CURADORIA DE SERGIO NICULITCHEFF
MAC C
2 2 DE M ARÇO/ 13 DE MA IO
AMANDA MOA CAROLINE GASPAR DIANA LANÇAS ÉRICA BURINI ISABELLE FERRÃO JÚLIA STRADIOTTO LILIAN WALKER LUDMILA PORTO MAYSA SIGOLI MELISSA GOUVEIA PAULA CHIMANOVITCH
A produção artística atual é fragmentada sendo um reflexo da sociedade contemporânea. Nesse contexto, a pintura está presente como um espelho multifacetado, já que os modos e maneiras de expressão artística se alargaram consideravelmente no final do século passado e início deste. Existe uma renovação do repertório, da temática abordada, das técnicas e dos procedimentos.
A escolha especificamente destas jovens artistas, em princípio, foi dada a partir de uma empatia mútua, mas também pela percepção do grau de maturidade individual e potencial de desenvolvimento que a mim se apresentavam. Evidentemente que na produção cada uma das artistas são tratadas questões distintas, de acordo com as singularidades das poéticas pessoais. Nas abordagens técnicas existe tanto uma flexibilidade quanto ao uso dos materiais, quanto a utilização de um recurso de uma pintura tradicional (tinta óleo sobre tela). Quanto aos materiais, algumas obras nem fazem uso exclusivo dessa linguagem específica, pois são obras mais híbridas que mesclam as linguagens derivadas e correlacionadas, com materiais e suportes distintos como: o desenho, a fotografia, o recorte, a colagem, a costura, etc. Muitas artistas trabalharam dentro do conceito do campo expandido da pintura, no qual independente-
mente dos materiais utilizados percorreram o caminho da pintura, o pensamento pictórico e, de certa forma, a matriz geradora na execução da obra. Cada uma dessas artistas, a sua maneira, elaboram poéticas singulares, apresentam originalidade e autenticidade na expressão particular, sem falsidades estilísticas em se tentar travestir-se de meios contemporâneos.
Na velocidade das informações nos deparamos com tempo dilatado da pintura. Independentemente dos modos do fazer artístico e das diversas mídias contemporâneas, estão presentes os desejos de desenhar e de pintar. Indubitavelmente ainda se faz uso da experiência diária, a manualidade e a artesania para burilar a expressão e representação. Com certeza o uso das imagens é mais hedonista e autoreferente. Esta exposição Las Meninas é o reflexo da pintura, espelhamento do mundo, ver e ser visto.