(In)certezas

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IFSC Câmpus Jaraguá do Sul - Centro



Exposição de trabalhos dos estudantes do CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA Modalidade Integrado IFSC Câmpus Jaraguá do Sul - Centro Coordenação Caroline Weiberg

13, 14 e 15 de dezembro de 2016 IFSC Câmpus Jaraguá do Sul - Centro Av. Getúlio Vargas, 830 - Centro, Jaraguá do Sul - SC, 89251-000



Alessandro, Anatana, Camile, Douglas K., Douglas W., Elison, Eloisa, Emanuel P., Emanuel S., Fabricio, Gerson, Jenifer, João, Joel, Júlia, Juliana, Karina, Lavínia, Lucas, Maria, Matheus Maurício, Mayara, Melyssa, Nathália, Thaíssa, Vinícius



A exposição (In)certezas se insere no projeto da disciplina de Artes do curso técnico integrado em Química do IFSC Câmpus Jaraguá do Sul – Centro. Foi concebida pelos estudantes da sexta fase de forma democrática e participativa; os estudantes foram responsáveis pela escolha do nome da exposição, pela identidade visual, expografia, montagem e desmontagem e também pela confecção do texto de apresentação e das etiquetas informativas. As instalações apresentadas pelos estudantes têm como mote principal criticar modelos impostos pela sociedade e proporcionar espaços de reflexão. Propõe-se, sobretudo, suspender certezas e permitir-se duvidar. Caroline Weiberg Professora de Artes



O que é certo? O que é incerto? Em uma sociedade em que tudo é relativo, o indivíduo que tem um posicionamento crítico sobre algo é considerado fora dos padrões. Enquanto sociedade, estamos presos em uma rotina infinita que está cheia de pressões, desperdícios e prisões e está vazia de estranhamentos, reflexões e debates. Muitas vezes, nos prendemos a coisas superficiais e acabamos por ignorar o que realmente é importante. Por meio desta exposição, convidamos o público a colocar suas certezas vitais em segundo plano e, ao mesmo tempo, permitir a manifestação de suas incertezas duvidosas. Veja! Sinta! Reflita! Questione! Estranhe! Critique! Anatana Wachholz


Imagem da Alice, citação e garrafa com poção Instalação 2016


Prisão sem muros [...] No desenho que ficou atrás dos fios escrevi a palavra liberdade e desenhei como se fosse saindo da palavra uma fita que se espalha pelo desenho inteiro, mas em nenhum momento ela se prende, ou forma um nó já que a liberdade é um dos assuntos principais do trabalho. Também há dois rostos, um de cada lado do desenho, já que, muitas vezes, os relacionamentos que temos nos fazem fugir da rotina, nos fazem ser melhores e mais felizes. Há uma árvore bem no centro do desenho, pois amo estar em contato com a natureza, sair para andar de bicicleta e perceber em cada árvore, nas flores, como tudo é tão perfeito e lindo na natureza. Há uma parte do desenho colorida com azul escuro e muito gliter, para mostrar as noites escuras, as estrelas algo que também me tira da rotina é olhar para o céu, as nuvens, as estrelas... E há um patins com asas no desenho, mostrando meu amor por esse esporte e como me sinto quando ando de patins, livre, com “asas” nos pés. Acredito que podemos sempre encontrar uma forma de tornar único cada um de nossos dias. Talvez seja um clichê falar que fomos feitos para além de trabalhar, mas acredito ser uma verdade que às vezes esquecemos. Diante disso, o trabalho proposto traz essas ideias que, apesar de às vezes nossa vida parecer sem graça, podemos encontrar aquilo que nos faz feliz e nos traz liberdade para viver como queremos sem depender totalmente de nossa rotina. [...] Camile Carvalho

Fio, MDF, prego e cartolina 2016


Transtorno em ruas


[...] Esta obra representa como as pessoas estão presas e imersas no mundo e em suas linhas nas ruas. As formas como somos moldados para seguir as regras e as leis impostas pela sociedade e a falta de liberdade que possuímos. A cabeça de manequim representa a pessoa humana que está enrolada em fios e fitas que representam as ruas e avenidas. Fabrício e Mauricio

Cabeça de manequim, fios e fitas, 2016


Espelho da Alma

Tecido, gesso e espelho, 2016


[...] Incrivelmente em um final de aula de bioquímica foi quando tive um “momento eureca”, e me veio à cabeça que os olhos são o espelho da alma, e imaginei uma escultura com os olhos de espelho. Aprimorando a ideia, pensei em fazer uma cabeça até o peito (ou pescoço) com gesso (de faixa), tirando molde de uma pessoa. Depois, revestir com um tecido branco que dê a impressão de uma pessoa querendo sair deste pano. E, nos olhos, moldar um espelho para que o observador possa se ver e refletir e, quem sabe, interpretar a frase e a intenção que envolve a criação da obra. Lavínia De Marco


Bandeira

Tecido branco, 2016


[...] Como hoje em dia tudo acaba em política, começamos a discutir sobre o atual “governo” e as PECs e MPs, esse assunto desencadeou uma conversa sobre uma possível ocupação, quando pensei que, se realmente ocorresse uma ocupação, seria necessário ter uma maneira de mostrar para quem passava na rua o que estava acontecendo no IFSC. Foi nessa hora que o Elison falou de fazer uma bandeira escrito ocupado [...]. Comentei que havia pensado em algo do tipo para ser uma instalação; ele comentou que seria uma boa ideia, então nós dois fomos para a frente do câmpus ver onde seria possível levantar uma bandeira; lembrava que já tinha visto um mastro por lá, mas nunca uma bandeira. Chegando na saída do bloco das salas de aula, vimos o mastro, estava lá nosso local. Agora, faltava a bandeira. Com base nisso, falamos que deveria ter uma bandeira do Brasil ali, ao menos nas datas festivas para o país. Comentei que aquele era um Instituto Federal, mas sem nação, pois nunca havia sido hasteada uma bandeira. Com base nisso, decidimos demonstrar essa falta de nação figura pela falta de uma bandeira. Foi aí que o Elison comentou que em navios sem nação se hasteia uma bandeira branca para significar isso. Assim foi como ocorreu nossa ideia de instalação site specific.

João Schappo e Elison Mainardes


Sociedade em Miniatura

Folhas sulfite, percevejo, boneco de plรกstico, 2016


Seguir os padrões ou não? A sociedade nos impõe padrões os quais não somos obrigados a seguir. Porém, o não seguimento deles pode nos causar pressões e uma série de julgamentos. Não seguir nos dói? Ser julgado não dói? Ser ou não ser? Ser! Até porque na sociedade atual é isso que importa. Karina Castro


Cronismo em conjunto

Levando em conta a presença da crônica e sua presença no nosso dia-a-dia, o trabalho visa exercitar a escrita e confecção de textos desse gênero literário, de modo criativo e em conjunto. A escrita à mão também possui benefícios, como, por exemplo, a melhora no raciocínio, na linguagem e na memória. A intervenção consiste em escrever uma crônica em conjunto, com alguém que o participante não conhece, cada um escrevendo uma parte do texto em períodos de tempo diferentes, sem saber com quem escreveram. O participante pode iniciar uma crônica ou terminar uma já existente, mas nunca escrevê-la por completo. [...] No final, terá sido criado um livro com crônicas escritas por diversas pessoas (juntas) que nunca se conheceram. Lucas Klein e Emanuel Silva


Folhas, caneta, mesa 2016



Small Talk De acordo com BECKER (2012), a utilização do estranhamento enquanto metodologia de trabalho artístico, além de dirigir ao propósito (a obra de arte, ou no caso, uma ação artística) é de fundamental importância para a aproximação/conhecimento ao cotidiano [...]. A nossa instalação pretende promover o estranhamento, promovendo interações humanas a partir de conversas entre pessoas 'desconhecidas'. Serão distribuidos pelo câmpus do IFSC, diversos recipientes que possuirão diferenciados temas, que serão posicionados em locais estratégicos, possuem maior fluxo de pessoas. O objetivo da instalação é demonstrar a diversidade de culturas e ideais, e o estranhamento em frente ao choque dessas ideias, além disso, incentivar o uso da criatividade e pensamento crítico em conjunto com outras pessoas, ao abordar temas considerados fora do comum, que serão determinados a partir de um gerador de palavras aleatórias da língua portuguesa.

Gerson, Alessandro e Joel Graf

Small Talk 2016 BECKER, Jéssica. Conversas alheias: o estranhamento como metodologia e recepção estética. 2012.


Cuidado: DESPERDÍCIO!


Eloisa G. Frare e Jenifer C. Schäfer

Papel, pratos e frutas 2016


SENTIR O objetivo da instalação “Sentir” é trazer texturas, cheiros, cores e, até mesmo, gostos. É despertar todos os sentidos físicos que você pode imaginar lendo um livro de artista. Dessa forma, utilizarei perfumes, cremes, materiais sólidos, alimentos, ... A instalação não será muito grande, mas irá ter um tamanho que acomode bem as texturas presentes no livro.

Maria Eduarda Fontana da Silva


Papel, milho, arroz, creme, pirulitos, 2016


Luxo no Lixo

Tijolos, lixos, papel, papelão, impressões, relógios, 2016


Ao se pensar sobre as relações entre trabalho/ dinheiro / tempo livre da maioria das pessoas, percebe-se o buraco em que a sociedade se enterra a cada dia. Atualmente, o trabalho não é só a forma de se ter o sustento, ele acabou se tornando mais importante que a vida pessoal. O objetivo da instalação é provocar um certo estranhamento em relação a tudo isso e fazer as pessoas pensarem-na frase “o quanto tu pagas por quanto tu ganhas?”

O dinheiro como Deus te faz escravo. O tempo livre como algo desnecessário te faz apenas robô. O que tu colocas em primeiro lugar? Quanto tu pagas por quanto tu ganhas?

Anatana Wachholz e Mayara de Azevedo


Hospital de Folhas


Aristóteles descreve que a catarse refere-se à purificação das almas por meio de uma descarga emocional provocada por um trauma. Chorar é sofrer uma catarse. A gente chora quando o que a gente sente não cabe dentro da gente, e é aí que a gente transborda. Tudo passa por uma catarse. Se o homem fosse feito de folhas, a sua catarse liberaria folhas, algumas machucadas demais, outras, antologicamente intactas. É nesse contexto que o homem se encontra imerso em folhas, afundando nesse cativante mar de sensações. Faz parte de sua essência sofrer catarse, de forma que, nos recônditos de seu cérebro, as folhas voam, voam e voam, até que algumas são levadas pelo vento e, outras, deixadas para trás. Thaíssa Krueger

Folhas, fio de cobre, algodão e papelão, 2016


Gaiolas


[...] A borboleta é pequena e frágil, mas ainda possui uma liberdade invejável, pois se desprende de seu casulo, sofre metamorfose e sai voando pelo mundo. Nós nem sempre conseguimos essa façanha, nem mesmo percebemos o rumo que tudo está levando, apenas vamos seguindo o compasso. Às vezes, precisamos de um choque de realidade para acordar, e nos ver diante do espelho, e percebemos que estamos presos assim como as borboletas enquanto não sofrem sua metamorfose para sair voando pelo mundo. Só nos resta perceber que isso só depende de si mesmo e que nada mudará enquanto não sofrermos essa metamorfose. [...] Juliana Valerio

Acetato, papel, cartolina e borboletas de papel, 2016


Você não pode saber esse título


Inicialmente, tínhamos ideias diferentes, onde um pensou na estética e em como executar a instalação, mas sem um motivo real para fazê-lo. O outro pensou numa temática perfeita – o rompimento de barreiras impostas pela sociedade -, mas encontrava dificuldade em criar a estética da instalação. Ao conversarmos, percebemos o encaixe de ideias e dificuldades. [...]

Papelão, guache, caneta, 2016

Causar um bloqueio e dificultar a passagem, causando estranhamento e levado as pessoas a refletir com as palavras escritas na instalação. Nathalia Junckes e Douglas K. Junior


Brincando com formas

Caixa e massinha, 2016


Essa instalação tem como objetivo analisar a capacidade de uma pessoa de criar uma forma escultórica [...] usando as mãos sem o uso da visão ou outro sentido. Possuímos 5 sentidos para entender, criar, manipular as coisas, e vamos analisar como as pessoas se saem com apenas um sentido. É uma instalação simples formada por uma caixa com dois buracos nas suas extremidades e, dentro, há uma massinha de modelar usada para criar formas.

Douglas W. e Matheus E. Reichert


Fotografias e folhas sulfite, 2016

Piloto Automรกtico


Inicialmente, foi proposto gravar músicas que falassem sobre a interação entre as pessoas e sobre a vida de forma geral, fazendo as pessoas pensarem sobre seu cotidiano e a correria diária (que faz com que o sujeito não perceba o mundo em sua volta). Dessa maneira, seriam regravadas músicas conhecidas como Piloto Automático (Supercombo) e Simples Assim (Lenine). Em uma sala seriam projetadas imagens feitas pelo grupo, que retratam o cotidiano jaraguaense, enquanto as músicas estariam tocando. Porém, ao longo do processo criativo, foi encontrado outro meio de expor a ideia inicial, mudando a metodologia para exposições de exposições de fotografias acompanhadas, respectivamente, de trechos de músicas que expressam seu significado através de fotos. [...] Emanuel Pereira, Júlia Candiani e Vinícius Alexandre


Tangere


Tecido, penas, feijões, balde e pedras de rio, 2016

Meu projeto tem como principal objetivo a percepção da importância do tato, visto que este é um sentido muito utilizado, mas pouco valorizado. Para ocorrer essa percepção irei utilizar três recipientes, um com penas, outro com feijões e outro com pedras de rio. O recipiente será opaco e com tampa, para que não permita ao visitante ver o que há dentro dos recipientes, estimulando assim sensação criada pelo toque. A escolha desses objetos é pelo fato de que suas texturas são bem diferentes, o que proporciona sentimentos diferentes. Este projeto terá como nome Tangere que é a origem latina para a palavra tato. Melyssa Iara


Coordenação Caroline Weiberg Participantes Alessandro, Anatana, Camile, Douglas K., Douglas W., Elison, Eloisa, Emanuel P., Emanuel S., Fabricio, Gerson, Jenifer, João, Joel, Júlia, Juliana, Karina, Lavínia, Lucas, Maria, Matheus Maurício, Mayara, Melyssa, Nathália, Thaíssa, Vinícius Período 15, 16 e 17 de dezembro de 2016 Local IFSC Jaraguá do Sul - Centro Rua Getúlio Vargas, 830 Centro, Jaraguá do Sul - SC, 89251-000 Projeto gráfico Caroline Weiberg Imagens Anatana Wachholz, Caroline Weiberg,e Vinícius Alexandre

Esta publicação foi concebida a partir das exposição (In)certezas, realizada entres os dias 15 e 17 de dezembro de 2016 no IFSC câmpus Jaraguá do Sul - Centro


Este catálogo é de acesso e uso livre, guardadas as referências aos autores. Publicado em dezembro de 2016

miniCATÁLOGO da exposição (In)certezas



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