Devorando InstalAÇÕES

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instalAÇÕES

IFSC Câmpus Jaraguá do Sul 2016



instalAÇÕES

Exposição de trabalhos dos estudantes do CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Modalidade Integrado IFSC Câmpus Jaraguá do Sul Coordenação Caroline Weiberg Sandra A. R. Fachinello

18, 19 e 20 de outubro de 2016 IFSC Câmpus Jaraguá do Sul Av. Getúlio Vargas, 830 - Centro, Jaraguá do Sul - SC, 89251-000



instalAÇÕES

Bruna Krueger Caroline Lava Claudio E. Pomianowsky Felipe Meisen Gilliard Carvalho de Almeida Gustavo Brock Larissa Wilkom da Silva Lavínia Caçador Liv Gabrielle Mengue Salerno Ferreira Luciana Borges do Amaral Maria Eduarda Fisher Marlon W. V. de Miranda Milena Martins Machado Natieli Jaine Simon Paulo Henrique da Silva Stefany Pereira Tainara Wendorff V. Pelle



instalAÇÕES A exposição se insere no projeto da disciplina de Artes do Curso Técnico Integrado em Química. Aproveitando o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema foi “Ciência Alimentando o Brasil”, a exposição articulou a temática alimentar com a linguagem contemporânea. Foi realizado o estudo de instalações na arte, bem como a pesquisa e o desenvolvimento dos projetos de instalações. Orientados pelas professoras Sandra A. R. Fachinello e Caroline Weiberg, os estudantes da sétima fase apresentaram os resultados de suas propostas durante os dias 18, 19 e 20 de outubro em diversos pontos do câmpus do IFSC Jaraguá do Sul. No dia 19, escolas da cidade de Jaraguá do Sul visitaram a exposição, sendo mediados pelos estudantes-artistas. O título da exposição, assim como suas obras, remetem tanto à temática da semana quanto às instalações propostas. Devorar, mais do que uma ação literal que pode ser exercida em algumas obras comestíveis, é um convite ao consumo das ideias e das sensações produzidas a partir do contato com a arte.


instalAÇÕES Um projeto de ensino-aprendizagem que engloba pesquisa e extensão na sua concepção. Desta defesa nasceu a proposição de pesquisa poética com os alunos. São alunos pensando com/pela/na arte e compartilhando com a comunidade externa suas reflexões artísticas. Cada semestre um tema motiva as discussões. Neste 2016/2 as propostas versam sobre a INSTALAÇÃO; para pensar tempos e espaços reconfigurados pelo olhar poético dos alunos. Desde as cavernas nos períodos pré-históricos até as mais avanças da tecnologias digitais, passando por objetos instalados, espaços específicos, entre outros termos,... Essa foi a caminhada de provocação que configurou-se na exposição.

Sandra A. R. Fachinello Professora de Artes Visuais


Devorar instalações é uma proposta, um convite. Oferecemos um banquete, um buffet, uma degustação de propostas artísticas aliadas ao tema da alimentação. Sirva-se, fique à vontade. A casa é sua. Aprecie. Inebrie-se. Alimente-se e sinta que cada experiência tem a oferecer. Olhe. Veja. Leia. Jogue. Pise. Coma. Beba. Suba. Sinta. Pense. Viva. Alimente-se integralmente corpo-alma-pensamento.

Caroline Weiberg Professora de Artes Visuais


Imagem da Alice, citação e garrafa com poção Instalação 2016

estranhíssimo

Cada vez mais


A representação de uma imagem repartida em vários ângulos demonstra complexidade de compreender o modo como as coisas se encaixam, mas, quando se trata de algo que tende a se estender ou diminuir, a escada é utilizada de maneira que a visão de espaço seja ampliada.

A história e o rumo das coisas é proporcional as decisões que tomamos, mesmo que sejam ESTRANHÍSSIMAS.

A maneira que Alice interfere na visão das pessoas demonstra riqueza artística, pois mesmo sem compreender o intuito da instalação, em um primeiro momento qualquer individuo se surpreendia com a presença da garota. Surpresa: substantivo feminino. Fato ou coisa que surpreende, que causa admiração. O modo como foi projetada, em extensão, de maneira que seus recortes tornassem visível sua formação, fez com que algo singelo se tornasse surpresa. Tainara Wendorff


Caixas de ovos, pedras, plástico bolha e malha Instalação 2016

Pisando em

OVOS


Medo, sentimento comum ao ser humano que modula ações e pensamentos. Ovos, alimento de origem animal que possui forma elíptica e casca "resistente" em algumas situações. A instalação "Pisando em Ovos" teve por objetivo reproduzir, através do tato, o ditado popular que denomina a obra.

A sensação do medo permaneceu constante, pois o espectador deveria se dispor a retirar o calçado e se lançar sobre uma superfície desconhecida. O barulho envolvido com o rachar dos ovos e a sensação de desequilíbrio sobre o plano garantiram harmonia na materialização do ditado. Podese observar ainda a degradação da obra, como aconteceria com os ovos ao serem rachados.

Luciana Borges do Amaral


Cortina do desperdício

Restos de comida, sacos plásticos e impressões Instalação, 2016


A instalação causou o impacto que o grupo buscou proporcionar, uma vez que, durante a montagem da obra, ficou claro o questionamento das pessoas a partir de suas reflexões sobre a obra.

O momento mais interessante foi quando uma aluna de outro curso adaptou uma música para a obra, expressando, por meio do canto, o que ela sentia com a nossa instalação.

Felipe Meisen Lavínia Caçador Liv Gabrielle Mengue Salerno Ferreira Milena Martins Machado


o que

Mesa, toalha, prato, talheres, copo, garrafa, vaso com flores, lixeira e embalagens de produtos industrializados Instalação, 2016

Você

você

sabe

come?


A obra interage com o público de maneira que os façam refletir sobre o que colocam na mesa para comer. Hoje em dia, com a industrialização de maior parte dos alimentos e um menor tempo para apreciar os horários de lanche, está cada vez mais difícil consumir alimentos saudáveis. Acabamos optando por produtos mais fáceis e rápidos, porém com qualidade duvidosa.

Essa obra promove o questionamento sobre o que estamos ingerindo em nosso dia a dia. O que comemos é realmente comida, ou poderia ser considerado lixo quando considerado valor nutritivo e benefícios para a saúde?

Larissa Wilkom da Silva Maria Eduarda Fischer


Garrafa PET, frutas e placa. Instalação 2016

A

arte

da natureza saudável


Natieli Jaine Simon

Realizar este trabalho foi de grande satisfação. Proporcionou a mim e a

outras pessoas nos sensibilizarmos cada vez mais quando o assunto é a nossa alimentação pois, muitas vezes, nossa rotina não nos permite fazer uma alimentação saudável. Também, poder saber que os visitantes da instalação tiveram a oportunidade de degustar um fruto exposto e ver que eles perceberam como é importante comer e saber o valor da alimentos saudáveis para nossa saúde, alcançando assim o objetivo inicial da obra.


Videoinstalação 2016

Será

que é

fofo?


A ideia da instalação surgiu após uma postagem que escancarava o caminho pela qual a comida (origem animal) passa antes de chegas às nossas mesas. A proposta materializou-se com o auxílio de um jogo já existente (Can your pet?) e do ambiente adequado. Tentamos conduzir o espectador a uma imersão total que tivesse como objetivo não só a reflexão sobre o que comemos, mas também sobre a “cultura da comida”, um assunto que, muitas vezes, passa despercebido.

Gustavo F. Brock Paulo H. da Silva

Já pensou em comer besouros, ao invés de cereal, no café da manhã?


O que os

olhos

veem Madeira, papelão, papel alumínio e tecido preto. Instalação, 2016


Como base para este trabalho utilizamos a ideia da artista Marie Hald sobre anorexia em que, utilizando um espelho que distorce a imagem que faz o tamanho da pessoa aumentar, faz referência a como uma pessoa com anorexia se sente pois, mesmo que ela seja muito magra, se vê gorda. Por esta razão o título do trabalho é “O que os olhos veem”, relacionando com a ideia de Didi-Huberman sobre o olhar e como o sujeito se vê.

Com a execução do trabalho, em função da substituição dos materiais, a ideia foi alterada para a imagem distorcida que a pessoa tem de si, pelo fato de a sociedade exercer uma coerção para que as pessoas estejam em um padrão imposto por ela. Caroline Lava Gilliard Carvalho de Almeida


GIF e música “Amianto”, Supercombo Videoinstalação, 2016

Elemento X


Mia, único e verdadeiro consolo e Ana, única e verdadeira amiga. Porém, as duas, se quiserem, acabam com sua vida num piscar de olhos. Você deve estar se perguntando quem será essa tal de Ana ou essa tal de Mia que você, mal conhecendo, já as prefere longe. Anorexia, conhecida por muitos como Ana, é um distúrbio alimentar que leva o indivíduo à obsessão pelo seu peso e por aquilo que come. Já a Bulimia, ou conhecida por Mia é um outro distúrbio alimentar caracterizado pela compulsão por comer, seguida de métodos para evitar o ganho de peso. Milhares de jovens sofrem desse grave problema que, para muitos, a solução é simples e eficiente: só comer. Bruna Krueger Stefany Pereira


propriamene dito

O consumo da arte

Bolo de laranja com cifrþes. Proposição, 2016


Durante esse projeto, pode-se dizer que as pessoas estavam literalmente consumindo a arte.

Quando apresentei as porções ao público, este demonstrou-se hesitante por não saber se era pra pegar espontaneamente, pra pedir ou simplesmente para observar. Portanto, tive que oferecer as fatias de bolo. O feedback foi bastante positivo; disseram que estava saboroso, que o estêncil de cifrões feito na cobertura era criativo, e que a analogia ao consumo da arte era interessante. A obra foi consumida em menos de 15 minutos. Muitos pediram para repetir, mas como eu queria atingir um maior público a proposta foi que cada pessoa comesse apenas um pedaço, uma vez que o conceito já tinha sido aplicado àqueles que já haviam consumido a arte.

Claudio E. Pomianowsky


Bebendo

Degustação de bebidas de diferentes sabores Ação, 2016

e aprendendo


O resultado da ação foi justamente o que a dupla esperou. Quando as pessoas tomavam as bebidas, tinham um reação bem característica de desgosto do que estavam ingerindo; não que a intenção do trabalho fosse fazer as pessoas ingerir bebidas "ruins", mas observar a reação delas ao passar por esse processo. O trabalho nos deixou muito satisfeito, pois o real objetivo foi atingido com êxito. Marlon W. V. de Miranda Vinícius Pelle


instalAÇÕES Coordenação Caroline Weiberg e Sandra Albuquerque Reis Fachinello Participantes Bruna Krueger, Caroline Lava, Claudio E. Pomianowsky, Felipe Meisen Gilliard Carvalho de Almeida, Gustavo Brock , Larissa Wilkom da Silva, Lavínia Caçador Liv Gabrielle Mengue Salerno Ferreira, Luciana Borges do Amaral Maria Eduarda Fisher, Marlon W. V. de Miranda, Milena Martins Machado Natieli Jaine Simon, Paulo Henrique da Silva, Stefany Pereira, Tainara Wendorff, V. Pelle Período 18, 19 e 20 de outubro de 2016 Local IFSC Jaraguá do Sul Rua Getúlio Vargas, 830 Centro, Jaraguá do Sul - SC, 89251-000 Projeto gráfico Caroline Weiberg Imagens Caroline Weiberg, Luciana Borges do Amaral

Esta publicação foi concebida a partir das exposição Devorando InstalAÇÕES, realizada entres os dias 18 e 20 de outubro de 2016 no IFSC câmpus Jaraguá do Sul


Este catálogo é de acesso e uso livre, guardadas as referências aos autores. Publicado em outubro de 2016

Ação de mediação realizada pelos alunos-artistas durante a vigência da exposição



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