Lar para Crianças e Adolescentes

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Lar para Crianças e Adolescentes

FAMÍLIA

Carolina Favaretto Pinoti 2017

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Carolina Favaretto Pinoti

LAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Em situação de vulnerabilidade social em Sertãozinho - SP

Trabalho final de curso apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda, para cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, em 2017, sob orientação do professor Onésimo Carvalho de Lima. 5


Carolina Favaretto Pinoti

LAR PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES Em situação de vulnerabilidade social em Sertãozinho - SP

ORIENTADOR: __________________________________________________ Onésimo Carvalho de Lima

EXAMINADOR 1: ________________________________________________ Nome:

EXAMINADOR 2: ________________________________________________ Nome:

RIBEIRÃO PRETO ______/______/______ 6


“O luxo na arquitetura não é diferente do luxo da vida. Luxo é ter em sua casa aquilo que te deixa feliz.” Isay Weinfeld

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Agradecimentos Agradeço a Deus, pela fé e saúde depositada em mim, a qual me deu forças para vencer os obstáculos nesse caminho. Agradeço principalmente aos meus pais, Welington e Kristina, por tornarem tudo isso possível. Por sempre estarem presentes, apoiando e incentivando, por todos os dias ao longo desses cinco anos. Aos meus irmãos, Vitor e Débora, por ajudarem sempre que necessário e aguentarem comigo os dias mais difíceis. A minha amiga Jéssica, que esteve ao meu lado desde o começo da faculdade, superando juntas as dificuldades e comemorando todas nossas conquistas. Ao Centro Universitário Moura Lacerda e seu corpo docente. Agradeço especialmente ao meu orientador, prof. Me. Onésimo, por acreditar no meu potencial e me auxiliar neste projeto, o tornando melhor a cada assessoria. Gratidão imensa por tudo que aprendi, pelo tanto que cresci. Muito obrigada! 9


Resumo Este trabalho final de curso tem como objetivo reduzir o número de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Sertãozinho – SP. Na cidade existem dois lares para acolhimento dessas crianças e adolescentes, os quais, juntos, abrigam trinta desses. Porém, os edifícios não possuem capacidade física e funcional para isso. Diante disso, este trabalho propõe três edifícios distribuídos em três bairros, com capacidade de acolhimento de dez crianças e/ou adolescentes cada. Esta escola se justifica ao passar uma sensação de casa, onde os relacionamentos são mais estreitos e afetivos, assim os residentes se sentem bem-vindos e queridos. Além disso, os bairros são definidos de acordo com pontos de maior origem dessas crianças e adolescentes e, também, pela presença de principais equipamentos públicos no local. Dessa forma, a criança e o adolescente que passam a morar no lar não perdem os vínculos com membros da família e, também, podem continuar a frequentar a mesma escola, o mesmo clube, os mesmos equipamentos públicos. Desse modo, a transição para o lar não causa muitas mudanças repentinas na rotina de cada um, o que poderia assustálos e afugentá-los. Logo, este projeto busca melhorar a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes, para que elas possam crescer e se desenvolver de maneira saudável e, futuramente, seguir seu caminho com segurança e em paz. PALAVRAS-CHAVE: lar; acolhimento; crianças; adolescentes; vulnerabilidade social; casa; equipamentos públicos; transição; melhoria de vida; caminho; segurança; paz

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Abstract This course conclusion work aims to reduce the number of children and teenagers under social vulnerability situation in the city of Sertãozinho – SP. There are two host homes to shelter this children and teenager in the city, which harbor together thirty of these. However, the buildings don’t have physical and functional capacity for this. Therefore, this work propose three buildings distributed in three neighborhoods, with capacity to host ten chlidren and / or teenagers each. This choice is justified by giving a home feeling, where the relationships are more narrow and affective, so the residentes feel welcome and desired. Furthermore, the neighborhoods are defined according to the spots os greater origin of these children and teenagers and also by the presence of the main public equipments in the place. In this way, the children and teenager that start living the host home don’t lose links with family members and may also keep visiting the same school, the same club, the same public equipments. Thereby, the transition to the host home doesn’t causa sudden changes in each one’s routine, which could scare and chase then away. Thus, this project pursue to improve the children and teenagers life quality, so they can grow and develop in a healthy way and follow their own way with safety and peace afterwards. KEYWORDS: home; shelter; children; teenagers; social vulnerability; house; public equipments; transition; life improvement; way; safety; peace

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14 INTRODUÇÃO

16. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

23. O CONCEITO DA PROPOSTA PROJETUAL

27. OS LARES PARA ACOLHIMENTO EM SERTÃOZINHO/SP

33. REFERÊNCIAS PROJETUAIS p.34 Casa de acolhimento para menores p.38 Casa GAP p.44 Casa Vila Matilde

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S U M Á R I O 49. O OBJETO p.50 Local p.64 Programa de necessidades e pré dimensionamento

69. O PROJETO p.70 p.71 p.72 p.73 p.74 p.76 p.78 p.80 p.85 p.88 p.92

Maquete de estudo Estudo volumétrico Memorial justificativo Implantação geral Programa de necessidades Materialidade Estrutura Plantas Cortes Elevações Maquete eletrônica

110. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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O objetivo deste trabalho é propor um projeto arquitetônico para acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Sertãozinho. De forma a conscientizar a sociedade, mitigando o “pré-conceito” sobre “criança de orfanato”, incluindo elas na sociedade como qualquer outro indivíduo e priorizando os vínculos, tornando-os parte de uma família antes mesmo de serem adotados. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, defina-se criança pessoa com até 12 anos de idade incompletos e, adolescente, pessoa entre 12 e 18 anos de idade. O estudo de Martins e Jorge (2009) afirma que entre as causas de morte não natural em 2005, as agressões constituíram-se a primeira causa de óbito na faixa etária de 0 a 19 anos de idade (39,7%) com proporção expressiva na faixa etária de 15 a 19 anos (55,1%) em todo o país. Este fato gera grande polêmica, pois além dos riscos eminentes à saúde física, também devem ser levados em consideração as consequências de tais agressões para a saúde mental, o que influencia diretamente o crescimento e desenvolvimento das crianças e dos adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social e, também, da sociedade em geral. Brito, Zanetta, Mendonça, Barison e Andrade (2004) indicam em artigo que na sociedade brasileira atual, o uso da punição física é ainda um instrumento bastante frequente na educação dos filhos. Os pais tendem a defender essa forma de disciplina que, em determinadas

circunstâncias, pode favorecer à banalização e à cronicidade da violência física doméstica contra crianças e adolescentes. Dessa forma, o projeto proposto irá levantar uma reflexão social quanto à violência contra as crianças e adolescentes, indicando as leis que zelam pela proteção integral desses indivíduos. Além disso, através da arquitetura, será possível inserir a criança e o adolescente na sociedade por meio da conexão do novo edifício a ser construído com os equipamentos urbanos presentes em seu entorno e no restante da cidade. Já que essas crianças não estarão “presas” dentro de uma instituição, elas terão um lugar para chamar de casa e poderão usufruir do que a cidade pode oferecer, assim conhecerão pessoas, se relacionarão, farão amizades, criarão vínculos, etc. E, por fim, a criança e o adolescente irão receber todo auxílio necessário para construção de sua identidade. Serão propostas três edificações menores, quando comparados a grandes instituições, com uma pequena quantidade de crianças e adolescentes cada uma, o que torna melhor a convivência e o atendimento mais especializado. Dessa maneira, elas passam a se sentir parte de uma família, as relações são mais estreitas e os vínculos são maiores. O trabalho possui seis capítulos. O primeiro conceitua a criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade social em Sertãozinho - SP, O segundo capítulo discorre sobre o conceito da proposta projetual para a

construção do lar. O terceiro descreve os lares para acolhimento existententes na cidade. O quarto capítulo mostra as análises projetuais que auxiliam na elaboração do projeto. O quinto é o capítulo onde consta todos os dados para iniciar o projeto no local de intervenção. O sexto e último está o desenvolvimento do projeto, o qual é composto por memorial justificativo, programa de necessidade e materialidade.

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A CRIANÇA E O ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL 17


A criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade social Em 20 de novembro de 1959, a Organização das Nações Unidas aprovou a Declaração Universal dos Direitos da Criança, e seu cumprimento é fiscalizado pela UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Tal órgão, dentro da ONU, foi criado com a finalidade de integrar e incluir as crianças na sociedade e cuidar para que haja convívio e interação social, cultural e suporte financeiro, proporcionando condições de sobrevivência até a sua adolescência. Dessa forma, é fato que os países são orientados a proteger suas crianças há muito tempo. No Brasil, iniciou-se a proteção integral da criança e do adolescente através da Constituição Geral de 1988. De acordo com o artigo 227 desta: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (Emenda Constitucional nº 65, 2010, não paginado).

O surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente mostrou a importância da proteção 18

à criança e ao adolescente e tornou-se ainda mais relevante, já que a percepção sobre estes sujeitos se modificou, reconhecendo suas reais necessidades. Em outubro de 1991, foi decretada a lei que criou o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a qual afirma (no artigo 2º, item I) que prioriza: Elaborar as normas gerais da política nacional de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, fiscalizando as ações de execução, observadas as linhas de ação e as diretrizes estabelecidas nos arts. 87 e 88 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente, 1990, não paginado)

A Organização Mundial de Saúde (OMS), citada por Krug, et. al. (2002, p. 5), através do Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, define violência como: O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.

Segundo dados apresentados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência

da República, 77% das denúncias recebidas através do Disque 100, entre janeiro e novembro do ano de 2012, estão relacionadas à violência contra crianças e adolescentes, o que se reflete em 120.344 casos evidenciados. Ou seja, isso indica que, mensalmente, ocorreram 10.940 agressões, o que resulta uma média de 364 denúncias por dia. O estudo “Impacto da Violência na Saúde das Crianças e Adolescentes”, publicado em 2008 pelo Ministério da Saúde, indica que as causas externas são o fator responsável pelo maior número de mortes de crianças e adolescentes a partir de 1 ano de idade. E, diante disso, 58% atos violentos contra crianças e adolescentes acontecem dentro da própria casa, pelos próprios pais. Diante disso, tais crianças que sofrem violência, seja qual for o tipo, são encaminhadas para abrigos e, consequentemente, são estigmatizadas como crianças de orfanato. Dessa forma, criase um estereótipo pela própria sociedade diante de tais circunstâncias. Tal estereótipo provoca consequências na vida dessas crianças e adolescentes, já que passam a se sentir como a sociedade as vê. Se sentem excluídas, esquecidas, abandonadas, diferentes. Segundo Miller (1986) apud Cássia Vienna (2012, não paginado) o modo como fomos tratados quando crianças pequenas é o modo como nos trataremos pelo resto da vida. Com objetivo de amenizar


A criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade social esse estereótipo e romper com preconceitos, os espaços públicos entram com grande importância, já que eles promovem atividades coletivas, o que favorece a criação de amizades e vínculos entre as crianças abrigadas e outras. Segundo Mendonça (2007, paginado), considerase recomendável, não apenas o mapeamento e as análises das estruturas formais que caracterizam o uso do espaço público, mas pondera-se de especial relevância, o mapeamento das apropriações alternativas do espaço público, independente da existência de infraestrutura específica para tal, seja para o exercício de atividades coletivas, seja para apropriação particular. Já Nishikawa (1984, não paginado) considera as apropriações como eventos cotidianos relacionados à própria vida urbana e devem ser reconhecidas, entre outros aspectos, como reveladoras de necessidades de reestruturações físicas, de modo a permitir flexibilidade no uso do espaço. Dessa forma, Nishikawa (1984, não paginado) aponta a importância da realização de projetos urbanísticos que atuem sobre a estrutura física das cidades, permitindo que cidadãos exerçam, sobre o espaço público suas respectivas apropriações de forma mais adequada e segura. O Estatuto das Cidades, em seu artigo 2º, incisos V e IX, prevê a oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da

população e às características locais, bem como a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização (BRASIL, 2001). Segundo Elali (1997, não paginado), a discussão entre as áreas de Arquitetura e Psicologia não é imediato ou simples, de maneira que somente a parceria entre ambas, na realização de trabalhos conjuntos que contemplem as suas especificidades, pode vir a possibilitar a real ampliação dos conhecimentos. A autora ainda acrescenta que: A crescente importância do trabalho avaliativo enquanto subsídio a novos projetos, ou face a programas de reforma/ manutenção do espaço construído (Ornstein, 1992), representa a conscientização de que pouco contribuiremos socialmente se continuarmos a enfrentar cada problema de modo isolado, esquecendo que o principal objetivo da edificação (ou conjunto edificado) deve ser garantir a qualidade de vida da população. Sob esta ótica, o edifício deixa de ser encarado apenas a partir das suas características físicas (construtivas) e passa a ser avaliado/ discutido enquanto espaço “vivencial”, sujeito à ocupação, leitura, reinterpretação e/ou modificação pelos usuários, ou seja, ao estudo de aspectos construtivos e funcionais

do espaço construído acrescenta-se a análise comportamental e social essencial à sua compreensão. Esse processo implica, necessariamente, a análise do uso - enquanto fator que possibilita a transformação de espaços em lugares. (ELALI, 1997, p. 353)

De acordo com Oliveira (2002), a criança brincando no espaço externo junto à natureza, com tempo, liberdade e contato com outras crianças, recebe estímulos constantes e variados, trabalha e enriquece a sua percepção do espaço e desenvolve a sua sensibilidade, coordenação motora, imaginação, mente e criatividade, socializandose, trocando experiências, criando vínculos com outras crianças e com adultos de diversas classes sociais, crenças, raças, culturas e etnias e, então, aprende a ser solidária. E, ainda segundo a autora: As crianças têm direito à saúde, à liberdade, ao lazer, à dignidade, ao respeito, à educação e à convivência comunitária. Por essa razão, a cidade deve fornecer espaços públicos, para que deles as crianças possam fazer uso, exercitando sua cidadania. As crianças necessitam do espaço público próximo a suas casas, para poderem, a qualquer dia e hora, optar e realizar o lazer no seu tempo disponível e construir sua autonomia

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A criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade social Estes espaços precisam ser vivos e diversificados, melhorando a qualidade de vida na cidade. O ambiente urbano é fundamental para a formação da criança. (OLIVEIRA, 2002 p. 1)

Como já citado, a criação de vínculos é essencial para o desenvolvimento da criança e do adolescente, principalmente o vínculo entre irmãos. Segundo Costa (2011, não paginado) os irmãos têm um papel importante no desenvolvimento da compreensão sobre as emoções, pensamentos, intenções e crenças. Carreño e Avilla (2002, não paginado) consideram que a definição de irmão mais velho como figura de apego subsidiária não está restrita a situações em que a separação dos pais é definitiva, sendo presente também em situações de cuidados formais. Nesse contexto, os irmãos podem efetivamente atuar como figuras de apego subsidiárias e, por assim dizer, cumprir um papel decisivo no desenvolvimento sócio-afetivo da criança. Petean e Suguihura (2005, não paginado) consideram que com os irmãos se aprende a compartilhar e expressar sentimentos, a vivenciar experiências de companheirismo, lealdade e rivalidade. Em concordância, McHale, Crouter e Whiteman (2003, não paginado) afirmam que os irmãos são figuras importantes na vida cotidiana das crianças, tanto como companheiros de atividades, quanto como cuidadores. Para os autores, o contato prolongado e 20

diário dentro do mesmo ambiente, compartilhando das mesmas figuras parentais são indicadores pelos quais se acredita que a relação entre irmãos constitui um elemento que exerce influência sobre o desenvolvimento infantil. Com base em Mosch (2014, não paginado), entre o mundo da fase adulta e da criança uma enorme diferença está presente. Jamais pode-se considerar a criança como sendo um pequeno adulto. Ou seja, somente adequar a arquitetura dentro dos padrões físicos (ergonomia infantil) não é suficiente, e não passa de uma mera caricatura se relacionada ao verdadeiro jeito de projetar e construir para a infância. Portanto, o arquiteto tem um grande desafio, projetar ambientes que consideram o ‘ser criança’ e tudo que está relacionado ao seu desenvolvimento físico, anímico e espiritual. Para Nascimento (2009, não paginado), a primeira etapa de um ciclo de transformações, que durará uma vida toda, é a infância. Portanto, deve ser vivida em inteireza, nas atribuições e dimensões que lhes são próprias, para que a cada nova etapa o ser se desenvolva “saudável”. As crianças dissolvem a solidez do mundo e questionam sempre sobre ele. A concepção de um espaço fiel a suas necessidades e desejos, e que seja não só um espaço “externo”, mas um espaço que faça contribuição à constituição do seu espaço potencial e de sua “casa” interna. Dessa forma, torna-se necessário a relação do espaço interno, do lar em si, com o espaço externo, com o restante da cidade,

para o melhor desenvolvimento da criança. A rua e a cidade também devem ser projetadas para atender a alguns princípios infantis. Pode-se observar que, pela escala, a criança se intimida quando falamos de rua e da cidade, isso porque não são consideravelmente planejados em relação à ela. Quando observam uma praça com um local de recreação infantil, por exemplo, se sentem livres e percebem que o espaço se destina a si mesmas. Isso lhes traz segurança ao frequentálo, tornando-se um ambiente satisfatório. (SANTOS, 2011, não paginado) A arquitetura lúdica mostra que é possível criar uma linguagem caracterizada pela fusão entre espírito lúdico infantil e espírito criativo do arquiteto. Ambientes lúdicos e totalmente adaptados para o conforto das crianças exercem grande influência positiva no aprendizado, desenvolvimento e estilo de vida. Os projetos destinados ao público infantil devem ser atemporais, acolhedores, propícios a experiências e fantasias. (SANTOS, 2011, não paginado) Segundo Niehues e Souza (2015, não paginado), o espaço para a infância é uma estrutura de oportunidade, é uma matéria que dificultará ou favorecerá o processo de crescimento e desenvolvimento. O ambiente poderá ser estimulante ou limitante, em função do nível de congruência em que forem colocados em prática os conceitos arquitetônicos postulados.


A criança e o adolescente em situação de vulnerabilidade social Para essas autoras, projetos adequados promovem o desenvolvimento positivo, saudável, mental e global da criança, sendo espaços gratificantes não só para as crianças, mas para os familiares e, também da proposta projetual, para o arquiteto, que possuirá reconhecimento de um trabalho qualificado e exclusivo. (NIEHUES; SOUZA, 2015, p. 31)

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O CONCEITO DA PROPOSTA PROJETUAL 23


O conceito da proposta projetual A gramática da forma em arquitetura, muito utilizada por Frank Lloyd Wright, foi o conceito escolhido para a realização do projeto. Desse modo, o programa será formado através do estudo dos espaços, conservando a diversidade e a flexibilidade do projeto, como indica sua concepção: Ao estudar sua obra, percebe-se que suas plantas são compostas por unidades agrupadas de uma maneira simétrica ou sistemática, modulada e com relação de zonas definidas. (PANET, BIOCA, AZEVEDO E FREIRE, 2013, p. 4) Segundo Panet, Bioca, Azevedo e Freire (2013) o pensamento modular oferece uma relação espacial pelo qual se pode discutir questões de ritmo, noção de ordem, princípios de equilíbrio, continuidade, zoneamento, relação entre o todo e as partes, flexibilidade, harmonia, composição, proporção, medida, entre outros. Para Knight (2000) a gramática da forma consistia na utilização dos componentes básicos, conhecidos como vocabulário da forma, e suas relações espaciais, que limitavam a maneira como se articulavam. Segundo ele, A gramática da forma caracterizava-se por uma aplicação simples e intuitiva de determinadas regras que possibilitaram a elaboração de composições complexas pela evolução das formas mais simples. Essas regras consistiam em aplicações de operações (adição e subtração) além de

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transformações espaciais (espelhar, rotacionar e mover) nos componentes básicos (pontos, linhas, planos e volumes), gerando inúmeras composições formais. Outra característica desse método é o tratamento da forma como entidade “não-atômica” e “não-deterministica”, na primeira, a forma pode ser recomposta e decomposta possibilitando o surgimento de novas composições, e na segunda, é possível a variação da forma. A aplicação dessas relações espaciais na teoria gera inúmeros resultados, enquanto na prática, observados os condicionantes (clima, topografia, legislação, programa, cultural, econômico, entre outros) as combinações motivam a escolha de soluções adequadas. (KNIGHT, 2000, não paginado)

Diante disso, o conceito do projeto baseia-se na elaboração de unidades, as quais são reaproveitadas e reorganizadas de diferentes formas, conforme a necessidade do terreno.


O conceito da proposta projetual

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OS LARES PARA ACOLHIMENTO EM SERTÃOZINHO/SP 27


Os lares para acolhimento em Sertãozinho/SP Em Sertãozinho existem dois lares para acolhimento: Lar de Amparo à Criança “Filhos de Deus” e Casa Abrigo “Nosso Lar”. Os cuidadores de crianças e adolescentes desses abrigos optaram por separar os meninos das meninas, sendo o primeiro destinado aos meninos e o segundo destinado às meninas. São acolhidas crianças de 0 a 11 anos de idade, já os adolescentes que estão

abrigados nessas instituições são aqueles que entraram crianças e cresceram dentro do lar. Ambos os lares abrigam, atualmente, em torno de 15 crianças cada. As instituições são chácaras doadas, as quais estão localizadas distantes do centro da cidade e o acesso é difícil, tanto para quem visita os lares, como a locomoção das crianças para suas atividades diárias no centro da cidade.

A Casa Abrigo “Nosso Lar” é composta pelo prédio principal, onde se encontram os principais espaços, como: dormitórios, banheiros, área coletiva, cozinha, refeitório e área de serviço. O edifício de administração é constituído por salas destinadas à coordenação, ao atendimento psicológico e ao almoxarifado. Entre ambos, há grande área livre para diversão das crianças.

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ANCHESC CARLOS

LEGENDA Sem uso

Prédio principal

IMAGEM 01 . Casa Abrigo “Nosso” Lar Fonte: Prefeitura de Sertãozinho, 2017.

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Administração

Estrada de terra

Acesso


Os lares para acolhimento em Sertãozinho Para acessar o lar é preciso acessar a rodovia Carlos Tonani, sentido Barrinha, onde é preciso pegar a saída no km 330, a qual chega a uma estrada de terra, sendo possível acessar a Casa Abrigo Nosso Lar. O Lar de Amparo à Criança “Filhos de Deus” tem sua composição semelhante à Casa Abrigo “Nosso Lar”. É composto pelo prédio principal: dormitórios, banheiros, área coletiva, cozinha, refeitório e área de serviço. Já no prédio destinado à parte

administrativa, estão as salas para coordenação, atendimento psicológico e almoxarifado. Entre eles, há um amplo espaço para entretenimento das crianças. Ambas as chácaras possuem grande área, mas a construção propriamente dita é pequena em relação ao todo. O acesso para esse lar é ainda mais difícil. O Lar de Amparo à Criança “Filhos de Deus” encontra-se de frente à Casa Abrigo “Nosso Lar”, isto é, um está em sentido contrário ao outro na

rodovia. Dessa forma, para acesso a este lar é preciso pegar a mesma rodovia, Carlos Tonani, porém passa-se reto à entrada de acesso à Casa Abrigo “Nosso Lar”, percorre-se em torno de 2 km e faz um retorno, voltando esses 2 km e acessando o km 330 (agora do lado oposto). Essa entrada chega a uma estrada de terra, a qual é preciso percorrer em torno de 400 metros e, assim, chegar ao lar.

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Estrada de terra

IMAGEM 02 . Lar de Amparo à Criança “Filhos de Deus” Fonte: Prefeitura de Sertãozinho, 2017.

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Os lares para acolhimento em Sertãozinho De acordo com uma entrevista feita com uma voluntária que trabalha em ambos os lares, foi possível obter algumas informações importantes. Os lares existentes estão em processo de reordenamento que ocorrerá até o fim de 2017. Este processo consiste em uma reforma, reorganizando os espaços. A partir do reordenamento, é preciso abrigar 10 crianças por lar, o que contradiz com a situação atual, a qual indica o acolhimento de 15 crianças cada lar, totalizando 30. Como existem dois lares em Sertãozinho e cada um deve abrigar 10 cada, 20 crianças serão abrigadas e 10 ficariam sem abrigo. Dessa forma, a proposta deste trabalho final de curso consta na construção de lares para acolhimento da demanda atual, ou seja, 30 crianças. Além disso, foi citado o Estatuto da Criança e do Adolescente, ao dizer que há sempre a priorização dos vínculos afetivos e sociais. Apesar de os lares terem separação entre meninos e meninas, os voluntários dos lares promovem o “dia dos irmãos” todo sábado e também recebem visitas, quando agendadas, de familiares. Quando questionada se teriam a intenção de organizar um lar em que meninos e meninas convivessem juntos, a resposta foi não. Por conta das particularidades de cada um, optaram pela separação. Para manter os lares, a Prefeitura de Sertãozinho fornece uma verba. Há também o repasse municipal, estadual, federal e do CMDCA (Conselho Municipal 30

dos Direitos da Criança e do Adolescente). Porém, tais recursos não podem ser utilizados em reforma ou construção, devem ser direcionados diretamente ao atendimento da criança. Outras formas para conseguir verba são doações, apadrinhamentos e eventos organizados para arrecadação de fundos. Foram obtidas também informações sobre o cotidiano das crianças e dos adolescentes. Segundo a voluntária, as crianças frequentam escolas diariamente e, algumas delas, praticam atividades físicas fora do lar, sendo: musculação, karatê, natação e futebol. Tais atividades acontecem em edifícios localizados no centro de Sertãozinho: clube no centro da cidade, academia no bairro Jardim Soljumar, entre outros. É possível observar, então, que as crianças e os adolescentes precisam percorrer grandes distâncias todos os dias. Apesar disso, é notável que elas precisam e gostam dessa “inclusão” promovida pelas atividades. No entanto, como já citado, a mobilidade é difícil. Diante disso, chega-se ao objetivo de projetar um lar com as devidas adequações para o acolhimento das crianças e dos adolescentes e, além disso, conectá-lo ao restante da cidade, aos principais equipamentos urbanos. Dessa forma, o projeto arquitetônico prioriza os vínculos e contribui para incluir os moradores desse lar na sociedade.


Os lares para acolhimento em SertĂŁozinho

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REFERÊNCIAS PROJETUAIS 33


Casa de acolhimento para menores FICHA TÉCNICA Projeto: escritório CEBRA Ano: 2014 Local: Strandgards Alle, 5300, Kerteminde, Dinamarca Área: 1500,00 m². O projeto é uma nova forma de centro de assistência para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Revestido de azulejos e madeira, o edifício faz jogo de formas para criar um ambiente acolhedor que foca nas necessidades diárias dos moradores. O projeto harmoniza espaços seguros de uma moradia comum com novas ideias para elaborar uma casa com características de lar para crianças.

Madeira

IMAGEM 04 . Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

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Azulejos

IMAGEM 03 . Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.


Referências projetuais - Casa de acolhimento para menores O ponto de partida para o desenho do lar utiliza formas básicas da casa dinamarquesa: a moradia com telhado de duas águas e sótão. Esses elementos são utilizados em sua forma mais simples para criar uma fachada diferente e, ao mesmo tempo, integrar o edifício e seu entorno. Nota-se, portanto, que os arquitetos buscaram passar através da própria elaboração do projeto a sensação de inclusão, diversidade e segurança. O projeto foi elaborado com a finalidade de provocar relações sociais, criando uma comunidade. Para isso, priorizam sempre as atividades coletivas, porém não deixando que as crianças percam sua privacidade. Além disso, os responsáveis pelo projeto gostariam que as crianças sentissem orgulho da casa onde moram, sendo essa seu verdadeiro lar. Esse sentimento é muito importante para que a criança se desenvolva de forma saudável.

IMAGEM 05 . Interior da Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

Por isso o uso da forma da casa tradicional, e sua subversão lúdica.

IMAGEM 06 . Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

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Referências projetuais - Casa de acolhimento para menores Buscando trazer o lúdico para o projeto, o edifício combina elementos básicos da arquitetura de forma muito diferente, o que o torna incrível aos olhos de quem vê. Sua base muda pelos diversos perfis de sótão, os quais “entram” e “saem” do volume do edifício, podendo estar de forma contrária ou erguendo-se para formar um mirante. O conceito do projeto está na flexibilidade do espaços em sua organização interna. Os tamanhos e direções diferentes possibilitam espaços para leitura, filmes, sala de estudos, de pintura e artesanato e salão de festas. O projeto se inicia na conexão de quatro residências. As partes alongadas do edifício institucional se separaram e foram estreitadas para formar uma edificação compacta com volumes equivalentes. Dessa forma, reduz a escala do edifício, criando unidades diferentes para os diferentes grupos de moradores do lar.

Parte alongadas foram comprimidas para formar uma edificação IMAGEM 07 . Perspectiva da Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 08 . Volumes de edificações da Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

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Referências projetuais - Casa de acolhimento para menores As funções institucionais como administração, dormitórios e espaço para os trabalhadores do estão principalmente no sótão e no primeiro pavimento para que eles possam obter uma visão “elevada” do dia-adia dos moradores e amenizar a sensação de instituição. Há um espaço determinado para cada grupo, o qual é flexível, podendo gerar momentos em que estejam sozinhos ou em grupo, da forma como cada morador preferir. Os arquitetos buscaram diminuir a distância entre as unidades, para que os funcionários permaneçam próximos aos moradores. Dessa forma, o trablalho é integrado á rotina, o que faz os funcionário passarem mais tempo junto das crianças, o que suaviza mais ainda a imagem de instituição e prioriza a imagem de lar. As unidades destinadas às crianças menores são recuadas desde a rua e são direcionadas para o jardim, o qual possui acesso direto ao espaço de jogos. A unidade central consta de uma entrada principal ligada ao estacionamento, o que proporciona uma visão ampla das pessoas que chegam e saem do edifício, sem prejudicar as unidades habitacionais.

IMAGEM 09 . Casa de Acolhimento para Menores Fonte: Archdaily, 2015.

A parte destinada aos adolescentes é a parte do edifício mais comunicativa e possui sentido para a rua. Dessa forma, os moradores são provocados a usufruir do que a cidade proporciona, além de se relacionar com outras pessoas. Através da leitura do projeto, é possível concluir que é um projeto que prioriza a imagem e sensação de lar, e não de instituição, o que passa maior segurança e acolhimento aos moradores, fazendo-os sentir parte de uma família. Como referência desse projeto, realizei o estudo das aberturas, que formam grandes vãos de vidros, trazendo visão ampla do interno para o externo, como na imagem ao lado. IMAGEM 10 . Casa de Acolhimento para Menores - aberturas Fonte: Archdaily, 2015.

37


Casa GAP FICHA TÉCNICA Projeto: escritório Archihood WXY Ano: 2016 Local: Bokjeong-dong, Coréia do Sul Área: 596 m². O projeto da Casa Gap busca ajudar o estilo de vida dos jovens dos tempos atuais. Para isso, os espaços comuns como sala de estar, cozinha e espaço para refeições são compartilhados. Já o escritório se encontra no meio termo entre os espaços públicos e privados. Dessa forma, os arquitetos procuraram passar a visão de “casa compartilhada”. O equilíbrio do projeto, a relação entre o público e o privado, se define através do pátio, o qual cria um espaço ao ar livre, trazendo a natureza para dentro do edifício, além de incentivar as relações sociais entre os residentes.

IMAGEM 11 . Casa GAP - Fachada Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 12 . Casa GAP - Fachada Fonte: Archdaily, 2016.

38

O pátio é um grande vazio, um espaço aberto comum que engloba todo o edifício, através de uma área de pilotis de fácil acesso. Tal vazio permite que a fachada da frente e posterior, através das aberturas, recebam ventilação e iluminação natural do sul. Além disso, o pátio torna-se o real sentido do local pois, como já dito, incentiva a sociabilidade. Um vão em menor escala representa as varandas das seis unidades. São projetadas com abertura para o exterior e para o pátio, permitindo a comunicação com os vizinhos. Para evitar que os residentes percam privacidade, as varandas foram projetadas de forma mais linear, e são colocadas no interior de cada uma das unidades para impedir que pessoas de fora possam ver o que se passa dentro. O pátio proporciona a integração dos espaços e as varandas de cada unidade são apoiadas num padrão cruzado para melhorar ainda mais a privacidade entre os pavimentos.


Referências projetuais - Casa GAP

IMAGEM 13 . Casa GAP Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 14 . Casa GAP Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 15 . Casa GAP Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 16 . Casa GAP Fonte: Archdaily, 2016.

39


Referências projetuais - Casa GAP

IMAGEM 17 . Casa GAP - Planta pavimento térreo Fonte: Archdaily, 2016.

LEGENDA TÉRREO

IMAGEM 18 . Casa GAP - Planta primeiro pavimento Fonte: Archdaily, 2016.

LEGENDA PAVIMENTOS 1, 2, 3 E 4

Jardim/Pátio

Acesso

Loja

Espaço privado

Banheiro

Sala coletiva

Eixo de circulação vertical

Varanda coletiva

Armazenamento

Banheiro coletivo Utilitário Escadas

40


Referências projetuais - Casa GAP

IMAGEM 19 . Casa GAP - Planta segundo pavimento Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 20 . Casa GAP - Planta terceiro e quarto pavimento Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 21 . Casa GAP - Vista da sala coletiva para a varanda coletiva, sendo possível visualizar as aberturas. Fonte: Archdaily, 2016.

IMAGEM 22 . Casa GAP - Vista da sala coletiva para a varanda coletiva, sendo possível visualizar as aberturas. Fonte: Archdaily, 2016.

41


Referências projetuais - Casa GAP

1

2

LEGENDA CORTE 1

2

Estacionamento Jardim Sala coletiva Varanda coletiva 2

Loja

2

IMAGEM 24 . Casa GAP - Corte 1 Fonte: Archdaily, 2016. 2

2

LEGENDA CORTE 2 Acesso Espaço privado Sala coletiva 2

2

Varanda coletiva Banheiro coletivo Eixo de circulação vertical

1 IMAGEM 23 . Casa GAP Indicação de corte em planta Fonte: Archdaily, 2016. IMAGEM 25 . Casa GAP - Corte 2 Fonte: Archdaily, 2016.

42


Referências projetuais - Casa GAP

IMAGEM 26 . Casa GAP - Diagramação, composição dada por cheios e vazios Fonte: Archdaily, 2016.

A leitura mostra que o conceito do projeto parte mais para uma casa compartilhada, a qual foi elaborada de forma a favorecer as atividades em comum, proporcionando, assim, maior interação e sociabilidade entre os residentes. O ponto que se destaca é o vazio que se encontra no meio do edifício, que forma o pátio, o qual favorece ainda mais o estreitamento das relações afetivas dentro do edifício.

Como referência desse projeto, realizei o estudo das aberturas, com diferentes dimensões, pensando na fachada do meu projeto, fazendo jogo de partes transparentes e opacas, sendo que as partes opacas posso brincar com texturas.

43


Casa Vila Matilde FICHA TÉCNICA Projeto: escritório Terra e Turma Associados Ano: 2011 Local: Vila Matilde, em São Paulo

O lote em que a casa está implantada possui 4,8 metros de largura e 25 metros de profundidade, totalizando uma área de 120 m². A casa é térrea e tem em seu programa um sala, lavabo, cozinha, área de serviço e suíte no térreo, com a finalidade de atender as necessidades da moradora. A história desse projeto começou quando um homem procurou os arquitetos para saber se seria possível reformar a casa de sua mãe, a qual estava em condições inadequadas de estrutura e salubridade, mas sem gastar muito, pois ela não tem muito o que gastar. Ou seja, seria preciso elaborar um projeto de uma construção com baixo custo, buscando controle e agilidade. Para isso, resolveram utilizar suas experiências com estruturas e blocos aparentes.

IMAGEM 28 . Casa Vila Matilde - Interior vista 1 Fonte: Archdaily, 2015.

44

IMAGEM 27 . Casa Vila Matilde - Fachada Frontal Fonte: Archdaily, 2015.


ReferĂŞncias projetuais - Casa Vila Matilde

IMAGEM 29 . Casa Vila Matilde - Interior vista pavimento inferior, jardim Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 30 . Casa Vila Matilde - Interior vista 2 Fonte: Archdaily, 2015.

45


Referências projetuais - Casa Vila Matilde No pavimento superior foi projetada uma suíte de 95 m² para visitas. Uma horta foi elaborada na área sobre a laje. Essa área pode ser coberta futuramente, aumentando o programa da casa, conforme as necessidades da cliente. O projeto elaborado pelo escritório Terra e Turma Associados combinou funcionalidade à leveza, elaborando espaços conectados entre si, bem iluminados e ventilados pelo pátio construído. Dessa forma, a rotina da dona da casa se torna mais prática e fácil, já que as atividades estão interligadas, além de que quando receber visitas, a conexão entre os ambientes irá favorecer a integração e sociabilidade. IMAGEM 31 . Casa Vila Matilde - Pavimento superior Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 32 . Casa Vila Matilde - Planta Pavimeno Térreo Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 33 . Casa Vila Matilde - Planta Pavimento Superior Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 34 . Casa Vila Matilde - Planta Cobertura Fonte: Archdaily, 2015.

46


Referências projetuais - Casa Vila Matilde

LEGENDA Garagem Sala Pátio Lavabo Cozinha

IMAGEM 35 . Casa Vila Matilde - Corte A Fonte: Archdaily, 2015.

Área de Serviço

Principal ponto: integração de ambientes, por isso pouco uso de paredes como divisor de ambientes.

Suíte Circulação Horizontal Circulação Vertical Horta Terraço descoberto

IMAGEM 36 . Casa Vila Matilde - Corte B Fonte: Archdaily, 2015.

Como referência desse projeto, realizei o estudo do pátio, a integração dele com o restante do edifício, assim como na referência anterior.

Bloco aparente em toda a estrutura

“Uma articulação entre lavabo, cozinha, área de serviço e um jardim interno conectam a sala, localizada na parte frontal, e os quartos localizados na parte posterior.Na área central da casa, o pátio cumpre a função essencial de iluminar e a ventilar. Esta área, serve também como extensões da cozinha e da área de serviço.” Archdaily IMAGEM 37 . Casa Vila Matilde - Corte C Fonte: Archdaily, 2015.

IMAGEM 38 . Casa Vila Matilde - Corte D Fonte: Archdaily, 2015.

47


48


O OBJETO 49


Local

50

dois aspectos: bairro de origem da maioria das crianças abrigadas e a proximidade com os principais equipamentos urbanos. De tal forma, as crianças não perderão os vínculos existentes no local em que moravam e também terão auxílio dos equipamentos urbanos para suas atividades cotidianas, o que auxiliará a inclusão delas junto à sociedade. Segundo a voluntária dos lares existentes em Sertãozinho, a maioria das crianças vêm dos seguintes bairros: Vila Áurea e Jardim Alvorada. São bairros populares na cidade. O bairro Vila Áurea está a uma distância considerável da área central da cidade e não possui equipamentos urbanos. Diante disso, foi escolhido o bairro Jardim Recreio (terreno 01), o qual se encontra mais incluído dentro da cidade, possuindo equipamentos

públicos para a realização de atividades pelas crianças. O segundo terreno foi estrategicamente escolhido no Centro (terreno 02) de Sertãozinho. Justamente por ser área central na cidade, há presença de importantes equipamentos públicos, sendo assim o acesso mais fácil e rápido. O outro bairro escolhido é o Jardim Alvorada (terreno 03), o qual junto do bairro Vila Áurea, indica maior predominância de origem das crianças abrigadas, além de possuir equipamentos públicos importantes para o desenvolvimento da criança. Outro fator relevante é sua proximidade ao Centro da cidade. A seguir é possível observar a disposição dos bairros acima citados em relação a eles mesmos e em relação à cidade:

N

De acordo com a situação atual, os lares existentes em Sertãozinho estão abrigando 15 crianças cada um, como já foi citado no trabalho. Dessa forma, conclui-se que a demanda é em torno de 30 crianças na cidade. Diante disso, este trabalho propõe um projeto arquitetônico para três núcleos, os quais irão abrigar os lares, distribuídos estrategicamente dentro da cidade. Cada lar irá acolher no máximo até 10 crianças, para que o atendimento seja mais especializado. Atualmente, os lares existentes estão abrigando, em conjunto, 30 crianças. Porém, não abrigam em condições adequadas, já que abrigam mais crianças que o lar é capaz. Dessa maneira, a problemática das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Sertãozinho será amenizada através do projeto proposto, pois através dele o lar abrigará a demanda da cidade dentro das condições necessárias e adequadas para o desenvolvimento das crianças. Conforme a demanda aumentar, há a opção de construir novos núcleos para acolher novas crianças e adolescentes. Para tornar o atendimento para a criança mais especializado, foram escolhidos terrenos com áreas entre 300 m² e 400 m². Assim, será possível projetar com maior liberdade, elaborar espaços adequados e flexíveis, além de promover uma conexão com o exterior. O local de escolha para os três terrenos foi baseado em

VILA ÁUREA

JARDIM ALVORADA

JARDIM RECREIO

IMAGEM 39 . Cidade de Sertãozinho - SP Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, 2017.

CENTRO


O objeto - local Jardim Recreio - Terreno 01

Terreno 01

RUA JULIO BIZZIO

N

LEGENDA

AV. AFFONSO TRIGO RUA AUGUSTO ZANINI

RUA JORDÃO BORGHETTI

AVENIDA NOSSA SENHORA APARECIDA

O Jardim Recreio contém, em seu entorno, duas avenidas principais da cidade: avenida Affonso Trigo e avenida Nossa Senhora Aparecida. O terreno está situado na rua Julio Bizzio, a qual está incluída na quadra formada pelas ruas Augusto Zanini, Jordão Borghetti e avenida Affonso Trigo, como pode ser observado no mapa abaixo.

Quadra

IMAGEM 40 . Mapa de situação, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

51


O objeto - local Através do mapa abaixo, nota-se a predominância de edificações baixas, de até 1 pavimento. São poucas as edificações entre 2 e 4 pavimentos e nenhuma com 5 pavimentos ou mais.

LEGENDA

Área edificada

LEGENDA

Terreno 01

IMAGEM 41 . Mapa de figura fundo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

52

2 a 4 pavimentos

Terreno 01 IMAGEM 42 . Mapa de gabarito, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017. LEGENDA Habitação Comércio Serviço Institucional Terreno 01

N

Em sua breve apresentação, o Jardim Recreio foi escolhido de acordo com sua localização próxima ao centro da cidade e também pela disposição de principais equipamentos públicos situados nos bairros adjacentes. O bairro é relativamente pequeno e formado apenas por residências, por isso está incluso na ZER (Zona Estritamente Residencial). Os equipamentos urbanos, os quais foram uma das questões analisadas para a escolha desse local, encontram-se nos bairros adjacentes, como indica o mapa, constando edifícios institucionais, de prestação de serviços e comércios situados principalmente nas avenidas. O mapa acima indica tal análise.

1 pavimento

IMAGEM 43 . Mapa de uso do solo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

N

N

O bairro em questão é uma área bem ocupada, tendo poucos lotes vazios. Algumas áreas não edificadas são quadras, campos e praças, as quais não possuem cobertura.


O objeto - local De acordo com o mapa, nota-se a presença de três escolas municipais, sendo duas delas de 1º grau e a restante de 1º e 2º graus. Tais escolas recebem crianças do bairro em estudo e dos adjacentes. Há um centro de esportes municipal, chamado

popularmente por Patinódramo, o qual possui quadras e piscinas. Existe também um campo de futebol ligado a uma das escolas. Observa-se, também, um Centro de Exposições, onde ocorrem vários tipos de eventos, alguns privados e outros proporcionados

pela prefeitura da cidade. Há uma praça representando área verde, a qual recebe os moradores da área para lazer. Em laranja está indicada a quadra onde está inserido o terreno para implantação do lar neste bairro.

A

RUA AUGUSTO ZANINI

N

RUA JORDÃO BORGHETTI

AV. AFFONSO TRIGO

RUA JULIO BIZZIO

LEGENDA A

Municipal C

Terreno (01) para implantação do lar Centro de Exposições Antônio Merlin Secretaria de Obras Praça Patinódromo (Centro de Esportes)

N

IMAGEM 44 . Mapa de equipamentos urbanos, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Campo de futebol Quadra: locação do terreno A-

Escola 1º grau

B-

Escola 1º e 2º grau

53


O objeto - local Apesar de grande fluxo de automóveis nas avenidas presentes nessa área, o acesso ao bairro, aos equipamentos e

ao terreno é fácil, sendo que suas vias estão de acordo fisicamente e funcionalmente, além de serem bem sinalizadas. A hierarquia

Via local

N

LEGENDA Via coletora

Terreno 01

IMAGEM 45 . Mapa de hierarquia viária física e funcional, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

54

física e funcional desse bairro é, portanto, a mesma, como indica o mapa abaixo:


O objeto - local Centro - Terreno 02 O Centro possui uma rua principal: Barão do Rio Branco, a qual tem maior fluxo de pedestres e automóveis. É nesta rua que o terreno escolhido está localizado. Em conjunto com ela, compõem a quadra as seguintes ruas: Olidair Ambrósio, Aprígio de Araújo e José Bonini. Tal análise pode ser observada no mapa abaixo.

RUA JOSÉ BONINI

RUA OLIDAIR AMBRÓSIO

RUA BARÃO DO RIO BRANCO

RUA APRÍGIO DE ARAÚJO

N

LEGENDA Terreno 02

Quadra

IMAGEM 46 . Mapa de situação, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

55


O objeto - local O Centro, por ser um dos primeiros bairros a ser formado na cidade, é uma área quase totalmente edificada, o que tornou a procura pelo terreno mais difícil nesse bairro.

No Centro, a maioria das edificações são de 1 pavimento. Existem algumas residências de 2 pavimentos e alguns comércios e serviços entre 2 e 4 pavimentos. As edificações mais altas, de 5 ou mais pavimentos, são prédios residenciais. O mapa abaixo os indica.

N

LEGENDA

Área edificada

Terreno 02

1 pavimento

2 a 4 pavimentos

5 ou mais pavimentos

Terreno 02

IMAGEM 48 . Mapa de gabarito, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

N

IMAGEM 47 . Mapa de figura fundo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

LEGENDA

Apesar de ser uma área central, o terreno está localizado quase no limite do bairro, então há uma boa quantidade de residências entre o bairro adjacente e o início do Centro. Já mais para o centro da área há maior presença de comércios e serviços. Isso pode ser visto conforme a análise acima.

LEGENDA Habitação Comércio Serviço

Terreno 02

56

N

Institucional IMAGEM 49 . Mapa de uso do solo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.


O objeto - local Como já dito, o Centro também foi escolhido com base na presença de importantes equipamentos urbanos nas imediações do terreno escolhido, conforme mostra o mapa abaixo. Através da análise notase a presença de uma escola municipal de 1º grau, a qual

recebe crianças do bairro estudado e também dos bairros adjacentes. É presente a Santa Casa e a Secretaria Municipal de Saúde. Há também na área o Paço Municipal. Ao percorrer a rua Barão do Rio Branco, chegase à praça 21 de Abril, a qual tem grande fluxo de pessoas à procura

de lazer. Próximo a ela, está a Biblioteca Municipal. Mais distante, na avenida Antônio Paschoal, estão o Teatro Municipal, a UBS Central e Bombeiros. A quadra em que o terreno está inserido está indicada em laranja, enquanto o terreno está em vermelho.

RUA JOSÉ BONINI

RUA DR. OLIDAIR AMBRÓSIO

RUA BARÃO DO RIO BRANCO

A

N

RUA APRÍGIO DE ARAÚJO LEGENDA Municipal

UBS Central/Bombeiro

Teatro Municipal

Terreno (02) para implantação do lar

Santa Casa Paço Municipal Secretaria Municipal de Saúde Praça 21 de Abril Biblioteca Municipal N

IMAGEM 50 . Mapa de equipamentos públicos, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Quadra: locação do terreno A-

Escola 1º grau

57


O objeto - local Para acessar o bairro, os equipamentos citados e o terreno em questão, as vias estão em bom estado e são bem sinalizadas. Porém, nota-se que a rua Barão

do Rio Branco, a qual é fisicamente local, funciona como coletora, o que pode ser comprovado devido ao grande fluxo de automóveis. Devido a esse fato, há alguns anos

Terreno 02

N

Via local

N

LEGENDA

foram instalados semáforos em toda esquina, no percorrer da rua Barão do Rio Branco no Centro. Tal estudo pode ser observado através dos mapas abaixo:

LEGENDA Via local

Via coletora

Terreno 02 IMAGEM 51 . Mapa de hierarquia viária física, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

58

IMAGEM 52 . Mapa de hierarquia viária funcional, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.


O objeto - local Jardim Alvorada - Terreno 03 Conforme mostra a análise abaixo, a quadra em que o terreno está situado é composta pelas ruas Washington Luis, Augusto Bisson, Coronel Francisco Schimidt e Paulo Meloni. O terreno está localizado na rua Washington Luis, esquina com a rua Paulo Meloni.

RUA PAULO MELONI

RUA AUGUSTO BISSON

RUA CEL. FRANCISCO SCHIMIDT

RUA WASHINGTON LUIS

N

LEGENDA Terreno 03

Quadra

IMAGEM 53 . Mapa de situação, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

59


O objeto - local O Jardim Alvorada, como o Centro, está entre os primeiros bairros que se formou em Sertãozinho. Dessa forma, é uma área muito edificada. As áreas não edificadas são estacionamentos e campos de futebol, os quais não possuem cobertura. A procura pelo terreno nesse local também se tornou mais difícil devido a isso. O mapa abaixo mostra tal estudo.

Terreno 02

LEGENDA IMAGEM 54 . Mapa de figura fundo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

1 pavimento

2 a 4 pavimentos

Terreno 02 IMAGEM 55 . Mapa de gabarito, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

N

Área edificada

N

LEGENDA

O estudo sobre o gabarito da área mostra a maioria de edificações baixas, de 1 pavimento. São poucos os edifícios acima de 2 pavimentos ou mais. Já edificações mais altas, de 5 pavimentos ou mais, não existem nesse local. A predominância por edificações baixas ocorre pelo fato de serem construções mais antigas e a população de renda mais baixa.

Da mesma forma que o Centro, o Jardim Alvorada também é um dos primeiros bairros a se formar na cidade, por isso há grande predominância de residências. Existem poucos comércios e serviços, os quais são suficientes para auxiliar a população local. O mapa ao lado comprova tal análise.

LEGENDA Habitação

Institucional

Comércio

Terreno 03

IMAGEM 56 . Mapa de uso do solo, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

60

N

Serviço


O objeto - local Como os outros dois terrenos, este, no Jardim Alvorada, também foi escolhido pela presença de equipamentos públicos importantes, além de ser um dos bairros com maior predominância de origem das crianças abrigadas. O mapa a seguir indica a disposição dos

equipamentos públicos na área. Como é possível observar, existem na área duas creches municipais, uma escola municipal para educação infantil e 1º grau e uma escola estadual de 1º e 2º grau. Além disso, há a garagem da polícia militar, próximo ao campo de futebol da Alvorada. Adjacente

ao campo, está um centro comunitário, para atividades de lazer, e a UBS Alvorada. No quarteirão adjacente há um supermercado Savegnago. O terreno está indicado em vermelho, dentro da quadra que está indicada em laranja.

RUA AUGUSTO BISSON

RUA PAULO MELONI

RUA CEL. FRANCISCO SCHIMIDT

1

N

1

RUA WASHINGTON LUIS 2A

LEGENDA

C

Municipal Terreno (03) implantação do lar N

IMAGEM 57 . Mapa de equipamentos públicos, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

Campo de futebol para

UBS Alvorada

Centro Comunitário Garagem polícia militar Estadual Savegnago Supermercado Quadra: locação do terreno A-

Escola 1º grau

61


O objeto - local da área. Porém, a rua Washington Luis funciona como coletora, pois é a rua que há maior trânsito de automóveis com a finalidade de

LEGENDA

N

Via local

Terreno 03

LEGENDA Via local Terreno 03

IMAGEM 58 . Mapa de hierarquia viária física, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.

62

atravessar bairros, como pode ser observado nos mapas abaixo:

Via coletora N

Por ser um bairro com predominância de residências, as vias do local são fisicamente locais, para acesso dos habitantes

IMAGEM 59 . Mapa de hierarquia viária funcional, sem escala Fonte: Arquivo pessoal, 2017.


O objeto - local Legislação Diante da legislação da cidade, os terrenos estão situados da seguinte forma: Jardim Recreio faz parte da Zona Estritamente Residencial (ZER), Jardim Alvorada está nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) e o Centro está na Zona Central (ZC). Através da tabela abaixo é possível observar dados para a realização da construção dos lares. Jd. Recreio

Jd. Alvorada

Centro

C. Ocupação Maxima

70%

80%

80%

C. Aproveitamento Máximo

1,5

1,5

1,5

C. Permeabilidade Mínimo

3%

3%

3%

C. Cobertura Vegetal Mínimo

-

-

-

Lote Mínimo

300m²

160m²

160m²

Testada Mínima

12m

8m

8m

Gabarito Máximo

2 pav.

8 pav. (4*)

8 pav. (4*)

AM Frente (até 2 pav.)

4m

(2*)

(2*)

AM Frente (de 2 até 4 pav.)

VED

4m

4m

AM Frente (acima de 4 pav.)

VED

5m

5m

AM Fundo (até 2 pav.)

0

0

0

AM Fundo (de 2 até 4 pav.)

VED

2m

2m

AM Fundo (acima de 4 pav.)

VED

3m

3m

AM Lateral - mín. 1 lado (até 2 pav.)

(6*)

(6*)

(6*)

AM Lateral - 2 lados (de 2 até 4 pav.)

VED

1,5m

1,5m

AM Lateral - 2 lados (acima de 4 pav.)

VED

2m

2m

AM Lateral - divisa de rua (até 2 pav.)

2m

(3*)

(3*)

AM Lateral - divisa de rua (de 2 até 4 pav.)

VED

2m

2m

AM Lateral - divisa de rua (acima de 4 pav.)

VED

2m

2m

IMAGEM 60 . Legislação Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, 2017.

63


O objeto - local

IMAGEM 61 . Legislação Fonte: Prefeitura Municipal de Sertãozinho, 2017.

Programa de necessidades e pré-dimensionamento Com base nas exigências do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e nas Orientações Técnicas do Governo Federal (2009), foi elaborado o programa de necessidades e seu dimensionamento. O último faz recomendações sobre a área física mínima para determinados usos. Dessa forma, será possível entender a área ocupada pela edificação e por cada uso separadamente. Por questões de acessibilidade, houve reajuste nas recomendações. Para melhor entender a funcionalidade dos espaços, foi desenvolvida uma tabela de atividades:

64


O objeto - programa de necessidades e pré-dimensionamento Para melhor entender a funcionalidade dos espaços, foi desenvolvida uma tabela de atividades: População População Fixa Variável

Área individual

Área total

-

11,92m²

11,92m²

1

2

13,75m²

13,75m²

4

2

-

8,86m²

8,86m²

Banheiro para funcionários

1

4

2

3,91m²

7,82m²

Espaço para estudos

1

10

-

20,29m²

20,29m²

Cozinha

1

2 (1/turno)

-

15m²

15m²

Refeitório

1

10

-

21,73m²

21,73m²

Sala de TV

1

10

-

26,27m²

26,27m²

Brinquedoteca

1

10

-

21,43m²

21,43m²

Área ar livre

1

10

-

119m²

119m²

Lazer

1

10

15

168,77m²

168,77m²

Repouso

Dormitório

5

2

-

17,25m²

86,25m²

Higiene

Banheiro ducha

2

10

-

7,19m²

14,38m²

Banheiro vaso

2

10

-

8,29m²

16,58m²

1

10

-

4,67m²

4,67m²

1

10

-

3,87m²

3,87m²

Atividade

Espaço

Quantidade

Administração

Recepção

1

1

Sala de Coordenação/ Atendimento

1

Sala para funcionários

Estudos Alimentação

Recreação

Banheiro ducha acessível Banheiro vaso acessível Repouso cuidador

Suíte

1

1

-

21,90m²

21,90m²

Serviço

Área de Serviço

1

1

-

7,98m²

7,98m²

Estocagem

Despensa

1

1

-

7,40m²

7,40m²

Total de áreas

594,27m²

30% circulação

178,28m² 772,55m²

65


O objeto - programa de necessidades e pré-dimensionamento De acordo com a tabela, observa-se a organização espacial por blocos: bloco da administração, bloco dos estudos, bloco da alimentação, bloco da recreação, bloco do repouso e higiene e bloco do serviço e estocagem. No total, haverão cinco funcionários: recepcionista, coordenador, duas cozinheiras e funcionária para área de serviço. O cuidador é o único que estará no lar em tempo integral, ou seja, é também um morador. A recepcionista e o coordenador estarão no lar de segunda a sábado, das oito horas da manhã às seis horas da tarde. Terão duas cozinheiras, uma estará presente das seis da manhã até uma hora da tarde e a outra entra a uma da tarde e sai às oito da noite, todos os dias da semana. A funcionária para área de serviço estará no lar de segunda a sábado, das oito da manhã às quatro horas da tarde. Haverá uma funcionária no espaço reservado para recepção e um coordenador irá ocupar a sala de coordenação, a qual também funcionará como sala de atendimento. A sala para funcionários dará apoio aos funcionários em seus intervalos de descanso, além de poder guardar seus pertences. E, por fim, dois banheiros serão específicos para os funcionários no bloco de administração e também no pavimento térreo, próximo à cozinha e área de serviço. No bloco da alimentação está a cozinha, a qual as duas cozinheiras irão ocupar separadamente em seus turnos. A 66

sala de refeições será o espaço que as crianças poderão realizar suas refeições. A recreação é um espaço destinado ao lazer das crianças. Faz parte deste a sala de TV, uma brinquedoteca e uma área ao ar livre, as quais estão situadas no térreo. O segundo pavimento, inteiro de lazer, também está incluso no bloco de recreação. O bloco dos estudos está próximo ao bloco da administração. É o local onde haverão materiais e móveis para uso das crianças na hora dos estudos. O bloco seguinte é específico do repouso das crianças, o qual será um dormitório a cada duas delas. No mesmo bloco estará o banheiro para uso das crianças, o qual terá a ducha e o vaso separados, além de banheiros acessíveis. Além disso, haverá a suíte do cuidador. O último bloco está a área de serviço, o qual será ocupado por uma funcionária, e uma despensa para guardar mantimentos. Entre todos os espaços, o que irá abrigar visitante, isto é, população variável, é a sala de coordenação, e quando necessário algum funcionário de fora prestar algum serviço temporário, o banheiro para funcionários conta com uma população variável de duas pessoas. A recreação também pode receber população variável, sendo essa de dez pessoas, conforme o acontecimento de eventos, o lar pode receber visitas. Diante da análise da tabela, é possível observar uma

edificação final em torno de 770 m². O pavimento térreo será ocupado pelos espaços coletivos, e seu mezanino conta com espaços destinados a administração e aos estudos das crianças. O primeiro pavimento estão os dormitórios das crianças e a suíte do cuidador, além dos banheiros. Já no segundo pavimento, a cobertura foi aproveitada para espaços de lazer. Tais espaços serão interligados entre si e o edifício como um todo conectado ao seu entorno.


O objeto - programa de necessidades e prĂŠ-dimensionamento

67


68


O PROJETO 69


Maquete de estudo A elaboração da maquete de estudo é fundamental para o desenvolvimento do projeto. Através dela é possível melhorar a volumetria e proporção, além de racionalizar as aberturas e estética do objeto.

IMAGEM 62 . Maquete volumétrica do edifício na quadra. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 64 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista lateral. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 63 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista frontal. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 65 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista fundo. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

Depois da análise da maquete de estudo, notou-se a necessidade de mudanças no projeto. Seria necessário valorizar o edifício harmonizando a volumetria com as aberturas. 70


Estudo volumétrico O edifício possui dimensões e altura que compõem ao entorno, chamando atenção pela sua cor, azul claro, escolhida por transmitir sensação de segurança e paz. Além disso, o edifício se destaca pelas suas aberturas em vidro. E, para finalizar, foi projetado um portão de metal pintado em branco, para segurança das crianças e dos adolescentes, o qual incorpora na fachada principal do edifício.

IMAGEM 66 . Vista frontal do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 68 . Vista lateral esquerda do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 67 . Vista lateral direita do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 69 . Vista fundo do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

71


Memorial justificativo OBJETIVO O objetivo deste trabalho final de curso é propor um projeto arquitetônico que auxilie na redução de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Sertãozinho - SP. CONCEITO Existem dois lares para acolhimento de crianças e adolescentes em Sertãozinho, os quais, juntos, abrigam trinta desses. Porém, os edifícios não possuem capacidade física e funcional para isso. Este fato torna necessário um reordenamento, o que incentivou a construção de novos lares. PARTIDO Este trabalho propõe três edifícios distribuídos em três bairros, com capacidade de acolhimento de dez crianças e/ou adolescentes cada. Esta escola se justifica ao passar uma sensação de casa, onde os relacionamentos são mais estreitos e afetivos, assim os residentes se sentem bem-vindos e queridos. Além disso, os bairros são definidos de acordo com pontos de maior origem dessas crianças e adolescentes e, também, pela presença de principais equipamentos públicos no local. Dessa forma, a criança e o adolescente que passam a morar no lar não perdem os vínculos com membros da família e, também, podem continuar a frequentar os mesmos equipamentos públicos.

72

Desse modo, a transição para o lar não causa muitas mudanças repentinas na rotina de cada um, o que poderia assustá-los e afugentá-los. Logo, este projeto busca melhorar a qualidade de vida dessas crianças e adolescentes, para que elas possam crescer e se desenvolver de maneira saudável e, futuramente, seguir seu caminho com segurança e em paz. O EDIFÍCIO E A INSERÇÃO Foram elaborados espaços internos integrados, o que incentiva atividades compartilhadas entre os residentes, estimulando a comunicação e a sociabilização. Entre esses espaços, o lúdico está presente, isto é, o mobiliário, suas cores e texturas instigam o aprendizado da criança através de brincadeiras. Além disso, a proximidade dos lares com principais equipamentos públicos leva as crianças e os adolescentes para fora do edifício, incentivando não apenas a sociabilização interna, mas também impulsiona os moradores a conhecerem a cidade e usufruir do que ela proporciona, além de se relacionarem com outras pessoas. Dessa forma, as crianças e os adolescentes que moram no lar estarão inseridos na sociedade. PROJETO FLEXÍVEL O projeto foi elaborado em unidades, as quais podem ser reorganizadas nos diferentes terrenos. Diante disso, no caso de a demanda aumentar é possível

implantar novos lares utilizando o mesmo partido apresentado neste projeto.


Implantação geral O TERRENO E A IMPLANTAÇÃO O terreno escolhido para demonstração do projeto possui área de 475,74 m² e está situado na rua Barão do Rio Branco, sendo essa a rua principal do Centro da cidade, além de ser a rua de acesso ao edifício. Este acesso é para todos, tanto moradores quanto visitantes, o que muda é a entrada, a qual possui destino: entrada social, entrada para veículo que transportam as crianças e entrada de serviço. A topografia é plana, sendo o desnível de zero metros. Os recuos foram definidos de acordo com a legislação vigente, combinada com o conceito do projeto. O recuo frontal é de quatro metros, o que tornou possível criar um fechamento para segurança das

crianças, através de um portão, o qual possui espaços vazados, combinado com jardim. Os recuos laterais são, à esquerda três metros e à direita um metro e meio. A entrada social da acesso ao recuo lateral maior, sendo uma área para convívio, trazendo os residentes para fora do edifício. A entrada de serviço da acesso ao recuo lateral menor, o qual criou um corredor de serviço, sendo possível a movimentação de funcionários e suas atividades sem interferir nas atividades diárias das crianças e dos adolescentes. No fundo o recuo também é três metros, seguindo o partido da área de convivência, promovendo atividades compartilhadas entre os moradores. O edifício possui quatro pavimentos, tornando

possível a criação de espaços integrados e coletivos e, também, a elaboração de espaços privados, além de um pavimento destinado apenas para lazer. O entorno é bem edificado, sendo que na quadra em que o projeto está inserido há maior presença de casas térreas e de dois pavimentos, alguns serviços de quatro pavimentos e dois prédios residenciais com gabarito acima de quatro pavimentos. Dessa forma, a construção do lar não irá contrastar com o existente na área, já que segue o gabarito padrão. Além disso, o lar irá agregar valor ao local, sendo um edifício novo e moderno, mantendo a imagem de casa.

Laje Impermeabilizada I = 2%

Caixa d'Água

Laje Impermeabilizada I = 2%

Rua José Bonini

Rua Olidair Ambrósio

Rua Aprígio de Araújo

RUA BARÃO DO RIO BRANCO

Rua Barão do Rio Branco Escala 1:125

N

IMAGEM 70 . Planta de situação Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 71 . Vista superior, sem escala Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

73


Programa de necessidades TÉRREO O térreo deve ser o pavimento que instiga as crianças e os adolescentes a não permanecerem apenas dentro do lar, mas também a sair e explorar o que a cidade tem a proporcionar. Foi elaborado um fechamento para segurança, o qual possui entrada social, portão basculante para entrada de veículo, um jardim e entrada de serviço. Esta solução torna o edifício convidativo, passando a imagem de casa. O portão social chega ao jardim que da inicio aos espaços destinados ao playground e ao fundo está o pergolado, os quais são ambientes que irão promover atividades compartilhadas. A garagem possui um espaço de convivência para quem chega ao edifício e quer acessar diretamente a área administrativa, sendo necessário apenas subir as escadas, sem que precise acessar o interior do edifício. Os espaços internos são compostos por brinquedoteca, sala de TV e sala de refeições, os quais são todos integrados entre si e, também, integrados aos ambientes externos citados anteriormente, através de grandes aberturas. À direita ficou o setor de serviço, o qual é composto por cozinha, despensa, área de serviço, banheiro de serviço e banheiro social. Esta parcela destinada ao serviço cria um padrão no restante dos pavimentos. MEZANINO No 74

mezanino

consta

os espaços destinados à administração, sendo esses a recepção, a sala e banheiro de funcionários e a sala de coordenação e atendimento. No mesmo pavimento, encontra-se o ambiente de estudo dos moradores, o qual foi elaborado propositalmente neste pavimento para que as crianças e adolescentes tenham uma supervisão e, quando necessário, auxílio. Além disso, há um espaço para leitura com sofás, poltronas, mesas e cadeiras.

com uma árvore, projetando sombra no playground em determinados horários. À frente está um jardim com bancos, criando um espaço de convivência. No fundo há um pergolado com puffs, promovendo um ambiente de descanso. A área coberta, além das escadas e elevador, estão os banheiros masculino, femenino e acessível. Na mesma área há um balcão com pia, cooktop e armários, mesas e cadeiras compondo outro espaço de convívio. Além disso, há uma brinquedoteca para as brincadeiras das crianças. Este pavimento, para maior segurança das crianças, foi vedado com paredes na mesma altura do pé direito dos outros pavimentos, as quais possuem o mesmo padrão de aberturas deles. Apenas na frente do pavimento é guarda corpo de vidro com altura de um metro e meio, pois essa é a parcela do edifício que possui visão privilegiada ao seu entorno e ao restante da cidade.

PRIMEIRO PAVIMENTO O primeiro pavimento foi reservado para os espaços privados, onde estão os dormitórios das crianças e a suíte do cuidador, além dos banheiros. A planta dos dormitórios é flexível, podendo haver mudanças de layout conforme a idade da criança que irá permanecer no quarto, como por exemplo trocar as camas por berços. Além disso, a decoração do dormitório pode COBERTURA mudar conforme a idade, ou seja, A cobertura é composta, os quartos para as crianças mais à sua direita (setor de serviço), novas são mais infantis, já os por laje impermeabilizada com quartos para os adolescentes são inclinação de 2%. O pergolado mais descolados. é de madeira com policarbonato para impedir a passagem de SEGUNDO PAVIMENTO chuva. O segundo pavimento é composto TÉRREO 219,43M² por espaços de lazer. A área descoberta MEZANINO 170,90M² conta com uma piscina PAVIMENTO 1 288,10M² elevada, a qual possui uma parte mais rasa 74,70M² PAVIMENTO 2 para as crianças ÁREA PERM. 48,73M² menores. Para acesso à ela há uma escada. Ao ÁREA TOTAL 753,13M² lado está um gramado


TÉRREO

MEZANINO Garagem

16,00M²

Escada

18,00M²

Espaço de convivência

6,50M²

Elevador

4,00M²

Playground

28,00M²

Recepção

12,00M²

Jardim

21,57M²

Sala de funcionários

8,86M²

Brinquedoteca

23,00M²

Sala coordenação/atendimento 13,75M²

Sala TV

25,00M²

Banheiro funcionários

7,32M²

Sala refeições

28,00M²

Estudos

18,83M²

Pergolado

21,73M²

Espaço leitura

35,00M²

Escadas

18,00M²

Elevador

4,00M²

Cozinha

14,94M²

Despensa

6,21M²

Banheiro serviço

4,00M²

Área de serviço

9,80M²

Banheiro social

3,53M²

230,28M²

PAVIMENTO 1

117,76M²

PAVIMENTO 2 Escada

18,00M²

Elevador

4,00M²

Pergolado

17,00M²

Piscina

26,19M²

Escada acesso piscina

7,00M²

Playground

38,50M²

Jardim

2,00M²

Escada

18,00M²

Brinquedoteca

8,00M²

Elevador

4,00M²

Convívio

17,00M²

Dormitórios (5 unidades)

24,00M²

Banheiro Acessível

5,42M²

Suíte cuidador

30,00M²

Banheiro (2 unidades)

4,64M²

Ducha (2 unidades)

6,84M²

Ducha acessível

5,37M²

Banheiro acessível

3,41M²

Banheiro

8,16M²

210,78M²

152,39M²

TOTAL ÁREAS POR AMBIENTE 711,21M² 75


Materialidade O projeto visa proporcionar aos residentes uma visão real de casa, trazendo conforto aliado a uma espacialidade interna e externa adequada ao edifício, tomando como partida a estrutura e a materialidade do edifício como um todo. A necessidade de construir e ao mesmo tempo quebrar a rigidez na estrutura, fazendo um projeto no qual sua construção seja rápida, prática e seja mais sustentável, optou-se por um sistema estrutural com processos industrializados, cujos elementos pré-fabricados são componentes de uma montagem sequencial. Resultando assim, em uma melhor qualidade dimensional, menor desperdício de material e tempo.

interno, são venezianas de alumínio com acabamento em pintura eletrostática na cor branca. Assim, elas transmitem maior privacidade quando fechadas e ainda assim ventilam o ambiente, e podem ser abertas conforme a vontade dos moradores. Pergolado de madeira com policarbonato O pergolado de madeira permite elaborar um ambiente de convivência, trazendo sofisticação ao projeto, além de criar um espaço de sombra e frescor. O policarbonato impede a passagem de água da chuva.

Pintura Lisa Tons de Azul O revestimento principal do edifício é composto por pintura lisa em tons de azul. A escolha da cor se justifica por transmitir sensação de segurança, paz e tranquilidade, o que é muito importante no desenvolvimento das crianças e adolescentes. Os espaços internos, onde a permanência é maior, são puxados para um tom mais claro, já os espaços externos possuem um tom de azul mais escuro. Caixilharia e esquadria de alumínio Como vedação foi utilizado no projeto a caixilharia de alumínio, a qual garante praticidade e beleza. O mesmo sistema abriga guarda corpo e janelas, o qual permite grande entrada de luminosidade além de dar grande versatilidade para o posicionamento das aberturas do projeto. Outros grandes benefícios são o isolamento acústico, térmico e a segurança oferecida. As esquadrias de alumínio são vistas no projeto como parte da decoração, pois o alumínio é um material elegante e receberá um acabamento em pintura eletrostática na cor branca fosca, o que garantem as peças um toque moderno e tecnológico.

LEGENDA Caixilharia e esquadria de alumíno com vidro insulado

Vidro insulado O vidro utilizado no fechamento das esquadrias será o vidro Insulado, pois a intenção é aproveitar ao máximo a luz natural, bloqueando o calor proveniente da radiação solar e também proporcionar grande conforto acústico, com o maior bloqueio do som.

Pergolado de madeira com policarbonato

Veneziana de Alumínio As janelas dos dormitórios, direcionadas ao corredor

Veneziana alumínio

76

Pintura lisa tons de azul de


77


Estrutura TÉRREO

N N

0 0

2 2

4 4

MEZANINO

N N

PAV.1

N N

PAV.2

1 1

Eixo pilares Pilares

N N

LEGENDA

78

6 6

N N

O edifício terá alvenaria estrutural e será construído por sistemas de estruturas préfabricados. Mesmo o custo sendo alto, o projeto “em série” torna este tipo de sistema válido, pois é mais prático e ágil. Todos os pavimentos, inclusive o mezanino, possui pé direito de 3,20 metros, com a finalidade de manter um padrão nas escadas e nas alturas das aberturas. As lajes são de 20 centímetros de espessura e os pilares são 20 por 20 centímetros. O edifício possui 20 pilares por pavimento, vencendo vãos de 5 metros e 2 metros. O último, mesmo sendo um vão pequeno, foi necessário para seguir um padrão estrutural em todos os pavimentos, o qual segue o eixo da caixa da escada e elevador. Apenas no segundo pavimento, destinado ao lazer, o qual não possui cobertura total, possui menos, totalizando 8 pilares.


IMAGEM 72 . Vista frontal do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

LEGENDA

IMAGEM 73 . Vista lateral direita do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 74 . Vista lateral esquerda do edifício. Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 75 . Vista fundo do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

Viga Pilares

79


PLANTA PAVIMENTO TÉRREO ESCALA 1:125

E02

15

17

18

19

21

6

B

9 11

10

3 E04

LEGENDA 1 - Entrada Social 2 - Portão Basculante 3 - Jardim 4 - Entrada Serviço 5 - Corredor Serviço 6 - Escada 7 - Elevador 8 - Garagem 9 - Espaço Convivência 10 - Playground 11 - Brinquedoteca 12 - Sala TV

13 14 15 16 17 18 19 20 21

-

Sala Refeições Pergolado com sofás e mesa para desenho Cozinha Lixeira Despensa Banheiro Serviço Área Serviço Espaço Estender Roupa Banheiro Social

80

2

8

1

10

CALÇADA

A

13

0,0

12

3 E01

E03

C

14

4

C

7

5

B

6

20

CORREDOR SERVIÇO

16

N

5

RUA


PLANTA MEZANINO

A

ESCALA 1:125

E02

N

7

7

7

1

6

9

E01

7

3,20

C E03

7

C

B

8

2

B

1

3 5

4

CALÇADA

A

E04

LEGENDA 1 - Escada 2 - Elevador 3 - Recepção 4 - Sala Funcionários 5 - Sala Coordenação / Atendimento 6 - Banheiro Funcionários 7 - Espaço Estudos 8 - Espaço Leitura 9 - Vazio

81

RUA


PLANTA PAVIMENTO PAVIMENTO 1

A

ESCALA 1:125

E02

N

7

8

9

10

1

11

B

6,40

6

C

E01

E03

C

2

B

1

4 5

3

3 5

5

3

3 5

5

3 5

E04

LEGENDA 1 - Escada 2 - Elevador 3 - Dormitório 2 crianças 4 - Suíte Cuidador 5 - Sacada 6 - Ducha Feminino 7 - Ducha Masculino 8 - Ducha acessível 9 - Banheiro Acessível 10 - Banheiro Feminino 11 - Banheiro Masculino

82

A

CALÇADA

RUA


PLANTA PAVIMENTO 2

A

ESCALA 1:125

E02

N

2

9

10

11

12

13

1

14

B

1

B C

6

7

5

4

9,60

3

4

E01

E03

C

8

CALÇADA

A

E04

LEGENDA 1 - Escada 2 - Elevador 3 - Jardim 4 - Playground 5 - Escada Acesso Piscina 6 - Piscina 7 - Prainha 8 - Pergolado Espaço Descanso 9 - Banheiro Feminino 10 - Banheiro Masculino 11 - Banheiro Acessível

12 - Balcão com cooktop e pia e armário 13 - Convívio com mesas e cadeiras 14 - Brinquedoteca

83

RUA


COBERTURA

A

ESCALA 1:125

E02

N

2

1

1

B

1

B

4

C

E01

E03

C 12,80

3

E04

LEGENDA 1 2 3 4

-

Laje Impermeabilizada I = 2% Caixa d’água Pergolado de madeira com policabornato Escada Acesso Manutenção Caixa d’água

84

A

CALÇADA

RUA


CORTE AA ESCALA 1:125

Caixa d' Água

14,80

Cobertura

12,80

Pavimento 2

9,60

Pavimento 1

6,40

Mezanino

3,20

Térreo

0,0

85


CORTE BB ESCALA 1:125

Caixa d' Água

14,80

Cobertura

12,80

Pavimento 2

9,60

Pavimento 1

6,40

Mezanino

3,20

Térreo

0,0

86


CORTE CC ESCALA 1:125

Cobertura

12,80

Pavimento 2

9,60

Pavimento 1

6,40

Mezanino

3,20

Térreo

0,0

Corte CC 87


ELEVAÇÃO 01 ESCALA 1:125

88


ELEVAÇÃO 02 ESCALA 1:125

89


ELEVAÇÃO 03 ESCALA 1:125

Elevação 03

90


ELEVAÇÃO 04 ESCALA 1:125

91


O edifício

IMAGEM 76 . Vista frontal do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 77 . Vista fundo do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

92


O edifício

IMAGEM 78 . Vista lateral direita do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 79 . Vista lateral esquerda do edifício Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

93


Pavimento Térreo - garagem + playground + convivência

IMAGEM 80 . Vista garagem e convivência Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 81 . Vista garagem e playground Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

94


Pavimento Térreo - Brinquedoteca

IMAGEM 82 . Vista brinquedoteca Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 83 . Vista brinquedoteca e sala de TV Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

95


Pavimento Térreo - sala de refeições

IMAGEM 84 . Vista sala de refeições Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

96


Pavimento Térreo - Pergolado com sofás e mesa para desenho

IMAGEM 85 . Vista pergolado com sofás e mesas Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

97


Pavimento Térreo - térreo + mezanino área externa

IMAGEM 86 . Vista playground e jardim Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

98


Pavimento Térreo - térreo + mezanino área externa

IMAGEM 87 . Vista playground Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

99


Mezanino - espaรงo leitura

IMAGEM 88 . Vista espaรงo de leitura Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 89 . Vista espaรงo de leitura Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

100


Mezanino - espaรงo estudo

IMAGEM 90 . Vista espaรงo de leitura Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

101


Pavimento 1 - sacada quarto adolescente

IMAGEM 91 . Vista sacada dormitรณrio adolescente Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

102


Pavimento 1 - quarto adolescente

IMAGEM 92 . Vista dormitรณrio adolescente Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 93 . Vista dormitรณrio adolescente Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

103


Pavimento 1 - sacada quarto crianรงa

IMAGEM 94 . Vista sacada dormitรณrio crianรงa Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

104


Pavimento 1 - quarto crianรงa

IMAGEM 95 . Vista dormitรณrio crianรงa Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 96 . Vista dormitรณrio crianรงa Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

105


Pavimento 2 - lazer

IMAGEM 97 . Vista lazer - playground e brinquedoteca Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 98 . Vista lazer - playground e espaço de convívio Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

106


Pavimento 2 - lazer

IMAGEM 99 . Vista lazer - pergolado espaรงo de descanso Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 100 . Vista lazer - pergolado espaรงo de descanso Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

107


Pavimento 2 - lazer

IMAGEM 101 . Vista lazer - piscina Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

108


Pavimento 2 - lazer

IMAGEM 102 . Vista lazer - piscina Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

IMAGEM 103 . Vista lazer - playground e espaço de convívio Fonte: Pinoti, Carolina, 2017.

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Lista de imagens IMAGEM 01 . Casa Abrigo “Nosso” Lar – P. 28 IMAGEM 02 . Lar de Amparo à Criança “Filhos de Deus” – P. 29 IMAGEM 03 . Casa de Acolhimento para Menores – P. 34 IMAGEM 04 . Casa de Acolhimento para Menores – P 34 IMAGEM 05 . Interior da Casa de Acolhimento para Menores – P. 35 IMAGEM 06 . Interior da Casa de Acolhimento para Menores – P. 35 IMAGEM 07 . Perspectiva da Casa de Acolhimento para Menores – P. 36 IMAGEM 08 . Volumes de edifcações da Casa de Acolhimento para Menores – P. 36 IMAGEM 09 . Casa de Acolhimento para Menores – P. 37 IMAGEM 10 . Casa de Acolhimento para Menores – aberturas – P. 37 IMAGEM 11 . Casa GAP – Fachada – P. 38 IMAGEM 12 . Casa GAP - Fachada – P. 38 IMAGEM 13 . Casa GAP – P. 39 IMAGEM 14 . Casa GAP – P. 39 IMAGEM 15 . Casa GAP – P. 39 IMAGEM 16 . Casa GAP – P. 39 IMAGEM 17 . Casa GAP - Planta pavimento térreo – P. 40 IMAGEM 18 . Casa GAP - Planta primeiro pavimento – P. 40 IMAGEM 19 . Casa GAP - Planta segundo pavimento – P. 41 IMAGEM 20 . Casa GAP - Planta terceiro e quarto pavimento – P. 41 IMAGEM 21 . Casa GAP - Vista da sala coletiva para a varanda coletiva, sendo possível visualizar as aberturas. – P. 41 IMAGEM 22 . Casa GAP - Vista da sala coletiva para a varanda coletiva, sendo possível visualizar as aberturas. – P. 41 IMAGEM 23 . Casa GAP - Indicação de corte em planta – P. 42 IMAGEM 24 . Casa GAP - Corte 1 – P. 42 IMAGEM 25 . Casa GAP - Corte 2 – P. 42 IMAGEM 26 . Casa GAP - Diagramação, composição dada por cheios e vazios – P. 43 IMAGEM 27 . Casa Vila Matilde - Fachada Frontal – P. 44 IMAGEM 28 . Casa Vila Matilde - Interior vista 1 – P. 44 IMAGEM 29 . Casa Vila Matilde - Interior vista pavimento inferior, jardim – P. 45 IMAGEM 30 . Casa Vila Matilde - Interior vista 2 – P. 45 IMAGEM 31 . Casa Vila Matilde - Pavimento superior – P. 46 IMAGEM 32 . Casa Vila Matilde - Planta Pavimeno Térreo – P. 46 IMAGEM 33 . Casa Vila Matilde - Planta Pavimento Superior – P. 46 IMAGEM 34 . Casa Vila Matilde - Planta Cobertura – P. 46 IMAGEM 35 . Casa Vila Matilde - Corte A – P. 47 IMAGEM 36 . Casa Vila Matilde - Corte B – P. 47 IMAGEM 37 . Casa Vila Matilde - Corte C – P. 47 IMAGEM 38 . Casa Vila Matilde - Corte D – P. 47 IMAGEM 39 . Cidade de Sertãozinho – SP – P. 50 IMAGEM 40 . Mapa de situação, sem escala – P. 51 IMAGEM 41 . Mapa de figura fundo, sem escala – P. 52 IMAGEM 42 . Mapa de gabarito, sem escala – P. 52 IMAGEM 43 . Mapa de uso do solo, sem escala – P. 52 IMAGEM 44. Mapa de equipamentos urbanos, sem escala – P. 53 IMAGEM 45 . Mapa de hierarquia viária física e funcional, sem escala – P. 54 113


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46 . Mapa de situação, sem escala – P. 55 47 . Mapa de figura fundo, sem escala – P. 56 48 . Mapa de gabarito, sem escala – P. 56 49 . Mapa de uso do solo, sem escala – P. 56 50 . Mapa de equipamentos públicos, sem escala – P. 57 51 . Mapa de hierarquia viária física, sem escala – P. 58 52 . Mapa de hierarquia viária funcional, sem escala – P. 58 53 . Mapa de situação, sem escala – P. 59 54 . Mapa de figura fundo, sem escala – P. 60 55 . Mapa de gabarito, sem escala – P. 60 56 . Mapa de uso do solo, sem escala – P. 60 57 . Mapa de equipamentos públicos, sem escala – P. 61 58 . Mapa de hierarquia viária física, sem escala – P. 62 59 . Mapa de hierarquia viária funcional, sem escala – P. 62 60 . Legislação – P. 63 61 . Legislação – P. 64 62 . Maquete volumétrica do edifício na quadra – P. 70 63 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista frontal. – P. 70 64 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista lateral. – P. 70 65 . Maquete volumétrica do edifício na quadra - vista fundo – P. 70 66 . Vista frontal do edifício – P. 71 67 . Vista lateral direita do edifício. – P. 71 68 . Vista lateral esquerda do edifício. – P. 71 69 . Vista fundo do edifício – P. P. 71 70 . Planta de situação – P. 73 71 . Vista superior, sem escala – P. 73 72 . Vista frontal do edifício. – P. 79 73 . Vista lateral direita do edifício – P. 79 74 . Vista lateral esquerda do edifício. – P. 79 75 . Vista fundo do edifício – P. 79 76 . Vista frontal do edifício – P. 92 77 . Vista fundo do edifício – P. 92 78 . Vista lateral direita do edifício – P. 93 79 . Vista lateral esquerda do edifício – P. 93 80 . Vista garagem e convivência – P. 94 81 . Vista garagem e playground – P. 94 82 . Vista brinquedoteca – P. 95 83 . Vista brinquedoteca e sala de TV – P. 95 84 . Vista sala de refeições – P. 96 85 . Vista pergolado com sofás e mesas – P. 97 86 . Vista playground e jardim – P. 98 87 . Vista playground – P. 99 88 . Vista espaço de leitura – P. 100 89 . Vista espaço de leitura – P. 100 90 . Vista espaço de leitura – P. 101 91 . Vista sacada dormitório adolescente – P. 102 92 . Vista dormitório adolescente – P. 103


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93 . Vista dormitório adolescente – P. 103 94 . Vista sacada dormitório criança – P. 104 95 . Vista dormitório criança – P. 105 96 . Vista dormitório criança – P. 105 97 . Vista lazer - playground e brinquedoteca – P. 106 98 . Vista lazer - playground e espaço de convívio – P. 106 99 . Vista lazer - pergolado espaço de descanso – P. 107 100 . Vista lazer - pergolado espaço de descanso – P. 107 101 . Vista lazer – piscina – P. 108 102 . Vista lazer – piscina – P. 109 103 . Vista lazer - playground e espaço de convívio – P. 109

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