deixava dormir lá, porque às 6 da manhã do dia seguinte já teriam que sair de novo”, conta. Para que Vitor e Alicia passassem mais tempo em casa, mudou os filhos para uma escola próxima e contratou uma vizinha para cuidar deles. “Ela começou em uma segunda-feira, e na quinta me avisou: amanhã é meu último dia aqui”. Irritadas com a ausência da mãe, as crianças pegaram a ajudante para bode expiatório da situação. “Eles não obedeciam, trancavam a moça para fora de Tatiana com os filhos e o marido: mudança radical na carreira casa, colocavam o celular dela no microondas. Dimelhorou a relação da família ziam que queriam ficar comigo”, explica. Na época, a gerente chegou a procurar apoio psicológico para ter certeza da decisão que estava prestes a tomar, e só depois que pediu as contas na empresa comunicou o marido. “Ele ficou bravo, nós passamos uma semana sem conversar”, lembra. Sem os horários limitantes do emprego, começou a cuidar das refeições das crianças, passou a acompanhá-los a atividades extras como balé e futebol, e enfim pode participar do desenvolvimento dos filhos. “Depois, meu marido também pediu demissão e passamos um ano vivendo do acerto dele na empresa e planejando o nosso negócio”, conta ela, que desde 2012 é dona de uma importadora de instrumentos musicais e sustenta a família com os lucros da empresa. Com a mudança na rotina, Tatiana e o marido decidiram ter mais um filho, e hoje Vitor e Alicia ajudam a mãe a cuidar de Maria, de 7 meses. “Todo mundo colabora, mas nada é imposto. Se estão vendo que a neném está chorando, pegam ela no colo, distraem, colocam no andador”, conta ela, que sentia falta de ser presente na vida dos filhos e hoje consegue conciliar os cuidados com a família e a vida profissional. “A gente trabalha muito mais hoje, mas eu faço meu horário de acordo com a demanda dos meus filhos. Posso trabalhar um fim de semana inteiro, mas também posso emendar um feriado de folga com eles”, comemora a empreendedora, que se diverte passando madrugadas com as crianças, vendo filmes e jogando Banco Imobiliário.
Mulher multitarefa
Foto: Carolina Lentz
“Acho que eu sou uma mãe meio maluca, porque fui só enfiando coisas na minha vida”. É assim que a funcionária pública, artesã e mãe de duas crianças Adriana Valesca se descreve. Ainda solteira, trocou o emprego em empresa privada pelo funcionarismo público, para conseguir dedicar mais tempo à família que um dia teria. Hoje, aos 44 anos, casada, e mãe de Pedro, de 11 anos, e Nina, de 5 anos, leva e busca os filhos na escola, almoça junto com eles, se dedica ao trabalho formal e mantém alguns clientes da Ilustríssimo Papel, empresa de scrapbooking e lembranças especiais feitas em papel. “Hoje, se eu pudesse optar, ficaria só mexendo no meu artesanato e cuidando dos meninos”, revela AdriaAdriana se dedica ao trabalho formal, ao artesanato, à família e às amigas na, que mesmo precisando manter o emprego formal para pagar as contas da casa, é feliz com a vida que tem. “Eu me sinto realizada. Foram escolhas que fiz: ter um emprego formal, ter filho, ter um segundo filho. E acho que a gente vai adequando o que está em volta às opções que faz, tentando sempre atender os filhos e nos atender também”, explica. Nas horas livres durante a semana e aos fins de semana, ela brinca de massinha com as crianças, passeia ao ar livre, e ainda arruma tempo para sair só com o marido e se dedicar às amigas. “Eu sempre falo aos meus filhos: hoje eu vou fazer o que você faz. Você vai na casa da sua amiguinha e a mamãe não fica lá com você, então hoje a mamãe vai à casa de amigos e criança não pode ir”, conta ela, que vê na possibilidade de às vezes dizer “hoje não” aos filhos mais um motivo de satisfação.
nossa capa Pelos direitos de todas as mães
Foto: Arquivo pessoal
No início de março, um grupo de mães se reuniu na Câmara Municipal de Belo Horizonte e, com faixas, cartazes, palavras de ordem e crianças, deixou claro para os vereadores que existe uma parcela da população que clama pelo direito ao parto humanizado em hospitais públicos e particulares. Depois de mutirões para visitar os políticos nos respectivos gabinetes, envio de cartas, e-mails e mensagens nas redes sociais, o ato foi a tentativa final de pressionar os vereadores e derrubar o veto do prefeito Márcio Lacerda (PSB) à Lei das Doulas. Entre as mulheres ativistas que levaram faixas e filhos à Câmara - e saíram de lá comemorando a vitória - estava a administradora e doula Polly do Amaral, de 37 anos, com Mayara, Kyara e Layra, de 9, 7 e um ano, à tiracolo. “Sempre fui Polly (ao fundo, a segunda da esquerda para a direita) leva as filhas uma pessoa questionadora, em busca de justiça às manifestações para que se envolvam com as causas em que acredita social e reconhecimento de direitos”, conta ela, que começou o engajamento político participando das manifestações pelo impeachment de Fernando Collor, em 1992. Foi o parto humanizado que pegou Polly pelo coração e fez a administradora se envolver em marchas, audiências públicas, panfletagem, coordenação voluntária de grupos de apoio e, agora, um movimento que pede a inauguração do Centro de Parto Leonina, em Venda Nova. “Tornei-me mãe em 2006 e depois de alguns meses percebi como era importante nós, mulheres, nos mobilizarmos para lutar pelos nossos direitos. Tive uma cesariana desnecessária, indesejada e sem indicação médica. Fui ludibriada pelo sistema obstétrico vigente e isso me motivou a integrar movimentos sociais”, explica. As três filhas de Polly participam do ativismo da mãe diretamente. “Elas serão as mulheres de amanhã e é importante que tenhamos contato e discutamos todas essas questões desde sempre, como parte da formação cidadã. Isso inclusive deveria ser mais discutido nas escolas. Aliás, esse é outro ativismo que estou envolvida: uma escola pública de qualidade para todos”.
5 dicas para mães que querem empreender A analista de inteligência empresarial do Sebrae Minas, Paola Zorzin, explica por onde começar: 1- Não espere que vá ser fácil. Você enfrentará novos desafios e precisa estar preparada para essa mudança na carreira; 2- Estude o mercado e faça um plano de negócios para saber se a sua ideia é mesmo viável; 3- O empreendedor nato é resiliente e menos avesso a riscos. Mas, se você não tem esse perfil, não desanime, pois é possível desenvolver tais características; 4- Busque informações. Se você não sabe avaliar riscos ou fazer um planejamento financeiro, por exemplo, invista em cursos, workshops e orientações; 5- Formalize sua empresa. Dessa maneira, você garante seus direitos e abre portas para um possível financiamento.
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anchieta em casa • maio de 2016
O que é a Lei das Doulas? A doula é uma profissional capacitada para oferecer auxílio físico e psicológico à mulher durante a gravidez, o parto e o pós-parto. Massagens, exercícios de respiração e outros cuidados não farmacológicos são utilizados por ela para garantir à parturiente mais tranquilidade, mais concentração e menos dor. Quando não havia lei assegurando às mulheres a possibilidade de parir na companhia de uma doula, o regulamento de algumas maternidades classificava as profissionais como meras acompanhantes. E, por isso, a mulher em trabalho de parto era obrigada a escolher entre a companhia da profissional e a do pai da criança ao entrar no hospital. Com a entrada da Lei das Doulas em vigor em Belo Horizonte, não se torna uma obrigação ter um parto humanizado acompanhado por uma doula, mas um direito. A mulher que desejar, pode levar a profissional escolhida, além do acompanhante que desejar, e a maternidade é obrigada a oferecer as condições necessárias para que a doula exerça sua função, como permitir a entrada de uma bola de pilates e o uso de óleo de massagem. A multa para hospitais que descumprirem a lei pode chegar a R$ 50 mil.
promoção
Promoção de maio:
Quer ganhar uma sessão de drenagem linfática na Atma Estética? Envie para nós, até o dia 22 de maio, uma foto sua e uma frase completando: “Beleza para mim é...” A melhor frase, juntamente com a foto, será publicada na edição de junho da revista Anchieta em Casa e o vencedor ainda ganhará uma sessão de drenagem linfática na Atma Estética, método Renata França. A foto e a frase devem ser enviadas para o email anchietaemcasa@giria.com.br, com o assunto “Promoção de maio”. No email, devem ser enviados também nome completo e telefone de contato do participante. * o agendamento da sessão deverá ser feito na Atma Estética e Salão de Beleza em até 10 dias após a comunicação do vencedor.
especial para as mulheres!
Atma Estética e Salão de Beleza Av. Bandeirantes, 1.299, lj. 25 telefone: (31) 2515-8792 fb.com/atmaesteticaesalaodebeleza
Promoção de abril! A vencedora da nossa promoção de abril foi a Alexandra de Moraes Cunha! Com essa foto linda, ela homenageou a mãe Veralúcia Moraes de Souza, escrevendo: “Minha mãe é única porque é ela quem tem o melhor abraço que me conforta em qualquer momento da minha vida!”
Parabéns, Alexandra!
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Vistoria a partir de
250,
R$
13
cultura festival gastronômico O festival gastronômico Brasil Sabor acontece de 7 a 24 de maio em BH. Para orientar e facilitar a escolha dos restaurantes pelo público será distribuído um guia com a relação de todos os estabelecimentos. O roteiro traz os nomes e endereços dos restaurantes e uma breve descrição das iguarias. As casas também investiram em treinamento para os funcionários, que informarão ao visitante sobre o prato da casa selecionado para o evento. Saiba mais informações no site www.brasilsabor.com.br.
SHOW
Um show que mostra para as crianças toda a beleza e universalidade do repertório da banda mais importante da história do rock mundial, Beatles. A apresentação agrada crianças e adultos e todos cantam as canções inesquecíveis do quarteto de Liverpool. Quando: Domingo, 15 de maio, às 16h. Onde: Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2.244 - Lourdes) Quanto: R$20 (inteira) e R$10 (meia) Mais informações: (31) 3516-1360.
filme “X-Men - Apocalipse” cinema Omostrará a origem dos mutantes e incluirá novos e antigos personagens na trama. Considerado o mutante mais velho, surgido no Egito Antigo, o vilão Apocalipse tem o poder de reorganizar a estrutura do próprio corpo - pode, por exemplo, esticar-se ou aumentar de tamanho e manipular campos de força, elementos e rajadas de energia, entre outras habilidades. Ao ter acesso a tecnologia alienígena, Apocalipse também conseguiu prolongar sua vida por milênios. Quando: Estreia em 19 de maio nos cinemas.
SHOW
Tango…Viaje al Sentimiento´ Espetacular Show de Buenos Aires é um atraente espetáculo argentino com artistas internacionais que percorre a essência do tango portenho através de sua incomparável melodia, sua refinada dança e sua poesia. Um show para apreciar e fazer uma viagem às emoções e às diferentes épocas do tango desde o tradicional até o espiritualismo de Piazzola. Quando: 18 e 19 de maio, às 21h. Onde: Grande Teatro do Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315 - Centro) Quanto: R$ 140,00 (meia R$ 70,00, para vendas antecipadas até 14/05). Mais informações: (31) 3201.5211
teatro
Neste mês, o Teatro Sesiminas recebe o espetáculo Improvável. A peça é baseada em improvisações e a plateia tem fundamental importância para criação das cenas. Um mestre de cerimônias faz uma pequena introdução e, na hora das improvisações, ele seleciona as sugestões da plateia e explica os mecanismos e as regras dos jogos de improvisação. E como tudo é baseado no improviso, o público sempre verá uma peça diferente e interativa. Quando: 13, 14 e 15 de maio (diversas sessões, entre 18h e 22h) Onde: Teatro Sesiminas - Rua Padre Marinho, 60 - Santa Efigênia Quanto: R$ 60,00 (meia R$ 30,00). Mais informações: (31) 3241-7132
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anchieta em casa • maio de 2016
festival De 20/05 a 29/05, em diversos locais de BH, ocorre o 13º Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua de Belo Horizonte - FIT-BH, que é considerado um dos maiores festivais internacionais de teatro do país e um dos cinco principais da América Latina. Realizado a cada dois anos, o FIT oferece programação em teatros, com preços populares, e em parques e praças, gratuitamente. Espetáculos de diferentes nacionalidades são apresentados ao público, desenhando uma programação diversificada. Confira a programação completa no site oficial do evento: www.fitbh.com.br
Por Daniela Baroni (d) e Gláucia Silveira
mundo infantil
Pedagoga especialista em Psicopedagogia e Educadora física Pedagoga especialista em alfabetização Ambas são diretoras no Centro Educacional Cia. do Verde
A importância do limite na educação das crianças trições, mas são também portões que protegem e dão garantia. Outro aspecto importante é refletir sobre aquilo que ajuda a criança a crescer com autonomia e responsabilidade. Se os pais satisfizerem todas as vontades dos filhos, estes crescerão fracos e sempre menos capazes de suportar uma frustração. Os limites são um dos pilares para uma boa educação, pois fornecem segurança física e emotiva de que a criança necessita para aprender as grandes lições de confiança, autocontrole e do comportamento ético. Nesse sentido, a escola também ganha destaque, uma vez que as normas e limites devem ser trabalhados diariamente através de uma didática voltada para o respeito e amor. Os filhos precisam perceber que, durante a infância, nós, adultos, estamos à frente de suas vidas, como líderes capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter, e de guiá-los enquanto não sabem para onde vão. Se o autoritarismo suplanta e humilha, o permissível sufoca. Apenas uma atitude firme e respeitosa lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores. Os limites abrigam o indivíduo. Com amor ilimitado e profundo respeito.
Saber dizer “não” é, segundo os especialistas, um dos aspectos mais importantes e saudáveis na educação de crianças e adolescentes. É fundamental que os adultos tenham clareza de suas convicções e sejam fiéis a elas, pois, para os nossos pequenos, a família (em sua íntegra) é modelo a ser seguido. É por meio deste convívio que eles vão estruturando a própria personalidade. A ausência do limite no processo de formação da criança distorce consideravelmente a percepção que esta possui do outro. As consequências são muitas e, normalmente, bem graves como: desinteresse pelos estudos, falta de concentração, dificuldade de suportar frustrações, desrespeito pelo outro – por colegas, familiares dentre outros. Com frequência, essas crianças são confundidas com as que têm a síndrome da hiperatividade verdadeira, porque, de fato, iniciam um processo que pode assemelhar-se a esse distúrbio neurológico. É necessário enfrentar esta questão para que as crianças tenham alguma referência na vida e não vivam na confusão e no relativismo. A existência de determinados limites, conhecidos pelos pais e pelos filhos, faz com que as crianças se sintam mais protegidas e seguras. Do ponto de vista da criança, os limites podem parecer res-
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Leão • Elefante • Guepardo • Zebra • Girafa • Hiena • Leopardo • Tigre • Hipopótamo
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comportamento
Por Cristina Veríssimo
Psicóloga clínica, pós-graduada em Gestalt-terapia e pesquisadora. https://www.facebook.com/cvpsicologa/
Dos estigmas para a violência emocional Boa parte das demandas de atendimento clínico em terapia envolve violência emocional. Tais demandas são mais frequentes entre as mulheres. Nem é necessário ser profissional para entender quão devastadores são os abusos verbais. Casos de violência física e feminicídio muitas vezes vêm de xingamentos, manipulações, chantagens ou algumas formas de ataque muito sutis, que pioram gradativamente. Os estigmas relacionados à figura feminina agravam esse quadro. Aquilo que poderia ser para a mulher um direito é visto como um dever, como demandas da sua feminilidade (ser frágil, leve, sensível e agradável, por exemplo) além de estigmas que afirmam que a neurose e a histeria são comportamentos femininos. Com isso, a mulher se torna desacreditada, ocupando um lugar que a faz crer ser assim. Este quadro pretende obter o meio ideal para formas perversas de abuso e violência, cujo alvo privilegiado é a mulher e sua caracterização como tal.
Os níveis de abuso variam, desde pequenas encenações até a manipulação de eventos maiores, fazendo a mulher desacreditar de si mesma, destruindo sua autoestima num jogo de manipulação, poder e controle. Como exemplo recente, temos a capa da revista IstoÉ, na edição do dia 1º de abril, com a manchete “As explosões nervosas da presidente”. A publicação atribuía a Dilma Rousseff
um descontrole emocional que a impossibilitaria de governar. A matéria recorre a um recurso advindo do patriarcado, chamado gaslighting. Tal recurso é uma das formas de abuso psicológico de efeitos mais devastadores. Consiste em falsificar ou omitir informações e fazer com que a vítima pense ser verdade aquele conteúdo deformado que lhe chega. O intuito é fazê-la questionar a própria memória, realidade e conduta, de forma a apagar sua identidade. Os níveis de abuso variam, desde pequenas encenações até a manipulação de eventos maiores, fazendo a mulher desacreditar de si mesma, destruindo sua autoestima num jogo de manipulação, poder e controle. Abusos psicológicos têm a finalidade de abalar a segurança da mulher em relação ao raciocínio lógico no qual ela sempre se baseou. No caso da capa da IstoÉ, houve tentativa de enfatizar a suposta incapacidade racional da presidente e sua sanidade, e não sua capacidade administrativa. Assim acontece todas as vezes em que as mulheres não correspondem aos estigmas relacionados a gênero e são taxadas como loucas, descontroladas, histéricas, desequilibradas, seja no trabalho ou na vida pessoal. Basta atentar quando homens apresentam os mesmos traços nas mesmas situações. Nesses casos, ações similares são vistas como demonstrações de poder, liderança e autoridade. Na prática do gaslighting, a mulher constantemente ouve frases como “você me fez agir assim”, “por que você faz isso comigo?”, “isso é coisa da sua cabeça”, e tudo faz com que a própria mulher passe a questionar sua sanidade e desacredite de si. Gaslighting está, portanto, atrelado à questão da loucura, da mulher não ser capaz de pensar através de uma base objetiva e racional, desacreditando-se a partir dessa premissa. Disso, partem os estigmas das mulheres como descontroladas, criando distorções do conceito de histeria proposto por Freud, além de crenças e imposições relativas à forma como a mulher deve ser e se comportar. É importante lembrar que dominação e subordinação são ferramentas para a manutenção da sociedade patriarcal, atingindo as mulheres de diversas formas.
nosso português
Por Guilherme Lentz
Doutor em Literatura Comparada pela FALE/UFMG e professor de Língua Portuguesa, Redação e Literatura
Acentuação de “ter”, “pôr” e seus derivados O caso dos verbos “ter”, “pôr” e seus derivados mostra por que as regras de acentuação são um assunto polêmico, mas nem por isso sem importância. Isso acontece porque esses verbos trazem várias particularidades, que podem atrair a atenção do estudioso ou prejudicar a escrita do usuário da língua. Em comum, “ter” e “pôr” se associam a um elemento em processo de desaparecimento na língua portuguesa: o acento diferencial. Quase extinto pela reforma ortográfica de 2009, o acento diferencial permanece no “pôr”, para que ele não se confunda com a preposição “por”: É preciso pôr os trabalhos em dia. / Vivemos por meio de nossas escolhas. No caso do “ter”, o acento diferencial permanece como indicador do plural da terceira pessoa: O jovem brasileiro tem sonhos bonitos. / Todos os brasileiros têm responsabilidade pelo país. Os acentos em “pôr” e “têm” não estão associados à tonicidade das palavras nem são justificáveis por nenhuma regra de acentuação; existem apenas com esse papel diferencial.
Cabe, porém, reparar que a situação é diferente nas derivações desses verbos. Com as derivações de “pôr”, desaparece a necessidade de diferenciação, de modo que o acento deixa de existir: compor, transpor, repor. No caso do “tem”, ocorre o inverso. Os verbos derivados são sempre palavras oxítonas terminadas em “em”, o que, segundo a regra vigente de acentuação, provoca o uso do acento. Surgem, assim, as formas “ele retém”, “ele contém”, “ele mantém”, etc. Repare-se que, na forma plural, o acento agudo será substituído pelo circunflexo: “eles retêm”, “eles contêm”, “eles mantêm”, sem modificação da pronúncia. Em síntese: PÔR e derivados
TER e derivados
Vamos pôr as ideias em ordem.
O bom amigo tem interesse.
Vamos compor canções.
Bons amigos têm interesse.
Vamos pôr os livros na mesa.
O bom amigo mantém interesse.
Vamos dispor os livros na mesa.
Bons amigos mantêm interesse.
A língua, entidade viva, está em constante e desigual modificação: ela tenta se adequar ao que melhor convém ao falante, e esse processo gera circunstâncias como as curiosas particularidades de acentuação do “pôr” e do “ter”.
sua dúvida discutida no anchieta em casa! Nesta seção, discutiremos dúvidas de português e outros aspectos relacionados à vivência com o idioma. Envie sua sugestão de tema para o email anchietaemcasa@giria.com.br, e poderemos conversar sobre sua questão na próxima edição da revista.
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