Ação Educativa
2013
Guia do
Professor
SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA — SESI Departamento Regional de São Paulo
FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
Presidente
Presidente
Paulo Skaf
Paulo Skaf
Conselheiros
Comcultura Comitê de Ação Cultural da FIESP
Elias Miguel Haddad Fernando Greiber Luis Eulalio de Bueno Vidigal Filho Vandermir Francesconi Júnior Nelson Abbud João Nelson Antunes Nilton Torres de Bastos Sylvio Alves de Barros Filho Massimo Andrea Giavina-Bianchi Nelson Luis de Carvalho Freire José Roberto de Melo Ronaldo Bianchi Sérgio Tiezzi Júnior Emílio Alves Ferreira Júnior
Diretor Titular Fernando Greiber
Diretores Adjuntos José Eduardo Mendes Camargo Mário Eugenio Frugiuele
Superintendente
Walter Vicioni Gonçalves
Assessor Especial da Superintendência José Felício Castellano
Diretor da Divisão de Desenvolvimento Cultural Celio Jorge Deffendi
Diretor da Divisão de Educação Fernando Antonio Carvalho de Souza
Coordenação Geral e Concepção SESI-SP - Divisão de Desenvolvimento Cultural Gerência de Projetos Culturais Alvaro Alves Filho
Área de Música Analista de Atividades Socioculturais Eduardo Carneiro da Silva
Agente de Atividades Socioculturais Kelly Faé Xavier Flávia De Laurentis (estagiária)
Núcleo de Apoio à Produção Cultural Thatiana Mendes Deivid Souza Juliana Cezário Catherine Barros (estagiária) Gabriela Valdanha (estagiária) Jéssica Telles (estagiária)
Conteúdo Edison Rodrigues Filho, João Menoni e Yonara Santana (redação) Taís Tanira Rodrigues (produção) Débora Dutra, Elaine Liberatti, Luana Mercurio, Luciana Sanches, Marcia Nunes, Neiva de Souza, Nilda Nunes,Tarsila Marchetti (revisão) Lívia Ceolin e Telma Iara Mazzocato (coordenação de revisão)
Design Gráfico Phabrica de Produções Alecsander Coelho e Paulo Ciola (diretores de arte) Carolina Ricciardi, Marcelo Macedo, Ricardo Ordonez, Rodrigo Alves e Viviane Fugiwara (diagramadores)
Com o objetivo de criar alternativas à construção do conhecimento de conteúdos disciplinares, como também às temáticas que envolvem o cotidiano dos indivíduos, e seguindo os quatro pilares propostos pela Unesco — aprender a ser, a conviver, a fazer e a conhecer — o projeto Ação Educativa do SESI-SP propõe questões e atividades dinâmicas, de interação, cooperação e colaboração, entre aprendizes e facilitadores.
Ação Educativa
Música 2013
Palavra do Presidente Arte e educação por um Brasil melhor Este projeto de arte e educação do SESI-SP, voltado às escolas e aos grupos de espectadores que frequentam as unidades da instituição e suas atividades, é um programa muito abrangente, com alcance em todo o Estado de São Paulo. Trata-se, desse modo, de iniciativa estratégica no âmbito de nossa meta permanente de multiplicar o acesso da população à cultura. São iniciativas como essa que queremos desenvolver cada vez mais. Integrando-as e interagindo com as atividades pedagógicas, esportivas e sociais mantidas em todas as nossas unidades, para todos os alunos e comunidades ao redor. Somente no ano de 2012, três milhões de pessoas participaram das mais de oito mil atividades culturais oferecidas pela entidade em todo o Estado. Estes eventos são complementos fundamentais de uma formação de excelência e qualidade. Afinal, em todos os segmentos artísticos, como música, teatro, dança, exposição, cinema e literatura, buscamos explorar o potencial pedagógico dos conteúdos, proporcionando vivência rica em significados, emoções, humanidade e conhecimento. Não é sem razão, portanto, que o SESI-SP tem sido uma das grandes referências nacionais na disseminação cultural, contribuindo, assim, para que tenhamos um Brasil cada vez melhor.
Paulo Skaf Presidente do SESI-SP
Aos educadores As obras de arte são testemunho do homem e de seu meio. Expressão que
parte do contexto social e histórico do artista — construída a partir de sua seleção temática, de técnicas e de materiais — e apresenta aspectos pessoais, locais, universais, culturais, temporais, críticos, plásticos e poéticos, entre outros, capazes de propor diferentes interpretações.
A mediação dos educadores contempla uma atitude aberta,
perceptiva, questionadora, que estimule a construção de sentidos, a descoberta de dúvidas e contradições, o compartilhamento de significados, a diluição dos limites entre o mundo real e o imaginário e permita desdobramentos, múltiplas e transformadoras leituras. O mediador abre um espaço de troca onde não há certo nem errado, mas vivência e apropriação, entendimento e admiração, reflexão e identidade, caminhos de acesso ao território da arte presentes nesse e em outros espetáculos.
Caro professor, avalie as atividades propostas, adaptando-as para a faixa etária e o grau de conhecimento de sua classe. 4
guia do professor | música 2012
Adélia Issa e Ricardo Ballestero Grandes Poetas, Grandes Canções, 60 min
Edelton Gloeden
O repertório brasileiro de canções de câmara.
Conceito do projeto artístico
Adélia Issa e Ricardo Ballestero apresentam-se juntos há mais de 15 anos. Nesse período, ambos vêm intensificando suas pesquisas sobre o repertório brasileiro de canções da música erudita para canto e piano. Várias das obras desse programa permanecem em manuscrito, sem edição, e foram resgatadas com as famílias dos compositores ou seus herdeiros, em bibliotecas por todo o País e em acervos particulares de músicos. O repertório a ser apresentado enfatiza os poemas utilizados nas canções, escritos por grandes nomes da literatura brasileira. A dupla traz textos em português, bem como elementos rítmicos e melódicos com várias características da linguagem popular e folclórica. As canções podem ser apreciadas por todos os tipos de público.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
O duo apresenta obras de compositores brasileiros de diversas épocas e estilos — Romantismo, Modernismo e Nacionalismo, até os dias de hoje — ressaltando a importância do poema, suas definições, as noções de ritmo, a identificação do tema, o verso, a rima e as figuras de linguagem, com o propósito de mostrar como se dão as relações musicais e textuais. Há jogos perceptivos, que atentam para a distância e a proximidade entre a música vocal e a fala, seus ritmos, significados e expressão de estados emocionais, além de atividades como explorar as diferenças da voz falada, cantada ao microfone e a capela, ou seja, sem acompanhamento instrumental. A oficina é dedicada à canção de câmara brasileira, apresentando alguns exemplos de obras vocais inspiradas em literatura maior. Tem como estrutura a utilização de poemas de grandes nomes das letras; e aborda o texto como elemento determinante da canção e não simplesmente como um componente secundário ou decorativo da melodia. Trata-se de uma postura interpretativa da música em função de ideias, do realce de estados de espírito, da evocação do meio social e do momento histórico, e das tradições culturais contidas nesses poemas. Os artistas acreditam que a educação pela música, com informações sobre a diversidade musical, mostrando um gênero possivelmente desconhecido pela maioria do público, contribui para ampliar seu universo cultural.
Sugestões de atividades ao mediador
Canto geral: O exercício de cantar é excelente, ainda mais ao lado de outras vozes, como em um coral. Estimule a formação de grupos de canto, promova apresentações em hospitais, praças, convide as pessoas para cantarem junto. A música traz a todos vários benefícios, como o exercício respiratório, a elevação da autoestima e o convívio social. Quem sabe cantar essa? Toque um trecho de alguns compassos de uma música e desafie os alunos a cantarem o restante da canção sem errar nada. A voz do passado: Promova um concurso de canto, grave a apresentação dos alunos e monte um arquivo que pode ficar disponível aos interessados que, no futuro, queiram ouvir como era sua voz no passado. Como um álbum impresso de formatura, será um registro vocal afetivo de uma época inesquecível, a época da escola.
Formação e instrumentos em destaque Adélia Issa (voz) e Ricardo Ballestero (teclado)
Ressonâncias Livro
ANDRADE, Mário de. Aspectos da música brasileira. Belo Horizonte: Villa Rica, 1991. MARIZ, Vasco. A canção brasileira de câmara. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002.
Filme | ENCANTAMENTO de Camargo Guarnieri. Direção: José Sette. Produção: Mario Drummond. [S.I.]: Asa Filmes, 1987. 37 min, son., color. [Documentário musical. Brasil.]. VILLA-LOBOS: uma vida de paixão. Direção: Zelito Viana. Produção: Vera de Paula. Rio de Janeiro: Mapa Filmes do Brasil Ltda., 2000. 127 min, son., color. [Drama. Brasil.].
Música |BERGANZA, Teresa; PAREJO, Juan Antonio. Teresa Berganza, Villa-Lobos, Braga, Guastavino. Pully: Claves Records, 1984.
GUARNIERI, Camargo. Vivo. In: ______. Um concerto, um canto, uma sonata, cinco poemas, oito ponteios e uma homenagem a Villa-Lobos. [S.I.]: Ponte D/Soarmec, 1999. KIEFFER, Anna Maria; PICCHI, Achille. A. Nepomuceno — canções. São Paulo: Akron, 1997. VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas brasileiras nº 5. In: LAGOYA, Alexandre. Bachianas brasileiras. Nova York: Universal Music, 2012. NEPOMUCENO, Alberto. O garatuja. In: Orquestra Sinfônica Brasileira. Série Brasileira — Alberto Nepomuceno. São Paulo: Tratore, 2010. SANTOS, Lenine; PICCHI, Achille. Canção. São Paulo: Algol Editora, 2007.
Texto na Web
HOFFMANN, Bruno. Alberto Nepomuceno — sua música era a língua portuguesa. 2010. Disponível em: <http://www.almanaquebrasil.com.br/personalidades-musica/10940-alberto-nepomuceno.html>. Acesso em: 22 mar. 2013.
Vídeo na Web | ALBERTO Nepomuceno — adágio para cordas. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZyvUFvXXh9o>. Acesso em: 22 mar. 2013. ação educativa do SESI- SP
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Black Voices Negro Spiritual — A Força da Voz, 60 min
Pedro Cattony
A essência da música vocal.
Conceito do projeto artístico O grupo Black Voices pesquisa e canta o negro spiritual, o cântico dos negros, levados como escravos à América do Norte na época da colonização. A sua base é o coral protestante, introduzido na América desde o século XVII pelos missionários, a que se sobrepõe elementos da música nativa americana, e, principalmente, da música nativa negra. Essas canções têm sua origem em encontros campais, comemorações e outros tipos de ritos religiosos. Nelas, existe uma forte esperança na justiça e na fraternidade do homem. Nas cerimônias, essas canções eram geralmente inspiradas por um leader, um solista, a quem o coro respondia, improvisando e acrescentando um ritmo marcante ao tema inventado.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade Os tradicionais spirituals são precursores de boa parte da música que existe no mundo: blues, jazz, rock, pop. A música norte-americana e mundial contêm ao menos um rouco gemido ou um agudo visceral africano. Apesar da forte entonação religiosa, o spiritual afro-americano cumpriu uma função política na luta abolicionista. São canções libertárias — a autoria da maioria atribuída aos escravos fugidos — nas quais eram inseridos códigos e expressões que mostravam aos escravos os caminhos para a fuga e, via de regra, meios de se localizarem. Os spirituals, a capela, mais que cantar, buscam atuar como intérpretes, que inteirados do seu texto criam um modo próprio, único, de vivenciar a canção e o sentimento.
Sugestões de atividades ao mediador
Canto do canto: Disponibilize tempo e espaço na agenda escolar para formar um grupo vocal, um pequeno coral que pode se expandir no número de componentes conforme for adquirindo adesão. Incentive os pais a cantarem com os filhos. Comece com poucas vozes, músicas conhecidas, e depois incremente o repertório inserindo canções de execução mais sofisticada, nacionais e estrangeiras. Cantos do Brasil: Promova entre os alunos uma pesquisa dos cantos de trabalho no Brasil, origem de muitas músicas do nosso folclore. Compartilhe com eles o significado desses cantos e comente sobre a época em que foram criados, a região do Brasil onde surgiram e os tipos de trabalho em que foram desenvolvidos. Ouvido apurado: Leve à classe e peça para os alunos trazerem exemplos de conhecidas canções populares do negro spiritual norte-americano. Divida com eles a compreensão de seu significado levando em conta o componente musical, a melodia, a harmonia, o ritmo, sem deixar de considerar o literário, os versos e as letras.
Formação e instrumento em destaque Ana Cavalheiro (mezzosoprano), Lisandra Donati (contralto), Thiago Bardella (tenor II), Marcelo Lima (baixo), Nemias Albuquerque (tenor I) e Sonia Campos (soprano e regência)
Ressonâncias Livro
BERENDT, Joachim E. O jazz, do rag ao rock. São Paulo: Perspectiva, 1987. CEDRAZ, Antonio. Turma do xaxado: resistência e coragem: a história de Zumbi dos Palmares. São Paulo: Martin Claret, 2012. HOBSBAWM, Eric J. História social do jazz. São Paulo: Paz e Terra, 2007.
Música
MORAES, Vinicius de; POWELL, Baden. Berimbau. In: CORAL UNIFESP. Os afro-sambas. São Paulo: Tratore/Fonomatic, 2010.
Texto na Web
Negro spirituals. Disponível em: <https://sites.google.com/site/juaresdemira/negro-spirituals>. Acesso em: 15 mar. 2013.
Vídeo na Web
BILLY Jean. Michael Jackson. Grupo Vocal Cantarte. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=TQta85eJv3c>. Acesso em: 23 mar. 2013. GRUPO vocal a capela The Skippers. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YIAd8e9hDys>. Acesso em: 23 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
Brazilian Guitar Quartet Turnê Grammy Latino, 60 min
Suzane Medeiros Vianna
Brazilian Guitar Quartet Plays Villa-Lobos, melhor álbum de música clássica no Grammy Latino de 2011.
Conceito do projeto artístico O grupo Brazilian Guitar Quartet traz a música de Villa-Lobos escrita para cordas, mostrando toda a genialidade desse compositor musical, reconhecido como ícone de brasilidade no exterior, para um grupo ainda maior de pessoas. Villa-Lobos, como nenhum outro, soube beber da fonte, recolhendo das cirandas, dos folguedos e das festas folclóricas uma vasta colheita de choros e de modas incomparáveis. No programa estão: Suíte Floral, Danças Africanas, Quarteto de Cordas Nº 12. Convide os alunos a se transportarem pelo som, sentindo o perfume de um jardim, o ritmo tribal afro, mergulhando nas visões e nos pensamentos que levaram o grande artista brasileiro a criar essas pérolas musicais.
Relação com a contemporaneidade Aclamado pelo jornal Washington Post por seu gosto virtuosístico e beleza sedutora, o quarteto brasileiro de violões é um dos principais grupos do gênero em atividade no cenário internacional. Diferencia-se pela presença dos violões de oito cordas de tessitura estendida que, aliados aos instrumentos tradicionais de seis cordas, permitem a exploração de um repertório inédito dentro do universo violonístico. Em mais de dez anos de existência, o quarteto já realizou mais de 300 concertos nas Américas, Europa, Ásia e Oceania, e arrebata plateias do mundo todo com críticas entusiasmadas da imprensa e teatros lotados.
Sugestões de atividades ao mediador Antropofagia musical: A obra de Heitor Villa-Lobos ora está circunscrita à tradição, ora busca seu futuro nas asas do experimentalismo, num ato de contínua antropofagia criativa. Estimule os alunos a investigarem outros conceitos desenvolvidos no rico caldeirão do modernismo, a influência que esta corrente de pensamento exerceu em vários segmentos das artes. Villa geral: Muitos músicos em várias gerações cultuaram Villa-Lobos em seu trabalho artístico. Reúna os principais exemplos desse movimento, promova a audição de uma mesma peça por dois ou mais grupos musicais. Saliente as diferenças, as semelhanças e as preferências. Ouvido musical: Promova a audição de cantigas de roda resgatadas por Villa-Lobos.
Formação e instrumentos em destaque
Tadeu do Amaral e Gustavo Costa (violão de seis cordas) e Everton Gloeden e Luiz Mantovani (violão de oito cordas)
Ressonâncias Filme VILLA-LOBOS: uma vida de paixão. Direção: Zelito Viana. Produção: Vera de Paula. Rio de Janeiro: Mapa Filmes do Brasil Ltda., 2000. 127 min, son., color. [Drama. Brasil.]. VILLA-LOBOS: por uma soprano. Direção: Yves Goulart. Produção: Goulart Filmes. [S.I.]: Avanturi Productions, 2011. 35 min, son., color. [Documentário. EUA.]. Livro AMORIM, Humberto. Heitor Villa-Lobos e o violão. [S.I.]: Academia Brasileira de Música, 2009. GUÉRIOS, Paulo Renato. Heitor Villa-Lobos: o caminho sinuoso da predestinação. Rio de Janeiro: FGV, 2003. MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos: compositor brasileiro. 11 ed. Belo Horizonte: Itatiaia Limitada, 1989. (Coleção Reconquista do Brasil). v. 167. NEGWER, Manuel. O florescimento da música brasileira. Tradução: Stéfano Paschoal. [S.I.]: Martins, 2009. SANTOS, Marco Antonio Carvalho. Heitor Villa-Lobos. Recife: Massangana, 2010. SANTOS, Sandra. Museu Villa-Lobos: 50 anos despertando sentidos — um olhar fotográfico. Rio de Janeiro: Museu Villa-Lobos, 2010. Música VILLA-LOBOS, Heitor. As bachianas n. 5. In: SANDY & JÚNIOR. As quatro estações — o show. Rio de Janeiro: Universal/Mercury, 2000. VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas brasileiras nº 1 — Embolada. In: QUATERNAGLIA. Estampas. São Paulo: Tratore/Fonomatic, 2010. VILLA-LOBOS, Heitor. Choros nº 2. In: PROJETO B. A viagem de Villa-Lobos. São Paulo: SESC-SP, 2009. Texto na Web Sejam muito bem-vindos ao sítio do museu Villa-Lobos! Disponível em: <http://www.museuvillalobos.org.br/>. Acesso em: 23 mar. 2013. Vídeo na Web HEITOR Villa-Lobos - O trenzinho do caipira. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DC8oFe5bkeY>. Acesso em: 23 mar. 2013. HEITOR Villa-Lobos: Sinfonia nº 4 A Vitória — Roberto Tibiriçá — FESNOJIV. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8KyqfgMOwgQ>. Acesso em: 23 mar. 2013. VILLA-LOBOS em três tempos. Disponível em: <http://globotv.globo.com/globo-news/globo-news-especial/v/villa-lobos-em-tres-tempos/1156259/>. Acesso em: 8 abr. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Cia. Scena Incanto Cores da Voz — A Arte da Coloratura, 60 min
Richard Bromberg
Um passeio pelos períodos barroco, clássico e romântico.
Conceito do projeto artístico O grupo apresenta, em recital para piano e voz, árias e duetos em que se destaca a coloratura, também conhecida como virtuose ou agilidade vocal. São abordadas na aula-espetáculo obras características desde o período barroco até o romântico, escritas por importantes compositores — Händel, Mozart, Rossini, Bizet e Verdi. Um narrador explica as facetas sobre a arte da coloratura e também comenta sobre os libretos — textos de uma peça musical do tipo ópera, opereta, musical, oratório e cantata.
Relação com a contemporaneidade Vários compositores, desde os barrocos até os modernos, coloriram suas obras com passagens escritas especialmente para ressaltar o virtuosismo vocal. São as chamadas coloraturas que, no mundo erudito, são reconhecidas pelos malabarismos de agilidade da voz, em que diversas notas seguidas devem ser cantadas com enorme velocidade. Na apresentação são interpretadas várias famosas de coloraturas de Vivaldi, Händel, Rossini, Donizetti e Verdi.
Sugestões de atividades ao mediador A arte da coloratura: A arte de aprender e treinar a persistência passa pela coloratura. Estimule os alunos a investigarem quantos anos um cantor lírico estuda para formar a voz; quantas horas de exercício dedica por semana; quais os idiomas principais a serem aprendidos; quais as matérias musicais que deve dominar, como Teoria Musical, História da Música e outras; como deve ser o treinamento, no caso específico do estudo das coloraturas ou agilidade vocal; quanto tempo leva em média para se conseguir um bom resultado. O Barroco na lupa: Peça aos alunos para pesquisarem quais os temas do pensamento barroco que se podem encontrar tanto na música como na literatura como a fugacidade da vida e a instabilidade das coisas, a morte como a expressão máxima da efemeridade, o apelo à religião, o castigo como decorrência do pecado, o arrependimento, a narração de cenas trágicas e muitas outras vertentes a serem exploradas. Peça também para indicarem o que diferenciou o período Barroco do Renascentista. Sarau barroco: Organize um encontro em que cada aluno ofereça uma leitura de um texto ou poesia, a audição de uma música, a exibição de um filme sobre o Barroco, um dos períodos mais interessantes da história do pensamento humano.
Formação do grupo e instrumentos em destaque Fernanda K. Soifer e Roxana Kostka (soprano) Ilso Muner (piano) Richard Bromberg (narração e canto)
Ressonâncias Filme BAZIN, Germain. Barroco e rococó. São Paulo: Martins Fontes, 1993. COLI, Jorge. A paixão segundo a ópera. São Paulo: Perspectiva, s/d. MARTINS, Heitor. Do barroco a Guimarães Rosa. Belo Horizonte: Itatiaia, 1983. PACHECO, José Vieira. Castrati e outros virtuoses: a prática vocal carioca sob a influência da Corte de D. João VI. São Paulo: Annablume, 2009. Livro FARINELLI. Direção: Gérard Corbiau. Produção: Véra Belmont. [S.I.]: Stéphan Films; [S.I.]: MG; Roma: Italian International Film, 1988. 100 min, color. [Drama musical. Bélgica.]. LA CENERENTOLA. Direção: Jean-Pierre Ponnelle. Produção: David Watkin. Regência: Claudio Abado. [S.I.]: Unitel, 1981. 152 min. [Comédia musical. EUA.]. O MESTRE da música. Direção: Gérard Corbiau. Produção: Alexandre Pletser. Radio Télévision Belge Francophone (RTBF),1994. K2 SA, 111 min, color. [Drama musical. França, Itália e Bélgica.]. Música HANDEL, George Frideric. Arrival of the queen of Sheba (Solomon). In: ORQUESTRA THE ENGLISH CONCERT. 50 greatest baroque works. Nova York: Universal Music, 2012. HANDEL, George Frideric. Messiah Hallelujah Chorus. In: MEGURO, Shoji. Catherine sound disc. [S.I.]: Independente, 2011. BEETHOVEN, Ludwig van. Sonata ao luar. In: BANDA LUAR DE PRATA. Chega de saudade. [S.I.]: Buriti/Universal, 2007. Rádio na Web BEETHOVEN — sonata ao luar (Moonlight sonata). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=v2jir8opKlc>. Acesso em: 24 mar. 2013. FOUR Seasons — Vivaldi. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=GRxofEmo3HA>. Acesso em: 24 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
CinePiano 1- Paulo
A música do cinema.
Cinepiano Tony Berchmans, 60 min
Conceito do projeto artístico
O espetáculo se inicia com a apresentação do primeiro filme e Tony Berchmans faz a trilha sonora ao vivo. Após o término do primeiro filme, Tony faz uma breve explanação sobre importantes aspectos do casamento entre música e cinema desde os primórdios da sétima arte. São explicados os termos em que a música era pensada, criada e reproduzida durante o período que vai do cinema primitivo ao final da fase dourada do cinema mudo, marcada pelo estabelecimento dos padrões de sincronismo de som. Em seguida, é apresentado o segundo filme, que é acompanhado do mesmo modo como eram realizadas as projeções desse período: com o pianista improvisando e descrevendo as ações e os sentimentos dos personagens, criando as onomatopeias musicais dos eventos, apoiando os diferentes climas dramáticos da história, sempre no universo dos estilos de música da época, como ragtime, jazz tradicional, blues, romântico e passagens por formas como tango, polca, mazurca, valsa, fuga e outras.
Relação com a contemporaneidade
Celebrando uma rica época da evolução cinematográfica, a oficina explora o grande desafio da composição musical para cinema, questão pouco discutida e, ao mesmo tempo, fascinante. Seguindo uma tendência contemporânea de discussão das bases da criação de cinema, a exemplo de filmes recentes como os premiados O Artista, de Michel Hazanavicius, e A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, o espetáculo demonstra o uso das ferramentas básicas de descrição e pontuação musical e consagra a significância da trilha sonora dentro da linguagem cinematográfica.
Sugestões de atividades ao mediador
Sessão comentada: Promova a exibição do filme O Artista, de Michel Hazanavicius, e destaque os aspectos referentes ao modo como o som foi introduzido no cinema. Saliente as dificuldades que alguns atores famosos tiveram para se adaptar a essa nova tecnologia, uma vez que muitos deles não tinham dicção e sonoridade de voz adequadas ao seu visual. Trilhas inesquecíveis: Muitos filmes alcançaram sucesso pelo fato de terem nas suas trilhas sonoras o seu grande trunfo. Muitas músicas sobreviveram aos filmes. Faça uma audição de algumas dessas joias e as relacione com seus respectivos filmes. O mago das trilhas: John Williams é, possivelmente, o maior compositor de trilhas sonoras de sucesso do cinema. Entre as mais conhecidas, estão temas de filmes de Steven Spielberg e George Lucas. Peça que os alunos investiguem sua obra musical e promova a audição de algumas de suas composições.
Formação e instrumento em destaque Piano: Tony Berchmans
Ressonâncias Livro
ALVARENGA, Marcio Manzi. 101 trilhas de “A música no cinema”. Uberlândia: Edufu, 2011. BERCHMANS, Tony. A música do filme: tudo o que você gostaria de saber sobre a música de cinema. São Paulo: Escrituras, 2006. MÁXIMO, João. A música do cinema — os 100 primeiros anos. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.
Música
MORRICONE, Ennio. The very best of Ennio Morricone. [S.I.]: EMI Europe, 2000.
Música na Web
MORTON, Jelly Roll. Dead Mans Blues; Granpa’s Spells. Disponível em: <http://www.lastfm.com.br/music/Jelly+Roll+Morton>. Acesso em: 14 mar. 2013.
Texto na Web
AGUIAR, Thaís. As mais famosas trilhas do cinema. Disponível em: <http://agenciajodigitalunitau.blogspot.com.br/2012/04/as-mais-famosas-trilhas-sonoras-do.html>. Acesso em: 14 mar. 2013.
Vídeo na Web
CINEPIANO Tony Berchmans. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=fPTcxoKXLDU>. Acesso em: 26 mar. 2013. CINEPIANO tour 2012. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=D5wVESROyjg>. Acesso em: 26 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Coletivo Abaetetuba
Divulgação
A improvisação musical com instrumentos de época. Música Criativa, 60 min
Conceito do projeto artístico
O Coletivo Abaetetuba, criado em 2004, em São Paulo, tem realizado turnês na Europa, em festivais na Espanha e Inglaterra, além de colaborar com improvisadores de diversas partes do mundo — Marcio Mattos, John Edwards, Sabu Toyozumi, Phil Minton, Hans Koch, John Russell e outros. O grupo é fundador do Fiil — Festival Internacional Abaetetuba de Improvisação Livre, no Centro Cultural São Paulo. Seu processo musical baseia-se na improvisação livre, com uso de instrumentos provenientes da cultura folclórica brasileira, da medieval, japonesa, europeia e de criação própria, o que leva o músico e o ouvinte a universos sonoros de infinitas possibilidades criativas. A improvisação livre caracteriza-se pela sua linguagem global, sua incessante busca por novos sons e caminhos de criação, suas inovadoras parcerias e singularidades de cada encontro. Surge com grande vigor nos Estados Unidos e na Europa em meados da década de 1960, como decorrência do free jazz, da música erudita contemporânea, música étnica e, sobretudo, de mudanças no pensamento sobre como criar e ouvir música, abrindo dimensões ainda não exploradas.
Relação com a contemporaneidade
A vida na contemporaneidade se caracteriza pela pressa, potência e velocidade em tudo, nas informações via internet, na cozinha com pratos pré-fabricados, aquecidos em minutos em forno micro-ondas, no pouco tempo para o lazer quase inexistente, principalmente para as crianças, na ausência de estímulos lúdicos naturais, jogos de rua, convivência em grupo, futebol em campinhos improvisados e outras atividades em que a parceria e o espírito de equipe prevalecem. A revolução digital que varre o planeta não deve extinguir as práticas que se valem da presença humana, do olho no olho, do abraço, da companhia e do companheirismo. A noção de socialização via digital exclui o orgânico, o natural, o lúdico, nela se perde o sentido primordial de senso crítico, principalmente nas crianças que ainda não desenvolveram seu pensamento completamente. O grupo aplica exercícios musicais que proporcionam ganhos cerebrais no que se refere à atenção, harmonia, desinibição, criatividade — ouvir-se a si mesmo e aos outros, percepção, coordenação psicomotora, sensibilidade e reação a estímulos repentinos, aleatórios — como ocorre naturalmente no dia a dia das pessoas. Todas estas faculdades são necessárias na vida contemporânea, até mesmo para uma melhor assimilação do ensino técnico e escolar.
Sugestões de atividades ao mediador
Narrativa-repente: Organize a turma em grupos de até seis alunos. Sugira que, sentados confortavelmente, formem um círculo. Escolha o primeiro a contar uma história, cada um tem cinco minutos para contar a sua história, que deverá ser continuada pelo aluno ao lado. Podem ser inseridos novos personagens e ações, acrescentados pelo próximo até completar a roda, com possibilidade de realização de uma ou mais rodadas. Grave a rodada em áudio ou vídeo. Depois, estimule os participantes a encerrarem a história, individualmente, em uma redação curta de, no máximo, 30 linhas. Esses finais podem ser compartilhados com os demais participantes da roda e um deles pode ser escolhido para ser integrado à história que assim se completa. Desafio de letras: Soletrar de improviso é um grande desafio. Um aluno deve propor uma palavra para ser soletrada pelos desafiantes. Aquele que acertar a grafia da palavra proposta assume o posto do proponente anterior. Ganha quem permanecer mais rodadas como proponente. Sugira a criação de um banco de palavras preferencialmente escolhidas.
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Antonio Panda Gianfratti (percussão contemporânea) Rodrigo Montoya (shamisen e violão) Thomas Rohrer (rabeca e saxofone) Luiz Gabriel Gubeissi (contrabaixo acústico)
Ressonâncias
Filme
A PARTIDA. Direção: Yôjirô Takita. Produção: Yasuhiro Mase. Shibuya: Amuse Soft Entertainment; Osaka: Asahi Shimbun Sha; Minato: Dentsu, 2008. 130 min, son., color. [Drama musical. Japão.]. SONHOS. Direção: Akira Kurosawa. Produção: Hisao Kurosawa e Mike Y. Inoue. [S.I.]:. Warner Bros. 1990. 119 min, color.[Drama, Fantasia. EUA, Japão.].
Livro
GARCIA, André Virginio Diogo. De repente, repente. Belo Horizonte: RHJ, 2012. RIBEIRO, Seu; SÁ, Sérgio Ricardo Oliveira de. Arena virtual — o livro do I Festiverso: o desario do repente na era digital. Santa Luzia: Rede Catitu, 2011.
Música
GUIMARÃES, Marco Antonio. Sambolero. In: UAKTI. Blindness ensaio sobre a cegueira. Santa Mônica; Nova York: Universal/Decca, 2008. LALWANI, Suresh; SHANKAR, Pandit Ravi. Sandhya Raga. In: SHANKAR, Ravi. The best of the private music recordings. Nova York: Sony/Private Music, 2001.
Texto na Web SABATELLA, Marc. Uma introdução à improvisação no jazz. Disponível em: <http://www.jazzbossa.com/sabatella/>. Acesso em: 5 abr. 2013.
Vídeo na Web ANDIT Ravi Shankar- Raga Rasia. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=en4PBZ1Wzno>. Acesso em: 5 abr. 2013.
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guia do professor | música 2012
Uma incursão por repertórios pouco conhecidos da música antiga.
Conjunto de Música Antiga da ECA-USP Música para Ouvintes Engenhosos, 60 min
Conceito do projeto artístico
A interpretação historicamente orientada, também conhecida como música antiga, vem ganhando espaço no cenário mundial não só por estabelecer alternativa à prática musical tradicional, de enfoque predominantemente romântico, mas também por oferecer uma incursão por repertórios não tradicionalmente explorados por orquestras e conjuntos que não utilizam instrumentos históricos. Sendo assim, é importante que instituições de ensino brasileiras estejam alinhadas com as tendências mundiais e ofereçam a seus alunos a oportunidade de travar contato com esse enfoque musical. O Conjunto de Música Antiga da ECA-USP é um dos únicos grupos existentes vinculados a uma universidade brasileira e tem um objetivo que o diferencia da maioria: ele reúne trabalhos de pesquisa e prática musical. As atividades musicais do conjunto têm gerado excelente repercussão, sendo auspiciosa a realização de concertos didáticos, uma ação efetiva no sentido de levar as pesquisas que fundamentam essa prática para além do âmbito acadêmico. Os integrantes têm convicção de que é possível mostrar, de forma simples e acessível, que essas pesquisas não se constituem em especulações herméticas, teóricas — ao contrário, são meios poderosos para enriquecer a percepção de músicos e ouvintes. Por sua ligação à universidade, o grupo atua segundo a proposta específica de agregar ensino, pesquisa e interpretação musical de alta qualidade. Para isso, os integrantes não apenas dominam a técnica de instrumentos antigos, mas trabalham ativamente com diversos aspectos da pesquisa, traduzindo e estudando tratados, editando partituras, pesquisando os instrumentos da época, transformando todo esse conhecimento em prática musical de alto nível, inteligente, bela e cheia de expressividade.
Sugestões de atividades ao mediador
Exercício de percepção sonora: Os músicos mostram na aula-espetáculo os instrumentos antigos aos alunos, comentam sobre origens e características, e os tocam isoladamente para uma melhor percepção de sua sonoridade. Peça aos alunos identificarem os instrumentos harmônicos e melódicos na formação do conjunto. Como cada um atua no resultado sonoro do conjunto? Audição profunda: Reproduza trechos de composições do período barroco, romântico e moderno. Desafie os alunos a identificarem o período musical que cada um representa. Para tal tarefa, peça para a turma investigar as características da sociedade de cada época e como o modo de vida influenciava a composição musical. Será que hoje em dia ainda é assim? Vida de instrumento: Tal qual pessoas, os instrumentos têm voz, manias, famílias, antepassados, irmãos, primos e, por mais incrível que pareça, eles têm nascimento, apogeu e morte. Alguns vivem mais, outros menos. Desafie os alunos a montar a árvore genealógica do violino, do piano, do saxofone e de outros instrumentos, espalhando os galhos dessa árvore com os parentes e congêneres, e mostre os frutos com o nome dos maiores musicistas, os expoentes de cada ramo de instrumentos.
Bruno Schultze
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Formação e instrumentos em destaque
Clara Sawada, Samira Giro Zeber, Letizia Taboada Roa, Fernando Moreira de Lima, Marcus Held e Octávio Amado Gaspar (violino), William Coelho e Kauê Belisário da Silva (viola), Rafael Gandolfo Scherk, Ana Gabriela Mendoza Condori e Diego Rodrigo Alves (violoncelo), Delphim Rezende Porto, Mario Rodrigues Videira Jr. (cravo) e Adonias Calebe e Guilherme dos Anjos (flauta doce)
Ressonâncias Livro
AUGUSTIN, Kristina Neves. Um olhar sobre a música antiga: 50 anos de história no Brasil. Rio de Janeiro: Kristina Neves Augustin, 1999. BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. CANDE, Roland de. História universal da música. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
Música na Web SUITE 1&2. De Matthew Locke. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=qi8vRlln-IA>. Acesso em 12 Abr.2013. TEN Sonatas. De Henry Purcell. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=QeP-x33P9NM>. Acesso em 12 Abr.2013. HARPSICHORD Works,Rampe. De Georg Muffat. Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=-vRjFphFLN4>. Acesso em 12 Abr.2013. VIVALDI:IL BAJAZET (Il Tamerlano) / Sinfonia;2. Andante molto. De Antonio Vivaldi. Com Venice Baroque Orchestra. In: Vivaldi: Amor profano. Universal Music, 2008. Handel:Messiah;The trumpet shall sound. De George Frideric Handel. Com Bryn Terfel [Baixo Barítono]. In: Handel: Arias. Universal Music, 2012.
ação educativa do SESI- SP
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Duo Amarildo Nascimento e Mauricio Carvalho
Divulgação
O repertório erudito para trompete e piano.
Trompete: Do Barroco ao Pós-Romantismo, 60 min
Conceito do projeto artístico
O duo se formou em 2007, a partir da necessidade de divulgação do repertório para trompete solo feita pelo professor Amarildo Nascimento. Essa formação camerística é bastante recorrente, quer tendo o trompete como solista, quer tendo qualquer outro instrumento principal com acompanhamento de piano, que, efetivamente, pode substituir o papel desempenhado por uma orquestra. No programa constam duas obras — Maid of the Mist e Pequena Suíte para Trombeta e Piano — que foram escritas originalmente para piano e trompete, e também concertos para trompete de Haydn e de Torelli, clássicos exemplares da versão reduzida da orquestra para o piano. Ao propor a formação duo piano-trompete, a dupla busca trazer à tona a versatilidade e a grande possibilidade interpretativa que esses instrumentos trazem, de um modo acessível, democrático e didático.
Relação com a contemporaneidade
As possibilidades de conhecimento intelectual que a música erudita proporciona aos seus apreciadores permeiam o universo histórico, artístico e cultural da humanidade. Tendo sido parte integrante de cada momento da história, a música se apresenta como um reflexo do pensamento prevalente em cada um desses momentos e, com isso, participa da construção do pensamento universal contemporâneo. Entretanto, o acesso a esse tipo de arte ainda hoje é restrito, particularmente devido ao destaque dado à música comercial, o que torna ações como a aqui proposta essenciais para o desenvolvimento cultural de forma plena, com diversidade e abrangência.
Sugestões de atividades ao mediador
Barroco aqui e agora: O estilo artístico deu-se na Europa no final do século XVI até meados do século XVIII, notadamente na Itália, difundindo-se para outros países católicos até atingir, ainda que com suas peculiaridades locais, outros países de origem protestante. Händel, Bach, Vivaldi são compositores que representam esse movimento, com destaque para o italiano Giuseppe Torelli (1658-1709) como um dos principais compositores para o trompete à época. Estimule os alunos a encontrarem na atualidade o que se refere ao Barroco, na música, na arquitetura, nas artes e na vida moderna de maneira geral. Origem do trompete: Acredita-se que o homem pré-histórico utilizava um instrumento parecido com o trompete, um dos mais antigos instrumentos musicais, para assustar os animais e para se defender. Várias civilizações da Idade Antiga faziam uso do trompete em festas e rituais religiosos, pois acreditavam que o som emitido era capaz de afastar os espíritos maus. Esses e muitos outros detalhes podem ser investigados pelos alunos e apresentados ao som do trompete como música de fundo. E depois do Barroco? O Classicismo foi o período compreendido entre a segunda metade do século XVIII e o início do XIX, e, para muitos, o mais rico e memorável de todos os períodos, particularmente na música erudita ocidental. No século XIX, a Beethoven é creditado o mérito de ter trazido ao mundo as características que consolidariam o período romântico. O movimento permeou o universo das artes, da filosofia e da política, marcado por um caráter essencialmente nacionalista e com uma visão de mundo centrada no indivíduo. A subjetividade seria a tônica do qual se destaca o compositor e trompetista norte-americano Herbert L. Clarke. Promova a audição de uma peça barroca, clássica e romântica e depois comente sobre o que as fazem parecidas, diferentes e únicas.
Formação do grupo e instrumentos em destaque Amarildo Nascimento (trompete) Mauricio Carvalho (piano)
Ressonâncias Livro
BENNETT, Roy. Instrumentos da orquestra: cadernos de música da Universidade de Cambridge. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. GROUT, Donald J. História da música ocidental. Portugal: Gradiva, s/d. SADIE, Stanley. Dicionário grove de música. Rio de Janeiro: Zahar, s/d. WAGNER, Richard. Beethoven. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.
Música
MARSALIS, Wynton. Trumpet concertos. Nova York: Sony Music, 1983.
Vídeo na Web
GIUSEPPE Torelli: concerto in C major. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=LzzG1yxYap8>. Acesso em: 24 mar. 2013. HEINZ Schwebel fala sobre a história do trompete. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=v1QVZbTJZT4>. Acesso em: 24 mar. 2013. WYNTON Marsalis-Hummel concerto in E (3rd movement). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=9wuQxBxSEPw>. Acesso em: 24 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
Duo Impressões
Divulgação
O Impressionismo na música. A Globalização dos Sons, 60 min
Conceito do projeto artístico
Na segunda metade do século XIX, um movimento artístico eclodiu nas artes plásticas em Paris. Artistas como Rembrandt, Manet, Renoir, entre outros, iniciaram o Impressionismo. As obras de arte, até então, só eram aceitas pelos meios acadêmicos e críticos se fossem criadas dentro de um estúdio, com temáticas que obedecessem a um padrão formal preestabelecido por movimentos artísticos anteriores, como o Clássico e o Barroco. Os impressionistas romperam com esta camisa de força. Os pintores impressionistas franceses subverteram essa ordem estrita, questionando esse formalismo conceitual com novas visões de arte, como a pintura feita em um ambiente externo, com temas variados, às vezes coletados em outros países e de outras culturas, como fez Eugène-Henri-Paul Gauguin (1848-1903), retratando paisagens e nativos do exótico e longínquo Taiti. Na música, o germe da nova linguagem também atingiu os compositores da época, principalmente Achille-Claude Debussy (1862-1918) e Joseph-Maurice Ravel (1875-1937). Este último pesquisou escalas musicais de outras culturas e incorporou em suas composições sonoridades inovadoras de um frescor inigualável, que remete os ouvintes a lugares jamais descritos por compositores eruditos de outras épocas. As escalas maiores e menores, padrão musical utilizado à exaustão por compositores dos períodos barroco, clássico e romântico, davam lugar a sons exóticos, nunca ouvidos, que além de causarem furor e espanto no meio musical da época, abriram as portas para o Nacionalismo, e principalmente para o Modernismo, além de outras manifestações populares que predominaram a totalidade musical do século XX.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Pode-se conferir à Debussy e Ravel um dos primeiros movimentos da cultura mundial em direção à composição da conhecida aldeia global, ou Gaia, num sentido de unidade dos habitantes do planeta. Ao observar mais de perto, encontram-se os mesmos anseios em absorver artisticamente elementos de outras culturas da sua época, a oriental, com escalas de tons inteiros, pentatônica, e a ocidental, a americana em especial, contida na música negra — jazz, blues, pop e rock. Sua globalização vem de muito tempo, e continua de forma avassaladora pelos meios de interação digital, surpreendendo como sempre e cada vez mais atual, uma espécie de Impressionismo permanente que se estende desde a Europa do século XIX, até as Américas das primeiras décadas do século XX, invadindo o século XXI. O Impressionismo se expandiu e ainda hoje prevalece em muitos aspectos do cotidiano. No Brasil, influenciou Leopoldo Miguez, Henrique Oswald e Heitor Villa-Lobos.
Sugestões de atividades ao mediador
Impressionante! Promova uma discussão questionando quais são as características marcantes do Impressionismo na pintura e na música e o que as diferencia da estética de outros movimentos e épocas como o Barroco e o Romantismo. Tudo sobre: Instigue a curiosidade em investigar o violino, instrumento da família das cordas friccionadas, o menor e o mais agudo deles. Como o som é produzido? Pelo friccionar da crina do arco nas cordas. Desafie os alunos a descobrirem quem foi o virtuose que fez um arco com os cabelos de sua amada. Os outros instrumentos dessa família são: viola, violoncelo e o contrabaixo, todos afinados em quintas. O violino foi inventado há mais de 500 anos e desde então pouco mudou. Sobre a música de câmara: É a música produzida para pequenos grupos de instrumentistas para ser executada em pequenas salas, pequenas câmaras. O duo violino e piano é uma formação de câmara. A mais célebre de todas é o quarteto de cordas, com dois violinos, viola e violoncelo. Não é regra, mas um grupo de câmara pode chegar a ter de 10 a 12 instrumentos. Promova várias audições com os alunos e os estimule a ouvir seus pensamentos e a registrar os principais por escrito, impressões pessoais que nascem durante a audição das peças.
Formação e instrumento em destaque Luiz Amato e Achille Picchi (violino)
Ressonâncias Livro
JOURDAIN, Robert. Cérebro, música e êxtase. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. NEWALL, Diana. Segredos do impressionismo. São Paulo: Folha da Manhã/Publifolha, 2012.
Música
PERES, Sandra; TATIT, Zé. Ciranda. In: PALAVRA CANTADA. Canções de brincar. São Paulo: MCD/Eldorado, 1996. Domínio Público. Ciranda cirandinha. In: Garimpo. São Paulo: Tratore/Cooperativa, 2013. JOBIM, Tom; MORAES, Vinicius de; VILLA-LOBOS, Heitor. Tom Jobim visita Villa-Lobos nº 2. In: SANTOS, Turibio. Mistura brasileira. Teresópolis: Delira Música, 2007.
Texto na Web
Villa-Lobos (maestro e compositor). Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1465.html>. Acesso em: 25 mar. 2013.
Vídeo na Web
PALAVRA Cantada. Vem dançar com a gente — completo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ulPiPYwEPJM>. Acesso em: 9 abr. 2013. ação educativa do SESI- SP
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Duo Les Sauvages Barroco francês para flauta e cravo, 60 min
Leonardo Fernandes
Um mergulho na música barroca francesa.
Conceito do projeto artístico
O programa é inteiramente dedicado à música barroca francesa, pois o estilo francês e o italiano eram os dois principais do período. Na música francesa, o que predominava era a elegância, a nobreza e a riqueza de detalhes. Os compositores são apresentados de forma a traçar um panorama do Barroco francês desde seus primórdios, no século XVII, até meados do século XVIII, quando já se aproximava o fim do que chamamos de barroco na música europeia. O grupo se propõe a seguir os princípios da chamada interpretação historicamente orientada; sempre utilizando instrumentos de época, seu repertório consiste essencialmente na música dos períodos barroco e clássico.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Por meio de espetáculos de música antiga é possível compreender como a humanidade desenvolveu os instrumentos musicais, além de conceber com mais clareza a forma como os povos viviam, desde a suntuosidade dos palácios e das cortes até os teatros públicos. O conhecimento de como eram feitas e em que contexto eram executadas é um rico insumo cultural, pois proporciona um maior entendimento do caminho percorrido pelas artes ao longo dos séculos. É interessante observar a precisão de detalhes com que os instrumentos foram construídos em relação aos originais do período barroco. Essa é uma oportunidade inestimável para entender certas características composicionais da música dos séculos XVII e XVIII que hoje não se adequariam perfeitamente aos instrumentos contemporâneos.
Sugestões de atividades ao mediador
Solo e duo: Promova uma sessão em que a audição seja de uma formação musical solo e outra de ao menos dois músicos que tocam o mesmo instrumento — dois pianos, dois violões e assim por diante. Divida a turma em dois grupos e peça que um escreva sobre as semelhanças de performance e sonoridade entre solos e duos. O outro deve listar as diferenças. Ao fim, os alunos discutem o que perceberam e manifestam suas preferências. Sessão musical: Exiba um filme biográfico Johann Sebastian Bach e relacione aspectos de genialidade e de humanidade do músico. Estimule os alunos a se manifestarem sobre questões abrangentes, como criatividade, ambiente criativo, sucesso, sacrifício, talento, superação pela qual a pessoa, sendo genial ou não, como ser humano, de qualquer modo, acaba tendo de experimentar. Barroco em tudo: Desafie os alunos a identificar na vida moderna, não só na música, como nas outras linguagens, os traços deixados pelo Barroco. Moda, arte de rua, arquitetura, certamente existe um pouco de Barroco em tudo.
Formação e instrumentos em destaque Isabel Kanji (cravo) Paulo da Mata (flauta doce)
Ressonâncias Filme
MEU nome é Bach. Direção: Dominique de Rivaz. Produção: Karl Baumgartner, Uta Ganschow, Thanassis Karathanos, Jean-Louis Porchet e Gérard Ruey. Lausanne: CAB Productions; Köln: Pandora Filmproduktion, 2003. 97 min, son., color. [Drama, biografia. França, Alemanha, Suíça.].
Livro
BENNET, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. CANDE, Roland de. História universal da música. São Paulo: Martins Fontes, 2001. MEDAGLIA, Julia. Música, maestro. São Paulo: Globo, 2008.
Música
HANDEL, Georg Friedrich. Handel: Messiah; the trumpet shall sound. In: TERFEL, Bryn. Handel: arias. [S.l.]: Universal Music, 2012. VIVALDI, Antonio. Vivaldi: Il Bajazet (Il Tamerlano)/Sinfonia; 2. Andante molto. De . In: VENICE BAROQUE ORCHESTRA. Vivaldi: amor profano. [S.l.]: Universal Music, 2008.
Texto na Web
Arte e história — o período barroco. Disponível em: <http://arteehistoriaepci.blogspot.com.br/2009/03/o-periodo-barroco-m6.html>. Acesso em: 15 abr. 2013. História da arte clássica — barroco ou clássico (rococó — 1730 a 1760). Disponível em: <http://www.girafamania.com.br/historia_arte/historia_artebarroca.html>. Acesso em: 15 abr. 2013.
Vídeo na Web
MÚSICA Sacra, Bach e o legado luterano — documentário (dublado). 58 min. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3hVrjkgDB20>. Acesso em: 15 abr. 2013. MÚSÍCAS do período barroco. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_xD_6uJvTIM>. Acesso em: 15 abr. 2013. PERÍODO barroco. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=L3AnPusZz3o>. Acesso em: 15 abr. 2013. 14
guia do professor | música 2012
Duo Portinari Música para Harpa e Viola, 60 min
Conceito do projeto artístico
Felipe Henrique Gavioli
Música do século XX.
Harpa e viola são dois instrumentos sinfônicos apresentados aqui em uma formação camerística. A oficina é uma oportunidade para o ouvinte apreciar um tipo de sonoridade que raramente se sobressai em uma formação orquestral. O aluno também conhecerá um pouco da história desses instrumentos, seus autores e papéis dentro de diversas formações musicais. Os instrumentos de cordas se constituem na estrutura da orquestra ocidental moderna. As cordas, feitas de aço, latão, tripa ou náilon, são presas pelas extremidades, geralmente sobre uma superfície de madeira. O som é obtido quando elas vibram e, conforme o modo pelo qual se produz essa vibração, podem ser classificadas em cordas friccionadas por meio de um arco — violino, viola, violoncelo e contrabaixo —, soadas com um plectro ou pua, ou dedilhadas pelo instrumentista — harpa, alaúde e guitarra —, e percutidas por meio de um martelo — piano — ou por um mecanismo próprio — cravos e espinetas.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Embora pertençam a períodos históricos anteriores ao atual, nessa oficina-concerto tanto a harpa como a viola vêm iluminar o fato de que novos autores e intérpretes continuam a criar arranjos destinados a esses instrumentos, traduzindo sua relação com a contemporaneidade por meio da composição de obras para diferentes estilos de interpretação. A harpa, provavelmente, procede dos ancestrais arcos utilizados para caçar alimentos; o homem primitivo logo percebeu o som produzido quando suas mãos tocavam levemente as cordas da arma improvisada. Seu próprio formato remete à forma deste artefato. Ela, portanto, serviu para alimentar o corpo e a alma da humanidade.
Sugestões de atividades ao mediador
Família das cordas: Proponha aos alunos que investiguem a importância dos instrumentos de cordas na formação orquestral. Peça para trazerem exemplos de peças eruditas em que ocorra a execução de solos desses instrumentos. Origens da harpa: Sua ancestralidade está em referências feitas à harpa em fabulações que narram epopeias, em poemas antigos e em variadas obras de arte. É possível deduzir que esse instrumento já existia antes mesmo da vinda de Cristo, em regiões como a Babilônia e a Mesopotâmia. Proponha aos alunos que encontrem estes vestígios da existência da harpa nas artes e na história da humanidade.
Formação e instrumento em destaque Soledad Yaya (harpa) Peter Pas (viola)
Ressonâncias Livro
SERENATA, Mário. Irresistível harpa. Recife: Fasa, 2010.
Música
RAMALHO, Zé; CORTES, Lula; AZEVERO, Geraldinho. Harpa dos ares. Paêbirú. Bonn: Normal Records, 1975.
Texto na Web
RODRIGUES, Antônio. A história dos instrumentos. 14 set. 2011. Disponível em: <http://www.movimento.com/2011/09/a-historia-dos-instrumentos/>. Acesso em: 14 mar. 2013.
Vídeo na Web
O SEGREDO das coisas – harpa. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=QbR0BaAhAeQ>. Acesso em: 14 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Duo Siqueira-Lima Pontes Barroco — Brasileiros, 60 min
Anton Zabrowskyl
Do Barroco europeu ao folclore brasileiro.
Conceito do projeto artístico
O universo da música dos séculos XX e XXI escrita para dois violões é o ponto de partida do trabalho do Duo Siqueira-Lima. Foi a partir do encontro desses dois músicos de mesma formação, porém de países diferentes, que se materializou o objetivo de romper barreiras. O trabalho resultou na proposição de uma nova maneira de tocar, uma nova roupagem, que evidencia a riqueza de detalhes rítmicos e melódicos das composições. O repertório traça um paralelo entre a música barroca europeia, com obras de Domenico Scarlatti e Johan Sebastian Bach e a música brasileira dos séculos XX e XXI, de Heitor Villa-Lobos, a ponte perfeita entre esses dois universos musicais. Com a ária Bachianas Nº 4 e Lenda do Caboclo, de Villa-Lobos, o programa emerge do Barroco europeu para o interior brasileiro e seu folclore, suas luzes e cores. O grupo explora o estilo com as obras de Francisco Mignone e Geraldo Ribeiro. De outro lado, Radamés Gnattali constrói outra ponte do erudito nacionalista à música urbana brasileira. Seguindo esse caminho, o duo realiza arranjos de músicas de grandes nomes — César Camargo Mariano, Dominguinhos e Gilson Peranzzetta, entre outros. A proposta é oferecer um concerto instrutivo e agradável para todo tipo de público, com a divulgação de compositores brasileiros, trazendo música erudita aos que não estão habituados a ouvi-la e a desfrutá-la.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Por onde passa, o duo é recebido com entusiasmo por músicos e críticos, no Brasil e no exterior. A uruguaia Cecília Siqueira e o brasileiro Fernando Lima se sobressaem em originalidade, escolha das obras e, sobretudo, apuro técnico e excelência de interpretação. Seu mais recente álbum, Um a Um, foi lançado na Europa e nos Estados Unidos pelo selo Belga GHA Records e elogiado pela crítica especializada de publicações conceituadas. Em 2002, quando ainda se dedicavam a suas carreiras individuais, eles se interessaram em gravar juntos, e lançaram o CD Tudo ConCorda, com solos e duos. Desde a estreia tiveram como incentivador e orientador o professor Henrique Pinto. O duo gravou, em 2006, o CD Lado a Lado, que consolidou o nome oficial Duo Siqueira-Lima. Com apresentações em várias partes do mundo, aclamado como grande revelação, tem se apresentado ao lado do lendário clarinetista Paulo Moura, figura marcante da música brasileira. O duo é solicitado com frequência a se apresentar ao lado de orquestras sinfônicas e a ministrar palestras e master classes em universidades dos Estados Unidos. Sua trajetória é inspiradora e profícua, exemplo para quem deseja seguir carreira artística como músico ou abraçar outra linguagem expressiva.
Sugestões de atividades ao mediador
DNA do violão: Inventado há cerca de 2 mil anos a.C., ele é mais um legado da antiga Babilônia. Proponha aos alunos a investigação de sua origem, de como e por que foi absorvido tão fácil e rapidamente por tantas culturas diferentes. Violonistas incríveis: Muitos músicos dedicaram sua carreira a esse instrumento. Estimule a descoberta desses ícones em diferentes países e épocas. Peça aos alunos que investiguem como é a carreira do concertista e que façam uma audição de interpretações impressionantes desses precursores sublimes em sala de aula. A linda história da viola caipira: Símbolo da música popular brasileira, sua origem está nas violas portuguesas, predecessoras do alaúde, instrumento árabe. A viola nasceu da guitarra latina, de descendência arábico-persa. As violas portuguesas chegaram ao Brasil trazidas por colonos portugueses de diversas regiões do país e foram largamente utilizadas pelos missionários jesuítas na conversão dos indígenas. Mais tarde, os primeiros caboclos começaram a construir violas com madeiras toscas da terra, a viola caipira. Reúna os alunos em volta de um aparelho de som, conte essa história com mais detalhes e reproduza músicas nas quais a viola caipira componha o naipe instrumental.
Formação e instrumentos em destaque Cecília Siqueira Fernando de Lima (violão)
Ressonâncias Livro
MACHADO, Roberto Júnior. Jogos e brincadeiras musicais. São Paulo: Barsa Planeta Internacional, 2012. (Coleção Barsa - Os Cupins). v.1. PEREIRA, Marco. Heitor Villa-Lobos: sua obra para violão. Brasília: Musimed, 1984. (Série Musicologia). v. 6.
Música
CALLADO, Joaquim. Lundu característico. In: TRIO 3-63. Trio 3-63. [S.I.]: Independente, 2009. GONZAGA, Chiquinha. Corta Jaca. In: ORQUESTRA LUNAR. Orquestra lunar. Rio de Janeiro: Selo Rádio MEC, 2007.
Texto na Web
Lundu, danças e ritmos do Brasil. Disponível em: <http://www.brasilcultura.com.br/cultura/lundu-dancas-e-ritmos-do-brasil/>. Acesso em: 25 mar. 2013.
Vídeo na Web
MÁRIO de Andrade – lundu. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=B8BkQH13Nco>. Acesso em: 25 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
Swan Yuki
Do erudito à música de improvisação livre.
Duo Vibrapiano Vibrações Sonoras, 60 min
Conceito do projeto artístico
O duo explora o repertório escrito para a pouco usual formação de piano e vibrafone, sobretudo visando à divulgação da música brasileira e ao encorajamento de compositores contemporâneos a escreverem peças para essa formação. Os instrumentistas também exploram o elemento de improvisação de cada performance em particular. Seu objetivo é familiarizar o público com a música, desde seu âmbito erudito até a improvisação, explorando a linguagem contemporânea e sua relação com formas tradicionais e livres. Eles objetivam também a familiarização do público com os instrumentos utilizados na apresentação, procurando despertar o interesse dos jovens e das crianças nos estudos musicais.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
O concerto apresenta, em sua maioria, obras contemporâneas em uma formação atual, unindo piano e vibrafone, datados dos séculos XVIII e XX respectivamente. Na oficina-concerto Vibrações Sonoras, Carlos dos Santos e Richard Octaviano apresentam um repertório brasileiro escrito para piano e vibrafone de compositores consagrados como Almeida Prado, Escobar, Villani-Côrtes, além de obras autorais que permitem dar vazão aos aspectos ligados à improvisação de cada instrumentista.
Sugestões de atividades ao mediador
Aço sonoro: A origem do vibrafone se dá nos Estados Unidos no início do século XX. Ainda na primeira década desse período, a companhia Leedy Manufacturing Company desenvolveu um instrumento chamado steel marimbaphone. Suas lâminas, feitas de aço, eram côncavas, com um desenho curvo nas extremidades, e possuíam tubos ressonadores instalados por baixo delas. As notas naturais eram dispostas paralelas ao chão horizontalmente, enquanto que as notas acidentais posicionavam-se na vertical, perpendicular ao chão. Estimule os alunos a investigar suas origens e a trazer exemplos de músicas especialmente compostas para esse instrumento. Vibração sonora: Da família de percussão de lâminas, os metalofones são também chamados de vibraharp e são classificados como idiofone, conjunto dos instrumentos dessa categoria. As notas são produzidas pela vibração das lâminas de metal amplificadas por um tipo especial de ressonador ou eletronicamente, produzindo um som pulsante de rara qualidade aveludada. Sugira aos alunos criarem um instrumento de vibração semelhante ao vibrafone a partir de placas de metal dispostas em sequência. Origem do piano: Um dos mais conhecidos instrumentos solistas, o piano tem uma longa história de desenvolvimento desde sua origem. Proponha aos alunos desvendar os mistérios desse instrumento singular.
Formação do grupo e instrumentos em destaque Richard Octaviano Kogima (piano) Carlos dos Santos (vibrafone)
Ressonâncias Livro
NEELY, Blake. Piano para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2012.
Música
HAMPTON, Lionel. Vibraphone blues. In: GOODMAN, Benny. Trésors Benny Goodman. Nova York: Sony/RCA Victor, 2005.
Vídeo na Web
CHEGA de saudade — Rubens Celso (vibrafone). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3Uz_KJPNNx8>. Acesso em: 14 mar. 2013. MESTRES do vibrafone. Disponível em: <http://www.ouvirativo.com.br/?p=1667>. Acesso em: 14 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Eudóxia de Barros
Divulgação
Solo de piano em belas páginas musicais. Recital de Piano com Eudóxia de Barros, 60 min
Conceito do projeto artístico
Para essa grande pianista sempre é profundamente prazeroso tocar em recital, um tipo de apresentação das mais difíceis, pois apenas uma pessoa ocupa o palco para fazer o espetáculo. Ela considera que um recital sempre tem mais valor artístico do que a apresentação de um grande número de músicos no palco, porque qualquer deslize que ocorra, qualquer nota mal executada acaba passando despercebida pelo público, o volume de som com as vozes de vários instrumentos também pode encobrir pequenos erros de execução. Acima de tudo, é um ato de coragem do artista enfrentar a plateia munido apenas de sua capacidade técnica, seu instrumento e sua expressividade. A mais fiel intérprete de Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993), essa grande artista, orgulho dos paulistas, ao contrário de tantos, optou por viver no Brasil, embora ciente de todas as limitações e dificuldades na área cultural. Nunca aceitou bater asas para fixar-se no estrangeiro em nome da carreira, nem mesmo para receber em moedas mais fortes. Os brasileiros, que também amam essa terra, sempre lhe serão gratos.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Para a aula-espetáculo, Eudóxia de Barros selecionou músicas de vários períodos e de diferentes graus de complexidade, com músicas contemporâneas do compositor Osvaldo Lacerda (1927-2011). A pianista dedica-se ao estudo e à interpretação de complexas páginas do repertório pianístico, tanto nacional como internacional. Sua vivência como pianista é um exemplo de superação, tendo vencido muitas dificuldades para atingir o apogeu de sua carreira, uma indispensável experiência de vida a ser usufruída e sabedoria para indicar aos jovens o melhor caminho. Ouvi-la tocar é um privilégio, maior ainda é ouvi-la falar sobre sua vivência musical, sua luta e perseverança. Eudóxia de Barros possui a inquietude dos exigentes e está sempre à procura de maior crescimento, tendo a humildade que caracteriza os grandes. Assim, ultimamente, após preparar o seu programa anual, ela o leva ao insigne maestro Henrique Morelenbaum — um dos expoentes da atualidade —, validando um trabalho de altíssimo nível.
Sugestões de atividades ao mediador
Voz ativa: Desenvolva um fórum de debates com o tema central o trabalho em equipe e solo, os prós e contras de realizar tarefas complexas que exigem especialização e ao mesmo tempo conhecimentos genéricos, amplos, diversificados, em um mundo em constante mutação. Solo e duo: Promova uma audição em que a formação musical seja solo e outra de ao menos dois músicos que tocam o mesmo instrumento — dois pianos, dois violões e assim por diante. Estimule os alunos a manifestarem preferências, a perceberem semelhanças e diferenças de performance e sonoridade entre uma música e outra. Sessão musical: Exiba um filme biográfico sobre um dos expoentes da música, Mozart, Beethoven, Chopin, Villa-Lobos, relacione aspectos de genialidade e de humanidade. Ouça o que os alunos têm a dizer sobre sucesso, sacrifício, talento, superação, que todo ser humano, gênio ou não, de um modo ou de outro, experimenta.
Formação do grupo e instrumentos em destaque Eudóxia de Barros (piano)
Ressonâncias Filme AMADEUS. Direção: Milos Forman. Produção: Saul Zaentz. Berkeley: The Saul Zaentz Company, 1984. 160 min, son., color. [Biografia musical. EUA.]. O PIANISTA. Direção: Roman Polanski. Produção: Robert Benmussa. [S.I.]: R.P. Productions, Heritage Films, Studio Babelsberg, 2002. 150 min, son., color. [Drama histórico. França, Polônia e Alemanha.]. O SEGREDO de Beethoven. Direção: Agnieszka Holland. Produção: Ernst Goldschmidt. Los Angeles: Sidney Kimmel Entertainment; Santa Mônica: Myriad Pictures; [S.I.]: VIP 2 Medienfonds, 2006.104 min, son., color. [Drama, Musical; EUA, Alemanha, Hungria.]. SONATA de amor. Direção e produção: Clarence Brown. Beverly Hills: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), 1947. 119 min [Drama musical. EUA.]. Livro BECHER, Philip. A última nota de Mozart. Belo Horizonte: Geração Editorial, 2010. BUSCACIO, Cesar Maia. Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt Lange e Camargo Guarnieri: 1934-1956. Ouro Preto: EDUFOPP, 2010. FREDERIC, Roberto. Mozart. São Paulo: Ciranda Cultural, 2010. IORIO, André Luiz. Música e psicose: a complexa vida e obra de Robert Schumann. São Paulo: EPP, 2011. MACHADO, Cacá. O enigma do homem célebre: ambição e vocação de Ernesto Nazareth. São Paulo: IMS, 2007. Música GUARNIERI, Camargo. Vivo. In: ______. Um concerto, um canto, uma sonata, cinco poemas, oito ponteios e uma homenagem a Villa-Lobos. [S.I.]: Ponte D/Soarmec, 1999. Vídeo na Web CAMARGO Guarnieri - violin concerto No 2, 1st mov. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=N6skXd5ki5I>. Acesso em: 6 abr. 2013. DANÇA negra — Camargo Guarnieri — Duo Tarditi-Maltese. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=a55IBR-k2A0>. Acesso em: 6 abr. 2013. ENCANTAMENTO de Camargo Guarnieri. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qH61YBfocww>. Acesso em: 6 abr. 2013. EUDÓXIA de Barros — Academia Brasileira de Música. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=d-bm_LlSctU>. Acesso em: 6 abr. 2013.
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guia do professor | música 2012
Divulgação
Da música antiga à vanguarda da composição contemporânea.
Fábio Cury e Alessandro Santoro Fábio Cury e Alessandro Santoro Interpretam Bach, 60 min
Conceito do projeto artístico A oficina tem por objetivo pedagógico divulgar instrumentos que, embora fundamentais para a música erudita, ainda são desconhecidos do grande público e escassos nas instituições de ensino musical do Brasil. Ela também busca difundir os princípios da performance historicamente orientada, algo ainda distante da realidade dos estudantes brasileiros; estimular a reflexão, a pesquisa e o constante questionamento na interpretação; e, sobretudo, demonstrar a importância da acuidade estilística na caracterização de uma determinada composição.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
São raras as oportunidades oferecidas ao público leigo de conhecer nuances das performances musicais. Será contraposta a performance convencional àquela inspirada historicamente, colocando à vista de todos as peculiaridades estilísticas dos vários períodos da história da música e, em especial, do Barroco. Assim, pode ser comparado o fagote barroco com o moderno, bem como o cravo e o piano, a título de ilustração do que ocorre, de maneira geral, com os demais instrumentos. O objetivo final é demonstrar a necessidade de o intérprete manter uma mentalidade aberta, imaginativa e questionadora; reforçar a relevância da reflexão e da pesquisa na interpretação e romper com dogmas e tabus no desempenho musical.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição comparada: Promova a audição de obras de Bach no cravo e depois no piano, como O Cravo bem Temperado, de Bach. Música e história: Proponha uma investigação sobre a situação política e econômica na Europa e na Alemanha, em particular, durante o período barroco. Depois, trace um paralelo com as manifestações artísticas, principalmente com a produção musical da época. Arqueologia musical: Incentive os alunos a buscar na internet pinturas, esculturas ou obras arquitetônicas feitas no período barroco. Instigue-os a encontrar relações entre as artes visuais e a música dessa época.
Formação e instrumentos em destaque Fábio Cury (fagote e fagote barroco) Alessandro Santoro (cravo)
Ressonâncias Livro
HARNONCOURT, Nikolaus. O discurso dos sons. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
Música
BACH, Johann Sebastian. Sonata No.2 in E flat, BWV 1031;3. In: BENNETT, William. J. S. Bach: The 6 flute sonatas. Santa Mônica; Nova York: Universal Music, 2012. BACH, Johann Sebastian. Cello suite No. 6 in D, BWV 1012: II. In: CASALS, Allemande Pau. J. S. Bach: Suites para cello. [S.I.]: Inter Records, 2004.
Vídeo na Web
MISCHA Maisky plays Bach cello suite nº 1 in g (full). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=mGQLXRTl3Z0>. Acesso em: 13 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Harmônica Brasilis
A Música de Villa-Lobos, Guerra-Peixe e Astor Piazzolla, 60 min
Gustavo Sehade
A busca por diferentes sonoridades e novas formas de expressão.
Conceito do projeto artístico
O projeto se propõe à circulação de concertos, e cada um deles é entremeado de música e conversas sobre os autores em destaques. O objetivo é atrair novas plateias de ouvintes e amantes da boa música; promover a comunicação, a autoestima, o pensamento criativo e imaginativo, que podem ser aprendidos e refinados por meio do estudo e da escuta da música; valorizar o ambiente musical brasileiro, fonte de inspiração de grandes compositores; permitir, pelo conhecimento de nossa cultura, uma melhor aceitação de nossa música e nossas raízes; abrir um leque de possibilidades para o aprendizado da audição qualificada dentro de casa, na escola ou em grupos de amigos.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Introdução de um instrumento contemporâneo, a harmônica, também conhecida como gaita ou realejo, no Nordeste brasileiro e em Portugal, em uma formação erudita com arranjos e transposições de peças para essa formação. A harmônica é um instrumento musical de sopro cujos sons são produzidos por um conjunto de palhetas livres. Ela possui, na embocadura, uma série de furos pelos quais o instrumentista sopra ou aspira o ar e não tem caixa de ressonância em virtude de seu pequeno tamanho. Quem toca esse instrumento é chamado de gaitista, que pode usar as mãos em concha para executar variações de intensidade. Quando tocada com outros instrumentos, a harmônica é, com frequência, amplificada eletronicamente. Eclética, ela é recorrente em gêneros populares, como blues, rock-and-roll, jazz, além da música clássica. Os conjuntos compostos apenas de gaitas, as chamadas orquestras de harmônicas, que normalmente tocam canções tradicionais ou folclóricas, também são comuns.
Sugestões de atividades ao mediador
Formação e instrumentos em destaque José Staneck (harmônica) Antonio Lauro Del Claro (violoncelo) Marco Bernardo (piano)
Raízes brasileiras: Estimule os alunos a pesquisar sobre o folclore brasileiro e latino, possibilitando uma comparação de suas características e identificando suas origens, muitas vezes similares. Dança: O trabalho de ritmo leva em consideração os movimentos corporais. O método O Passo, de Lucas Ciavatta, pode ser um bom exemplo a ser experimentado. Utilizando os instrumentos: Uma grande vantagem da gaita é seu custo baixo, por isso, muitas vezes, é o instrumento de iniciação na música. Estimule a formação de grupos musicais e promova a apresentação informal de bandas jovens. Se for o caso, organize um festival, convide os pais e amigos dos alunos e inicie uma comunidade interessada em música.
Ressonâncias Livro
OLIVEIRA, Gesiel de; SOUZA, Mônica Pinheiro de. Brinquedo cantado: músicas do folclore brasileiro para cantar e brincar. São Paulo: Trilha das Letras, 2012.
Música
AZEVEDO, Téo. A gaita e a sanfona. In: ______. Blues matuto. [S.l.]: Independente, 2009. GUIMARÃES, Flávio. Navegaita. In: ______. Navegaita. São Paulo: Eldorado, 2005.
Vídeo na Web
MÚSICAS na gaita (gaita diatônica 04). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Z8yXATeYPlg>. Acesso em: 14 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
Música barroca: gostos reunidos. Divulgação
Kammerstyl
Música de Câmara do Século XVIII, 60 min
Conceito do projeto artístico
Em Johann Mattheson (1681-1764) e Johann Joachim Quantz (1697-1773), autores da música setecentista, destacam-se três estilos principais, cada qual resultado de um gosto nacional distinto — o francês, o italiano e o alemão. Os dois principais parâmetros de preferências normativas do período são a música francesa e a italiana. A partir da imitação e da reunião dos modelos francês e italiano com a tradição do estilo estrito alemão formouse a prática denominada gostos reunidos, mencionada nos escritos setecentistas alemães como gemischten Goût, vermischter Geschmack (Telemann, 1718) ou ainda deutschen Geschmack (Quantz, 1752). O presente programa apresenta compositores que representam esses gostos reunidos, com seu principal expoente, George Philipp Telemann (1681-1767), e seu contemporâneo Johann Friedrich Fasch (1688-1758). Além desses, ainda há o concerto n. 8 da série intitulada Les Goûts Réunis, de François Couperin (1668-1733). O Kammerstyl, mais que a reunião de cinco músicos de grande capacidade, é a feliz amizade de virtuoses que tocam música de câmara em primeiro lugar para a própria satisfação e a partir daí partem numa intensa e profícua pesquisa de partituras e tratados antigos, obras pouco divulgadas, mas de imensurável beleza e valor histórico, verdadeiras preciosidades da música. Esses tratados geram estudos para o desenvolvimento de um modo de reprodução fiel à música setecentista em estilo de câmara comprometida com a arte e a pesquisa musicológica.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
O Barroco compreendeu os anos entre 1600 e 1750. Neste período, ocorreu a Guerra dos Trinta Anos, e uma forte ebulição cultural a partir de reinado de Luís XIV na França: grandes pensadores, cientistas e artistas, como Newton, Galileu, John Locke, Descartes e Rembrandt, para citar apenas os mais conhecidos. Na música, o apogeu de Johann Sebastian Bach com suas peças para teclado, cantatas e corais, o padre Antonio Vivaldi e seus concertos; ao lado deles, Corelli e suas sonatas, Handel, mestre das óperas e dos oratórios, dentre tantos outros grandes compositores. Essa época foi marcada pela polifonia, pela ornamentação rica e pelo grande virtuosismo por parte dos intérpretes. Os espetáculos de música antiga permitem compreender como se deu o desenvolvimento de instrumentos hoje em dia e como era a forma de viver dos povos de outras épocas.
Sugestões de atividades ao mediador
Questão aberta: Na aula-espetáculo, os músicos contam como se deu o processo criativo das composições e como foram feitos seus arranjos, falam de curiosidades sobre os compositores da época e algumas das inspirações que tiveram para criar suas obras. Em sala de aula, o professor escolhe uma dessas histórias para ilustrar a discussão: O que é ser criativo? Inspiração ou transpiração? Disciplina, ou insights aleatórios, espontâneos? Pode até ser um pouco de tudo, mas quanto de cada? Audição profunda: As características da composição musical variam com a interpretação. Essa variação é chamada de expressão e está relacionada com o andamento, a cinética musical, intensidade, e à acentuação, a forma como as notas são tocadas. Selecione uma música barroca em duas diferentes versões, estimule os alunos a comparar estes aspectos de maneira a eleger a versão melhor resolvida em termos de arranjo, andamento e expressão.
Formação e instrumentos em destaque
Alexandre D’Antônio (violino barroco), André Nardi (oboé barroco), Isabel Kanji (cravo), Luis Antonio Ramoska (fagote barroco), Noara Paoliello (flauta doce)
Ressonâncias Filme JOHANN Sebastian Bach: o mestre da música. Direção: Lothar Bellag. 350 min, son., color. [S.l.]: Versatil Home Video, 1985. [Drama. Alemanha, Hungria. Minissérie feita para TV.]. MARIA Antonieta. Direção: Sofia Coppola. Produção: Francis Ford Coppola. Culver City: Columbia Pictures Corporation; Akasaka: Tohokushinsha Film, 2006. 123 min, son., color. [Drama. EUA, França, Japão.]. O HOMEM da máscara de ferro. Direção: Randall Wallace. Produção: Alan Ladd Jr. Beverly Hills: United Artists Corporation, 1998. 132 min, son., color. [Ação, aventura. EUA, França.]. Livro CHIAMPI, Irlemar. Barroco e modernidade. São Paulo: Perspectiva, 1998. HASKELL, Francis. Mecenas e pintores: as relações entre a arte e a sociedade na Itália do barroco. São Paulo: Edusp, 1997. Música na Web FLUTE Concerto in G _1. Allegro. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=fALX_RtWqJg>. Acesso em: 13 abr. 2013. MATTHESON, Johann. 12 flute sonatas from Der Brauchbare Virtuoso. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Bep3GMeYWGw>. Acesso em: 13 abr. 2013. CORELLI, Arcangelo. Opus III. Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=EWqVrLnIgMw>. Acesso em: 13 abr. 2013. Texto na Web ARCANGELO Corelli. Disponível em: <http://www.renatacortezsica.com.br/compositores/corelli.htm>. Acesso em: 13 abr. 2013. GEORG PHILIPP Telemann. Disponível em: <http://www.geocities.ws/musicaeruditabr/biografias/T/telemann.htm>. Acesso em: 13 abr. 2013. Vídeo na Web O ABSOLUTISMO: a ascensão de Luís XIV — filme completo (legendado). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jmGq6jJONEI>. Acesso em: 13 abr. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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As composições originalmente escritas para duo de fagote e clarinete pelos maiores mestres da música erudita.
Madeirarte
Invenções, Sonatas e Duos, 60 min
Conceito do projeto artístico Manter vivo o repertório para a formação de clarinete e fagote, interpretando obras de grandes compositores do barroco ao contemporâneo, é o principal objetivo desta oficina-concerto. Em Invenções, Sonatas e Duos, o Madeirarte, formado por Altair Venâncio e Marcelo Silvério, apresenta composições dos maiores mestres da música erudita, como Ludwig van Beethoven, Francis Poulenc e Lorenzo Fernândez, para duo de fagote e clarinete, além de transcrições para as Invenções a Duas Vozes, de Johann Sebastian Bach.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade Uma das obras que serão executadas, Invenções a Duas Vozes, de Bach, só pode alcançar a perfeição se os músicos estiverem totalmente concentrados e ouvirem o que o outro está tocando. Caso isso não aconteça, não é possível executar esse caderno de obras. Com este concerto, o duo salienta a importância da presença integral nas atividades a serem desempenhadas — respeitar o momento, a atitude, o pensamento do outro, para que a vida em sociedade seja mais plena. Quem é o compositor? Proponha uma brincadeira em que um trecho de música é reproduzido. Peça que os alunos tentem descobrir quem a compôs. À medida que vão acertando, cite um breve resumo da biografia do compositor. Origem dos instrumentos: Estimule os alunos a investigar a origem do fagote e do clarinete, instrumentos da família de sopros, bem como os materiais de que são feitos e os mecanismos de funcionamento. Som e sentido: Fenômeno físico por natureza, o som é uma onda captada pelo ouvido humano. Os vários tipos de instrumentos, cujo estudo se designa por organologia, podem ser classificados de diversas maneiras, sendo uma das mais comuns, a divisão de acordo com a forma pela qual o som é produzido. Peça que os alunos aprofundem essa investigação trazendo diferentes exemplos de sonoridades e instrumentos musicais.
Divulgação
Sugestões de atividades ao mediador
Formação e instrumento em destaque Altair Venâncio (fagote) e Marcelo Silvério (clarinete)
Ressonâncias Livro
FAUCONNIER, Bernard. Beethoven. Porto alegre: LP&M, 2012. RINCÓN, Eduardo. Johann Sebastian Bach. São Paulo: Folha da Manhã – Publifolha, 2006.
Música
BACH, Johann Sebastian. Prelude and Fugue in E minor, BWV 533. In: LEONHARDT, Gustav. Johann Sebastian Bach orgelwerke: organ works. [S.l.]: Sony/Deutsche Harmonia Mundi, 2002. BEETHOVEN, Ludwing van. Symphony nº. 9 in D minor, Op. 125 “Choral”: IVa. Presto. In: THE TAKÁCS QUARTET et al. Copying Beethoven. [S.l.]: Universal/Decca Music Group, 2006. POULENC, Francis. Fanfare. In: ORCHESTRE NATIONAL DE FRANCE (ORCHESTRA); CHARLES DUTOIT (CONDUCTOR). Poulenc: concert châmpetre - suite française. [S.l]: Universal Music, 2012.
Texto na Web
SICA, Renata Cortez. Johann Sebastian Bach. 1999. Disponível em: <http://www.renatacortezsica.com.br/compositores/bach.htm>. Acesso em: 15 mar. 2013.
Vídeo na Web
FUGA em sol maior (J. S. Bach) - conjunto de fagotes da Unicamp. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=x3Eyek5Y2G0>. Acesso em: 15 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
A terceira geração de compositores do nacionalismo brasileiro.
Oficina de Cordas de Campinas Oficina Toca Radamés, 60 min
Conceito do projeto artístico
Divulgacao
Com o surgimento do nacionalismo, manifestou-se no Brasil uma dúvida sobre quais seriam, de fato, os limiares da música popular e erudita, discussão que hoje em dia não faz mais sentido. Radamés Gnattali (1906-1988) pertence a uma terceira geração de compositores nacionalistas brasileiros. Radamés nasceu em 27 de janeiro de 1906, quando o País apreciava a obra de Alberto Nepomuceno e estava por conhecer Heitor Villa-Lobos. Ao iniciar suas composições, manteve-se na fronteira entre os dois gêneros e, em consequência disso, foi interpretado musicalmente de diferentes formas. O Concerto à Brasileira Nº 4 é um bom exemplo da fusão entre popular e erudito em sua música. Por sua vez, as obras Melodia Sentimental e Bachianas Brasileiras Nº 9, de Villa-Lobos, ilustram bem a personalidade desse compositor — conhecido como o revolucionário que se contrapôs à estagnação da música acadêmica no Brasil — que impregnou de brasilidade uma música até então seca, estéril e vazia.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Alberto Nepomuceno, maestro cearense, teve de superar preconceitos e ironias quando resolveu aportuguesar a música erudita nacional. Hoje isso ainda soa absurdo. Nepomuceno enfrentou a opinião pública ao incentivar o jovem e absolutamente genial Heitor Villa-Lobos. Ouvir Adágio para Cordas tendo essa história de superação em mente é outra coisa. Essa rebeldia é encontrada em gerações subsequentes de músicos brasileiros, como Hermeto Pascoal (1936), conhecido como o bruxo ou o mago, e considerado um dos maiores gênios em atividade na música mundial. Instrumentista de mil instrumentos e sonoridades, famoso por sua capacidade de extrair música de quase qualquer coisa: chaleiras, brinquedos de plástico, até do ruído dos animais e da fala das pessoas. Desse compositor o grupo apresenta Suíte Norte, Sul, Leste, Oeste.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição comparada: Reúna os alunos e reproduza músicas instrumentais com dois ou mais violões e solo. Compare a sonoridade, o repertório e a técnica apresentada; destaque os diferentes estados de espírito que a música inspira em cada uma das formações. Estimule a manifestação de preferências, diferenças e semelhanças em cada audição. Guitarra flamenca: A música flamenca é algo fatal, melancólica, dramática, marcada pelo sentimento trágico da vida. Amores impossíveis, causas perdidas, isso tudo está refletido no modo de tocar, dançar e cantar. Encoraje os alunos a traçarem paralelos com outras manifestações musicais cujo caráter sombrio está presente. Busque uma reflexão em conjunto sobre aspectos de sofrimento humano contidos nessas canções, como morte e a tristeza e sua inspiração nos diferentes gêneros musicais, gerações de artistas e compositores. Oficina Pascoalina: Inspirados na alegria e na beleza dos sons inusitados de Hermeto Pascoal, incentive os alunos a construírem seus instrumentos feitos de materiais reciclados. Experimente organizar a formação por timbres de som, reger a orquestra de modo a construir uma música que pode ser reproduzida ao vivo e gravada, para depois ser exibida aos demais colegas, pais e professores. Se outros grupos aderirem à proposta, organize um festival de música experimental, sem caráter competitivo, a fim de atrair toda a comunidade.
Formação e instrumentos em destaque
Rafael Thomaz (violão), Milton Pires, Eduardo Semêncio, Ricardo Camatari, Alfredo Rezende, Yuri Miranda, Paola Redivo e Alexandre D’Antonio (violino), Rodrigo Cappi e Ana Caroline Uchôa (viola), Victor Lessa e Wagner Paparotti (violoncelo) e Tibô Delor (contrabaixo e direção artística)
Ressonâncias Música
JOBIM, Tom. Luiza. In: SANTOS,Turibio. Mistura brasileira.Teresópolis: Delira Blues, 2007. PINHEIRO, Paulo César; POWELL, Baden. Violão vagabundo. In: POWELL, Baden. É de lei. Santa Mônica; Nova York: Universal/Mercury,1972. SANTOS, Turibio. Suíte senhores: Seu Maurício. In: SANTOS,Turibio. Mistura brasileira.Teresópolis: Delira Blues, 2007.
Texto na Web
De viola a violão. Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/da-viola-ao-violao>. Acesso em: 27 mar. 2013. Forma musical como processo. Disponível em: <http://www.unirio.br/simpom/textos/SIMPOM-Anais-2010-NortonDudeque.pdf>. Acesso em: 27 mar.2013. ROMERO, Carmen. Origens do flamenco. Disponível em: <http://www.carmenromero.com.br/origem.html>. Acesso em: 27 mar. 2013.
Vídeo na Web
CANTO de Ossanha Baden Powell - Vinicius de Moraes - two guitars due chitarre duo de violão. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=tk7D-xq5tYk>. Acesso em: 27 mar. 2013. FLAMENCO - violão & celo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=H1CbZe9EoCc>. Acesso em: 27 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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O universo mágico da ópera.
Ópera Portátil Ópera Rita de Gaetano Donizetti, 60 min
Conceito do projeto artístico
Formado por experientes artistas do meio musical e teatral, o grupo surgiu com a intenção de levar ao público, de forma tradicional e encenada, óperas de curta duração e de roteiro agradável, num contexto de aproximação pela comicidade fina, e, assim, vem conquistando novos públicos. Sempre aclamado, e levando a ópera para locais onde o gênero ainda é inédito, o conjunto vocal proporciona para muitos a possibilidade de um primeiro contato com esse mágico e peculiar universo operístico, atraindo, além disso, não só quem está acostumado a assistir a peças de teatro, como também o interessado em entretenimento com outras linguagens artísticas. O grupo conta com três lançamentos em DVD de suas produções, La Serva Padrona, Bastião e Bastiana e Rita, gravadas em três curtas temporadas.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A ópera-séria predominou nos palcos italianos durante a primeira metade do século XVIII, cuja importância se fundamentava na função social, oferecendo exemplos do bom comportamento e dando aos aristocratas uma oportunidade de mostrar riqueza, poder e superioridade moral. No lado oposto, está a ópera-bufa italiana. Esta commedia per musica, comédia através da música, é um tipo mais leve de ópera. Ao invés dos sentimentos altivos, às vezes artificiais, da ópera-séria, as óperas-bufas retratavam a relação entre as diversas classes sociais e as emoções humanas — amor, inveja, ciúme —, atraindo, assim, grandes audiências por nascerem da fala do povo. Hoje em dia são apreciadas as linhas vocais ornamentadas e suas belíssimas árias, num contexto ficcional em que sempre se punem os vilões e se recompensam os virtuosos heróis.
Sério e engraçado: Os comediantes dizem verdades em meio aos risos que provocam. A ópera-séria é grave, sisuda, rígida, o bem vence o mal enaltecendo valores morais pelo exemplo. A ópera-bufa, por sua vez, tem um tom de ironia, inteligência, é mordaz, crítica, opinativa e, a partir do ridículo e do engodo, do ardil, uma tragédia às avessas que expõe as mazelas de uma sociedade hipócrita e maledicente. Ao som de trechos selecionados de um e de outro gênero, abra a discussão para quem queira manifestar-se sobre o que considera sério e ridículo, cômico e trágico, o que merece ser contado em uma ópera-séria e em uma bufa. Canto do canto: Dentre as inúmeras práticas visando à integração dos alunos, pais e professores, cantar em um coral regular é uma experiência gratificante e de suma importância na socialização e no incentivo ao trabalho em grupo. Encontre um espaço na agenda escolar e estimule a criação de grupos vocais, duplas, trios, quartetos e até de um coral, organize apresentações internas com intervenções no recreio, no pátio da escola, na cantina, no corredor, na hora da saída. Aproveite a música no que ela tem de melhor — beleza, harmonia e congraçamento. Quem não gosta de ópera? Munidos de um aparelho de som portátil, os alunos devem mostrar às pessoas de suas relações e de várias faixas etárias — parentes, amigos, colegas — um trecho de uma ópera bem conhecida: Carmem, O Barbeiro de Sevilha, A Flauta Mágica, dentre muitas outras a escolher. Peça para que eles anotem os dados da pesquisa e identifiquem quantas pessoas já ouviram a música tocada, se sabem cantarolar a canção, se sabem o nome da obra e do compositor. Será que existe tanta gente assim que nunca ouviu ópera? Muitos irão se surpreender com o resultado.
Rita Cena Trio
Sugestões de atividades ao mediador
Formação e instrumento em destaque Jamile Evaristo (soprano) Ossiandro Brito (tenor) Paulo Menegon (baixo) Wesley Lacerda (piano, direção musical) Pablo Moreira (direção cênica)
Ressonâncias Filme
O QUARTETO. Direção: Dustin Hoffman, Produção: Stewart Mackinnon. Londres: Headline Pictures; [S.l.]: BBC Films, DCM Productions, 2012. 98 min, son. color. [Comédia dramática. Reino Unido.].
Livro
CASOY, Sérgio. A invenção da ópera ou a história de um engano florentino. São Paulo: Algol, 2007. HAREWOOD. Kobbe: o livro completo da ópera. Rio de Janero: Zahar, 1994.
Música
DI CAPUA, Capurro. O sole mio. In: PAVAROTTI, Luciano. Ultimate voices. [S.l.]: Universal, 2002.
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guia do professor | música 2012
A sonoridade do passado e a relação com o presente mostram as diferenças dos instrumentos das duas épocas. Divulgação
Orquestra Arte Barroca Concertos Raros Italianos — Gli Affetti Italiani, 60 min
Conceito do projeto artístico
Formada em 2007, por Paulo Henes, a Orquestra Arte Barroca tem como proposta apresentar o repertório camerístico e orquestral dos séculos XVII e XVIII. Com entusiasmo, dedicação e idealismo, procura aperfeiçoar sua interpretação se orientando pelo estudo de tratados de época do período barroco, por meio de elementos estilísticos, históricos e biográficos. Busca também uma sonoridade diferenciada se utilizando de cópias de instrumentos barrocos usados nas orquestras daquele período. Além de violinos e violas, trabalha com a flauta doce e os instrumentos que compunham o baixo contínuo, tais como violoncelo, contrabaixo e cravo e, eventualmente, guitarra barroca e teorba — um tipo de alaúde. A pesquisa de repertório realizada em bibliotecas da Europa e em sites especializados tem como objetivo trazer ao público obras de compositores menos conhecidos e de execução ainda inédita. A orquestra toca regulamente em espaços que promovem a música de câmara e erudita e também tem um repertório de concertos didáticos que contribui para a formação de novos públicos.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A oficina-concerto apresenta peças raramente executadas dos compositores italianos do século XVIII Antonio Vivaldi, Baldassare Galuppi, Francesco Durante, Francesco Mancini, Giuseppe Valentini e Pietro Antonio Locatelli. As obras representam, de forma ilustrativa, a estética da Teoria dos Afetos no Barroco italiano, cuja proposta era tornar a música capaz de suscitar uma variedade de emoções específicas em cada ouvinte. Walter Benjamin nos diz no texto Sobre o Conceito da História, que a história é um olhar do presente para o passado. Não é o passado que gera o presente, e sim, o presente que busca a compreensão do passado. Quando tentamos explicar um evento passado, estamos sujeitos à nossa visão contemporânea. A Orquestra Arte Barroca destaca essa problemática em seus concertos, trazendo ao presente a sonoridade dos séculos XVII e XVII.
Sugestões de atividades ao mediador
Caderno de viagem: Divida a classe em grupos para que cada um crie um caderno de viagem contemplando um dos seguintes destinos: França, Alemanha, Itália e Inglaterra, e trate do período entre os séculos XVII e XVIII. O material deve conter informações sobre ambiente sonoro, o tipo de música que era praticado e quais os principais compositores; literatura, como os gêneros literários mais frequentes e seus principais autores; arquitetura, com os cartões-postais do local escolhido; história, com os principais acontecimentos históricos que influenciaram a sociedade desses países. Álbum de fotografias: Os mesmos grupos montam um álbum de fotografias com objetos ou atividades que não são mais realizadas ou sofreram modificações até os dias atuais. Vida e obra: Estimule os alunos a traçar em linhas gerais os principais aspectos da biografia de cada um dos expoentes do período como Antonio Vivaldi, Baldassare Galuppi, Francesco Durante e Francesco Mancini.
Formação e instrumento em destaque
Paulo Henes (spalla e palestrante), Pedro Ribeiro (flauta doce), Renan Vitoriano, Beatriz Ribeiro, Marcelo Eduardo Borges, Otávio Colella e Veridiana Oliveira (violino), William Coelho e Mauro Viana (viola), Pedro Beviláqua e Rafael Ramalhoso (violoncelo), Gilberto Chacur (contrabaixo) e Fernando Cardoso (cravo, espineta)
Ressonâncias Livro
DOURADO, Henrique. Dicionário de termos e expressões da música. São Paulo: Editora 34, 2004. DUBY, George (Org.). História da vida privada: da Europa feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. v. 2. MORAES, José Jota M. de; WISNIK, José M.; SQUEFF, Enio Jorge A. O que é música. São Paulo: Brasiliense, 1983. GADOTTI, Moacir. A carta da terra na educação. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2010. GROUT, Donald; PALISCA, Claude. História da música ocidental. Lisboa: Gradiva, 2011. SADIE, Stanley (Org.). Dicionário Grove de música: edição concisa. Rio de Janeiro: Zahar, 1994.
Música
ACCADEMIA BIZANTINA. Vivaldi: L’estro armonico, Op. 3. Eitting: Arts Music, 2002. 2v. BACH, Johann Sebastian. In: GOUDAROULIS, Dimos. 6 suites a violoncello solo. São Paulo: Tratore, 2011. HÄNDEL, Georg Friedrich. In: ANTONINI, Giovanni; IL GIARDINO ARMONICO. Twelve concerti grossi, op. 6. Paris: L’Oiseau-Lyre, 2009. RAMEAU, Jean-Philippe. In: HERREWEGHE, Philippe; LA CHAPELLE ROYALE. Les indes galantes, suites d’orchestre. Arles: Harmonia Mundi, 2000.
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Orquestra de Câmara de São Paulo
Monica Cardim
A música dos principais compositores brasileiros.
Música Brasileira: Erudita ou Popular? 60 min
Conceito do projeto artístico
A Orquestra de Câmara de São Paulo foi fundada em outubro de 2011, por integrantes de diferentes formações e experiências. Com uma mescla de músicos experientes que já participaram de grandes orquestras brasileiras e jovens instrumentistas recém-inseridos no mercado de trabalho da música, a companhia tem como meta se especializar em repertório brasileiro composto ou arranjado para orquestra de cordas, centrando-se periodicamente em compositores específicos, divulgando essa música inicialmente pelo Estado de São Paulo, mas com vistas a todo o Brasil. Atualmente, está trabalhando obras de autores brasileiros que viveram e atuaram no século XX.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A oficina-espetáculo consiste em apresentar ao público obras para orquestra de cordas de importantes compositores brasileiros do século XX que são inspiradas na música popular brasileira, canções folclóricas ou com temas relacionados à cultura do Brasil. A ideia é executar trabalhos pouco conhecidos por meio de atividades musicais partilhadas com os espectadores, cantando, tocando e vivenciando a cultura que deu origem a essas composições. Muito poucos concertos ainda são realizados somente com obras de autores brasileiros e, embora algumas delas sejam pouco conhecidas, as influências que muitas têm da música popular as tornam leves e interessantes ao público em geral. Por isso, a melhor forma de apresentá-las a jovens estudantes de música é por meio de atividades que revelem as fontes inspiradoras de seus compositores, eliminando a falsa impressão de serem obras para entendidos. Assim, é possível contribuir para tornar alguns importantes artistas do país mais conhecidos e valorizados por jovens e estudantes, plateia ideal para manter viva e fomentar a execução e interpretação de obras brasileiras de concerto.
Sugestões de atividades ao mediador
Nação musical: Estimule os alunos a pesquisar sobre a cultura brasileira por meio do aprendizado de músicas, danças populares e ritmos brasileiros: canção de ninar, cirandas, baião, frevo, maracatu, repente, folclore, choro. Brasil brasileiro: Promova uma discussão sobre os fundamentos do nacionalismo na arte brasileira do século XX. Peça aos alunos que tragam exemplos de música, literatura, artes plásticas, cinema e teatro. Cantando a história: Forme grupos corais ou de percussão trabalhando elementos da música brasileira e promova um pequeno festival de música.
Formação e instrumento em destaque Ricardo Cardim (regente), Gianpietro Saisi (spalla), Marcos Dal Medico, Ana Paula Eloi e Amanda Mathias (primeiro violino), Joyce Mahchado, Antonio Souza, Monica Garcia e Vanessa Galvão (segundo violino), Eliézer Motta e Tiago Vieira (viola), Anselmo Sabo e Mariana Brandão (violoncelo) e Marco Tze Ju (contrabaixo)
Ressonâncias Livro
DINIZ, André. Almanaque do choro: a história do chorinho, o que ouvir, o que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. MARCONDES, Marco Antônio (Org.). Enciclopédia da música brasileira. São Paulo: Publifolha, 2000. MARIZ, Vasco. A música clássica brasileira. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio, 2002. MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos: compositor brasileiro. 5. ed. Rio de Janeiro: Museu Villa-Lobos, 1977. MOTA, Fernando S.; SUZIGAN, Maria Lucia Cruz. Música folclórica brasileira. São Paulo: G4 Edições, 1999. v. 1 e 2.
Música
BANDOLIM, Jacob et al. In: TRIO MADEIRA BRASIL et al. Brasileirinho: grandes encontros do choro contemporâneo. Rio de Janeiro: Rob Digital, 2007. NAZARETH, Ernesto et al. In: A COR DO SOM et al. Chorinho do Brasil. [S.l.]: Warner Music, 2012. PROJETO B. A viagem de Villa-Lobos. São Paulo: Sesc SP, 2009. CD e libreto. BRATKE, Marcelo; CAMERATA VALE MÚSICA. Alma brasileira. São Paulo: Biscoito Fino, 2008. 1 DVD. VILLA-LOBOS, Heitor et al. In: QUARTETO CAMARGO GUARNIERI. Quarteto Camargo Guarnieri. [S.l]: Trama, 2009.
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guia do professor | música 2012
Divulgação
Concerto de orquestra de câmara de cordas com instrumentos acústicos na formação.
Orquestra Instituto Fukuda Concerto com Cordas, 60 min
Conceito do projeto artístico
O conjunto foi criado em 2008, a partir de um convite do maestro João Carlos Martins, que na época procurava uma orquestra com semblante nipônico. Comemorava-se o centenário da imigração japonesa no Brasil. Atualmente, ela reúne jovens alunos do Instituto Fukuda que, semanalmente, trabalham na prática orquestral ministrada pelos professores da instituição de ensino musical. Aos jovens músicos são oferecidos um ambiente sadio e harmonioso e uma importante experiência para o desenvolvimento musical, bem como sua capacitação para o mercado profissional. Em sua breve carreira artística, a Orquestra Instituto Fukuda se apresentou em escolas, centros culturais, teatros, auditórios e mosteiros.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
O grupo divulga a música de concerto, proporcionando a seus componentes uma imprescindível experiência de palco. Objetiva a interação com o público e a criação de novas plateias. A orquestra do Instituto Fukuda busca uma formação mais completa aos seus componentes. Por meio de intensos ensaios e estudos de repertório com intuito pedagógico, o aprendiz complementa sua formação atuando como verdadeiro músico de uma orquestra. O repertório tem sempre uma razão de ser, escolhido não somente pela beleza da composição, mas também pelos desafios técnicos apresentados e sua importância no cenário musical. Por ser uma orquestra de cordas, possui uma formação básica, constituída por violinos, violas, violoncelos e contrabaixo, instrumentos da família das cordas friccionadas por arco. A oportunidade de se apresentar em concertos ou peças musicais que tenham espaço para instrumentos solos com orquestra é de grande importância na sua formação musical. A experiência de palco forja os profissionais, levando alunos à condição de músico, de tal modo afeito e desinibido, pronto para obter a sua melhor performance, um momento solar em uma lida árdua, de grande dedicação, estudos e ensaios, muitas vezes solitários, desvendando os segredos das obras de um repertório original, belo e desafiador.
Sugestões de atividades ao mediador
Questão em aberto: De onde vieram as terminologias Barroco, Classicismo, Romantismo, Modernismo e Contemporâneo? Instigue os alunos a investigarem a origem e o porquê desses movimentos serem assim chamados. Quem é o cara: Peça para a turma traçar o perfil dos principais expoentes de cada período e tocar um trecho de sua obra mais conhecida. Audição comparada: Sugira aos alunos a audição de músicas de cada estilo, a fim de identificar e classificar o tipo de composição musical, como sinfonia, missa, concerto, e outras.
Formação e instrumento em destaque
Ricardo Fukuda, André Micheletti, Sueldo Francisco, Franklin Martins, Alec Fukuda, Christy Choi e Lílian Decloedt (violoncelo); Ricardo Takahashi, Gabriel Sereda, Henry Setton, Miriam Bochio, Naianne Cunha, Fabiane Suzuki, Victor de Vincenzo, Gislaine Amaral e Giuliana Maruca (violino); Verônica Rosa, Fernando Al Assal e César Martini (viola); Eriko Mestrinari (contrabaixo)
Ressonâncias Livro
BRIZOLA, Edelcio. Canções para educação musical. São Paulo: Ciranda Cultural, 2012. CAMPOS, Gean Pierre da Silva. Música e matemática na educação. Vitória: FAMES — Faculdade de Música do Espírito Santo, 2012.
Música
BACH, Johan Sebastian. Sarabande. In: GOUDAROULIS, Dimos. Johann Sebastian Bach - 3 suites for violoncello solo. São Paulo: Tratore, 2010. VIVALDI, Antonio. Il Bajazet (Il Tamerlano). In: VENICE BAROQUE ORCHESTRA. Vivaldi: amor profano. Santa Mônica; Nova York: Universal Music, 2008.
Texto na Web
SILVA, Bráulio Antônio Calvoso. A arte japonesa do kabuki e o barroco europeu. Disponível em: <http://dm.com.br/texto/100522-a-arte-japonesa-do-kabuki-e-o-barroco-europeu>. Acesso em: 27 mar. 2013. Tecidos têm inspiração do barroco à pop art. Disponível em: <http://www.usefashion.com/categorias/noticias.aspx?IdNoticia=111425>. Acesso em: 27 mar. 2013.
Vídeo na Web
HISTÓRIA da arte 06 - Barroco - Profº Fulvio Pacheco. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=HQgp5_6yEZ4>. Acesso em: 27 mar. 2013. O que é Barroco? Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2I20Qew5Cz8>. Acesso em: 27 mar. 2013.
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Orquestra do Limiar
Dani Gurgel
A música de autores brasileiros do presente e do passado. Acorde para os Acordes com a Orquestra do Limiar, 60 min
Conceito do projeto artístico
A Orquestra do Limiar é um grupo de cordas que tem compromisso com a qualidade musical. No repertório, desde a fundação, em 2002, a orquestra vem privilegiando autores brasileiros consagrados do passado e do presente, sendo o conjunto musical que mais encomendas fez a esses compositores nos últimos três anos. Trata-se de um grupo jovem e vibrante, consciente do compromisso de formar público, fomentar a cultura e encantar plateias com a bela e, muitas vezes, exclusiva seleção de músicas.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Dos compositores brasileiros que compõem o repertório da orquestra, destacam-se: Heitor VillaLobos, Alberto Nepomuceno, Ernani Aguiar, Ronaldo Miranda, Felipe Senna, Clóvis Pereira dos Santos, César Guerra-Peixe, Edmundo Villani-Côrtes, Claudio Santoro, Francisco Mignone, Ernst Mahle, Samir Rahme, Alexandre Levy, Fructuoso Vianna e Carlos Gomes. Da música popular brasileira, a orquestra apresenta obras de Chico Buarque, Milton Nascimento, Tom Jobim, Ernesto Nazareth, Antonio Nóbrega, Flavio Venturini, Pixinguinha e Ary Barroso. Dos artistas internacionais, destacam-se Astor Piazzolla, Ennio Morricone, Beatles e Carlos Gardel.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição crítica: Promova a audição de Primavera das 4 Estações, de Antonio Vivaldi, obra composta em 1723 e que está entre as peças mais populares do período barroco. Comente sobre seu significado para a música em geral. Ritmos na música: Faça a audição de trechos de valsa, choro, baião e comente sobre as principais diferenças rítmicas entre esses gêneros musicais. Clássica, erudita ou popular? Ao se referir ao estilo musical, muitas pessoas ainda confundem suas designações corretas. Música clássica se refere ao período clássico e não à música erudita em geral. Sugira aos alunos uma investigação sobre esses termos e peça que eles exemplifiquem os conceitos apresentando trechos musicais correspondentes.
Formação e instrumentos em destaque
Samir Wady Rahme (direção artística e regência), Marcos Henrique Scheffel (spalla), 9 violinos, 2 violas, 2 violoncelos e 1 contrabaixo acústico
Ressonâncias Livro
HEUMANN, Han-Günter; HEUMANN, Monika. História da música para crianças. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
Música
VIVALDI, Antonio. In: KLEIN, Emil. Quatre saisons. [S.l.]: Sony/Arte Nova Classics, 2004.
Texto na Web
Antonio Vivaldi, compositor e músico italiano. 24 abr. 2012. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/antonio_vivaldi/>. Acesso em: 15 mar. 2013.
Vídeo na Web
WALT Disney Ernesto Nazareth. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=aOhOLLrLEt8>. Acesso em: 15 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
Orquestra do Limiar
A terceira geração de compositores do nacionalismo brasileiro.
Orquestra Sinfônica Jovem Da Riqueza do Classicismo à Música Clássica Brasileira, 60 min
Conceito do projeto artístico
A Orquestra Sinfônica Jovem foi fundada em 2005; desde então, tem se aprimorado em desenvolver repertório que não é encontrado em qualquer formação erudita. O grupo preza o inusitado, o experimental e, principalmente, o desafiador para jovens estudantes de música. Em 2010, realizou o concerto Três Danças Concertantes para Violão e Orquestra de Cordas, obra inédita no Brasil do compositor cubano Léo Brouwer, com o violonista Fábio Ramazzina. A orquestra prestou homenagem com o meio musical pelos 80 anos do compositor Edmundo Villani-Côrtes, trazendo Djopoi-Oferenda Musical, com o inédito Concerto de Guitarra e Orquestra Sinfônica e a Divina Comédia, baseada na obra literária de Dante Alighieri, composta pelo brasileiro Paulo Tiné. Assim contribuem com a divulgação da música brasileira de qualidade.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A orquestra trabalhou com o Coral da Companhia Energética do Estado de São Paulo — Cesp, executando o Beatus Vir-Salmo 111, de Antonio Vivaldi, o Concerto Nº 1, de Joseph Haydn com a violoncelista Ana Maria Chamorro. Trouxe também o jovem pianista brasileiro Antônio Carlos Vaz Leme para interpretar a Ballade, de Gabriel Fauré. Em julho de 2012 teve a suprema honra de receber a Stuttgart Youth Symphony, em um programa de Intercâmbio Cultural do Governo Alemão, quando as duas orquestras realizaram uma apresentação.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição comparada: Reúna os alunos e reproduza duas músicas instrumentais de diferentes formações. Compare a sonoridade, o repertório e a técnica apresentada; destaque os diferentes estados de espírito que a música inspira em cada uma das formações. Estimule a manifestação de preferências, diferenças e semelhanças em cada audição. Surgimento da orquestra: Local onde se dançava na antiga Grécia, orkhéstra, a orquestra reúne quatro famílias de instrumentos: cordofones, aerofones, membranofones e idiofones. Instigue os alunos a descobrirem que instrumentos são esses, sua sonoridade e influência na produção camerística.
Formação e instrumentos em destaque
Geraldo Olivieri (regência), 12 violinos, 3 violas, 3 violoncelos, 1 contrabaixo, 2 flautas transversais, 1 oboé, 1 fagote e 2 trompas
Ressonâncias Filme
ENSAIO de orquestra. Direção: Federico Fellini. Produção: Michael Fengler. [S.I.]: Daimo Cinematografica, Radiotelevisione Italiana (RAI), Albatros Filmproduktion. 1978. 70 min, color. [Drama Musical. Itália e Alemanha.]. FARINELLI. Direção: Gérard Corbiau. Produção: Véra Belmont. Stéphan Films, MG, Italian International Film. 1994. 105 min, color. [Drama Musical. França, Itália e Bélgica.]. O CONCERTO. Direção: Radu Mihaileanu. Produção: Alain Attal. Oï Oï Oï Productions, Les Productions du Trésor, France 3 Cinéma. 2009. 119 min, color. [Drama Musical. França, Itália, Romênia, Bélgica e Rússia.].
Música
VILLANI-CÔRTES, Edmundo. Fauna e flora. In: ANTUNES, Gilson. 10 anos de violão intercâmbio - CD comemorativo. [S.I.]: ONErpm/Música Maru, 2012. MOZART, Wolfgang Amadeus. Mozart: flute quartet no 2 in G, K.285a;1. Andante. In: EMERSON STRING QUARTET. Mozart: flute quartets no 1-4. Santa Mônica; Nova York: Universal Music, 2012.
Texto na Web
Biografia de Wolfgang Amadeus Mozart. Disponível em: <http://www.e-biografias.net/wolfgang_amadeus_mozart/>. Acesso em: 27 mar. 2013.
Vídeo na Web
HAYDN G major violin concerto I. mvmt. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=NzIqvKX8NyY>. Acesso em: 28 mar. 2013. W. A. MOZART - Symphony no 40 in g minor (Harnoncourt). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=2HbMzu1aQW8>. Acesso em: 28 mar. 2013. ação educativa do SESI- SP
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Parténope
Jose Olmiro
A dramaticidade da música produzida para a obra de William Shakespeare. A Música Inglesa do Século XVII no Teatro Shakespeariano, 60 min
Conceito do projeto artístico
O grupo propõe um passeio audiovisual por várias formas musicais pouco conhecidas do público — fantasias, grounds, chacona pavanas e gigas. Serão mostradas diversas formações instrumentais com solos de virginal, viola da gamba, duetos e trios, cujo principal objetivo é mostrar a diversidade musical que havia nas apresentações das peças teatrais do dramaturgo inglês William Shakespeare, mesmo após sua morte. O Parténope busca recriar o contexto histórico utilizando réplicas de instrumentos, resgatar a sonoridade própria daquele tempo. A aula-espetáculo aproxima o público do universo da música antiga, em curiosidades musicais, organológicas e socioculturais dos séculos XV ao XVIII.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A aula-espetáculo mostra a importância da música no teatro, inclusive nos tempos atuais. O Parténope apresenta um tipo de música intrínseco a uma época, a uma sociedade e seus costumes: o século XVII, que sempre é reavaliado e estudado quando se deseja montar uma peça teatral ou até mesmo um filme retratando aspectos e interligações do período. O grupo também reforça a importância de estudar e procurar entender a necessidade de reviver os bons momentos da história da humanidade, fazendo disso uma ferramenta para o desenvolvimento social e humano. A inspirar o trabalho do grupo, William Shakespeare, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É chamado frequentemente de poeta nacional da Inglaterra. De suas obras restaram até os dias de hoje 38 peças, 1.545 sonetos, 2 longos poemas narrativos e diversos outros poemas. Suas peças foram traduzidas para os principais idiomas do mundo e são encenadas mais vezes do que as de qualquer outro dramaturgo até hoje.
Sugestões de atividades ao mediador
Curiosidades viram perguntas: Na aula-espetáculo os músicos falam sobre aspectos históricos, estilos, tipos e características das composições, contam curiosidades a respeito dos compositores do século XV ao XVIII e explicam como funcionam os instrumentos da formação. Instigue os alunos a investigar as origens desses instrumentos nada comuns. Ouvindo e entendendo: Muitas vezes, as músicas se explicam por si, pelo simples ato de ouvi-las. Porém, quando se aprofunda as pesquisas, alguns conceitos vêm à tona e ao escutá-las novamente, atentando para o conteúdo estudado, a música, e tudo ao seu redor, fica mais compreensível, além disso, é possível entender melhor o motivo pelo qual as pessoas a apreciam. Assim, o professor e seus alunos podem realizar pesquisas sobre um estilo musical e ouvi-lo em composições distintas: grounds, ostinatos e vários cânones até os alunos conseguirem compreender e sentir como funcionam essas formas musicais. O Renascimento: Movimento musical que retrata o objetivo de intelectuais e artistas de repudiar a Idade Média e restaurar os ideais filosóficos e artísticos da Antiguidade Clássica. Nesse período o estilo característico é o polifônico imitativo, que era empregado tanto na música sacra quanto nas instrumentais para consort ou até mesmo duetos. Estimule os alunos a relacionar as características do Renascimento com as do Barroco, um movimento também extenso, fértil, revolucionário e, seguramente, o mais influente.
Formação e instrumentos em destaque
José Olmiro Borges (direção artística, flauta doce e viola da gamba baixo), Eduardo Klein (flauta doce e viola da gamba soprano e baixo) e Maria Eugênia Sacco (virginal poligonal)
Ressonâncias Livro
BRANNIS, Celestine. Quem foi William Shakespeare? São Paulo: DCL, 2009. DONKIN, Andrew. William Shakespeare e seus atos dramáticos. São Paulo: Claro Enigma, 2011. SHAPIRO, James. Um ano na vida de William Shakespeare. São Paulo: Planeta, 2011.
Música
BACH, Johann Sebastian. Adagio (sonata for viola da gamba and harpsichord). In: ______. 50 Greatest works of Bach. Santa Monica; Nova York: Universal Music, 2012. PURCELL, Henry. Suite — Rondeau. In: ______. English string music. Nashville: Sun Records, 2009.
Vídeo Web
DUTCH viola da gamba music: Philippus Hacquart. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=cyivK7AM34w>. Acesso em: 30 mar. 2013.
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Entre a música popular e a música de concerto. Divulgação
Paulo Gusmão e Sutil Camerata A Cidade Enfeitiçada, 60 min
Conceito do projeto artístico
No que diz respeito ao aspecto composicional de seu repertório, o espetáculo é inspirado em várias vertentes da tradição musical popular brasileira, seja ela instrumental ou cantada, bem como na música latino-americana, norte-americana e europeia. De autoria de Paulo Gusmão, serão apresentadas peças instrumentais chamadas de música ligeira por alguns compositores. Trata-se de música criada de acordo com os procedimentos da composição popular, porém revestida de arranjos e orquestrações que se utilizam de recursos da música de concerto, seja ela orquestral ou camerística. O espetáculo apresenta combinações timbrísticas múltiplas, como permitem os instrumentos em cena: percussão, piano, contrabaixo, violões, guitarra, bandolim, viola sinfônica, flauta, saxofones e acordeom.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A Cidade Enfeitiçada possibilita aos ouvintes contato com gêneros e estilos musicais atualmente pouco divulgados pelos meios de comunicação tradicionais. Por se tratar de música instrumental, desprovida de versos, permite também a aproximação com um tipo de narrativa linear, não verbal e não visual, fugindo ao padrão da sociedade contemporânea.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição apurada: Peça aos alunos exemplos de conhecidas canções populares, sugerindo-lhes que tentem entender seu significado considerando apenas seu componente musical — melodia, harmonia, levada rítmica —, sem levar em conta o componente literário — versos. Toca o quê? Oriente os alunos para que identifiquem os instrumentos utilizados no arranjo ou orquestração de alguma peça musical, seja ela popular ou de concerto, e suas respectivas funções naquela situação específica. Experimentando a audição: O compositor norte-americano John Cage criou uma música chamada 4’33”, e os músicos que participam da gravação não tocam nenhum instrumento e não emitem nenhum som, eles permanecem durante quatro minutos e trinta e três segundos — o tempo de execução da obra — em silêncio, observando atentamente os sons que aparecem casualmente nesse período. Faça esse exercício com os alunos, na sala de aula, no pátio da escola, na calçada. Peça que eles fiquem de olhos fechados, mas atentos aos sons que ouvem. Depois eles devem descrever esta composição e dar um nome a ela. E se esse exercício fosse realizado em uma rua da Cidade Enfeitiçada, que sons seriam ouvidos e que música seria composta?
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Reinaldo Salvitti (acordeom), Carlinhos Moreira (flauta e saxofones), Fabio Tagliaferri (viola sinfônica), Paulo Gusmão (violão), Jonas Garcia (bandolim, violão e guitarra), Clara Bastos (contrabaixo), Mariô Rebouças (piano) e Priscila Brigante (percussão)
Ressonâncias Livro
BENNETT, Roy. Instrumentos da orquestra. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. (Cadernos de música da Universidade de Cambridge). BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. (Cadernos de música da Universidade de Cambridge). JOURDAIN, Robert. Cérebro, música e êxtase. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
Música
JOBIM, Antônio Carlos. Corcovado. In: JOBIM, Antônio Carlos. Santa Mônica; Nova York: Universal, 1991. MORAES, Vinicius; VILLA-LOBOS, Heitor; JOBIM, Tom. Tom Jobim visita Villa-Lobos nº 2. In: SANTOS, Turibio. Mistura brasileira. [S.I.]: Delira Blues, 2007.
Texto na Web
Villa-Lobos (maestro e compositor). Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1465.html>. Acesso em: 15 mar. 2013.
Vídeo na Web
NELSON Freire plays bachianas brasileiras nº 4 prelude (Villa-Lobos). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=A1Emge2-4AM>. Acesso em: 15 mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Do Barroco europeu ao folclore brasileiro.
Piano Quartet
Obras de Schumann e Mozart, 60 min
Conceito do projeto artístico
O projeto tem como objetivo reunir intérpretes comprometidos com a música de câmara e que possuem afinidades, tanto no aspecto musical como no humano, para desenvolverem suas potencialidades de maneira ampla e inteiramente focada na construção de performances integradas emocionalmente e estilisticamente. Em seu trabalho, o grupo visa renunciar a conceitos ou idiossincrasias que possam obscurecer as intenções do compositor. Outro aspecto a ser destacado é o fato de a maioria dos instrumentistas do Piano Quartet também atuar com música historicamente informada, o que possibilita uma leitura renovada e diferenciada.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Sugestões de atividades ao mediador
Geniais e poderosos: Mozart e Schumann são grandes compositores lembrados e cultuados desde o seu tempo. Quais são seus méritos? Desafie os alunos a encontrarem poetas, pintores ou dramaturgos que, apesar de seu talento, permaneceram obscuros, marginalizados, e compartilhe a reflexão sobre o que seria qualidade e o que seria sucesso segundo as concepções em voga. Audição rara: Proponha um mergulho mais profundo no repertório apresentado pelo Piano Quartet. Desafie os alunos a descobrirem peças raras ou menos conhecidas dos autores trazidos no espetáculo e com a ajuda dos estudantes monte um programa de rádio a ser disponibilizado pela internet.
Yugo Tanaka
O recital procura mostrar os contrastes e as similaridades entre um mesmo gênero camerístico em duas obras mestras de períodos históricos diferentes, além da grande qualidade e inspiração destes dois mestres consagrados: Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Robert Schumann (1810-1856). O concerto traz para a contemporaneidade obras imortais e consagradas da música clássica, mantendo totalmente as características e intenções de seus compositores ao criá-las. O programa é situado em diferentes épocas da história da música, trazendo peças emblemáticas dentro do universo camerístico.
Formação e instrumento em destaque
Liliane Kanz (piano), Alberto Kanji (violoncelo), Fabio Chamma (violino) e Alexandre de Léon (viola)
Ressonâncias Filme
AMADEUS. Direção: Milos Forman. Produção: Saul Zaentz. Berkeley: The Saul Zaentz Company, 1984. 160 min, color. [Biografia musical. EUA.]. SONATA de amor. Direção e Produção: Clarence Brown. Beverly Hills: MGM, 1947. 119 min, son., color. [Drama musical. EUA.].
Livro
BECHER, Philip. A última nota de Mozart. Belo Horizonte: Geração Editorial, 2010. FREDERIC, Roberto. Mozart. São Paulo: Ciranda Cultural, 2010. IORIO, André Luiz. Música e psicose: a complexa vida e obra de Robert Schumann. São Paulo: EPP, 2011.
Música
SCHUMANN, Robert. Piano concerto in a minor, op. 54;1. In: PARHAM, Lucy. Allegro affettuoso. Santa Mônica; Nova York: Universal Music, 2011. MOZART, Wolfgang Amadeus. Agnus dei. In: KUHN, Gustav. Ultimate classics — Mozart: requiem. Nova York: Sony/Arte Nova Classics, 2004.
Vídeo Web
ROBERT Schumann — traumerei. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=reOv-IBQi4I>. Acesso em: 30 mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
A essência, a delicadeza e o sentimento visceral presentes na música brasileira.
Projeto B
A Viagem de Villa-Lobos, 60 min
Conceito do projeto artístico
Nessa aula-espetáculo, o Projeto B explora as experiências de Villa-Lobos a partir de sua primeira ida a Paris e seu contato com a música de Igor Stravinsky. Mesmo antes, ele já demonstrava influências da música que acontecia na cidade naquela época, como em Bruxa, da série Prole do Bebê. Já em Paris, Villa-Lobos compõe o Choro Nº 2 e em sua volta ao Brasil, em 1925, termina o Choro Nº 5 — Alma Brasileira. Composições de Villa-Lobos e do grupo fazem parte do programa dessa atividade em que o Projeto B busca elaborar uma nova linguagem musical, misturando vanguarda do jazz, música brasileira e erudita contemporânea.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Sugestões de atividades ao mediador Ouvido apurado: Promova a audição e comparação de peças eruditas que tiveram rearranjos e/ ou versões em formato de música popular, por exemplo, Egberto Gismonti e Strauss. Passado e presente: Analise o contexto histórico e cultural do século XX com a ida de expoentes da música europeia para os EUA do pós-guerra, o surgimento do jazz e o nacionalismo brasileiro e sua influência na música de Villa-Lobos. De lá pra cá: Estimule os alunos a investigarem a contribuição dos estrangeiros nas artes do Brasil e a migração europeia.
Isabel D'Elia
O Projeto B desenvolve um trabalho criativo em três vertentes: composição, improvisação livre e adaptações de peças eruditas. Apesar de distintas, o grupo trabalha de forma que essas três linhas de pensamentos possam interagir, seja na utilização de formas eruditas nas composições, na mistura com linguagens do que é chamado de música popular, seja incluindo essa linguagem popular nas adaptações ou ainda no uso da liberdade individual e coletiva da improvisação livre para colorir cada música, proporcionando um resultado sonoro diferenciado que caracteriza o som do Projeto B. As músicas apresentadas no concerto, em grande maioria, são de composição de Heitor Villa-Lobos, arranjadas para instrumentos da música popular como guitarra, saxofone e bateria, em uma formação de quinteto que também inclui contrabaixo e outros instrumentos de sopro. Esses arranjos são extremamente atuais, dialogando com a música instrumental brasileira contemporânea. Além das composições de Villa-Lobos, o grupo apresenta músicas autorais.
Formação e instrumentos em destaque
Yvo Ursini (guitarra, arranjos e composição), Leonardo Muniz Corrêa (sax alto, clarinete, arranjos e composição), Amilcar Rodrigues (trompete, cornet e flugelhorn), Henrique Alves (contrabaixo) e Mauricio Caetano (bateria)
Ressonâncias Livro
BOULEZ, Pierre. Apontamentos de um aprendiz. [S.I.]: Perspectiva, 1995. (Coleção Signos Música 4). STRAVINSKY, Igor. Poética musical (em 6 lições). Tradução: Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
Música
VILLA-LOBOS, Heitor. Choros nº 5 “Alma Brasileira”. In: PROJETO B. A Viagem de Villa-Lobos. Sesc SP, 2009. ______. Estudos para violão nº 12 e nº 8. In: PROJETO B. A viagem de Villa-Lobos. Sesc SP, 2009.
Vídeo na Web
NESTA RUA, NESTA RUA - Heitor Villa-Lobos (VOM? 2007). Disponível em <http://www.youtube.com/watch?v=oLnmtGtbeLk>. Acesso em: 15. mar. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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A ponte entre o jazz e a música erudita.
Quarteto Bolling
Suite for Cello & Jazz Piano Trio — Claude Bolling, 60 min
Conceito do projeto artístico
O compositor da obra que será apresentada — Claude Bolling (1930) — é também arranjador, pianista e líder de orquestra. Atualmente, é um dos mais versáteis músicos da França, discípulo de alguns jazzistas renomados, mas seu modelo e amigo foi Duke Ellington. Criança prodígio, aos 14 anos tocava jazz ao piano profissionalmente com figuras tarimbadas da música internacional, como Lionel Hampton, Roy Eldridge e Kenny Clarke. Seus livros de técnica jazzística mostram que não se aprofundou muito além do bebop no jazz de vanguarda. Claude Bolling reavivou o jazz tradicional no fim da década de 1960, tornando-se grande amigo de Oscar Peterson. Premiado com o primeiro lugar em concursos europeus de jazz durante cinco anos consecutivos, é considerado o criador da música com cruzamento jazz-erudito. Pela fusão de estilos e pela virtuosidade dessa peça, o Quarteto Bolling se orgulha de trabalhar e divulgar essa maravilhosa obra.
Claude Bolling fez a ponte entre o jazz e a música erudita, e suas composições democratizaram esse estilo musical àqueles que de uma forma ou de outra não tiveram acesso a essa rica tradição. Bolling é conhecido por uma série de colaborações com músicos eruditos. A sua Suite para Flauta e Trio de Jazz — Suite for Flute and Jazz Piano Trio —, com Jean-Pierre Rampal, é ao mesmo tempo de rara elegância barroca e com um ritmo moderno, obra que se tornou campeã de vendas durante anos e foi seguida por outros trabalhos no mesmo estilo. Particularmente popular nos Estados Unidos, onde esteve por dois anos nas paradas de sucesso, além de constar por cerca de dez anos no Top 40 da revista Billboard.
Sugestões de atividades ao mediador
Educação artística: Peça aos alunos tintas de diversas cores para a aula e solicite que durante a atividade de pintura misturem as tintas para descobrirem quais novas cores aparecem. Assim também acontece com a música de Claude Bolling, que tem um fundo de erudito e uma superfície do jazz. Falando francês: Claude Bolling é um músico francês. Sugira aos alunos que procurem em um mapa-múndi a localização da França, gravem trechos de falas nesse idioma e pesquisem quais palavras de origem francesa utilizamos no português a fim de estabelecer uma ponte entre a França e o Brasil. Quem é esse cara? Estimule os alunos a investigarem a biografia de Claude Bolling, sua importância na música, quais os diferenciais que ele propôs e seus contemporâneos.
Iracema Florêncio
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Formação do grupo e instrumentos em destaque Gretchen Miller (violoncelo), Mariô Rebouças (piano), Mauricio Xavier Florêncio (contrabaixo) e Edinei Lima (bateria e percussão)
Ressonâncias Livro
BENNETT, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Zahar, 1986. LOPES, Emerson. Jazz ao seu alcance. Rio de Janeiro: Multifoco, 2009. MORRISON, Toni. Jazz. Tradução: José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. TERKEL, Studs. Gigantes do jazz. Rio de Janeiro: A Bolha, 2012.
Música
ELLINGTON, Duke. Symphonette. In: The intimate Ellington. Santa Mônica; Nova York: Universal, 1977. MOZART, Wolfgang Amadeus. Petite musique de nuit. In: BOLLING, Claude. Jazzgang Amadeus Mozart. Santa Mônica; Nova York: Universal, 2006. SPOKEN WORD. Applause as Lionel Hampton enters. In: GOODMAN, Benny. Live at Carnegie Hall-1938 complete (Duplo). [S.I.]: Columbia/Legacy, 1999.
Texto na Web
Claude Bolling biografia. Disponível em: <http://www.clubedejazz.com.br/ojazz/jazzista_exibir.php?jazzista_id=231>. Acesso em: 16. mar. 2013.
Vídeo na Web
BOLLING SUITE FOR FLUTE & JAZZ PIANO TRIO (Jean-Pierre Rampal & Claude Bolling). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=yW2QuZ8slUA>. Acesso em: 16. mar. 2013.
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guia do professor | música 2012
A guitarra elétrica na música brasileira.
Quarteto Kroma DesConstruindo, 60 min
Conceito do projeto artístico
J.A.Orio
A estrutura musical é uma ciência que envolve a matemática como sua espinha dorsal, porém, possui conteúdo emotivo e abstrato, fazendo com que essa arte seja a de maior consumo dos seres humanos. O entendimento estético demonstra como é possível compreender as lógicas de cada manifestação musical das diversas culturas existentes no planeta. A interpretação faz total diferença na expressão musical, ou seja, parte das características de um determinado gênero depende de algumas técnicas. A manifestação de um determinado assunto pode ser mais bem entendida se o intérprete demonstrá-lo com clareza, utilizando as técnicas pertinentes ao objetivo musical que se deseja alcançar.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Todo o trabalho do Quarteto Kroma demonstra um bom momento para reflexões. O público que acompanha esse trabalho é, sem dúvida, um dos mais ecléticos e de todas as faixas etárias, e tem a oportunidade de ouvir obras de grandes nomes da música, do pop ao erudito, do rock ao baião, da moda de viola ao blues, do jazz ao chorinho fazendo jus ao emblema da globalização, onde a música é mundial e não pertencente a um país específico.
Sugestões de atividades ao mediador
Origem da guitarra elétrica: Instrumento de grande utilização a partir do século XX, vale a pena investigar a sua origem. Quando e quem a criou? Em que estilo musical ela se consagrou? Que formações musicais mais conhecidas utilizam guitarra elétrica? Desafio: Solicite aos alunos a identificação, no estilo que consagrou a guitarra elétrica, de elementos que podem ser considerados da música de câmara. Os expoentes da guitarra: Proponha aos alunos a investigação dos grandes músicos que utilizaram a guitarra elétrica em diferentes gêneros. Faça uma audição dessas figuras de destaque e encontre paralelos e diferenças no modo de execução, estilo do repertório e virtuosidade.
Formação e instrumentos em destaque
Heraldo Paarmann, Alexandre Spiga, Igor de Bruyn e Alexandre de Orio (guitarra)
Ressonâncias Livro
CAESAR, Wesley Lély. O universo da guitarra rock. São Paulo: Melody, 2012. v.1. SIDWELL, Jason; DICKSON, Jamie. Como tocar guitarra passo a passo. Rio de Janeiro: Alta Books, 2012.
Música
HENDRIX, Jimi. Freedom. In: Blue wild angel: Jimi Hendrix live at the Isle of Wight. Santa Mônica; Nova York: Universal, 1970. MELODIA, Luiz. Fadas. In: PIAU, Renato. Guitarra brasileira. São Paulo: Tratore/Guitarra Brasileira, 2010. ROGERS. Sloppy drunk. In: Jimmy Page & The Black Crowes. Live at the Greek. [S.I.]: Sum Records, 2000.
Texto na Web
Quem inventou a guitarra elétrica. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-inventou-a-guitarra-eletrica>. Acesso em: 16 mar. 2013. Armandinho (guitarrista). Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Armandinho_(guitarrista)>. Acesso em: 16 mar. 2013. Mozart Mello. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Mozart_mello>. Acesso em: 16 mar. 2013. Kiko Loureiro. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Kiko_loureiro>. Acesso em 16 mar. 2013.
Vídeo na Web
COMO é feita a guitarra elétrica — academia joinvilense de música.avi. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=BvvhIKy8uwo>. Acesso em: 16 mar. 2013. ação educativa do SESI- SP
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Divulgação
Os quartetos para flauta de Mozart em instrumento de época.
Quarteto Mozart
Os Quartetos para Flauta de Mozart, 60 min
Conceito do projeto artístico
O grupo se formou com o objetivo de fazer uma releitura de obras antigas e apresentá-las com grande virtuosismo, gestos operísticos e contextualização. A aula-espetáculo mostra a flauta de madeira típica da época de Mozart, e com apenas uma chave. As flautas modernas possuem várias chaves, eixos e alavancas — basicamente são como um tubo longo com mais buracos do que dedos, por essa razão o instrumento possui chaves. Os quartetos para flauta de Mozart são executados com uma flauta de época, cuja sonoridade e afinação são diferentes das utilizadas na atualidade.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Com todas as suas chaves, eixos e alavancas, parece difícil tocar flauta. Certamente, poucos flautistas concordarão com essa afirmativa, dirão que a beleza da sua sonoridade compensa todos os sacrifícios e a dedicação necessária para o seu completo domínio expressivo. De fato, pode ser intimidador ver todo aquele conjunto de chaves funcionando, o chamado mecanismo em ação. Portanto, é um grande privilégio apreciar a apresentação de Os Quartetos para Flauta de Mozart, os quatro instrumentos em harmonia, perceber seus timbres e características tonais. Juntos, flauta, violino, viola e violoncelo reconstroem a atmosfera da época vivida por Mozart (1756-1791), um dos maiores expoentes da música em todos os tempos. Atribui-se a Johann Baptist Wendling, flautista e membro da orquestra da corte de Mannheim, Alemanha, ter passado a Mozart, em 1777, a comissão de um rico holandês amante da música, Ferdinand de Jean, médico, a serviço da Companhia Holandesa das Índias Orientais, de compor, mediante compensação pecuniária, três pequenos, fáceis e curtos concertos e um par de quartetos para flauta. Naquele tempo, como hoje, a luta pela sobrevivência fez brotar o talento, o que há de melhor nas pessoas. Mozart, mesmo a contragosto — ele não era amante da flauta —, compôs uma das mais belas páginas musicais da história.
Sugestões de atividades ao mediador
Exercícios de audição: Proponha a comparação mediante a audição de trechos alternados de música de câmara, em que a flauta faça parte da formação, e de uma popular, como o choro. Extraia o teor de delicadeza, poesia e melancolia das composições. Compare, por exemplo, Mozart — Quarteto para Flauta e Cordas K. 285, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=xiti4ROFxzc — e, Carinhoso, de João de Barro e Pixinguinha, em http://www.youtube.com/watch?v=jk1uvmKZiks, entre outras combinações aparentemente desconexas, mas que possuem ligação entre si. Flauta e suas origens: Cada descoberta arqueológica em torno da flauta é uma surpresa. Sua origem é incerta: grega, romana ou egípcia? A sua provável precursora, a flauta egípcia Nay — em persa ney — significa bambu — não é mais do que uma fileira crescente de tubos de bambu com um furo na extremidade. Estimule os alunos a investigarem essas origens e a construírem uma flauta a partir de materiais recicláveis, com tubos de PVC. Qual é a música: Execute trechos de diferentes gêneros musicais em que a flauta faça parte da formação. Desafie os alunos a identificarem os gêneros musicais a partir dessa audição.
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Lívia Lanfranchi (flauta clássica), Nelson Rios (violino), Peter Pas (viola) e Alberto Kanji (violoncelo)
Ressonâncias Livro
DINIZ, Margarete Hiromi Kishi. Nota a nota: uma história para ler música e tocar flauta. São Paulo: Detalhe, 2012. SCHIKANEDES, Emmanuel; MOZART, Wolfgang Amadeus; RIOS, Rosana. A flauta mágica (professor). São Paulo: Scipione, 2011.
Música
BARRO, João de; PIXINGUINHA. Carinhoso. In: CARRILHO, Altamiro. Choros,chorinhos e chorões. Santa Mônica; Nova York: Universal/Mercury, 2001. MOZART, Wolfgang Amadeus. Flute quartet in D, K.285;1. Allegro. In: WINCENC, Carol [flauta]; EMERSON STRING QUARTET. Mozart: flute quartets no 1-4. Santa Mônica; Nova York: Universal, 2012.
Texto na Web
A flauta/flautim. Disponível em: <http://www.covoes.com/aaccc/oficina-flauta.html>. Acesso em: 8 abr. 2013. Biografia — Wolfgang Amadeus Mozart. Disponível em: <http://som13.com.br/wolfgang-amadeus-mozart/biografia>. Acesso em: 8 abr. 2013. GOHN, Daniel. Educação a distância: como desenvolver a apreciação musical? Disponível em: <http://www.anppom.com.br/anais/anaiscongresso_anppom_2005/sessao12/daniel_gohn. pdf>. Acesso em: 31 mar. 2013.
Vídeo na Web QUARTETO com flauta em ré maior K 285 (Mozart). Disponível em: < http://www.youtube.com/watch?v=jDrO_-fqNDA>. Acesso em: 8 abr. 2013. 36
guia do professor | música 2012
Quarteto de clarinetes em repertório especialmente criado para essa formação.
Quarteto Nó na Madeira Clarinete em cores e sons, 60 min
Conceito do projeto artístico
Apresentação de repertório de música de câmara com peças escritas originalmente para quarteto de clarinetes e arranjos feitos para essa formação. Com um programa eclético, o grupo tem a intenção de caminhar pelo universo da música popular, erudita e também da música brasileira. O clarinete está no centro das atenções dessa aula-espetáculo e sua origem pode ser buscada no antigo Egito, no instrumento que era então usado: o memet, cuja palheta era cortada no próprio tubo. O clarinete, poucos sabem, é um instrumento idioglótico, diferente dos heteroglóticos, que têm a palheta atada ao tubo. Sua procedência é de outros instrumentos ancestrais, o aulos grego, o cuen kan chinês, o arghul árabe e o pibgorn galês, que tinham palheta simples e um ou dois tubos.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Sugestões de atividades ao mediador
Sopro musical: Proponha uma audição em que o clarinete esteja sozinho e depois com acompanhamento. Estimule os alunos a manifestarem preferências, a perceberem semelhanças e diferenças. Clarinete, meu amor: Em muitos gêneros musicais, o clarinete é o principal instrumento da formação. Produza uma audição com gêneros musicais conhecidos interpretados ao clarinete. Destaque os elementos sonorosos e de timbre, o som aveludado, a sinuosidade da melodia e o preparo físico exigido de quem se dedica ao instrumento. Brasileiro, sim, senhor! Dos clarinetistas brasileiros, o que alcançou maior projeção mundial foi Paulo Moura. Sugira um encontro de estilos, peça aos alunos para trazerem músicas de Paulo Moura que representam sua vida como músico multicultural e promova um encontro com esse expoente da música instrumental brasileira.
Mariana Chama
O grupo é formado por eminentes instrumentistas: Gustavo Nunes Juventino, clarinetista da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, que integrou também a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, a Orquestra do Núcleo Universitário de Ópera, a Orquestra do Teatro Lírico de Equipe, a Orquestra Filarmônica do SENAI e a Orquestra Jovem Municipal, onde venceu o Concurso de Jovens Solistas com Concerto para Clarineta e Orquestra de W.A. Mozart em 2011; Felipe dos Santos Esteves, clarinetista da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, vencedor do prêmio A Pauta Mágica, revelação do Concurso Jovens Clarinetistas Devon & Burgani, vencedor do Concurso Jovens Solistas da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, aluno destaque no Festival de Inverno de Campos do Jordão e vencedor do Concurso Ernani de Almeida Machado promovido pela Ojesp; Felipe Marcelino dos Reis, clarinetista da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e da Orquestra Experimental de Repertório, integrou também a Banda Jazz de Diadema, a Orquestra Jovem do Estado de São Paulo, a Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, a Orquestra de Câmara Demétrio Kipman e como convidado na Orquestra Sinfônica de Santos, Orquestra Bachiana e Orquestra Sinfônica da USP. Vencedor do Concurso Jovens Solistas da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo em 2008.
Formação e instrumentos em destaque
Gustavo Nunes Juventino, Felipe Marcelino dos Reis, Filipe Esteves e Tiago Garcia (clarinete)
Ressonâncias Música
ABREU, Zequinha.Tico tico no fubá. In: ______. Naquele tempo: choros e valsas. [S.I.]: Revivendo,1999.
Texto na Web
NUNES, Augusto. Paulo Moura — o último sopro do clarinetista. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/feira-livre/paulo-moura-o-ultimo-sopro-do-clarinetista/>. Acesso em: 8 abr. 2013. Um pouco de história sobre o clarinete. Disponível em: <http://www.covoes.com/aaccc/oficina-clarinete3.html>. Acesso em: 8 abr. 2013.
Vídeo na Web
BENNY Goodman (clarinete) en vivo en 1976. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=BNUTr_ayDQ4>. Acesso em: 8 abr. 2013. C.M. von Weber concert nº 2 for clarinet movt.1 (2007). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nfHsu23Cm44>. Acesso em: 8 abr. 2013. PAULO Moura — pro Paulo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=WU-DGUExg8Y&feature=player_embedded#!>. Acesso em: 8 abr. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Divulgação
A junção de quatro violões com o timbre único da viola brasileira.
Quarteto Tau Cordas Brasileiras, 60 min
Conceito do projeto artístico
Com dez anos de carreira, o quarteto tem se apresentado em importantes salas de concerto do Brasil e da América do Sul. Depois de lançar CD Brasileiro e de ter estreado o Concerto para Quatro Violões e Orquestra de Câmara, do compositor, regente, folclorista e professor universitário Eduardo Escalante, música especialmente criada para essa formação, o grupo tem programada a gravação de mais um álbum, dessa vez dedicado a Claude Debussy e aos compositores brasileiros por ele influenciados, bem como uma turnê com dezenas de apresentações pela Europa. A junção de quatro violões com o timbre único da viola brasileira permite a realização de um repertório inédito, abrangente, que dimensiona precisamente o panorama da música nacional, desde Ernesto Nazareth, passando por Angelino de Oliveira, Garoto, até chegar à música de Paulo Bellinati e Weber Lopes e de outros grandes compositores da cena contemporânea, como Chico Saraiva, Emiliano Castro, Fernando Caselato e Daniel Murray, entre outros talentosos músicos, arranjadores, regentes e instrumentistas.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
A proposta do grupo é trazer ao público uma riqueza musical pouco explorada e conhecida. A ideia é utilizar, dentro de um repertório diversificado, composições de músicos de excelência, consagrados pelo público e pela crítica especializada; músicos como Bellinatti, Weber Lopes e Chico Saraiva fazem a junção do quarteto de violões com a viola caipira. O conjunto promove um retorno feliz: o da viola brasileira, a viola caipira, muito utilizada na música sertaneja; já o violão provém de uma arte mais erudita, ainda que o instrumento tenha se integrado largamente à música popular. Assim, o projeto traz como proposta essa fusão da música sertaneja de raiz com a técnica erudita, traçando um panorama da música brasileira dentro do repertório abordado.
Sugestões de atividades ao mediador
As cordas: Promova a audição da viola, contando sua origem e suas questões técnicas. Posteriormente, apresente de que forma se compõe um quarteto de violão, demonstrando qual a função de cada um dentro do repertório escolhido.
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Breno Chaves, Daniel Murray, Fabio Bartoloni e José Henrique Campos (violão); Emiliano Castro (viola)
Ressonâncias Livro
DREYFUS, Dominique. O violão vadio de Baden Powell. São Paulo: Editora 34, 1999. FILHO, Othon Gomes da Rocha. Minhas primeiras notas ao violão. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 2009. PUIG, Manuel. A cara do violão. Rio de Janeiro: Rocco, 1985.
Música
BELLINATI, Paulo; AZUMA, Cristina. Valsa brilhante. In: ______. Pingue-Pongue. Nova York: ONErpm/Delira Música, 2012. CASELATO, Fernando. Lágrimas na poeira. In: ______. Solo das cores. São Paulo: Tratore, 2013. SARAIVA, Chico; Ka, MAKELY. Moçambique. In: ______. De Sampa. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2010.
Texto Web
Viola caipira — a viola brasileira. Disponível em: <http://www.mundomax.com.br/blog/tag/historia-da-viola/>. Acesso em: 3 abr. 2013.
Vídeo Web
AMIGOS e viola Marcos Violeiro e Clayton Torres. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=UO3MqCh0vbM>. Acesso em: 3 abr. 2013. VIOLA caipira — polca paraguaia do Marcos Violeiro. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=f7T_7Q5Nm_A>. Acesso em: 3 abr. 2013.
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guia do professor | música 2012
O violão moderno a partir da música brasileira.
Quaternaglia Jequibau, 60 min
Conceito do projeto artístico
Desde sua estreia, em 1992, o grupo segue na busca por obras inéditas, sua marca de atuação e diferenciação no cenário musical. O contato com compositores brasileiros atuantes nesta primeira década do século XXI, exímios nas sutilezas do violão e suas combinações camerísticas, tem permitido ao quarteto executar um repertório único, especialmente dedicado à sua formação e que tem aparecido nos programas de concertos e gravações de diversos ensembles e outras formações ao redor do mundo. Revisitar as matrizes populares da música brasileira adiciona graça e frescor ao rigor composicional do erudito, ajuda a diminuir as diferenças entre esses universos e permite uma verdadeira viagem sonora, tendo o violão como voz principal e condutora.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Mariana Chama
A aula-espetáculo começa com Caminos del Viento, do cubano Leo Brouwer, o principal compositor para violão deste início de século. Herdeiro de Villa-Lobos, o multi-instrumentista fluminense Egberto Gismonti cede temas musicais para Brouwer homenagear o Brasil: Gismontiana, para quatro violões e orquestra de cordas, cuja canção A Fala da Paixão recebe versão solo seguida da Cadência, em que vários temas dialogam. Heitor Villa-Lobos tem em sua Bachianas Brasileiras N. 9 o diálogo entre Bach e os ritmos brasileiros, e, na música A Lenda do Caboclo, a versão para violões parte do original para piano de 1920. João Luiz alia a influência da Europa em Modinha com a África na canção Urbano, trilhando o mesmo caminho de Marco Pereira no galope A Dança dos Quatro Ventos. Paulo Bellinati resgata o ritmo jequibau em Carlo’s Dance e finaliza com Frevo e Fuga.
Sugestões de atividades ao mediador
Garimpo musical: A maior parte da obra musical apreciada nas salas de concerto foi composta antes do século XX. Contudo, de lá para cá, muitos artistas brasileiros contemporâneos alcançaram sucesso principalmente no exterior, por isso são pouco conhecidos pelas novas gerações em território nacional. Egberto Gismonti, entre outros, é um desses gênios, consagrado em palcos célebres e disputados na Europa e nos EUA. Peça aos alunos, separadamente ou em pequenos grupos, garimparem esses nomes e pesquisarem a produção desses compositores. A apresentação das descobertas pode ser acompanhada da execução de algumas canções. Jequibau: A invenção desse ritmo é atribuída a Mário Albanese. Apresente vídeos e músicas para que os alunos conheçam mais o jequibau e seu criador. Solicite uma pesquisa orientada, apresentando estas e outras questões: Quem é esse músico? Qual é a sua influência e seu estilo musical? Sessão flamenca: O violão é um instrumento harmônico e sua expressividade tem relação com a cultura latina, cigana, como a música espanhola e o flamenco. Exiba filmes em que essa arte esteja em primeiro plano e comente a respeito de suas principais características, como o vigor do ataque às cordas, a sensualidade, o mistério e o caráter teatral e dramático de suas composições. Essas características também podem ser encontradas no tango argentino, por exemplo. Divida a turma em dois grupos para que um pesquise diferenças entre os ritmos apresentados e o outro mostre as semelhanças. Ao final, todos podem dizer suas preferências.
Formação e instrumentos em destaque
Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Thiago Abdalla e Sidney Molina (violão)
Ressonâncias Filme FLAMENCO. Direção: Carlos Saura. Produção: Juan Lebrón. Sevilla: Juan Lebrón Producciones, 1995. 105 min, son., color. [Musical. Espanha.]. BODAS de sangue. Direção: Carlos Saura. Produção: Emiliano Piedra. Madri: Emiliano Piedra, 1981. 72 min, son., color. [Romance. Espanha, França.]. CARMEN. Direção: Carlos Saura. Produção: Emiliano Piedra. Madri: Emiliano Piedra, 1983. 102 min, son., color. [Drama, Musical. Espanha.]. AMOR bruxo. Direção: Carlos Saura, Produção: Emiliano Piedra. Madri: Emiliano Piedra, 1986. 100 min, son., color. [Drama. Estados Unidos.]. TANGO. Direção: Carlos Saura. Produção: Carlos Mentasti; Luis A. Scalella. [S.I.]: Lider Films; Burbank: Warner Bros; Nova York: Sony Pictures Classics, 1998. 115 min, son., color. [Drama. Espanha, Argentina.]. Música BELLINATI, Paulo; AZUMA, Cristina. Um amor de valsa. In: ______. Pingue-pongue. [S.l.]: ONErpm, 2012. POWELL, Baden; MORAES, Vinicius de. Tristeza e solidão. In: BELLINATI, Paulo; SALMASO, Mônica. Afro-sambas. São Paulo: Atração, 1995. Música na Web GODOY, Maria Lúcia. Bachianas brasileiras V: aria (Cantilena). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=AE7SHkdD394>. Acesso em: 16 abr. 2013. Texto na Web FEDERICO Moreno Torroba. Disponível em: <http://www.biografiasyvidas.com/biografia/m/moreno_torroba.htm>. Acesso em: 16 abr. 2013. MÁRIO Albanese e o “Jequibau”. Disponível em: <http://www.amlac.com.br/base_doc/jequibau.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2013. Vídeo na Web FEDERICO Moreno — Torroba “Torija”. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=4fWeMbP4SQU>. Acesso em: 16 abr. 2013. LEO Brouwer — danza charistica. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=NXTbT7tk9Jg>. Acesso em: 16 abr. 2013. MARIO Albanese, Silvio Santisteban e Bonfim — Balanço do Jequibau. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=bwTT-QpllpM>. Acesso em: 16 abr. 2013. NO BALANÇO de Jequibau. Disponível em: <http://jequibau.com.br/000111101jequibau/index.php?option=com_content&view=article&id=211:vlad-rocha-no-balanco-do-jequibau&catid=8:videos&Itemid=21>. Acesso em: 16 abr. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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Gladson
A essência, a delicadeza e o sentimento visceral presentes na música brasileira.
Quintal Brasileiro Oficina de Instrumentos de Arco, 60 min
Conceito do projeto artístico
O grupo se formou em 2002, a partir do interesse comum em pesquisar uma linguagem brasileira para instrumentos de arco. Seu diferencial tem sido o desenvolvimento de uma maneira de tocá-los, dando um acento brasileiro ao seu modo de execução tradicional, normalmente mais associados à música erudita. Para isso, são trabalhadas principalmente técnicas de arco e o emprego de dedilhados, visando aproximar a maneira de tocar à estética da música instrumental brasileira. Entre os compositores que servem como referência do grupo estão VillaLobos e Radamés Gnattali, conhecidos por sua atuação tanto no universo popular como no erudito. Recentemente, o quinteto lançou um CD homenageando Radamés Gnattali, com suas composições e arranjos. No repertório do Quintal Brasileiro coexistem obras autorais e também de outros compositores. Os instrumentos são similares aos utilizados em orquestras e grupos de câmara, sem adaptações especiais, porém há a inclusão da rabeca em algumas peças musicais. O Quintal Brasileiro rompe as barreiras entre o popular e o erudito, reforçando uma linguagem brasileira para instrumentos de arco.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
O período musical em que a proposta se enquadra é o da música instrumental brasileira urbana a partir do início do século XX. Nesse período, pode-se observar o surgimento de uma música instrumental de qualidade, com o desenvolvimento de gêneros particularmente brasileiros como o choro, ou a adaptação de gêneros estrangeiros à nossa linguagem, como na valsa brasileira.
Sugestões de atividades ao mediador
Audição comentada: Promova a audição de gravações do repertório erudito para cordas e do repertório de música instrumental brasileira. Saliente os diferentes estilos e formações, estimule comentários e manifestações de apreço pelos músicos e compositores brasileiros. Ao vivo: Sempre que possível leve os alunos para assistir a apresentações ao vivo de orquestras, grupos de choro ou de música instrumental brasileira e peça que eles se manifestem a respeito da experiência. Audição qualificada: Solicite aos alunos o comentário das semelhanças e diferenças entre os espetáculos assistidos e as gravações.
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Luiz Amato e Esdras Rodrigues (violino), Emerson de Biaggi (viola), Adriana Holtz (violoncelo) e Ney Vasconcelos (contrabaixo)
Ressonâncias Livro
ALMEIDA BESSA, Virgínia de. A escuta singular de Pixinguinha. São Paulo: Alameda Editorial, 2010. | MARTINS, Thomaz Ferreira. Música na rede SENAI. São Paulo: Editora Senai, 2012. MATEUS, Ionah Beatriz Beraldo. Arte e musicalização aplicadas à educação. Maringá: Cesumar, 2012. | WISNIK, José Miguel; SQUEFF, Enio. O nacional e o popular na cultura brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1982. | ______. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Música
AYRÃO, Luiz; LACERDA, Benedito. Vou vivendo. In: BANDOLIM, Jacob do. In Memoriam: Jacob do Bandolim. Nova York: Sony/RCA, 2001. BANDOLIM, Jacob do. Assanhado. In: CHORONAS. O Brasil toca choro. São Paulo: Tratore, 2010. PIXINGUINHA. Ingênuo. In: ______. Pixinguinha no cinema. Sesc Rio, 2009. | ______. Parangolé. In: ______. Pixinguinha sinfônico popular. Sesc Rio, 2009. TAPAJÓS, Mauricio; PINHEIRO, Paulo César. Que nem manequim. In: GUINGA. Sobras repletas. [S.I.]: CPC Umes, 2010.
Texto na Web
GARRIDO, Toni. Pixinguinha (1897-1973). Disponível em: <http://www.acordacultura.org.br/herois/episodio/pixinguinha>. Acesso em: 20 mar. 2013.
Vídeo na Web
CARINHOSO: Pixinguinha, Benedito Lacerda e Regional. Disponível em: < http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=carinhoso--pixinguinha-benedito-lacerda-e-regional-040262CCA97386>. Acesso em: 20 mar. 2012. 40
guia do professor | música 2012
Trio de percussão numa experiência musical e gestual.
Tribores
Tribores — Além da Percussão, 60 min
Conceito do projeto artístico
Esse trio de percussionistas habilidosos cria um conceito inovador e performático que expõe sua forma própria, diferenciada de tocar. A aula-espetáculo está voltada para a percussão, busca quebrar conceitos sobre a música para esse naipe de instrumentos, e captura a atenção do expectador pelo modo diferenciado de tocá-la. O trio extrai sua performance dos movimentos do próprio ato de tocar percussão e acrescenta a eles peripécias e malabarismos em movimentos coreografados e sincronizados com a música, tornando o espetáculo uma experiência musical e gestual.
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Sugestões de atividades ao mediador
Bate lata: Forme uma orquestra de percussão com os alunos, utilize materiais descartáveis e reciclados. Estimule a reutilização dos objetos como forma de dar a eles sobrevida útil. Batucada esperta: A partir de um código sonoro, como uma batida para responder sim, duas para não e três para talvez, estimule um diálogo sobre práticas de conservação da natureza, reciclagem e consumo consciente de forma que as perguntas sejam respondidas por esses sinais sonoros. Grandes nomes: Airto Moreira, Carlinhos Brown, Jackson do Pandeiro, Marcos Suzano e Naná Vasconcelos são os mais conhecidos percussionistas brasileiros. Existem muitos outros nessa constelação. Estimule os alunos a pesquisarem esses nomes e algumas de suas mais belas páginas musicais.
Renata Wolfe
No repertório, composições de autoria própria prezam o equilíbrio entre complexidade rítmica e simplicidade e exploram a sonoridade de instrumentos característicos, como é o caso das alfaias do maracatu e do snare drum escocês. A partir da experiência dos integrantes com as march bands escocesas, criaram-se composições que exploram a contemporaneidade musical dos instrumentos com a tradição dessas formações peculiares. Formado por instrumentos que soam pela força do impacto em superfícies que reverberam essa ação, a percussão é uma alusão ao ritmo do batimento cardíaco, do pulsar da vida, desde os tempos primitivos na audição de preces, seja nos campos de batalha insuflando os soldados, seja nas cerimônias marciais em respeito aos heróis. A expressão tambor do mundo se refere ao que reverbera, ao que se espalha por todas as direções e alcança a todos.
Formação e instrumentos em destaque
Daniel Gohn, Jefferson Manes e Edinei Lima (percussão, caixas claras, tambores escoceses, alfaias e tambores feitos a partir de bombonas de óleo)
Ressonâncias Filme
O TAMBOR. Direção: Volker Schlöndorff. Produção: Eberhard Junkersdorf. [S.I.]: Argos Films; Bruxelas: Artémis Productions; [S.I.]: Bioskop Film, 1979.142 min, son., color. [Drama de guerra. Alemanha, França, Polônia, Iugoslávia.].
Música
SANTOS , Moreira Silva. Samba 4 Sale. In: MOREIRA, Airto. Homeless. [S.I.]: M.E.L.T.2000, 2000. VASCONCELOS, Naná. Futebol. In: ______. Minha Lôa. São Paulo: Tratore/Fábrica Estúdio, 2012.
Texto na Web
História da percussão. Disponível em: <http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/martim/escola_setores/histpercussao.htm>. Acesso em: 8 abr. 2013.
Vídeo na Web
BANDA de percussão Delcídio do Amaral — desfile de 21 de setembro. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=m956TywgmGQ>. Acesso em: 8 abr. 2013. TIJOLO instrumento de percussão * Wagner Viana (gata). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ZdxnwpCWCW4>. Acesso em: 8 abr. 2013.
ação educativa do SESI- SP
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O triunfo do amor.
Trio Sospirare Il Trionfo d’Amore, 60 min
Conceito do projeto artístico
O trabalho do Trio Sospirare em pesquisa e documentação é sério e profundo. O grupo busca em bases documentais a formatação exata das suas interpretações e dedica-se à proposta de apresentar um repertório dos séculos XVI e XVII com canto, flautas doces e alaúde. Com caráter leve, condizente ao requinte do estilo do canto e à sonoridade dos instrumentos da época, o programa é baseado no vasto e fascinante tema do amor, abordando alguns de seus aspectos, como o amor platônico, o amor condicional, a ira do amor não correspondido, o amor sedutor, o amor finalmente realizado, enfim, belas facetas desse sentimento tão contraditório e tão universal. Esse é um tema controverso, mas é consenso no imaginário popular que o amor verdadeiro é inabalável, resiste a tudo, é um sentimento compartilhado que une, em momentos ruins, e celebra, em momentos de alegria e harmonia.
O Trio Sospirare oferece um recital de música antiga, comenta sobre os diferentes estilos musicais, esclarecendo sobre as técnicas aplicadas nas diferentes épocas e sobre as qualidades e estruturas dos instrumentos antigos usados nas apresentações. A ideia é mostrar ao público como eram interpretadas as músicas das diversas cortes europeias dos séculos XVI e XVII. As airs de cour, ou canções da corte, foram populares na França do final do Renascimento até o início do Barroco, de c.1570 a 1650. Durante o reinado de Luís XIII, aproximadamente de 1610 a 1636, foi a forma predominante de composição secular vocal na França, especialmente na corte. Já as lute ayres, ou árias de alaúde, foram um gênero de canções compostas na Inglaterra principalmente por John Dowland, Thomas Campion e Philip Rosseter. No que diz respeito às árias italianas compostas por Giulio Caccini e Claudio Monteverdi tinham uma característica especial: eram canções que evocaram o retorno ao ideal clássico, grecoromano, cujo acompanhamento harmônico buscava a sprezzatura, a expressão dos sentimentos das palavras em música. Com relação às canções de Henry Purcell, principal compositor inglês do período barroco, elas traziam em seu conteúdo a arte do baixo contínuo e eram baseadas no acompanhamento sustentado pelo alaúde, com forte ênfase no texto sonoro.
Divulgação
Relação do espetáculo com a contemporaneidade
Sugestões de atividades ao mediador
Melisma: Na música ocidental, refere-se inicialmente a uma categoria de canto gregoriano, mais precisamente, de cantochão, contudo, é útil para descrever elementos da música de qualquer gênero, como no canto barroco, e, mais recentemente, no gospel. Promova uma audição da cantora Aretha Franklin, considerada um dos expoentes nessa técnica. Vocal por excelência: No fado, no tango e na ópera, de maneira geral, o vocal é protagonista, pois é quem revela o texto da canção. Exiba vídeos com trechos de óperas conhecidas, tais como óperas e paixões. Comente o fato de todas apresentarem no vocal nítidos efeitos dramáticos e expressivos e que esses efeitos são respaldados pelo acompanhamento instrumental, que contribui imensamente com a criação de uma ambientação dramática da obra. A capela: Estimule a formação de grupos vocais, de corais. Se não contarem com acompanhamento instrumental, o repertório poderá ser exclusivamente a capela. Abra espaço para a participação de pais e outros parentes dos alunos e programe ensaios e apresentações beneficentes em uma instituição de caridade, em um hospital ou em clínicas de recuperação para dependentes químicos. A escola é o principal elo de integração da comunidade.
Formação do grupo e instrumentos em destaque
Sonia Goussinsky (soprano), Claudia Freixedas (flauta doce), Carin Zwilling (alaúde) e Ramiro Murillo (direção cênica)
Ressonâncias Filme
AGONIA e êxtase. Direção e Produção: Carol Reed. Los Angeles: Twentieth Century Fox Film Corporation; [S.I.]: International Classics; Roma: Dino de Laurentiis Cinematografica, 1965. 138 min, son., color. [Drama. EUA e Itália]. O MERCADOR de Veneza. Direção: Michael Radford. Produção: Luca Fortunato. [S.I.]: Movision; Londres: UK Film Council; [S.I.]: Film Fund Luxembourg Asquini, 2004. 138 min, son., color. [Drama. EUA, Itália, Luxemburgo e Reino Unido].
Música
MONTEVERDI, Claudio. Monteverdi: musica tolta da i madrigali di Claudio Monteverdi e fatta spirituale; qui laudes ex cathedra [choir]. In: SKIDMORE, Jeffrey. Monteverdi: madrigali fatta spirituale. Santa Mônica; Nova York: Universal Music, 2011. PURCELL, Henry. Suite — Rondeau. In: ______. English string music. Nashville: Sun Records, 2009.
Texto Web
Henry Purcell. Disponível em: <http://www.renatacortezsica.com.br/compositores/purcell.htm>. Acesso em: 3 abr. 2013.
Vídeo Web
HENRY Purcell — the fairy queen — if love’s a sweet passion. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=k-WyxbwU82A>. Acesso em: 3 abr. 2013. SE L’AURA Spira — G. Frescobaldi . Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=mUpgOem0O9c>. Acesso em: 3 abr. 2013. 42
guia do professor | música 2012
Música Moderna
Música Romântica
Música Clássica
Música Barroca Música Renascentista
Música Medieval Música da Antiguidade Música Pré-Histórica
A música através dos tempos ação educativa do SESI- SP
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Períodos musicais
Música pré-histórica
Música da antiguidade
Música medieval
Música renascentista
entre 4 milhões e 2 milhões a.C. a 4 mil a.C.
de 4 mil a.C. a 500 d.C.
de 500 d.C. a 1450 d.C.
de 1450 a 1600
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guia do professor | música 2012
Música barroca
Música clássica
Música romântica
Música moderna
de 1600 a 1750
de 1750 a 1810
de 1810 a 1910
de 1900 em diante
ação educativa do SESI- SP
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Música Pré-Histórica
Música da Antiguidade
Música Medieval
Contexto I O gênero humano apareceu entre 4 milhões e 2 milhões de anos a.C. São considerados três períodos na evolução do homem pré-histórico — o Paleolítico, idade da pedra lascada, de 500 mil a.C. a 30 mil a.C.; o Neolítico, nova idade da pedra, de 30 mil a.C. a 8 mil a.C e a Idade dos Metais, de 5 mil a.C. a 4 mil a.C.
Contexto I Surgimento da escrita, início da Antiguidade e queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) como o seu final. | Mesopotâmia, hebreus, Egito Antigo, persas, fenícios. | Antiguidade Clássica — Grécia Antiga e Roma Antiga, precursoras das cidades, contribuíram para o desenvolvimento da escrita e da agricultura. | Civilizações hidráulicas — usam a água como recurso econômico. | Diques, canais e sistemas de irrigação. | Estado, governo que estabelece regras e aplica a lei. Arte I Arte mesopotâmica, suméria, assíria, babilônica, persa. | Arte do vale do Nilo, egípcia. | Arte celta e germânica. | Arte egeia, cicládica, minoica, micênica. | Arte fenícia. | Arte da Antiguidade Clássica, etrusca, grega, helenística, romana. | Arte do cristianismo, paleocristã e bizantina. Ciências Naturais I A economia dos babilônicos e de outros povos da Mesopotâmia organizou-se em função da agricultura, atividade sujeita ao regime das cheias dos seus rios Tigre e Eufrates. Tiveram que estabelecer o melhor sistema de rotação de terras, distribuir a água por meio de reservatórios e canais de irrigação, criar e desenvolver os sistemas de roldanas e manivelas para suspender e baixar grandes plataformas, calcular o comprimento, a área e o volume de figuras geométricas, realizar a contagem e estabelecer um calendário. | Na medicina, sabe-se que os gregos foram os pioneiros no estudo dos sintomas das doenças. | Hipócrates (460 a.C-377 a.C.), pai da medicina. | Cláudio Galeno ou Élio Galeno (129-217), grande conhecedor da medicina. | Mileto, Samos, Tarento, Atenas, Siracusa, Alexandria. História e Geografia I Mobilidade espacial decorrente tanto da simples curiosidade como da necessidade de reprodução da própria sociedade. | Alexander Von Humboldt (1769-1859) e Karl Ritter (1779-1859). | Vertente histórico-descritiva, predominando narrativas de viagens e descrições regionais. | Vertente mapa temático-cartográfico, estudos referentes à forma e à dimensão da Terra e representações cartográficas. | Heródoto (484 a.C.-420 a.C.), Hipócrates (460 a.C.-377 a.C.) e Estrabão (63/64 a.C.-c.24 a.C.). Literatura I A Idade Antiga, ou Antiguidade, também chamada de Idade Clássica, começa a partir do surgimento da escrita, terminando com a queda do Império Romano. | Nesse período, destacam-se as civilizações grega, romana e egípcia — do pensador, do guerreiro e do religioso, respectivamente. | Culturas antropocêntricas — o homem está no centro da vida. | Beleza, perfeição, complexidade, detalhismo e obediência a modelos pré-estabelecidos. | Beleza e perfeição como sinônimos de um conjunto de normas a serem seguidas na elaboração de poemas (versificação), de textos escritos (gramática), de discursos filosóficos, políticos, morais (oratória), e assim por diante. | Religião — os antigos eram politeístas, cultuavam vários deuses que representavam elementos da natureza, animais, astros. | Destaques para a prosa egípcia. O marinheiro náufrago é a narrativa mais antiga do mundo, data de 2500 a.C. | Na poesia grega, Ilíada e Odisséia, de Homero (século VIII a.C.). | Na oratória grega, Filípicas, de Demóstenes (384 a.C.-322 a.C.), conjunto de discursos políticos contra o rei Felipe II (359 a.C-336 a.C), da Macedônia. | Na filosofia grega, Sócrates (469 a.C.-399 a.C), Platão (428/427 a.C.348/347 a.C.) e Aristóteles (384 a.C.-Atenas, 322 a.C.). Matemática I A matemática desenvolveu-se com as primeiras civilizações que se estabeleceram na Mesopotâmia, como a dos babilônicos. | Eles sabiam calcular o comprimento da circunferência. | Também conseguiam traçar o hexágono regular e conheciam uma fórmula para achar a área do trapézio retângulo, cultivavam a astronomia e tinham convicção de que o ano possuía aproximadamente 360 dias, dividindo a circunferência em 360 partes iguais e, assim, obtendo o grau sexagesimal. | Arquimedes (287 a.C.-212 a.C), não apenas o matemático, o inventor. Seus inventos eram baseados no que hoje são chamadas de máquinas simples — alavancas, roldanas, sarilhos. | Dai-me um ponto de apoio e eu moverei o mundo. | Aritmética, álgebra, geometria, mecânica, astronomia.
Contexto I A queda do Império Romano do Ocidente marca o início da Idade Média na Europa, com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, e se estende até o XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. | A Idade Média caracterizase pela economia ruralizada, incipiente atividade comercial, preponderância da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade verticalizada com uma rígida estrutura hierárquica.
Arte I A música pré-histórica não se configurou como arte, era mais uma manifestação instintiva do movimento sonoro ou a expressão como um meio de comunicação, sempre ligada à oralidade, aos rituais e à dança. No Egito, os instrumentos de corda, harpa e cítara eram artisticamente elaborados. Ciências Naturais I A partir da agricultura visando ao excedente, algumas pessoas puderam se dedicar a outras atividades, tornando-se artesãos, comerciantes, sacerdotes e administradores. O surgimento da escrita aponta o final desse período. História e Geografia I Na Mesopotâmia — na Assíria e na Babilônia —, a música tinha importante significado social e expressiva atuação no culto religioso. | No Egito, ela era praticada em todas as ocasiões da vida social. O povo tinha seus cantos tradicionais, religiosos, e, por meio de transes místicos, usavam a música para a cura de doenças do corpo físicas, mentais, emocionais e espirituais — havia canções profanas, de guerra e de trabalho. | Na Grécia, a música, a poesia e a dança eram unidas por um elemento comum, o ritmo, e praticadas de modo integrado. Os poemas eram recitados ao som de acompanhamento musical. Literatura I Cabe citar que não existia literatura antes da invenção da escrita, não como veio a ser conhecida. Porém, o homem pré-histórico era capaz de se expressar por meio de desenhos que fazia nas paredes das cavernas. Essas pinturas mostram animais e pessoas do seu período, cenas do seu cotidiano — caça, rituais, danças e alimentação. Ele se expressava também por meio de esculturas em madeira, osso e pedra. De toda forma, são cenas com teor dramático que contam aventuras de heróis de eras passadas, o que se pode chamar de literatura pré-histórica. Matemática I Por volta de 4 mil a.C., algumas comunidades primitivas aprenderam a usar ferramentas e armas de bronze. A manufatura é o domínio dos materiais por meio da proporção, que é uma expressão matemática. Ferramentas e armas mudaram o mundo, aldeias situadas às margens de rios transformaram-se em cidades. A vida ficou cada vez mais complexa. Novas atividades surgiram com o desenvolvimento do comércio. Os agricultores passaram a produzir alimentos em quantidades superiores às suas necessidades — o chamado excedente é, antes de tudo, uma operação matemática.
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guia do professor | música 2012
Arte I A religiosidade é a marca da arte medieval. As pinturas retratavam passagens bíblicas e doutrina religiosa. Ainda assim, é possível identificar duas vertentes de estilo — romântico (alta Idade Média) e, posteriormente, gótico (baixa Idade Média). Ciências Naturais I A Idade das Trevas dizimou grande parte da população — instabilidade, guerras, fome e epidemias devastadoras, como a peste negra, sífilis e gripe, tiveram efeitos devastadores nos primeiros aglomerados humanos. | Maiores avanços na Idade Média, a regulamentação do ensino da medicina e da profissão de médico; o desenvolvimento das ideias sobre o contágio; a adoção de medidas sanitárias; e a fundação de instituições que assistem os doentes. | Escolas, hospitais, sanatórios, clínicas. | O homem amparado em referências coletivas — família, povo e, principalmente, religião, que detinha o poder de decisão sobre as ações humanas, individuais e coletivas; por isso, ao mesmo tempo que amparava o homem, também o restringia, tirando sua capacidade de produzir suas próprias referências. História e Geografia I A representação do mapamúndi concebido entre os séculos II e VI havia desaparecido, retornando numa forma muito diferente e redesenhado de acordo com o cristianismo em voga. | A Bíblia é o padrão para a reinterpretação da história e do mundo. | Os mapas-múndi obedecem à descrição do Gênesis da divisão do mundo entre os três filhos de Noé, o que explica os três continentes. | A partir do século XIII, o mapa deixa de ser um mero complemento do texto escrito e ganha liberdade para expressar ideias, imagens de criaturas espetaculares, cenas dramáticas da Bíblia, povos, animais e plantas desconhecidos, criaturas de Deus. Literatura I No apogeu da Idade Média, no século XII, nasce a literatura portuguesa. | Os poemas são as primeiras obras literárias. | Na época não havia imprensa, a oralidade era acompanhada por música, dando origem às cantigas, ou trovas, mistura de declamação com cantoria, divulgadas nas ruas, praças, festas e nos palácios. | Os versos curtos não seguem necessariamente às normas da versificação. | A Ribeirinha é a primeira obra literária portuguesa, data de 1189. É uma cantiga de amor de autoria de Paio Soares de Taveirós em homenagem a Maria Paes Ribeiro; como os poetas não queriam revelar o nome das suas amadas nas cantigas de amor e como esta homenageada em especial era casada, Paio Soares inspirou-se no sobrenome da amada para nomear sua obra. Matemática I Com a queda da cidade de Alexandria, em 641, os exércitos árabes, obstinados na sua Guerra Santa, ocupam e destroem a cidade e todas as obras dos gregos. | A ciência grega entra em debacle, mas a cultura helênica era forte demais para sucumbir de uma só vez. | Os árabes, na sua arremetida, conquistam a Índia, encontram outro tipo de cultura matemática — a álgebra e a aritmética. | Os hindus introduzem um símbolo inteiramente novo no sistema de numeração até então conhecido, o zero. | Os árabes levam à Europa os denominados algarismos arábicos, invenção hindu. | O matemático árabe Mohamed Ibn Musa Alchwarizmi, cuja sonoridade de seu nome resultou, em nossa língua, as palavras algarismos e algoritmo.
Música Renascentista
Música Barroca
Contexto I Cada passagem de um período para outro é acompanhada de uma crise que desemboca no novo. | O modo de produção feudal havia se esgotado, fazendo surgir uma nova ética, a burguesa, com uma nova moral, que exigia o fim do cavalheirismo medieval, heroico e arrebatador. | Os burgueses desenvolvem a arte de simular e dissimular, de serem o que não são, de blefar, enganar, e obter vantagem a qualquer custo. | O homem renascentista queria fama e fortuna em vida, coisa que o feudalismo e toda sua religiosidade oferecia na morte.
Contexto I O Barroco divide-se em três épocas — maneirismo (1539-1640); alargamento e distorção de formas renascentistas (1570-1680), de expressão depurada e estilo sóbrio; e barroquismo (1600-1720). | Alemanha; violoncello solo senza basso. | Regência e composição. | Diferentes tipos, modelos e tamanhos de violoncelo. | Saraus de inverno. | Gêneros e improvisação musical. | Virtuose, copista musical. | A história da música antes e depois de Bach. | A descoberta de Sauver em torno das vibrações dos sons musicais. | Surgimento da ópera e da orquestra no século XVII. | Composição de música sacra e obras para cravo: Bach, Couperin, Rameau, Monteverdi, Scarlatti e Vivaldi
Arte I O termo Renascimento, descrevendo o florescimento artístico-cultural da Itália dos séculos XV e XVI foi cunhado por Giorgio Vasari (1511-1574), italiano nascido na cidade de Arezzo, que publicou em 1550 um livro sobre os artistas plásticos de sua época, sob o título Vida dos mais excelentes pintores, escultores e arquitetos italianos, desde Cimabue até a nossa época. | O Humanismo Renascentista foi um movimento intelectual de valorização da Antiguidade Clássica. O Humanismo, embora não sendo propriamente uma filosofia, representou um movimento de glorificação do homem, tornado-o centro de todas as indagações e preocupações. | A posição antropocêntrica em oposição ao teocentrismo medieval. | Outros fatores que concorreram para o Renascimento: a decadência e derrocada de Constantinopla, que provocou um êxodo de intelectuais bizantinos para a Europa Ocidental; as grandes navegações, ou mecanismos de conquista colonial, que expandiram os horizontes geográficos e culturais e propiciaram o encontro do europeu com culturas distintas, contribuindo para arejar as ideias e refutar outras tidas como verdades imutáveis; e, por fim, a instituição da figura do mecenas e o mecenato, prática de burgueses ricos, príncipes e até papas, com o objetivo de ascender socialmente, financiando as atividades do Renascimento Cultural. Ciências Naturais I O desejo de descobrir aplicou-se em vários campos da ciência. Vem da Renascença a exploração do corpo humano, proporcionando um grande avanço da medicina, com o funcionamento do corpo e o uso de testes de laboratório para explicar as doenças. | A redescoberta de valores da Antiguidade somada à profusão de pesquisas em diferentes áreas pavimentaram o conhecimento moderno. | Vem também desse período o interesse de colecionar objetos exóticos, dando origem aos museus. História e Geografia I Árabes como Edrisi, Ibn Battuta e Ibn Khaldun aprofundaram e mantiveram, durante a Idade Média, os antigos conhecimentos gregos. | Porém, foram as viagens de Marco Polo (1254-1324) que colocaram em evidência o interesse pela geografia na Europa. | Na Renascença, e ainda depois, nos séculos XVI e XVII, as grandes viagens de exploração lançaram as bases teóricas da geografia, com informações mais detalhadas. | Geographia Generalis, de Bernardo Varenius, e o mapa-múndi de Gerardo Mercator (1512-1594) são as obras mais significativas do período. Literatura I O Renascimento alcançou ampla difusão com o aperfeiçoamento da imprensa, o que possibilitou a expansão dos clássicos greco-romanos, da Bíblia e de outras obras, até então manuseadas apenas pelos monges copistas dentro de mosteiros e abadias. | O homem lançou-se em busca do novo, de um mundo novo. | A impressão de deslumbramento pelas descobertas de outras esferas e paisagens alimentou o desejo de fixá-las para serem posteriormente transmitidas. | Nasce a narrativa documental, os relatos de viagens, roteiros, diários e congêneres. Em língua portuguesa, os principais representantes desse novo modelo literário são Bernardo Gomes de Brito (1688-1759), Jerônimo Corte-Real (c.1530-1588), Francisco Álvares (1465-1536~1541) e Fernão Cardim (1540-1625). | Surgem novas formas de versos decassílabos e sonetos, permanecendo os versos em redondilhas e certas formas tradicionais do lirismo medieval, como a glosa e o vilancete. | A epopeia, nos parâmetros greco-latinos, destacou-se no Classicismo lusitano por meio de Luiz de Camões (1524-1580), com Os Lusíadas, que consagrou a alma coletiva portuguesa e o justo orgulho despertado pelos descobrimentos. Matemática I Os avanços da época também se refletem na matemática, que ganha aspectos de matemática aplicada nos campos da arte, ótica, mecânica, cartografia e contabilidade. | Com as grandes navegações, o comércio ganhou incremento e boa parte dos esforços científicos voltaram-se para esta que foi a maior aventura humana — os descobrimentos. | Tabelas de logaritmos. | Cálculo algébrico. | François Viète (1540-1603) e René Descartes (1596, Estocolmo-11 de fevereiro de 1650).
Arte I Pintores, paisagens de Antoine Watteau (1684-1721) ou de Nicolas Poussin (1594-1665), os interiores de Johannes Vermeer (1632-1675), a luz das velas de Georges de La Tour (1593-1652), as composições teatrais de Claude Lorrain (16001682), os retratos de Antoon van Dick (1599-1641), Peter Paul Rubens (1577-1640) ou Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669). | O realismo das esculturas de Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610). | Arquitetura, ourivesaria. Ciências Naturais I A medicina contemporânea tem origem em 1534 com a publicação do livro Fabrica, de Vesalius (1514-1564). A importância da publicação está nas ilustrações, realizadas no ateliê do grande pintor renascentista Ticiano Vecellio (1490-1576). | Anatomia, medicina — William Harvey (1578-1657) desvenda o sistema circulatório do sangue. História e Geografia I Espanha, França, Portugal, Itália, Alemanha, Áustria, Países Baixos, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Brasil, comportamento, monarquia, obrigações femininas, religião, sistema bancário, comércio, grandes navegações. | Tecelões, mercadores, comerciantes, patronos, artesãos, escultores, jesuítas, navegadores. | Companhia de Jesus. Literatura I Linguagem rebuscada e ambígua que utiliza largamente figuras de linguagem — metáfora, antítese, paradoxo e sinestesia. | Gregório de Matos (1636-1695), Padre Antônio Vieira (início do século XVIII). Matemática I Matemática e a relação entre sons e números. | Escalas musicais e ritmos. | Seção Áurea e Sequência de Fibonacci. | No século XVI percebe-se que os números reais não são suficientes para resolução de certas equações. Já nessa época começou o desenvolvimento dos chamados números complexos, apenas com uma definição e quatro operações. Uma compreensão mais profunda dos números complexos só foi conquistada no século XVIII com Euler.
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Música Clássica
Música Romântica
Música Moderna
Contexto I Claridade, simetria e equilíbrio são as características do período da música clássica, ou erudita ocidental, entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX. | Os compositores mais conhecidos são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) e Ludwig van Beethoven (1770-1827), embora este último mostrasse características do Romantismo desde sua Terceira sinfonia. | Música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, cujas normas centrais foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo conhecido como o período da prática comum.
Contexto I Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, frequentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. | Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. | Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.
Contexto I A música moderna surge após o romantismo, é um conjunto de tendências que entraram em voga a partir da primeira metade do século XX. | Possui caráter quase exclusivamente experimental. | Entre essas correntes estão o impressionismo, o expressionismo, o dodecafonismo, o atonalismo, entre outras. | O Modernismo revela um Brasil visto sob o plano real, longe do idealismo pregado pela era romântica. Um Brasil dos marginalizados, desde o sertão nordestino até os subúrbios cariocas. Arte I A modernidade como processo histórico-social tem início a partir do século XVIII. A propagação das ideias iluministas, como o uso da razão e a emancipação do homem em relação às leis divinas, foi um fator representativo que ilustrara e caracteriza esse período. | Anita Catarina Malfatti (1889-1964), Ismael Nery (19001934), Milton Rodrigues da Costa, mais conhecido como Milton Dacosta, (1915-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973), Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (1897-1976) e Lasar Segal (1891-1957). | Mudanças bruscas aconteceram no Ocidente durante a modernidade, principalmente nos planos culturais, artísticos, econômico, religioso e político. Talvez esse seja o fator que nos faz associá-la sempre a ideia de ruptura e de novidade. Ciências Naturais I O desenvolvimento da medicina relaciona-se diretamente com a migração, a superlotação das cidades e as precárias condições de vida da classe trabalhadora própria da Revolução Industrial. Sua consequência foi a proliferação das doenças infecciosas (sífilis, tuberculose) ou relacionadas com a má alimentação (pelagra, raquitismo, escorbuto). Esses problemas são primordiais para entender a origem da medicina social de Rudolf Virchow (1821-1902) e o sistema de saúde pública de Edwin Chadwick (1800-1890) que dariam lugar à atual medicina preventiva. A Revolução Industrial e as numerosas guerras e revoluções gerariam um desenvolvimento científico generalizado que contribuiria com a instauração de condições técnicas para o triunfo da assepsia, da anestesia e da cirurgia. História e Geografia I No Ocidente, durante os séculos XIX e XX, a disciplina geográfica passou por quatro fases importantes: determinismo geográfico, geografia regional, revolução quantitativa e geografia radical. Literatura I Movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições. O ser humano é retratado em suas qualidades e defeitos, muitas vezes vítimas de um sistema difícil de vencer. | Os principais representantes são Gustave Flaubert (1821-1880), com Madame Bovary, Charles Dickens (1812-1870), com Oliver Twist, Charlotte Brontë (1816-1855), com Jane Eyre, Emily Jane Brontë (1818-1848), com O Morro dos ventos uivantes, Fiódor Dostoiévski (1821-1881), Leon Tolstói (1828-1910), José Maria de Eça de Queirós (1845-1900), José Joaquim Cesário Verde (1855-1886), Antero Tarquínio de Quental (18421891), Émile Zola (1840-1902), Eugênio de Castro e Almeida (1869-1944), Camilo Pessanha (1867-1926), Arthur Rimbaud (1854-1891) e Charles Baudelaire (1821-1867). | No Brasil, Euclides Rodrigues da Cunha (18661909) e José Bento Renato Monteiro Lobato (1882-1948). Matemática I Na década de 1960 surge um movimento que se baseava na formalidade e no rigor dos fundamentos da teoria dos conjuntos e da álgebra para o ensino e a aprendizagem da disciplina. A matemática moderna recebeu muitas críticas e até hoje não conseguiu se estabelecer.
Arte I A arte maneirista do século XVI, na fase final da arte renascentista, estendeu-se até ao século XVII, quando atingiu a sua maturidade. Esse estilo, nascido na Itália, marcou a transição da linguagem renascentista para uma nova estética reinterpretativa do Classicismo, refletindo uma conjuntura de mudança social, política e religiosa. Ciências Naturais I Na física, Pierre Lemonnier (16751757) e Mikhail Lomonossov (1711-1765). | Na biologia, Lazzaro Spallanzani (1729-1799). | No naturalismo, Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815). | Na botânica, Félix de Avelar Brotero (1744-1828). História e Geografia I Somente no século XVIII a geografia passa a ser considerada como um ramo autônomo da ciência. | Há fortes laços entre ela, a geologia e a botânica. | Como disciplina só foi sistematizada no século XIX, na Alemanha, pelos geógrafos Friedrich Heinrich Alexander, o barão de Humboldt (1769-1859), e Karl Ritter (1779-1859) e depois na França com Paul Vidal de La Blache (1845-1918). Literatura I Época da valorização da razão e da ciência para se chegar ao conhecimento humano. | Os filósofos iluministas fizeram duras críticas ao absolutismo. | Na França, Montesquieu, Voltaire, Denis Diderot e D’Alembert, os organizadores da Enciclopédia, e Jean-Jacques Rousseau. | Na Inglaterra, na poesia, Alexander Pope, John Dryden e William Blake. Na prosa, observar o crescimento do romance. Obras e autores desse período: Robinson Crusoe, de Daniel Defoe (1660-1731); As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift (1667-1745); Pamela, de Samuel Richardson (1689-1761); Tom Jones, de Henry Fielding (1707-1754); Tristram Shandy, de Laurence Sterne (1713-1768). | Nessa época, os contos de As mil e uma noites aparecem na Europa em suas primeiras traduções. Matemática I No início do século XVII, Isaac Newton e Leibniz descobrem a noção de cálculo infinitesimal. | Em finais do século XVIII, os conteúdos e formalismos já são praticamente dos tempos atuais, podendo mesmo dizer-se que parte apreciável dos tópicos cobertos em certas disciplinas básicas das licenciaturas em matemática de hoje é conhecido, de uma forma ou de outra, há pelo menos 200 anos. | A partir de meados do século XVII, com a guerra da independência, em Portugal, recebem impulso os estudos de matemática aplicada às atividades militares. Data dessa época a criação da Aula de Fortificação e Arquitetura Militar. | No século XVIII, têm interesse os estudos de matemática aplicada à artilharia em unidades e academias militares.
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guia do professor | música 2012
Arte I A pintura do Romantismo era um conjunto heterogêneo de estilos encontrados na pintura ocidental num período de mais de cem anos entre o fim do século XVIII e o fim do século XIX, como uma reação ao equilíbrio, à impessoalidade, racionalidade e sobriedade do Classicismo, e cuja ênfase estava na expressão de visões pessoais fortemente coloridas pela emoção dramática e irracional. Ciências Naturais I A partir do século XIX, o conhecimento aprofundou-se em vários setores, principalmente após a invenção do microscópio acromático. | Com essa invenção, Louis Pasteur (1822-1895) conseguiu um enorme avanço para a medicina ao descobrir que as bactérias são as responsáveis por grande parte das doenças. História e Geografia I O Romantismo foi marcado por dois acontecimentos históricos importantes — as revoluções industrial e francesa. A vida social estava dividida entre a burguesia industrial e o surgimento da classe operária, os proletariados. Literatura I No Romantismo há uma valorização da liberdade de criação, da fantasia e do sentimento, o que permite o surgimento de obras de grande subjetivismo. Há também a valorização dos aspectos ligados ao nacionalismo. Os poetas principais dessa época são Almeida Garrett (17991854), Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo (1810-1877), Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco (1825-1890), Giacomo Leopardi (1798-1837), James Fenimore Cooper (1789-1851) e Edgard Allan Poe (1809-1849). | Na literatura, a fase romântica rompeu com a tradição clássica, imposta pelo período árcade, e apresentou novas concepções literárias, dentre as quais está a observação das condições do estado de alma, das emoções, da liberdade, os desabafos sentimentais, a valorização do índio, a manifestação do poder de Deus através da natureza acolhedora ao homem, a temática voltada para o amor, para a saudade e o subjetivismo. Matemática I Nos séculos XVIII e XIX, a matemática teve forte desenvolvimento com a introdução de novas estruturas abstratas, notadamente os grupos — graças aos trabalhos de Évariste Galois (1811-1832) sobre a resolubilidade de equações polinomiais, e os anéis definidos nos trabalhos de Richard Dedekind (1831-1916).
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