InterESTA II

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boas-vindas

O visível invisível A rotina é um perigo para o olhar. Existe o risco de que mesmo a beleza, quando vista sempre, seja confundida com o que é comum. Na verdade, o próprio comum, se olharmos bem, é belo também. E quando é que paramos para perceber isso? Sabemos quantas árvores há na nossa rua, de que cor é o portão de nosso vizinho, que roupas nossos entes queridos usavam no dia anterior? Quando chegamos ao mundo, tudo era novo e fascinante, e de alguma forma esse olhar encantado se contamina pelas cataratas da normalidade, a tal ponto que o que era belo se torna comum e, depois, invisível. É uma pena que isso aconteça. Pensando nisso, decidimos propor uma brincadeira nesta segunda edição do InterESTA: quisemos olhar nossa escola com aquela postura de quem está aberto à novidade e à alegria da descoberta, de quem se encanta não com o que é explosivo, apoteótico, mas com a singeleza do que é comum e com a beleza do dia a dia; com o espírito aventureiro de quem se desacomoda e, mesmo firme em suas raízes, abraça o crescimento, a descoberta e, às vezes, a redescoberta. Por isso, para ilustrar esta edição saímos em busca do que era ao mesmo tempo visível e invisível na escola, do que vemos todos os dias sem, muitas vezes, percebermos: um detalhe de algum degrau, um ângulo em que o sol da tarde bate, um contorno diferente de alguma planta, o lado mais secreto de algum brinquedo ou uma vista que só da escola a gente

equipe InterESTA

Escola Santo Tomás de Aquino Direção geral: Maria Zélia Machado Direção pedagógica: Cynthia Lacerda Bueno Sampaio Alunos-jornalistas: Alice Mel Fonseca Ribeiro Bastos - 8º C Alícia Carvalho dos Santos - 8º C Ana Beatriz Tavares - 2º A Bernardo Costa Lima Bentes - 6º A Carolina Ribeiro Junho - 8º B Enzo Musolino Zelante - 7º A Gabriel Fonseca Junqueira - 7º A Guilherme de Freitas Cotta Pacheco - 6º B Joana Perrout de Andrade - 7º A Laura Bernardes de Pádua - 8º C Marcos Eduardo Mellim Araujo - 8º C Pedro Dias Gattoni - 6º B Sofya Ferreira Canaverde Linhares - 9º A Revisão: Itamar Rigueira Jr. Orientação: Professor Guilherme Lentz

Entre em contato conosco através do nosso e-mail, esta.jornal2017@gmail.com, ou procure um dos nossos integrantes. Não se esqueça de informar o nome completo, ano e turma; contamos com você!

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pode ter. Queríamos convidar os leitores a experimentar esse olhar que só a educação pode oferecer, um olhar que é ao mesmo tempo de descoberta e de reconhecimento, de desafio e de acolhida, de coragem e de aconchego. Propusemos, então, uma espécie de brincadeira: ilustramos as páginas com essas imagens, e fica a cargo de cada um descobrir de onde elas saíram. É claro que, no processo de investigação, novas imagens serão reveladas, e novos cantos serão resgatados. Ler e escrever sobre a escola é um pouco assim também. Os textos que nossa equipe produziu revelam o que já está diante de nós, mas que na correria do dia a dia nem sempre paramos para perceber bem: o trabalho maravilhoso que uma série desenvolveu, a redação incrível que alguém produziu, o aluno poeta, a aluna inquieta, enfim, a beleza a ser continuamente celebrada e revivida. Esperamos que esse passeio pelos encantos diante de nós possa ajudar cada um a se engajar a cada dia na sempre surpreendente aventura da educação.


notícias

O novo espaço da ESTA Guilherme de Freitas Cotta Pacheco (6o B) A ESTA está inaugurando um novo espaço dedicado à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental I. Segundo a diretora geral Zélia Machado, a escola já sentia a necessidade de ter um espaço dedicado a estes segmentos há algum tempo, e depois de muitas conversas com a coordenação e a direção pedagógica, o antigo jardim de inverno foi o escolhido para ser esse novo espaço devido à proximidade com as salas de educação infantil. Com a colaboração de duas arquitetas especializadas em projeto de ambientes escolares, foi criado um espaço lúdico-pedagógico que estimula a interação da criança com o meio a partir de uma postura investigativa, proporcionando a oportunidade de experimentações sensoriais, corporais, estéticas e musicais e permitindo que a criança aprenda e internalize os seus significados. O novo espaço já foi apresentado aos alunos e pais dos alunos dos segmentos contemplados, e no segundo semestre haverá uma inauguração formal. O nome do novo espaço será escolhido pela comunidade escolar (alunos, professores, coordenadores, supervisores e diretoras).

Krav Maga Marcos Eduardo Mellim Araujo (8o C) A Escola Santo Tomás de Aquino trouxe para as aulas de educação física uma novidade, o Krav Maga. O Krav Maga é um esporte de defesa pessoal, criado por Imi Lichtenfeld (Z”L) em Israel, para ajudar os soldados a se defender durante os conflitos da região. Segundo a diretora Zélia Machado e o professor Renato Nonato, trabalhar a educação física na escola é proporcionar ao aluno condições de vivenciar uma prática pedagógica voltada ao conhecimento de uma cultura corporal. Na prática, isso quer dizer elaborar aulas que explorem habilidades motoras e capacidades físicas que envolvam os seguintes aspectos: força, flexibilidade, equilíbrio e desequilíbrio, agilidade e corrida ou saltos. Esses são os elementos básicos para qualquer luta. A escolha do Krav Maga se deu por dois motivos principais: porque é uma luta de defesa pessoal utilizada em ambiente urbano e porque o instrutor Bernardo é ex-aluno da ESTA e a troca de experiências entre ele e os alunos seria enriquecedora para todos. Ainda segundo a diretora, a expectativa era de a escola ministrar um conteúdo pouco conhecido para a grande maioria dos alunos. Trabalhar alguns pontos-chaves da modalidade como: história, surgimento, filosofia e a parte prática da luta. Concluindo, o resultado das aulas foi como o esperado, pois os alunos conseguiram ver na prática a teoria aprendida durante as aulas e tiveram a oportunidade de vivenciar a modalidade. Agora aguardamos novas inovações na nossa escola...

Festa junina na ESTA Alícia Carvalho e Alice Mel F. Ribeiro Bastos (8o C) No dia 10 de junho de 2017, ocorreu a festa junina da Escola Santo Tomás de Aquino. Com muita dança, música, brincadeiras, comidas, correio elegante, diversão, a festa foi um sucesso! As danças foram lindas, bem ensaiadas e harmoniosas, preparadas e criadas com muito amor pelo professor de educação física Renato Nonato e pelo professor de dança Fofo, contratado pela escola especialmente para dar um toque mais profissional e aperfeiçoar mais as danças. O cardápio do arraial foi muito tradicional e saboroso, com espetinhos, canjicas e caldos juninos, agradando aos alunos, pais e funcionários com muito gosto. O principal organizador da festa junina foi o promotor de eventos Rajão, que animou bastante o arraial e organizou perfeitamente os horários e o espaço. Das 15h às 18h, os alunos do 1º, 2º e 3º ano do EF-I abriram as apresentações, dançando lindamente e deixando todos que assistiam morrendo de fofura! Em seguida aconteceu a quadrilha de pais, alunos e equipe ESTA, divertindo ainda mais os convidados, fazendo-os rir com a dança improvisada. Às 18h30, foi a vez dos alunos do 6º, 7º e 8º ano do EF-II apresentarem perfeitamente, com a música “Logo eu”. Em seguida, o 4º e 5º ano dançaram, deixando todos os observadores orgulhosos. Por fim, às 20h, o 9º ano do EF-II, o 1º e 2º ano do EM se apresentaram maravilhosamente, e a festa chegou ao fim com o grande casamento na roça do 3º ano do EM. A festa foi com certeza perfeita e um sucesso! Conseguiu superar o arraial do ano passado. Como disse Bernardo Guimarães, aluno do 8º ano, “o horário e as inovações da festa deste ano fizeram com que ela fosse ainda melhor que a anterior”.

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notícias

Viagem do 6o ano Pedro Dias Gattoni (6o B) No dia 18 de maio, o 6º ano da Escola Santo Tomás de Aquino fez uma excursão para conhecer melhor a rota Lund. Os alunos foram acompanhados pela professora de português Gerusa Grassi, a coordenadora Regina Rocha e os guias. A viagem teve dois dias de duração. Quando os alunos chegaram ao destino, dirigiram-se à lagoa. Depois, pegaram o ônibus e foram para o castelinho. A gruta da Lapinha estava fechada. Depois o 6º ano foi para o almoço, partiu para uma trilha no Parque do Semidouro e visitou a gruta da Lapinha. Os alunos chegaram ao hotel um pouco atrasados, tomaram um lanche, foram para os quartos, arrumaram-se e foram para a piscina. Quando saíram da piscina foram jantar, depois para uma caminhada noturna, e quando chegaram da caminhada jogaram sinuca e outros jogos. Depois de um tempo foram dormir. Quando acordaram, os alunos do 6º ano foram brincar,

depois tomaram um café da manhã, depois do café alguns foram jogar bola e outros brincaram de outras coisas. Quando saíram do hotel, foram para a gruta de Maquiné, depois almoçaram no restaurante da gruta. Quando estavam indo para o museu do João Guimarães Rosa pararam em uma praça e viram estátuas. Depois que visitaram o museu Guimarães Rosa, foram embora para a ESTA.

O 7o ano nas trilhas de Tiradentes Joana Perrout de Andrade e Gabriel Fonseca Junqueira (7o A) Com objetivo pedagógico, mas mesclando aprendizado e lazer, o 7º ano viajou para Tiradentes-MG, uma cidade histórica no interior do estado. O ônibus saiu às 6h15 da manhã de quinta-feira (29/06), e o grupo parou primeiramente para um delicioso lanche; depois, para encomendas de rocamboles em Lagoa Dourada; mais tarde, para visitar o museu regional na cidade de São João del-Rei, o que fez com que chegassem em Tiradentes às 16 horas. No primeiro dia, os estudantes visitaram o Museu Casa de Padre Toledo e vários monumentos cheios de história: o Chafariz de São José, a Matriz de Santo Antônio de Pádua e o Largo das Forras. Aconteceu também um passeio noturno pelo centro histórico de Tiradentes, repleto de suspense e diversão, com direito a becos escuros, ruas desertas, encontros repentinos com moradores inusitados da cidade, passagem por cemitérios e a exploração de uma singela trilha que contorna a pequena Tiradentes. O passeio foi repleto de sustos, gritos e risos. “Eu juro que vi uma criança naquela janela do museu, e ele estava fechado!”, comenta, assustada, Uísla Tomaz, do 7º B.

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No segundo dia, as atividades foram ainda mais variadas. Os alunos, acompanhados da coordenadora Regina Rocha, da professora Christiane Maia, de matemática, e do guia e monitores da BG Turismo, realizaram a famosa trilha ecológica na Serra de São José. O passeio foi encantador. “Eu gostei muito da trilha, pois é bom ver a natureza num mundo tão urbanizado como o de hoje”, disse Luisa Alcântara, do 7º A. Após a trilha, a turma foi de Maria Fumaça para São João del-Rei, outra famosa cidade histórica do interior, e

lá visitou o Museu Ferroviário, a Igreja de São Francisco de Assis e a Igreja de Nossa Senhora do Pilar. Depois desse programa cheio de aprendizados e diversão, os estudantes voltaram para casa com muita coisa para contar! Na volta às aulas, a turma foi dividida em grupos para falar especificamente sobre história, turismo, meio ambiente, economia, cultura e curiosidades. Um trabalho referente às duas cidades será apresentado na Mostra de Arte e Cultura de 2017.


Angra dos Reis 2017 – saída a campo dos alunos do 1o ano do ensino médio Laura Bernardes de Pádua (8o C) De 29 de maio a 2 de junho deste ano, os alunos do 1º ano do EM vivenciaram uma saída a campo em Ilha Grande, no município de Angra dos Reis, localizado no Rio de Janeiro. Como sempre, a experiência foi um sucesso! Acompanhados dos professores de geografia e biologia, Leonardo Costa e Natália Caldeira, e da coordenadora Daniela Drumond, os alunos tiveram uma grande oportunidade de vivenciar momentos inesquecíveis e colocar em prática o aprendizado que tiveram sobre biologia marinha e ciências da natureza. Essa oportunidade, além de acontecer em um lugar cheio de tesouros naturais, não só proporcionou uma ampliação do conhecimento dos alunos, mas também ajudou em assuntos do tipo como agir em trabalhos em grupos e convivência com professores e colegas. “A viagem deste ano foi sensacional, muito mais do que esperava. Ficamos em uma pousada em um ponto ótimo da Ilha Grande e fizemos várias atividades. Minha preferida foi

com certeza o mergulho... Experiência inesquecível!”, diz Matheus Rabelo, aluno do 1º ano do EM. A proposta principal dessa saída a campo é o aprendizado sobre biologia marinha, assunto abordado pela professora Natália Caldeira. O professor Leonardo Costa trabalhou com os alunos o tema de preservação natural e observação de belezas naturais presentes no local de visita. “A intenção era os meninos enxergarem como os espaços naturais vêm sendo modificados pelo homem, e se tal modificação é boa ou ruim para o ambiente”, diz Leonardo. Foram proporcionados aos alunos quatro dias cheios de atividades, como passeios de barco, mergulho, palestras, visita a um aquário e a uma usina termoelétrica e até mesmo um luau na praia, com música eletrônica! Com toda a certeza, esse trabalho em campo, que foi também um delicioso passeio, deixou um “gostinho de quero mais” na boca de todos os alunos e responsáveis que tiveram a chance de participar. 2018 que espere o futuro 1º ano do ensino médio!

Caneca do 3o ano Sofya Ferreira Canaverde (9o A) O 3° ano do ensino médio da Escola Santo Tomás de Aquino realizou um gesto que deixou muitos positivamente surpresos, principalmente os homenageados. Todo ano o último ano do ensino médio faz uma caneca, e dessa vez o objeto homenageou dois funcionários muitos queridos pela escola, especialmente pelos alunos. A comissão de formatura (composta pelos próprios formandos) decidiu que a caneca que seria produzida por eles homenagearia Flávio Carvalho e Roberto Júnior, mais conhecidos por “Seu Flávio” e “Robertinho”. A caneca seria uma surpresa: ambos só descobririam a homenagem no dia da entrega. A caneca foi desenhada pela aluna Laura Lomez (do 3° ano do médio) juntamente com o funcionário Adriano, que faz parte da equipe de informática da escola, a pedido de dois membros do conselho, Ana Zuchi e Gabriel Coelho. Laura disse que foi muito legal fazer o desenho principalmente porque é muito bom homenagear aqueles que estão sempre presentes no nosso dia a

dia e que nos fazem sentir tão bem. Ao receberem a caneca, ambos ficaram muito emocionados: – Eu fiquei impressionado, nem acreditei! Não pensava que seria na caneca de todos. Não tenho palavras para descrever como me senti. Fiquei muito feliz! – Roberto – Não tive reação, não acreditei na hora, foi uma homenagem e tanto! Foi

muito especial... Realmente gratificante. Fiquei muito emocionado – Flávio. Essa foi a forma encontrada pelos alunos de homenageá-los. Agradar quem nos agrada é um ato muito bonito, e essa atitude do 3° ano mostrou o carinho não só dos formandos, mas da escola toda, por esses brilhantes e queridos funcionários, que muitos têm o orgulho de chamar de amigos.

Robertinho e Seu Flávio: sem palavras diante da surpresa

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notícias

Projeto Banho do Amor Vanessa Oliveira Mendes Salomão (3o ano EM) Alunos da escola Santo Tomás de Aquino participam de mais um trabalho social, dessa vez chamado Banho do Amor. No dia 20 de maio de 2017, em Belo Horizonte, na Praça da Estação, fruto de uma parceria entre a Escola Santo Tomás de Aquino, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima e o projeto Banho do Amor, foram atendidos 56 moradores de rua por uma equipe de 39 pessoas, sendo 24 alunos, dois professores, uma diretora, dois seguranças e sete voluntários. O objetivo do projeto é resgatar a dignidade dos moradores de rua oferecendo estrutura para tomarem banho, fornecendo roupas e alimentação, assim como oportunidades de emprego. O projeto foi apresentado pela mãe de um aluno que é voluntária e sabia da filosofia da escola em desenvolver projetos para ajudar o próximo. Considerando o interesse da escola, contatou a coordenadora do projeto Banho do Amor, que propôs uma parceria, visando proporcionar aos alunos interessados uma oportunidade de exercitarem ações em prol de pessoas necessitadas. Estabelecida a parceria, alunos e professores da escola se prepararam para esse momento especial, planejando as atividades que seriam realizadas no evento. Para tanto, fabricaram xampus a partir de um projeto interdisciplinar da escola, que proporciona a ligação entre conteúdos formais e a atuação da cidadania. Engajaram-se na arrecadação de roupas e materiais higiênicos para os moradores de rua. No dia marcado, montaram tendas e cabines de banho, prepararam o café da manhã fornecido pela padaria Padoca e pelo Sacolão Lisboa, parceiros no projeto.

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Ansiosos, moradores de rua foram se aproximando e formando fila sob a orientação dos alunos, para tomarem seu banho e recuperarem um pouco de sua dignidade. Banho tomado, novas roupas e alimentado, cada morador de rua foi atendido por dois médicos, pais de alunos, sendo devidamente orientado e encaminhado para tratar sua saúde. Para aqueles dependentes químicos interessados em se tratar, a diretora da escola, Sra. Fátima, e representantes da paróquia Nossa Senhora de Fátima fizeram o acolhimento e encaminhamento a centros de tratamento. Ao final foram 56 moradores de rua atendidos, satisfeitos com o carinho e o acolhimento realizado, e 39 pessoas renovadas e felizes em ajudar o próximo e com a certeza de que cada um pode e deve dedicar parte de seu tempo para ajudar quem necessita.


entrevista

Professores ou atletas? Ana Beatriz Mendonça (2o A EM) No dia 3 de junho foi realizada a segunda edição dos jogos dos funcionários, evento que fez muito sucesso e proporcionou um dia de muita curtição e cooperação. Nas vésperas da festa junina, os professores e colaboradores competiram entre si em variados esportes e aproveitaram o encontro para ensaiar a coreografia do arraial, que fez muito sucesso no final de semana seguinte, com a participação dos alunos e familiares da ESTA. Entre os participantes do evento, o diretor e ex-aluno Victor Machado contou para a equipe do InterESTA um pouquinho do que rolou por lá. Quem teve a iniciativa para o projeto? Victor Machado: Esse é um dos novos projetos da Escola, que envolve um grande número de colaboradores. Queremos trabalhar essa parte da confraternização da equipe, porque é muito importante não só trabalhar e alcançar todos os resultados, mas também estar junto em um momento de diversão e lazer. Somos sempre um time. Qual o objetivo do encontro? Eu acredito que esses momentos criam uma energia muito forte na equipe, para o pessoal poder se conhecer e se aproximar. Por exemplo, funcionários que são de segmentos diferentes têm a oportunidade de se relacionar. Eu valorizo muito a participação da equipe, e é muito importante nós celebrarmos as conquistas que tivemos ao longo do semestre.

Registro da edição 2016: um projeto de pura animação

Renato, que inclusive é jogador de handebol, e todo mundo o queria no time! As expectativas para as próximas edições dos jogos só aumentam, e os estudantes já anseiam pela semana das olimpíadas ESTA/2017, que promete um período de muita cooperação e diversão. A equipe do InterESTA agradece a disponibilidade do diretor Victor Machado para a entrevista e a participação dos funcionários no evento!

As expectativas foram atendidas? As expectativas foram mais que atendidas! Tivemos uma participação muito bacana dos professores. Nós decidimos montar um cronograma bem legal, que envolvia vários esportes e contou com a participação de todos. Quais esportes foram incluídos na programação? Começamos pelo handebol, principalmente devido às equipes de esportes da ESTA, porque achamos muito importante viver e jogar o que as alunas jogam. Depois fomos para a quadra de vôlei jogar algumas partidas e finalizamos com o rouba-bandeira, com toda a equipe. No final, tivemos um lanche de confraternização, que também foi um agradecimento da escola pela participação de todos, e ensaiamos para a festa junina. Alguma equipe ganhou? Na verdade, não houve premiação, já que todo mundo jogou contra todo mundo e com todo mundo! Nas partidas de vôlei, por exemplo, em que o número de participantes é menor, nós revezamos as pessoas na arquibancada e na quadra. Não tivemos nenhum vencedor porque o objetivo não era competir, e sim, confraternizar. Algum funcionário se destacou? Na primeira edição o destaque foi o Robertinho! Mas, na segunda, mais especificamente no handebol, o destaque foi o

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matéria

O mundo lá fora Sofya Ferreira Canaverde (9o A) A Escola Santo Tomás de Aquino realiza diversos projetos em todas as séries, desde a educação infantil até o ensino médio. Porém, a maior parte dos alunos do ensino fundamental II e do ensino médio não faz ideia do dia a dia de seus colegas mais novos. Os alunos do 2º, 3º e 4º ano do ensino fundamental I participam de projetos sociais bem interessantes. Esses projetos já os preparam para a vida adulta, dando conhecimento prévio e básico, fundamental para seu cotidiano. O 2º ano do ensino fundamental I trabalha com animais e plantas, para entender um pouco mais sua importância. Os alunos visitaram o Vale Verde, parque ecológico com muita natureza, criatório de aves raras e silvestres, como a arara azul. Lá, eles entenderam um pouco mais sobre diversos aspectos desses animais, como seus hábitos e sua importância no ecossistema. Com isso, os alunos aprenderam a valorizá-los e a respeitar outros elementos da natureza, como as plantas e a água. O 3º ano vem realizando o Projeto BH para conhecer melhor a cidade, as características geográficas, culturais e turísticas. Os meninos visitaram o Museu de Artes e Ofícios e a

Pampulha, conhecendo toda a região e os pontos turísticos, por meio do projeto MOVA. Foram à Igrejinha da Pampulha e fizeram atividades no local. Por sua vez, o 4º ano vem realizando o Projeto Minas Gerais, aprendendo mais sobre o estado e compreendendo como usar e administrar de forma consciente o dinheiro, em um processo de educação financeira. Na escola, são feitas simulações para os bambinos vivenciarem situações do cotidiano, como a “Viagem Virtual”, na qual eles peregrinam para algum país, vestidos a caráter, e têm que usar bem o dinheiro, tanto à vista quanto com o uso do cartão, pagando o check-in do hotel e tudo de que usufruírem durante a viagem. Além de tudo isso, ainda realizaram uma visita ao Mercado Central, onde continuaram falando e aprendendo mais sobre o consumo consciente. Os alunos do fundamental I realizam vários projetos que os ajudarão na sua futura vida em sociedade, o que muitos chamam de “mundo lá fora”. A Escola Santo Tomás de Aquino procura preparar ao máximo seus alunos para a vida real, fazendo de tudo para garantir seu futuro bem-estar.

Como otimizar os estudos no segundo semestre Joana Perrout de Andrade (7o A) No segundo semestre, muitos hão de concordar, os alunos estão mais cansados. Bate aquela preguiça de provas, de dever de casa, da escola em geral, mas não se pode desanimar! Ainda faltam seis meses de aula, e é nesse momento de preguiça e cansaço que alguns se perguntam: “como otimizar os estudos no segundo semestre?”. Foram entrevistados alguns ganhadores do certificado de destaque acadêmico do 7º ao 9º ano no primeiro trimestre. Eles deram dicas sobre como estudar e citaram muitos métodos utilizados e aprovados por alunos da ESTA. 7º ano – Pedro De Lucca – 7º B (3º lugar) “Eu leio os registros no caderno, leio um pouco o livro didático e, nas matérias mais difíceis, às vezes eu faço o BAT (Banco de Atividades Temáticas, atividades extras que os professores disponibilizam online).” Dica de estudo: “O principal é prestar atenção na aula. Para mim isso é o mais importante, juntamente com fazer os deveres.” 8º ano – Alice Mel Fonseca – 8º C (2º lugar) “Eu presto atenção na aula e anoto o que o professor fala e estudo pelas minhas anotações.” Dica de estudo: “É preciso ter interesse, procurar, participar da aula e tirar dúvidas.”

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9º ano – Ana Rosa Bastos – 9º A (1ºlugar) “Faço resumo das matérias antes da prova e estudo com base no meu resumo.” Dica de estudo: “Refazer os exercícios de sala antes da prova é bom.” Essas dicas podem ajudar cada aluno a otimizar os estudos no segundo semestre.

O que é o destaque acadêmico? O certificado de destaque acadêmico é uma forma de parabenizar os alunos que se destacaram nos aspectos acadêmico e comportamental. São selecionados três alunos de cada ano com um aproveitamento pedagógico médio superior a 85% em todas as matérias e comportamento exemplar na sala de aula e demais atividades da Escola. A partir do 9ºano, a ESTA oferece bolsa de estudos para o ano seguinte para os três alunos melhor colocados.


Pequenas e grandes coisas: conheça a história da FUNED Carolina Ribeiro Junho (8o B) A nanotecnologia é a ciência relacionada à manipulação de átomos e moléculas, usada nas mais diversas áreas do conhecimento, desde a informática até a medicina. Instituições como a Fundação Ezequiel Dias (Funed) trabalham com essa tecnologia que lida com materiais minúsculos, mas que ao mesmo tempo são extremamente importantes para o ser humano, podendo inclusive levar à cura de diversas doenças. A Funed é um centro de pesquisa centenário, que trabalha principalmente com a área da medicina. Foi fundada em 3 de agosto de 1907, como filial do Instituto Manguinhos (atual Fiocruz). Após a morte do seu fundador, Ezequiel Caetano Dias, em 1922, passou a se chamar Fundação Ezequiel Dias. A Funed, cujos objetivos incluem promover o desenvolvimento científico e tecnológico na saúde pública por meio de pesquisas e produzir medicamentos, tem papel fundamental na rede de saúde de todo o país. Ela é a única fornecedora da vacina de meningite C e da talidomida (remédio usado no tratamento da hanseníase e do lúpus, mas que apresenta potencial para ser usado para tratar outras doenças, como o câncer) para o Ministério da Saúde do Brasil e a única que produz soros antipeçonhentos, antitóxicos e antivirais em Minas Gerais. Além

disso, é uma produtora muito importante de medicamentos antirretrovirais, usados no tratamento da Aids no Brasil. Quem se interessar pela Fundação Ezequiel Dias pode conferir o site oficial da instituição, www.funed.mg.gov.br, para mais informações.

ESPORTE

Handebol na ESTA Alícia Carvalho dos Santos (8o C) Na sexta-feira, dia 2 de junho, ocorreu o primeiro jogo de handebol na Escola Santo Tomás de Aquino. A partida das meninas do sub-15 da equipe feminina de handebol teve uma grande e escandalosa torcida, já que esse foi o primeiro jogo aberto para os pais, amigos, equipe e estudantes da ESTA. A equipe da ESTA tinha muito pouca habilidade para enfrentar o Colégio Magnum, pelo fato de o tempo de treino ser bastante diferenciado. Mesmo contra uma equipe que já tinha cinco anos de experiência, as meninas da equipe do sub-15 da ESTA enfrentaram seu nervosismo e jogaram com raça e atitude. O Colégio Magnum liderou o resultado de 28 a 6. Apesar desse placar definitivo, o jogo foi bastante surpreendente e impressionante, pois as meni-

nas da equipe da ESTA conseguiram marcar seis gols, com apenas meses de experiência, contra uma equipe com anos de tradição. As meninas da equipe do sub-15 da ESTA orgulharam bastante sua plateia, pelo grande foco e determinação no jogo. O segundo jogo de handebol na Escola Santo Tomás de Aquino foi em uma quarta-feira, 12 de julho, novamente contra o Colégio Magnum, porém desta vez, foram as meninas da equipe sub-17 feminina da ESTA que jogaram. Esse foi o primeiro jogo de algumas das meninas do sub-17. Devido a essa equipe não ter atletas em número suficiente, algumas meninas do sub-15 completam o time. A partida foi muito disputada, e o placar chegou a se equilibrar em 6 a 6, em apenas seis minutos de jogo. Por esse ter sido o primeiro jogo

de algumas das meninas e o segundo de outras, causou espanto na plateia e uma felicidade enorme. Todos puderam observar que a equipe feminina da ESTA está evoluindo e melhorando e está quase apta para vencer a equipe do Magnum ou qualquer outra. O jogo acabou com o placar de 27 a 11 para o Colégio Magnum. No final as meninas do sub-15 que participaram do jogo ganharam meiões, como recompensa ao atingir as suas metas. “Considerando o tempo que elas estão treinando, o jogo foi bem equilibrado, com ataques impressionantes e uma defesa que está quase perfeita”, disse o colega Renato Souza, do 2º ano B da Escola Santo Tomás de Aquino. Parabéns, meninas do handebol, pelos jogos excelentes e pela determinação e atitude que tiveram!

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arte

Homenagem aos pais

(Marcos Eduardo Mellim Araujo - 8º C) Dia dos pais é um dia sagrado Sendo todos os pais idolatrados Qualquer dia que esteja dando errado Chega o pai e deixa tudo consertado Existe pai brincalhão, que sempre está animado Ou o pai quieto, mas respeitado Existem vários tipos de pais, e isso é certeza Todos nos protegem como guardas da realeza Pai muito ativo ou muito passivo Cada dia que eu vivo Eu quero mais ficar contigo Meu grande e melhor amigo

Blá blá blá

(Carolina Ribeiro Junho - 8º B)

Todo pai merece presente Mesmo estando longe da gente Quando estou contigo não sinto nada Meu grande herói desta jornada

Já faz tempo que parei de ouvir Essas palavras sempre a se repetir Blá, blá, blá, falando sem pensar Blá, blá, blá, é só o que sabem falar

Pai só temos um e sempre vamos amar Até o mundo acabar E todos nos encontraremos lá E sempre vão nos apoiar tanto aqui como lá

Eu gostaria de ouvir algo diferente Às vezes, para variar Um pouco mais abrangente Do que esse simples blá, blá, blá

Esse cordel é unicamente e exclusivamente Dedicado à pessoa que me transformou em gente Meu querido e amado pai Que eu não vou esquecer jamais

Pare por um segundo; Pare para pensar. Tente algo mais profundo, Mais profundo para falar Falam sem parar Mas eu não quero escutar Não quero me conformar Com o seu blá blá blá Pare, todo mundo! Parem de falar! Vocês já não se cansaram? Chega de blá blá blá!

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A liberdade e o tempo (Ana Catharina Paixão Vasconcellos – 2o A EM) Um garoto de 17 anos se encontrava sentado em um canto escuro de seu quarto, encolhido, apenas sofrendo em silêncio. Seus olhos se encontravam parados, travados como um carro atolado: seus pensamentos giravam como as rodas, mas continuava congelado naquela posição, assim como o carro que não se move, mas faz um esforço tremendo para sair da situação. Suas olheiras já se mostravam bem acentuadas. Pequenos cabelos fugiam do couro cabeludo, embora fosse envolto em gel, como se procurassem uma saída para tamanho sofrimento. A razão para tanta dor estava na falta do bem mais precioso ao ser humano: o tempo, retirado a força pela sociedade, por puro prazer pelo sofrimento alheio. Era imposto sobre este adolescente, desde que entrou no ensino médio, que sua razão de viver era a escola. Porém, do que adiantaria tanto esforço para garantir um futuro se o presente o condenava ao sofrimento? Trabalhos escolares, simulados e provas retiravam, quase que por completo, seu tempo para viver e conviver. No início expressava seu pensamento, mas sempre era menosprezado pelos pais e pela direção, que respondiam sempre as mesmas frases sem fun-

damento como justificativa: – Reclamar não vai lhe dar notas melhores! – Está achando difícil? Espere até ter que fazer o ENEM! – A escola não pode mudar, todas fazem desse jeito! – Tem que ser puxado sim, se não você não vai passar em nenhuma faculdade! – Com o que você sabe não dá nem para ser lixeiro! Ainda sentado no quarto, levantou os olhos e observou o papel de parede de seu quarto: representava um céu azul com nuvens brancas. Criou forças para se levantar e abrir a janela. Lá estavam o verdadeiro céu e as verdadeiras nuvens. Percebeu como sentia falta de perceber o ambiente a sua volta e como ficava preso dentro do ambiente fechado, sem sequer ver a luz do dia, estudando horas seguidas sem descanso. Fechou o punho e apertou os olhos, como uma bomba prestes a explodir. Percebeu que não dependia da opinião alheia para mudar o cenário a sua volta. Precisava apenas espalhar outro bem precioso ao homem, capaz de acolher até mesmo os mais aflitos. Precisava espalhar a esperança, que em grande quantidade pode superar qualquer obstáculo.

Saudade

(Sofya Canaverde - 7º A) Palavra brasileira, sentimento profundo. Sentir algo, sentir dor. Aquele que sente, aquele sentido, estão unidos por um só caminho. Saudade que vai, saudade que volta, daquele amado, daquilo amado.

O viajante

(Mateus Fonseca Junqueira - 2º A EM) As madrugadas são passageiras. Passageiros os dias (razão para quem vive), As noites (razão para quem ama), As cores os sons as graças os amigos o amor As lembranças. Passageiro o fogo, o mundo E a tinta que rascunhou estes versos!

Melhor sentimento, pior sentimento. Sete letras que unem o que um dia foi separado. Forte, fraco, médio, largo. Às vezes amor, às vezes amado.

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ARTE

Confissão de uma poetisa (Carolina Ribeiro Junho - 8º B)

Não sei o que fazer Tremo tanto que mal posso escrever Estas palavras que você lê. Não sei o que pensar Emudecida, não consigo falar Apenas escrever Estas palavras que você lê. Não sei o que sentir Estou à beira de um precipício e acho que vou cair Estou desesperada, estou apavorada, Estou apaixonada. Não sei de nada; Estou apaixonada, E nem é pela pessoa errada. A batalha que esta trava É por estar apaixonada pelas palavras.

Chico Chicão

(Leonardo Bentes - 4º B) Tenho um cachorrinho Bem pequenininho Muito engraçado Seu nome é Chiquinho Morava na rua Com tanta dor Levei-o para casa Com todo o meu amor É muito esperto E muito brincalhão Se vê comida Já abre o bocão Quando tem festa Ele não se controla Fica louco demais Pula, gira e rola Amado por todos Simpatia total É igual gente Nem parece animal Não consigo imaginar Minha vida sem você Te amo demais Você é meu bebê

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interesta - edição 2 - setembro de 2017

Que sofrimento, que aflição! Não pode ser correspondida a minha paixão! Tudo o que me resta é em silêncio contemplar As palavras pelas quais fui me apaixonar. Que ironia cruel, Será que você vê? Pelo menos encontro consolo ao escrever Estas palavras que você lê.


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