SION
Revista para famílias do bairro Sion e região, em Belo Horizonte. Ano 2, nº 3, abr./mai. 2018.
em casa
Empreendedorismo
materno
Cansadas do machismo no mercado de trabalho, mulheres mães encontram realização profissional abrindo o próprio negócio
Mariana Bicalho viu no grupo de Facebook Mommys do Face uma oportunidade de empreender e ajudar outras mães
viagem & cia
sua saúde
na sua mesa
Belezas e encantos de Santiago do Chile p.4
Novidade promete reduzir o medo de dentista p.11
Gostosuras de maçã em receitas incríveis p.12
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sion em casa • abril/maio DE 2018
momemodainfantil
editorial
Para a mamãe
Não sei dizer quais são as memórias mais antigas que tenho da presença da minha mãe. Lembro muito, na verdade, da saudade enorme que eu sentia dela ao fim do dia. Na TV, passava o Topo Giggio e eu ansiava pela volta dela em torno das 19 horas, toda noite. Ainda não conheci mulher que ralasse tanto. Trabalhava o dia todo em emprego formal de engenheira em meio a homens. Ainda assim, o machismo nunca teve um espaço mínimo sequer na vida dela. Não tinha lugar, não entrava, não pertencia. Em casa, nunca a vi acoada, frágil, quebradiça. Triste sim, incompreendida e injustiçada por outras vezes também. Mas frágil, nunca. Incrivelmente, além disso, sempre inventava novas modas à noite e em fins de semana para complementar uma renda e dar forma a ideias da cabeça inquieta e agitada. De cestas de café da manhã a pães de queijo caseiros e revenda de roupas. Tudo isso por nós, pela nossa família. E tudo isso junto a um tempo em que esse padrão de estilo de vida feminino ainda não era muito comum. Enfrentou doença grave, perdas e intempéries diversas da vida e não parou de trabalhar e produzir incessantemente. Minha mãe era assim, como mãe de criança e adolescente. E o tempo foi moldando uma nova mãe de uma adulta com filhos que ainda precisa muito dela e passou a admirar ainda mais até mesmo seus defeitos, com amor e gratidão pela trajetória das duas juntas. À minha mãe e a todas as mães, de tantos jeitos, formas e histórias que dedicamos essa edição da nossa publicação. Com amor maternal, um beijo carinhoso,
SION em casa
Sion em Casa é uma publicação da Gíria Design e Comunicação Av. Francisco Deslandes, 869/1.103 Anchieta. Tel: (31) 3222-1829 Projeto gráfico, design e redação: Equipe Gíria Jornalista responsável: Nathalia Ilovatte - MTE: 0069528/SP Tiragem: 7.500 exemplares Distribuição: BH Home (gratuita, de porta em porta) Foto da Capa: Fabiana Cristina Cartas à redação e sugestões: sionemcasa@giria.com.br Para anunciar, ligue: (31) 3222-1829 fb/anchietaemcasa
Carolina Lentz
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Por Kenia Alves Fiúza
viagem&cia
Psicóloga e advogada, encantou-se pelo mundo das viagens e agora divide suas descobertas nas redes sociais: @viagemeintercambioemfamilia
Santiago e arredores:
cultura, vinho, história e neve!
fotos: arquivo pessoal
Já começou a planejar suas férias de julho? Santiago é uma excelente opção de destino para todo perfil de viajante. Famílias que querem diversão na neve, casais em busca de um roteiro romântico ou para os amantes de vinho, cultura e história, a charmosa Santiago (e arredores) atende a todos e ainda com uma grande vantagem: a poucas horas de voo de Belo Horizonte.
>> centro histórico: Um bom tour por Santiago deve começar pelo Centro Histórico. Programe-se para visitá-lo no dia em que houver a cerimônia da troca de guarda. Ela ocorre na frente do Palácio de La Moneda (sede do governo chileno) em dias alternados e, dependendo do mês, nos dias pares ou ímpares, sempre ás 10h da manhã nos dias de semana e ás 11hs nos fins de semana e feriado. Normalmente fica bem cheio: então, se quiser apreciar todos os detalhes, chegue com um pouco de antecedência. No subsolo da praça está o Centro Cultural de La Moneda que vale uma visita. De lá, vá caminhando até a belíssima Catedral Metropolitana, localizada na Plaza de Armas, e o museu de Arte Pré-Colombiana.
Acima, a Catedral Metropolitana e, abaixo, cerimônia da troca de guardas: confira as datas no site do Palácio La Moneda
>> NERUDA: Outro ponto turístico interessante na cidade é La Chascona, uma das casas do grande poeta Pablo Neruda. Essa casa foi construída em homenagem ao seu amor secreto com Matilde Urrutia e leva esse nome em referência à vasta cabeleira da amada. Neruda participou ativamente da construção da casa, desde a planta até sua decoração, que é sui generis. A Casa Museo La Chascona possui um sistema de áudio guia disponível em 5 idiomas: português, francês, inglês, alemão e espanhol. Andar pela casa e ver cada detalhe que vai sendo ricamente relatado no áudio gera uma sensação muito interessante: é como se voltássemos no tempo, como se estivéssemos presenciando o que aconteceu naquele lugar. Não é necessária prévia reserva e a entrada custa 7.000 pesos chilenos (aproximadamente R$35,00). Lancheiras/necessaires personalizadas P: 52, G: 89,
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Francisco Deslandes 869/1103 - Anchieta - Wtp: (31) 99944-3732
La Chascona: uma das três casas do poeta Pablo Neruda. Reserve em torno de uma hora e meia para apreciá-la em todos seus detalhes e sentir a poesia do lugar
>> VINHOS: Não dá pra ir ao Chile e não visitar uma vinícola, certo? Existem várias delas bem próximas a Santiago, tais como a famosa Concha y Toro, Undurraga, Santa Rita, Cousino Macul entre outras. Se você gostar muito desse tipo de passeio, visite todas que puder. Porém, se não couber em seu roteiro, indico a vinícola Santa Rita. Além do tour pela vinícola ser bastante agradável entre belíssimos jardins, os vinhos são excelentes e você ainda poderá almoçar no restaurante Doña Paula e visitar o Museu Andino, tudo isso no mesmo local. A propriedade, aliás, faz parte da história da independência chilena. Conta-se que Dona Paula, a proprietária da fazenda, escondeu no porão de sua casa 120 soldados chilenos que lutavam pela independência do país e haviam perdido batalha de Rancagua. Em homenagem a esse acontecimento, um dos vinhos da Santa Rita chama-se 120.
>> ESQUI: Está indo durante a temporada de neve ( junho a setembro)? Então programe-se para visitar as estações de esqui de Farellones e Valle Nevado, que ficam próximas a Santiago e podem ser visitadas no mesmo dia. Para isso, comece seu dia bem cedo indo a Farellones. Lá, você poderá fazer o tubing (tobogã na neve em que você escorrega em cima de uma boia) ou tirolesa. Essas atividades estão muito radicais? Então faça o passeio de teleférico e aprecie a paisagem branquinha lá do alto. Tudo isso já incluso na entrada do parque, que custa em torno de R$100,00. Continue a viagem até Valle Nevado, o maior centro de esqui da América Latina. Essa estação é mais indicada para aqueles que estão em busca dos esportes na neve mas, mesmo assim vale demais a visita: a estrutura do lugar é incrível e curtir o pôr do sol no alto dos Andes é inesquecível! Pistas de Esqui em Valle Nevado e o belíssimo pôr do sol.
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cultura
19ª edição do confestival Acurso gastronômico Comida di Buteco acontece em BH entre os dias 13 de abril e 13 de maio. O preço do petisco participante do concurso será mantido em R$ 25,90 e unificado para todo o país e o tema criativo para o desenvolvimento do petisco é livre! Após a primeira etapa onde serão conhecidos os 20 campeões, será eleito, pelo terceiro ano consecutivo, o melhor buteco do Brasil! Onde: Em diversos bares de Belo Horizonte. Quando: De 13/04/2018 a 13/05/2018. Quanto: R$ 25,90 cada prato participante. Mais informações: www.comidadibuteco.com.br
show
Paula Toller se apresenta em Belo Horizonte com seu novo show Como Eu Quero e convida o público a uma apresentação inédita. Depois de viajar com o show Transbordada e de protagonizar a turnê Rock Brasil para mais de um milhão de pessoas, agora Paula apresenta seu repertório de forma mais essencial, numa performance tête-a-tête com o público. A seleção contempla toda a sua carreira (solo e no Kid Abelha). Onde: Palácio das Artes, Av. Afonso Pena, 1537. Quando: 26 de maio, sexta, às 21h. Quanto: A partir de R$ 110,00. Mais informações: www.ingressorapido.com.br
verdadeiro show de mushow Um sicalidade que impressiona pela harmonia, arranjos perfeitos e potencial vocal, traz de volta a BH toda a magia do Rei do Rock no Show Elvis in Concert. O mais premiado intérprete de Elvis da América do Sul, Gilberto Augusto, é responsável por incorporar Elvis com talento, potencial vocal e muito carisma. Onde: Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2244. Quando: 12 de maio, sábado, às 21h. Quanto: A partir de R$ 50,00 (meia entrada).
o primeiro show Beatles show Se Para Crianças conquistou a meninada e as famílias por todo o Brasil, imagina agora com o segundo projeto do grupo? É isso mesmo! A bagunça continua! E eles não se cansam de novidades! No segundo espetáculo, eles prometem um repertório todo novo, com canções ainda não apresentadas para a criançada, como “Sargent Peppers Lonely Hearts Club Band”, “She loves you”, “Obladi Oblada”, “Octopus Garden” e muitas outras. Onde: Teatro Bradesco, Rua da Bahia, 2244. Quando: 13 de maio, domingo, às 16h. Quanto: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
Assistido por mais de 300 mil pessoas em todo o Brasil, o fenômeno infantil Mundo Bita apresenta o novo Show do Bita, que leva o título “Nosso Mundo da Imaginação”. Nele, o Bita e seus companheiros – Lila, Dan e Tito – além da cantora Flora – cantam e dançam grandes sucessos dos cinco álbuns do Mundo Bita: “Bita e os Animais”, “Bita e as Brincadeiras”, “Bita e o Nosso Dia”, “Bita e o Corpo Humano” e “Bita e a Natureza”. O show “Nosso Mundo da Imaginação” tem aproximadamente 70 minutos de duração e é diversão garantida para toda a família. Onde: Cine Theatro Brasil Vallourec, Rua dos Carijós, 258 - Centro. Quando: 6 de maio, domingo, às 17h. Quanto: R$ 40,00 (preço médio).
teatro
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show
Lulu Santos desembarca em BH com sua nova turnê Canta Lulu. O show mostrará o artista em sua melhor forma: entoando grandes sucessos da carreira e hits que marcaram – e ainda marcam – gerações. Lulu Santos retorna aos palcos sedento pela energia do público e com um show enérgico. O cantor desfilará hits como “Toda forma de amor”, “Temos Modernos”, “Apenas mais uma de amor”, “Como uma onda”, além de canções de seu mais recente projeto, “Baby Baby!”. Onde: KM de Vantagens Hall. Quando: 18 de maio, sexta, às 22h. Quanto: A partir de R$ 120,00.
comportamento
Por Carolina Dantas Brito
Psicóloga www.atravessandopsicologia.com.br
Príncipes e Princesas... “Que princesinha!”, “Príncipe da mamãe e do papai”! Talvez você já tenha falado isto várias vezes, não só para sua filha ou filho, mas também para outras tantas crianças. Mas você já parou para pensar o que dizem mesmo os contos de fadas? Neles, princesas e príncipes, com raríssimas exceções, não precisam se sustentar, não se preocupam em estudar, não têm obrigações domésticas nem profissionais. São bonitos, brancos, loiros, ricos e magros. As princesas, sabemos bem, vivem esperando seus príncipes (dos olhos azuis, claro!). Os príncipes sempre dependentes dos pais, em busca da sua tão sonhada princesa! Nunca se preocupam com a independência, nem com a profissão. Não estou, de maneira alguma, dizendo que sou contra os contos de fadas e que não devemos mais inserir nossos filhos e filhas no mundo mágico das princesas e príncipes. Acredito apenas que uma criança não deveria crescer acreditando em modelos únicos, tão restritos e irreais. Penso que elas devem ter o direito de desde pequenas saberem que existem várias formas de ser-no-mundo, de ser humano, de ser feliz! Os contos de fadas reforçam a ideia de que devemos ser perfeitos, devemos estar sempre vestidos de forma impecável,
reforça também a segregação de gênero (coisas de menino x coisas de menina - azul x rosa), a dependência (financeira e emocional) e a falsa ideia de que todas as nossas vontades devem ser realizadas. Permitir que uma criança fantasie e entre no reino das histórias deve ser diferente de fazê-la acreditar que ser princesa (ou príncipe) é um estilo de vida ou que faz parte do mundo real. Estamos vendo crianças que crescem sem saber diferenciar o real do imaginário. Mulheres que esperam o príncipe encantado e homens que querem a princesinha dos seus sonhos, que não buscam a independência e que vivem alheias às questões sociais. É importante que os pais possibilitem às crianças que elas entrem em contato com a diversidade de modelos de seres humanos que existem e com os quais poderão estabelecer uma relação de identificação ou de individuação, a partir da qual possam reconhecer o bom ou o ruim em cada um deles. A fantasia é importante, mas a realidade continua sendo o melhor caminho contra a alienação e a favor da sanidade.
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Por Nathalia Ilovatte
nossa capa
Negócio de
mãe
Jornalista formada na Universidade Santa Cecília, em Santos, mas escolheu Belo Horizonte para morar. Já cobriu Moda, Beleza, Comportamento e Mulher nos portais iG e R7.
Quando o mercado exigiu que se dedicassem à maternidade menos do que gostariam, elas escolheram o caminho do empreendedorismo para encontrar realização profissional
A rotina extenuante e inflexível foi o que motivou Virginia Persichini a colocar de lado, temporariamente, a carreira de advogada. Quando a filha, Maria Clara, nasceu, Virginia decidiu se dedicar aos desafios da maternidade e abriu mão do emprego em um escritório de advocacia. Durante os três primeiros anos da filha, ela gastou o pouco tempo livre entre apostilas, se preparando para concursos. “Eu achava que seria mais tranquilo trabalhar como funcionária pública”, conta. Mas a vida profissional da advogada acabou seguindo um rumo inesperado. O despretensioso costume de criar e mandar fazer roupas iguais para ela e a filha foi, pouco a pouco, se tornando uma fonte de renda e de satisfação. “Eu sempre gostei da moda mãe e filha, mas tinha dificuldade de achar opções. Então, procurei uma costureira e encomendei roupas iguais para Maria Clara e eu. As pessoas viam, gostavam e vinham me perguntar onde encontrar. Por hobby, comecei a vender”, recorda ela, que fez nascer, pouco a pouco, a Tal Mãe, Tal Filha. Em 2012, dois anos depois do primeiro look coordenado com a filha, Virginia fez um perfil no Instagram e passou a usar as redes sociais para vender suas criações para clientes de fora de seus círculos de amigos. Em 2014, a Tal Mãe, Tal Filha virou um e-commerce, regulamentado, com site próprio, e uma sócia, Carolina, irmã de Virginia. Hoje, a empresária se sente 100% realizada e tem a qualidade de vida que sonhava. Consegue passar um tempo de qualidade com a filha, leva Maria Clara ao escritório quando necessário, tem flexibilidade de horários e sequer precisa perder tempo e se estressar em congestionamentos. É que Virginia mora no Sion, e o escritório da Tal Mãe, Tal Filha fica no Anchieta, na rua em que a sócia e irmã, Carolina, mora. “Em 10 minutos eu vou de um para o outro”, conta. Mercado de trabalho exclui mães O período de licença-maternidade inferior ao de amamentação exclusiva, as cargas horárias incompatíveis com creches e escolas, e as exigências impostas por superiores, inviáveis na realidade de quem tem toda, ou quase toda, a responsabilidade pelo filho, são os principais motivos para que as mulheres pensem em outras saídas para a vida profissional, depois da maternidade. Uma pesquisa da empresa de recrutamento Catho aponta que pelo menos 28% das mulheres deixam o emprego logo depois de ter filho, seja por decisão própria ou porque são demitidas assim que termina o período de estabilidade.
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Virginia e a filha, Maria Clara, posam com looks da Tal Mãe, Tal Filha
Foi o que aconteceu com a psicóloga e empresária Mel Bracarense, mãe de Miguel e Samuel. Habituada a uma rotina intensa, ela trabalhava das 7 da manhã às 7 da noite. Por 15 anos foi gerente de recursos humanos e se sentia feliz com o dia a dia de workaholic. “Eu sempre gostei muito de trabalhar. O trabalho sempre foi um pilar na minha vida e tem um significado muito forte”, afirma. Em 2011, engravidou pela primeira vez, depois de adiar a decisão de ser por mãe muitos anos, e de passar um bom tempo tentando. Mas, às 7 e meia da noite de uma véspera de feriado, na sala do presidente da empresa, começou a sangrar. O aborto espontâneo aconteceu na 12ª semana de gestação, e foi o estopim para uma grande transformação. “Comecei a pensar que nem Deus achava que eu poderia ser mãe. Questionei se na empresa haveria abertura para um home office, se eu poderia ter uma jornada mais flexível. E percebi que os valores do mundo corporativo, em que eu estava inserida, não combinavam muito com o que eu estava pensando para a minha vida”, explica Mel. A psicóloga, que na época já tinha formação para atuar como coach, procurou mais cursos e especializações na área. Fez um tratamento para engravidar novamente, e deu à luz Samuel, hoje com 4 anos. Quando voltou da licença maternidade, Mel foi mandada embora. “Estatisticamente, a gente sabe que isso acontece. Mas, quando é com a gente, é um susto. Eu nunca tinha sido demitida. E ficou muito claro que estava sendo desligada da empresa porque era mãe e a minha vida ia mudar”, conta.
A filha, Isadora, deu forças para Silvania mudar o rumo da carreira
À frente da Gujoreba Mix, Giselle afirma que empreender não é fácil, mas vale a pena
Sem saber que rumo dar para a carreira, ela estava certa de que não voltaria a ser gerente de recursos humanos. Mel contribuía com a maior parte da renda familiar, e sabia que suas decisões teriam grande impacto sobre o marido e o filho. “Mas eu não estava disposta a terceirizar a criação do Miguel, e sonhava em ter mais um filho. Isso me dava forças para empreender”, recorda. As dificuldades que ela enfrentou nessa fase e a paixão pela área deram origem à Mães com Carreira, empresa de coaching para mulheres que vêem na maternidade um impulso para redirecionar a vida profissional, seja porque estão insatisfeitas com a inflexibilidade das empresas, ou porque foram demitidas após a licença maternidade. “Eu faço a pessoa entender qual é a paixão dela e construir um negócio nesse sentido”, orgulha-se.
cio não é visto como um gasto, mas um investimento na saúde e bem-estar da população. Embora a garantia desse direito não seja a única urgência para tornar o mercado de trabalho mais humano, ele já diminuiria parte do acúmulo de funções e jornadas a que são submetidas a maioria das mulheres.
Uma outra realidade é possível Foi só quando voltou a morar no Brasil que a advogada Giselle Gressi Barone, mãe da Julia, de 8 anos, decidiu empreender. Quando a filha nasceu, ela atuava na área de sua formação em Londres, e teve um ano de licença maternidade, além da opção de trabalhar só meio período a partir de então. Ao retornar a Belo Horizonte, optou por abrir um negócio para ter horários mais flexíveis e passar mais tempo com a filha. Há 5 anos, tornou-se sócia e, um ano depois, comprou a loja Gujoreba Mix, localizada na rua Montes Claros, no Anchieta. “Passo a manhã com a minha filha e, à tarde, estou na loja ou no escritório. E também estou voltando a estudar”, conta a empresária, que alerta que é preciso ter sempre o apoio de alguém de confiança. “Tocamos a loja eu e meu marido. Então, quando minha filha adoece, por exemplo, eu estou com ela”, afirma. Segundo ela, o apoio é fundamental em empreendimentos que exijam horários fixos de atendimento, como uma loja física. A diferença de tratamento dado a grávidas e mães pelas empresas brasileiras e pela companhia inglesa em que Giselle trabalhava pode causar espanto à primeira vista. Mas, em países europeus, é comum que as famílias tenham o direito de passar mais tempo com os filhos. A Croácia, por exemplo, garante 410 dias de licença. Ou seja: mais de um ano. No Reino Unido, são 12 meses. O benefí-
Elas continuam sobrecarregadas “Por mais que tenhamos uma participação mais efetiva de nossos companheiros, ainda temos uma sobrecarga muito grande no cuidado com os filhos e com a casa. As responsabi-
Mel sentiu o empurrão necessário para reformular a carreira ao voltar da licença-maternidade e ser demitida
nossa capa A união faz a força:
mãe cria plataforma para reunir trabalhos e serviços de outras mães Criadora do grupo de Facebook Mommys do Face, a advogada Mariana Bicalho, mãe de Lucas, 7, e Laura, 2, recebia diariamente pedidos para divulgar os negócios das mães participantes, e viu neles uma oportunidade, além de uma possibilidade de fazer mais pelo empreendedorismo materno. Ela, que já havia se afastado do Direito para trabalhar com personalizados, decidiu criar o site Vitrine Mommys. A página reúne trabalhos que vão de acessórios artesanais a pacotes de viagens. Tudo feito por mães. “Hoje, esse é o meu negócio. A renda ainda é inferior à minha meta, mas permaneço firme porque é algo em que eu acredito. Sinto que vai fazer diferença para mim e para o outro, porque além de eu amar, tenho certeza que vou chegar lá”, garante. Mariana também organiza uma feira de negócios maternos que acontece duas vezes ao ano e já caminha para a sétima edição. Ela também planeja lançar um portal sobre maternidade.
lidades ainda são maiores para a mulher. Embora esse cenário esteja mudando, eu acredito que ainda estamos longe de alcançar a igualdade”, avalia a psicóloga Silvania Motta, mãe da Isadora, de 4 anos. Essa sobrecarga motivou a então coordenadora de recursos humanos a abrir mão da carreira por um tempo, para se dedicar à criação da filha e vivenciar a maternidade. “Acho que fui privilegiada por poder fazer essa escolha, pois sei que muitas mães, por mais que queiram, não podem seguir esse caminho”, afirma. Quando Isadora completou 2 anos, Silvania começou a mandar currículos para voltar a trabalhar fora. “Eu me deparei com uma dificuldade, pois o mercado costuma ser cruel”, relata, “muitas vezes o papel de mãe é colocado como menos importante e precisamos produzir cada vez mais, ainda que às custas de sacrifícios que impactam na nossa vida familiar, na nossa saúde e na qualidade de vida, de maneira geral”. Hoje, Silvania presta serviços a empresas. Ela oferece treinamentos para funcionários, e também atua como psicóloga clínica. Os compromissos são muitos, mas ela faz questão de encontrar, em meio a tantas obrigações, um tempo para dedicar inteiramente a si mesma. “Acho que é preciso quebrar alguns paradigmas que nós, mulheres, assumimos como verdade. Às vezes, buscamos igualdade, mas temos muito dessa cultura machista e patriarcal arraigada em nós. Assumimos uma infinidade de papeis acreditando que sempre podemos dar conta, como se tivéssemos superpoderes, e muitas vezes esquecemos que para cuidar do outro precisamos cuidar de nós”.
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Dicas da especialista
A coach Mel Bracarense, do Mães com Carreira, dá alguns conselhos para quem pensa em empreender
1. Há quem acredite que para começar é preciso ter dinheiro, mas Mel afirma que isso é uma crença limitante. “A gente tem que agir com os recursos que tem hoje”, afirma. 2. Cerque-se de pessoas que acreditem na sua ideia. 3. Comece idealizando o negócio. Pense sobre o que você quer, e procure uma necessidade de um nicho que esteja relacionada ao que você ama fazer. 4. Depois, teste o seu negócio. Comece oferecendo seus serviços a pessoas próximas e vá estendendo ao círculo social dessas pessoas. 5. Faça um planejamento, e então comece a estruturar seu negócio. Invista em site, redes sociais, e o que for necessário. 6. Mantenha o seu trabalho com foco, consistência, medindo resultados e compartilhando o que você faz.
Vá lá!
Gujoreba Mix: Rua Montes Claros, 603, Carmo Mães Com Carreira: maescomcarreira.com.br Silvania de Araujo, psicóloga e coach: silvaniadearaujo@yahoo.com.br Tal Mãe, Tal Filha: talmaetalfilhaloja.com.br Vitrine Mommys: www.vitrinemommys.com.br
educação nossa saúde
Fim do medo de dentista!
O medo é o principal obstáculo para o atendimento odontológico seguro e de sucesso. A utilização da sedação inalatória vem se mostrando eficaz e acontece de forma rotineira em consultórios odontológicos de países desenvolvidos. O dr. Marco Jardim nos esclarece aqui um pouco mais sobre esse processo inovador. Como funciona o procedimento de sedação consciente? A sedação consciente é administrada por via nasal: o paciente inala o N2O (óxido nitroso) durante todo o procedimento e, por ser uma substância inodora, não traz nenhum desconforto. Então, o paciente se encontrará relaxado e confortável. É importante ressaltar que o paciente continua consciente, capaz de compreender e de responder a comandos verbais. Quais os benefícios que o procedimento traz para o paciente? Este procedimento elimina progressivamente a ansiedade e o medo, proporcionando conforto e relaxando a musculatura, fazendo com que a abertura de boca não fique cansativa. Além do benefício da eliminação do medo, traz maior segurança pelo fato de estar com um suporte de oxigênio maior do que temos na atmosfera, sendo indicado inclusive para cardiopatas e diabéticos. Como é o efeito da sedação após o atendimento? Nenhum. A sedação inalatória com N2O é a única técnica farmacológica em que a recuperação ocorre em 3 a 5 minutos, simplesmente inalando oxigênio puro neste período. Então, o paciente pode seguir sua rotina sem nenhuma alteração. O senhor acredita que esse procedimento seja capaz de reduzir o medo de dentista (odontofobia), tão comum entre pacientes de diversas faixas etárias? Sim, pois a ação do N2O é de forma gradativa. O paciente vai se sentindo seguro e confiante ao decorrer da sedação, então o medo já não estará presente. Em alguns casos, quando o medo é muito presente, principalmente naqueles pacientes que sofreram trauma em função de um tratamento mal conduzido, é realizado um trabalho de condicionamento psicológico associado com o N2O, onde o tratamento terá sessões menos invasivas, e evoluirá juntamente com a eliminação do medo.
| Especialista em periodontia | Pós-graduado em Implantodontia (UFMG) | Membro da ABASCO (Associação Brasileira de Sedação Consciente) Atendimento a pacientes de todas as idades.
Consultório: Rua Buenos Aires, 136. Sion | Contatos: De 8:00 às 11:30h: (31) 3285-4035 De 8:00 às 17:00: (31) 97339-4530
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sion em casa • abril/maio DE 2018
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na sua mesa
Pecado original
A maçã é fruta coringa e pode gerar preparações deliciosas e muito fáceis de fazer. Veja a seleção de gostosuras que preparamos para você e a família toda aproveitar!
strudel de maçã Ingredientes: • 250 g. de massa folhada congelada • 3 maçãs médias • 3 colheres (sopa) de açúcar refinado • 50 g. de uvas passas • 50 g. de nozes • 2 colheres de sopa de farinha de rosca • 1 gema • Canela a gosto • Açúcar de confeiteiro para decorar modo de preparo: Abra a massa em forma de um retângulo de 40 x 30 cm. Enquanto isso, corte as maçãs em quartos, retirando o miolo com as sementes. Pique-as em cubos grandes. Triture grosseiramente as nozes. Em seguida, em uma tigela, misture esses dois ingredientes com o açúcar, a canela e as uvas passas. Reserve. Salpique metade da farinha de rosca uniformemente sobre a massa. Então, distribua a mistura de maçãs na massa e finalize com o resto da farinha de rosca por cima das frutas. Dobre as pontas da massa para que o recheio não escape na hora de assar e enrole de forma que fique bem firme e apertadinha. Por fim, pincele o rocambole com a gema batida. Cubra uma fôrma com papel manteiga para a massa não grudar. Então, leve para assar à 170°C por cerca de 45 minutos ou até que a massa fique bem dourada e cozida. Delícia!
pavê trufado de maçã Ingredientes: • 4 maçãs descascadas e cortadas em fatias • 400 g. de chocolate ao leite picado • 1 lata de creme de leite • 1 pacote de biscoito de maisena • 1 xícara (chá) de leite modo de preparo: Cozinhe as maçãs com pouca água até ficarem macias. Deixe esfriar. Derreta o chocolate em banho-maria. Desligue o fogo, misture o creme de leite. À parte, umedeça as bolachas no leite. Em um refrasion em casa • abril/maio DE 2018 tário, alterne camadas das bolachas umedecidas, camadas de maçã e
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bolinho frito de maçã Ingredientes: • 3 maçãs médias • 100 g. de farinha de trigo • 60 g. de maisena • 1 pitada de sal • 30 g. de manteiga derretida • 3 gemas • 3 claras batidas em neve • 125 ml de leite • Óleo para fritar • Açúcar de confeiteiro para finalizar modo de preparo: Em uma tigela, coloque a farinha, a maisena e a pitada de sal. Misture tudo. Acrescente a manteiga e as gemas, sem parar de bater com uma batedeira elétrica. Junte o leite aos poucos para obter uma massa lisa e homogênea, sem caroços. Bata as claras em neve e incorpore-as delicadamente à massa com a ajuda de uma espátula. Reserve. Descasque as maçãs, corte-as em rodelas médias (sem sementes). Esquente óleo suficiente para fritar os bolinhos. Enquanto isso, mergulhe as rodelas de maçã na massa pronta. Ponha os bolinhos para fritar em fogo médio para alto, até que a massa esteja bem dourada dos dois lados. Na hora de servir, salpique os bolinhos com açúcar de confeiteiro.
creme de chocolate. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por, no mínimo, 6 horas antes de desenformar e servir.
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