Requalificação de Edifícios para Habitação no Centro de São Paulo - O Edifício União

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REQUALIFICAÇÃO DE EDIFÍCIOS PARA HABITAÇÃO NO CENTRO DE SÃO PAULO O Edifício União

Ilustração da capa - Edifício União Adaptado Método Engenharia


Universidade de S達o Paulo Janeiro de 2015

Carolina Rodrigues Borges Orientador: Leonardo Marques Monteiro


REQUALIFICAÇÃO DE EDIFÍCIOS PARA HABITAÇÃO NO CENTRO DE SÃO PAULO O Edifício União


Agradecimentos

Agradeço primeiramente ao professor Leonardo Monteiro por todas as conversas, orientações, ajudas e incentivos que guiaram o TFG. Agradeço também aos membros da banca. A professora Maria Ruth Sampaio, pela oportunidade de conhecer o Edifício União, e pelo interesse que sempre demonstrou pelo meu trabalho. À Mônica Dolce pelas conversas, opiniões e sugestões que inspiraram muitas escolhas neste trabalho. Aos meus pais, por toda dedicação e apoio às minhas escolhas, por fazerem dos meus sonhos os seus. Ao meu irmão, Gabriel, pela presença e cumplicidadade de sempre, pela nossa relação exatamente do jeito como ela é. Aos irmãos que encontrei na FAU, Braullio, Marianna, Rodrigo e Stefano, por tudo que aprendi e vivi com cada um. Aos amigos com quem dividi os anos de graduação, por cada bagunça, por cada momento ao lado de vocês.



Sumรกrio


Introdução

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1. Contextualização e Justificativa

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1.1 Contextualização: Déficit Habitacional e Situação de Moradia 1.2 A região central de São Paulo 1.3 A habitação como forma de reabilitação 1.4 Edifícios reabilitados na cidade de São Paulo

2. Critérios para Análise do Desempenho Ambiental 2.1 Desempenho Lumínico - Iluminação Natural 2.2 Desempenho Térmico 2.3 Desempenho Ergonômico 2.4 Desempenho Acústico

3. O Edifício União 3.1 Histórico 3.2 Dados Gerais do Entorno 3.3 Características do Edifício

15 17 20 21

30 31 32 34 42

47 48 52 60

4. Análise do Desempenho Ambiental

80

4.1 Desempenho Lumínico 4.2 Desempenho Térmico 4.3 Desempenho Ergonômico 4.4 Desempenho Acústico

81 89 101 112

5. Propostas de intervenção 5.1 Diretrizes Gerais 5.2 Segurança contra incêndio 5.3 Análise - Unidades Habitacionais e Fachada Nordeste 5.3 Proposta - Unidades Habitacionais e Fachada Nordeste

6. Considerações Finais 7.Bibiliografia 8.Apêndices 9. Anexos

117 118 119 122 128

131 136 139 183



Introdução

Vista da cobertura - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014


Introdução O centro de São Paulo apresenta nos dias de hoje uma imagem contraditória àqueles que o percorrem. De um lado, o intenso fluxo de pessoas durante o dia, impulsionado por uma movimentada atividade comercial; de outro, o abandono das ruas, praticamente desertas, durante a noite. Os espaços públicos deteriorados e associados a uma imagem de descaso e poluição, e uma imensa variedade de equipamentos e atividades culturais disponíveis. Um contingente de famílias de baixa renda, vivendo em formas precárias de moradia, um efervescente movimento de luta por moradia, e centenas de edifícios á décadas abandonados. O desenvolvimento da proposta do trabalho teve como base as contradições do centro da cidade de São Paulo, e a ideia da habitação como possível forma de reabilitação, não somente do edifício em seus aspectos construtivos, mas de seu entorno e da forma como se relacionam seus habitantes com este e com a cidade. Neste contexto, o Edifício União surgiu não somente como objeto de estudo, mas como um exemplo por si só da viabilidade da revitalização de edifícios ocupados para habitação. Colocadas as questões relacionadas ao processo histórico e aos conflitos que abriga o centro de São Paulo, e o contexto em que se insere o Edifício União, o trabalho tem como foco os aspectos de desempenho ambiental do edifício, através da análise metodológica dos confortos lumínico, térmico, ergonômico e acústico. A importância de tais questões e seus impactos na vida cotidiana dos moradores, são muitas vezes tidos como aspectos secundários no desenvolvimento projetual de habitações de interesse social.

Por fim, são propostas intervenções com base não somente nos aspectos técnicos analisados, mas nas questões sociais envolvidas na ocupação de edifícios para habitação, de forma a relacionar o conforto do indivíduo na habitação, sua relação com esta, e com o entorno em que se insere.

Oitavo Pavimento - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014

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Contextualização e Justificativa

Bom Retiro - Vista do Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014


1. Contextualização e Justificativa 1.1 Contextualização: Déficit Habitacional e situação de moradia Segundo dados do Centro de Estatística e Informações da Fundação João Pinheiro, realizado com base no censo demográfico 2010, o Brasil apresenta um déficit habitacional de 6,490 milhões de unidades, o correspondente a 12,1% dos domicílios do país. A região Sudeste concentra 38% do déficit habitacional do país, o que corresponde a 2,674 milhões de unidades, sendo mais da metade (1,495 milhões) em São Paulo. O município de São Paulo é a capital nacional com maior déficit habitacional, 474 mil unidades.

DÉFICIT HABITACIONAL ESPECIFICAÇÃO

ABSOLUTO

RELATIVO

TOTAL

URBANO

RURAL

TOTAL

URBANO

RURAL

BRASIL

6.940.691

5.885.528

1.055.163

12,1

11,9

13,0

ESTADO DE SÃO PAULO

1.495.542

1.464.295

31.248

11,6

11,9

6,5

474.433

471.612

2.733

13,3

13,3

9,8

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Tabela 01 - Déficit habitacional total e déficit habitacional relativoao total de domicílios, por situação de domicílios - Brasil, 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatísticas e Informações, 2013

Imagem 01 - Déficit habitacional total por unidade da federação - Brasil - 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatísticas e Informações, 2013

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O cálculo da situação de déficiti habitacional apresentada na tabela 01 é realizado através da somatória de quatro componentes: 1. Domicílios precários: considera domicílios improvisados e rústicos. O conceito de domicílios improvisados engloba todos os locais e imóveis sem fins residenciais e lugares que servem como moradia alternativa, como imóveis comerciais, embaixo de pontes e viadutos, barracas, carcaças de carros abandonados, etc. Domicílios rústicos, por sua vez, são aqueles sem parede de alvenaria ou madeira aparelhada, que, em decorrência das condições de insalubridade, geram desconforto e trazem risco de contaminação por doença. 2. Coabitação familiar: compreende a soma das famílias conviventes secundárias que vivem junto com a família principal no mesmo domicílio, e das que vivem em cômodos. As famílias consideradas conviventes secundárias são aquelas constituídas por, no mínimo, duas pessoas, ligadas por laço de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, e que residem no mesmo domicílio que outra família, denominada principal. 3. Ônus excessivo com aluguel: corresponde ao número de famílias urbanas com renda de até três salários mínimos que moram em casa ou apartamento, e que despendem 30% ou mais de sua renda com aluguel. Considera-se para este fator, que para determinada parcela pobre da sociedade, o aluguel não é uma opção, diferentemente do que ocorre com alguns setores da classe média, para os quais pagar aluguel em bairros melhores e de mais status é preferível a comprar um imóvel em áreas suburbanas de pior localização. 4. Adensamento excessivo de domicílios alugados: essa situação é caracterizada pelo número médio de moradores por dormitório acima de três. A tabela a seguir apresenta o déficit habitacional total e relativo por componente considerado, ilustrando as diferentes situações de moradia que compõe esse valor no Brasil, no Estado de São Paulo, e no município.

ESPECIFICAÇÃO

COMPONENTES ÔNUS

ADENSAMENTO

1.343.435

2.991.313

2.124.404

481.538

ESTADO DE SÃO PAULO

98.905

646.219

569.802

180.616

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

22.949

196.746

187.613

67.037

BRASIL

PRECÁRIOS COABITAÇÃO

Tabela 02 - Déficit habitacional por componente - Brasil, 2010 Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatísticas e Informações, 2013

Outro dado importante para a contextualização do trabalho é a quantidade de unidades habitacionais vagas em comparação aos valores de déficit habitacional apresentado. Os conceitos utilizados pelo IBGE para identificar o estoque de moradias não ocupadas são: 1. Domicílios fechados: domicílios particulares permanentes, cujos moradores estavam ausentes no período da coleta do censo. 2. Domicílios de uso ocasional: domicílios particulares que serevem ocasionalmente de moradia (casas de campo, de final de semana, férias, entre outros). 3. Domicílios vagos: unidades que se encontravam efetivamente desocupadas na data de referência do censo. A tabela a seguir apresenta dados do ano de 2009, referentes aos domicílios vagos com potencial de serem ocupados por situação de domicílio (urbano ou rural) no Brasil no Estado de São Paulo, e na Região Metropolitana. Como se pode ver, o Estado de São Paulo responde por aproximadamente 1,364 milhão de unidades. 15


ESPECIFICAÇÃO

DOMICÍLIOS VAGOS COM POTENCIAL DE SEREM OCUPADOS (2009) TOTAL

URBANO

RURAL

BRASIL

7.149.395

5.213.751

1.935.644

ESTADO DE SÃO PAULO

1.364.288

1.174.949

189.338

581.879

571.298

10.580

RM DE SÃO PAULO

Tabela 03 - Domicílios vagos em condições de serem ocupados por situação de domicílio, Brasil 2009 Fonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estatísticas e Informações, 2012

O dado de déficit habitacional total para a Região Metropolitana de São Paulo para o ano de 2009 é de 608.809 domicílios, e o número de domicílios vagos, como apresentado na tabela 04, é de 581.879 domicílios. Como agravante da comparação destes dados, é importante ressaltar, que o índice de déficit habitacional se concentra nos bairros mais degradados, que apresentam maiores índices de moradores de rua e cortiços. Estes bairros concentram também os maiores índices de domicílios vagos. Assim, nestas regiões existem milhares de famílias morando em condições precárias junto a inúmeros edifícios vagos.

1.2 A região central de São Paulo A região central de São Paulo vem passando por um processo de deterioração iniciado na década de 60. Segundo Yole (2006): “A degradação da área central das cidades é um processo natural da dinâmica urbana. O esvaziamento das regiões mais antigas acontece ao mesmo tempo em que novas localidades são construídas pelo mercado imobiliário. A busca por edifícios mais modernos, que atendam às novas exigências do mercado, provoca o deslocamento das empresas para os novos ‘centros’.” (YOLE, 2006) A situação é relatada também por Bonfim: “A indústria da construção civil, associada ao capital imobiliário criou novos empreendimentos nas novas áreas, atraindo muitas vezes a demanda de maior poder aquisitivo. Por sua vez, a atuação do poder público permitiu a produção imobiliária em novos espaços sem a preocupação com os anteriormente ocupados e que serão descartados, mas que ficarão presentes no espaço urbano.” (BONFIM, 2004) Uma das razões para a perda de competitividade imobiliária do centro de São Paulo foi a dificuldade para acesso e estacionamento de veículos. Aos poucos, o uso do transporte coletivo e do deslocamento a pé se desenvolveu nessa região, culminando na criação de calçadões no final da década de 70, e na restrição ao acesso de veículos particulares em algumas áreas. Os imóveis da região central tornaram-se insuficientes e obsoletos junto à criação de novas áreas destinadas à população de alto poder aquisitivo, com edifícios mais modernos e que atendem às novas exigências do mercado. Estão também associadas à deterioração da região central da cidade de São Paulo a deficiência da segurança pessoal e patrimonial na região, e a deterioração ambiental e paisagística. Segundo Lefèvre (2003): “as razões para a perda de competitividade imobiliária do centro eram concretas: dificuldade para o acesso e estacionamento de veículos; terrenos pequenos e caros; substituição da população de alto 16


poder aquisitivo que frequentava o centro até a década de 1950 por uma grande quantidade de pessoas de baixo poder aquisitivo de passagem pelo centro, devido à peculiaridade da operação do transporte coletivo; deslocamento do comércio e de serviços sofisticados e de luxo para perto dos locais de moradia das classes altas.” (LEFÈVRE, 2003) Atualmente, ao centro da cidade de São Paulo se caracteriza pela grande quantidade edifícios abandonados, e pela deterioração dos espaços públicos. A região recebe um grande fluxo de pessoas durante o dia, devido ao seu forte caráter comercial, e durante a noite, fica praticamente deserta. A partir dessa dinâmica urbana de substituição da população residente, o centro tem abrigado um grande número de famílias de baixa renda, vivendo em cortiços, nas ruas, ou em outras formas de moradia precária. pessoas durante o dia, devido ao seu forte caráter comercial, e durante a noite, fica praticamente deserta. A partir dessa dinâmica urbana de substituição da população residente, o centro tem abrigado um grande número de famílias de baixa renda, vivendo em cortiços, nas ruas, ou em outras formas de moradia precária. A contradição entre o número de imóveis vagos e as condições de moradia dessa faixa da população provocou uma mobilização social, com o objetivo de pleitear habitação de interesse social nos edifícios vagos. Com isso, a população que residia em condições precárias de moradia passou a se organizar em movimentos sociais que, a partir da década de 1990, passou a organizar a ocupação de edifícios vagos como forma de pressão sobre a sociedade e as autoridades. A tabela a seguir apresenta os valores de domicílios vagos nos distritos centrais da cidade de São Paulo, e a relação destes com o número total de domicílios, de acordo com o Censo do IBGE no ano de 2000:

DISTRITOS

TOTAL DE RECENSEADOS

VAGOS

VAGOS/TOTAL

BELA VISTA

33848

5479

16,2%

BELÉM

14997

2500

16,7%

BOM RETIRO

10807

1821

16,8%

BRÁS

11622

2789

24,0%

CAMBUCI

11370

1910

16,8%

LIBERDADE

29392

5283

18,0%

MOOCA

25331

3675

14,5%

PARI

5817

1223

21,0%

REPÚBLICA

30849

7007

22,7%

SANTA CECÍLIA

36171

6343

17,5%

11410

3055

26,8%

TOTAL DOS 11 DISTRITOS

221614

41085

18,5%

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

3554820

420327

11,8%

Tabela 04 - Distritos centrais de São Paulo - Domicílios particulares vagos Fonte: IBGE, Censo de 2000

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Entre os anos de 1997 e 1999, foram organizadas ocupações em 19 edifícios da região central, mobilizando cerca de 1300 famílias dos movimentos: Fórum dos Cortiços, Unificação das Lutas de Cortiço, Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC) e Movimento de Moradia do Centro (MMC). As condições de moradia dentro de muitos desses edifícios é precária, principalmente naqueles que abrigavam originalmente atividades comerciais, já que não apresentam banheiros com chuveiros nos pavimentos. Além disso, as ligações de água e esgoto são ilegais, o risco de incêndio é elevado devido às “gambiarras” na distribuição de energia, e as divisões entre os ambientes são, em muitos casos, realizadas em madeira. Sobre os conflitos sociais na região central da cidade de São Paulo, Bomfim coloca: “O cenário atual do Centro evidencia a disputa não só pelos espaços desocupados, mas também pelos que estão ocupados. As ocupações trazem à tona o intenso conflito social que se trava em São Paulo, onde o centro é um dos mais importantes palcos deste conflito. As ocupações são reflexos das políticas urbanas implementadas ao longo do processo de urbanização de São Paulo, no qual a demanda das classes menos favorecidas não foi atendida.” (BOMFIM, 2004)

1.3 A habitação como forma de reabilitação “Percorrendo a área central da cidade de São Paulo surpreende a existência de numerosos edifícios verticais totalmente vazios. São construções com mais de cinco pavimentos, geralmente empreendidos na primeira metade do século vinte com a vanguarda tecnológica da época, que por diversas razões seus proprietários preferiram fechar. Trata-se de um patrimônio construído constituído de algumas centenas de edifícios à espera de um mercado que não se viabiliza. Sem dúvida, numa cidade onde não há mais área para expansão urbana e o déficit habitacional supera o milhão de unidades habitacionais, pensar na sua utilização para fins habitacionais parece uma ideia sensata, principalmente quando a sua reforma pode ancorar um processo de reabilitação da área centra da cidade.” (DEVECCHI, 2010) Diante do contexto apresentado por Devecchi (2010), a criação de habitação pode ser entendida como uma forma de buscar equilíbrio nas atividades no centro da cidade de São Paulo, garantindo a presença de pessoas 24 horas por dia, e funcionando como um recurso de recuperação da vitalidade perdida pela região. A reabilitação de edifícios abandonados surge, assim, como uma forma de intervenção diretamente relacionada ao seu entorno, de forma que seu estudo de viabilidade não deve encará-la como uma atuação pontual apenas ligada ao imóvel, mas como uma forma de interagir com o ambiente em que se encontra e sua vizinhança.

Ocupação Edifício da Rua Mauá Fonte: Projeto Mauá 340 Junho/2012

“Um centro multifuncional e diversificado, com uma proporção elevada de população residente, deverá gerar sinergias que se traduzem em novas atividades, uso nas 24 horas, maior atratividade, melhores espaços de uso comum, melhor qualidade de vida e por fim, but not at least, maior potencial de irradiação de um modelo de desenvolvimento urbano e convivência social compatível com a metrópole do século XXI,” (BRANDÃO, 2003) Com relação à viabilização da produção de HIS na área central, alguns aspectos devem ser

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destacados. O primeiro está atrelado ao envolvimento com os movimentos sociais, cuja participação não deve se restringir apenas à definição da demanda, mas possibilitar a participação nas decisões relacionadas ao projeto. Outro aspecto importante é o fato de que os projetos de reabilitação de edifícios para habitação de interesse social, encontram alguns fatores limitantes, relacionados principalmente à burocracia intrínseca ao processo. Assim, a elaboração do projeto de forma adequada ao limite financeiro e às regras técnicas do programa habitacional, a aprovação na Prefeitura e as limitações relacionadas à execução da obra levam ao longo prazo do processo de viabilização e construção do empreendimento. A infraestrutura urbana presente na região também configura um fator favorável à criação de habitação, já que o centro da cidade de São Paulo apresenta grande oferta de transporte coletivo público. Além disso, outros serviços públicos surgem como fatores favoráveis à habitação, como redes de água, esgoto, telefonia, gás e drenagem, iluminação e mobiliários públicos, sinalização e sistema viário, e serviços de policiamento e saúde. Esse conjunto de serviços encontra atualmente ocioso, e poderia ser melhor aproveitado, evitando, ainda, a necessidade de sua criação em áreas de periferia, usualmente destinadas para habitação de interesse social. Com relação à viabilização da produção de HIS na área central, alguns aspectos devem ser destacados. O primeiro está atrelado ao envolvimento com os movimentos sociais, cuja participação não deve se restringir apenas à definição da demanda, mas possibilitar a participação nas decisões relacionadas ao projeto. Outro aspecto importante é o fato de que os projetos de reabilitação de edifícios para habitação de interesse social encontram alguns fatores limitantes, relacionados principalmente à burocracia intrínseca ao processo. A ssim, a elaboração do projeto de forma adequada ao limite financeiro e às regras técnicas do programa habitacional, a aprovação na Prefeitura e as limitações relacionadas à execução da obra levam ao longo prazo do processo de viabilização e construção do empreendimento.

1.4 Edifícios reabilitados na cidade de São Paulo Das unidades vagas localizadas no centro de São Paulo, nem todas são passíveis de intervenção, principalmente quando voltada para Habitação de Interesse Social. Tais iniciativas constituem um processo recente, que teve suas primeiras experiências promovidas com financiamento da Caixa Econômica Federal, no ano de 2000. Destaca-se nessas iniciativas, o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo junto ao Programa Morar no Centro, desenvolvido pela Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sehab) e pela Companhia Metropolitana de Habitação em São Paulo (Cohab-SP), que visa a reabilitação e o repovoamento da região central através da reforma e reciclagem de edifícios ociosos. Os projetos de requalificação se diferem dos novos projetos para edifícios habitacionais a medida que os profissionais responsáveis se deparam com diversos fatores limitadores, como a impossibilidade de expansão horizontal, as restrições legais relacionadas à produção de Habitação de Interesse Social, as falhas nas documentações de intervenções anteriores, as restrições de espaço para canteiro de obras e recebimento de materiais, e as leis e normas relacionadas à segurança contra incêndio e à preservação do patrimônio histórico.

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O centro de São Paulo apresenta três tipologias básicas de edifícios passíveis de reabilitação: comercial, hotel e residencial. Em sua dissertação “Reformar não é construir: a reabilitação de edifícios verticais: novas formas de morar em São Paulo no século XXI”, Alejandra Devecchi apresenta estas tipologias, as diferentes características de cada uma, e de que forma essas características vêm a contribuir ou limitar as propostas de intervenção. A análise apresentada a seguir tem como base o estudo realizado por Devecchi, e apresenta três estudos de caso, um de cada tipologia, de edifícios, cuja reabilitação foi viabilizada na cidade de São Paulo.

1.4.1 Tipologia 01: Comercial De acordo com a classificação proposta por Devecchi, os edifícios comerciais no centro de São Paulo apresentam três tipos de configuração: de esquina, planta em H e planta livre. De forma geral, os edifícios comerciais caracterizam-se por uma grande fragmentação do espaço do andar tipo em diferentes salas, e um único local destinado a banheiros. Esta característica associada ao fato de os pés direitos serem usualmente inferiores a 3,00 dificulta a obra de reabilitação para uso residencial, uma vez que limita a criação de prumadas hidráulicas para a instalação de banheiros e cozinhas. Os edifícios com planta livre apresentam problemas no que se refere à subdivisão em ambientes, devido à necessidade de iluminação para todos os cômodos. Além disso, a necessidade de subdivisão interna pode gerar sobrecarga na estrutura do edifício, de forma que devem ser estudados os materiais utilizados para tal. O Edifício Riskallah Jorge, estudado como exemplo de edifício de tipologia comercial, está localizado no Bairro Santa Ifigênia, no distrito da Repúbllica. O edifício foi sede do Grupo Votorantim durante 20 anos, até ser vendido na década de 70 para a Real e Benemérita Sociedade Portuguesa da de Beneficiência. A partir daí, esteve vazio e em processo de deterioração. O edifício se encontra na área do Vale do Anhangabaú, tombado no Nível de Proteção 3 (NP-3) pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - CONPRESP, que determina a preservação de suas características externas, e aprovação do CONPRESP para projetos de restauração, reciclagem, revitalização e reforma. O edifício foi ocupado pelo Movimento de Moradia no Centro (MMC), e após a saída dos moradores, foi viabilizada a revitalização do edifício, através da parceria entre a Prefeitura de São Paulo e a Caixa Econômica Federal. O projeto de restauração foi realizado pelo escritório Helena Saia, e a construção pela Cury empreendimentos Imobiliários. As moradias foram entregues em janeiro de 2003. Os 17 andares do edifício comercial foram adequados para abrigar 167 apartamentos conjugados ou quitinetes com banheiro. O pavimento térreo abriga a recepção, um salão de uso comunitário, depósitos de lixo, sanitários e um apartamento. As plantas apresentam configurações diferentes nos dois primeiros pavimentos, e nos pavimentos a partir do décimo segundo. Foram recuperadas, ainda, as cores gerais da parede externa, as janelas, as portas de ferro e as ferragens antigas que estavam em bom estado. Além disso, foi a realizada a restauração de elementos originais do saguão, como o piso, as colunas e as paredes em mármore. Foram mantidos três dos quatro elevadores originais, sendo que um deles foi desativado para atender somente até o segundo pavimento. 21


Imagem 02- Edifício Riskallah Jorge - Pavimento térreo Fonte: Documentação e Análise da Reciclagem e Requalificação dos Edifícios Maria Paula, Rsikallah Jorge e Brigadeiro Tobias no Centro Histórico de São Paulo, Rosío Fernández Baca Salcedo, 2007

Imagem 03- Edifício Riskallah Jorge - Primeiro Pavimento Fonte: Documentação e Análise da Reciclagem e Requalificação dos Edifícios Maria Paula, Rsikallah Jorge e Brigadeiro Tobias no Centro Histórico de São Paulo, Rosío Fernández Baca Salcedo, 2007

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Imagem 04- Edifício Riskallah Jorge - Terceiro ao Décimo Primeiro Pavimentos Fonte: Documentação e Análise da Reciclagem e Requalificação dos Edifícios Maria Paula, Rsikallah Jorge e Brigadeiro Tobias no Centro Histórico de São Paulo, Rosío Fernández Baca Salcedo, 2007

Imagem 05, 06 e 07- Edifício Riskallah Jorge - Recuperação das fachadas e do Saguão Fonte: Carla Lima, 2011

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1.4.2 Tipologia 02: Hotel Por exigirem menos alterações de planta, os edifícios de hotel facilitam a reconversão para uso residencial. A distribuição de instalações é facilitada, devido aos pés direitos altos, que permitem a criação de pisos elevados e lajes rebaixadas. Alguns edifícios apresentam também poços de iluminação internos, que podem abrigar os shafts para as novas instalações. De acordo com a classificação proposta por Devecchi, os hotéis podem apresentar as seguintes configurações: planta em H, de esquina, de esquina com pátio central, e de luxo. Os hotéis de luxo, construídos nas décadas de 40 e 50 apresentam quartos confortáveis, com no mínimo 20m², facilitando a viabilização de unidades habitacionais sem grandes alterações de layout. O edifício Hotel São Paulo, analisado como estudo de caso para esta tipologia, está localizado no distrito da Sé, junto à Praça das Bandeiras. Foi construído como um hotel de alto padrão na década de 40, e esteve desocupado desde a década de 80, uma vez que sua localização tornou-se inviável para o acesso de veículos. No final dos anos 90, o edifício foi ocupado por mais de 400 famílias ligadas ao movimento de moradia Fórum de Cortiços. A complexidade e o custo da reforma do edifício fizeram com que a decisão sobre seu destino fosse bastante demorada. A viabilidade de sua transformação em HIS se deu a partir da decisão de promover o desmembramento dos andares inferiores, destinados a uma unidade básica de saúde e uma creche, e aproveitar somente os andares superiores para o uso residencial. Assim, as secretarias municipais de Saúde e Educação receberam os andares inferiores, O edifício foi desapropriado pela Prefeitura de São Paulo em 2004, e o projeto de reforma realizado pela assessoria Fábrica Urbana. Foi viabilizada a criação de 152 unidades habitacionais, sendo 16 quitinetes, 111 apartamentos de um dormitório, 20 apartamentos de dois dormitórios e 15 apartamentos adaptados para deficientes físicos. Para garantir a segurança, foi executado um novo bloco de circulação vertical, medida que passou pela aprovação dos órgãos de preservação do patrimônio arquitetônico (DPH e CONDEPHAAT), uma vez que o hotel encontra-se localizado no raio de tombamento da Catedral da Sé. Atualmente, o edifício se encontra praticamente todo ocupado. Algumas quitinetes que apresentam plantas triangulares se encontram vazias, devido à dificuldade de acomodação da mobília. As famílias atendidas pertecem ao movimento de moradia Fórum de Cortiço e ao cadastro oficial da Cohab/SP.Devido principalmente às questões relacionadas à criação de novas áreas de circulação vertical, o custo da reforma foi semelhante ao de uma construção nova. Além disso, a dificuldade de acesso e ciriculação devido à localização do edifício apareceu como fator limitante, uma vez que restringiu os horários para o fornecimento de materiais e máquinas grandes, estendendo o tempo da obra,

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Imagem 08- Edifício Hotel São Paulo - Pavimento tipo antes da intervenção Fonte: GTAISEHAB, 2001-2004

Imagem 10- Edifício Hotel São Paulo - Situação atual Fonte: Caderno “Estudos de caso”, 2007

Imagem 09- Edifício Hotel São Paulo - Pavimento tipo após a intervenção Fonte: Assessoria Fábrica Urbana

Imagem 11- Edifício Hotel São Paulo - Situação atual Fonte: Caderno “Estudos de caso”, 2007

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1.3.3 Tipologia 03: Residencial A tipologia residencial é a mais adequada para viabilizar uma reconversão, uma vez que praticamente não exige demolições e novas construções. Assim, a intervenção normalmente se restringe a uma reforma de instalações, não exigindo grandes alterações de layout. A classificação apresentada por Devecchi divide os edifícios desta tipologia em quatro duas configurações: residencial de esquina com vários apartamentos por andar, e residencial com um apartamento por andar e meio poço central. A autora coloca que os edifícios cujo projeto original apresenta um apartamento por andar aumentam as dificuldades de reconversão, exigindo a criação de novas prumadas hidráulicas. O Edifício Maria Paula foi analisado como estudo de caso para a tipologia residencial. Está localizado no bairro da Bela Vista, e foi originalmente projetado para abrigar residências de classe média. Posteriormente, o edifício foi abandonado foi abandonado pelos moradores, devido à falta de garagens, e esteve abandonado até 1997, quando foi ocupado pelo movimento Fórum de Cortiços. Em 2002, foi tombado com Nível de Preservação 3 (NP-3) pelo Conselho Municipal de Preservação de São Paulo (COMPRESP). A viabilização do edifício para habitação de interesse social ocorreu através do convênio da Prefeitura de São Paulo com a Caixa Econômica Federal, e o projeto foi desenvolvido pelo escritório Fábrica Urbana. Originalmente, o edifício Maria Paula apresenta 14 pavimentos e um subsolo. Abriga no pavimento térreo o quarto do zelador, o saguão de acesso aos apartamentos, duas lojas e um depósito. Do primeiro ao décimo pavimento, abrigava um apartamento por andar, com três dormitórios. Os pavimentos 11° e 12° abrigavam um único apartamento, com uma escada interna. O 13° pavimento abrigava dois quartos de empregada, um terraço, um banheiro, a rouparia e a sala de máquinas. A pós a reabilitação, os treze pavimentos e o térreo passaram a abrigar 75 unidades residenciais para uma população com renda mínima entre três e eseis salários mínimos. No subsolo estão a área para reuniões de condomínio, a área de recreação infantil, o reservatório de água, a casa de bomba, o abrigo de medidores, duas escadas e dois espaços livres para jardim. No pavimento térreo, estão o hall de acesso às unidades, a recepção, duas unidades habitacionais adaptadas para deficientes físicos, a lavanderia coletiva, e o acesso à circulação vertical. Os pavimentos do 1° e 12° abrigam seis apartamentos de um dormitório, e o 13°, um apartamento de dois dormitórios.

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Imagem 12- Edifício Maria Paula - Planta do Pavimento Tipo Fonte: Câmara Municipal de São Paulo, 2001

Imagem 13 Edifício Maria Paula Fonte: Autor desconhecido

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Critérios para Análise do Desempenho Ambiental

Escada de Acesso - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014


2. Critérios para Análise do Desempenho Ambiental 2.1 Desempenho Lumínico - Iluminação natural A iluminação exerce importante papel na fisiologia e psicologia dos seres humanos, condicionando o estado de espírito, a atenção, e a proutividade, de forma que soluções inadequadas e insatisfatórias podem levar a alterações de comportamento e desempenho, provocando perda de satisfação, concentração e produtividade. Em relação à iluminação natural, devem ser alcançados níveis adequados às tarefas que os usuários estejam realizando no ambiente. Para tal, é importante proporcionar acesso à luz do dia nos ambientes de permanência prolongada por meio de acesso direto ou componentes de passagem de luz, assegurando níveis de iluminância suficientes e em conformidade com as normas técnicas. Além disso, o aproveitamento da luz natural deve evitar seus incovenientes, como ofuscamento direto ou indireto, constrastes inadequados e radiações prejudiciais, através da definição das características das aberturas projetadas e de estratégias de proteção solar. A norma brasileira de desempenho de edificações ABNT NBR 15575 estipula os níveis requeridos de iluminância natural nas habitações. Considerando unicamente a iluminação natural, os níveis gerais de iluminância nas diferentes dependências das construções habitacionais devem atender ao disposto na tabela 05:

Nível de desempenho Sala de Estar Dormitório Copa/Cozinha Área de Serviço Banheiro Corredor ou escada interna à unidade Corredor de uso comum (prédios) Escadaria de uso comum (prédios) Garagens/estacionamentos

Iluminamento geral para os nível de de desempenho (lux) M*

I

S

≥60

≥90

≥120

Não requerido

≥30

≥45

Tabela 05- Iluminamento geral para os níveis de desempenho Fonte:ABNT NBR 15575 -1/ 2003

Alguns fatores da construção contribuem para o bom desempenho lumínico dos ambientes, como a aplicação de cores claras nos resvestimentos de tetos e paredes, e a adoção de caixilhos com áreas envidraçadas relativamente grandes. Além disso, o posicionamento dos caixilhos e o distanciamento apropriado entre edificações e demais obstruções contribuem para o alcance dos níveis de iluminação adequados. 30


A análise do desempenho lumínico para o Edifício União foi realizada através de simulações de iluminação natural no software Dialux. Foram consideradas para tal, as condições especificadas pela Norma de Desempenho ABNT NBR 15575/2003. A análise dos resultados obtidos foi realizada também com base nos níveis apresentados na tabela.

2.2 Desempenho Térmico O desempenho térmico repercute no conforto dos ocupantes e na criação de condições adequadas para o sono e as atividades normais de uma habitação, além de contribuir para a economia de energia. A análise do desempenho térmico depende de diversas características do local de inserção da edificação, como topografia, temperatura, umidade do ar, direção e velocidade do vento, e da própria edificação, como dimensões dos ambientes, pé direito, e orientação das fachadas. As condições de ventilação também devem ser levadas em consideração para o conforto térmico, e são influenciadas pelo posicionamento e as dimensões das aberturas. A situação de conforto térmico depende, ainda, do tipo de atividades a serem realizadas no interior dos diferentes ambientes, do mobiliário existente, do número de ocupantes, bem como idade, sexo, vestimenta e condições fisiológicas dos mesmos. Assim, a busca pelo conforto térmico visa uma condição média, que atende à maior parte das pessoas e das situações de utilização dos ambientes. Para análise do desempenho térmico, foram estudados e interpretados os dados climáticos da cidade de São Paulo, onde está localizado o Edifício União, de forma a se obter estratégias de projeto e de análise adequadas. Tal análise, deve levar em consideração aspectos como a variação da temperatura ao longo do ano, a umidade relativa, os dados de precipitação, e de velocidade e direção dos ventos. Tais dados foram obtidos através do software Climaticus 4.2, desenvolvido pelo Laboratório de Conforto Térmico e Eficiência Energética (LABAUT) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Para a determinação do desempenho térmico do Edifício União foi utilizado o índice de temperatura efetiva do ambiente não climatizado artificialmente, através do método do CSTB (Centre Scientifique et Technique Du Batiment – Paris), apresentado no Manual do Conforto Térmico (FROTA e SCHIFFER, 2003). Para o cálculo da temperatura são considerados o clima do local, através de dados de temperatura e umidade relativa de ar, as horas de insolação nas determinadas fachadas, as taxas de renovação de ar através da ventilação natural, os materiais empregados na construção, a ocupação do ambiente e a inércia térmica da construção. O cálculo foi realizado para a temperatura de verão, considerando o dia de maior temperatura externa média, em combinação com o horário de maiores ganhos de calor por radiação solar, configurando a situação máxima com relação à temperatura.

31


O cálculo da temperatura efetiva é realizado através das seguintes etapas: 1. CÁLCULO DOS GANHOS TÉRMICOS São considerados os ganhos de calor do edifício pelos seguintes fatores: - Radiação solar incidente em materiais opacos e translúcidos da fachada, através das fórmulas: Superfícies Opacas: Qop = Aop x α x K x Ig (W) he

Superfícies Translúcidas Qtr = Atr x Str s Ig (W)

Qop: ganho de calor pela superfície opaca Aop: área da superfície opaca α: coeficiente de absorção da radiação solar, específico da pintura K: coeficiente global de transmissão térmica (W/m² • °C) 1/he: resistência térmica superficial para parede exterior Ig: intensidade de radiação solar incidente global em W/m²

Qtr: ganho de calor pela superfície translúcida Atr: área da superfície translúcida Str: fator solar do vidro Ig: intensidade de radiação solar incidente global em W/m²

Os valores de referência considerados para o cálculo são apresentados no Anexo 01. - Carga térmica devido à ocupação: os ganhos térmicos relativos à ocupação do ambiente estão relacionados ao número de ocupantes, e o calor sensível emitido por estes, dependendo da atividade a ser realizada, e aos equipamentos e lâmpadas existentes no ambientes. 2. CÁLCULO DAS PERDAS DE CALOR São consideradas as perdas de calor do edifício pelos seguintes fatores: - Componentes opacos e translúcidos da envoltória, através das fórmulas: Superfícies Opacas: Q’op = Aop x K x Δt (W)

SuperfíciesTranslúcidas: Q’tr = Atr x K x Δt (W)

Q’op: perda de calor pela superfície opaca Aop: área da superfície opaca (m²) K: coeficiente global de transmissão térmica (W/m² • °C) Δt: diferença de temperatura interna e externa (°C)

Q’tr: perda de calor pela superfície translúcida Atr: área da superfície translúcida (m²) K: coeficiente global de transmissão térmica (W/m² • °C) Δt: diferença de temperatura interna e externa (°C)

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- Ventilação, através da fórmula: Q’vnt = 0,35 x N x V x Δt (W) Q’op: perda de calor através da ventilação N: taxa de renovação horária do ar ambiente V: volume do ambiente (m³) Δt: diferença de temperatura interna e externa (°C) Para o balanço térmico, admite-se que os ganhos de calor do edifício são iguais ou muito próximos às perdas, de forma que a somatória dos ganhos (radiação solar nas fachadas, ocupantes e equipamentos) menos a somatória das perdas (pelos componentes da fachada, pela ventilação) tende a zero. A partir do cálculo do balanço térmico, é obtido o valor Δt, correspondente à diferença entre as temperaturas interna e externa. A avaliação da inércia é realizada através do cálculo do peso das paredes, e da superfície equivalente pesada, que leva em consideração as densidades dos materiais utilizados nas vedações, no piso e na cobertura, bem como suas áreas. A partir das determinação do coeficiente de inércia, é possível calcular a temperatura interna máxima do ambiente. Com este valor (temperatura de bulbo seco), e o dado da umidade do ar, é possível obter-se o valor da temperatura de bulbo úmido através da carta psicrométrica para a cidade de São Paulo, e da Temperatura Efetiva (TE) através do Normograma de Temperatura Efetiva. Por fim , é realizada a verificação da ventilação através da fórmula: ɸc = 0,14 x A√(H x Δt) (m³/s) ɸc: fluxo de ar por efeito chaminé A: área de abertura, de entrada ou de saída, considerando a menor em m² H: altura medida a partir da altura daabertura de entrada de ar até a metade da abertura de saída do ar em m Δt: diferença de temperatura interna e externa (°C) De forma a obter-se o valor real da taxa de ventilação do ambiente, uma vez que este é estimado para o cálculo das perdas de calor. O cálculo é refeito até que o número estimado seja compatível com o valor de renovação de ar encontrado a partir da verificação.

2.3 Desempenho Ergonômico As questões de ergonomia estão associadas ao correto dimensionamento dos ambientes e disposição do mobiliário, de forma a permitir o desenvolvimento das atividades pertinentes à unidade habitacional, considerando as exigências básicas e os espaços mínimos requeridos para tal. Assim, os ambientes foram analisados dos com base na natureza das atividades que abrigam, e avaliados com relação à adequação e o dimensionamento necessário a estas.

33


Para análise das questões relacionadas ao dimensionamento dos espaços de habitação, foi adotado o método proposto por João Branco Pedro em Programa Habitacional - Arquitetura. Pedro propõe a classificação dos ambientes da unidade habitacional com base nas atividades a serem desenvolvidas nestes, no horário e na frequência da realização das funções, e da descrição dos usuários envolvidos. A análise considera, ainda, exigências de projetos como a agradabilidade dos espaços, relacionada ao conforto acústico, visual e à qualidade do ar que proporcionam aos usários, a segurança dos usuários na realização das atividades, a adequação dos espaços com relação ao seu dimensionamento e funcionalidade, e as questões de acessibilidade, privacidade, e personalização dos ambientes. A análise foi realizada, a princípio, através da classificação dos diferentes ambientes com relação às atividade e funções que abrigam, de acordo com a tabela 06. A tabela indica apenas as funções apresentadas como dominantes pelo autor, consideradas mais significativas para a análise das unidades do Edifício União. Função

Sistema de atividades

Atividades

Dormir/descanso pessoal

Dormir/descanso de casal

Dormir de noite, dormir de dia

Dormir/descanso duplo

Descansar

Dormir/descanso individual

Ler, ver televisão Estar doente e tratar de pessoa doente Estar com criança pequena Vestir e despir roupa Fazer a cama Conversar ao telefone Conversar em privado

Preparo de refeições

Arrumação de roupa pessoal

Arrumar roupa pessoal

Preparo de refeições

Guardar e conservar alimentos Preparar alimentos Cozinhar alimentos Lavar louça Arrumar louça Eliminar lixo

Refeições correntes

Refeições correntes

Pôr a mesa e servir alimentos Comer Levantar a mesa

Refeições formais

Refeições formais

Pôr a mesa e servir alimentos Comer Levantar a mesa

Estar/reunir

Lazer familiar

Conversar, jogar, ler Ouvir música Tocar instrumentos musicais

Ver televisão Receber

Receber conviados

Ver televisão Apresentar visitas Servir aperitivos, bebidas Conversar, jogar Ouvir música Ver televisão

Recreio de crianças

Recreio de crianças

Brincar Vigiar/tratar crianças

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Estudo/recreio de jovens

Estudo/recreio de jovens

Estudar Utilizar computador pessoal Reunir amigos Jogar, ler, ouvir música, ver televisão

Trabalho/recreio de adultos

Trabalho/recreio de adultos

Estudar Utilizar computador pessoal Reunir amigos Jogar, ler, ouvir música, ver televisão

Passar a ferro/costurar roupa

Passar a ferro

Passar a ferro

Costurar roupa

Costurar à mão, ou à máquina

Lavagem de roupa na máquina

Lavar de roupa na máquina

Limpar, arrumar roupa Limpar, arrumar roupa Lavagem de roupa

Lavagem de roupa manual

Lavar roupa à mão

Secagem de roupa

Secagem de roupa na máquina

Secar roupa com máquina

Secagem de roupa natural

Estender roupa, apanhar roupa

Higiene pessoal

Lavagens

Lavar as mãos e o rosto Tomar banho ou dar banho nas crianças Vestir e despir roupa, fazer toilete, fazer a barba Proceder curativos Lavar roupa pequena à mão

Funções vitais Permanência no exterior privado

Excreções

Permanência no exterior privado elevado Descansar e solário Reunir Permanência no exterior privado térreo Cuidar de flores e animais Estar ao ar livre

Circulação

Entrada/saída

Entrar e sair da habitação Vestir e despir vestuário de exterior Atender pessoas estranhas à porta Esperar e receber visitas

Comunicação/separação

Circular entre compartimentos

Arrumação geral

Arrumar objetos volumosos e de uso eventual

Arrumação de despensa

Arrumar alimentos e produtos de limpeza

Separar compartimentos Arrumação

Estacionamento de veículos

Arrumação de roupa de casa

Arrumar roupa de casa

Estacionamento de veículos

Estacionar veículos Entrar e sair do veículo Arrumar utensílios de manutenção de veículo

Tabela 06 - Classificação de funções, sistemas de atividades e atividades Fonte: Adaptado de Pedro, 2001

Para o Edifício União, foram analisadas as funções em destaque no quadro da imagem 14, consideradas pelo autor, funções dominantes na habitação. Estas são apresentadas juntamente com funções associadas e opcionais, de acordo com sua localização nos diferentes ambientes da habitação.

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Compartimento

Quarto

Função dominante Funções associadas Funções opcionais

Instalação Sanitária

Dormir/descanso pessoal

Higiene Pessoal

Estudo/recreio de jovens Recreio de crianças

Lavagem de roupa Secagem de roupa

Arrumação Trabalho/recreio de adultos

Vestíbulo e corredor Circulação Receber Arrumação Cozinha Preparo de refeições Refeições correntes Arrumação

Sala de Jantar

Sala de Estar

Refeições formais

Estar/reunir

Receber

Receber

Refeições correntes

Trabalho, recreio de adultos

Passar ferro/costurar roupa Lavagem de roupa Varanda/ext. priv. Marquise Lavagem de roupas Secagem de roupa Arrumação

Permanência no exterior privado Refeições formais Estar/reunir Receber Recreio de crianças Secagem de roupas

Passar ferro/costurar roupa Imagem 14 - Localização de funções e compartimentos Fonte: Adaptado de Pedro, 2001

O autor realiza ainda uma análise da caracterização dos usuários que desenvolvem as funções apresentadas nos diferentes ambientes definidos para tal. Esta análise é apresentada na tabela 07,considerando os seguintes parâmetros: 1) Protagonismo dos usuários - personagem principal - personagem secundária 2) Idade dos utentes - bebê (0 a 1 anos) - criança pequena (2 a 5 anos) - criança (6 a 13 anos) - jovem (14 a 17 anos) - adulto jovem (18 a 23 anos) - adulto (mais de 23 anos)

36


3) Participantes - membro do agregado familiar individual ou em par; - grupo de membros do agregado familiar; - visitas; - auxiliares domésticas.

Funções Sistemas de ativid. 0-1 1 Dormir/descanso pessoal casal duplo individual arrumação 2 Preparação de refeições 3 Refeições correntes 4 Refeições formais 5 Estar/reunir 6 Receber 7 Recreio de crianças 8 Estudo/recreio de jovens 9 Trabalho/recreio de adultos 10 Passar ferro/costurar roupa 11 Lavagem de roupa máquina manual 12 Secagem de roupa máquina manual 13 Higiene pessoal lavagem funções vitais 14 Permanência no exterior privado 15 Circulação entrada/saída comunicação/separação 16 Arrumação 17 Estacionamento de veículos

2-5

Idades 6 - 13 14 - 17

18 - 23

>23

Participantes individual/par

grupo

visitas

auxiliares

Tabela 07 - Caracterização de utentes Fonte: Pedro, 2001

Além disso, são analisadas a frequência, a duração e o período de realizadação das atividades na habitação, apresentadas na tabela 08, considerando os seguintes critérios: a) frequência: ocasional, semanal, diária b) duração: curta (até 15 minutos), média (até cerca de 30 minutos) e longa (mais de 30 minutos) c) período de ocorrência: durante o dia e princípio da noite, em qualquer momento, durante a noite.

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Sistemas de atividades

Funções 1

Dormir/descanso pessoal

Frequência

Duração

casal

Diária

Longa

Período de ocorrência Noite

duplo

Diária

Longa

Noite

individual

Diária

Longa

Noite

arrumação

Diária

Longa

Dia ou noite

2

Preparação de refeições

Diária

Longa

Dia

3

Refeições correntes

Diária

Longa

Dia

4

Refeições formais

5

Estar/reunir

6

Receber

7

Recreio de crianças

8

Estudo/recreio de jovens

9

Trabalho/recreio de adultos

Ocasional

Longa

Dia

Diária

Longa

Dia

Ocasional

Longa

Dia

Diária

Longa

Dia

Diária

Longa

Dia

Semanal

Longa

Dia ou noite

10

Passar ferro/costurar roupa

Semanal

Longa

Dia

11

Lavagem de roupa

máquina

Semanal

Longa

Dia

manual

Ocasional

Média

Dia

12

Secagem de roupa

máquina

Semanal

Média

Dia

manual

Semanal

Longa

Dia

13

Higiene pessoal

lavagem

Diária

Curta

Dia ou noite Dia ou noite

14

Permanência no exterior privado

15

Circulação

Diária

Curta

Dia ou noite

16

Arrumação

Diária

Média

Dia ou noite

17

Estacionamento de veículos

Diária

Curta

Dia ou noite

funções vitais entrada/saída comunicação/separação

Diária

Média

Diária

Variável

Dia

Diária

Curta

Dia ou noite

Tabela 08 - Caracterização de horários de uso Fonte: Pedro, 2001

A partir da análise e da caracterização das atividades desenvolvidas nos ambientes da unidade habitacional, e dos usuários que as desenvolvem, Pedro classifica as unidades de acordo com as caracterísiticas programáticas, morfológicas, e topológicas, relacionadas a seguir. a) Características programáticas: os critérios definidos para a classificação da unidade habitacional quanto ao seu programa são o número de dormitórios, e o número de usuários para o qual a unidade foi concebida. Para o Edifício União, foi considerada a unidade a capacidade máxima ideal dos dormitórios, já que não há um levantamento do número de indivíduos residindo em cada unidade. Considerou-se portanto, o número de camas que cada dormitório comporta, de acordo com critérios de dimensionamento e ergonomia a serem apresentados. b) Características morfológicas: os critérios definidos para análise são o número de pisos internos à unidade habitacional, o número de fachadas que esta apresenta e a forma da planta, o número de acessos e a localização destes. c) Características topológicas: os critérios definidos para esta análise são o número dos seguintes tipos de ambientes na unidade habitacional, e a forma como estão posicionados entre si:

38


- Espaços de circulação: considerando vestíbulos de entrada, halls, corredores e escadas internos à unidade. Os espaços de circulação são analisados, ainda, pela relação que apresentam com os demais ambientes da unidade habitacional. - Espaços comuns: são considerados espaços comuns os locais onde se desenvolvem as funções de refeições correntes e formais, estar/reunir e receber, como salas de jantar e de estar. - Espaços Individuais: são considerados espaços individuais os ambientes onde se densenvolvem as funções de dormir/descanso pessoal, recreio de crianças, estudo/recreio de jovens, trabalho, recreio de adultos, como dormitórios e escritórios. - Blocos sanitários: considerados os espaços onde se encontram as instalações sanitárias da habitação. É analisada, ainda, a localização do bloco de serviços da unidade habitacional, considerando que esta apresenta apenas um, que comporta as funções de preparo de refeições, passar a ferro/costurar roupa, lavagem de roupa, secagem de roupa, e arrumação de despensa, compreendendo a cozinha e a área de serviço das unidades. Esta análise foi realizada para as quatro tipologias identificadas no Edifício União, e as informações foram computadas em forma de tabela, para organização dos dados e das categorias em que se enquadram. Assim, as unidades foram avaliadas com relação aos demais aspectos apresentados pelo autor, levando em consideração as análises relativas ao desempenho do edifício, e principalmente, os aspectos de ergonomia, funcionalidade, adequação e segurança do espaços. A análise dos programas de área de cada tipologia foi realizada com base nos valores propostos por Pedro, que os classifica em mínimo, recomendável e ótimo. As tabelas utilizadas como base para tal análise se encontram no Anexo 03. Os levantamentos realizados no Edifício União nãoapresentam layout, e devido à foma como se deu a ocuparação, não há padronização da organização dos espaços internos. Assim, as quatro tipologias de unidades habitacionais foram analisadas com base na possibilidade de capacidade de comportarem o mobiliário mínimo definido pela NBR - 15575, apresentada na tabela a seguir:

Atividades essenciais/Cômodo

Móveis e equipamentos-padrão

Dormir/Dormitório de casal

Cama de casal + guarda-roupa+criado-mudo (mínimo 1)

Dormir/Dormitório para duas pessoas (2º Dormitório)

Duas camas de solteiro + guarda-roupa+ criado-mudo ou mesa de estudo

Dormir/Dormitório para uma pessoa (3º Dormitório)

Cama de solteiro + guarda-roupa + criado-mudo

Estar

Sofá de dois ou três lugares + armário/estante + poltrona

Cozinhar

Fogão + geladeira + pia de cozinha + armário sobre a pia + gabinete + apoio para refeição (2 pessoas)

Alimentar/tomar refeições Fazer higiene pessoal Lavar, secar e passar roupas Estudar, ler, escrever, costurar, reparar e guardar objetos diversos

Mesa + quatro cadeiras Lavatório + chuveiro (box) + vaso sanitário. NOTA: no caso de lavabos não é necessário o chuveiro. Tanque (externo para unidades habitacionais térreas) + máquina de lavar roupa Escrivaninha ou mesa + cadeira

Tabela 09 - Móveis e equipamentos padrão a serem acomodados nos diferentes ambientes Fonte: Tabela F.1 - Norma de Desempenho - NBR 15575 - Parte 1

39


Assim, parra a análise do desempenho funcional e ergonômico das quatro tipologias, os ambientes destas foram classificados de acordo com as funções a serem desenvolvidas em seu interior, e foi desenvolvida uma proposta de layout. O dimensionamento do mobiliário e dos espaços necessários para a realização das atividades foi proposto de acordo com os padrões definidos no Manual Técnico de Engenharia, da Caixa Econômica Federal que apresenta as dimensões mínimas de mobiliário e circulação para os espaços de habitação.

MOBILIÁRIO AMBIENTE

Sala de Estar

MÓVEL OU EQUIPAMENTO

Cozinha

Dormitório Casal (dormitório principal) Dormitório para 2 pessoas (2o dormitório)

Dormitório para 1 pessoa (3o dormitório)

PROFUNDIDADE

Sofá de 3 lugares com braço

1,70

0,70

Sofá de 2 lugares com braço

1,20

0,70

Poltrona com braço

0,80

0,70

Sofá de 3 lugares sem braço

1,50

0,70

Sofá de 2 lugares sem braço

1,00

0,70

Poltrona sem braço

0,50

0,70

Estante/armário para TV

0,80

0,50

Mesinha centro ou cadeira apoio Sala de Estar/Jantar Sala de Jantar Copa Copa/Cozinha

DIMENSÕES (m) LARGURA

-

-

Mesa redonda para 4 pessoas

ᴓ 1,00

-

Mesa redonda para 6 pessoas

ᴓ 1,20

-

Mesa quadrada para 4 pessoas

1,00

1,00

Mesa quadrada para 6 pessoas

1,20

1,20

Mesa retangular para 4 pessoas

1,20

0,80 0,80

Mesa retangular para 6 pessoas

1,50

Pia

1,20

0,60

Fogão

0,60

0,60

Geladeira

0,70

0,70

Armário sobre a pia e gabinete

-

-

Apoio para refeição (2 pessoas)

-

-

Cama de casal

1,40

2,00

Criado-mudo

0,50

0,50

Guarda-roupa

1,60

0,55

Duas camas de solteiro

0,80

2,00

Criado-mudo

0,50

0,50

Guarda-roupa

1,20

0,55

Mesa de estudo

0,80

0,60

Cama de solteiro

0,80

2,00 0,50

Criado-mudo

0,50

Armário

1,20

0,55

Mesa de estudo

0,80

0,60

40


Lavatório Lavatório com bancada Banheiro

Área de serviço

Tamanho médio 0,80 0,55

Vaso sanitário (caixa acoplada)

0,60

0,70

Vaso sanitário

0,60

0,60

Box quadrado

0,80

0,80

Box retangular

0,70

0,90

Bidê

0,60

0,90

Tanque

0,60

0,55

Máquina de lavar roupa

0,60

Corredor/escada

0,65 0,80

Tabela 10 - Dimensões mínimas de mobiliário e circulação - Casas e apartamentos Fonte: Adaptado do Manual Técnico de Engenharia da Caixa Econômica Federal, 2002

O processo de análise das unidades habitacionais com relação ao conforto ergonômico que proporcionam aos habitantes, bem como o estudo das funções primordiais a serem viabilizadas no ambiente residencial e o dimensionamento dos espaços necessários para tal, foram importantes para a análise dimensional das unidades e o desenvolvimento de propostas de melhorias para estas.

2.4 Desempenho Acústico O desempenho acústico da edificação tem influência sobre as atividades exercidas em seu interior, impactando na qualidade do trabalho e do sono dos indivíduos, e na relação entre os moradores. A deterioração da qualidade do meio sonoro provoca degradação do conforto ambiental, e impactos negativos sobre a vida dos habitantes, com efeitos negativos como queda da produtividade, conflitos de vizinhança e até mesmo problemas de saúde. Assim, o bom desempenho acústico da edificação consiste no atendimento às necessidades do usuário, que não deve ser prejudicado na realização de suas atividades cotidianas por ruídos aéreos, provenientes dos espaços vizinhos, e por ruídos de impacto ou de equipamentos, provenientes das atividades realizadas no próprio edifício. O desempenho acústico do edifício é analisado com base na capacidade dos materiais escolhidos para a envoltória, as vedações internas e as lajes, de forma a assegurar o isolamento entre os ambientes, atenuar os ruídos de impacto, e promover o isolamente com relação ao meio externo. Para a análise do desempenho do Edifício União com relação a estas questões foram considerados os parâmetros propostos pela Norma de Desempenho de Edificações NBR 15575/2003, que estipula critérios para atenuação acústica dos ruídos de impacto transmitid por lajes e pisos, e para a isolação do ruído aéreo dos ambientes com relação ao próprio edifício e ao meio externo. Para balizar o desenvolvimento de projetos que venham a atender às exigências de desempenho acústico, a NBR 15575/2003 prevê a realização de ensaios de laboratório em componentes, elementos e sistemas construtivos, indicando valores de referência que poderão se traduzir no potencial atendimentos das implantações reais. Assim, foram adotados os parâmetros indicados pela Norma de Desempenho como forma de análise dos componentes do Edifício União para a avaliação de seu desempenho acústico. 41


2.4.1 Isolação sonora entre paredes de ambientes A análise do isolamento acústico entre paredes internas do edifício, de vedação entre ambientes contínguos indicam os seguintes valores mínimos a serem atendidos para as diferentes situações: Elemento Parede entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório. Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores e escadarias nos pavimentos

Nível de Rw (dB) desempenh o 45 a 49 M 50 a 54 I ≥55 S 50 a 54 M 55 a 59 I ≥60 S 45 a 49 M 50 a 54 I ≥55 S 35 a 39 40 a 44 ≥45

M I S

Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanância de pessoas, 50 a 54 atividades de lazer e e atividades esportivas, tais como home theater, salas de ginástica, salão 55 a 59 de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas. ≥60 45 a 49 50 a 54 Cojunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall. ≥55 (*) valores aproximados/ordem de grandeza para potencial atendimento na situação real de campo

M I S M I S

Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores e escadarias dos pavimentos.

Tabela 11 - Índice de redução sonora ponderado, Rw, de componentes construtivos utilizados nas vedações entre ambientes Fonte: NBR 15575 - 4

É importante notar que os valores de desempenho de isolamento acústico medidos em campo são usualmente inferiores aos valores apresentados na tabela (Rw), obtido em ensaios de laboratório. A diferença entre os resultados depende das condições do entorno da edificação e da execução dos sistemas. A isolação acústica de paredes constituídas por blocos vazados depende, além da geometria e da massa da parede, a disposição e o formato dos furos, a rugosidade superficial do material, etc. 2.4.3 Isolamento de entrepisos e coberturas acessíveis O desempenho acústico de lajes e coberturas é analisado através de dois parâmetros: o isolamento de ruído áereo, e o isolamento com relação a ruídos de impacto. Segundo o Guia Orientativo para Atendimento à Norma ABNT 15575/2013, para lajes de concreto armado com espessura de 10cm em osso, a isolação acústica corresponde a cerca de 45dB, atendendo o nível mínimo exigido pela Norma de Desempenho para ruído aéreo. O nível Superior começa a ser atendido para lajes com espessura de 15cm. Para o isolamento com relação a ruídos de impacto, o limiar definido começa a ser atendido com espessuras entre 10 e 12cm, sendo que acréscimos na espessura a partir deste valor não contribuem de forma significativa. As tabelas 12 e 13 apresentam os valores requeridos para as diferentes situações de lajes e coberturas para os dois tipos de isolamento analisados.

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DnT,w dB

Elemento Sistema de pisos separando unidades habitacionais autônomas de áreas em que um dos recintos seja dormitório Sistema de pisos separando unidades habitacionais autônomas de áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos, bem como em pavimentos distintos Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas comuns de uso coletivo, para atividades de lazer e esportivas, tais como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas.

45 a 49 50 A 54 ≥55 40 a 44 45 a 49 ≥50 45 a 49 50 a 54 ≥55

Nível de desempenh o M I S M I S M I S

Tabela 12 - Diferença padronizada de nível ponderada do entrepiso, DnTw Fonte: NBR 15575 - 4

Nível de L'nT,w (dB) desempenh o 66 a 80 M Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas posicionadas em pavimentos 56 a 65 I distintos. ≥55 S Cobertura acessível ou sistema de íso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e 51 a 55 M esportivas, tais como home theater , salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, 46 a 50 I banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas) sobre unidades habitacionais ≥45 S autônomas. Elemento

Tabela 13 - Nível de pressao sonora de impacto padronizado ponderado L’nT,w Fonte: NBR 15575 - 4

2.4.2 Isolação sonora de fachadas No caso da avaliação das superfícies das fachadas com relação ao isolamento acústico, é levada em consideração a localização da habitação, uma vez que devem ser considerados os ruídos externos a esta. Classe de ruído Localização da habitação

I

Habitação localizada distante de fontes de ruído intenso de quaisquer naturezas.

II

Habitação localizada em áreas sujeitas a situações de ruído não enquandráveis nas classes I e III.

III

Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transporte e de outras naturezas, desde que esteja de acordo com a legislação

Rw (dB) ≥25 ≥30 ≥35 ≥30 ≥35 ≥40 ≥35 ≥40 ≥45

Nível de desempenho M I S M I S M I S

(*) valores aproximados/ordem de grandeza para potencial atendimento na situação real de campo. Tabela 14 - Índice de redução sonora ponderado, Rw, de fachadas. Fonte: NBR 15575 - 4

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Os valores da tabela 14 referem-se ao sistema construtivo completo previsto para a fachada, ou seja paredes, portas e janelas. A presença de janelas sem tratamento acústico em uma parede reduz consideravelmente a isolação acústica desta superfície. Foram considerados para análise dados de ensaios realizados separadamente, ou seja, para a parede cega, e para os caixilhos (portas e janelas). O índice de redução sonora ponderado equivalente (Rw, equiv) é, então, calculado através da seguinte fórmula: Rw, equiv = 10 • log

Stotal ∑ i=n i=0 Si • ζi

Rw, equiv: índice de redução sonora ponderado equivalente, em dB. Stotal: área total da parede (área da parede cega + área dos caixilhos), em m² Si: área de cada componente individual da vedação (alvenaria, janela, porta, etc), em m² ζi: transmitância acústica de cada componente individual da vedação ζi = 10

- Rwi 10 ,

sendo Rwi o índice de redução sonora para cada componente, em dB.

Os cálculos para o Edifício União foram realizados com base em valores indicativos dos índices de redução sonora ponderado para sistemas de paredes, portas e janelas. É importante lembrar que os valores considerados para esta análise levam em consideração a execução correta das paredes e caixilhos, sendo que, segundo o Guia Orientativo da CBIC para a Norma de Desempenho, pequenas frestas podem reduzir em até 30% a isolação acústica.

Circulação de acesso - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014

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O Edifício União

Detalhe da fachada principal - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Julho/2014


3. O Edifício União 3.1 Histórico O edifício da Rua Sólon começou a ser erguido na década de 1970, e teria, a princípio, 12 andares. Foi abandonado pelos donos, que deixaram a cargo do zelador o esqueleto do edifício com apenas oito pavimentos construídos. Este passou a negociar as unidades não concluídas, dando origem ao cortiço. O trabalho da Professora Maria Ruth Amaral de Sampaio teve início em 2002, com um projeto de pesquisa e extensão com alunos da disciplina optativa de graduação da FAU-USP, “Habitação Popular Paulistana”. A disciplina teve como tema e objetivo o estudo do edifício localizado na Rua Sólon, 934. O projeto teve início com 20 alunos, e realizou o levantamento das famílias que ali residiam, e da situação socioeconômica das mesmas, bem como dos espaços ocupados no interior do edifício e do tempo que estas famílias ali resdiam. Tal informação era importante para o processo de obtenção do usucapião coletivo urbano, previsto pelo Estatuto da Cidade, que constituía uma das possibilidades de regularização de posse. Ao longo do trabalho, o grupo obteve o apoio das lideranças do edifício ocupado, possibilitando um maior desenvolvimento dos resultados alcançados. Com a colaboração da Secretaria da Habitação da Prefeitura Municipal de São Paulo, o projeto possibilitou o desadensamento do cortiço, reduzindo de 72 para 41 o número de famílias residentes. Segundo Sampaio: “A densidade era tal, que os habitantes construíram lajeas no buraco do elevador, e haviam famílias de 5 a 6 pessoas morando no espaço da laje.” (SAMPAIO, 2008) As famílias que deixaram espontaneamente o edifício foram aquelas que viviam no imóvel há menos de cinco anos, exigência legal para serem enquadradas na possibilidade do “usucapião coletivo urbano”, e obtiveram para tal auxílio da Prefeitura de São Paulo. Estas famílias receberam um auxílio- moradia de cerca de R$8.000,00. Em dezembro de 2003, surgiu a ideia de realizar a experiência do “Cortiço Vivo”, uma metodologia multidisciplinar, que envolveu a mobilização tanto de alunos quanto de professores dos diferentes departamentos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Além disso, participaram do projeto, profissionais da área de Saúde Ambiental, professores de artes, advogados, assistentes sociais e alunos de jornalismo. Foram propostas oficinas, que contaram com a participação dos moradores, e serviram como uma forma de troca de conhecimentos entre os participantes. A experiência resultou em um estudo preliminar de requalificação do imóvel precário, através do conhecimento das condições de vida no cortiço. Um dos maiores problemas diagnosticados no edifício foi a questão da precariedade das instalações elétricas, e dos altos valores das contas de energia decorrentes desta. As instalações irregulares apresentavam fugas de energia e significavam um risco para a

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segurança dos moradores. Em 2004, essa situação levou a um incêndio em um dos apartamentos, e com isso foram iniciadas gestões para a compra de material destinado à implantação de uma nova rede. Foram instalados medidores individuais, e após as alterações na rede, as contas de luz, que antes atingiam valores de cerca de R$ 150,00 por família, diminuíram consideravelmente, passando a variar em torno de R$ 50,00.

Imagem 15 - Instalações elétricas precárias Fonte: Patrícia Mendes, 2003

Imagem 16 - Instalações elétricas após a reforma - medidores individuais no pavimento térreo Fonte: acervo pessoal

Além da reforma das instalações elétricas, foi realizado em 2004 , através de uma parceria com Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT, um curso de fromação de brigada de incêndio, com o objetivo de capacitar os moradores para atuarem na prevenção de incêndios e em situações de emergência, através de ações de combate e resgate de vítimas. Esse curso foi ministrado pela primeira vez em um cortiço vertical, e foram doados, também através do IPT 21 extintores de incêndio para o uso dos brigadistas. No início de 2005, com o auxílio do Banco Itaú, deu-se início à construção de aberturas destinadas à iluminação e ventilação dos corredores de acesso e da escada do edifício, nas paredes cegas que fazem divisa com o terreno de propriedade do banco. Apesar de pequenas, estas aberturas possibilitaram a economia de energia, uma vez que possibilitam a iluminação natural dos espaços de circulação durante o dia. A Rua Sólon, onde está localizado o Edifício União passou por transformações ao longo dos anos, com as mudanças sofridas pelo próprio bairro do Bom Retiro. Foi inaugurada em uma edificação próxima, a escola coreana Poligolos, e o edifício fabril abandonado, localizado em frente a imóvel, foi reabilitado e ocupado pela indústria de confecções esportivas Hang Loose. Assim, apesar das demais prioridades com relação às reformas a serem realizadas no edifício, as lideranças do edifício solicitaram, com o apoio da Professora Maria Ruth de Amaral Sampaio, auxílio à diretoria da Hang Loose para realizar a renovação da fachada principal do edifício, voltada para a Rua Sólon. A diretoria sugeriu contribuir com 70% do total da obra, ficando o restante a cargo dos moradores. A obra de renovação da fachada do edifício foi concluída em 2006 com a instalação da placa com o nome de “Edifício União”, escolhido pelos moradores. A reforma da fachada voltada 48


a rua contribuiu para a auto estima dos moradores com relação ao local em que residem, e para a imagem do edifício com relação à vizinhança. Segundo Sampaio: “A partir do momento em que os melhoramentos no prédio iam ficando prontos, algumas famílias começaram a fazer obras em seus apartamentos, melhorando pisos, pintando paredes, mudando móveis. [...] Observa-se entre os moradores o desenvolvimento de um sentimento de responsabilidade coletiva, baseada no esforço de melhorar as condições de moradia, contribuindo para a inclusão social. Logo após o término da renovação da fachada, parou um carro na porta do prédio, e o motorista perguntou se havia apartamento para alugar ou vender. Este fato circulou entre os moradores, com o significado de que eles não vivam mais num imóvel encortiçado.” (SAMPAIO, 2008)

Imagem 17 - Reforma da fachada do edifício Fonte: Autor desconhecido

Imagem 18- Refora da fachada do edifício Fonte:Autor desconhecido

Em 2008, o Edifício União foi inscrito no concurso The Deutsche Bank Urban Age Award, promovido pelo Deutsche Bank e pela London School of Economics em diferentes cidades de países em desenvolvimento, com o objetivo de premiar iniciativas relacionadas a soluções de reabilitação de edifícios, habitação social, e espaços de lazer. O edifício recebeu o prêmio principal, de cem mil dólares, destinado a promover obras e demais melhorias necessárias no imóvel, pela iniciativa social, e a criação de um ambiente comunitário. Segundo a Professora Maria Ruth Sampaio, o dinheiro do prêmio permanece guardado, e procura-se que as melhorias realizadas no edifício ocorram através de doações e de investimentos dos próprios moradores.

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Imagem 19 - Fachada do edifício atualmente Fonte: Acervo pessoal

Imagem 20 - Fachada do edifício atualmente Fonte: Acervo pessoal

Concluída a reforma da fachada, uma das necessidades mais urgentes do edifício era o reforço estrutural das colunas no térreo e no subsolo. Este trabalho foi realizado através da parceria com o Professor Doutor Paulo Helene, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A equipe de seu escritório compareceu ao edifício durante os fins de semana para ensinar os moradores a realizar o trabalho de reforço das estruturas. Os próximos passos previstos para o edifício são a desconstrução da parte restante do oitavo pavimento, e a reforma das instalações hidráulicas, com a instalação da caixa d’água na cobertura.

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3.2 Dados Gerais do Entorno 3.2.1 Sobre o Bairro do Bom Retiro “Bom Retiro, Bó Ritiro dos italianos, o ‘pequeno shettl’ dos judeus, bairro dos letreiros em coreano, do foot-ball dos ingleses, dos sinos da igreja armênia, da identidade sulamericana, dos bolivianos, da ‘Acrópole dos gregos, dos nordestinos, dos comerciantes, dos sacoleiros, do café e da ferrovia que tornaram São Paulo uma metrópole - o Bom Retiro é uima mapa mundi encravado na cidade São Paulo.”

As origens da ocupação do atual bairro do Bom Retiro datam do início do século XIX, quando os terrenos que hoje configuram o bairro abrigavam sítios de recreio e chácaras banhadas pelo Rio Tietê. Entre elas, encontrava-se a Chácara do Bom Retiro, que deu origem ao nome do bairro. Durante grande parte do século XIX, o Bom Retiro constituiu uma região intermediária entre a zona rural e cidade. Em 1867 o traçado da ferrovia São Paulo Railway configurou o limite do bairro ao Sul, e marcou profundamente, nas décadas seguintes, a fisionomia do bairro. A ferrovia levou à proliferação de galpões de depósito de mercadorias, e de indústrias de transformação destas, atraindo a mão de obra, composta em sua maioria por imigrantes italianos. Assim, do ponto de vista da formação da cidade de São Paulo, o Bom Retiro integra, ao lado do Brás e da Luz, o primeiro conjunto de bairros operários da capital. O bairro abrigava, além das indústrias, pequenas oficinas e estabelecimentos a meio termo entre o comércio e a indústria, devido à proximidade com o mercado consumidor do centro, e à disponibilidade de mão de obra residente no próprio bairro. A partir dos anos 20, numerosas famílias de origem judaica chegaram ao Bom Retiro, promovendo o desenvolvimento de atividades comerciais que vieram a conferir ao bairro um caráter distinto de outros bairros operários da capital paulista. Na São Paulo dos anos 20, além de oportunidade de trabalho promissoras, o bairro oferecia aos judeus a oportunidade de recriarem o modo de vida de seus países de origem, estabelecendo suas famílias, através da criação de uma estrutura comunitária nos moldes da que conheciam na Europa. A organização eficiente da comunidade judaica permitiu que fossem criadas instituições de assistência econômica, social e moral que, atuando como uma rede, dentro e fora do Bom Retiro, e proporcionarando contatos, oportunidades e recursos que favoreceram a inserção e o estabelecimento de novas famílias. Na década de 40, o predomínio dos judeus no bairro era absoluto, e era evidente a concentração de manufaturas no ramo do vestuário, sobretudo fabricando e comercializando roupas prontas. O desenvolvimento da atividade comercial na década de 50 mudou a paisagem do bairro. A grande concentração comercial valorizou os imóveis, e os velhos casarões deram lugar a fábricas ou lojas. A partir dos anos 50, lojistas e fabricantes começaram a perceber as desvantagens em residir em um bairro misto, residencial e comercial - industrial, e a maior parte dos judeus, a medida que prosperaram economicamente, acabou indo residir em outros bairros.

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A partir dos anos 60, com a chegada dos coreanos, o Bom Retiro passou a abrigar uma nova leva de imigrantes, cujo objetivo principal no bairro era o trabalho. A concentração de coreanos na indústria de confecção naturalmente atraiu a colônia para se instalar em um ponto da cidade que já desfrutasse de tradição nesse ramo comercial. Os coreanos seguiram uma trajetória bastante semelhante à dos imigrantes judeus, enxergando no bairro possibilidades comerciais promissoras, decorrentes da centralidade da área, bem provida de de transportes urbanos, e próxima à agitação da estação ferroviária. As famílias coreanas buscavam ampliar o pequeno capital de que dispunham inicialmente, para tal, dois mecanismos aparecem como fundamentais à rápida mobilidade econômico social experimentada por elas na cidade de São Paulo: o engajamento da família no trabalho e a capacidade de articular redes internas à colônia para facilitar a inserção na nova pátria. Através do trabalho, a princípio no comércio dos judeus, e posteriormente em seus próprios negócios, e da cooperação financeira entre os membros da comunidade, os coreanos passaram a dominar as atividades comerciais do bairro. Os imigrantes coreanos contribuíram para a valorização dos imóveis no Bom Retiro, comprando -os dos comerciantes judeus, e realizando melhorias nos edifícios. De forma geral, o bairro do Bom Retiro apresenta como forte característica a coexistência de grupos de pessoas de diferentes origens, segundo Truzzi: “É nesse contexto que emerge como uma questão interessante a observação de um microcosmo social - um bairro localizado em pleno seio da capital paulista, o qual recebeu, ao longo de sua história, contingentes de imigrantes com características culturais bastante diferenciadas.” (TRUZZI, 2001) Durante as décadas de 80 e 90, o Bom Retiro recebeu ainda migrantes de origem boliviana, que atuaram como mão de obra fundamental para a expansão de determinados ramos da produção têxtil, e nordestinos. As novas lojas possuem uma lógica de organização, design e marketing associados à atual fase do capitalismo global. As relações de trabalho são pautadas nos baixos salários dos imigrantes bolivianos, permitindo a produção de produtos têxteis com boa qualidade e baixos preços. Tais questões contribuem para a configuração de uma nova dinâmica espacial e social no bairro, que configura uma centralidade comercial do município, e mantêm as características relacionadas ao setor produtivo que fazem parte de suas origens.

3.2.2 Entorno do Edifício Localizado na Rua Sólon, número 934, o Edifício União se encontra em uma região de fácil acesso à rede de transporte coletivo público, e a importantes vias da cidade de São Paulo. O edifício está localizado nas proximidades das estações Júlio Prestes, da linha 8 da Companhia de Trens Metropolitanos, e Tirantes, da Linha Azul do Metrô. A Estação da Luz, por onde passam as linhas 7 e 11 da CPTM, também está localizada próxima ao edifício. O entorno do Edifício União se caracteriza pelo uso misto, apresentando indústrias, principalmente relacionadas ao setor têxtil, atividade comercial, e uso residencial. Apresenta também variedade no que se refere a serviços públicos e opções de lazer.

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Imagem 21- Imagem de Satélite - Localização do Edifício União Fonte: Google Earth, 2014

A maioria dos moradores do Edifício União realiza suas atividades diárias no entorno próximo, que oferece empregos e serviços. A uma distância de aproximadamente 300m está localizada a Escola Estadual Marechal Deodoro, frequentada pela grande maioria das crianças residentes no edifício. A instituição de ensino faz parte da rede criada pela FDE, Fundação para o Desenvolvimento da Educação, que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da rede pública de ensino do Estado de São Paulo, viabilizando a construção, ampliação e reforma de edifícios. O entorno do edifício oferece ainda, inúmeras possibilidades de lazer e atividades culturais, como a Pinacoteca do Estado, a Estação da Luz, a Estação Júlio Prestes, a Sala São Paulo, o Parque da Luz, o Museu da Língua Portuguesa e o Museu de Arte Sacra. O bairro apresenta também uma unidade do Sesc, que possui teatro, ginásio, piscina, espaço de exposições, sala para uso de internet e uma biblioteca com acervo especial sobre a história e a população do bairro.

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MAPA 01 Rede Estrutural de Trasporte Público Subprefeitura da Sé 55


MAPA 02 Rede Viária Estrutural Subprefeitura da Sé 56


Modelo Eletrônico Edifício União - Inserção no entorno


Modelo Eletrônico Edifício União - Inserção no entorno


3.3 Características do Edifício 3.3.1 Acessos e Circulação A implantação do Edifício União no terreno na Rua Sólon, se dá de forma que a fachada nordeste deste apresenta recuo de 2,5m com relação ao terreno vizinho, e a fachada sudoeste não apresenta recuo com relação à edificação vizinha, que apresenta apenas pavimento térreo. Assim, a acesso ao Edifício União se dá através de um corredor lateral, cuja entrada está localizada na Rua Sólon. Essa circulação dá acesso às unidades e áreas de uso comum localizadas no pavimento térreo, e à escada de circulação vertical interna. O corredor apresenta 2,5m de largura, e se estende até o muro dos fundos da edificação. O corredor apresenta um portão no acesso principal, e um portão na parte posterior, logo após o acesso à escada. De acordo com os moradores, quando chove na região, esse principal corredor de acesso ao edifício sofre empoçamento de água, devido às irregularidades do piso. O empoçamento da água da chuva leva a problemas na laje do subsolo do edifício, que se encontra deteriorada devido à infiltração de água. O Edifício União apresenta uma única escada de circulação interligando os pavimentos. Esta apresenta 1,20m de largura, sem patamar, com lanços curvos e degraus balanceados. A escada não apresenta corrimão, e a iluminação se dá de forma bastante precária através de pequenas aberturas improvisadas. De acordo com os moradores, o acesso é mais bem iluminado no período noturno, quando é acionada a iluminação da circulação interna do edifício. A escada é o única forma de circulação vertical do edifício, uma vez que apesar de existir espaço destinado à caixa de elevadores, estes não foram concluídos, e está centralizada nos pavimentos do edifício, de forma que o acesso às unidades se dá à direita e à esquerda desta. Os degraus em leque da escada de circulação não atendem ao Código de Obras do Município de São Paulo, vigente desde 1972. De acordo com a Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros 04/2014- Saídas de Emergência, escadas em leque são consideradas como secundárias, não destinadas a saída de emergência, e devem apresentar altura máxima de 3,7m. A largura da escada do edifício atende, porém, às diretrizes da norma e às instruções do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo com base nas dimensões, nas características construtivas, e na população residente no edifício. Os cálculos realizados serão apresentados com mais detalhes no Capítulo 05, juntamente com as propostas para melhor adequação desta para a segurança dos moradores.

Corredor de Acesso - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Julho/2014

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Imagem 22 - Escada de Acesso aos pavimentos superiores Fonte: Acervo pessoal

Imagem 23 - Escada de Acesso aos pavimentos superiores Fonte: Acervo pessoal

A escada leva aos corredores de acesso às unidades de cada pavimento. Devido à configuração diferenciada das tipologias das unidades de cada pavimento, os corredores apresentam duas configurações básicas diferentes. A primeira configuração, apresentada a seguir, apresenta os acessos das unidades localizadas nos extremos do edifício deslocados, configurando longos corredores escuros e estreitos. Estes corredores apresentam aproximadamente 90cm de largura, e as aberturas existentes são semelhantes àquelas localizadas na circulação

Imagem 24 - Planta esquemática - Quinto Pavimento - Circulação de acesso às unidades

Outra forma de configuração da circulação de acesso às unidades apresenta os acessos para as unidades localizadas nos extremos mais próximos da circulação vertical, de forma que o corredor termina em portas mais próximas da circulação vertical. O corredor acaba, porém, localizado dentro destas unidades.

Imagem 25 - Planta esquemática - Primeiro Pavimento - Circulação de acesso às unidades

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Imagem 26 - Circulação - 5o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

Imagem 27 - Circulação - 5o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

Imagem 28 - Circulação - 1o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

Nos demais pavimentos é possível diferenciar estas duas tipologias de circulação e acesso às unidades. Pode-se perceber pelas imagens que os corredores mais curtos, pintados com cores claras, e onde há aberturas, ainda que pequenas e improvisadas, apresentam aspecto melhor aspecto, e contribuem para a segurança da circulação. A solução de que os acessos às unidades se dê de forma mais próxima à circulação vertical transfere, porém, o problema para dentro das unidades habitacionais. As imagens mostram também, as diferenças nos acessos às unidades habitacionais: não há padronização no que se refere às portas, cores utilizadas nas paredes, e até mesmo ao piso do corredor.

Imagem 29 - Circulação - 2o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

Imagem 30 - Circulação - 2o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

Imagem 31 - Circulação - 3o Pavimento Fonte: Acervo pessoal

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3.3.2 Tipologia das Unidades Habitacionais Devido ao fato de a ocupação do edifício ter se dado antes da finalização de sua construção, as unidades habitacionais não apresentam tipologias bem definidas. As principais diferenças estão relacionadas às áreas, aos ambientes existentes, e ao posicionamento das aberturas. Através da análise das 42 unidades habitacionais existentes no Edifício União, procurou-se agrupar as tipologias semelhantes em cada pavimento, com base nas configurações em comum que apresentam em planta, e nos problemas identificados com relação aos aspectos de conforto a serem analisados, visando o desenvolvimento de um projeto arquitetônico posteriormente. Assim, foram definidas quatro tipologias de unidades habitacionais, a serem apresentadas a seguir.

Tipologia 1 As unidades localizadas no extremo posterior do edifício apresentam algumas peculiaridades com relação às demais. Estas apresentam áreas maiores que as outras unidades, variando entre 50 e 65 m². Apresentam, também, maior divisão em ambientes diferentes, com dois dormitórios em alguns casos, e menos recorrentes as situações de integração entre salas de estar e cozinhas, ou salas de estar e dormitórios. Além disso, esta tipologia apresenta um espaço destinado à área de serviço que, em muitos casos, configura uma espécie de terraço para onde estão voltadas as aberturas para ventilação do banheiro e da cozinha da unidade.

Imagem 32 - Planta - Localização Tipologia 01

Como já colocado com relação ao corredor de acesso às unidade habitacionais, sua configuração está associada à das unidades localizadas nos extremos do edifício, assim, esta tipologia pode apresentar seu acesso diretamente através da circulação, como na imagem 32, ou através de um corredor interno à unidade, que apresenta os mesmos problemas no que se refere à iluminação e ao conforto visual.

A.S.

DORMITÓRIO

DORMITÓRIO

COZINHA

SALA DE ESTAR

Imagem 33 - Planta - Tipologia 01

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Nos pavimentos superiores a área considerada para a tipologia 01 encontra-se divida em duas unidades distintas, que apresentam dormitórios e salas, ou salas e cozinhas, conjugados no mesmo ambiente. As diferentes configurações de planta apresentam diferentes usos do mesmo espaço, e diferentes soluções para a localização do sanitário.

A.S.

DORMITÓRIO/ SALA

COZINHA

COZINHA

DORM/SALA

Imagem 34 - Planta - Tipologia 01- Configuração 02

Tipologia 2 A tipologia dois está localizada ao lado esquerdo da caixa de escada, e também apresenta uma divisão bem definida dos ambientes. Apresenta apenas um dormitório, além da sala de estar, cozinha, e área de serviço, localizada na parte de trás da caixa de escada. As unidades que se enquadram nesta tipologia apresentam áreas de aproximadamente 40 m². A área de serviço da unidade de tipologia dois está localizada na parte de trás da escada de acesso aos pavimentos superiores, de forma que recebe iluminação natural, mas impede o acesso da escada a esta, uma vez que bloqueia a fachada. Todos os ambientes desta unidade apresentam aberturas para o exterior.

Imagem 35 - Planta - Localização Tipologia 02

A.S.

DORMITÓRIO

SALA DE ESTAR

COZINHA

Imagem 36 - Planta - Tipologia 02

64


Tipologia 3 A tipologia três está localizada na lateral direita da escada de circulação, e apresenta como maior problema a ocupação da caixa de elevador como parte da unidade habitacional do segundo ao sétimo pavimentos. A próxima etapa do processo de reformas que vem sendo realizado do edifício consiste na recuperação das instalações hidráulicas. O projeto prevê que estas sejam instaladas em um shaft localizado na caixa do elevador, de forma que vem sendo requerida a desocupação desta área nos pavimentos em que se encontra ocupada. Outra questão está relacionada ao problema de segurança associado a esta ocupação, uma vez que se encontra sobre lajes construídas de forma irregular pelos próprios moradores. As unidades desta tipologia apresentam áreas entra 40 e 50m² aproximadamente. No quinto e no novo pavimento esta área se apresenta dividida em duas unidades habitacionais menores. Com exceção do dormitório localizado na área destinada ao elevador, todos os ambientes de permanência prolongada apresentam aberturas voltadas para a fachada nordeste. O banheiro apresenta variações com relação à presença de aberturas e ao tamanho das mesmas.

Imagem 37 - Planta - Localização Tipologia 03

A.S. COZINHA

SALA DE ESTAR

DORMITÓRIO

DORMITÓRIO (ELEVADOR)

Imagem 38 - Planta - Tipologia 03

Tipologia 4 A tipologia quatro está localizada na fachada do edifício voltada para a Rua Sólon, de forma que apresenta padronização das esquadrias voltadas para a orientação sudeste, e é a única tipologia de unidade habitacional que apresenta aberturas voltadas para duas fachadas do edifício. Da mesma forma que a unidade de tipologia um, a unidades da tipologia quatro apresentam variação dependendo da configuração do corredor de acesso, que pode ser interno à unidade. As unidades apresentam áreas que variam entre aproximadamente 30 e 40m². A área se encontra dividida em quatro ambientes, variando os casos de integração destes entre dormitório e sala, com a cozinha separada, ou sala e cozinha, com o dormitório separado. O banheiro está localizado logo no acesso à unidade, e apresenta dimensões reduzidas, além disso, é o único ambiente que não apresenta abertura para o exterior, prejudicando a questão da ventilação. Além das diferenças relacionadas à ocupação e ao uso dos ambientes, algumas das unidades diferem com relação à existência de um espaço destinado à área de serviço, que aparece na forma de uma espécie de terraço da cozinha. Há diferenças também com relação às aberturas localizadas no ambiente indicado como dormitório, em duas das unidades que apresentam esta tipologia há aberturas também na fachada nordeste. 65


Imagem 39 - Planta - Localização Tipologia 04

A.S

COZINHA

DORMITÓRIO/ SALA

Imagem 40 - Planta - Tipologia 04

66


Modelo Eletr么nico Tipologia 01

Modelo Eletr么nico Tipologia 02

Modelo Eletr么nico Tipologia 03

Modelo Eletr么nico Tipologia 04


3.3.3 Análise das Unidades Habitacionais A tabela 15 apresenta as características das unidades habitacionais existentes no Edifício União, de acordo com os desenhos do levantamento, procurando encaixá-las nas quatro tipologias estudadas. Devido às diferenças de configuração dos pavimentos do edifício, algumas unidades não foram classificadas dentro das quatro definições, por não apresentar as características citadas. Na tabela, constam também as informações da área total de cada unidade, dos ambientes que apresentam e das áreas destes ambientes.

PAVIMENTO

UNIDADE

ÁREA TOTAL (m²)

T1

22,35

T2

17,56

T3

16,12

T4

45,604

1

62,92

2

41,82

3

41,14

4

64,22

TÉRREO

1

AMBIENTES COZINHA QUARTO/SALA BANHEIRO QUARTO/COZINHA BANHEIRO QUARTO/COZINHA BANHEIRO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 ÁREA DE SERVIÇO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 ÁREA DE SERVIÇO

ÁREA POR AMBIENTE (m²) 6,937 11,869 2,619 15,403 1,948 13,7944 1,9684 27,633 1,7473 15,74 11,944 6,519 3,975 14,2723 11,476 4,0535 11,5619 7,5759 4,3984 12,198 11,271 7,371 4,05 12,54 2,9104 14,5012 5,671 4,3195 11,59 14,4825 3,8156

68


5

62,85

6

41,8317

7

41,7865

8

23,8623

9

23,86

10

64,95

11

40,5622

12

49,71

13

22,87

14

34,8

2

3

SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 ÁREA DE SERVIÇO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 SALA COZINHA BANHEIRO 01 BANHEIRO 02 DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO QUARTO/SALA COZINHA BANHEIRO ÁREA DE SERVIÇO QUARTO/SALA COZINHA BANHEIRO ÁREA DE SERVIÇO

11,9222 6,9542 4,3487 14,2652 11,476 3,5467 11,5679 7,5978 4,596 12,198 11,315 7,4154 4,14 12,4638 3,4317 9,8142 5,3731 11,3628 14,4328 2,4776 11,5595 11,944 10,6235 3,8505 14,2723 11,1136 7,317 2,56 2,145 1,8479 118.182 8,1196 9,1902 7,0794 5,404 3,6294 12,1005 11,1069 4,7205 1,7955 4,0042 14,4581 7,686 2,6014 3,2025

69


15

33,49

16

25,21

17

41,45

18

49,46

19

20,37

20

37,76

21

34,5

22

21,53

23

41,86

24

20,57

25

30,23

26

26,77

27

31,2835

4

5

QUARTO/SALA BANHEIRO COZINHA QUARTO/SALA COZINHA BANHEIRO ÁREA DE SERVIÇO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO QUARTO/SALA COZINHA BANHEIRO ÁREA DE SERVIÇO COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02

12,2196 1,8582 11,3035 9,2876 6,8822 4,1888 3,2436 11,5146 7,5767 4,4144 12,0214 2,5609 12,7332 7,4889 3,78 11,7542 4,0069 7,6558 1,3471 11,7542 14,4328 8,386 4,1729 2,5925 14,5207 3,4853 14,2723 9,3145 1,965 9,424 11,8579 7,2657 4,7197 12,198 2,56 8,3082 1,9044 7,3313 1,98 11,271 2,01 12,4638 11,438 1,5751 5,6924 2,3513 9,2224 1,9412 4,2896 14,4581

69


28

33,03

29

25,63

30

31,76

31

52,34

32

23,58

33

32,09

34

51,7854

35

28,82

36

22,05

37

20,8

38

30,28

39

21,98

40

36,02

6

7

Tabela 15 - Características das unidades habitacionais

SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO BANHEIRO COZINHA BANHEIRO SALA/DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO 01 DORMITÓRIO 02 ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO ÁREA DE SERVIÇO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO SALA/COZINHA BANHEIRO DORMITÓRIO

14,7894 3,4853 14,2723 9,3145 1,965 9,414 6,1586 10,8223 8,7534 7,8225 2,457 11,6682 8,195 3,8656 12,2162 2,7273 5,7977 2,0219 11,2123 2,0219 11,3612 2,1435 14,458 9,5788 4,1159 14,1768 11,476 1,3977 12,483 2,1683 9,3124 2,6175 7,6864 2,304 11,4659 7,41 3,4317 9,1801 11,315 2,652 1,38 12,3433 11,438 3,3202 1,9029 5,5212 14,506 2,4776 11,5595

Corredor de Acesso - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Julho/2014

71



3.3.3 Pavimento Térreo O acesso ao Edifício União é realizado por um portão voltado para a Rua Sólon, com duas entradas, sendo uma para automóveis, que dá acesso ao subsolo do edifício. A entrada para pedestres dá acesso ao corredor lateral do edifício. A implantação do edifício é apresenta de forma esquemática na imagem 41:

RESIDÊNCIA

EDIFÍCIO UNIÃO

Rua Sólon

ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

EDIFÍCIO - BANCO ITAÚ

Imagem 41- Planta Esquemática - implantação

O pavimento térreo do Edifício União não apresenta as mesmas características de unidades tipo dos demais pavimentos, a partir do primeiro. Além disso, apresenta alguns espaços de uso comum dos moradores, como a sala de reuniões, onde também estão localizados os quadros de força do edifício. A planta do pavimento térreo não apresenta informações da área dos fundos do edifício, uma vez que esta se encontrava fechada quando da realização do levantamento. A sala de reunião dos moradores é a primeira a que se tem acesso pelo corredor de entrada no edifício, e apresenta uma abertura voltada a Rua Sólon que se difere do padrão das esquadrias instaladas nessa fachada, com janelas basculantes. O pavimento térreo abriga quatro unidades habitacionais, cujas áreas variam entre aproximadamente 20 e 45m². As unidades que apresentam áreas menores com um único ambiente que agrupa as funções de dormitório, sala e cozinha.

Imagem 42- Planta Esquemática - Pavimento Térreo

As unidades localizadas no térreo apresentam problemas relacionados principalmente à iluminação natural e à temperatura interna, uma vez que, devido a altura do muro que faz divisa com o terreno vizinho e à proximidade com relação a este, não recebem insolação adequada. Outro problema está relacionado à privacidade destas unidades, uma vez que as aberturas estão voltadas para o corredor principal de acesso ao edifício. As unidades localizadas após as escadas apresentam um portão que as separa do acesso do edifício como um todo, além disso, o fluxo de pessoas é menor, sendo exclusivo destes moradores.

73


Imagem 43- Unidade localizada no térreo do edifício

Imagem 44- Unidade localizada no térreo do edifício

Imagem 45- Acesso ao edifício na Rua Sólon

Imagem 46- Descarte de Resíduos no Pavimento Térreo

74


3.3.4 Subsolo O acesso ao subsolo se dá por uma rampa localizada na entrada da Rua Sólon. O subsolo ocupa uma área de aproximadamente 420m², e se encontra, atualmente, subutilizado, uma vez que é utilizado como estacionamento de veículos apenas por uma pequena parte dos moradores. O subsolo apresenta problemas relacionados à falta de iluminação, ventilação e insolação, uma vez que conta com apenas duas aberturas localizadas nas extremidades. A presenta, ainda, problemas estruturais, devido às infiltrações relacionadas ao alagamento do corredor de acesso do edifício no pavimento térreo. Tal problema decorre da ausência de dispositivos de drenagem, como canaletas e grelhas, da falha na execução, que não contou com a inclinação necessária para o escoamento, e da escolha do material, cimento desempenado, que não contribui para tal.

Imagem 47- Subsolo do Edifício

Imagem 48- Subsolo do Edifício

Imagem 49- Subsolo do Edifício

Imagem 50- Subsolo do Edifício - Situação da cobertura

O subsolo do Edifício União apresentava também graves problemas de degradação do concreto da estrutura dos pilares, vigas e lajes, devido à não especificação em projeto do cobrimento correto para as armaduras, a falhas de execução na obra, no que se refere à distância e ao posicionamento desta, à utilização de material indadequado, e à falta de manutenção. Além disso, as armaduras se encontravam em processo de oxidação e corrosão, pondo em risco a segurança estrutural do edifício. 75


Como citado anteriormente, a recuperação das colunas estruturais do subsolo e do pavimento térreo foi realizada pelos próprios moradores, orientados por membros da equipe do escritório do Professor Doutor Paulo Helene, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A estrutura da laje, porém, permanece degrada devido à infiltração de água no pavimento térreo.

3.3.5 Oitavo Pavimento Quando do início do trabalho da Professora Maria Ruth Sampaio no Edifício União, em 2002, este apresentava famílias residindo nos oito pavimentos então construídos. O oitavo pavimento do edifício foi descocupado na ação de desadensamento do edifício e dado como condenado, devido aos graves problemas estruturais que apresentava. Foi realizada pelos próprios moradores a desconstrução de metade do oitavo pavimento do edifício.A metade restante se encontra atualmente vazia, e aguarda o alvará da Prefeitura de São Paulo para a desconstrução. A parte restante apresenta problemas estrutu-rais aparentes, com a infiltrações na cobertura, degradação das paredes, e exposição das armaduras.

Imagem 51 -Oitavo Pavimento - Cobertura após desconstrução

Imagem 53 -Oitavo Pavimento - Degradação da Cobertura

Imagem 52 -Oitavo Pavimento - Degradação da Cobertura

Imagem 54 -Oitavo Pavimento - Deterioração dos ambientes

76



Análise do Desempenho Ambiental Edifício União

Fachada - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Setembro/2014


4. Análise do Desempenho Ambiental 4.1 Desempenho Lumínico O Edifício União apresenta as seguintes orientações para as fachadas: ORIENTAÇÃO NORDESTE

ORIENTAÇÃO SUDESTE

ORIENTAÇÃO NOROESTE

ORIENTAÇÃO SUDOESTE

Imagem 54 - Planta esquemática - Orientação das fachadas

Como se pode ver na imagem a seguir, as edifícações localizadas no entorno do Edifício União apresentam gabarito de até 5 pavimentos. As edificações localizadas no entorno direto atingem, no máximo 4 pavimentos, de forma que vêm a obstruir a iluminação natural apenas dos pavimentos inferiores.

NH

AA

RU AIA

I

AG

A RR

DO

TIB

A

AB

RU

LEGENDA Edifícação Térrea N

LO

Ó AS

RU

Edifícação de 01 pavimento Edifícação de 02 pavimentos Edifícação de 03 pavimentos

Imagem 55 - Planta esquemática - Gabarito do entorno próximo

79


A orientação Noroeste não apresenta aberturas, e está localizada na fachada posterior do edifício. Esta fachada recebe insolação durante o dia inteiro no inverno, e a partir das 9h da manhã na primavera e no outono. Durante o verão, a fachada Nordeste recebe insolação na parte da tarde, a partir do meio dia.

Imagem 56 - Orientação Noroeste - indicação e carta solar

A fachada de orientação Nordeste é a principal fachada do edifício, uma vez que é onde estão localizadas todas as aberturas das unidades habitacionais, com exceção daquelas voltadas para a Rua Sólon, uma por pavimento. Esta fachada recebe insolação no período da manhã durante o ano inteiro.

Imagem 57 - Orientação Nordeste - indicação e carta solar

A fachada de orientação Sudeste está voltada para a Rua Sólon. As aberturas voltadas para a rua passaram por reforma, e receberam novas esquadrias. Estas aberturas estão localizadas em uma unidade por pavimento, nas unidades localizadas na fachada frontal do edifício. A fachada Sudeste recebe insolação pela manhã durante o verão, e não recebe durante o inverno.

Imagem 58 - Orientação Sudeste - indicação e carta solar

80


A fachada de orientação Sudoeste está localizada na circulação de acesso às unidades habitacionais, e nas unidades localizadas nas fachadas frontal e posterior do edifício. A fachada apresenta apenas algumas pequenas aberturas nos corredores de alguns dos pavimentos. Esta fachada recebe insolação somente no período da tarde durante o ano todo.

Imagem 59 - Orientação Sudoeste - indicação e carta solar

Para o estudo da iluminação natural, foram consideradas as quatro unidades tipo selecionadas para análise do edifício. As simulações foram realizadas para as unidades tipo localizadas no primeiro andar, já que o pavimento térreo não apresenta a mesma configuração dos demais pavimentos. As simulações foram realizadas para as situações propostas pela Norma de Desempenho ABNT NBR 15575/2013. As situações de iluminação natural foram estudadas para os dias 23 de abril, às 9h30, e 23 de outubro, às 15h30, para céu aberto. Devido às horas de insolação total na cidade de São Paulo, apresentadas no gráfico a seguir, foram também realizadas simulações para a situação de céu encoberto, recorrente na cidade. Insolação Total São Paulo, SP

Insolação Total São Paulo, SP (horas)

JANEIRO

149

FEVEREIRO

145

MARÇO

145

ABRIL

140

MAIO

152

100

JUNHO

145

80

JULHO

164

60

AGOSTO

157

40

SETEMBRO

126

20

OUTUBRO

135,6

180 160 140 120

0 JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

NOVEMBRO

145

DEZEMBRO

130

Imagem 60 - Horas de Insolação, São Paulo/SP. Fonte: Climaticus

As unidades apresentam diferentes características de revestimentos e cores, de forma que para as simulações de iluminação natural foram adotados valores referentes às situações mais 81


críticas, nas quais vedações e piso não apresentam revestimento. Muitas das unidades habitacionais foram reformadas pelos moradores, apresentando revestimentos mais claros que contribuem para melhores valores de iluminação. As simulações foram realizadas no software Dialux, e levam em consideração as edificações localizadas no entorno próximo do Edifício União. Os resultados são apresentados a seguir, através das imagens 3D, que simulam a forma como se dá a iluminação, e das plantas de cada tipologia com a indicação dos valores atingidos em cada ambiente. São também apresentados na forma de tabelas, os valores máximos, médios e mínimos de iluminação, em lux, atingidos em cada uma das situações consideradas na análise. As imagens 3D e os resultados apresentados em planta correspondem à situação de céu aberto para 23 de abril às 09h30. Os demais resultados estão computados na tabela, e são apresentados no Apêndice A .

82


Tipologia 1

TIPOLOGIA 01 MÁXIMO

SALA DE ESTAR

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

DORMITÓRIO 01

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

DORMITÓRIO 02

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

COZINHA

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

CORREDOR

MÍNIMO MÉDIO

CÉU CLARO 23/04 - 09h30 23235 167 4084 22210 195 4300 22255 203 4808 21086 177 1213 129 93 111

23/10 - 15h30 630 48 148 757 68 238 711 79 214 217 59 82 57 40 49

CÉU ENCOBERTO 23/04 - 09h30 23/10 - 15h30 1197 1160 26 25 205 199 1080 1047 32 31 211 204 1209 1171 39 38 235 228 283 274 31 30 61 59 24 23 18 17 20 20

Tabela 16- Resultados da simulação de iluminação natural - Tipologia 01

Imagens 61 e 62 - Simulação de iluminação natural - Tipologia 01 - Céu claro - 23/04 - 09h30

83


Tipologia 2

TIPOLOGIA 02 MÁXIMO

SALA DE ESTAR

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

DORMITÓRIO 01

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

COZINHA

MÍNIMO MÉDIO

CÉU CLARO 23/04 - 09h30 22058 131 4107 22059 177 3948 651 130 188

23/10 - 15h30 535 24 130 538 31 123 80 22 30

CÉU ENCOBERTO 23/04 - 09h30 23/10 - 15h30 1066 1033 19 18 198 192 1089 1055 23 22 191 185 96 93 20 20 30 29

Tabela 17- Resultados da simulação de iluminação natural - Tipologia 02

Imagens 62 e 63 - Simulação de iluminação natural - Tipologia 02 - Céu claro - 23/04 - 09h30

84


Tipologia 3

TIPOLOGIA 03 MÁXIMO

SALA DE ESTAR

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

DORMITÓRIO 01

MÍNIMO MÉDIO

DORMITÓRIO 02 (ELEVADOR)

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

COZINHA

MÍNIMO MÉDIO

CÉU CLARO 23/04 - 09h30 21764 100 3039 21882 134 3523 20955 89 840 21640 141 3775

23/10 - 15h30 451 17 94 458 26 104 154 20 35 391 21 112

CÉU ENCOBERTO 23/04 - 09h30 23/10 - 15h30 955 925 15 15 153 148 950 921 19 18 165 160 234 227 11 11 36 35 841 815 20 19 178 172

Tabela 18- Resultados da simulação de iluminação natural - Tipologia 03

Imagens 64 e 65 - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu claro - 23/04 - 09h30

85


Tipologia 4

TIPOLOGIA 04 SALA DE ESTAR/COZINHA

MÁXIMO MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

DORMITÓRIO

MÍNIMO MÉDIO

CÉU CLARO 23/04 - 09h30 21062 97 923 1280 208 442

23/10 - 15h30 207 38 79 645 38 125

CÉU ENCOBERTO 23/04 - 09h30 23/10 - 15h30 302 293 22 21 62 60 1055 1022 22 21 132 128

Tabela 19- Resultados da simulação de iluminação natural - Tipologia 04

Imagens 66 e 67 - Simulação de iluminação natural - Tipologia 04 - Céu claro - 23/04 - 09h30

86


4.2 Desempenho Térmico 4.2.1 Diagnóstico Climático do Local O Edifício União está localizado na cidade de São Paulo. A cidade se encontra na região sudeste do Brasil, na latitude 23°20’S, e longitude 46°37’, a uma altitude de 792 metros. Os dados relacionados às características climáticas da cidade apresentam grande influência no desempenho térmico do edifício. O diagnóstico climático foi realizado com base nas informações do Software Climaticus 4.2, desenvolvido pelo Laboratório de Conforto Ambiental e Eficiêcia Energética da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A tabela a seguir apresenta diferentes dados climáticos da cidade: São Paulo, SP JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT NOV

DEZ

Pressão Atmosférica

924

924

925

926

927

929

929

928

927

925

924

923

ANO 926

Temperatura Média

22,1

22,4

21,7

19,7

17,6

16,5

15,8

17,1

17,8

19

20,3

21,2

19,3

Temperatura Máxima

27,3

28

27,2

25,1

23

21,8

21,8

23,3

23,9

24,8

25,9

26,3

24,9

Temperatura Mínima

18,7

18,8

18,2

16,3

13,8

12,4

11,7

12,8

13,9

15,3

16,6

17,7

15,5

Temperatura Máx. Absol.

34,2

34,7

33,5

31,4

29,7

28,6

29,3

33

35,2

34,5

35,3

33,5

35,3

Temperatura Mín. Absol.

11,9

12,4

12,1

6,8

2,2

1,2

1,2

3,4

3,5

7

7

10,3

1,2

Precipitação Total

239

217

160

75,8

73,6

55,7

44,1

38,4

80,5

124

146

201

1454,8

Precipitação Máx. em 24h

104

122

90,8

57,9

71,8

74

70,8

42,3

62,6

63,7

82,8

152

151,8

Evaporação Total

99,9

86,9

88,4

80,7

79,8

78,2

91,1

105

100

99,9

101

96,9

1107,9

Umidade Relativa

80

79

80

80

79

78

77

74

77

79

78

80

78

Insolação Total

149

145

145

140

152

145

164

157

126

136

145

130

1732,7

5

5,5

5

5

5

4

4

5

5,5

5,5

5,5

6

6

Nebulosidade

Tabela 20 - Tabela de Dados - São Paulo, SP Fonte: Normais Climatológicas (1961-1990), Brasília, 1992 Ministérios da Agricultura e Reforma Agrária - Secretaria Nacional de Irrigação Departamento Nacional de Metereologia

A temperatura média mensal da cidade de São Paulo é de 19,3°C. Os gráficos a seguir apresenta a variação das temperaturas máxima, média e mínima ao longo do ano, e a variação horária da temperatura para os meses mais quente e mais frio do ano, fevereiro e julho respectivamente.

Gráfico 01- Variação da temperatura ao longo do ano São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

87

Gráfico 02 - Variação da temperatura ao longo do ano São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2


O gráfico 03 apresenta a variação da umidade relaiva. A linha vermelha represeta a umidade relativa do mês mais quente (fevereiro) e a verde, a do mês mais frio (julho). A umidade na cidade de São Paulo apresenta significativa variação ao longo do dia, e valores mais elevados nos meses mais quentes, mas pouca variação.

Gráfico 03 - Variação da umidade relativa Mês mais quente e mês mais frio - São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

O gráfico de precipitação mensal apresentam os maiores volumes regitrados nos meses mais quentes, entre dezembro e fevereiro, enquanto os volumes nos meses de inverno são menores. O gráfico de precipitação máxima em 24 horas apresenta o maior valor para o mês de dezembro, atingino cerca de 150mm.

Gráfico 04 - Distribuição da precipitação mensal São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

Os gráficos 05 e 06 apresentam os valores da distribuição da radiação solar para os meses mais quente e mais frio do ano. Como se pode ver, os valores de nebulosidade são maiores para no período do verão do que no inverno.

Gráfico 05 - Distribuição da nebulosidade São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

Gráfico 06 - Distribuição do total de horas de sol São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

88


A primeira direção predominantes dos ventos na cidade de São Paulo é a Leste, para todos os meses do ano, exceto agosto, cuja direção predominante é NE, como se pode ver nos gráficos a seguir. A velocidade dos ventos da primeira prdominância é de 2,5m/s praticamente constante para o ano todo.

Gráfico 07 - Distribuição mensal da direção do vento Primeira Predominância - São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

Gráfico 08 - Distribuição mensal da velocidade do vento Primeira Predominância - São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

A segunda direção predominante dos ventos é variável ao longo do ano. A direção predominante é a sul nos meses de outubro a março, e nordeste nos meses de abril a setembro, meses mais frios. Essa mudança na direção dos ventos dos meses mais quentes para os meses mais frios é positiva para a criação de estratégias de projeto que contribuam para a diminuição da temperatura interna das edificações durante o verão, sem prejudicar a proteção destas nos meses de inverno.

Gráfico 09 - Distribuição mensal da direção do vento Segunda Predominância - São Paulo, SP Fonte: Climaticus 4.2

Gráfico 10 - Distribuição mensal da direção do vento Segunda Predominância - São Paulo, SP Fonte: Climaticus 2011

O sotfware Climaticus apresenta o diagnóstico climático para a cidade de São Paulo, pelo método Givoni, indicando as estratégias de projeto indicadas para a cidade a partir destes.

89


Gráfico 11 - Carta Bioclimática da cidade de São Paulo Fonte: Climaticus 2011

BALANÇO TÉRMICO - SÃO PAULO HORA

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

0

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

ZV

2

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

4

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

6

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

8

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

ZV

10

ZV

ZV

ZV

ZC

ZC

ZC

ZC

ZC

ZC

ZV

ZV

ZV

12

ZV

ZV

ZV

ZC

ZC

ZC

ZC

ZC

ZV/MTR/RE

ZV

ZV

ZV

14

ZV

CA

ZV

ZV

ZC

ZC

ZC

ZC

ZV/MTR/RE

ZV

ZV

ZV

16

CA

CA

ZV

ZV

ZC

ZC

ZC

ZC

ZV

ZV

ZV

ZV

18

CA

CA

ZV

ZV

ZC

ZC

ZC

ZC

ZV

ZV

ZV

ZV

20

ZV

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

ZV

22

ZV

ZV

ZV

ZV

MTA

MTA

MTA

ZV

ZV

ZV

ZV

ZV

Tabela 21 - Balanço climático da cidade de São Paulo Fonte: Climaticus 4.2 ZC: Zona de Conforto ZV: Zona de Ventilação MTA: Massa Térmica (aquecimento) CA: Condicionamento Artifical MTR: Massa Térmica (resfriamento) RE: Resfriamento Evaporativo

Deacordo com o método Giavoni, a principal estratégia de projeto a ser adotada para o conforto térmico de edificações na cidade de São Paulo é a ventilação, requerida em 62,3% do tempo ao longo do ano. Além disso, é importante considerar a possibilidade de sombreamento nas fachadas do projeto, uma vez que as medições de temperatura apresentadas e analisadas para o diagnóstico climático são realizadas sob a sombra. 90


4.2.2 Cálculo de Temperatura O cálculo da temperatura interna foi realizado para as quatro tipologias de unidades habitacionais definidas. Assumiu-se a localização destas unidades no sétimo pavimento, de forma que a cobertura do edifício, em telhas de fibrocimento, fosse considerada para perdas e ganhos de calor. O procedimento de cálculo foi tabelado, e é apresentado a seguir, para a sala de estar da tipologia 01. Os demais cálculos, realizados para todos os ambientes das quatro tipologias, se encontram no Apêndice B, organizados da mesma forma. Unidade 01 - Sala de Estar

SALA DE ESTAR

Imagem 68 - Planta Tipologia 01 - Sala de Estar ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE) e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

Parede (NE) 0,25 1,75 0,17 3,196347

e (m) λ ( W/m²°C)

0,25 0,91

e (m)

0,03

λ ( W/m²°C)

0,65

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,17

Cobertura e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,3 1,75 0,22 2,554745

2,037161

Para o cálculo do coeficiente global e transmissão térmica, foi considerada a existência de revestimento apenas nas paredes internas do edifício, uma vez que a fachada nordeste não apresenta revestimentos. Para a cobertura, foi considerado o coeficiente de transmissão térmica (λ) do concreto armado, considerando a existência de laje abaixo das telhas de fibrocimento. Os valores adotados para o cálculo são apresentados nas tabela 01 do Anexo 01.

91


Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura (NE) Área (m²) α

α

0,8

K ( W/m²·°C) he (W/m²·°C) Q·Ig (W)

Cobertura

Parede (NE) Área (m²)

2,298 3,196347

K ( W/m²°C)

20

he (W/m²·°C) Q·Ig (W)

0,2938082

2,658 0,7 2,0371614 20 0,1895171

Área (m²) α

Vidro 17,1401 0,3

K (W/m²°C) he (W/m²·°C) Q·Ig (W)

2,5547445

Área (m²) Str Q·Ig (W)

1,92 0,86 1,6512

20 0,6568286

Os valores do coeficiente de absorção da radiação solar (α) dependem da cor do material adotado para o revestimento externo da edificação. Para o cálculo foram adotados valores estimados, com base nas tabelas 05 e 06, do Anexo 01, considerando a ausência de revestimento tanto na estrutura de concreto armado, quanto nas paredes externas. Para a cobertura, foi adotado um valor baixo do coeficiente de absorção da radiação solar, uma vez que, sendo considerada a laje do edifício para tal, esta se encontra sombreada pelas telhas de fibrocimento. Para o Fator Solar (Str) do vidro, foi considerado vidro comum transparente. Planilha de ganhos de calor solar

hora 06h 07h 08h 09h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h

Ig 63 153 210 238 243 223 185 179 164 131 105 66 27

Fachada Nordeste Estrutura Parede Q*Ig Q* Ig 18,51 11,94 44,95 29,00 61,70 39,80 69,93 45,11 71,40 46,05 65,52 42,26 54,35 35,06 52,59 33,92 48,18 31,08 38,49 24,83 30,85 19,90 19,39 12,51 7,93 5,12

Vidro Q* Ig 104,03 252,63 346,75 392,99 401,24 368,22 305,47 295,56 270,80 216,31 173,38 108,98 44,58

Cobertura Ig Cobertura 56 36,782404 174 114,28819 292 191,79397 395 259,44732 232 152,38425 254 166,83448 262 172,08911 254 166,83448 232 152,38425 196 128,73842 151 99,181126 98 64,369208 41 26,929975

MAXIMO

TOTAIS 171,26 440,87 640,04 767,46 671,07 642,83 566,98 548,91 502,45 408,36 323,31 205,25 84,56

767,46

Os valores adotados para a insolação nas fachadas foram extraídos da Tabela de Radiação Solar Global (Ig), direta (ID) e difusa (Id), para planos expostos a diversas orientações, para a cidade de São Paulo. Foram adotados os valores para o mês de Dezembro, por serem mais críticos para o cálculo da temperatura interna máxima do ambiente. Os valores de radiação solar para a cidade de São são apresentados na tabela 04 do Anexo 01. 92


Ganhos de calor devido à ocupação Os ganhos de calor devido à ocupação envolvem o calor cedido pelos indíviduos ao ambiente, segundo a atividade por ele desenvolvida, e aos equipamentes utilizados. Foi considerada para o cálculo a presença de quatro ocupantes. O valor de calor sensível adotado foi de 65W, relativo a um indíviduo em pé, realizando trabalho leve. Com relação ao calor proveniente de equipamentos, foi adotado o valor de 400W, considerando a existência de um televisor. Calor sensível (W) N° de ocupantes Qe Qeq

65 4 260 400

A somatória dos valores de ganhos de calor através da radiação solar e da ocupação leva ao valor total de ganhos de calor pelo ambiente:

Q (W)

1427,46

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Estrutura (NE) Área (m²) K ( W/m²°C) Q (*Δt)

Parede (NE) 2,298 3,196347

7,3452055

Área (m²) K ( W/m²°C) Q (*Δt)

Cobertura 2,658 2,0371614 5,414775

Área (m²) 1/hi + 1/he

17,1401 0,14

K ( W/m²°C)

3,2110092

Q (*Δt)

55,037018

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Para o cálculo das perdas de calor, foi, a princípio adotado um valor estimado para a taxa horária de renovação, verificado ao término do cálculo. Taxa horária de renovação (N)

9,1

Volume do ambiente

46,27827

Qvent (·Δt)

147,39629

Total de perdas de calor A somatória dos valores de perda de calor através da estrutura, das paredes, da cobertura e dos vidros, e do valor das perdas de calor devidas à ventilação resulta no valor toral das perdas de calor do ambiente. Total Perdas de calor (·Δt)

226,165

Balanço Térmico Para realizar o balanço térmico, são igualados os valores totais de ganhos e perdas de calor, de forma a se obter o valor da diferença de temperatura interna e externa. Δt (°C)

93

6,31161379


Avaliação da Inércia Para a avaliação da inércia térmica do ambiente, foi elaborada uma tabela para o cálculo do peso das diferentes paredes, com base nas densidades dos materiais que as compõe e nas espessuras que apresentam. Para facilitar a avaliação, as paredes foram classificadas por suas orientações. Foram também avaliados os pesos da cobertura e do piso do pavimento considerado.

Nordeste Estrutura

Parede Externa

Parede Interna

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

0,125

2400

300

0,125

1200

150

0,05

d (kg/m²) Peso (kg/m²) 1200

60

Noroeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,125

2400

300

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0

0

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,06

1200

72

Sudeste Estrutura

Parede

Sudoeste Estrutura

Parede

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Segundo o peso de cada parede e a resistência térmica de seu revestimento, pode-se determinar a superfície equivalente pesada, através dos coeficientes definidos para tal, apresentados na tabela 08 do Anexo 01. Para revestimento externo das paredes foi considerada argamassa de cal e cimento, com as seguintes características: 94


e (m )

0,03

λ (W/m °C)

0,65

e/λ = r

0,046154

Cálculo da superfície equivalente pesada Para o cálculo da superfície equivalente pesada foi elaborada uma tabela, associando as áreas de cada material ao coeficiente determinado: Nordeste Estrutura

Parede Externa

Área

Coeficiente

2,298

1

2,298

Parede Interna

Área

Coeficiente

2,658

0,67

1,772

Área

Coeficiente

10,926

0,33

Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,987

1

3,987

Área

Coeficiente

7,95

0,33

2,65

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

0

0

0

Área

Coeficiente

11,571

0,33

3,857

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

7,83

1

7,83

Área

Coeficiente

14,196

0,33

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

17,1401

1,00

17,1401

Área

Coeficiente

17,1401

1,00

4,732

17,1401

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

65,0482

3,79508871

95

3,642


A partir do cálculo da relação entre o valor da superfície equivalente pesada e a área do piso, é possível determinar o valor de m, relativo ao amortecimento, de acordo com a tabela 08 do Anexo 01. A sala de estar da tipologia 01, considerada para o cálculo apresente inércia média. O amortecimento e o atraso serão tanto maiores quanto maior for a inércia da construção. Para construções de inércia média, é adotado o valor de 0,8.

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Temax = Temperatura máxima + Média mensal das temperaturas máximas 2 Temín = Temperatura mínima + Média mensal das temperaturas mínimas 2 te = Temín + Temáx 2

E = Temín - Temáx 2

Os cálculos da temperatura externa média e da elongação foram realizados com base nos dados da tabela 09 do Anexo 01, e foram obtidos os seguintes resultados, utilizados para o cálculo da temperatura interna máxima resultante: Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante timáx = te + (1-m) E + (1-m)Δt Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx (°C) =

24,09232276

Verificação da Ventilação Por fim, foi realizada a verificação do valor da ventilação através da fórmula abaixo e a substituição deste no cálculo para atingir os valores apresentados. ɸc = 0,14 x A√(H x Δt) (m³/s) Taxa de ventilação

0,1169661

m³/s

421,07805

m³/h

Renovações/hora

9,0988286

1/h

96


4.2.3 Análise dos resultados obtidos Os resultados obtidos para os cálculos de temperatura realizados para os ambientes de permanência prolongada das quatro tipologias de unidades habitcaionais são apresentados na tabela 22:

Tipologia 01 02 03 04

Ambiente Sala de Estar Dormitório 01 Dormitório 02 Sala de Estar Dormitório Sala de Estar Dormitório Sala de Estar Dormitório

Temperatura interna máxima 24,09232 23,90535 23,93296 24,04247 23,95831 24,01824 23,93111 24,14043 24,09833

Tabela 22 - Resultados - Cálculo de Temperatura - Temperatura de Bulbo Seco

Os resultados obtidos para a temperatura interna máxima (TBS - Temperatura de Bulbo Seco) foram bastante próximos para os ambientes analisados. Assim, para o cálculo da temperatura efetiva, foi considerado o valor de 24°C, e a umidade relativa do ar (UR) de 80%. De acordo com a Carta Psicrométrica para a cidade de São Paulo, foi encontrado o valor de 23,5°C para o a TBU - Temperatura de Bulbo Úmido. Através do Nomograma deTemperatura Efetiva, apresentado na imagem 69, foram obtidos os seguintes resultados para os valores de velocidade: para v0 = 0,5m/s TE = 22°C para v0=1,0m/s TE=23°C Como se pode ser no gráfico, ambas tais temperaturas, encontradas para os ambientes do Edifício União, encontram-se na Zona de Conforto Térmico.

97


Imagem 69 - Nomograma de temperatura efetiva Fonte: Frota e Schiffer, 2003

98


4.3 Desempenho ergonômico A primeira etapa da análise do desempenho ergonômico dos espaços das unidades habitacionais do Edifício União foi a classificação dos ambientes com relação às funções que abrigam e às atividades a serem realizadas em seu interior. Tal análise é apresentada através das plantas das quatro tipologias definidas para o estudo:

CIRCULAÇÃO ESTAR/REUNIR - REFEIÇÕES PREPARO DE REFEIÇÕES HIGIENE PESSOAL DORMIR/DESCANSO PESSOAL LAVAGEM/SECAGEM DE ROUPA

Imagem 70 - Tipologia 01 - Localização das funções nos ambientes

CIRCULAÇÃO ESTAR/REUNIR - REFEIÇÕES PREPARO DE REFEIÇÕES HIGIENE PESSOAL DORMIR/DESCANSO PESSOAL LAVAGEM/SECAGEM DE ROUPA Imagem 71 - Tipologia 02 - Localização das funções nos ambientes

CIRCULAÇÃO ESTAR/REUNIR - REFEIÇÕES PREPARO DE REFEIÇÕES ELEVADOR

HIGIENE PESSOAL DORMIR/DESCANSO PESSOAL LAVAGEM/SECAGEM DE ROUPA

Imagem 72 - Tipologia 03 - Localização das funções nos ambientes

ESTAR/REUNIR - REFEIÇÕES PREPARO DE REFEIÇÕES CIRCULAÇÃO HIGIENE PESSOAL DORMIR/DESCANSO PESSOAL LAVAGEM/SECAGEM DE ROUPA

Imagem 73 - Tipologia 04 - Localização das funções nos ambientes

99


A análise seguinte foi realizada com base nas classificações de tipologias programáticas, morfológicas e topológicas propostas por Pedro, e é apresentada para as quatro tipologias do Edifício União.

4.3.1 Análise - Tipologia 01 Classificação programática A tabela 23 apresenta a classificação da unidade de tipologia 01 com relação ao número de dormitórios e à lotação destes: TIPOLOGIA 01 Nº de Quartos Lotação

T2/4

2 Quarto de casal Quarto duplo

1 1

Tabela 23 - Tipologia 01 - Classificação programática

Segundo Pedro: “A tipologia T2/4 destina-se ao que se entende por família nuclear (casal com um a dois filhos), apresenta como principal inconveniente a impossibilidade de separar os quartos dos filhos por sexo, e implica um índice de área útil por utente médio” (PEDRO, 2003) É importante lembrar que, no caso do Edifício União, os dormitórios podem apresentar lotação superior ao corresponde à família nuclear colocada pelo autor como destinatária deste tipo de tipologia, de forma que o índice de área útil por indivíduo pode ser menor que o considerado. De qualquer forma, a tipologia apresenta maior individualidade dos espaços de dormir em comparação às demais, por apresentar a divisão em dois dormitórios. Classificação morfológica Com relação à definição da tipologia morfológica, a tipologia 01 apresenta as características indicadas na tabela 24: TIPOLOGIA 01 Número de pisos Forma de planta e número de fachadas Número de acessos

Simplex Duas fachadas livres e uma condicionada 1

Tabela 24 - Tipologia 01 - Classificação morfológica

As unidades habitacionais do Edifício União apresentam apenas um pavimento (”simplex”), solução mais recorrente para habitação, e que permite uma maior variedade de organizações dos compartimentos. A unidade 01 foi classificada como apresentando duas fachadas livres e uma condicionada, uma vez que, devido ao fato de o edifício não apresentar recuo lateral na fachada Sudoeste, esta não apresenta possibilidade de existência de aberturas. Assim, apesar de apresentar fachadas com orientações Nordeste e Sudoeste, a unidade não possibilita a existência de ventilação cruzada. Todas as tipologias de unidades do edifício apresentam apenas um acesso, realizado através do corredor de circulação de cada pavimento.

100


Classificação topológica Ext Com

Cir

Coz

San

Ind

A unidade habitacional de tipologia 01 apresenta um espaço de circulação, classificado como “espaço de circulação demarcado do espaço comum com acesso ao exterior realizado através do espaço comum” (Cir). Devido ao posicionamento dos ambientes, a tipologia 01 apresenta maior área de circulação do que as demais tipologias. Esta apresenta também: - um espaço comum, destinado às atividades de estar, reunir, receber e realizar refeições (Com); - dois espaços individuais, destinados às funções de dormir/ descanso (Ind); - um bloco sanitário (San); - bloco de serviços, caracterizado pela cozinha e a área de serviços, localizado próximo ao espaço comum, acessado pelo espaço de circulação (Coz)

Análise das áreas A tabela a seguir apresenta as áreas dos ambientes da unidade habitacional da tipologia 01, em comparação às dimensões consideradas para os níveis mínimo, recomendável e ótimo, por Pedro. Apresenta também a indicação do nível atingido, como formar de análise do dimensionamento da unidade. TIPOLOGIA 01 - TIPOLOGIA PROGRAMÁTICA T2/4 Funções 1. Dormir/descanso pessoal 2. Preparo de refeições 3. Refeições formais 4. Estar/reunir 5. Lavagem de roupa 6. Secagem de roupa 7. Higiene pessoal 8. Circulação

Ambiente Dormitório Casal Dormitório Duplo Cozinha Sala de Jantar Sala de Estar Área de Serviço Área de Serviço Banheiro Circulação interna

Tabela 25 - Análise das áreas - Tipologia 01

101

Área (m²) 14,2723 11,476 6,519 11,944 4,0536 3,975 6,9338

Área (m²) MÍNIMO 10,50 9,00 5,00 5,00 9,00 1,00 1,00 4,00 7,50

Área (m²) RECOMENDÁV EL 11,50 10,00 6,00 7,50 10,50 2,00 1,00 4,50 10,00

Área (m²) ÓTIMO 12,00 11,00 6,50 9,00 12,00 2,50 1,00 5,00 12,50

NÍVEL ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO NÃO ATINGE MÍNIMO ÓTIMO NÃO ATINGE MÍNIMO NÃO ATINGE MÍNIMO


A análise da comparação das áreas dos ambientes com os níveis propostos por Pedro demonstra um desequilíbrio na divisão dos ambientes das unidades, uma vez que, enquanto ambientes como os dormitórios, a cozinha, e a área de serviços apresentam áreas que atingem o nível ótimo de análise, enquanto ambientes como as salas de estar e de jantar, o banheiro e a área de circulação apresentam áreas que não atingem o nível mínimo indicado pelo autor. A imagem 74 apresenta uma possibilidade de layout para a unidade de tipologia 01. O mobiliário inserido segue as dimensões mínimas propostas pelo Manual Técnico de Engenharia Orientação para Apresentação de Empreendimentos Habitacionais do Setor Privado, e procurou-se nserir o mobiliário mínimo indicado pela Norma de Desempenho 15575 - Parte 1. A inserção do layout torna mais clara a questão levantada através da análise da tabela, apresentando ambientes que comportam com folga o mobiliário mínimo, e outros que não apresentam área para tal. O dormitório de casal, por exemplo, poderia comportar móveis de dimensões superiores às mínimas propostas, enquanto a sala de estar e jantar não abriga com conforto o mobiliário. Percebe-se, também, falhas com relação à organização dos espaços, uma vez que mesmo espaços que apresentam áreas condizentes às atividades a serem desenvolvidas não possuem dimensões de largura e comprimento de forma a abrigar o mobiliário e tais atividades. A área de serviço, por exemplo, devido à sua forma alongada, dificulta a viabilidade da instalação confortável de uma máquina de lavar e um tanque de dimensões mínimas.

Imagem 74 - Layout - Mobiliário mínimo - Tipologia 01

Classificação programática A tabela 26 apresenta a classificação da unidade de tipologia 02 com relação ao número de dormitórios e à lotação destes: TIPOLOGIA 02 Nº de Quartos Lotação

1 T1/2

Dormitório de casal ou duplo

Tabela 26 - Classificação programática - Tipologia 02

102


Segundo Pedro: “A tipologia 1/2 destina-se a casais sem filhos (geralmente casais jovens ou idosos) ou moradores que vivem sós, e implica um índice de área útil por utente elevado” (PEDRO,2003) No caso do Edifício União, porém, apesar de a maioria das unidades habitacionais apresentar apenas um ambiente destinado às funções de dormir e descanso, em poucos casos este se destina ao uso de apenas dois indivíduos, de forma que o índice de área útil para estes é mais elevado do que colocado pelo autor. Classificação morfológica Com relação à definição da tipologia morfológica, a tipologia 02 apresenta as características indicadas na tabela 27: TIPOLOGIA 02 Número de pisos Forma de planta e número de fachadas Número de acessos

Simplex Uma fachada 1

Tabela 27 - Tipologia 02 - Classificação morfológica

A unidade de tipologia 02 apresenta apenas uma fachada, voltada para a orientação Nordeste. Segundo Pedro: “As habitações com uma fachada caracterizam-se pela ausência de ventilação transversal, por proporcionarem geralmente pouca iluminação relativamente às áreas que possuem, e por imporem significativas condicionantes à organização dos compartimentos.” A organização dos ambientes da unidade de tipologia 02 é, de fato, condicionada pela existência de apenas uma fachada voltada para o meio externo. Apesar desta condicionante, o posicionamento dos ambientes permite que todos os ambientes recebam iluminação e ventilação.

Classificação topológica

Ext Com

Cir

Coz

Apesar de apresentar uma organização em planta diferente da unidade de tipologia 01, a tipologia 02 apresenta a mesma classificação topológica, com “espaço de circulação demarcado do espaço comum, com acesso ao exterior realizado através do espaço comum” (Cir). O acesso à unidade de tipologia 02 ocorre através da sala de estar/jantar, sendo que esta dá acesso ao bloco de serviços, e à circulação interna da unidade, que dá acesso aos espaços individuais e ao bloco sanitário.

San

Ind

103

Como característica distinta à organização da unidade de tipologia 01, a tipologia 02 apresenta apenas um espaço destinado às funções de dormir e descanso (Ind).


Análise das áreas A tabela 28 apresenta as áreas dos ambientes da unidade habitacional da tipologia 02, indicando os níveis atingidos para a classificação proposta por Pedro:

TIPOLOGIA 02 - TIPOLOGIA PROGRAMÁTICA T1/2 Funções

Ambiente

Área (m²)

1. Dormir/descanso pessoal 2. Preparo de refeições 3. Refeições formais 4. Estar/reunir 5. Lavagem de roupa 6. Secagem de roupa 7. Higiene pessoal 8. Circulação

Dormitório Cozinha Sala de Jantar Sala de Estar Área de Serviço Área de Serviço Banheiro Circulação interna

12,198 7,6217 11,5679 2,56 4,596 5,0412

Área (m²)

Área (m²) MÍNIMO

RECOMENDÁVEL

Área (m²) ÓTIMO

10,50 4,50 5,00 6,00 1,00 1,00 4,00 5,00

11,50 5,50 6,50 7,50 2,00 1,00 4,50 6,50

12,00 6,00 7,00 9,00 2,50 1,00 5,00 8,00

NÍVEL ÓTIMO ÓTIMO MÍNIMO MÍNIMO RECOMENDÁVEL MÍNIMO

Tabela 28 - Análise das áreas - Tipologia 02

A tipologia 02 apresenta maior coerência com relação às áreas propostas por Pedro para análise dos espaços da habitação, não havendo ambientes que não atendem ao nível mínimo de área. A disposição do mobiliário mínimo na planta da unidade ilustra os resultados obtidos na tabela 22. Da mesma forma que na tipologia 01, o espaços de banheiro e cozinha apresentam dimensões que comportam com folga o mobiliário, havendo a possibilidade da criação de mais espaços de armazenamento. A sala da unidade de tipologia 02 não comporta o mobiliário destinado à realização de refeições formais, de forma que foi inserido na cozinha um espaço para refeições correntes. A área de serviços, apesar de apresentar área mínima, não configura um espaço em que há viabilidade para a instalação de tanque e máquina de lavar roupas. É importante notar que a configuração apresentada para os dormitórios tem como base a tipologia definida para a unidade. Esta, porém, não corresponde à recorrente realidade das unidades do edifício, que vêm a abrigar mais indivíduos do que pressuposto pelo número de dormitórios. Assim, a configuração de layout que apresentam podem apresentar situações que não atendem às questões de conforto ergonômico.

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Imagem 75 - Layout - Mobiliário mínimo - Tipologia 02

4.3.3 Análise - Tipologia 03 Classificação programática A tabela 29 apresenta a classificação da unidade de tipologia 03 com relação ao número de dormitórios e à lotação destes: TIPOLOGIA 03 Nº de Quartos Lotação

1 Dormitório de casal ou duplo

T1/2

Tabela 29- Tipologia 02 - Classificação programática

O espaço do vão do elevador é utilizado nas unidades de tipologia 03 como dormitório. Devido às características desta ocupação, e ao fato de esta não estar prevista para o futuro do edifício, a área não foi considerada como parte da unidade para a análise. Classificação morfológica TIPOLOGIA 03 Número de pisos Forma de planta e número de fachadas Número de acessos

Simplex Uma fachada 1

Tabela 30 - Tipologia 03- Classificação programática

Por se encontrarem posicionadas de forma espelhada com relação à circulação do edifício, as unidades de tipologia 02 e 03 apresentam características semelhantes com relação ao programa, e ao número de fachadas voltadas para o exterior que apresentam. As características relacionadas ao posicionamento e às áreas dos ambientes se diferem devido à presença do espaço destinado ao elevador.

105


Classificação topológica

Ext Com

Cir

Coz

San

A tipologia 03 apresenta a mesma classificação de acesso que as tipologias citadas anteriormente. A entrada da unidade habitacional se dá através do espaço comum, sala de estar/jantar, onde estão localizados os acessos para a cozinha (Coz.), o sanitário (San.) e o dormitório (Ind.). Através da forma como o acesso é realizado, é garantida a separação entre os espaços individuais, e os espaços comuns.

Ind

Análise das áreas A tabela 31 apresenta as áreas dos ambientes da unidade habitacional da tipologia 03, indicando os níveis atingidos para a classificação proposta por Pedro: TIPOLOGIA 03 - TIPOLOGIA PROGRAMÁTICA T1/2 Funções

Ambiente

Área (m²)

1. Dormir/descanso pessoal 2. Preparo de refeições 3. Refeições formais 4. Estar/reunir 5. Lavagem de roupa 6. Secagem de roupa 7. Higiene pessoal 8. Circulação

Dormitório Cozinha Sala de Jantar Sala de Estar Área de Serviço Área de Serviço Banheiro Circulação interna

12,1008 7,0793 9,1902 3,6294 5,404 1,6146

Área (m²) MÍNIMO 10,50 4,50 5,00 6,00 1,00 1,00 4,00 5,00

Área (m²) RECOMENDÁVE L 11,50 5,50 6,50 7,50 2,00 1,00 4,50 6,50

Área (m²) ÓTIMO 12,00 6,00 7,00 9,00 2,50 1,00 5,00 8,00

NÍVEL ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO ÓTIMO NÃO ATINGE MÍNIMO

Tabela 31- Análise das áreas - Tipologia 03

De acordo com os critérios de análise de áreas propostos por Pedro, apenas a área destinada à circulação interna não apresenta valores que atingem o nível mínimo requerido para tal. As áreas dos demais ambientes da unidade habitacional apresentam valores ótimos para as funções às quais se destinam. Para esta tipologia, o acesso através da área comum faz com que esta seja ampliada. Porém, o espaço disponível para as funções destinadas a estar, reunir e realizar refeições formais se mostra insuficiente quando estudadas as possibilidades de layout para o posicionamento do mobiliário mínimo, uma vez que perde-se o espaço pelo qual é realizada a circulação interna da unidade. Como se pode ver pela disposição do layout, a sala de estar e a cozinha não comportam o mobiliário necessário para a realização de refeições. Ambos os ambientes se caracterizam pelo acesso a outros ambientes realizados através de suas áreas, de forma que o posicionamento das portas dificulta o posicionamento destes.

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Imagem 76 - Layout - Mobiliário mínimo - Tipologia 03

4.3.3 Análise - Tipologia 04 Classificação programática A tabela 26 apresenta a classificação da unidade de tipologia 04 com relação ao número de dormitórios e à lotação destes: TIPOLOGIA 04 Nº de Quartos

1

Lotação

T1/2

Dormitório de casal ou duplo

Tabela 32 - Classificação programática - Tipologia 04

Classificação morfológica TIPOLOGIA 04 Número de pisos Forma de planta e número de fachadas Número de acessos

Simplex Duas fachadas livres e uma condicionada 1

Tabela 33 - Tipologia 01 - Classificação morfológica

A tipologia 04 apresenta a mesma situação da tipologia 01 com relação ao número de fachadas, uma vez que apresenta paredes voltadas para três diferentes orientações. A fachada Sudoeste não apresenta, porém, recuo com relação à divisa com o terreno vizinho, de forma que não é possível a existência de aberturas nesta. Esta tipologia é a única que apresenta abertura voltada para outra fachada que não a Nordeste. Em todos os pavimentos há uma abertura voltada para a Rua Sólon.

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Classificação topológica Ext Cir

Coz

Com

San Ind

Apesar de não apresentar exatamente a configuração do esquema proposto por Pedro, a tipologia 04 se encaixa na classificação topológica de “Habitações com um espaço de circulação dependente e outro independente”, caracterizada pela: “existência de dois espaços de circulação, um com acesso direto ao exterior e outro com acesso ao primeiro através do espaço comum” O acesso à unidade se dá através de uma circulação, que leva ao sanitário e ao espaço comum. Este, por sua vez, dá acesso ao dormitório da unidade.

Classificação topológica A tabela 34 apresenta as áreas dos ambientes da unidade habitacional da tipologia 04, indicando os níveis atingidos para a classificação proposta por Pedro:

TIPOLOGIA 04 - TIPOLOGIA PROGRAMÁTICA T1/2 Funções

Ambiente

Área (m²)

1. Dormir/descanso pessoal 2. Preparo de refeições 3. Refeições formais 4. Estar/reunir 5. Lavagem de roupa 6. Secagem de roupa 7. Higiene pessoal 8. Circulação

Dormitório Cozinha Sala de Jantar Sala de Estar Área de Serviço Área de Serviço Banheiro Circulação interna

14,4328 11,6695 2,5696 4,1729 1,3477

Área (m²) MÍNIMO 10,50 4,50 5,00 6,00 1,00 1,00 4,00 5,00

Área (m²) RECOMENDÁVE L 11,50 5,50 6,50 7,50 2,00 1,00 4,50 6,50

Área (m²) ÓTIMO 12,00 6,00 7,00 9,00 2,50 1,00 5,00 8,00

NÍVEL ÓTIMO NÃO ATINGE O MÍNIMO MÍNIMO MÍNIMO NÃO ATINGE O MÍNIMO

Tabela 34 - Análise das áreas - Tipologia 04

As unidades de tipologia 04 apresentam as funções de estar, preparo de refeições e realização de refeições formais reunidas em um só ambiente, de forma que este não atinge a área mínima indicada para a realização das três funções. O espaço comum destina-se ainda ao acesso ao dormitório, de forma que se perde área para a circulação da unidade. A proposta de layout para esta unidade demonstra, ainda, que a área de serviços não comporta o mobiliário mínimo a ser instalado com a configuração atual, comportando apenas um tanque, ou uma máquina de lavar roupas. O dormitório e o sanitário apresentam áreas que atendem ao nível ótimo e mínimo, respectivamente, e comportam o mobiliário mínimo.

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Imagem 77 - Layout - Mobiliário mínimo - Tipologia 04

4.3.5 Análise Geral das unidades A análise das quatro tipologias de unidades habitacionais com base nos critérios de classificação propostos por Pedro possibilita algumas análises gerais com relação ao posicionamento e dimensionamento dos ambientes de habitação no Edifício União, uma vez que diversas características de organização destes são recorrentes nas tipologias estudadas. São apresentadas a seguir as constatações possíveis a partir deste estudo, que servem como base para o desenvolvimento de propostas de adequação das unidades para uma situação de maior conforto com relação à ergonomia. a) Dormitórios Os dormitórios das unidades analisadas apresentam, de forma geral, áreas maiores do que as determinadas por Pedro para os níveis ótimos. A alteração nas áreas destes ambientes como forma de ampliar os demais ambientes da unidade deve levar em consideração dois fatores, que restringem sua viabilidade: o posicionamento das colunas estruturais, que limita a localização das paredes internas das unidades, e o fato de que em diversos casos, os dormitórios comportam mais indivíduos do que a situação ideal de lotação considerada para a análise. b) Áreas de Serviço Apesar de apresentarem áreas que atendem aos níveis mínimos propostos para a análise, as áreas de serviço das unidades analisadas são caracterizadas por uma configuração alongada em planta, com dimensões reduzidas na largura, de forma que não comportam o mobiliário mínimo indicado para a realização das atividades e para a circulação no ambiente. c) Sanitários Os banheiros das tipologias de unidades habitacionais analisadas apresentam, de forma geral, áreas que atendem o mínimo necessário para a realização das atividades, e comportam o mobiliário requerido para tal. A tipologia 04 é a única das tipologias analisadas que não possui ventilação no sanitário. 109


d) Salas de estar/jantar As salas das unidades analisadas não apresentam, em sua maioria, espaço para comportar o mobiliário mínimo necessário para a realização das atividades de estar, reunir, e ver televisão. A unidade de tipologia 01 é a única que apresenta disponibilidade de área para o mobiliário destinado à realização de refeições formais em conjunto com aquele destinado às funções de sala de estar. O espaço da sala de estar/jantar é prejudicado pelo fato de ser associado à circulação interna da unidade habitacional, o que reduz a área útil destinada à realização das atividades. e) Cozinhas As cozinhas das unidades habitacionais de tipologia 01 e 02 apresentam áreas que comportam o mobiliário necessário à realização das atividades de preparo de refeições e armazenamento que caracterizam este ambiente. A unidade 03 apresenta uma situação mais crítica com relação a este espaço, apesar de apresentar a área necessária para o desenvolvimento das atividades e o mobiliário mínimo. A cozinha desta unidade configura também a área de circulação entre o espaço comum, e a área de serviço, e apresenta problemas com relação ao posicionamento das portas, que dificulta a locação do mobiliário. Para a unidade 04, que apresenta apenas um espaço destinado às funções de cozinha e estar, a área abriga de forma confortável o mobiliário destinado ao preparo eà realização de refeições, não deixando espaço, porém para o mobiliário mínimo relativo às funções de estar e reunir.

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4.4 Desempenho acústico Com base na análise dos demais aspectos de desempenho do Edifício União, principalmente no que se refere às questões de segurança contra incêndios, ergonomia e acesso à iluminação natural, as questões relacionadas ao desempenho acústico foram consideradas de forma mais simplificada para análise, por não representarem situações críticas para o bem-estar e a segurança dos moradores. Assim, foram analisadas as situações mais críticas para cada critério de análise, de forma a se obter uma visão geral do edifício com relação às questões de conforto acústico.

4.4.1 Isolação sonora de paredes entre ambientes Para a avaliação do desempenho de isolamento sonoro de paredes entre os ambientes das unidades habitacionais do Edifício União foram considerados os valores de referência apresentados na tabela 35. Tipo de parede

Largura do bloco/tijolo Revestimento Massa aproximada Rw (dBA) 9 cm 180kg/m² 41 Blocos vazados de argamassa 1,5cm 11,5 cm 210kg/m² 42 concreto em cada face 14 cm 230kg/m² 45 9 cm 120kg/m² 38 Blocos vazados de argamassa 1,5cm 11,5 cm 150kg/m² 40 cerâmica em cada face 14 cm 180kg/m² 42 11 cm 260kg/m² 45 Tijolos maciços de argamassa 2cm em 15 cm 320kg/m² 47 barro cozido cada fazer 11 + 11cm* 450kg/m² 52 5 cm 120kg/m² 38 Paredes maciças de 10 cm 240kg/m² 45 concreto armado sem revestimento 12 cm 290kg/m² 47 2 chapas + lã de vidro 22kg/m² 41 Drywall sem revestimento 4 chapas 44kg/m² 45 4 chapas + lã de vidro 46kg/m² 49 *Parede dupla 11+11cm, com espaço interno de 4cm preenchido com manta de lã de rocha 70kg/m². Tabela 35- Valores indicativos do índice de redução sonora ponderado para alguns sistemas de paredes Fonte: Desempenho de Edificações - Guia Orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013, 2013

Por ser o material de vedação mais comumente usado nas unidades habitacionais do Edifício União, foi considerado o bloco vazado de cerâmica como material para a análise do isolamento acústico. Devido às diferenças com relação às espessuras das paredes entre os ambientes, foi considerada a situação mais crítica, na qual o bloco apresenta 9 cm de espessura, uma vez que esta apresenta menor massa, e consequentemente menor valor de isolamento. Assim, para cada situação analisada pela Norma NBR 15575/2013, foi analisada o atendimento ou não ao valor mínimo de desempenho exigido.

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Tipo de Parede Parede entre unidades habitacionais autônomas (paredes de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório Paredes entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso de pelo menos um dos ambientes ser dormitório. Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores e escadarias nos pavimentos Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores e escadarias dos pavimentos. Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanância de pessoas, atividades de lazer e e atividades esportivas, tais como home theater, salas de ginástica, salão de

Valor de isolamento Valor mínimo exigido considerado Rw (dBA)

Atendimento ao desempenho mínimo

45 a 49

NÃO

50 a 54

NÃO

45 a 49

NÃO

35 a 39

SIM

50 a 54

NÃO

45 a 49

NÃO

38 dBA

Cojunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall. Tabela 36 - Análise dos valores de isolamento acústico das vedações internas

Como apresentado na tabela 36, as paredes do Edifício União que apresentam características críticas com relação ao isolamento acústico não atendem aos valores especificados como mínimo pela Norma de Desempenho NBR 15575/2003 para a maior parte das situações, apresentando o nível mínimo requerido apenas para as paredes entre salas e cozinhas de unidades habitacionais e áreas de circulação. É importante notar que há paredes com espessuras superiores a 9 cm no edifício. Porém, mesmo paredes de bloco cerâmico vazado de 14cm não chegam a atingir os valores mínimos para as demais situações de vedação apresentada. Além disso, muitas das vedações do edifício não apresentam o revestimento em argamassa considerado nos valores de referência.

4.4.2 Isolação sonora de entrepisos e coberturas De acordo com o Guia Orientado para Atendimento à Norma ABNT NBR 15575/2013, lajes com espessura superior a 10 cm atendem aos níveis mínimos de isolamento com relação aos ruídos aéreos e ao ruído de impacto. Considera-se para o Edifício União, laje de concreto armado com espessura superior a esta, de forma que são atendidos os valores requeridos para as coberturas e entrepisos. Além disso, os valores indicados pela Norma de Desempenho referem-se ao entrepiso na forma em que se encontrar na entrega da obra, não levando em consideração a colocação de carpetes e outro elementos pelos usuários, que contribuem para o isolamento. Para o atendimento aos níveis Intermediário e Superior relativos ao isolamento ao ruído de impacto, porém, seria necessária a utilização para os entrepisos de soluções como forros acústicos, forros suspensos, e pisos flutuantes, ou seja, a introdução de um absorvedor acústico entre a laje de piso e o contra piso.

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4.4.3 Isolação sonora de fachadas Para o cálculo do isolamento sonoro das superfícies das fachadas foi considerado um dormitório com fachada Nordeste, na qual está localizadas a maioria das aberturas do edifício, uma vez que a presença destas reduz substancialmente a isolação acústica. Para tal, foram adotados os valores de referência para as janelas, apresentados na tabela 37: Material/Sistema Rw(dBA) Janela de alumínio de correr, duas folhas, vidro de 4mm (L=1200, h=1200mm) 20 Janela de alumínio de correr, uma folha com vidro de 4mm e duas folhas venzianas (L=1200, h=1200mm) 19 Janela de alumínio de correr integrada, duas folhas com vidro de 4mm (L=1200, h=1200mm) 26 Janela de alumínio de correr, duas folhas, vidro de 3mm (L=1200, h=1200mm), linha comercial 23 Janela de alumínio de correr, uma folha com vidro de 3mm e duas folhas venezianas (L=1200, h=1200mm), linha comercial 16 Janela de alumínio Maxim-ar, linha comercial, 800x800mm, vidro com espessura de 4mm 27 Janela de aço Maxim-ar, linha comercial, 800x800mm, vidro com espessura de 4mm 24 Janela de aço de correr, uma folha de vidro de 4mm e duas folhas venezianas (L=1200, h=1200mm), linha comercial 15 Janela de aço de correr, quatro folhas de vidro de 4mm, linha comercial 16 Janelas de alumínio de abrir, vidro duplo com espessuras de 6mm e 4mm, câmara de ar de 10mm entre as placas de vidro 30 Janela de alumínimo de abrir, vidro duplo com espessuras de 8mm e 6mm, câmara de de 12mm entre as placas de vidro 36 Tabela 37 - Valores indicativos do índice de redução sonora ponderado para algumas janelas Fonte: Desempenho de Edificações - Guia Orientativo para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013, 2013

A partir dos valores de referência para janelas, e dos indicados para paredes na tabela 37 foi realizado o cálculo do índice de reprodução sonora ponderado equivalente. A janela considerada para o cálculo foi uma janela de alumínio de correr, com uma folha de vidro 3mm e duas folhas venezianas, em destaque na tabela. A espessura de parede considerada foi de 14cm, uma vez que as paredes da envoltória do edifício apresentam espessuras maiores do que as vedações internas. Não foram considerados no cálculo elementos estruturais, de forma a considerar a situação mais crítica, na qual não há contribuição da superfície de concreto para o isolamento. Área total do sistema (m²) Área de parede (m²) Bloco cerâmico vazado 14cm, 1,5cm de argamassa em cada face Área de janela Janela de alumínio de correr, uma folha com vidro de 3 mm e duas folhas venezianas (L =1200, h =1200mm), linha comercial

8,019 6,579

1,44

Rw (dBA) da parede considerada

42

Rw (dBA) da janela considerada

16

Rwequivalente (dBA) Tabela 38 - Cálculo do índice de redução sonora ponderado equivalente

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23,41


A Rua Sólon, onde está localizado o Edifício União, não apresenta tráfego intenso de veículos, de forma que foi categorizada em classe de ruído II, segundo a tabela 38. Assim, o valor mínimo a ser considerado para o desempenho do isolamento acústico equivalente das fachadas deve ser 30dBA. O sistema considerado para o cálculo, paredes de bloco cerâmico vazado de 14cm, e janela de vidro 3mm e venezianas, atingiu o valor de 23,41dBA, não atingindo o mínimo exigido pela Norma de Desempenho 15575 para fachadas dos edifícios enquadrados nesta classe de ruído.

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Propostas de Intervenção Edifício União

Vista - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Dezembro/2014


5. Propostas de Intervenção 5.1 Diretrizes Gerais A análise realizada para o Edifício União levou à definição das características mais críticas deste, e de propostas de interveção que possibilitassem a melhoria destas. Como apresentado anteriormente, o edifício apresenta um histórico de reformas, realizadas desde o 2002, quando do inicio do trabalho da Professora Maria Ruth Sampaio Amaral. Tais reformas levaram em consideração não somente os aspectos técnicos relacionados aos problemas estruturais, de instalações, ou de qualidade dos ambientes, mas as questões humanas relativas à vida cotidiana dos moradores, e aos aspectos considerados por estes como mais urgentes e necessários. Além disso, foram realizadas pelos próprios moradores,diversas reformas interiores às unidades habitacionais, com a aplicação de revestimentos e a instalação de mobiliário e equipamentos. O Edifício União apresenta diversos problemas decorrentes da época na qual foi construído, e da forma como se deu sua ocupação, com problemas relativos ao posicionamento da edificação no terreno, à configuração das unidades habitacionais, à organização das fachadas, à iluminação e à ventilação das áreas comuns, à segurança em caso de incêndios, e ao conforto ergonômico da circulação vertical. A análise destes problemas, e de possíveis propostas de soluções levou à definição de diretrizes gerais de intervenção que levassem em consideração não somente as possibilidades técnicas de alterações, mas os interesses dos moradores e o processo pelo qual vem passando o Edifício União ao longo dos anos. Foram definidas, assim, as seguintes diretrizes, que guiaram as interveções propostas: a) Manutenção do número de famílias residentes O processo de usocapião coletivo do Edifício União vem ocorrendo desde o início do trabalho da Professora Maria Ruth de Amaral Sampaio. A proposta de unidades habitacionais mais confortáveis e melhores organizadas encontra, portanto, como desafio a manutenção de todas as famílias residentes na configuração atual, mantendo o número de unidades habitacionais. Considerou-se que o histórico e a forma como vêm sendo realizadas as reformas do edifício, com o envolvimento dos moradores em uma estrutura comunitária, bem como o próprio processo de usucapião coletivo, tornam incoerentes propostas que envolvam a alteração do número de unidades habitacionais, e a consequente redução no número de moradores. b) Mínima intervenção na configuração das unidades Como colocado, diversas unidades habitacionais já sofreram reformas, e a forma como o edifício se organiza com relação à divisão e o posicionamento das unidades habitacionais se encontra atualmente bem consolidado, de forma que propostas que alterassem drasticamente esta configuração descaracterizariam o edifício, e não seriam viáveis em sua realidade. c) Maior viabilidade das propostas O edifício apresenta problemas cuja solução envolveria grandes reformas, cuja viabilidade de realização é baixa. Assim, procurou-se que as intervenções propostas fossem mais pontuais, e de possível realização, e que através destas pudessem ser obtidos melhores resultados para as questões de conforto analisadas, para a qualidade de vida e segurança dos moradores, e

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e para a imagem do edifício. Assim, as propostas envolveram quatro campos de intervenção: 1. A melhor adequação do edifício às exigências de segurança contra incêndio. 2. Alterações internas às unidades habitacionais, visando as questões relacionadas principalmente ao conforto lumínico e à ergonomia destas. 3. Alterações da fachada Nordeste, visando a maior padronização das aberturas, e a melhor imagem do edifício com relação à vizinhança em que se insere. 4. A utilização do subsolo do edifício, como forma de ampliar a capacidade de armazenamento de cada família residente. O método utilizado para análise de cada uma destas questões, e as intervenções propostas são apresentadas a seguir.

5.2 Segurança contra Incêndio 5.2.1 Análise das saídas de emergência Com análise das características dos acessos e da circulação do Edifício União, um dos problemas que mais chamou a atenção foi a questão da segurança deste no caso de incêndio, principalmente no que se refere às rotas de fuga, e à adequação da circulação vertical. Assim, com vase na Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros Número11/2004, que estabelece os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento das saídas de emergência para que a população possa abandonar a edificação em caso de incêndio ou situação de pânico, foi realizada a qualidade das rotas de fuga do edifício, e a viabilidade de implementação de melhorias para tal. A primeira questão apontada foi o fato de a escada apresentar degraus em leque, que não atendem às exigências do Corpo de Bombeiros para sua utilização como escada de segurança. A intervenção proposta tem como base as diretrizes apontadas, e visa contribuir para a questão da segurança contra incêndios, evitando, porém a descaracterização do edifício, ou a proposta de soluções que não apresentam viabilidade em serem realizadas no contexto deste. A análise e as propostas partira do cálculo de dimensionamento, com base na Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros, realizado através da classificação do edifício segundo as categorias propostas por esta. O Edifício União se enquadra, primeiramente, no grupo A de análise, por sua ocupação residencial, e na divisão A-2, na qual a população do edifício tem como base a existência de duas pessoas por dormitório, levando em consideração a sala de cada unidade habitacional também como dormitório para o cálculo. Tal classificação apresenta as seguintes exigências com relação às capacipades das unidades de passagem, conforme Tabela 01, do Anexo 02:

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Acessos/descargas: 60 UP Escadas/rampas: 45 UP Portas: 100 UP O dimensionamento das saídas de emergência é realizado com base no pavimento de maior população do edifício, através da seguinte fórmula: N = P/C N: Número de unidades de passagem, arredondado para o número inteiro imediatamante superior ao resultado obtido. P: População conforme coeficiente C: Capacidade da unidade passagem Para o cálculo, foram considerados, então os pavimentos que apresentam sete unidades habitacionais, considerando-se duas pessoas por dormitório, e duas pessoas para cada sala de estar, resultando em um valor de 42 pessoas por pavimento do edifício, e uma unidade de passagem para as escadas do edifício. Foi considerada, assim, a largura mínima apontadas para as saídas de emergência, de 1,20m. Segundo o levantamento do Edifício União, a escada atende ao mínimo requerido para esta passagem, desconsiderando o espaço necessário para a instalação de corrimãos. Segundo a Tabela 02, do Anexo 02, foi verificado que o pavimento do edifício, nas duas configurações que apresenta com relação ao corredor de acesso às unidades, atende aos valores das distâncias máximas a serem percorridas pelos usuários, de 40m nos pavimentos superiores, e 45m no pavimento de saída da edificação. A Tabela 03, do Anexo 02, apresenta a classificação dos edifícios pela altura, indicando os tipos de escada de emergência a serem adotados em cada caso. Com altura entre 12 e 30 metros, é requerida para o edifício a existência de escada de emergência enclausurada protegida. O acesso a circulação vertical deve, portanto, dar-se através de portas-corta fogo, e esta deve apresentar ventilação em todos os pavimentos. A saída do edifício deve contar, 4.2.2 Proposta para as saídas de emergência A proposta para as saídas de emergência do edifício de forma a viabilizar a proteção da escada de circulação vertical do edifício, criando a condição de escada enclausurada indicada pela Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros. Assim, foram propostas portas corta-fogo nos corredores de circulação dos pavimentos, fechando os acessoas à circulação vertical do edifício, e protegendo-a como rota de fuga em caso de incêndio nos pavimentos. A proposta prevê, ainda, a localização da iluminação de emergência nos corredores, a serem localizadas nas proximidades das portas corta-fogo, e no patamar criado na escada. Outra questão a ser contemplada é a ventilação da escada. A IT do Corpo de Bombeiros indica a necessidade da existência de aberturas voltadas para o exterior em todos os pavimentos. A solução adotada foi a criação de um duto de ventilação passando através de um forro pela área de serviços da unidade de tipologia 02, localizada entre a escada e a fachada nordeste 119


do edifício, com saída para a área externa. A escada apresenta atualmente aberturas improvisadas para ventilação e iluminação. Propõese a instalação de grelhas nestas aberturas, e a passagem de um duto de ventilação pelo forro da área de serviço da unidade habitacional de tipologia 02, localizada atrás desta.

VENTILAÇÃO DA ESCADA

PCF

PCF

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

Imagem 78 - Planta Esquemática - Escada - Saída de Emergência

120


4.3 Análise - Unidades Habitacionais e Fachada Nordeste Com base nas diretrizes gerais adotadas para as propostas de intervenção, foram levados em consieração para as alterações de layout do pavimentos e das fachadas do Edifício União, os seguintes critérios: 4.3.1 Intervenção mínima na forma como as unidades se distribuem nos pavimentos Devido à atual consolidação da forma como se organizam as unidades e às reformas e melhorias realizadas no interior destas pelos próprios moradores, não seriam viáveis grandes modificações no layout dos pavimentos do edifício. A análise das áreas e do desempnho ergonômico das unidades apontam, porém para algumas questões relativas ao dimensionamento dos espaços e à organização das unidades nos pavimentos. Os diferentes pavimentos do Edifício União apresentam variações quanto ao número de unidades habitacionais que comportam, de acordo com a tabela 39. Pavimento Térreo 1º Pavimento 2º Pavimento 3º Pavimento 4º Pavimento 5º Pavimento 6º Pavimento 7º Pavimento

Unidades Habitacionais 4 4 5 5 6 7 6 7

Tabela 39 - Unidades Habitacionais por pavimento - Ed. União

O pavimento térreo, por apresentar uma configuração diferente da que pode ser percebida nos demais pavimentos, foi analisado de forma diferente com relação aos demais, levando em consideração a importância dos espaços comuns que apresenta, e as diferenças das unidades habitacionais, que não se encaixam no padrão das tipologias definidas para análise. O primeiro pavimento apresenta a configuração mais confortável do edifício, no que se refere ao número de unidades habitacionais, abrigando apenas quatro, em uma configuração espelhada. Devido às amplas dimensões das unidades, foi mantida a configuração geral original do Edifício, e propostas apenas intervenções pontuais e de layout do mobiliário no interior das unidades, de forma a contribuir para as categorias de desempenho analisadas. O posicionamento da estrutura nas unidades do primeiro pavimento traz dificuldade quanto a alterações no posicionamento das paredes internas, uma vez que estas acompanham a organização dos pilares. O segundo e o terceiro pavimento do Edifício União apresentam configurações semelhantes, com cinco unidades habitacionais cada, sendo duas localizadas à direita da circulação vertical, e três localizadas à esquerda, a partir da caixa do elevador. Diferentemente do primeiro pavimento, o segundo e o terceiro perdem a simetria com relação à escada do edifíco, e as duas unidades localizadas àdireita, na direção dos fundos do edifício, apresentam situações de maior conforto quanto à dimensão dos ambientes. 121


4.3.2 Compatibilidade entre as intervenções propostas para as unidades habitacionais e o layout da fachada Nordeste A fachada Nordeste apresenta a grande maioria das aberturas das unidades habitacionais do Edifício União, configurando uma situação de fachada tão importante quanto à da fachada Sudeste, voltada para a Rua Sólon, no que se refere à imagem do edifício e a aspectos estéticos da forma como se apresenta para a vizinhança. Assim, foi considerado como crtiério que as intervenções propostas para o ambiente interno refletissem na fachada Nordeste, possibilitando a padronização das aberturas nesta. Para tal, a fachada foi analisada a prinicípio através da elevação Nordeste, desenhada de forma esquemática a partir da localização das aberturas em planta, de forma a possbilitar o melhor entendimento da localização destas. Notou-se, porém, que o desenho não corresponde à situação real da fachada do edifício, que apresenta uma configuração mais organizada. A análise foi, então, realizada também a partir da imagem 78 que possibilita uma visão geral desta e possibilita uma melhor classificação.

Imagem 78 - Fachada Nordeste do Edifício União

Notou-se, porém, que o desenho não corresponde à situação real da fachada do edifício, que apresenta uma configuração mais organizada. A análise foi, então, realizada também a partir da imagem 79, que apresenta uma visão geral desta e possibilita uma melhor classificação.

122


Imagem 79 - Fachada Nordeste do Edifício União Fonte: Método Engenharia, Apresentação de propostas para os moradores

A análise foi realizada a partir da classificação das aberturas em faixas verticais numeradas, considerando-se o posicionamento mais ou menos alinhado das janelas existentes, e a maior ou menor padronização do tamanho destas. A tabela 40 foi organizada a partir da classificação apresentada na imagem 80, de forma a guiar as alterações de fachada a serem realizadas. A tabela apresenta também o ambiente interno no qual estão localizadas as aberturas. A tabela apresenta em destaque as faixas de aberturas que apresentam situações mais críticas com relação à ogranização, seja por apresentarem diversos tamanhos e posicionamentos, ou por estarem localizadas em diferentes tipos de ambientes no interior do edifício, o que dificulta a padronização. Esta análise foi importante para a compatibilização dos ambientes internos, redefinidos com base nos critérios apresentados, com a organização da fachada. A padronização das esquadrias e o alinhamento destas nas diferentes faixas definidas na fachada Nordeste, associados à aplicação de revestimento nesta, contribuem para a imagem que o Edifício apresenta para a vizinhança. Outra questão importante para tal é a organização das áreas de serviço do edifício, e a forma como se relacionam com o meio externo, para a secagem de roupas.

Vista - Fachada Nordeste - Edifício União Fonte: Acervo Pessoal Dezembro/2014

123



11 10 15 14 13 12 16 17 18

06 05 09 08 07

04

03

02

01

Imagem 80 - Fachada Nordeste do Edifício União - Indicação das faixas de análise

125

FAIXA DE ANÁLISE

AMBIENTE INTERNO

CARACTERÍSTICAS

01

DORMITÓRIO

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho.

02

DORMITÓRIO SALA/COZINHA

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanhos. ▪ Mais de uma configuração de ambiente interno.

03

ÁREA DE SERVIÇO COZINHA

04

SALA DORMITÓRIO

05

DORMITÓRIO SALA/COZINHA

▪ Variações no posicionamento das esquadrias. ▪ Duas diferentes configurações: terraço de serviço, ou duas esquadrias menores, com tamanhos variados nos diferentes pavimentos. ▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho. ▪ Mais de uma configuração de ambiente interno ▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de posicionamento. ▪ Apenas o 7o pavimento apresenta sala/cozinha como ambiente interno.


06

SANITÁRIO

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Apresentam variações de tamanho, mas são, em geral, esquadrias menores, características de sanitários.

07

SALA DORMITÓRIO

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho. ▪ Apresentam sala como ambiente interno na maioria dos pavimentos.

08

SALA COZINHA

▪ Variações no posicionamento e tamanho das aberturas. ▪ Apenas no 3o pavimento apresenta sala como ambiente interno. ▪ Variações no posicionamento das aberturas. ▪ Apresentam no geral a configuração de terraço de serviço. ▪ Faixa de análise comporta as aberturas destinadas à ventilação e iluminação da escada. ▪ Variações no posicionamento das esquadrias. ▪ Duas diferentes configurações: terraço de serviço, ou duas esquadrias menores, com tamanhos variados nos diferentes pavimentos. ▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho.

09

ÁREA DE SERVIÇO

10

ÁREA DE SERVIÇO

11

COZINHA

12

SALA

13

SANITÁRIO

14

DORMITÓRIO SALA

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho.

15

DORMITÓRIO SALA

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho.

16

ÁREA DE SERVIÇOS COZINHA SANITÁRIO

17

DORMITÓRIO SALA/COZINHA

18

SALA/COZINHA

▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho. ▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Apresentam variações de tamanho, mas são, em geral, esquadrias menores, características de sanitários.

▪ Variações no posicionamento das esquadrias. ▪ Duas diferentes configurações: terraço de serviço, ou duas esquadrias menores, com tamanhos variados nos diferentes pavimentos. ▪ Não apresentam variações no posicionamento. ▪ Não apresentam grandes variações de tamanho. ▪ Apresentam sala/cozinha como ambiente interno na maioria dos pavimentos. ▪ Abertura existente somente no 7o pavimento, uma vez que estes ambientes apresentam abertura voltada para a Rua Sólon.

Tabela 40 - Fachada Nordeste do Edifício União - Análise das faixas de aberturas

126


4.4 Proposta - Unidades Habitacionais e Fachada Nordeste Com base nas diretrizes gerais adotadas para as propostas de intervenção, foram levados em consieração para as alterações de layout do pavimentos e das fachadas do Edifício União, os 4.3.1 Primeiro Pavimento A proposta para o primeiro pavimento mantém a configuração próxima à original, que apresenta quatro unidades com áreas superiores às encontradas nos demais pavimentos. O pavimento apresenta as unidades de tipologia 01 e 02, apresentadas nas imagens 82 e 83. A tipologia 01 segue apresentando dois dormitórios, sala de estar, cozinha, banheiro e terraço de serviço. Propõe-se para esta tipologia a integração dos ambientes de cozinha e sala de estar, de forma a aumentar os espaços externos e evitar a criação de corredores na unidade, uma vez que a fachada sudoeste, onde se localiza a circulação, não apresenta aberturas para o meio externo. A ventilação dos ambientes de cozinha e banheiro se dá através do terraço de serviço da própria unidade.A tipologia 02 também foi mantida, tanto no primeiro pavimentos, quanto no pavimento tipo, uma vez que apresenta uma configuração bem organizada dos espaços e das áreas destinadas à realização de atividades nos ambientes. A tipologia 02 apresenta um dormitório, sala de estar, cozinha, banheiro e terraço de serviço. É proposto que o terraço de serviço desta tipologia apresente forro rebaixado em todos os pavimentos, de forma a permitir a passagem do duto de ventilação da escada.

4.3.2 Pavimento Tipo O pavimento tipo apresenta seis unidades habitacionais, e foi desenvolvido a partir do desadensamento dos pavimentos quinto e sétimo, onde há originalmente sete unidades habitacionais. As duas unidades destes pavimentos foram deslocadas para os pavimentos segundo e terceiro, onde existem originalmente cinco unidades habitacionais. A criação de um pavimento tipo contribui não somente para a organização das aberturas na fachada nordeste, padronizada então, para os pavimentos do segundo ao sétimo, mas também para uma maior uniformidade no que se refere à áreas das unidades habitacionais. Foi mantida no pavimento tipo, a unidade de tipologia 02, já apresentada, uma vez que esta apresenta uma configuração original mais bem organizada com relação aos espaços internos e suas áreas. A área da unidade de tipologia 01, no primeiro pavimento,se encontra, no pavimento tipo, dividida em duas unidades habitacionais distintas. É importante colocar que a proposta para estas unidades não é considerada ideal, já que ambas apresentam áreas muito reduzidas e configuração interna dos ambientes limitada por fatores como o posicionamento das estruturas e as aberturas já existentes. As unidades de tipologia 03 e 04 não apresentam um espaço definido para a sala de estar que comporte o mobiliário destinado para tal. A modulação das estruturas do edifício faz, porém, com que a área dos dormitórios seja confortável, podendo abrigar determinadas funções de estar. Não foi possível que o banheiro da unidade de tipologia 04 apresentasse abertura voltada para a fachada nordeste, da mesma forma que os demais. Assim, propõe-se que a ventilação seja realizada através de um duto, o, que atinge a fachada passando pelo forro do banheiro da unidade de tipologia 03.

127


Imagem 81 - Planta Primeiro Pavimento - Proposta

Imagem 82 - Planta - Pavimento Tipo - Proposta

Com relação à fachada Nordeste, procurou-se que as aberturas fossem organizadas da forma mais simétrica possível com relação à circulação vertical, centralizada com relação às unidades habitacionais. Outro problema apresentado pela fachada do edifício está relacionado às roupas penduradas, que prejudicam a imagem deste para com a vizinhança. Para tal, foi proposta uma solução semelhante à adotada no Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo, que consiste no fechamento parcial da área de varais, de forma a permitir que as roupas sequem no ambiente externo, mas evitar a imagem que provocam na fachada. As imagens 87 e 88 apresentam a solução adotada nos edifícios da Universidade de São Paulo, cujo projeto original é do arquiteto Eduardo Kneese de Mello.

Imagens 83 e 84 - Fachada - Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo Foto: Gabriel de Andrade Fernandes, 2011

128


Imagem 85 - Planta - Unidade Tipo 01 - Layout ESCALA 1:100

Imagem 82 - Planta Primeiro Pavimento - Proposta

Imagem 86- Planta - Unidade Tipo 02 - Layout ESCALA 1:100

Imagem 87- Planta - Unidade Tipo 03 - Layout ESCALA 1:100

129

Imagem 85 - Planta - Unidade Tipo 03 - Layout ESCALA 1:100


Imagem 87- Elevação Esquemática - Edifício União

130


Considerações Finais


O desenvolvimento de projetos de reabilitação de edifícios, principalmente quando voltados para habitação de interesse social, não costuma apresentar como foco as questões relacionadas ao conforto e desempenho ambiental do edifício. A idéia inicial do presente Trabalho Final de Graduação tinha como objetivo a análise das possibilidades vinculadas à associação dos aspectos sociais e humanos relacionados à produção de habitação social com as questões técnicas das disicplinas de conforto ambiental. Neste contexto, o Edifício União surgiu não somente como um rico estudo de caso para estas disciplinas, principalmente com relação aos desempenhos lumínico e ergonômico, cujos problemas decorrentes de sua ocupação são mais claros, mas também como uma oportunidade de contato com uma ocupação diferenciada no que se refere à organização comunitária e às características da ocupação. Tais características acabaram por se tornar tão, ou mais decisivas, quando da tomada de decisões de propostas, do que as questões do desempenho ambiental, foco inicial do trabalho. Através das visitas, e das conversas com a Professora Maria Ruth de Sampaio Amaral, ficam claros os limites das intervenções a serem realizadas no edifício, e a forma como estas devem ocorrer. Assim, quando do desenvolvimento de propostas, procurou-se que estas fossem adequadas à realidade do edifício, evitando suposições como o desadensamento populacional, ou grandes alterações, cuja viabilidade comprometeria os interesses dos moradores. Fica claro, porém, a partir da análise dos aspectos do desempenho ambiental, a importância destes para a vida cotidiana na habitação, e a forma como os métodos de análise se aplicam na realidade em consequências para o conforto dos moradores. As propostas tem como objetivo, portanto, indicar não somente soluções para os aspectos estudados como tecnicamente mais críticos do Edifício União, mas diretrizes viáveis para melhorias no cotidiano, na segurança e na qualidade de vida dos moradores.


Bibliografia



ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15575/2013: Edificações Habitacionais - Desempenho. Rio de Janeiro, 2013 Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Instrução Técnica 4 - Saídas de Emergência. Disponível em <http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/>. Acesso em 26 de novembro de 2014. BOMFIM, Valéria Cusinao. Os espaços edificados vazios na área centra da ciade de São Paulo e a dinâmica urbana. Dissertação (mestrado). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Manual Técnico de Engenharia. Orientação para Apresentação de Empreendimentos Habitacionais de Setor Privados. 2002. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Desempenho de edificações habitacionais: guia orientativo para atendimento à NBR 15575/201/Câmara Brasileira da Indústria da Construção - Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. COSTA, Débora Cristina Beraldes. Gestão pós-ocupação em edifícios reabilitados para habitação de interesse social no centro de São Paulo. Dissertação (mestrado) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009. DA SILVA, Roberto Toffoli Simoens. Preservação e sustentabilidade: restaurações e retrofits. Dissertação (mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.São Paulo, 2013. DEVECCHI, Alejandra Maria. Reformar não é construir: a reabilitação de edifícios verticais: novas formas de morar em São Paulo no século XXI. Tese (doutorado em arquitetura e urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2010. FROTA, Anésia Barros. Geometria da insolação. São Paulo: Geros, 2004. FROTA, Anésia Barros. SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. 7 ed. São Paulo: Studio Nobel: 2003 FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO. Déficit Habitacional Municipal no Brasil. Fundação João Pinheiro. Centro de Estatística e Informações. Belo Horizonte, 2013. GRUPO DE TRABALHO DE SUSTENTABILIDADE ASBEA. Guia de sustentabilidade na arquitetura: diretrizes de escopo para projetistas e contratantes. São Paulo, 2012. PAÑERO, J.& ZELNIK,M. Dimensionamento Humano para Espaços Interiores. Barcelona: Gustavo Gili, 2001. PEDRO, João Branco. Programa Habitacional - Arquitectura. Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC(, ITA - Informação Técnica Arquitectura, Lisboa, 2001.

135


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Sites visitados <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/historico/index.php?p=4 25> Acesso em 30 de outubro de 2015

136



ApĂŞndices


ApĂŞndice A Desempenho LumĂ­nico



Tipologia 1 Céu claro

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 01 - Céu claro - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 01 - Céu claro - 23/10 - 15h30

141


Céu encoberto

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 01 - Céu encoberto - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 01 - Céu encoberto - 23/10 - 15h30

142


Tipologia 2 Céu claro

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 02 - Céu claro - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 02 - Céu claro - 23/10 - 15h30

143


Céu encoberto

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 02 - Céu encoberto - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 02 - Céu encoberto - 23/10 - 15h30

144


Tipologia 3 Céu claro

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu claro - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu claro - 23/10 - 15h30

145


Céu encoberto

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu encoberto - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu claro - 23/10 - 15h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 03 - Céu encoberto - 23/10 - 15h30

146


Tipologia 4 Céu claro

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 04 - Céu claro - 23/10 - 15h30

147


Céu claro

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 04 - Céu claro - 23/04 - 09h30

Imagens XX e XX - Simulação de iluminação natural - Tipologia 04 - Céu claro - 23/04 - 09h30

148


ApĂŞndice B Desempenho TĂŠrmico



Cálculo de Temperatura Tipologia 01 Dormitório 01

DORMITÓRIO 01

Imagem XX - Planta Tipologia 01 - Dormitório 01 ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE)

Estrutura (NO)

Estrutura (SO)

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

K ( W/m²°C)

3,196347032

Parede (NE)

K ( m²·°C/W)

3,196347032

Parede (NO)

K ( m²·°C/W)

0,2 1,75 0,17 3,5175879

Parede (SO)

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,91

e (m)

0,03

e (m)

0,03

e (m)

0,03

λ ( W/m²°C)

0,65

λ ( W/m²°C)

0,65

λ ( W/m²°C)

0,65

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

K ( W/m²°C)

2,037161406

Cobertura e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

151

0,3 1,75 0,22 2,554744526

K ( m²·°C/W)

2,037161406

K ( m²·°C/W)

0,12

0,17 2,8733817


Cálculo dos ganhos de calor solar

Estrutura (NO)

Estrutura (NE) Área (m²)

Área (m²)

2,403

α K ( W/m²·°C)

Q·Ig (W)

Q·Ig (W)

Área (m²)

α

0,7

Q·Ig (W)

20

0,86

Q·Ig (W)

2,8733817

he ( W/m²·°C)

0,6318664

2,112

α

0,7

K ( W/m²·°C)

20 0,6085325

Área (m²)

8,799

α

2,0371614

he ( W/m²·°C)

20 0,2641689

Q·Ig (W)

Vidro

Área (m²)

0,7

K ( W/m²·°C)

2,0371614

he ( W/m²·°C)

8,862

2,5547445

he ( W/m²·°C)

20 0,6318995

Parede (SO)

Área (m²)

3,705

α

Q·Ig (W)

Q·Ig (W)

0,3

K ( W/m²·°C)

3,5175879

he ( W/m²·°C)

Parede (NO)

Parede (NE )

K ( W/m²·°C)

20

15,8798

α

0,8

K ( W/m²·°C)

0,5810959

Área (m²)

4,491

α

3,196347

he ( W/m²·°C)

20 0,3072329

Área (m²)

0,8

K ( W/m²·°C)

3,196347

he ( W/m²·°C)

4,545

α

0,8

Cobertura

Estrutura (SO)

1,81632

20

Q·Ig (W)

0,884901

Planilha de ganhos de calor solar hora

Ig

Fachada Nordeste Estrutura Q*Ig

Parede Q* Ig

Ig

Fachada Noroeste Estrutura Parede Q*Ig Q*Ig

Ig

Fachada Sudoeste Estrutura Q*Ig

Cobertura Parede Q*Ig

Vidro Q* Ig

TOTAIS

Ig

06h

63

19,36

16,64

27

15,69

17,06

27

17,06

23,89

114,43

56

34,077819

258,21

07h

153

47,01

40,42

66

38,35

41,70

66

41,71

58,40

277,90

174

105,88465

651,37

08h

210

64,52

55,48

105

61,02

66,35

105

66,35

92,91

381,43

292

177,69148

965,74

09h

238

73,12

62,87

138

80,19

87,20

138

87,20

122,12

432,28

395

240,37033

1185,36

10h

243

74,66

64,19

164

95,30

103,63

138

87,20

122,12

441,37

232

141,17954

1129,64

11h

223

68,51

58,91

179

104,02

113,10

179

113,11

158,40

405,04

254

154,56725

1175,66

12h

185

56,84

48,87

185

107,50

116,90

185

116,90

163,71

336,02

262

159,43551

1106,17

13h

179

54,99

47,29

223

129,58

140,91

229

144,70

202,64

325,12

254

154,56725

1199,81

14h

164

50,39

43,32

243

141,21

153,54

263

166,19

232,73

297,88

232

141,17954

1226,43

15h

131

40,25

34,61

239

138,88

151,02

280

176,93

247,77

237,94

196

119,27237

1146,67

16h

105

32,26

27,74

210

122,03

132,69

273

172,51

241,58

190,71

151

91,888405

1011,41

17h

66

20,28

17,44

153

88,91

96,68

230

145,34

203,53

119,88

98

59,636183

751,67

18h

27

8,30

7,13

64

37,19

40,44

112

70,77

99,11

49,04

41

24,949832

336,93

MAXIMO

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W) No de ocupantes

65

1226,43

Total de ganhos de calor Q (W)

1621,43

3

Qe (W)

195

Qeq (W)

200

152


Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Estrutura (SO)

Estrutura (NO)

Estrutura (NE ) Área (m²)

2,403

K ( W/m²°C)

3,196347

Q (*Δt)

7,6808219

Área (m²)

4,545

Área (m²)

K ( W/m²°C)

3,196

K ( W/m²°C)

Q (*Δt)

3,518

Q (*Δt)

14,527

Parede (NO)

Parede (NE)

4,491

15,797

Parede (SO)

Área (m²)

3,705

Área (m²)

8,862

Área (m²)

K ( W/m²°C)

2,037

K ( W/m²°C)

2,037

K ( W/m²°C)

Q (*Δt)

7,548

Q (*Δt)

18,053

8,799 2,873

Q (*Δt)

25,283

Vidro

Cobertura

Área (m²)

2,112

1/hi + 1/he (W/m²·°C)

0,140

e (m)

0,004

K ( W/m²°C)

3,211

λ ( W/m²°C)

0,800

50,990

1/hi + 1/he

0,170

Área (m²)

15,880

Q (*Δt)

K ( W/m²°C)

5,714

Q (*Δt)

12,069

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

9,97

Volume do ambiente

42,87546

Qvent (*Δt)

149,613918

Total de perdas de calor Total Perdas de calor (W)

Balanço Térmico Δt (°C)

301,562

5,3767809

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,125

2400

300

0,125

1200

150

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,125

2400

300

0,125

1200

150

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,075

1200

90

Noroeste Estrutura

Parede

Sudeste Estrutura

153

Parede


Sudoeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,05

1200

60

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

Cobertura

Piso

Estrutura e/2

Estrutura

d (kg/m²) 0,15

2400

Peso (kg/m²)

e/2

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

2,403

1

2,403

Área

Coeficiente

3,705

0,67

2,47

Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

4,545

1

4,545

Área

Coeficiente

8,862

0,67

5,908

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,987

1

3,987

Área

Coeficiente

7,74

0,33

2,58

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

4,491

1

4,491

Cobertura

Área

Coeficiente

8,799

0,67

5,866

Piso Estrutura

Estrutura Área

Coeficiente

15,8798

1,00

15,8798

Área

Coeficiente

15,8798

1,00

15,8798

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

64,010

4,031

m 0,8

154


Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação 0,118753 427,51 Renovações/hora 9,970971

Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

23,90535618

Tipologia 01 Dormitório 02

DORMITÓRIO 02

Imagem XX - Planta Tipologia 01 - Dormitório 02 ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Parede

Estrutura

Cobertura

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²·°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,17

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

λ ( W/m²°C)

0,65

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

3,196

K ( W/m²°C)

155

2,037

K ( W/m²°C)

0,3 1,75 0,22 2,555

m³/s m³/h 1/h


Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura

Parede

Área (m²)

Área (m²)

3,4125

α

0,8

K (W/m²°C)

3,196347

he ( W/m²·°C)

20

Q·Ig (W)

0,4363014

Vidro

Cobertura

3,12

α

0,7

K ( W/m²·°C)

2,0371614

he ( W/m²·°C)

20

Q·Ig (W)

0,222458

Área (m²)

11,476

α

0,3

K ( W/m²·°C)

2,5547445

he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

Área (m²) α Q·Ig (W)

1,92 0,86 1,6512

20 0,4397737

Planilha de ganhos de calor solar Fachada Nordeste hora Ig

Estrutura Q*Ig

Parede Q*Ig

Cobertura Vidro Q*Ig

TOTAIS Ig

06h

63

27,49

14,01

104,03

56

24,627328

170,15

07h

153

66,75

34,04

252,63

174

76,520628

429,94

08h

210

91,62

46,72

346,75

292

128,41393

613,51

09h

238

103,84

52,95

392,99

395

173,71062

723,48

10h

243

106,02

54,06

401,24

232

102,0275

663,35

11h

223

97,30

49,61

368,22

254

111,70253

626,82

12h

185

80,72

41,15

305,47

262

115,22072

542,56

13h

179

78,10

39,82

295,56

254

111,70253

525,19 480,86

14h

164

71,55

36,48

270,80

232

102,0275

15h

131

57,16

29,14

216,31

196

86,19565

388,80

16h

105

45,81

23,36

173,38

151

66,405832

308,95

17h

66

28,80

14,68

108,98

98

43,097825

195,56

18h

27

11,78

6,01

44,58

41

18,030723

80,40

MAXIMO

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W) No de ocupantes

723,48

Total de ganhos de calor Q (W)

65

1293,59

3

Qe (W)

195

Qeq (W)

200

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Estrutura

Parede

Área (m²)

Área (m²)

K ( W/m²°C) Q (*Δt)

3,413 3,196 10,908

Vidro

Cobertura 3,120

Área (m²)

11,476

Área (m²)

1,920

K ( W/m²°C)

2,037

1/hi + 1/he

0,140

e (m)

0,004

Q (*Δt)

6,356

K ( W/m²°C)

3,211

λ ( W/m²°C)

0,800

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,170

Q (*Δt)

36,850

K ( W/m²°C) Q (*Δt)

5,714 10,971

156


Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

12,7

Volume do ambiente

30,9852

Qvent (*Δt)

137,72921

Total de perdas de calor

Balanço Térmico Δt (°C)

202,814

Total Perdas de calor (W)

5,515

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0

0

0,05

1200

60

Noroeste Estrutura

Parede

Sudeste Estrutura

Parede

Sudoeste Estrutura

Parede

Piso

Cobertura

Estrutura

Estrutura e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

área

coeficiente

3,4125

1

157

3,4125

área

coeficiente

3,12

0,67

2,08


Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,927

1

3,927

Área

Coeficiente

6,699

0,33

2,233

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,927

1

3,927

Área

Coeficiente

6,699

0,33

2,233

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

0

0

0

Cobertura

Área

Coeficiente

6,591

0,33

2,197

Piso

Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

11,476

1,00

11,476

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA 42,9615

Área

Coeficiente

11,476

1,00

11,476

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO 3,743595329 m 0,8

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te máxima (°C)

27,65

Te mínima (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Temperatura interna máxima resultante ti máx = 23,93296412

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

0,1093341

m3/s

393,60272

m3/h

12,702926

1/h

158


Tipologia 02 Sala de estar

SALA DE ESTAR

Imagem XX - Planta Tipologia 02 - Sala de Estar ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE)

Parede (NE)

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75 0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

3,196347

Cobertura 0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

1,75

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,22

λ ( W/m²°C)

0,65

K ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,3

2,5547445

0,17 2,0371614

Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura Área (m²) α K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

159

Cobertura

Parede 2,325 0,8 3,196347 20 0,2972603

Área (m²) α K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

4,254 0,7 2,0371614 20 0,303313

Área (m²) α K ( W/m²°C) he Q·Ig (W)

Vidro

13,0584 0,3 2,5547445 20 0,5004131

Área (m²)

1,92

α

0,86

Q·Ig (W)

1,6512


Planilha de ganhos de calor solar Fachada Nordeste hora Ig

Estrutura Q*Ig

Parede Q*Ig

Cobertura Vidro Q*Ig

TOTAIS Ig

06h

63

18,73

19,11

104,03

56

28,023136

169,88

07h

153

45,48

46,41

252,63

174

87,071886

431,59

08h

210

62,42

63,70

346,75

292

146,12064

618,99

09h

238

70,75

72,19

392,99

395

197,66319

733,59

10h

243

72,23

73,71

401,24

232

116,09585

663,28

11h

223

66,29

67,64

368,22

254

127,10494

629,25

12h

185

54,99

56,11

305,47

262

131,10824

547,69

13h

179

53,21

54,29

295,56

254

127,10494

530,17 485,39

14h

164

48,75

49,74

270,80

232

116,09585

15h

131

38,94

39,73

216,31

196

98,080975

393,06

16h

105

31,21

31,85

173,38

151

75,562384

312,00

17h

66

19,62

20,02

108,98

98

49,040488

197,66

18h

27

8,03

8,19

44,58

41

20,516939

81,31

MÁXIMO

733,59

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W)

Total de ganhos de calor Q (W)

65

No de ocupantes

1621,43

4

Qe (W)

260

Qeq (W)

300

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Parede

Estrutura Área (m²)

2,325

Vidro

Cobertura

Área (m²)

4,254

Área (m²)

13,058 0,14

K ( W/m²°C)

3,19634703

K ( W/m²°C)

2,037

1/hi + 1/he

Q (*Δt) (W)

7,43150685

Q (*Δt) (W)

8,666

K ( W/m²°C)

3,211

Q (*Δt) (W)

41,931

Área (m²) e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

1,92 0,004 0,8 0,17

K ( W/m²°C)

5,71428571

Q (*Δt) (W)

10,9714286

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N) Volume do ambiente (m³) Qvent (*Δt)

11,7 35,258 144,380

Total de perdas de calor Total Perdas de calor (W)

213,380

Balanço Térmico Δt (°C)

6,062358503

160


Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,075

1200

90

Noroeste Estrutura e/2

Parede

Sudeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,075

1200

90

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,05

1200

60

Sudoeste Estrutura e/2

Parede

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

2,325

1

2,325

Área

Coeficiente

7,563

0,67

5,042

Noroeste Estrutura Área

Parede Coeficiente 1

0

Área

Coeficiente

8,817

0,33

2,939

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,399

1

161

3,399

Área

Coeficiente

4,62

0,33

1,54


Sudoeste Estrutura Área

Parede Coeficiente 0

Área

Coeficiente

13,284

0,33

4,428

Piso

Cobertura

Estrutura

Estrutura Área

Coeficiente

13,0584

1,00

13,0584

Área

Coeficiente

13,0584

1,00

13,0584

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

45,7898

3,506539852

m 0,8

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C) Te m ínim a (°C)

27,65 15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

24,0424717

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

0,1146333

m³/s

412,67979

m³/h

11,704678

1/h

Dormitório

DORMITÓRIO

Imagem XX - Planta Tipologia 02 - Dormitório ESCALA 1:200

162


Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura

Cobertura

Parede

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

λ ( W/m²°C)

0,65

K ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

K ( W/m²°C)

3,196

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,3 1,75 0,22 2,5547445

0,17

K ( W/m²°C)

2,0371614

Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura Área (m²)

2,409

α

0,8

K ( W/m²°C)

3,196347

he ( W/m²°C)

20

Q·Ig (W)

0,308

Vidro

Cobertura

Parede Área (m²)

4,506

α

0,7

K ( W/m²°C)

2,0371614

he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

20 0,3212807

Área (m²)

12,198

α

0,3

K ( W/m²°C)

2,5547445

he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

20 0,4674416

Planilha de ganhos de calor solar Fachada Nordeste hora

Estrutura Q*Ig

Ig

Parede Q*Ig

Cobertura Vidro Q*Ig

TOTAIS Ig

06h

63

19,40

20,24

94,92

56

26,17673

160,74

07h

153

47,12

49,16

230,53

174

81,334839

408,14

08h

210

64,68

67,47

316,41

292

136,49295

585,05

09h

238

73,30

76,46

358,60

395

184,63943

693,01

10h

243

74,84

78,07

366,13

232

108,44645

627,49

11h

223

68,68

71,65

336,00

254

118,73017

595,06

12h

185

56,98

59,44

278,74

262

122,4697

517,63

13h

179

55,13

57,51

269,70

254

118,73017

501,07 458,75

14h

164

50,51

52,69

247,10

232

108,44645

15h

131

40,35

42,09

197,38

196

91,618555

371,43

16h

105

32,34

33,73

158,21

151

70,583682

294,86

17h

66

20,33

21,20

99,44

98

45,809277

186,79

18h

27

8,32

8,67

40,68

41

19,165106

76,84

MAXIMO

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W) No de ocupantes

65 3

Qe (W)

195

Qeq (W)

200

163

693,01

Total de ganhos de calor Q (W)

1088,01

Área (m²) α Q·Ig (W)

1,752 0,86 1,50672


Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt)

Área (m²) K ( W/m²°C) Q (*Δt)

2,409 3,196347 7,7

Vidro

Cobertura

Parede

Estrutura

Área (m²)

Área (m²)

4,506

12,198

K ( W/m²°C)

2,0371614

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

Q (*Δt)

9,1794493

K ( W/m²°C)

0,14

1,752 0,004

λ ( W/m²°C)

3,2110092

Q (*Δt)

Área (m²) e (m)

0,8

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

39,16789

0,17

K ( W/m²°C)

5,7142857

Q (*Δt)

10,011429

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

11

Volume do ambiente (m³)

32,9346

Qvent (*Δt)

126,79821

Total de perdas de calor Total Perdas de calor (W)

Balanço Térmico Δt (°C)

192,856

5,641

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,07

1200

84

Noroeste Estrutura e/2

Parede

Sudeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,05

1200

60

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,05

1200

60

Sudoeste Estrutura e/2

Parede

164


Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

2,409

1

2,409

Área

Coeficiente

4,506

0,67

3,004

Noroeste Estrutura Área

Parede Coeficiente

Área

Coeficiente

10,26

0,33

3,42

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,561

1

3,561

Área

Coeficiente

6,678

0,33

2,226

Sudoeste Estrutura Área

Parede Coeficiente 0

Coeficiente 0,33

2,889

Piso

Cobertura

Estrutura

Estrutura Área

Coeficiente

12,198

1,00

12,198

Área

Coeficiente

12,198

1,00

12,198

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

41,905

3,435

m 0,8

165

Área 8,667


Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

23,95830515

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

0,1009069

m³/s

363,265

m³/h

11,029889

1/h

Tipologia 03 Sala de estar

SALA DE ESTAR

Imagem XX - Planta Tipologia 03 - Sala de Estar ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE)

Cobertura (NE)

Parede (NE)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

λ ( W/m²°C)

0,65

K ( W/m²°C)

e (m)

K ( W/m²°C)

3,196347

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,3 1,75 0,22 2,5547445

0,17 2,0371614

166


Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura

Parede

Área (m²)

Área (m²)

1,947

α

α

0,8

K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

Cobertura

2,0371614

he ( W/m²°C)

20

Vidro

10,7427

2,5547445

he ( W/m²°C)

0,211549

Área (m²) α

0,3

K ( W/m²°C)

20

Q·Ig (W)

0,2489315

α

0,7

K ( W/m²°C)

3,196347

Área (m²)

2,967

Q·Ig (W)

Q·Ig (W)

2,052 0,86 1,76472

20 0,4116728

Planilha de ganhos de calor solar Fachada Nordeste hora

Ig

Estrutura Q*Ig

Cobertura

Parede Q*Ig

Vidro Q*Ig

TOTAIS

Ig

06h

63

15,68

13,33

111,18

56

23,053677

163,24

07h

153

38,09

32,37

270,00

174

71,631069

412,09

08h

210

52,28

44,43

370,59

292

120,20846

587,50

09h

238

59,25

50,35

420,00

395

162,61076

692,21

10h

243

60,49

51,41

428,83

232

95,508092

636,23

11h

223

55,51

47,18

393,53

254

104,56489

600,78

12h

185

46,05

39,14

326,47

262

107,85828

519,52

13h

179

44,56

37,87

315,88

254

104,56489

502,88 460,44

14h

164

40,82

34,69

289,41

232

95,508092

15h

131

32,61

27,71

231,18

196

80,687871

372,19

16h

105

26,14

22,21

185,30

151

62,162594

295,81

17h

66

16,43

13,96

116,47

98

40,343935

187,21

18h

27

6,72

5,71

47,65

41

16,878585

76,96

MAXIMO

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W) No de ocupantes

692,21

Total de ganhos de calor

65

Q (W)

1252,21

4

Qe (W)

260

Qeq (W)

300

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Parede

Estrutura Área (m²) K ( W/m²°C) Q (*Δt) (W)

167

1,947 3,196347 6,2232877

Área (m²)

Vidro

Cobertura

Área (m²)

2,052

e (m)

0,004

2,967

Área (m²)

10,7427

K ( W/m²°C)

2,0371614

1/hi + 1/he

0,14

Q (*Δt) (W)

6,0442579

K ( W/m²°C)

3,2110092

λ ( W/m²°C)

Q (*Δt) (W)

34,494908

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,8 0,17

K ( W/m²°C)

5,7142857

Q (*Δt) (W)

11,725714


Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

15

Volume do ambiente (m³)

29,00529

Qvent (*Δt)

152,27777

Total de perdas de calor

Balanço Térmico

Total Perdas de calor (W)

Δt (°C)

210,766

5,912279

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,075

2400

180

0,075

1200

90

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,07

1200

84

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

Noroeste Estrutura

Parede

Sudeste Estrutura

Parede

Sudoeste Estrutura e/2

Parede

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,315

1

3,315

Área

Coeficiente

5,697

0,33

1,899

168


Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,399

0,67

2,266

Área

Coeficiente

8,352

0,33

2,784

Sudoeste Estrutura Área

Parede Coeficiente 0

Área

Coeficiente

13,284

11,09

147,25314

Piso

Cobertura Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

10,7427

1,00

10,7427

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

Área

Coeficiente

10,7427

1,00

10,7427

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

43,7841

4,0757

m 0,8

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

24,01824558

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

169

0,12128

m³/s

436,623

m³/h

15,0532

1/h


Dormitório

DORMITÓRIO

Imagem XX - Planta Tipologia 03 - Dormitório ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Cobertura

Parede

Estrutura (NE) e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

1,75

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,22

λ ( W/m²°C)

0,65

K ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

K ( W/m²°C)

3,196347

K ( W/m²°C)

0,3

2,5547445

2,0371614

Cálculo dos ganhos de calor solar

Parede

Estrutura Área (m²) α K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

2,589 0,8 3,196347 20 0,3310137

Área (m²) α K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

Vidro

Cobertura 4,422 0,7 2,0371614 20 0,3152915

Área (m²) α K ( W/m²°C) he ( W/m²°C) Q·Ig (W)

12,1008 0,3 2,5547445

Área (m²)

1,92

α

0,86

Q·Ig (W)

1,6512

20 0,4637168

170


Planilha de ganhos de calor solar Fachada Nordeste hora Ig

Estrutura Q*Ig

Parede Q*Ig

Cobertura TOTAIS

Vidro Q*Ig

Ig

06h

63

20,85

19,86

104,03

56

25,96814

170,71

07h

153

50,65

48,24

252,63

174

80,686721

432,21

08h

210

69,51

66,21

346,75

292

135,4053

617,88

09h

238

78,78

75,04

392,99

395

183,16813

729,97

10h

243

80,44

76,62

401,24

232

107,58229

665,88

11h

223

73,82

70,31

368,22

254

117,78406

630,13

12h

185

61,24

58,33

305,47

262

121,4938

546,53

13h

179

59,25

56,44

295,56

254

117,78406

529,04 484,37

14h

164

54,29

51,71

270,80

232

107,58229

15h

131

43,36

41,30

216,31

196

90,888491

391,86

16h

105

34,76

33,11

173,38

151

70,021235

311,26

17h

66

21,85

20,81

108,98

98

45,444245

197,08

18h

27

8,94

8,51

44,58

41

19,012388

81,05

MAXIMO

Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W) No de ocupantes

729,97

Total de ganhos de calor Q (W)

65

1124,97

3

Qe (W)

195

Qeq (W)

200

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Estrutura

Parede

Área (m²)

Área (m²)

K ( W/m²°C) Q (*Δt)

2,589 3,196347 8,2753425

Área (m²)

K ( W/m²°C)

2,0371614

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

Q (*Δt)

9,0083277

K ( W/m²°C) Q (*Δt)

Taxa horária de renovação (N)

12 32,67216

Qvent (*Δt)

137,22307

Total de perdas de calor Total Perdas de calor (W)

171

204,334

Balanço Térmico Δt (°C)

12,1008 0,14 3,2110092 38,85578

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Volume do ambiente (m³)

Vidro

Cobertura

4,422

5,505

Área (m²) e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

1,92 0,004 0,8 0,17

K ( W/m²°C)

5,7142857

Q (*Δt)

10,971429


Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

Noroeste Estrutura e/2

Parede d (kg/m²)

0,11

Peso (kg/m²)

2400

264

d (kg/m²)

Peso (kg/m²) 0

e/2

d (kg/m²) 0,07

Peso (kg/m²)

1200

84

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,07

1200

84

Sudeste Estrutura e/2

Parede

Sudoeste Estrutura e/2

Parede d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0

0,07

1200

84

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

2,589

1

2,589

Área

Coeficiente

4,422

0,67

2,948

Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,495

1

3,495

Área

Coeficiente

5,019

0,33

1,673

172


Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente 0

Área

Coeficiente

9,504

0,33

3,168

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente 0

Cobertura

Área

Coeficiente

8,91

0,33

2,97

Piso

Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

12,1008

1,00

12,1008

Área

Coeficiente

12,1008

1,00

12,1008

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

41,0446

3,391891445

m 0,8

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

23,9311135

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

173

0,109242

m³/s

393,2724

m³/h

12,036926

1/h


Tipologia 04 Dormitório

DORMITÓRIO

Imagem XX - Planta Tipologia 04 - Dormitório ESCALA 1:200

Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE)

Estrutura (SE)

Estrutura (SO)

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

0,20

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

1,75

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

K ( W/m²°C)

3,196347032

Parede (NE)

K ( W/m²°C)

3,196347032

K ( W/m²°C)

0,17 3,5175879

Parede (SO)

Parede (SE)

e (m)

0,25

e (m)

0,25

e (m)

0,12

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,91

e (m)

0,03

e (m)

0,03

e (m)

0,03

λ ( W/m²°C)

0,65

λ ( W/m²°C)

0,65

λ ( W/m²°C)

0,65

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

0,17

0,17

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

K ( W/m²°C)

2,037161406

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

2,037161406

K ( W/m²°C)

0,17 2,8733817

Cobertura e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,3 1,75 0,22 2,554744526

174


Cálculo dos ganhos de calor solar Estrutura (SE)

Estrutura (NE) Área (m²) α

3,135 0,8

K ( W/m²·°C) he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

3,196347 20 0,4008219

Parede (NE ) Área (m²) α

he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

5,313

2,0371614 20 0,3788203

α

14,4328 0,3

K ( W/m²·°C) he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

α

Área (m²)

K ( W/m²·°C)

3,196347

he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

20

he ( W/m²·°C) Q·Ig (W)

6,624

20 0,4411055

Área (m²)

2,0371614

he ( W/m²·°C)

5,313

α

0,7

Q·Ig (W)

3,5175879

Parede (SO)

α K ( W/m²·°C)

0,8

K ( W/m²·°C)

0,5810959

Área (m²)

3,135

α

0,8

0,7

K ( W/m²·°C)

20

2,8733817

he ( W/m²·°C)

0,4722955

Q·Ig (W)

20 0,5343197

Vidro

Cobertura Área (m²)

Estrutura (SO) 4,545

Parede (SE)

0,7

K ( W/m²·°C)

Área (m²)

2,5547445

Área (m²)

1,44

α

0,86

Q·Ig (W)

1,2384

20 0,5530818

Planilha de ganhos de calor solar hora

Ig

06h

63

07h

153

Fachada Nordeste Parede Estrutura Q*Ig Q* Ig 25,25 23,87 61,33

57,96

Ig 112 230

Fachada Sudeste Parede Estrutura Q*Ig Q*Ig 65,08 52,90 133,65

108,63

Ig 27 66

Fachada Sudoeste Parede Estrutura Q*Ig Q*Ig 11,91 14,43 29,11

35,27

Cobertura TOTAIS

Vidro Q* Ig 78,02

56

30,97258

302,43

189,48

174

96,23622

711,65 975,28

Ig

08h

210

84,17

79,55

273

158,64

128,94

105

46,32

56,10

260,06

292

161,4999

09h

238

95,40

90,16

280

162,71

132,24

138

60,87

73,74

294,74

395

218,4673 1128,32

10h

243

97,40

92,05

263

152,83

124,21

138

60,87

73,74

300,93

232

128,315 1030,35

11h

223

89,38

84,48

229

133,07

108,16

179

78,96

95,64

276,16

254

140,4828 1006,33

12h

185

74,15

70,08

185

107,50

87,37

185

81,60

98,85

229,10

262

144,9074

893,58

13h

179

71,75

67,81

179

104,02

84,54

229

101,01

122,36

221,67

254

140,4828

913,64

14h

164

65,73

62,13

164

95,30

77,46

263

116,01

140,53

203,10

232

128,315

888,57

15h

131

52,51

49,63

138

80,19

65,18

280

123,51

149,61

162,23

196

108,404

791,25

16h

105

42,09

39,78

105

61,02

49,59

273

120,42

145,87

130,03

151

83,51534

672,31

17h

66

26,45

25,00

66

38,35

31,17

230

101,45

122,89

81,73

98

54,20201

481,26

18h

27

10,82

10,23

27

15,69

12,75

112

49,40

59,84

33,44

41

22,67635

214,85

MAXIMO

175

1128,32


Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W)

Total de ganhos de calor Q (W)

65

No de ocupantes

1252,21

4

Qe (W)

260

Qeq (W)

300

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Estrutura (SE)

Estrutura (SO)

Estrutura (NE) Área (m²)

3,135

K ( W/m²°C)

3,196347

Q (*Δt)

10,020548

Área (m²)

3,135

Área (m²)

K ( W/m²°C)

3,518

K ( W/m²°C)

Q (*Δt)

Parede (NE)

11,028

Parede (SO)

Área (m²)

5,313

Q (*Δt)

4,545 3,196 14,527

Parede (SE)

Área (m²)

5,313

Área (m²)

K ( W/m²°C)

2,0371614

K ( W/m²°C)

2,8734

K ( W/m²°C)

Q (*Δt)

10,823439

Q (*Δt)

15,266

Q (*Δt)

6,624 2,0371614 13,494

Vidro

Cobertura Área (m²)

Área (m²)

14,4328

1,44

e (m)

0,14

1/hi + 1/he (W/m²·°C)

0,004

K ( W/m²°C)

3,2110092

λ ( W/m²°C)

0,8

Q (*Δt)

46,343853

1/hi + 1/he

0,17

K ( W/m²°C)

5,7142857

Q (*Δt)

8,2285714

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

8,2

Volume do ambiente (m³)

38,96856

Qvent (*Δt)

110,47587

Total de perdas de calor

Balanço Térmico

Total Perdas de calor (W)

Δt (°C)

240,208

6,341676

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso

0,125

2400

300

0,125

1200

150

176


Noroeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,11

2400

264

0,05

1200

60

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,125

2400

300

0,125

1200

150

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,06

1200

72

Sudeste Estrutura

Parede

Sudoeste Estrutura

Parede

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,135

1

3,135

Área

Coeficiente

5,313

0,67

3,542

Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

4,491

1

4,491

Área

Coeficiente

8,673

0,33

2,86209

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

4,545

1

4,545

Área

Coeficiente

6,624

0,67

4,43808

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

3,135

1

177

3,135

Área

Coeficiente

5,313

0,33

1,75329


Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

14,4328

1

14,4328

Área

Coeficiente

14,4328

1

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

14,4328

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

56,7606

3,9332

m 0,8

Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

24,09833512

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

0,087933

m³/s

316,5597

m³/h

8,123465

1/h

Sala de Estar/Cozinha

SALA/ COZINHA

Imagem XX - Planta Tipologia 04- Sala de Estar/Cozinha ESCALA 1:200

178


Cálculo do coeficiente global de transmissão térmica - K Estrutura (NE)

Cobertura

Parede (NE)

e (m)

0,15

e (m)

0,25

e (m)

λ ( W/m²°C)

1,75

λ ( W/m²°C)

0,91

λ ( W/m²°C)

0,17

e (m)

0,03

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

λ ( W/m²°C)

0,65

K ( W/m²°C)

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

3,9106145

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

0,3 1,75 0,22 2,5547445

0,17 2,0371614

Cálculo dos ganhos de calor solar Parede (NE)

Estrutura (NE) e (m)

1,83

λ ( W/m²°C)

0,8

1/hi + 1/he ( m²·°C/W)

3,9106145

K ( W/m²°C)

20

Q

0,286257

4,605

e (m)

0,7

λ ( W/m²°C)

2,0371614

1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C)

20 0,3283395

e (m) λ ( W/m²°C) 1/hi + 1/he ( m²·°C/W) K ( W/m²°C) Q

Fachada Nordeste Ig

Estrutura Q*Ig

Cobertura Parede Q* Ig

Vidro Q* Ig

TOTAIS Ig

06h

63

18,03

20,69

97,52

56

27,80167

164,05

07h

153

43,80

50,24

236,84

174

86,383761

417,26

08h

210

60,11

68,95

325,08

292

144,96585

599,11

09h

238

68,13

78,14

368,42

395

196,10107

710,80

10h

243

69,56

79,79

376,16

232

115,17835

640,69

11h

223

63,84

73,22

345,20

254

126,10043

608,36

12h

185

52,96

60,74

286,38

262

130,0721

530,15

13h

179

51,24

58,77

277,09

254

126,10043

513,21 469,84

14h

164

46,95

53,85

253,87

232

115,17835

15h

131

37,50

43,01

202,79

196

97,305845

380,61

16h

105

30,06

34,48

162,54

151

74,965218

302,04

17h

66

18,89

21,67

102,17

98

48,652923

191,38

18h

27

7,73

8,87

41,80

41

20,354794

78,74

MAXIMO

179

12,9552 0,3 2,5547445 20 0,4964584

Planilha de ganhos de calor solar hora

Vidro

Cobertura

Área (m²)

710,80

Área (m²) α Q·Ig (W)

1,8 0,86 1,548


Ganhos de calor devido à ocupação Calor sensível (W)

Total de ganhos de calor Q (W)

65

No de ocupantes

710,80

3

Qe (W)

195

Qeq (W)

200

Perdas de calor de calor devidas à diferença de temperatura interna e externa (Δt) Parede (NE)

Estrutura (NE) Área (m²)

1,83

Cobertura

Área (m²)

4,605

Área (m²)

Vidro 12,9552

Área (m²)

1,8

K ( W/m²°C)

3,9106145

K ( W/m²°C)

2,0371614

1/hi + 1/he (W/m²·°C)

Q (*Δt)

7,1564246

Q (*Δt)

9,3811283

K ( W/m²°C)

3,2110092

λ ( W/m²°C)

0,8

Q (*Δt)

41,599266

1/hi + 1/he

0,17

0,14

e (m)

0,004

K ( W/m²°C)

5,7142857

Q (*Δt)

10,285714

Perdas de calor de calor devidas à ventilação Taxa horária de renovação (N)

11,5

Volume do ambiente (m³)

34.97904

Qvent (*Δt)

140,790636

Total de perdas de calor Total Perdas de calor (W)

Balanço Térmico Δt (°C)

209,213

6,5522

Avaliação da Inércia Nordeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,075

2400

180

0,075

1200

90

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,05

1200

60

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,05

1200

60

Noroeste Estrutura

Parede

Sudeste Estrutura

Parede

180


Sudoeste Estrutura

Parede

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,1

2400

240

0,06

1200

72

Cobertura

Piso

Estrutura

Estrutura

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

e/2

d (kg/m²)

Peso (kg/m²)

0,15

2400

360

0,15

2400

360

Cálculo da superfície equivalente pesada Nordeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

1,83

1

1,83

Área

Coeficiente

4,605

0,67

3,07

Noroeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

1,65

1

1,65

Área

Coeficiente

7,98

0,33

2,66

Sudeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

2,19

1

2,19

Área

Coeficiente

7,854

0,33

2,618

Sudoeste Estrutura

Parede

Área

Coeficiente

4,008

1

4,008

Cobertura

Coeficiente 0,33

2,961

Piso

Estrutura

Estrutura

Área

Coeficiente

12,9552

1,00

12,9552

SUPERFÍCIE EQUIVALENTE PESADA

Área

Coeficiente

12,9552

1,00

12,9552

SUPERFÍCIE EQ. PESADA/ ÁREA DO PISO

56,7606

3,9332

m 0,8

181

Área 8,883


Cálculo da temperatura externa média - te e elongação - E Te m áxim a (°C)

27,65

Te m ínim a (°C)

15,6

te (°C)

21,625

A (°C)

12,05

E (°C)

6,025

Cálculo da temperatura interna máxima resultante Tem peratura interna m áxim a resultante ti máx =

24,14043283

Verificação da Ventilação Taxa de ventilação

Renovações/hora

0,111725

m³/s

402,21295

m³/h

11,48868

1/h

182


Anexos



Anexo 1 - Cálculo de Temperatura Materiais - Características Térm icas λ (W/m °C)

Material

d (kg/m ³)

0,65

1600

Argamassa de cal e cimento

0,85

1800

1,05

2000

Concreto armado

1,75

2400

Vidro

0,8

2200

-

1100 - 1400

0,65

-

0,95

-

Bloco cerâmico - tijolo furado Telha de fibrocimento Tabela 01 - Características térmicas dos materiais Fonte: Frota e Schiffer

Valores de condutância (he, hi) e resistências térm icas superficiais (1/he, 1/hi) - PAREDES EXTERIORES Posição das paredes e sentido do fluxo

Unidades

hi

W/m²°C

8

Parede vertical

m²°C/W Parede horizontal (fluxo ascendente) Parede horizontal (fluxo descendente)

W/m²°C

he

11

1/hi + 1/he

0,05

0,17

0,05

0,14

0,05

0,22

20 0,09

6

m²°C/W

1/he

20 0,12

m²°C/W W/m²°C

1/hi

20 0,17

Tabela 02 - Características térmicas dos materiais Fonte: CSTB, R.E.EF. 58-II (12).

Atividade

Calor sensível

durante o sono (basal)

40

sentado, em repouso

63

em pé, em repouso

63

sentado, cosendo a mão

65

escritório (atividade moderada)

65

em pé, trabalho leve

65

datilografando rápido

65

lavando pratos

65

confeccionando calçados

65

andando

75

trabalho leve, em bancada

80

garçom

95

descendo escada

140

serrando madeira

175

Tabela 03 - Calor cedido ao ambiente (W), segundo a atividade desenvolvida pelo indivíduo Fonte: Mesquita, A.L.S - Engenharia de Ventilação, 1977

185


Orientação Direta normal Norte Direta Difusa Noroeste Direta Difusa Oeste Direta Difusa Sudoeste Direta Difusa Sul Direta Difusa Sudeste Direta Difusa Leste Direta Difusa Nordeste Direta Difusa Horizontal Direta Difusa

5 0

6 94 27 0 27 27 0 27 27 0 27 27 0 27 61 35 27 112 85 27 113 87 27 63 37 27 56 15 41

7 201 66 0 66 66 0 66 66 0 66 66 0 66 121 55 66 230 164 66 244 178 66 153 87 66 174 76 98

8 243 105 0 105 105 0 105 105 0 105 105 0 105 150 44 105 230 164 66 153 87 66 153 87 66 174 76 98

9 264 138 0 138 138 0 138 138 0 138 138 0 138 166 29 138 280 142 138 309 171 138 238 101 138 395 199 196

10 276 164 0 164 164 0 164 164 0 164 164 0 164 178 14 164 263 99 164 289 127 164 243 79 164 476 244 232

11 280 179 0 179 179 0 179 179 0 179 179 0 179 184 4 179 229 50 179 247 66 179 223 44 179 527 273 254

12 284 185 0 185 185 0 185 185 0 185 185 0 185 187 0 185 185 0 185 185 0 185 185 0 185 545 283 262

13 280 179 0 179 223 44 179 247 66 179 229 50 179 179 0 179 179 0 179 179 0 179 179 0 179 527 273 254

14 276 164 0 164 243 79 164 290 127 164 263 99 164 178 14 164 164 0 164 164 0 164 164 0 164 476 244 232

15 264 138 0 138 239 101 138 309 171 138 280 142 138 166 29 138 138 0 138 138 0 138 138 0 138 395 199 196

16 243 105 0 105 210 105 105 298 193 105 273 168 105 150 44 105 105 0 105 105 0 105 105 0 105 292 141 151

17 201 66 0 66 153 87 66 244 178 66 230 164 66 121 57 66 66 0 66 66 0 66 66 0 66 174 76 98

18 94 27 0 27 64 37 27 113 87 27 112 85 27 60 35 27 27 0 27 27 0 27 27 0 27 56 15 41

19 0

Total Diário 3000 1543 0 1543 1996 453 1543 2365 822 1543 2251 708 1543 1904 362 1543 2251 708 1543 2365 822 1543 1996 453 1543 4385 2179 2206

Tabela 04 - Radiação solar global (Ig), direta (ID) e difusa (Id), para planos expostos a diversas orientações - São Paulo 23°19’ Sul. Período 1976/1979 (W/m²) - Mês de Dezembro Fonte: Frota e Schiffer

Superfície preto fosco

α Absorção para radiação solar 0,85 - 0,95

tijolo ou pedra ou telha cor vermelha

0,65 - 0,80

tijolo ou pedra cor amarela, couro

0,50 - 0,70

tijolo ou pedra ou telha cor amarela vidro da janela

0,30 - 0,50 tra ns pa rente

alumínio, ouro, bronze (brilhantes)

0,30 - 0,50

latão, alumínimo fosco, aço galvanizado

0,40 - 0,65

latão, cobre (polidos)

0,30 - 0,50

alumínio, cromo (polidos)

0,10 - 0,40

Cor branca

α 0,2 - 0,3

amarela, laranja, vermelha-clara

0,3 - 0,5

vermelha-escura, verde-clara, azul-clara

0,5 - 0,7

marrom-clara, verde-escura, azul-escura

0,7 - 0,9

marrom-escura, preta

0,9 - 1,0

Tabela 06 - Valores de Coeficientes de Absorção da radiação solar (α), específico de pintura Fonte: Croiset, M. L’hygrothermique dans le batiment. 1972

Tabela 05 - Valores de Coeficientes de Absorção (α) Fonte: Koenisberger, O. et alii - Vivienda y edifícios en zonas cálidas y tropicales, 1977

186


m

Inércia do am bientes considerado Inferior a 0,5

muito fraca

0,4

fraca

0,6

Entre 0,5 e 1,5 Superior a 1,5 sem cumprir a condição para inércia forte Superior a 1,5 e se a metade das paredes pesar mais de 300 kg/m²

média

0,8

forte

1

Tabela 07- Classificação da inércia do recinto, com base na relação superfície equivalente pesada/área do piso Fonte: Frota e Schiffer

Resistência térmica do revestimento (m°C/W) Parede pesando mais de 200kg/m² Parede pesando entre 200 e 100 kg/m² Parede pesando entre 100 e 50kg/m² Parede pesando menos de 50 kg/m²

inferior a 0,15 1 2/3 1/3 0

entre 0,15 e 0,50 2/3 1/3 0 0

superior a 0,50 0 0 0 0

Tabela 08- Resistência térmica do revestimento Fonte: Frota e Schiffer

Média m ensal

Tem p. m áxim a

Tem p. m ínim a

U.R. (%)

03. MARÇO

21

25,7

17,7

29,9

14

79

06. JUNHO

15,6

20,8

11,9

25,2

7,8

80

09. SETEMBRO

19

25,1

15

31,9

9,4

71

12. DEZEMBRO

20,4

24,6

17,4

30,7

13,8

80

Tabela 09- Dados de Clima - São Paulo Fonte: Adpatado de Frota e Schiffer

187

Média m ensal Média m ensal MÁXIMAS MÍNIMAS


Anexo 2 - Segurança contra incêndio Ocupação Grupo A

(O)

Capacidade da Unidade de Passagem (UP) População

Divisão A-1, A-2 A-3

Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m² de área de alojamento (D)

B

Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C

Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M) Uma pessoa por 7 m² de área (L)

D E

E-1 a E-4 E-5, E-6

Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F) Uma pessoa por 3 m² de área (N)

F-3, F-9 F-6, F-7 F-4

G

G-1, G-2, G-3 G-4, G-5 H-1, H-6

H

Uma pessoa por 40 vagas de veículo Uma pessoa por 20 m² de área (E) Uma pessoa por 7 m² de área

(E)

Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m² de área de ambulatório (H)

60

45

100

100

75

100

30

22

30

100

75

100

100

60

100

60

45

100

30

22

30

Uma pessoa por 7 m² de área (F)

60

45

100

Uma pessoa por 10 m² de área Uma pessoa por 30 m² de área (J)

100

60

100

100

60

100

L-1

Uma pessoa por 3 m² de área

L-2, L-3

Uma pessoa por 10 m² de área

M-1 M

Portas

Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F) (N)

H-3

I

L

Duas pessoas por m² de área (G) (N) (1:0,5 m²) (Q) Três pessoas por m² de área (G) (N) (P) (Q)

Duas pessoas por dormitório (C) e uma pessoa por 4 m² de área de alojamento (E)

J

Escadas / rampas

Uma pessoa por m² de área (E) (G) (N) (Q)

H-2 H-4, H-5

Acessos/ Descargas

Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)

F-1, F-10 F-2, F-5, F-8 F

(A)

+

100

75

100

M-3, M-5

Uma pessoa por 10 m² de área

100

60

100

M-4

Uma pessoa por 4 m² de área

60

45

100

Tabela 01- Dados para o dimensionamento de saídas de emergência Fonte: Instrução Técnica número 11/2014 - Saídas de Emergência

Notas: 187 (A) os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população. (B) as capacidades das unidades de passagem (1UP = 0,55m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente (C) em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório, em apartamentos maiores (3 e mais dormitórios), as salas gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregados) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em plantas, considera-se uma pessoa para cada 6m². (D) alojamento = dormitório coletivo com mais de 10m². (E) por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da IT03; quando discriminado tipo de área (por ex:área do alojamento) é a área da dependência em questão. (F) auditórios e assemelhados, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de ocupação F-5, F-6 e outros, confortme o caso. 188


(G) as cozinhas e suas áreas de apoio nas ocupações B, F-6, F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, esto é, uma pessoa por 7m² de área. (H) em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7m². (I) o símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta IT). (J) a parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C. (K) esta tabela aplica-se a todas as edfificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12/11. (L) para ocupações do tipo Call-center, o cálculo da população é de uma pessoa por 1,5m² de área; (M) para a área de Lojas adota-se no cálculo “uma pessoa por 7m² de área”. (N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute de assentos fixos (permanente) apresentados em planta. (O) para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tavela 1 do Decreto Estadual 56.819/2011. (P) para a ocupação “restaurante dançante” e “salão de festas” onde há mesas e cadeiras para refeição e pista de dança, o parâmetro para o cálculo de população é de 1 pessoa por 0,67m² de área. (Q) para os locais que possuam assento do tipo banco (assento comprido, para várias pessoas, com ou sem encosto) o parâetro para cálculo de população é de 1 pessoa por 0,50m linear, mediante apresentação de leiaute.

189


Grupo e divisão de ocupação

AeB

C, D, E F, G-3, G-4, G-5, H, L e M

I-1 e J-1

G-1, G-2 e J-2

I-2, I-3 J-3 e J-4

Andar

De saída da edificação (piso de descarga) Demais andares De saída da edificação (piso de descarga) Demais andares De saída da edificação (piso de descarga) Demais andares De saída da edificação (piso de descarga) Demais andares De saída da edificação Demais andares

Sem chuveiros automáticos Saída única Mais de uma saída Sem Sem Com Com detecção detecção detecção detecção automática automática automática automática de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça (referência) (referência)

Com chuveiros automáticos Saída única Mais de uma saída Sem Sem Com Com detecção detecção detecção detecção automática automática automática automática de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça (referência) (referência)

45

55

55

65

60

70

80

95

40

45

50

60

55

65

75

90

40

45

40

60

55

65

75

90

30

35

120

45

45

55

65

75

80

95

110

140

-

-

-

-

70

80

60

130

-

-

-

-

50

60

55

70

80

95

120

140

45

55

50

65

70

80

110

130

40

50

40

60

60

70

100

120

30

40

45

50

65

80

95

Tabela 02- Distâncias máximas a serem percorridas Fonte: Instrução Técnica número 11/2014 - Saídas de Emergência

Notas: a. esta tabela aplica-se a todas as edificações, exceto para os locais destinados à divisão F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, onde deve consultada a IT12/11. b. para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a paresentação do leiaute definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distâncias definidas devem ser reduzidas em 30%. c. para edificações com sistema de controle de fumaça, admite-se acrescentar 50% nos valores acima. d. para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/11. e. Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída”, deve haver uma distância mínima de 10m entre elas. f. Nas áreas técnicas (locais destinados a equipamentos, sem permanência hmana e de acesso restrito), a distância máxima a ser percorrida é de 140 metros.

190


Dimensão Altura (em metros)

H≤6

6≤H≤12

12≤H≤30 Acima de 30

Tipo Esc

Tipo Esc

Tipo Esc

Tipo Esc

NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE

NE NE NE EP EP NE NE EP NE NE NE NE NE NE NE NE EP NE NE NE EP EP EP EP EP NE NE NE NE NE NE EP EP NE NE NE

EP EP EP EP EP PF PF EP EP EP EP EP EP EP EP PF EP EP EP PF EP PF EP EP EP EP EP EP EP EP PF PF EP EP EP

PF (1) PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF PF EP EP PF PF PF EP PF PF PF PF PF

Ocupação Gr.

A B C

Div. A-1 A-2 A-3 B-1 B-2 C-1 C-2 C-3

D

E

F

G

H

191

E-1 E-2 E-3 E-4 E-5 E-6 F-1 F-2 F-3 F-4 F-5 F-6 F-7 F-8 F-9 F-10 G-1 G-2 G-3 G-4 G-5 H-1 H-2 H-3 H-4 H-5 H-6


I

I-1 I-2 I-3

J L

M

L-1 L-2 L-3 M-1 M-2 M-3 M-4 M-5

NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE NE

NE NE EP NE EP EP EP NE EP EP NE EP

EP PF PF EP PF PF PF EP+ PF PF NE PF

PF PF PF PF PF PF PF PF+ PF PF NE PF

Tabela 03- Tipos de escada de emergência por tipo de ocupação Fonte: Instrução Técnica número 11/2014 - Saídas de Emergência

Notas: a. para o uso desta tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores desta IT. Para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a tabela 1 do Decreto Estadual 56.819/2011. b. abreviatura dos tipos de escada: NE = Escada não enclausurada (escada comum); EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida); PF = Escada à prova de fumaça. c. outros símbolos e abreviaturas usados nesta tabela: Tipo esc. = Tipo de escada; Gr. = Grupo de ocupação (uso) - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio; Div. = Subdivisão do grupo de ocupação - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio. Nota (1) = Em edificações de ocupação do grupo A - divisão A-2, área de pavimento “N” (menor ou igual a 750 m²), altura acima de 30 m, contudo não superior a 50 m, a escada poderá ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida), sendo que acima desta altura (50 m) permanece a escada do tipo PF (Escada Enclausurada à Prova de fumaça); + = Símbolo que indica necessidade de consultar IT, normas ou regulamentos específicos (ocupação não coberta por essa IT); - = Não se aplica. d. para as ocupações de divisão F-3, onde o local tratar-se de recintos esportivos e/ou de espetáculos artístico cultural (exceto ginásios e piscinas com ou sem arquibancadas, academias e pista de patinação), deve ser consultada a IT 12/11; e. para a divisões F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada a IT 12/11; f. havendo necessidade de duas ou mais escadas de segurança, uma delas pode ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo ao item 5.7.12 desta IT; g. para divisões H-2 e H-3: altura superior a 12 m = além das saídas de emergências por escadas (Tabela 3) deve possuir elevador de emergência (Figura 9) e áreas de refúgio (Figura 18). As áreas de refúgio quando situadas somente em alguns pavimentos de níveis diferentes deve ter seus acessos ligados por rampa (5.6.1.a). Para as edificações que possuam área de refúgio em todos os pavimentos (exceto pavimento térreo), não há necessidade de rampa interligando os diferentes níveis em acessos às áreas de refúgio; h. o número de Escadas depende do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população (Tabela 1) e distâncias máximas a serem percorridas (Tabela 2); i. nas edificações com altura acima de 36 m, independente da nota anterior, é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2. Nas edificações do grupo A-2, com altura acima de 80 m, independente da nota anterior, é obrigatória a quantidade, mínima de, duas escadas;

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j. as condições das saídas de emergência em edificações com altura superior a 150 m devem ser analisadas por meio de Comissão Técnica, devido as suas particularidades e risco; k. nas escadas abaixo do pavimento de descarga, em subsolos, onde está prevista a escada NE, conforme Tabela 3, esta deve ser enclausurada, dotada de PCF P-90, sem a necessidade de ventilação. Para os subsolos com altura descendentes com profundidade maior que 12 m, e que tenham sua ocupação diferente

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