TCC arqurbuvv SISTEMATIZAÇÃO DE PROJETO DE REFORMA: ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO (..)

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UNIVERSIDADE VILA VELHA

SISTEMAIZAÇÃO DE:

OTIMINIZAÇÃO

PROJETO DE REFORMA:

ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO CONTRIBUINDO PARA MINIMIZAR ERROS DE EXECUÇÃO

FUNCIONALIDADE

ARQUITETURA INTERIORES

COMPATIBILIZAÇÃO OBRA

CONSTRUÇÃO ESTUDOS

PROFISSIONAIS

CAROLINE ROSI NOBRE VILA VELHA 2018

INTERPRETAÇÃO



UNIVERSIDADE VILA VELHA

GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO CAROLINE ROSI NOBRE

SISTEMATIZAÇÃO DE PROJETO DE REFORMA: ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO CONTRIBUINDO PARA MINIMIZAR ERROS DE EXECUÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Vila Velha como requisito para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II. Orientadora: Profa. Mestre Priscilla Silva Loureiro VILA VELHA 2018


CAROLINE ROSI NOBRE

SISTEMATIZAÇÃO DE PROJETO DE REFORMA: ORGANIZAÇÃO E REPRESENTAÇÃO CONTRIBUINDO PARA MINIMIZAR ERROS DE EXECUÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Vila Velha como requisito para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II.

Parecer da Comissão Avaliadora em ___22__ de _novembro__de _2018____

COMISSÃO AVALIADORA


AGRADECIMENTOS O amor sempre me moveu... Pelo prazer de fazer o que gosto, pelas pessoas que me amam, me cercam e me apoiam, pela realização de conquistar bons resultados e reconhecer que cada passo dado é para ir mais longe nas conquistas desejadas. Sempre pedi a Deus para que me permitisse viver coisas incríveis na graduação, e me fazer entender o por que deu estar cursando arquitetura e urbanismo, e a cada dificuldade Ele me sustentou, a cada oportunidade reforçou o sentimento de que eu era capaz, como sou grata a Ele por cada momento vivido. Encerro um ciclo que desencadeia vários outros, com a certeza do meu “por que” ser: fazer a diferença! Aos meus pais a gratidão pelos ensinamentos de vida que me tornaram a pessoa que sou hoje, pelo investimento, mais que financeiro, o carinho, a força e a realização deles em minhas conquistas era maior do que qualquer nota, e o apoio amenizava qualquer desanimo. A minha irmã, agradeço pela alegria de vida, virou diversas noites comigo, me ajudou, mas a melhor e maior contribuição dela, sem dúvidas é a gargalhada de que tudo vai dar certo, ou deu certo. A minha família, ressalto avós e tios, que me tornaram a “arquiteta da família”, se fizeram presentes, apoiadores e compreensíveis. Aos meus amigos, incríveis, teve gente que participou e foi, gente que chegou e ficou, mas meu maior apego e carinho é por quem permanece, sempre presentes mesmo comigo as vezes ausente,

sempre compreensíveis e confiantes em mim, dispostos nas diversões, viagens, conversas e acalento. Minha melhor amiga sempre me fez enxergar as coisas e situações com bons olhos e várias vezes me recordou como isso fazia diferença, como fez. Fiz bons amigos na faculdade, tive um bom grupo de trabalho e dentro dele fizemos rodizio, duplas, trios, nos separamos, voltamos, mas a cumplicidade e apoio, foi nosso ponto forte, parceria, rodada dupla, tudo só agregou para gerar bons frutos, e ainda formei um trio de ternura que fez toda diferença. Aos estágios, sou grata pelo tanto que agregaram, pelos amigos que fiz, as pessoas que me ajudaram, as que eu ajudei, coisas que aprendi e oportunidades que se abriram diante a cada nova experiência. Meu tema partiu do vínculo que criei nos estágios e do reconhecimento dessa afinidade notado pela minha orientadora, sou grata pela oportunidade de a partir disso ter feito iniciação cientifica, artigo, conhecido diversos ramos e emergido no mundo das reformas de interiores. Ter ela orientou e agregou passos importantíssimos da minha trajetória acadêmica, confiou no meu potencial e no trabalho para fazermos diferença para outras pessoas a partir dele. Grata por ser cercada de amor e pessoas maravilhosas, é uma conquista de todos nós. Eu tinha a intenção e pensamento que cada noite virada, “não” dito, esforço realizado, experiência vivida, valeria a pena, tenho certeza que valeu e vai valer ainda mais.


“Os detalhes não são os detalhes. Eles fazem o produto.” Charles Eames


RESUMO

A história da arquitetura brasileira baseia-se na construção, mas devido a mudanças contextuais, relacionadas ao crescimento urbano e valorização imobiliária, tornaram-se mais constantes e impactantes as reformas em edificações, proporcionando aos arquitetos um grande campo de atuação. Se por um lado o projeto de reforma possibilita o reaproveitamento de espaços e recursos, por outro pode gerar patologias em edificações, culminando até mesmo em desastres ligados a modificações estruturais do edifício. Pretende-se a partir dessa pesquisa identificar e apontar os principais pontos de conflito na comunicação entre projetista e executores, de forma a mitigar falhas nesta comunicação que poderiam ocasionar deficiências na execução e ineficiência do processo. Como produto principal, foi desenvolvida uma cartilha gráfico-didática, com intuito de sistematizar as etapas de projeto de reforma e melhorar a interpretação dos projetos e uma revisão da normativa ABNT NBR 16.280/2015 que trata da gestão de projetos de reformas. O resultado da pesquisa auxilia a resolução de questionamentos acerca da representação gráfica de projetos de reforma , podendo ser utilizado para auxiliar a leitura e confecção de projetos na pratica de mercado. PALAVRAS CHAVES: reforma; representação gráfica; normatização; arquitetura.

ABSTRACT

The history of Brazilian architecture is based on construction, but due to contextual changes related to urban growth and real estate valuation, the reforms in buildings have become more constant and impacting, giving the architects a great field of action. If on the one hand the reform project allows the reuse of spaces and resources, on the other hand can generate pathologies in buildings, culminating even in disasters linked to structural modifications of the building. The aim of this research is to identify and point out the main points of conflict in the communication between designer and executors, in order to mitigate failures in this communication that could cause deficiencies in the execution and inefficiency of the process. As a main product, a graphic-didactic primer was developed with the aim of systematizing the stages of the reform project and improving the interpretation of the projects and a revision of the ABNT NBR 16.280 / 2015 regulation that deals with the management of reform projects. The result of the research helps to solve questions about the graphic representation of retirement projects, and can be used to assist reading and making projects in market practice.

KEY WORDS: reform; graphic representation; normatization; architecture


SUMÁRIO

10 CAPITULO 01 INTRODUÇÃO

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CAPITULO 02

CAPITULO 03

CAPITULO 04

REFORMAS

APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DEFINIÇÕES OBJETIVOS PLANO DE REFORMA METODOLOGIA E ESTRUTURA PAPEL DO ARQUITETO, SUA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE E O PLANO DE REFORMA BUROCRACIAS

IMPÔRTANCIA DA REPRESENTAÇÃO GRAFICA NO PROJETO DE REFORMA PROJETOS APRESENTADOS EM REFORMAS E SUAS ETAPAS

REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) OUTRAS ETAPAS E PROJETOS SINTESE DE RECOMENDAÇÕES PARA OS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015)

NORMA CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO


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CAPITULO 05 REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS ILUSTRATIVAS PROJETOS ILUSTRATIVOS PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

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CAPITULO 06

CAPITULO 07

ATUALIZAÇÃO DA NORMA ABNT 16.280/2015

CONSIDERAÇÕES FINAIS

123 CAPITULO 08

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA OBJETIVOS METODOLOGIA E ESTRUTURA DO TRABALHO


APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA A história da arquitetura brasileira baseia-se na construção, mas devido a mudanças contextuais, relacionadas ao crescimento urbano e valorização imobiliária, tornaram-se mais constantes e impactantes as reformas em edificações, proporcionando aos arquitetos grande campo de atuação. Segundo a NBR 16280 (ABNT, 2015), reformas são alterações nas condições da edificação existente com ou sem mudança de função, visando recuperar, melhorar ou ampliar suas condições de flexibilidade, uso, segurança e manutenção. Se por um lado o projeto de reforma possibilita o reaproveitamento de espaços e recursos, por outro pode gerar patologias em edificações, culminando até mesmo em desastres ligados a modificações estruturais do edifício. Na pesquisa pretende-se investigar como a organização sistemática das etapas projetuais e a representação gráfica podem contribuir para melhoria da comunicação entre o projetista e o executor, de forma a mitigar falhas nesta comunicação que poderiam ocasionar deficiências na execução e ineficiência do processo. No mercado atual observarmos, em projetos de reformas uma diversidade quanto à representação gráfica, adaptando as convenções e normatizações, a fim de criar-se um método e padrão interno a cada escritório. A representação gráfica deve não só cumprir o papel de uma autoria de projeto, sendo apenas um desenho autoral, deve também cumprir o papel de instrumento informativo e, deste modo, para além da personalidade do projetista, deve estar a responsabilidade com a eficiência na transmissão da mensagem técnica. Quando os projetos chegam a obra aos executores surgem dúvidas quanto à representação e a falta de informações, gerando atrasos ou erros de execução, buscando mitigar essas falhas, procura-se sistematizar as etapas de projetos de reforma e melhorar suas interpretações.

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OBJETIVOS GERAIS Desenvolver uma cartilha gráfico-didática de recomendações para sistematização do projeto de reforma e representação/ apresentação do desenho técnico de forma organizada e clara, no sentido de uniformizar a linguagem referencial normativa com a linguagem praticada e percebida em obra, minimizando devidos erros e execução dos projetos, partindo da fase de levantamento arquitetônico e passando por etapas fundamentais na elaboração e execução em projetos de reformas.

ESPECÍFICOS - Compilar dados bibliográficos e documentais sobre representação gráfica específico de cada etapa do projeto de reforma; - Sistematizar a representação de projetos de reforma, considerando suas várias fases: levantamento arquitetônico, projeto de ambientação e modificação de alvenaria, projeto de alteração de pontos hidráulicos, projeto de indicação de alteração de instalações, projeto de climatização, projeto de automação, projeto de paginações de revestimentos, projeto de bancadas assentadas, projeto de detalhamento de áreas molhadas, projeto de forro de teto, projeto de iluminação, projeto de especificações; - Avaliar junto a construtoras locais as demandas quanto a projetos de reforma para alterações de suas unidades e os impactos da representação gráfica na execução de projetos, apresentadas pelo cliente, no intuito de evidenciar conflitos entre normas e prática; - Elaborar material didático de referência para ser consultado por estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, e utilizados por profissionais e afins na elaboração e apresentação de projetos arquitetônicos de reforma; - Propor uma revisão da normativa de reformas para alinhamento do que se exige e do que se pratica no mercado.

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METODOLOGIA E ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho proposto será do tipo exploratório com revisão de literatura sobre normas e metodologia de projeto e representação gráfica. Serão também pesquisados repertórios de imagens e projetos disponíveis na Internet e exemplos cedidos pelos entrevistados ligados ao tema. O segundo capítulo traz uma pesquisa teórica fazendo uma revisão bibliográfica e documental, que fundamentaram o projeto e norteiam a análise. Definindo as reformas e suas denominações variadas, conceituações sobre o plano de reforma, o papel do arquiteto e sua responsabilidade, e esclarecimentos quanto as burocracias e normas que envolvem o desenvolvimento do projeto. Seguindo a proposta, são objetos de pesquisa nesta etapa a Norma Brasileira de Reforma em Edificações (ABNT NBR 16280/2015), as legislações federais, estaduais e municipais que determinam diretrizes para reformas e qualidade de ambientes e produções bibliográficas acadêmicas em forma de artigos, dissertações e teses que discutem a ABNT NBR 16280/2015, planejamento de reformas e representações. Com essa base teórica, o terceiro capítulo trata da representação gráfica de projetos, sua importância nas reformas para que os mesmos cheguem à obra de forma mais clara e executável e quais são os projetos apresentados para execução de uma reforma, para que seja desenvolvido em cima dessa demanda um estudo sobre as particularidades de cada tipo de projeto. O capítulo quarto traz a observação de práticas de mercado, a partir da amostragem nas regiões de Vitória e Vila Velha. Trata-se de uma etapa qualitativa em que o objeto de análise é uma fonte direta para coleta de dados e a interpretação dos resultados. Serão desenvolvidas entrevistas a construtoras, projetistas, profissionais e lojas envolvidas no processo e uma comparação dessas informações com o que a normativa traz sobre cada projeto, quais os pontos

positivos, negativos e qual seria um modelo ideal para representação de projeto envolvido. Será inserido nesse capitulo também o ponto de vista das construtoras e prefeituras procurando coletar informações sobre os parâmetros de projetos aceitos e praticados para execução de alterações de unidades, conforme projetos apresentados por clientes. Procura-se coletar nas visitas as obras entrevistas dos profissionais que executam as alterações projetuais propostas, para verificar exemplos de dúvidas/ problemas mais comuns decorrentes da dificuldade de interpretação de projetos. Encerra-se o capitulo quarto visando sintetizar as recomendações para sistematização da representação gráfica nos projetos de reforma referente a cada tipo de projeto, compilado através de recomendações para os projetos citados na NBR 16280/2015. Um quadro com os critérios de observação de cada projeto indicando a peça gráfica apresentada, suas informações e especificidades. Diante do coletado o capítulo quinto traz a proposta de um projeto de reforma e a partir dele pranchas gráfico-didáticas que ilustram a melhor forma de se representar os projetos executivos de reforma.

O capítulo sexto traz uma proposta de revisão para a normativa vigente para projetos de reforma, a fim de anexar a ela informações relevantes para a interpretação dos projetos. No capítulo sétimo, são realizadas as considerações finais referente a importância da pesquisa e dados coletados que visam auxiliar aprimoração da representação gráfica, gerando um produto que pode ser utilizado por profissionais da construção civil, arquitetos recém formados, alunos e professores. Agregando conhecimento e informações técnicas referente aos projetos de reforma.

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REFORMA DEFINIÇÕES

PLANO DE REFORMA PAPEL DO ARQUITETO, SUA RESPONSABILIDADE E O PLANO DE REFORMA BUROCRACIAS NORMA


DEFINIÇÕES O projeto de reforma pode ser motivado por necessidades de adequações a serem feitas, manutenção de problemas da edificação ou por um desejo do proprietário de deixar aquele ambiente com aspecto atualizado, com sua personalidade. Dentro do que comumente chamamos de reforma, temos nomenclaturas diferentes para cada intensidade de intervenção.

REFORMAS ANTES

Segundo a NBR 13532 (ABNT, 2014), o projeto de modificação de uma edificação está ligado em sua maioria a troca de uso, aumento ou diminuição da área computável do ambiente construído. Em analise, quando a modificação e projeto contempla acréscimo de área ou alteração de uso, é necessário a solicitação de licença para reformar, e outros procedimentos burocráticos devem ser realizados, juntamente com a prefeitura local. São denominadas pequenas reformas os projetos com ou sem mudança de uso desde que não haja supressão ou acréscimo de área, ou alterações que infrinjam as legislações dos condomínios, prefeituras, e normas de parcelamento, uso e ocupação do solo.

DEPOIS

Temos na figura 1 ao lado por exemplo, um antes e depois de uma reforma onde foi realizado uma modificação de alvenarias que ampliou e integrou ambientes gerando uma nova disposição, troca do mobiliário, e sendo refeito o piso, a pintura, o rebaixo de gesso e uma nova proposta de iluminação, procedimentos que modificaram o ambiente, mas mantiveram sua metragem. Há outras nomenclaturas que também envolvem o projeto de reforma, como a manutenção de edificações que são o conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender às necessidades e segurança dos seus usuários, conservar ou recuperar a sua capacidade funcional.

Figura 1: Antes e depois de uma reforma de sala e cozinha Fonte: Bruna Dalcin, 2013. Disponível em: <https://comprandomeuape.com.br/2013/05/antes-e-depoissala-quarto-e-cozinha.html>

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REFORMAS ANTES

A NBR 14037 (ABNT, 2011) trata especificadamente desse tipo, trazendo como uma responsabilidade obrigatória a atualização do conteúdo do manual de operação, manutenção da edificação, quando tiver a realização de modificações na construção em relação ao originalmente construído e documentado no Manual. Na figura 2 podemos ver o projeto de manutenção do interior de um edifício, com troca de suas esquadrias, revestimento do piso e rodapés, relocação de alvenarias e acabamento das paredes, o que ocasionará a prolongação da atividade, estética e segurança dos ambientes. A revitalização do espaço construído, significa realizar intervenções em edifícios, e em seus interiores a fim de torná-los aptos a terem usos mais diversos, torná-los atrativos para desencadearem atividades que garantam a vitalidade da área.

DEPOIS

Processos de restauração, reciclagem, reconstrução e reparo de edifícios ou residências, são outras denominações dentro do campo da reforma, que procuram reaproveitar parte ou toda construção para novo projeto ou melhorias da configuração atual (PISANI, 2002). Ora a construção é modificada pelo seu valor histórico, afetivo, mesmo não sendo tombado, em outras situações pelo seu valor urbanístico, como referência ou marco, ou pelo valor econômico que ele representa, pois, essas intervenções podem significar mudanças na valorização desse bem. A NBR 16280 (ABNT, 2015), cita projetos destinados a conservação dentro do campo das reformas, por trazerem um conjunto de operações de visa reparar, preservar ou manter em bom estado a edificação existente.

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Figura 2: Antes e depois de uma reforma de manutenção de interiores Fonte: Irmãs Bolena, 2014. Disponível em: < http://www.hermanasbolena.com/2014/05/reforma-integraldecoracion-de.html?m=1 >

Diante das tipologias de reformas mencionadas trataremos na pesquisa da analise os dados e representações gráficas referentes as pequenas reformas, analisando todas suas etapas projetuais utilizadas desde pequenas intervenções, até grandes transformações no espaço.


PLANO DE REFORMA

Independentemente do tipo de intervenção de reforma existem particularidades em relação a novas construções, como a execução com as edificações em funcionamento, a falta de informações sobre os sistemas estruturais e de instalações, a descoberta de interferências não previstas durante a execução, a não compatibilidade das características do edifício com o programa de necessidades do projeto e os riscos do comprometimento da segurança. “Por esses motivos o processo de projeto, no caso de reformas, apresenta várias dificuldades e questões a serem respondidas, além de requisitar uma maior integração entre suas atividades desde o início do processo” (BRETAS; ANDERY, 2009, p. 313). A NBR 16280 (ABNT, 2015) estabelece requisitos para os sistemas de gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança para obras de reforma em edificações. Uma das diretrizes é a elaboração de documento formal denominado plano de reforma, pré-requisito para o início das obras, que deverá ser elaborado por profissional habilitado e encaminhando ao responsável legal da edificação através de comunicado formal antes do início das atividades.

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PAPEL DO ARQUITETO, SUA RESPONSABILIDADE E O PLANO DE REFORMA

O processo de construção ou reforma demanda alguns investimentos e certos cuidados que, sem atenção, acarretam atrasos e falhas na execução. O papel do arquiteto é fundamental pois é ele o profissional tecnicamente capacitado para solucionar os problemas da obra, desenvolvendo os projetos e detalhamentos dos ambientes de maneira a aperfeiçoá-los, sendo responsável pelo projeto arquitetônico, conceito estético e partido da obra, procurando sempre alcançar soluções que se adaptem ao espaço e às necessidades especificas de cada cliente, apresentando diversas alternativas de configurações e custos. Portanto, o primeiro passo ao iniciar uma reforma seria contratar um arquiteto e urbanista devidamente registrado no CAU, como o responsável técnico pela elaboração dos projetos e/ou execução da obra, embora engenheiros registrados no CREA possam também assinar a responsabilidade sobre as reformas, o arquiteto age pontualmente quanto ao caráter arquitetônico e estético da edificação, visando dimensionar o que pode ser feito, com o intuito de aproveitar os espaços e recursos da melhor forma, avaliando a estrutura a ser mantida e a ser removida, e seus planejamentos são cruciais para não precisar lidar com erros, que geram maiores despesas que as previstas. As obras com projetos desenvolvidos por profissionais capacitados são mais econômicas, procurando sempre não gerar retrabalho.

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Com o intuito de assegurar essas responsabilidades deve-se obrigatoriamente elaborar e apresentar o RRT (registro de responsabilidade técnica) na obra, juntamente com o plano de reforma, que consiste em um texto descritivo dos impactos dos sistemas, subsistemas, equipamentos e afins. A documentação deverá ainda conter, projetos, desenhos, memoriais descritivos e referências técnicas, além de um escopo dos serviços a serem realizados, tais como cronograma, fases da obra, logísticas de entrada e saída de matérias e equipamentos, horários de trabalhos, e identificação dos profissionais envolvidos nas atividades a serem realizadas e os meios de descarte dos resíduos. Segundo o informativo Guia de reformas, orientações para inquilinos, usuários e proprietários de imóveis (CAU/DF, 2017) com apoio da ABNT, se orienta que esta exigência deva ser elaborada quando forem realizados serviços durante a reforma que envolvam instalação e/ou alteração de equipamentos industrializados, sistemas hidrosanitários, prevenção e combate a incêndio, instalações elétricas, de gás, dados e comunicação, automação, refrigeração, exaustão e ventilação, quando instalados novos componentes à edificação, revestimentos, impermeabilização, vedação, esquadrias e fechamento de varandas, além de qualquer modificação que possa afetar a estrutura, como a remoção ou o acréscimo de paredes, furos e aberturas, tais como alterações que impliquem no aumento ou na redução de carga sobre a edificação.


BUROCRACIAS De acordo com a NBR 16.280 (ABNT, 2015) e analisando as práticas de mercado para trazer o real cenário das reformas, podemos definir cinco atores diferentes do processo, tendo eles responsabilidades antes, durante e depois nas reformas: o profissional habilitado; o proprietário em caso de áreas privativas; o sindico em casos de envolvimento com áreas comuns; as construtoras e profissionais executores caso a obra do empreendimento ainda esteja em andamento e sob responsabilidade da mesma e as empresas, ora capacitadas, ora especializadas. O profissional ou profissionais habilitados além de realizar o RRT (registro de responsabilidade técnica) pela autoria e/ou execução, deve fazer o plano de reforma, coordenar e acompanhar a obra, caso seja o responsável técnico pela execução. O registro de responsabilidade permite que não necessariamente o responsável pela autoria seja pela execução, e vice-versa. Esse profissional deve cuidar dos descartes provenientes da execução e preparar a documentação para permissão de realização da obra. Durante a reforma ele tem a tarefa de organizar e planejar para que a mesma seja realizada conforme os parâmetros de segurança atendendo a todos os regulamentos. Depois da finalização do projeto e execução, o profissional deve apresentar o as built¹ para arquivamento na documentação original, atualizar a documentação conforme a ABNT NBR 14037 (ABNT, 2011), e quando for também responsável pela execução, deve apresentar um termo de encerramento da obra. Segundo a NBR 16.280 (ABNT, 2015) cabe ao proprietário da obra, disponibilizar ao arquiteto os requisitos e ações para realização da reforma, como documentos, projetos existentes e normas do condomínio ou construtora, e fazer a interlocução entre o profissional contratado e o sindico ou construtora, encaminhando posteriormente toda a documentação referente ao projeto de ¹ É uma expressão inglesa que significa “como construído”.

reforma, para que sejam analisados tecnicamente e legalmente junto a esses outros responsáveis. Durante a obra, ele deve autorizar a entrada de insumos e pessoas contratadas, estar atento ao cumprimento ao atendimento as normas do condomínio referente às deliberações em relação às obras aprovadas. Ao final, encerrando a reforma, deve vistoriar ou delegar a terceiros as condições da obra concluída, receber e arquivar o termo de encerramento, as documentações vindas do processo de obra, e solicitar o cancelamento das autorizações de entradas de insumos e pessoas contratadas. A função do síndico está voltada para formalizações e autorizações durante a reforma, como consta na NBR 16.280 (ABNT, 2015). Antes do processo começar, ele deve disponibilizar toda a documentação do condomínio para a reforma, tais como projetos, normas, horários de trabalho, trânsito de insumos e de prestadores de serviço, estando de acordo com regimento interno. Caso o condomínio não disponha desses documentos, os autores dos projetos originais devem ser consultados. Ele solicita e recebe os RRTs/ARTS, as documentações e propostas de reformas que devem ser encaminhadas para uma comissão de obras para análise técnica e proposição de eventuais ajustes, caso não estiverem de acordo. A partir disso formaliza-se a aprovação e liberação para início das obras, com permissões ao acesso de insumos e pessoas contratados se toda a documentação estiver de acordo. Durante as obras, a verificação ao atendimento do plano de reforma cabe a ele, podendo ser delegado a terceiros. O síndico deve ainda estar disponível para sanar eventuais dúvidas do proprietário da unidade privativa ou do responsável técnico pela execução, e tomar as ações legais necessárias sob qualquer condição de risco para a edificação, seu entorno ou usuários. Terminando a obra, ele possui as mesmas obrigações do proprietário.

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BUROCRACIAS Quando tratamos de obras em condomínios residenciais, temos as construtoras como grandes aliadas nas reformas, pois elas são detentoras de algumas informações fundamentais sobre o empreendimento, tais como projeto arquitetônico e complementares (projeto elétrico, hidrossanitário e estrutural), além de disponibilizar o memorial descritivo e outras informações técnicas. Se a construção ainda estiver em fase de obra e as construtoras permitirem a realização de modificações, são elas as responsáveis por analisar os projetos, aprovando-os ou não. Algumas possuem até um manual de alterações, que traz informações essenciais do que pode ou não ser feito e como as modificações devem ser entregues para análise, orientando inclusive como deve ser sua representação gráfica e o que deve ser entregue, o que também comprova que no mercado a representação gráfica apresenta muitas diversidades que importam a compreensão plena e eficiente dos projetos executivos. Durante a obra ela tem o papel de fiscalizar se o que foi aprovado é o que está sendo executado dentro dos parâmetros de qualidade exigidos, arquivando ao final toda documentação, a existente e a de modificações. Para que o projeto seja executado entra no processo a atuação das empresas que são responsáveis pela execução do projeto, conforme a ABNT NBR 5674 (2012). Existem a empresa capacitada, que é uma organização ou pessoa que tenha recebido capacitação, orientação, supervisão e responsabilidade de profissional habilitado. E existe também a empresa especializada, que consiste em uma organização ou profissional liberal que exerça função na qual são exigidas qualificação e competência técnicas específicas. A NBR 16280 (ABNT, 2015), traz uma relação entre as atividades realizadas e se o responsável deve ser especializado ou capacitado. Isso por que para cada sistema, o responsável pela execução tem que ter a capacidade e conhecimento técnico para executá-lo. O quadro 01 traz essa relação.

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SISTEMA

ATIVIDADE

RESPONSÁVEL

EQUIPAMENTOS INDUSTRIALIZADOS

HIDROSSANITÁRIO PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO Toda reforma para instalação de equipamentos, sistemas ou de INSTALAÇÕES Empresa adequação onde as características são Especializada ELÉTRICAS diferentes das previstas originalmente em projeto. INSTALAÇÕES

DE GÁS DADOS E

COMUNICAÇÃO AUTOMAÇÃO AR CONDICIONADO, VENTILAÇÃO E

Reforma para continuidade de uso do equipamento.

Empresa Capacitada

EXAUSTÃO

A instalação de todo componente na edificação, não previsto no projeto original ou em desacordo com o manual de NOVOS COMPONENTES uso, Empresa operação e manutenção do edifício ou Especializada NA EDIFICAÇÃO com o memorial descritivo. Toda obra que implique alterações de área da edificação ou da unidade autônoma.

REVESTIMENTOS

Troca de revestimentos, desde que não Empresa sejam utilizados marteletes ou Capacitada ferramentas de alto impacto, para retirada do revestimento anterior.


SISTEMA

ATIVIDADE

Troca de revestimentos, com uso de REVESTIMENTOS marteletes ou de ferramentas de alto impacto, para retirada do revestimento anterior IMPERMEABILIZAÇÃO Toda reforma que interfira na integridade, na alteração de disposição dos VEDAÇÃO componentes originais, na retirada ou na inserção de novos elementos. Toda reforma para alteração do sistema ou da adequação para instalação de esquadrias ou de fachada/cortina e seus componentes ESQUADRIAS E com especificação diferente do FACHADAS/CORTINAS originalmente projetado. Reforma ou substituição de componentes com manutenção das características originais.

ESTRUTURA

Toda intervenção em elementos na estrutura, como: - furos e aberturas; - alteração de secção de elementos estruturais; - alteração do carregamento previsto no projeto que aplique aumento ou redução de carga; - reforços estruturais; - recuperação estrutural; - restauro estrutural; - alteração de área construída; - alteração da função ou do uso da edificação ou de partes; - remoção ou acréscimo de paredes

RESPONSÁVEL

BUROCRACIAS

Empresa Especializada

Empresa Especializada

Empresa Especializada

Empresa Capacitada

Empresa Especializada

Quadro 1: Relação entre as atividades realizadas e seus responsáveis. (Fonte: Adaptado da ABNT NBR 16280/2015)

Analisando a normatização podemos concluir que atividades que exercem maiores intervenções e influências na edificação original podem ser realizadas apenas por empresas especializadas que possuem competências técnicas especificas para exercer a atividade demandada.

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NORMAS

Em 2014 a normativa relacionada a reforma de edificações foi reformulada, a NBR 16280 trata de reformas em unidades condominiais e nas áreas comuns de edificações brasileiras. Esse regramento veio como uma resposta para o edifício Liberdade, que tinha 73 anos e desabou no centro do Rio de Janeiro em 2012. Depois desse acontecimento, foram mencionadas intercorrência relacionados a reformas em São Paulo, e em outras cidades. Figura 3: Reportagem sobre a queda do Edifício Liberdade no RJ. Fonte: Globo, 2012. Disponível em <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/01/26/info-v3.jpg>

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NORMAS Em sua versão original, cabia diretamente ao síndico fazer essa análise técnica, mesmo este não sendo um especialista, como um engenheiro ou arquiteto. Já na nova versão, é responsabilidade do condômino ou responsável legal pela unidade, o conteúdo da documentação fornecida ao síndico e a execução da obra realizada dentro da unidade, cabendo ao síndico apenas receber a documentação. Cabe ao proprietário ou morador a contratação de um profissional habilitado, que deve ser o responsável técnico pelas alterações executadas no local e por cumprir o plano de reforma, e todas as regras internas que possam impactar no bem-estar, segurança das pessoas, sistemas e da edificação como um todo. Ela se aplica apenas a edificações de reformas de edificações, estabelecendo requisitos para os sistemas de gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança, incluindo meios de prevenções, planejamentos, e supervisão técnica dos processos de obra. Além de normativas específicas que devem ser consultadas para cada tipologia de projeto, relaciona-se na atualização da NBR 16280 (ABNT,2015), as normativas abaixo: ABNT NBR 5671 - Participação de intervenientes em obras de engenharia e arquitetura. (ABNT, 1990) ABNT NBR 5674 - Manutenção de edificações. Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. (ABNT, 1999) ABNT NBR 9077 - Saídas de emergência em edificações. (ABNT 2001) ABNT NBR 12721 - Avaliação para custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edifícios – Procedimento. (ABNT, 2005) ABNT NBR 14037 - Diretrizes para a elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações. Requisito para elaboração e para apresentação dos conteúdos. (ABNT, 2011)

ABNT NBR 15575 - Edificações habitacionais – Desempenho. (ABNT, 2013) Realizando uma análise crítica à normativa que embasa a gestão de reformas, a NBR 16280 (ABNT, 2015) é generalista quanto à abrangência do tema tratado. Existem diferenças quanto aos requisitos necessários para execução de cada tipo de obra de reforma, sendo umas mais restritivas que outras. “A normatização para desenhos de arquitetura tem a função de estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como uma simbologia específica e pré‐determinada, possibilitando ao desenho técnico atingir o objetivo de representar o que se quer tornar real” (SCHULER e MUKAY, 2004, p. 02). A norma define bem os requisitos gerais que são necessários na elaboração do plano de reforma, descrevendo resumidamente as condições exigidas, porém não apresenta como deve ser conduzido o processo de projeto e execução das obras de reforma. Os procedimentos devem ser analisados como um todo, desde sua concepção, desenvolvimento, forma de representação até a execução da obra. Trazendo apenas macro etapas do processo, deixa em aberto campos de atividades e fluxo, sendo que seria possível descrever melhor as etapas do desenvolvimento do processo, a fim de evitar um mau desempenho do projeto, traduzido no descumprimento dos procedimentos estabelecidos no escopo, custo e prazos, diminuindo assim também a informalidade dos executores nesse segmento da construção civil.

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IMPORTÂNCIA DA REPRESENTAÇÃO GRAFICA NO PROJETO DE REFORMA PROJETOS APRESENTADOS EM REFORMAS E SUAS ETAPAS


IMPORTÂNCIA DA REPRESENTAÇÃO GRAFICA NO PROJETO DE REFORMA Desde os primórdios da arquitetura, o desenho é a forma de transmissão da informação. É nele que estão todas os dados relativos aos projetos para que possam ser executados. Vitrúvio, arquiteto romano que viveu no século I A.C., já pensava sobre a formação do arquiteto e sobre o valor das representações gráficas para o projeto. (EASTMAN et al., 2014). Ao longo dos anos, cresceu um amadurecimento do projeto que demandou projetos mais completos e mais detalhados para que não houvesse erros de execução e acelerou a etapa de obra. O que se observa nos países mais industrializados é a necessidade que o projeto chegue a obra plenamente exequível e junto com essa necessidade surgiram os programas e sistemas específicos para esse objetivo, como o BIM². “O desenho de uma obra ou projeto de arquitetura – desenho arquitetônico – sofreu diversas transformações com a passagem do método tradicional para o desenho computadorizado, ou desenho auxiliado por computador. A mudança não é somente instrumental, atinge conceitos e a própria forma de se desenhar, ou seja, a técnica gráfica” (XAVIER, 2004. p. 10).

Os desenhos representados nos projetos devem traduzir as intenções do arquiteto. CHING (2001, pág. 29) descreve que os projetos arquitetônicos compõem a linguagem gráfica do projeto e da construção de edificações. No projeto, usamos desenhos para visualizar possibilidades estudar alternativas e apresentar ideias sobre a forma e os espaços de uma edificação. Para a execução de um projeto, é necessário um projeto executivo, ou de “trabalho” que descreva com precisão as partes constituintes de uma edificação, articule suas relações e revele como elas trabalham em conjunto. A normativa específica de reforma de edificações, NBR 16280 (ABNT, 2015) traz que os projetos de reforma deverão ser elaborados com muitos detalhes construtivos em escala apropriada, mostrando o antigo, o novo e a forma de junção destes. Procurando minimizar os erros de execução, visando sistematizar a representação gráfica dos projetos de reforma, buscando informações claras, com especificações objetivas de forma a ser amplamente bem interpretada na execução.

Como se representa um projeto é fundamental para as etapas seguintes, pois é a partir de uma boa interpretação e a correta análise do exposto que temos a execução realizada da melhor forma. Nos projetos de interiores, por se tratar de áreas menores, comparadas os grandes projetos arquitetônicos, o desenvolvimento deve ser elaborado com um vasto detalhamento construtivo. ² BIM (Building Information Modeling) são softwares de bases de dados, em formato digital, de todos os aspectos a considerar na edificação de um projeto, permitindo a criação de um modelo visual 3D e facilitando a visualização do resultado do projeto em estudo. (FEUP, 2012)

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PROJETOS APRESENTADOS EM REFORMAS E SUAS ETAPAS Há uma necessidade na organização das etapas de projetos para que cada fase do mesmo seja produzida e executada seguindo uma ordem de dependências. Na produção da representação gráfica na arquitetura, implica em possuir uma linguagem comum, para que os diversos profissionais atuantes no processo de produção edificações (arquitetos, técnicos, desenhistas, estagiários, engenheiros, administradores, oficiais de obra, etc.) se comuniquem adequadamente. Além disso, o trabalho em equipe de produção de projetos exige que alguns procedimentos, tais como a estruturação de diretórios para arquivamento de documentos, os templates e as configurações de pena, sejam padronizados para que o lançamento dos projetos ocorra de modo coordenado. A NBR 16280 (ABNT, 2015) traz como uma organização das etapas inicias na gestão das obras de reforma figura 04:

Figura 4: Organização das etapas iniciais na gestão das obras de reforma. Fonte: Manual de Condomínios – Orientação de processos de obras e reformas, 2016>

Ela trata da parte mais burocrática referente ao início das obras. No decorrer do processo de preparação e execução da reforma, é essencial organizar a forma que esses projetos são representados graficamente e a sequência básica que se apresentam.

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PROJETOS APRESENTADOS EM REFORMAS E SUAS ETAPAS A NBR 16280 (ABNT, 2015) traz que os projetos que devem ser apresentados nas obras de reforma são: • Planta de obra (a demolir e a construir), com detalhamentos técnicos específicos; • Planta baixa final da área a sofrer intervenção; • Vistas e cortes no que diz respeito a alterações de estruturas e vedações; • Planta das alterações de pontos de gás, com marcação de pontos em planta baixa; • Planta das alterações elétricas, telefônicas, lógica, com marcação de pontos em planta baixa; • Planta das alterações hidráulicas, com marcação de pontos em planta baixa;

Em pesquisa de campo na região de Vitória e Vila Velha, com profissionais da construção civil, tanto os arquitetos, como profissionais executores de obras e fornecedores, é unanime e notório que para cada tipo de obra e solicitação do cliente ou especificidade do projeto, há uma demanda de projetos executivos a serem produzidos e entregues para que obra decorra da melhor forma. Cada tipo de projeto apresentado tem uma característica e uma normativa que o rege, porém nem sempre o profissional técnico habilitado segue fielmente o que é proposto. Isso se dá pela velocidade de produção dos projetos no mercado, o que faz com que cada profissional ou escritório formule sua característica de representação gráfica baseada na norma, mas com detalhes particulares, que são reformulados após a prática, acertos e erros no decorrer das carreiras profissionais. O profissional busca transmitir nos projetos características autorais, colocando em prática seu desenvolvimento criativo, padrões próprios e criando assim uma assinatura nos projetos, uma característica que vem como legado dos desenhos a mão.

• Estudo de luminotécnica, com análise de pontos existentes e a acrescentar; • Planta do forro; • Planta da paginação de revestimentos, quando houver alterações; • Memorial descritivo das principais intervenções que serão feitas, e escopo dos serviços a serem realizados

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REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015)

OUTRAS ETAPAS E PROJETOS SINTESE DE RECOMENDAÇÕES PARA OS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO


REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS Na busca pela representação de projetos ideal e sistematizada dentro das práticas do mercado e compatível com as normas relacionadas, a metodologia baseia-se entrevistas e consulta a alguns profissionais de Vitória-ES, para recolher informações, opiniões acesso a projetos técnicos referenciais e falhos. Foram consultadas empresas, escritórios de arquitetura, construtoras e profissionais que executam e/ou são fornecedores do serviço, sobre impactos dos projetos na obra e a visão da prefeitura sobre quais são os critérios para liberação de realização de uma pequena reforma. Esses entrevistados foram questionados sobre o que se aplica, quais são as falhas e como seria a forma ideal para cada tipologia de projeto. Para formular um roteiro de perguntas sobre como são representados graficamente os projetos em caso de reformas, foi levantado uma sequência de projetos que vai desde do levantamento arquitetônico até o detalhamento de áreas molhadas. Procurou-se identificar as tipologias de projetos comuns aos entrevistados que podem estar envolvidos em uma situação de reforma, para abranger diversos casos, opiniões e práticas de mercado.

EXPERIÊNCIA GRUPO

NOME

/ PORTE DA EMPRESA Médio porte –

CONSTRUTORA A 24 anos de mercado

CAMPO DE

ATUAÇÃO Apartamentos residenciais Diversos empreendimento s: projetos

Grande porte residenciais – CONSTRUTORA B – 37 anos de mercado CONSTRUTORAS

apartamentos, casas e

loteamentos; Salas comerciais,

Buscando ter grupo de amostragem que mais abrangesse as práticas de mercado e qualificasse a pesquisa foram entrevistados a os grupos identificados no quadro 02, que forneceram as bases de informações para os levantamentos acerca da representação gráfica dos projetos envolvidos no processo de reforma.

e hotelaria.

CONSTRUTORA C

Médio porte

Projetos

– 23 anos de

residenciais e

mercado

comerciais.

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REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS EXPERIÊNCIA

GRUPO

NOME

/ PORTE DA EMPRESA

CAMPO DE ATUAÇÃO

EXPERIÊNCIA

GRUPO

NOME

EMPRESA

Pequeno EMPRESA DE

porte – 5

EMPRESA DE

porte – 8

CONSTRUÇÃO A

anos de

AUTOMAÇÃO A

anos de

mercado

mercado

Pequeno

Pequeno

EMPRESA DE

porte – 5

EMPRESA DE

porte – 6

CONSTRUÇÃO B

anos de

AUTOMAÇÃO B

anos de

OUTROS

EMPRESA DE

PROFISSIONAIS

LUMINARIAS EMPRESA DE REFRIGERAÇÃO A EMPRESA DE REFRIGERAÇÃO B

Projetos

– 7 anos de

residenciais e comerciais.

OUTROS PROFISSIONAIS

PROFISSIONAL DE INSTALAÇÃO DE GÁS

Pequeno porte – 10 anos de

5 anos de mercado Pequeno

PROFISSIONAL DE GESSO A

porte – 10 anos de

mercado

mercado

Pequeno

Pequeno

porte – 6

PROFISSIONAL

anos de

DE GESSO B

mercado

ATUAÇÃO

mercado

Médio porte

mercado

CAMPO DE

Pequeno

mercado

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/ PORTE DA

porte – 04 anos de mercado

Projetos residenciais e comerciais.


REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS EXPERIÊNCIA

GRUPO

NOME

/ PORTE DA EMPRESA

EXECUTOR A

6 anos de

(PEDREIRO)

mercado

OUTROS

EXECUTOR B

10 anos de

PROFISSIONAIS

(PEDREIRO)

mercado

EXECUTOR C

5 anos de

(PEDREIRO)

mercado

CAMPO DE ATUAÇÃO

EXPERIÊNCIA

GRUPO

/ PORTE DA EMPRESA

CAMPO DE ATUAÇÃO Projetos

ARQUITETA D

Projetos

3 anos de mercado

residenciais e

arquitetônicos, de interiores, comerciais e de eventos.

comerciais.

Projetos

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

ARQUITETO A

NOME

ARQUITETA E

16 anos de mercado

arquitetônicos, de interiores,

7 anos de

Projetos

comerciais e

mercado

arquitetônicos.

hospitalares. Projetos

Projetos PROFISSIONAIS

ARQUITETA B

ARQUITETOS

7 anos de

arquitetônicos,

mercado

de interiores e comerciais Projetos

ARQUITETA C

25 anos de

arquitetônicos,

mercado

de interiores e

ARQUITETA F

11 anos de

arquitetônicos,

mercado

de interiores e comerciais

Quadro 2:Grupode de entrevistados da pesquisa exploratória. (Fonte: Próprio autor, 2018)

empresariais.

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REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS A metodologia consiste em entrevistas e verificação documental sobre orientações para a representação de cada projeto, as falhas percebidas nesse processo e as melhorias sugeridas quanto a representação para cada tipo de projeto. Para compilar essas informações ao final termos considerações para melhorias do projeto, como demostra o quadro 03, que explica o que estará disponível em cada campo. As proposições do autor baseiam-se nas entrevistas e a interpretação dos dados de orientação e referência para as representações gráficas confrontando com as falhas percebidas.

FONTE

ORIENTAÇÃO REFERÊNCIA

NORMAS

Neste campo: O que apresenta como instrução de representação gráfica para projeto de reforma.

Neste campo: Quais as falhas e/ou ausências em seu material quanto ao tema abordado.

Neste campo: O que poderia ser acrescentado a norma visando complementa-la.

Neste campo: O que recebem e exigem no âmbito da representação gráfica dos projetos apresentados.

Neste campo: O que identificam como falhas e/ou ausências nos projetos que chegam de profissionais contratados para alteração de unidades.

Neste campo: Quais melhorias e/ou acréscimos aos critérios de representação poderias agregar para o melhor entendimento e execução do projeto.

Neste campo: O que costumam apresentar em seus projetos.

Neste campo: Dentro do apresentado quais as principais queixas de quem executa e projeta.

Neste campo: O que poderia melhorar para a totalidade da interpretação e execução do projeto em suas varias fases para não ocorrerem falhas na execução e compatibilização de projetos.

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Quadro 3: Metodologia de pesquisa e organização de dados. (Fonte: Próprio autor, 2018)

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) PROJETOS DE MODIFICAÇÃO DE ALVENARIAS

PROJETOS DE MODIFICAÇÃO DE ALVENARIAS PROJETOS DE AMBIENTAÇÃO / LAYOUT VISTAS E CORTES (ESTRUTURAL/ALVENARIAS) PROJETO DE ALTERAÇÕES DE PONTO DE GÁS PROJETO DE PONTOS ELÉTRICOS E DE LÓGICA PROJETO DE PONTOS HIDRÁULICOS PROJETO DE LUMINOTÉCNICA PROJETO DE TETO REFLETIDO (GESSO) PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PISO E PAREDE MEMORIAL DESCRITIVO

Esse projeto consiste em uma planta baixa que considera a planta base de alvenaria do ambiente padrão, sem layout, e as alterações desejadas devidamente cotadas e indicadas de forma serem claramente identificadas as alvenarias existentes, as que serão retiradas e as que serão executadas. É o projeto que ordena a etapa onde o processo de execução da reforma se inicia. O quadro 04 traz a análise desse projeto. Denominada pelos profissionais da área como planta de obra, ou planta de alvenarias e divisórias normalmente é a partir dela que se iniciam as modificações no ambiente, em sua maioria vem indicada conforme a convenção para construção civil. A representação gráfica desses elementos em uma reforma é indispensável, pois deve-se diferenciar muito bem o que será mantido e o que será demolido ou acrescentado. A prática de erguer ou demolir alvenarias está diretamente ligada a parte estrutural da edificação, pois dependendo da decisão de projeto tomada pode repercutir em pequeno aumento da deformação da laje de teto, com uma eventual sobrecarga de alvenarias próximas, podendo ocorrer pequenas fissuras, ou problemas relacionados na própria edificação ou nas vizinhas. O fator estrutural é o de maior atenção nesse tipo de projeto, sempre devese verificar onde estão as estruturas que não podem ser retiradas e em favor da segurança, aconselha-se consultar o responsável pelo projeto estrutural e/ou, na impossibilidade, profissional habilitado.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

- Compreende a terminologia e requisitos para o uso de blocos cerâmicos para alvenaria e NBR 15270-1 (ABNT, vedação estrutural; 2005) e NBR 8545 (ABNT, - Trata da execução de alvenarias sem função estrutural. 1984)

CONSTRUTORAS

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO - Não menciona ou faz referência sobre intervenções em caso de reformas, reforços ou acréscimos; - Não traz a indicação de representação para construir e demolir.

- Indicação quanto as alvenarias que são estruturais e não podem ser modificadas e as que podem sofrer alteração; - Ausência de cotas e alturas; - Dependendo da fase, já se escolhe uma opção de disposição dos ambientes dentro do proposto pela construtora;

- Verifica-se uma planta de construir e demolir com representação gráfica conforme as convenções da norma, cotadas; - Verifica-se alterações de vãos e esquadrias, assim como a aberturas para os mesmos vem - Ausência de cotas e alturas; OUTROS PROFISSIONAIS indicadas nessas plantas; - Não especificação do método construtivo/material. (EXECUTORES) - Há uma grande demanda de bancadas estruturadas em meia parede, estrutura de churrasqueiras e até mesmo mobiliário fixo, e esses detalhes construtivos vem sido apresentados nesse tipo de projeto.

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MELHORIAS SUGERIDAS - Apresentar requisitos mínimos a serem apresentados e representados em caso de modificação de alvenarias.

Verificação das paredes estruturais, boa representação das alvenarias existentes, a construir e a demolir, e cotas e alturas sempre indicadas.

- Especificação do método construtivo; - Indicação e corte de detalhes construtivos como alvenaria para churrasqueiras, bancadas, mobiliário fixo entre outros; - Quadro de esquadrias e cortes esquemáticos para verificação das alturas.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Indicação das alvenarias existentes, e às demolir e/ou construir, conforme a convenção; - Indicação das alturas se forem diferentes; - Indicação de colocação e/ou retiradas de aberturas e vãos; - Indicação de construções que não são alvenarias, mas tem mesmo método construtivo; - Verificação quanto ao caráter estrutural das alvenarias envolvidas.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO - Ausência de cotas e alturas; - Ausência de vistas ou cortes para referência; - Não especificação do método construtivo/material;

MELHORIAS SUGERIDAS - Especificação do método construtivo; - Indicação e corte de detalhes construtivos como alvenaria para churrasqueiras, bancadas, mobiliário fixo entre outros; - Quadro de esquadrias e cortes esquemáticos para verificação das alturas.

Quadro 04: Analise do projeto de modificação de alvenarias Fonte: Próprio autor, 2018

PROJETOS DE AMBIENTAÇÃO/LAYOUT

Projeto elaborado a partir do levantamento arquitetônico, onde baseado no programa de necessidades são realizadas intervenções que envolvam adaptações internas através da disposição de mobiliário a ser adquirido ou já existentes, estudo de fluxo e ergonomia,.

alteração/instalação de divisórias, serviços de acabamento, além de mudança ou alteração de projetos complementares. Esse projeto direciona e é a base para os demais processos nos projetos de reformas. O quadro 05 traz a análise desse projeto

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

NBR 6492 (ABNT, 1994)

CONSTRUTORAS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Vista superior do plano secante horizontal - 1,50 m do piso em referência (variável) - Representar todos os elementos considerados necessários. - Não são solicitados ou estão sujeitas à aprovação; - Enviada como base para os demais projetos.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Não há na legislação uma referência Um item com a descrição das específica ao projeto de informações mínimas a serem ambientação. levadas em consideração.

----------------------

Visualização dessa disposição em segundo planos em projetos complementares: - Elétrico - Luminotécnico - Hidráulico

- Exemplificação com imagens do 3D

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

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- Ordena os demais projetos; - Transmite ao proprietário espacialidade; Apresenta: - Disposição dos ambientes; - Sem cotas; - Com àrea; - Indicações das áreas molhadas e aberturas.

----------------------


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

- Ordena os demais projetos; - Deve transmitir ao proprietário espacialidade; Apresenta: - Disposição dos ambientes; - Sem cotas; - Com metragem quadrada; - Indicações das áreas molhadas e aberturas. - Itens técnicos vêm aparecendo nas demais plantas executivas; - Plantas humanizadas possuem maior clareza.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO - Colocação de muitas especificações na planta baixa; - Cruzamento de linhas de chamada;

MELHORIAS SUGERIDAS - Planta baixa humanizada; - Especificação de mobiliário por número e tabela anexa; - Exemplificação com imagens 3D e fotos.

Quadro 05: Analise do projeto de ambientação/layout Fonte: Próprio autor, 2018

A planta de ambientação é um dos primeiros contatos visuais do cliente com o projeto que ele contratou, ele deve ser claro e de fácil entendimento para quem é leigo, vir humanizada, com uma quantidade de especificações reduzida e organizadas. As imagens 3D auxiliam muito na espacialização do ambiente.

A representação do layout tem forte influência nos projetos complementares e para executá-los. Apresenta-lo junto aos demais projetos mesmo que com menos destaque auxilia uma visualização da disposição e da tomada de decisões dos projetos técnicos, sanando já com essa representação algumas possíveis dúvidas.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) VISTAS E CORTES (ESTRUTURAL/ALVENARIA) São projetos complementares à planta de modificação de alvenaria, auxiliam na indicação e visualização das alturas e acabamentos, contribuindo assim para uma melhor interpretação do projeto. Devem indicar também elementos estruturais caso existam e os já existentes, caso seja removida alvenarias até esse limitador.

FONTE

NBR 6492 (ABNT, 1994)

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Plano vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal; - Deve ser disposto de forma que desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos; - Deve ser assinalado, de maneira precisa, o seu início e final; - As vistas representam graficamente os planos internos ou de elementos da edificação.

Assim como os demais projetos de caráter estrutural devem ter um profissional habilitado e capacitado como responsável pelo projeto e execução, garantindo assim a segurança da execução das modificações. O quadro 06 traz a análise desse projeto.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Não fazer menção sobre itens mínimos de representação exigidos para execução de uma modificação de alvenaria.

MELHORIAS SUGERIDAS

Representação gráfica de todos os detalhes necessários, em escala adequada, para um perfeito entendimento do projeto possibilitando assim sua correta execução.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

CONSTRUTORAS

- Apresenta cortes e vistas indicando a paginação de alvenaria indicando onde estão localizados pilares e vigas, e paredes de blocos estruturais; - Recebem projetos de modificação e compatibilizam com os projetos estruturais existentes para conferir as interferências e liberar a execução;

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

- Não compatibilização das decisões projetadas com os elementos estruturais indicados; - Ausência de cortes e vistas para complementar os projetos de modificação de alvenaria.

- Normalmente não são apresentadas como vistas e cortes estruturais ou de alvenaria, são desenvolvidas simultaneamente com os projetos de paginação de paredes revestidas, detalhes construtivos, ou vistas gerais.

- Não compatibilização das decisões projetadas com os elementos estruturais indicados; - Ausência de cortes e vistas para complementar os projetos de modificação de alvenaria.

- Realizados normalmente em casos específicos de uma fuga dos padrões tradicionais; - São demonstradas em conjunto com outras representações; - As indicações de cotas, alturas e metodologia construtiva é fornecida nas plantas de modificação de alvenaria.

- Não compatibilização das decisões projetadas com os elementos estruturais indicados; - Ausência do conhecimento prévio de elementos estruturais na edificação.

MELHORIAS SUGERIDAS - Vistas e cortes cumprirem o papel de auxiliar na interpretação das plantas de modificação de alvenaria e serem de fato entregues em conjunto.

- Haver uma separação das vistas e cortes de detalhes construtivos para as demais demandas de vistas e cortes; - Ter indicações de alturas, pilares e vigas novas e existentes; - Indicar metodologia construtiva

Quadro 06: Analise do projeto de vistas e cortes (estrutural/alvenaria) Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) Não sendo uma prática de mercado amplamente executada, as vistas e cortes de alvenaria em interiores normalmente se apresentam vinculadas a outros projetos e não somente indicações estruturais e alvenarias, dentre os profissionais atuantes tendo uma planta de medições claras e com as indicações precisas e necessárias essas vistas e cortes não se fazem tão necessárias.

Sendo um projeto de caráter mais complexo com detalhes construtivos e estruturais peculiares, esses projetos complementares são indispensáveis para uma interpretação completa do que será executado.

PROJETOS DE ALTERAÇÃO DE PONTO DE GÁS Nas reformas o projeto de alterações de ponto de gás, podem ser inclusão de um ponto, remanejamento da saída, ou de um trecho. O remanejamento de ponto de gás tem por objetivo de alterar o local fixo para distribuição de gás, sendo executado em conjunto com as FONTE

NORMA: NBR 15526 (ABNT, 2007)

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Caso seja necessário executar alterações significativas no traçado da rede, dever ser verificado se os diâmetros continuam prevalecendo; - É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico; - Há no cálculo inicial uma previsão para acréscimo de demanda; - Deve indicar altura, diâmetro e apresentar cotas horizontais para o posicionamento.

decisões do projetista com o profissional habilitado para execução. Os projetos de alterações são elaborados para que equipamentos sejam ligados de forma correta e segura, podendo ser acrescentados pontos ou reposicionados. O quadro 07 traz a análise desse projeto. FALHAS NA REPRESENTAÇÃO - Não haver um posicionamento específico para as situações de reforma, onde são acrescentados ou modificados pontos de gás; - Não conter uma forma de representação e indicação específica para modificações.

MELHORIAS SUGERIDAS - Uma definição mais precisa e direcionada para casos de modificações de pontos; - Uma listagem de pré-requisitos para execução desse projeto; - Indicação de meio de representação gráfica mais indicado para esse tipo de alteração.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES) PROFISSIONAIS ARQUITETOS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

- Indicam possibilidade ou não de intervenção, e como deve ser realizada; - Em fase de obra deve autorizar a modificação; - Fornecem o projeto executado de pontos e ligações de gás para indicar onde passa a tubulação e onde pode-se se intervir; - Dimensiona a tubulação para acréscimo de pontos; - Indica e fiscaliza quanto ao acréscimo de pontos em varandas que não são planejadas para esse recurso; - Indicam o profissional responsável para executar o projeto de alteração. - Entregue planta baixa com indicação de pontos existentes e a serem modificados e/ou movidos; - Cota para locar o ponto alterado; - Indicação de altura do ponto; - Dimensionamento adequado das dimensões da tubulação.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

___________________

- Não ter a locação atual da passagem de gás; - Ausência de altura do ponto; - Ausência de conhecimentos sobre as possibilidades de modificações.

MELHORIAS SUGERIDAS

- Ter projetos e documentações sobre a possibilidade de alteração do ponto; - Indicação de cotas, dimensões e alturas dos pontos atuais e acrescentados ou modificados; - Verificar suporte da rede para modificação; - Escolha de empresas especializadas e responsáveis para realizar as modificações.

- Ter projetos e documentações sobre a possibilidade de alteração do ponto; - Indicação de cotas, dimensões e alturas; - Verificar suporte da rede para modificação.

Quadro 07: Analise do projeto de alterações de ponto de gás Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) O gás canalizado é um conforto da para os moradores e, pelo fato de estar vinculado a uma rede de distribuição que interfere e permeia toda edificação, sua alteração, modificação ou acréscimo deve ser realizada por profissionais habilitados e asseguradas por meio de responsabilidades técnicas sobre a realização da execução. Inspecionar o sistema de gás do condomínio é obrigatório apenas quando o local está renovando o seu AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). Nesse momento, o Corpo de Bombeiros pede um laudo, de um engenheiro, com ART, atestando conformidade com a NBR 15.526 (ABNT, 2007). Os executores se queixam de uma ausência de informações nas plantas fornecidas pelos projetistas, não há um projeto detalhado, e sim uma indicação simples de modificação, onde as demais decisões e responsabilidade ficam a cargo dos profissionais que executam o projeto. FONTE

NBR 5410 (ABNT, 2004)

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Quando executado, conforme as normas, o projeto elétrico tem capacidade de reserva para futuras ampliações; - As instalações elétricas devem ser inspecionadas e ensaiadas antes de sua entrada em funcionamento, bem como após cada reforma, com vista a assegurar que elas foram executadas de acordo com a norma; - Em caso de ampliação ou reforma, deve ser verificado também se ela não compromete a segurança da instalação existente.

PROJETO DE PONTOS ELÉTRICOS E DE LÓGICA O projeto de pontos elétricos e de lógica nas reformas pode partir de uma necessidade de troca do sistema por questões de manutenção e segurança, procurando evitar problemas de curto-circuito, quedas de energia a riscos mais sérios como o de incêndio. Isso por que a rede e capacidade elétrica deve se adequar à realidade do imóvel para funcionar em perfeitas condições. Sua representação gráfica compreende a locação de tomadas, interruptores, pontos de rede, telefone, antena, áudio e vídeo. Deve vir compatibilizado com os pontos de iluminação, ambientação e projeto de automação se houver. O quadro 08 traz a análise desse projeto.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Não apresentar um padrão de representação para pontos a serem mantidos, acrescentados ou retirados.

- Apresentar um padrão de representação para pontos a serem mantidos, acrescentados ou retirados; - Mencionar sobre as consequências e requisitos para aumento da carga elétrica da edificação.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

CONSTRUTORAS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

- A planta de pontos elétricos que deve ser entregue conforme padrão solicitado pela construtora de representação com cores (vermelho, verde, amarelo); - Passa por aprovação da equipe técnica de elétrica, apenas eles podem fazer as modificações; - Legenda com símbolos e alturas, já enviamos o padrão utilizado; - Cotas no eixo; - Planta de ambientação em baixo como base; - Já vem com previsão de automação os empreendimentos atuais; - Recebemos somente a indicação dos pontos, o cálculo, dimensionamento dos fios, passagem, e ligação é feita por um responsável técnico habilitado contratado pela construtora.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Seguir o padrão exigido pela construtora de representação; - Ausência de diferenciação dos - Destacar a indicação dos pontos pontos existentes, a serem existentes, a serem retirados ou retirados ou acrescentados; acrescentados; - Falta de especificação de voltagem - Conter legenda gráfica; diferenciadas; - Cotas pelo eixo; - Fuga do uso da simbologia padrão; - Indicação de voltagem; - Ausência de cotas; - Vir acompanhada da planta de ambientação;

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA Verifica-se: - Planta de pontos elétricos e de lógica indicados, mas com grande decorrência de diferenciação dos pontos existentes dos a serem retirados ou acrescentados; - Legenda com símbolos e alturas; - Indicação de alturas nos pontos; - Cotas no eixo; - Simbologia em destaque; - Diferenciação por hachura; - Há casos com planta de ambientação de base e sem a planta; - Indicação de previsão de automação, quando solicitado; - Recebemos somente a indicação dos pontos, o cálculo, dimensionamento dos fios, passagem, e ligação é feita por um responsável técnico habilitado.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Ter destacado a indicação dos pontos existentes, dos a serem retirados ou acrescentados; - Conter legenda gráfica; - Cotas pelo eixo; - Ausência ou nenhuma - Indicação de voltagem; diferenciação dos pontos existentes - Vir acompanhada da planta de dos a serem retirados ou ambientação e plantas envolvidas, acrescentados; como de pontos de iluminação e - Falta de especificação de voltagem automação; diferenciadas; - Indicação do ponto elétrico na - Ausência da marcação de alturas vista e/ou 3D para auxílio na diferenciadas fora o padrão baixo, visualização. médio e alto; - Não previsão de automação; - Mais pontos previstos do que o dimensionamento do conduite e não previsão de reforma para novas passagens de fio.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

- Planta de pontos elétricos e de lógica indicados com destaque, diferenciando por hachura ou cores no padrão (vermelho, verde, amarelo); - Legenda com símbolos e alturas; - Indicação de alturas nos pontos quando necessário; - Cotas no eixo; - Planta de ambientação em sobreposição como base (alguns profissionais); - Diferenciação de altura dos pontos por hachura; - Indicação da voltagem em situações específicas; - Previsão de automação quando solicitado; - Envio em conjunto com planta de iluminação.

- Ausência ou nenhuma diferenciação dos pontos existentes dos a serem retirados ou acrescentados; - Falta de especificação de voltagem diferenciadas; - Ausência da marcação de alturas diferenciadas fora o padrão baixo, médio e alto; - Não previsão de automação e sonorização; - Mais pontos previstos do que o dimensionamento do conduite e não previsão de reforma para novas passagens de fio; - Ausência de verificação de carga elétrica, atual e proposta.

MELHORIAS SUGERIDAS - Ter destacado a indicação dos pontos existentes, dos a serem retirados ou acrescentados por meio de hachuras ou cores; - Conter legenda gráfica; - Cotas pelo eixo; - Indicação de voltagem; - Vir acompanhada da planta de ambientação e plantas envolvidas, como de pontos de iluminação e automação; - Indicação do ponto elétrico na vista e/ou 3D para auxílio na visualização.

Quadro 08: Analise do projeto de pontos elétricos e de lógica Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015)

De acordo com os entrevistados, este é um dos tipos de projeto mais complexos devido à quantidade de informações e influência nas reformas. Normalmente o orçamento é feito pela quantidade de pontos a serem colocados, então a não diferenciação entre eles implica não só em problemas construtivos e atrasos, mas também contratempos financeiros. Devido à interligação dos sistemas, é importante que esse projeto venha acompanhado do projeto de pontos de iluminação e automação, se houver, para uma leitura e execução unificada.

PROJETO DE PONTOS HIDRÁULICOS

Trata-se do projeto referente à locação ou remanejamento de pontos hidráulicos, contemplando projetos de água fria, água quente, esgoto e reaproveitamento. Nas reformas pode vir a ser modificados para manutenção da rede, por deslocamento, ou modificação de ambientes ou melhor disposição dos aparelhos hidráulicos. O quadro 09 traz a análise desse projeto.

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Há casos particulares que o eletricista deve acompanhar o andamento do serviço de alvenaria, pois quem executa a instalação dos conduítes e caixas de luz embutidos nas paredes é o pedreiro, que deve ser orientado pelo projetista através do projeto elétrico na planta baixa, ou do simples desenho feito pelo eletricista com as informações corretas do posicionamento das tomadas e interruptores em seus locais definitivos. A maioria dos profissionais projetistas entregam uma planta com indicação dos pontos elétricos e lógicos, fica a cargo do profissional executor a responsabilidade técnica de execução.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

NBR 5626 (ABNT, 1998); NBR 7198 (ABNT, 1993) NBR 8160 (ABNT, 1999)

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - A instalação predial de água fria deve ser adequadamente identificada, de modo a garantir a sua operação e manutenção, e permitir a sua eventual modificação; - Serviços devem ser realizados por pessoas capacitadas; - Qualquer modificação na instalação, durante atividades de manutenção, deve ser inspecionada para verificação de sua efetividade e ser devidamente registrada; -Todo o sistema de esgoto sanitário, incluindo o sistema de ventilação, seja novo ou existente que tenha sofrido modificações ou acréscimos, deve ser inspecionado e ensaiado antes de entrar em funcionamento; - A execução das instalações prediais de água quente, inclusive a instalação dos aquecedores, bem como o remanejamento destas instalações devem ser de responsabilidade de profissional de nível superior, legalmente habilitado pelas leis do país.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Ausência de recomendações exatamente direcionadas ao desenvolvimento, possibilidades, representação e execução de projetos de reformas com alteração e/ou remanejamento de pontos hidráulicos.

- Um acréscimo na normativa de recomendações exatamente direcionadas ao desenvolvimento, possibilidades, representação e execução de projetos de reformas com alteração e/ou remanejamento de pontos hidráulicos.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

CONSTRUTORAS

- Há construtoras que realizam essas modificações ainda na fase de obra e outras que indicam como está sendo feito o projeto hidráulico, quais as permissões de remanejamento e alterações e o projetista realiza o projeto e solicita a modificação que pode ou não ser aprovada; - Tem que ser levado em conta no projeto pressões, dimensionamentos, quedas e declividades, para não afetar toda a estrutura hidráulica do edifício.

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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- Apresentação dos pontos atuais com indicação das modificações; - Utilização da legenda e padronização regulamentada de projetos hidrossanitários; - Cotas verticais e indicação das alturas por legenda; - Projeto de detalhamento das áreas molhadas com indicação dos aparelhos, modelos e novas locações, assim como vistas e cortes que auxiliam no entendimento do projeto;

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

- Ausência de altura dos pontos; - Locação de pontos em ambientes que não estão aptos a receber instalações hidrossanitários e não possuem conexões com água/esgoto; - Sobrecarga de ligações;

- Ausência de altura dos pontos; - Ausência do projeto original, podendo ocasionar problemas na hora da execução - Locação de pontos em ambientes que não estão aptos a receber projeto hidrossanitário e não possuem conexões com água/esgoto; - Sobrecarga de ligações;

Quadro 09: Analise do projeto de pontos hidráulicos. Fonte: Próprio autor, 2018

MELHORIAS SUGERIDAS - Adequação das modificações dentro do permitido e suportado pelo projeto já feito; - Locação de pontos em ambientes aptos a receber esses acréscimos e demanda; - Realização da execução preferencialmente pela empresa responsável pela obra ou profissionais capacitados e com responsabilidade técnica pelo serviço. - Adequação das modificações dentro do permitido e suportado pelo projeto já feito; - Locação de pontos em ambientes aptos a receber esses acréscimos e demanda; - Cotas e legendas claras, indicando os pontos atuais, as modificações, locação e alturas.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) PROJETO DE LUMINOTÉCNICA Realizar modificações na parte hidráulica requer cuidados especiais em edificações verticalizadas por interferirem na ligação geral da rede. Desvios, acréscimos e variações nas posições de pontos devem ser calculados e autorizados para não prejudicar o funcionamento dos aparelhos e sobrecarregar as entradas e saídas de água.

Ao se realizar uma reforma o projeto de luminotécnica se faz presente e é de grande importância para alterar o sistema da edificação, moderniza-lo, acrescentar ou retirar pontos e adequá-los a novos usos, ambientes e caracterização do espaço. Projetar iluminação artificial, tanto nos espaços internos como nos externos. Deve-se levar em conta o perfil do morador, pois como a percepção luz é subjetiva, cada um se relaciona com ela de uma forma diferente, e é um tipo de projeto totalmente interligado com outras demandas, como o projeto de pontos elétricos, e disposição dos mobiliários. O quadro 10 traz a análise desse projeto.

FONTE

NBR 5410 (ABNT, 2008) NBR 8995-1 (ABNT, 2013);

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Em cada cômodo ou dependência deve ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto, comandado por interruptor; - No caso de ser necessário elevar a iluminância em limitado campo de trabalho, pode-se usar iluminação suplementar; - A iluminância em serviço é determinada segundo a NBR 8995-1 (ABNT, 2013)

- Não há itens específicos sobre alteração, modificação ou acréscimo de sistemas e dispositivos luminotécnicos em caso de reforma; - Não há uma referência a quanto à representação gráfica de pontos a serem modificados e indicação dessas novas instalações.

- Uma normativa que abordasse todos os itens referentes a projetos luminotécnicos, questões de iluminância, representação e ligações elétricas com a padronização de pontos e especificações pontuais para intervenções.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Há construtoras que realizam essas modificações ainda na fase de obra e outras que indicam no as biult qual a locação real desses pontos e no memorial quais as permissões de remanejamento e alterações, e a partir disso o projetista realiza o projeto e solicita a modificação que pode ou não ser aprovada; - É solicitado indicação dos pontos devidamente cotados nos eixos, e com legenda de especificação das luminárias; - Compatibilização do projeto com o de elétrica e de forro. Verifica-se:- Planta baixa com indicação das luminárias; - Sessões indicadas; - Cotas do centro dos pontos (duas indicações); - Altura das arandelas e fita de led. Apresenta-se: - Planta de teto refletido com indicação das luminárias; - Sessões indicadas; - Cotas do centro dos pontos (duas indicações); - Altura das arandelas e fita de led; - Legenda com diferenciação de luminárias; - Indicações de 3w e 4w;

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS - Havendo aumento da carga elétrica deve vir acompanhado de planta técnica; - Compatibilização com a planta de teto refletido (gesso); - Sessões indicadas; - Cotas do centro dos pontos (duas indicações); - Ausência de cotas; - Altura das arandelas e fita de led, - Falta de compatibilidade dos apresentar com vistas e cortes; pontos de iluminação com a - Legenda com diferenciação de elétrica; - Ausência da indicação das sessões; luminárias; - Ausência da indicação referente a - Indicações de 3w e 4w. 3w e 4w; - Ausência da indicação de alturas em casos de fita de led, arandelas e - Compatibilização com a planta de teto refletido (forro); balizadores; - Sessões indicadas; - Dificuldade de diferenciação da - Cotas do centro dos pontos (duas simbologia dos diferentes tipos de indicações); luminárias especificada.

Quadro 10: Analise do projeto de luminotécnica. Fonte: Próprio autor, 2018

- Altura das arandelas e fita de led, apresentar com vistas e cortes; - Legenda com diferenciação de luminárias; - Indicações de 3w e 4w.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015)

PROJETO DE TETO REFLETIDO (FORRO) Vários fatores são influenciadores nas decisões de projeto: a altura do pé-direito do ambiente, quais as possibilidades da aplicação do forro ou não, isso por que muitas técnicas de iluminação dependem do forro para embutir os spots e criar efeitos cênicos. Ao contratar um eletricista, ele deve ser orientado quanto à distribuição das luminárias e sobre como será o respectivo acendimento, visando evitar quebras desnecessárias. As escolhas de luminárias e lâmpadas devem estar de acordo com o uso do ambiente, suas alturas, e uso correto das iluminância.

FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

NBR 16382 (ABNT, 2015)

Aborda determinações e requisitos de uso de placas de gesso para forro, apontando suas dimensões, esforços e execução.

A planta de teto refletido ou forro indica sempre os detalhes do forro de teto e os pontos onde a iluminação será embutida. Nesse projeto aparecem detalhes como sancas, cortineiros, linhas de sombra, rodatetos, hachuras de materiais, paginações e indicações de acabamento se necessário, além da altura do pé direito pretendido para o ambiente finalizado. O quadro 11 traz a análise desse projeto.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Não faz indicações sobre a representação gráfica.

MELHORIAS SUGERIDAS

Apresentar itens mínimos a serem representados para execução de um projeto de rebaixamento e detalhamento.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

CONSTRUTORAS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

- As unidades são entregues com rebaixos indicados e durante a obra há a possibilidade de alteração; - Não sendo realizado a modificação nesse período, o proprietário só pode executa-la após a entrega da unidade.

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

Verifica-se: - Planta baixa com cotas e indicação de cortes e detalhes; - Planta luminotécnica (anexa); - Indicação de pé direito; - Cotas.

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

- Planta baixa somente com indicação de gesso e seus detalhes; - Planta luminotécnica (anexa); - Indicação de pé direito; - Não há layout; - Cotas; - Indicação de cortes e detalhes; - Imagens 3D ou de referência para interpretação do detalhe a ser executado

- Ausência de detalhamentos; - Ausência de cotas; - Indicação do pé direito; - Falha nos cortes e detalhes; - Falhas técnicas para colocação de fita de led; - Representação sobrecarregada ao indicar pontos de luminárias;

Quadro 11: Analise do projeto de teto refletido (forro) Fonte: Próprio autor, 2018

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MELHORIAS SUGERIDAS

-- Planta baixa com cotas e indicação de cortes e detalhes; - Planta luminotécnica (anexa); - Indicação de pé direito; - Cotas; - Imagens 3D ou de referência para interpretação do detalhe a ser executado


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) Por sem um projeto interligado com o projeto de elétrica e iluminação, estes devem ser compatibilizados para que suas intenções projetuais sejam executadas como previstas. Esse ponto é um dos de maiores conflitos na execução, acompanhados da ausência de detalhamento dos acabamentos, e ausência de conhecimento da normatização sobre o material empregado. Para uma boa execução o ideal é que o projeto se apresente cotado, com os detalhamentos e indicação das luminárias, e níveis e indicações dos pés-direitos, apresentando legendas das hachuras de materiais e elementos diversos.

PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PISO E PAREDE O termo paginação é o nome que se usa ao modo de combinar e encaixar peças de revestimentos em pisos e paredes, buscando uma estética agradável ou uma disposição diferente do material para valorizar sua textura ou desenho. O projeto de paginação de piso e paredes é responsável pela orientação da colocação dos pisos e revestimentos no ambiente, além de fornecer os quantitativos do material a paginação leva em consideração a arquitetura do local, para tornar o piso ou revestimento visualmente o mais harmonioso possível no local. Nas reformas troca-se um piso ou um revestimento devido a patologias de tempo de uso, ou para uma modificação estética do ambiente. O mercado denomina planta só de piso, que é chamada de paginação de piso, e outra planta só de revestimentos, que define os diversos acabamentos em bancadas, paredes, cozinhas, banhos, varandas, saunas, áreas externas, entre outros ambientes com essa necessidade. Nos pisos a paginação se inicia da abertura das postas, sendo alinhadas pelo vão das aberturas, onde as peças inteiras são prioridade nas áreas mais visíveis e nos espaços de maior circulação, e os cortes são distribuídos nos cantos e abaixo dos móveis. Com o uso de revestimentos além das áreas molhadas, e com o atual crescimento de revestimentos 3D ou com acabamentos diferenciados, esse tipo de projeto ganhou forte destaque nas reformas devido a importância da aplicação correta desses materiais, que muitas vezes tem um valor agregado alto e não pode sofrer perdas ou danificações. O quadro 12 traz a análise desse projeto.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

NBR 13.753 (ABNT, 1996); NBR 13.818 (ABNT, 1997)

CONSTRUTORAS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Prever uma margem de sobra para o material; - Assentar de forma a causar menos recorte; - Ter uma base de assentamento regularizada; - Recomenda-se a colocação de rodapé em áreas internas; - Em ambientes expostos às intempéries recomenda-se empregar revestimentos antiderrapantes; - Atentar-se a inclinação e indicação de assentamento; - Atentar-se à classificação do material e suas características para emprego correto. - A unidade é entregue com revestimento padrão; - Em caso de modificação ainda em obra, solicita-se a planta de paginação e verificamos a quantidade correta e emprego do material conforme uso; - Vista com revestimento de paredes indicados; - Marcação do início da paginação; - Diferenciação do tipo de material a ser colocado; - Rodapés são inclusos nessa etapa; - Marcação das soleiras; - Socos em áreas molhadas são inclusos nessa etapa;

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Não faz indicações sobre a representação gráfica.

- Não atendimento a NBR 13.818/1997; - Não diferenciação do tipo de material a ser colocado por hachuras; - Ausência de cotas, níveis; - Falta de atenção no acabamento entre dois revestimentos diferentes empregados em conjunto; - Detalhe do rodapé; - Falha na contabilização da metragem extra, em caso de danos.

MELHORIAS SUGERIDAS

Apresentar itens mínimos a serem representados para execução de um projeto de rebaixamento e detalhamento.

- Detalhes construtivos de acabamentos; - Informações para correta aplicação do matérias, especificação, cota, indicação de início de paginação. - Legenda alfanumérica para diferenciação dos tipos de revestimentos utilizados.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Verifica-se: - A quantidade correta e marcação do início do assentamento; - Vista com revestimento de paredes indicados; - Diferenciação do tipo de material a ser colocado; - Rodapés; - Marcação das soleiras; - Indicação de nível; - Socos em áreas molhadas são inclusos nessa etapa;

- Aplicação correta de matérias nos locais apropriados; - Presença de detalhes construtivos - Não diferenciação do tipo de de acabamentos; material a ser colocado; - Presença de todas as informações - Ausência de cotas, níveis; para correta aplicação do matérias, - Falta de atenção no acabamento entre dois revestimentos diferentes especificação, cota, indicação de início de paginação; empregados em conjunto; - Imagem de referência do material - Detalhe do rodapé; ou do 3D; - Falha na contabilização do percentual de perda no quantitativo - Hachuras diferentes ou cores indicando os materiais. dos materiais.

- Planta de paginação de piso e vistas de paredes revestidas com a quantidade de material e marcação do início do assentamento; - Diferenciação do tipo de material a ser colocado por hachuras; - Rodapés são inclusos nessa etapa com seus detalhamentos e altura; - Marcação das soleiras; - Indicação de nível; - Socos em áreas molhadas são inclusos nessa etapa;

- Não diferenciação do tipo de material a ser colocado; - Ausência de cotas, níveis; - Falta de atenção no acabamento entre dois revestimentos diferentes empregados em conjunto; - Detalhe do rodapé; - Falha na contabilização da metragem extra, em caso de danos.

Quadro 12: Analise do projeto de paginação de piso e parede Fonte: Próprio autor, 2018

- Aplicação correta de matérias nos locais apropriados; - Presença de detalhes construtivos de acabamentos; - Presença de todas as informações para correta aplicação do matérias, especificação, cota, indicação de início de paginação; - Imagem de referência do material ou do 3D. - Hachuras diferentes ou cores indicando os materiais.

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PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) MEMORIAL DESCRITIVO O memorial descritivo consiste em um documento que detalha todo o projeto realizado, relacionando os produtos entregues com as especificações e decisões tomadas durante a execução da obra na edificação a ser reformada. Estruturas, acabamentos, instalações, tudo deverá ser informado de acordo com o que será realizado na obra. A partir da pesquisa exploratória notou-se que nas práticas de mercado não é um produto entregue formalmente nas obras de

FONTE

NBR 13532 (ABNT, 1995)

CONSTRUTORAS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

reforma, nesses casos os profissionais deixam como documentação e comprovação das tomadas de decisão os projetos, e registros de responsabilidade técnica. O memorial não é o projeto em si, tem como objetivo registrar formalmente e em textos todo o desenvolvimento do projeto, como uma memória do que foi realizado, para que em intervenções futuras ou em caso dúvidas sobre o projeto, ele apresenta essas respostas sobre o que foi executado. O quadro 13 traz a análise desse memorial.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

O texto do memorial deve ser descritivo Não há um escopo de itens básicos quanto aos elementos da edificação, dos a serem abordados no texto componentes construtivos e dos materiais de descritivo. construção. - Entrega o manual do proprietário, com todas as especificações de materiais, indicações construtivas, referência de executores e fornece o as bilt da unidade; - Havendo alterações o manual padrão recebe em anexo o texto descritivo com essas mudanças.

- Há manuais do proprietário que circulam no mercado com mais ou menos informações, varia conforme os procedimentos da construtora; - Indicações de pontos elétricos e de iluminação não são indicados.

MELHORIAS SUGERIDAS Ter um escopo de itens básicos a serem abordados no texto descritivo. Que o arquiteto siga o padrão do manual entregue para anexar a ele as alterações, assim fica mais claro o entendimento de quem interpreta.


PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

Normalmente em casos de reformas não realizam esse procedimento, indicam e especificam dentro das pranchas executivas, com legendas indicativas e informações em vistas e cortes; - Alegam deixar como produto final vias das pranchas alteradas e finalizadas conforme foi executado.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Ausência de informações técnicas.

MELHORIAS SUGERIDAS

Ter um padrão básico indicado em norma de itens a serem referenciados e especificados no memorial descritivo.

Quadro 13: Analise do memorial descritivo. Fonte: Próprio autor, 2018

Diversas normas relacionadas à construção civil indicam a importância do memorial, mas nenhuma traz um modelo mínimo de tópicos a serem abordados. Levantando as práticas de mercado, constatou-se que esse memorial deve apresentar os dados da obra, responsáveis, descrição de atividades e projetos, localização da obra, detalhe de cada etapa da construção, alvenaria e acabamento, a conceituação do projeto, relação de normas adotadas para a realização dos cálculos, detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto e demais detalhes que pode ser importante para o entendimento completo do projeto, como forma de um registro final do que foi executado.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS

LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO PROJETO DE AUTOMAÇÃO E SONORIZAÇÃO PROJETO DE REFRIGERAÇÃO PROJETO DE ESPECIFICAÇÕES DETALHAMENTO DE ÁREAS MOLHADAS EXIGÊNCIAS DAS PREFEITURAS DE VITÓRIA E VILA VELHA OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS DE MERCADO EM OBRAS

LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO O levantamento arquitetônico envolve a medição do ambiente. É utilizado para edificações antigas, imóveis que necessitam de regulamentação e locais que precisam passar por reformas. Isso porque, a partir dele permite-se a concepção de novos projetos sobre a área existente, possibilitando o desenvolvimento de projetos complementares a este local. O quadro 14 traz a análise desse levantamento.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

NBR 13532 (ABNT, 1995)

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Para elaboração de um projeto de arquitetura deve ser apresentado documentos técnicos originais e/ou cópias.

Não há itens específicos a relacionados a essa tipologia, nem nessa normativa, nem na ABNT NBR 16280 (2015).

Item descrição das informações mínimas a serem levantadas e a importância desses dados.

Fornecem: - Projeto arquitetônico e complementares da unidade; - Memorial descritivo; - Manual de orientação de modificações (se houver); - Aconselham a visitar a obra e fazer a conferência das medidas no local.

Ao realizarem os projetos os profissionais não conferem as medidas de alvenarias e pontos elétricos e hidráulicos por parte dos profissionais;

Realização da conferência de medidas no local para confirmação dos dados fornecidos e executados.

Não possui acesso a esse tipo projeto.

Ao realizarem os projetos os profissionais não conferem as medidas de alvenarias e pontos elétricos e hidráulicos por parte dos profissionais;

- Realização da conferência de medidas no local para confirmação dos dados fornecidos e executados; - Levar em consideração o existente para proposição da mudança proposta.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA Realização de um levantamento criterioso: - Levantamento das alvenarias; esquadrias; portas; instalações; pé direito, entre outros detalhes; - Foto; - Documentos existentes; - Projetos complementares e anteriores (se existente); - Identificação das possíveis interferências.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Desconsideração do levantamento de pontos elétricos e hidráulico e posteriormente haver a necessidade deles. - Dificuldade de identificação do sistema de ar condicionado/split (local e capacidade)

- Levar em consideração o existente para proposição da mudança proposta; - Recolher o maior número de informações e documentos; - Realização do levantamento tridimensional do espaço: - Fotos - Medidas - Filmagens

Quadro 14: Analise do projeto de levantamento arquitetônico. Fonte: Próprio autor, 2018

Normalmente para as empresas que realizam a execução do projeto o procedimento de levantamento não é entregue, sendo essa uma etapa de uso e manipulação do profissional arquiteto. O que se percebe é que muitas vezes o arquiteto leva em consideração somente o levantamento das medidas das alvenarias e um projeto de reforma por estar modificando algo existente, essas características, pontos e detalhes devem ser levados em consideração. Essa etapa é importante por nortear próximas decisões, abaixo temos um checklist ³ proposto para auxiliar o levantamento de informações iniciais em caso de reformas.

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³ Significa "lista de verificações", é um instrumento de controle, composto por um conjunto de condutas, nomes, itens ou tarefas que devem ser lembradas e/ou seguidas.


OUTRAS ETAPAS E PROJETOS PROJETO DE AUTOMAÇÃO E SONORIZAÇÃO É um projeto que juntamente com o desenvolvimento técnico da elétrica e iluminação, faz com que através de um aparelho celular ou uma unidade de comando o proprietário tenha controle, e esteja ligado a esse acesso a maior parte dos equipamentos eletrônicos da sua casa em modo automático. Atualmente esse tipo de projeto tem crescido no mercado da construção civil, tanto para novas construções que já vem com préinstalações para passagem dessa tecnologia e em caso de reformas adaptações são realizadas. Nesse tipo de projeto cabe ao arquiteto a indicar a prestação de serviço ao cliente e compatibilizar o seu projeto de reforma com as necessidades que o profissional habilitado a trabalhar com automação precisa. É esse profissional que fica responsável pela planta técnica referente ao projeto de automação.

Figura 5: Check list para levantamento de obra. Fonte: Livro Guia Definitivo Obra, 2017

Nas obras o especialista em automação indica os dutos, chegadas e saídas necessárias e o pedreiro realiza a passagem e execução dos meios para que posteriormente o especialista volte e execute o serviço de instalação da automação. O quadro 15 traz a análise desse projeto. .

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

NBR 14565 (ABNT, 2000)

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - A normativa trata de todo detalhamento para implementação de cabeamento estruturado, traz nomenclaturas e simbologias referentes a identificação dos pontos e forma de leitura do projeto; - Em seus anexos há exemplos de projetos e memorial descritivo. - Novos empreendimentos já são projetados com a possibilidade de passagem dos cabeamentos para automação e com a indicação e especificação desses dutos; Verifica-se: - Planta baixa com indicação de dutos; - Centrais de automação indicadas; - Se a central de automação deve estar conectada com as centrais telefônicas, rede, câmeras e áudio e vídeo; - A indicação da distância do projetor para locação da tela; - Diferenciação do tipo de automação há ocorrer no ambiente; - Cotas; - Indicações em legendas. - Planta baixa elétrica e luminotécnica com indicação de ambientes a receberem automação; - Compatibilização da planta de marcenaria para receber equipamentos; - Ponto

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

____________________

- Ausência dos itens de execução, tais como: - Ambientes que será implementado a automação; - Indicação das centrais de automação; - Cotas; - Compatibilização da automação com o projeto de pontos elétricos e de iluminação.

- Ausência de pontos elétricos específicos para funcionalidade do sistema; - Ausência de conhecimento das necessidades para funcionalidade do sistema.

Quadro 15: Analise do projeto de levantamento arquitetônico. Fonte: Próprio autor, 2018

MELHORIAS SUGERIDAS

____________________

- Planta baixa com indicação de dutos; - Centrais de automação indicadas; - Se a central de automação deve estar conectada com as centrais telefônicas, rede, câmeras e áudio e vídeo; - A indicação da distância do projetor para locação da tela; - Diferenciação do tipo de automação há ocorrer no ambiente.


OUTRAS ETAPAS E PROJETOS Por ser um projeto de domínio amplamente dominado pelos profissionais e empresas que executam esse serviço, fica a cargo deles as informações imprescindíveis para execução desse tipo de projeto, e essas falhas são marcadas por execuções indevidas e até uma impossibilidade de implementação do sistema.

PROJETO DE REFRIGERAÇÃO E CLIMATIZAÇÃO O projeto de refrigeração e climatização é solicitado em casos que se deseja ter ambientes em temperaturas agradáveis e adequadas. Nos projetos de reforma, há três situações marcantes que envolvem esses projetos, quando não há o sistema e vai se implementa-lo, quando há e vai se atualiza-lo ou quando precisa-se relocar, ou acrescentar um aparelho.

FONTE

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

NBR 6401 (ABNT, 1980)

Os projetos devem incluir especificações gerais do equipamento a ser fornecido, indicando as suas condições de funcionamento e capacidade, que devem ser, no mínimo, iguais aos valores das cargas térmicas, cujos cálculos e tolerâncias de temperatura previstos devem ser apresentados.

Apesar de serem uma ótima solução para quem deseja manter um ambiente climatizado, os sistemas de ar condicionado podem se tornar um grande problema quando instalados de forma inadequado ou quando utilizado os equipamentos com potência insuficiente. Um bom projeto de climatização irá considerar todas as características importantes dos ambientes de sua construção. Projetando assim um sistema de climatização eficiente, seguro e financeiramente exequível. O quadro 16 traz a análise desse projeto.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Ausência de uma normatização para representação gráfica dos itens utilizados nos projetos de refrigeração

MELHORIAS SUGERIDAS

Normatização para representação gráfica dos itens utilizados nos projetos de refrigeração.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Há um local pré-estabelecido pela construtora para colocação do aparelho, mas permitimos modificações mediante apresentação da nova locação, que passa por analise do corpo técnico; - Previsão de área técnica ou indicações de locais que podem ou não receber as condensadoras. Verifica-se: - Locação do aparelho; - Cotas verticais e horizontais; - Locação da condensadora e evaporadora; - Potência e necessidades técnicas do aparelho;

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

- Compatibilização do projeto com as condições pré-estabelecidas pelas normas do empreendimento.

- Não compatibilização da locação com o local drenos; - Previsão do da condensadora; - Sobrecarga na edificação; - Ausência de cotas verticais e horizontais.

- Loca-se o aparelho em planta e nas vistas; - Cotas verticais e horizontais; - Previsão do local da condensadora em planta baixa; - Soluções para condensadora no projeto de marcenaria e/ou outros.

Quadro 16: Analise do projeto de refrigeração e climatização. Fonte: Próprio autor, 2018

- Compatibilização dos projetos com a situação atual do edifício; - Indicação das cotas verticais e horizontais das locações do aparelho.


OUTRAS ETAPAS E PROJETOS O projeto de refrigeração deve ser compatibilizado com os projetos arquitetônicos, elétrico, hidráulico e estrutural. É importante que cada ambiente já esteja planejado também, assim você evita a interferência do projeto de climatização com os futuros móveis ou equipamentos que serão instalados. Os desenhos definitivos, memória de cálculo, memorial descritivo, especificações técnicas, Anotação de Responsabilidade Técnica de execução e planilha de quantidades, é fornecido pelo engenheiro mecânico que normalmente é o profissional responsável por essa demanda, eles recebem o projeto de locação do projetista e em cima disso fazem os projetos técnicos necessários.

PROJETO DE ESPECIFICAÇÕES Esse tipo de projeto consiste na representação de desenhos e especificações detalhadas para cada item e para cada compartimento da obra, fornece dados necessários para a finalização da obra, como indicações para acabamento de teto, piso, paredes, soleiras, rodapés. O quadro 17 traz a análise desse projeto.

FONTE

NBR 6492 (ABNT, 1994)

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

Traz um Quadro geral dos acabamentos (facultativo), onde os acabamentos devem ser indicados num quadro geral conforme o modelo indicado, que traz como base um esquema de planilha relacionando os ambientes na vertical e os acabamentos na horizontal.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Não trazer a possibilidade da simbologia convencionada (quadrado, circulo, triangulo) para especificações de matérias.

MELHORIAS SUGERIDAS

Formalizar a simbologia convencionada, pensando em variações para que as mesmas podem gerar dando exemplos de representações usadas com mais frequência.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Entrega um memorial descritivo do imóvel, com informações sobre material, aplicação, referência, garantia entre outros; - Não pode fazer alteração na fachada e halls; - Projeto vinculado a planta de paginação de piso e paredes revestidas; - Planta baixa para indicação de vistas e espacialização; - Legenda com indicações de revestimentos e acabamentos; - Quantitativos; Verifica-se: - Planta baixa para indicação de vistas e espacialização; - Legenda com indicações de revestimentos e acabamentos; - Quantitativos; - Vista com indicações de revestimentos e acabamentos; - Planta baixa com indicação de revestimentos, podendo ser por símbolos (quadrado, circulo, triangulo, hexágono) e/ou linhas de chamada; - Legenda com especificação de materiais e quantitativos; - Indicação de vistas e cortes especificados; - Imagens 3D ou de referência para interpretação do detalhe a ser executado.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

- Ausência de especificações pontuais; - Simbologia e indicações confusas devido a diversidade de materiais; - Falta de compatibilização doo que é indicado em planta e em vista; - Legenda falha com indicações de revestimentos e acabamentos.

Quadro 17: Analise do projeto de especificações. Fonte: Próprio autor, 2018

MELHORIAS SUGERIDAS

- Planta baixa com indicação de revestimentos, podendo ser por símbolos (quadrado, circulo, triangulo, hexágono); - Legenda com especificação de materiais e quantitativos; - Indicação de vistas e cortes especificados por meio de linhas de chamadas; - Uso de cores e hachuras nas vistas para diferenciar os materiais; - Imagens 3D ou de referência para interpretação do detalhe a ser executado.


OUTRAS ETAPAS E PROJETOS Considerado um projeto complementar, ele auxilia as demais representações de acabamentos, visando trazer uma planta a parte com essas indicações para que as informações fiquem claras e notáveis. Cada vez mais o uso de imagens 3d tem sido fundamental para o entendimento e diferenciação dos acabamentos utilizados nos projetos.

DETALHAMENTO DE ÁREAS MOLHADAS O projeto de detalhamento de áreas molhadas, se apresenta como forma de ampliação de alguns ambientes a fim de trazer em uma escala maior, um maior número de detalhes. A NBR 15575-3 (ABNT, 2013) define como áreas molhadas, áreas da edificação cuja condição de uso e exposição poderá resultar na formação de lâmina de água (por exemplo banheiro com chuveiro, área de serviço e áreas descobertas). O quadro 18 traz a análise desse projeto.

FONTE

NBR 15575-3 (ABNT, 2013)

ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

MELHORIAS SUGERIDAS

Apresenta requisitos e níveis de desempenho mínimos para áreas molhadas.

Não trata especificadamente sobre os projetos e itens básicos que um projeto de detalhamento de áreas molhadas deve conter, para sua representação e interpretação.

Itens básicos que um projeto de detalhamento de áreas molhadas deve conter, para sua representação e interpretação.

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OUTRAS ETAPAS E PROJETOS FONTE

CONSTRUTORAS

OUTROS PROFISSIONAIS (EXECUTORES)

PROFISSIONAIS ARQUITETOS

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ORIENTAÇÃO/REFERÊNCIA - Apresentam essas ampliações quando solicitadas a fim de ampliar e especificar revestimentos, louças e metais desses ambientes; - Indicam as prumadas relevantes, cotas de pontos, e indicações de ponto de partida de revestimentos. Verifica-se: - Paginações de piso e parede; - Indicações de partida de assentamento; - Detalhamento de soleira, soco, bancadas, e roda bancas e nichos; - Detalhamento de divisor do box; - Ampliação dos projetos executivos em uma escala maior; - Especificações nas vistas; - Especiações de aparelhos, louças e metais, a serem instalados. - Apresenta paginação de piso e paredes revestidas; - Traz os aparelhos, louças e metais instalados; - Detalhamento de soleira, soco, bancadas, e roda bancas e nichos; - Detalhamento de divisor do box; - Ampliação dos projetos executivos em uma escala maior; - Especificações nas vistas.

FALHAS NA REPRESENTAÇÃO

Quando a modificação a realizada a partir de um projeto de modificação, nota-se: - Ausência de diferenciação de revestimentos a serem assentados; - Ausência de indicação de paginação de parede; - Falhas nas indicações de louças e matais a serem utilizados; - Ausência da indicação de níveis, e caimentos.

Não realizar a ampliação desses ambientes para melhor visualização e interpretação dos executores.

Quadro 18: Analise do projeto de detalhamento de áreas molhadas. Fonte: Próprio autor, 2018

MELHORIAS SUGERIDAS

- Paginações de piso e parede; - Indicações de partida de assentamento; - Detalhamento de soleira, soco, bancadas, e roda bancas e nichos; - Detalhamento de divisor do box; - Ampliação dos projetos executivos em uma escala maior; - Especificações nas vistas; - Especiações de aparelhos, louças e metais, a serem instalados.


EXIGÊNCIAS DAS PREFEITURAS DE VITÓRIA E VILA VELHA As prefeituras possuem função regulamentadora, quando se trata de projetos de edificações, para serem construídos, os mesmos são analisados pelo órgão, para que verifique se a construção está de acordo com o plano diretor vigente. Se tratando de pequenas reformas, foi pesquisado sobre o procedimento e exigências solicitadas pelas prefeituras de Vitória e Vila Velha referente a esse tipo de projeto.

Para as obras em condomínio, é importante apresentar, além dos documentos acima, as Atas de eleição do síndico e de aprovação da obra. No caso de fechamento de varanda, é exibido também a autorização do condomínio.

Em consulta ao site da Prefeitura de Vitória, foi publicado em 2017 simplificou suas metodologias para liberação e execução de obras de pequenas reformas, instaurou a normativa 02/17, que definem o que é considerado pequena reforma, e aquelas obras que não há aumento ou supressão de área coberta ou mudança de uso da edificação (de residencial para comercial, por exemplo). Entram nessa classificação obras que incluem demolição ou construção de paredes internas e adequações de acessibilidade, como rampas e banheiros.

Toda e qualquer construção de edificações, reforma com ou sem modificação de área construída, demolição, instalação de equipamentos, e abertura/escavação de logradouros, efetuados a qualquer título no território do município, estão sujeitos à aprovação e licenciamento por parte do Município. (Título I, capitulo I, art. 2º)

Entre as pequenas obras que não são mais exigidas a autorização, estão troca de piso e janelas, pintura externa de fachada em edificações de até três pavimentos, rebaixamento de teto, manutenção de deck, entre outros. No novo procedimento é preciso solicitar, antes da modificação ocorrer, o Alvará de autorização, uma licença de execução que dura três meses, mas pode ser estendida, um requerimento de obras, e uma declaração de responsabilidade. Além disso, é preciso apresentar o RRT, ou ART referente ao projeto e à execução.

Em conversa com a área técnica da PMV, foi informado que só é solicitado peças gráficas quando há modificações referentes a acessibilidade. Nos demais casos, entende-se que o profissional habilitado que registrou a responsabilidade técnica sobre o projeto e obra, os realizou de acordo com as normativas exigidas vigentes.

O procedimento na prefeitura de Vila Velha, segue a Lei complementar nº 046, de 04 de julho de 2016, que menciona que

Para liberação e execução da reforma, são exigidos uma série de documentos presentes no Capitulo III, seção I, Art. 12º. A prefeitura solicita como peça gráfica, um projeto simplificado e a expedição do alvará de licença para construção, no caso de modificações e reformas com ou sem acréscimos de área. A prefeitura possui ainda uma cartilha orientativa sobre os procedimentos para construir ou reformar, a fim de esclarecer a sociedade os procedimentos necessários, já que a Uma obra só poderá ser iniciada com anuência da Prefeitura. No documento ainda há um alerta sobre os problemas que podem ser ocasionados quando se constrói sem projetos, visando oferecer informações básicas, esclarecimentos legais e conscientização geral sobre como construir ou reformar um imóvel.

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OBSERVAÇÃO DAS PRÁTICAS DE MERCADO OM OBRAS Realizando visitas a obras, a fim de fechar as observações quanto a representação gráfica de projetos, foram entrevistados profissionais da construção civil que trabalham como executores, os questionando quanto ao que se apresenta a eles, quais as falhas desses projetos que chegam no canteiro de obras, e possíveis melhorias dessas peças gráficas, buscando a redução do retrabalho nas obras e diminuição dos erros de execução. As construtoras, realizam a prática de analisarem tecnicamente os projetos, antes deles irem para obra essa avaliação ocorre para saber se o que está proposto condiz com as normativas e exigências da empresa, visando não afetar a estrutura, funcionalidade e característica do empreendimento, e nem outros moradores. Essa triagem realizada não qualifica o projeto estar bom ou ruim, se sim se o mesmo é viável, ou não, ela aponta falhas técnicas e o não seguimento do manual de recomendações proposto. Visando dinamizar e reduzir revisões dos projetos a serem executados, as empresas entregam aos proprietários e seus projetistas, diretrizes quanto a prazos e itens mínimos que os projetos de modificações devem contemplar, porém mesmo com essas recomendações, as principais queixas tanto de quem analisa esses projetos antes das obras, quanto de quem os executa posteriormente, são referentes a ausência de itens básicos na representação gráfica. As queixas em obra, são em sua maioria em relação a essa falta de dados, principalmente cotas, que locam onde a modificação será feita, tanto de alvenarias, pontos, rebaixos, entre outros. A falta dessas cotas, alturas, indicações e especificações de alterações impossibilitam a correta posição e forma de execução do que se propõe. Algumas falhas que aparecem no decorrer das obras partem da ausência ou má realização do levantamento arquitetônico, esse

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procedimento inicial norteia próximas decisões e sendo falho, desencadeia uma sequência de falhas técnicas. Por se tratar de reformas, os projetos são realizados em cima de uma edificação construída, e todos os dados e características técnicas existentes, devem ser levadas em consideração. Os projetos com maiores índices de falhas de interpretação são os com mais números de detalhes, foram apontados os que contemplam as representações dos pontos elétricos, de iluminação e hidráulicos. A característica desses projetos é conter os pontos existentes e os a serem modificados e/ou acrescentados, essa diferenciação do antigo e existente é importante, e devida a quantidade de modificações é um projeto cuja representação pode ficar confusa, e isso pode vir a ocasionar uma interpretação falha. O cronograma de modificações é realizado pela construtora, dentro período proposto as modificações são aceitas ou não, passado esse prazo, só podem ser realizadas após a entrega do empreendimento. Elas executam os projetos realizados pelos projetistas conforme aprovados por todas as partes, porém cabe ao responsável técnico pelo projeto o conhecimento das possibilidades, a representação de suas intenções projetuais, e acompanhamento da obra e execução, visando sua correta interpretação. Ele também é responsável por anexar e entregar ao proprietário a documentação de modificações realizadas em forma de memorial descritivo do que foi executado. A relação entre executores e projetistas deve ser de parceria, mesmo que devido a contratos firmados entre projetistas e proprietários não contemple acompanhamento de obra, o mesmo deve se manter a disposição para sanar duvidas de interpretação do projeto de execução. Grande parte dos profissionais realizam essa prática, o que auxilia na execução.


SINTESE DE RECOMENDAÇÕES PARA OS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) Buscando a sistematização das etapas e proposições as normativas relacionadas a cada tipo de projeto apresentado nas obras de reforma, propõe-se uma atualização da normativa relacionada, diante a demanda dos requisitos ideais a serem apresentados visando uma melhor representação gráfica, requisitos mínimos para um entendimento completo do projeto executivo, e uma nivelação de parâmetros básicos a serem apresentados no mercado. O quadro 19 relaciona os projetos e as complementações sugeridas a suas respectivas normativas, procurando uma atualização da proposta. PROJETO

MODIFICAÇÃO DE ALVENARIAS E VISTAS E CORTES (ESTRUTURAL ALVENARIA)

NORMA

ATUALIZAÇÃO PROPOSTA

NBR 15270-1 (ABNT, 2005); NBR 8545 (ABNT, 1984); NBR 6292 (ABNT, 1994)

Faz referência apenas a novas construções suas metodologias construtivas, recomendações e importância estrutural.

Orientar quanto ao mínimo de detalhes (ampliações. ex. 1 por corte) construtivos necessários, a tecnologia e o método.

NBR 6292 (ABNT, 1994)

Representar todos os elementos considerados necessários para entendimento da disposição de ambientes, fluxos e dinâmica de projeto.

Orientar quanto a especificações de mobiliários e decisões projetuais de forma que essas informações não sobrecarreguem a planta, com um modelo de tabela e/o indicações de especificações.

Trata da definição indicativa para novos projetos e não sobre as reformas, não recomenda quando aos itens básicos a serem representado ou entregues nesse caso.

Orientar quanto à forma de representação dos pontos os diferenciando quanto aos existentes, a serem retirados e/ou mantidos.

AMBIENTAÇÃO E LAYOUT

PONTOS DE GÁS, ELÉTRICOS, LÓGICOS, E HIDRÁULICOS

RECOMENDAÇÃO NORMA

NBR 15.526 (ABNT, 2007); NBR 5410 (ABNT, 2004); NBR 5626 (ABNT, 1998); NBR 8160 (ABNT, 1999); NBR 7198 (ABNT, 1993)

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SINTESE DE RECOMENDAÇÕES PARA OS PROJETOS APRESENTADOS NBR 16.280 (ABNT, 2015) PROJETO

NORMA NBR 5410 (ABNT, 2008); NBR 8995 (ABNT, 2013); NBR 16382 (ABNT, 2015)

LUMINOTÉCNICA E TETO REFLETIDO

PAGINAÇÃO DE PISO E PAREDE

NBR 13753 (ABNT, 1996); NBR 13.818 (ABNT, 1997)

NBR 13532 (ABNT, 1995) MEMORIAL DESCRITIVO

RECOMENDAÇÃO NORMA

ATUALIZAÇÃO PROPOSTA

Trata dos parâmetros básicos para ligação dos pontos de iluminação e da sua influência com outros projetos, como o elétrico. Já a referente ao teto refletido, faz menções quanto ao uso do gesso, mencionando suas dimensões e execução.

Orientar quanto à representação dos novos pontos e sua influência no projeto elétrico, tanto relacionado a representação quanto a carga elétrica. Informar quanto ao mínimo de detalhes (ampliações. ex. 1 por corte) construtivos necessários, a tecnologia e o método.

Recomenda sobre qual tipo de revestimento utilizar para diferentes ambientes, sua inclinação e previsão de sobra de material. Recomenda um memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes construtivos e dos materiais de construção.

Orientar requisitos mínimos de representação, indicação de início do assentamento e quais itens do projeto aparecem e interferem nesse tipo de projeto (ex. rodapé, soco, soleiras); Orientar quanto ao modelo básico de itens relacionados no memorial.

Quadro 19: Projetos e complementações sugeridas às normativas. Fonte: Próprio autor, 2018

Uma atualização que deve ser proposta em todas as normativas é referente a indicação dos projetos executivos exigidos para cada tipo como por exemplo planta baixa, vista, ampliações, principalmente em projetos de reforma que tratam de intervenções em situações existentes essas exigências traz mais detalhes e referências para o projeto executivo fazendo com que sua interpretação possa ser mais clara e consequentemente com menos ocorrência com erros de execução.

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CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO Os dados para o levantamento dos critérios de representação dos projetos que envolvem o processo de reformas de edificações, foi retirado das entrevistas e levantamentos das melhorias de representação sugeridas nos quadros de projetos. O quadro 20, visa compilar essas informações trazendo qual peça gráfica representa cada tipo de projeto, as informações que contem, e as especificidades, se houver. PROJETO

PEÇA GRÁFICA

Planta baixa PROJETO DE MODIFICAÇÃO Vistas* DE ALVENARIAS Corte/ Detalhes

PROJETO DE AMBIENTAÇÃO /LAYOUT

Planta baixa

INFORMAÇÕES - Indicação sobre alvenarias mantidas, a construir, a demolir; - Altura das alvenarias; - Metodologia construtiva; - Cotas das alvenarias a construir e demolir. - Especificação do mobiliário; - Aberturas; Áreas/ambiente; - Indicação das vistas.

ESPECIFICIDADES

Diferenciação dos tipos de alvenaria por cores ou hachura.

PROJETO

PROJETO DE ALTERAÇÃO DE PONTO DE GÁS

PROJETO DE PONTOS ÉLETRICOS E LÓGICOS

Especificação do mobiliário por meio de indicações alfanuméricas e legendas.

PROJETO DE PONTOS HIDRÁULICOS

PEÇA GRÁFICA

INFORMAÇÕES

ESPECIFICIDADES

Planta baixa Vistas*

- Indicação do ponto existente e novo; - Cota; - Diâmetro da tubulação; - Altura do ponto.

______________

Planta baixa Vistas*

- Indicação do ponto existente e novo; - Cota; - Altura do ponto.

- Dimensão das caixas; - Diferenciação por cores e números; - Indicação das potencias.

Planta baixa Vistas*

- Indicação do ponto existente e novo; - Cota; - Diâmetro da tubulação; - Altura do ponto.

Indicação das louças e metais.

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CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO PROJETO

PROJETO DE LUMINOTÉCNICA

PROJETO DE TETO REFLETIDO

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PEÇA GRÁFICA

INFORMAÇÕES

ESPECIFICIDADES

Planta baixa

- Locação da luminária; - Indicação de fita de led; - Cotas; - Indicação das sessões; - Altura de pontos como balizadores, arandelas, pendentes e fita de led.

- Indicação das luminárias; - Função da iluminação; - Indicação das lâmpadas e temperatura de cor; - Sessões compatibilizadas com pontos elétricos; - Indicação dos 3w/4w; - Quantitativos.

Planta baixa Corte/Det alhes

- Desenho do projeto de gesso, indicando sancas, cortineiros, linhas de sombra e rebaixo; - Altura do pé direito; - Cotas.

- Indicação de cortes e detalhes; - Indicação de cortineiros; - Projeção luminárias propostas.

PROJETO

PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PISO E PAREDE

LEVANTAMEN -TO ARQUITETÔNICO

PEÇA GRÁFICA

Planta baixa Vistas Detalhes

Planta baixa

INFORMAÇÕES

ESPECIFICIDADES

- Indicação do início da paginação; - Indicação das áreas; -Dimensio namento e especificações das soleiras e rodapés; - Quantitativo de materiais; - Cotas verticais e horizontais. - Levantamento das medidas das alvenarias; - Pé direito; - Vãos e aberturas; - Pontos elétricos, hidráulicos e de iluminação; - Medidas de itens que se mantem.

- Indicação da especificação de revestimentos por meio de legendasDiferenciação de revestimento por meio de hachuras e cores; - Imagem de referência do revestimento indicado; - Detalhamento de rodapés.


CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO PROJETO

PROJETO DE AUTOMAÇÃO/ SONORIZAÇÃO

PROJETO DE REFRIGERAÇÃO

PEÇA GRÁFICA

Planta baixa Corte/Det alhes

Planta baixa Corte/Det alhes

INFORMAÇÕES

- Indicação de pontos a serem automatizados; - Indicação de ambientes a serem automatizados; - Ponto elétrico e de internet para ligação do sistema. - Indicação do aparelho de refrigeração; - Indicação do duto; - Indicação da condensadora; Compatibilizaçã o com projeto elétrico, hidráulico e arquitetônico.

ESPECIFICIDADES

PROJETO

PROJETO DE ESPECIFICAÇÕES

PEÇA GRÁFICA

INFORMAÇÕES

ESPECIFICIDADES

Planta baixa Vistas

- Indicação das especificações por simbologia ou linhas de chamada; - Indicação das vistas; - Diferenciação de materiais por cores e/ou hachuras; - Uso de imagens 3D para auxiliar na interpretação.

Indicação alfanumérica dos diferentes tipos de matérias e serem empregados.

Planta baixa Vistas Corte/Det alhes

- Indicação do início da paginação; - Cotas; - Especificação de matérias, louças, metais e revestimentos; Detalhamento de marmoraria.

- Indicação de louças e metais com cotas pelos eixos; - Detalhamento de marmoraria.

Projeto técnico de execução realizado por profissional habilitado.

DETALHEMENT O DE ÁREAS MOLHADAS

Quadro 20: Critérios de observação. Fonte: Próprio autor, 2018

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CRITÉRIOS DE OBSERVAÇÃO A partir desses critérios de observação sobre cada tipo de projeto, temos uma sintetização, das peças gráficas e itens de representação básicos, que cada tipo de projeto deve contemplar em sua representação gráfica. O quadro 18, norteará os dados a serem considerados para confecção dos projetos de reformas ilustrados que conterá todos os itens para a melhor forma de se representar projetos, afim de com essas orientações diminuir as falhas de execução desses projetos.

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REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS ILUSTRATIVAS PROJETOS ILUSTRATIVOS PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS


REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS ILUSTRATIVAS O projeto materializa as ideias e conceitos do projetista e sua representação gráfica é expressão dessa intenção, permitindo a interpretação de quem vai ler, e executar esse projeto é que se consiste na importância em como e quais elementos contem essa expressão gráfica.

Na figura 6 temos a planta da construtora do apartamento original.

A partir da pesquisa exploratória das práticas de representação gráfica de projetos de reforma no mercado e das melhorias sugeridas, foi desenvolvido um projeto ilustrativos, como forma de experimentação e ilustração dos resultados obtidos.

PROJETO ILUSTRATIVO Foi escolhido um empreendimento da cidade de Vitoria que está em fase de construção para se realizar a proposta de reforma. O apartamento selecionado possui 29,80 m², tendo 01 quarto, 01 sala integrada com a cozinha, 01 banheiro e 01 varanda. Essa tipologia foi selecionada por estar entre as tendências de habitação oferecidas, contendo, acomodações com a metragem quadrada pequena com espaços funcionais e integrados. Seu programa de necessidades aborda a moradia para uma pessoa, ou um casal.

Figura 6: Apartamento em Jardim Camburi/Vitória-ES. Fonte: Site Lorenge, 2018

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PROJETOS ILUSTRATIVOS

A proposta de reforma procurou uma modificação dos espaços dentro das normas da construtora e da prefeitura local, onde as tomadas de decisões geraram modificações que abrangeram todos os projetos técnicos citados, pela NBR 16.280 (ABNT, 2015), e pelas práticas de mercado, objetivando ilustrar as representações e melhorias sugeridas discutidas anteriormente. Sendo assim, o novo projeto integrou os ambientes formando um loft e realizou modificações nas alvenarias, pontos elétricos, hidráulicos, alteração do ponto de gás, pontos luminotécnicos, de refrigeração, projeto de teto refletido, paginação de piso, mudança das especificações de acabamentos, marmoraria e detalhes do banheiro. Sua ambientação, espacialidade e divisão de ambientes se deu conforme a figura 07. Figura 7: Planta baixa apartamento reformado em Jardim Camburi/Vitória-ES. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS ILUSTRATIVOS

Essa proposta norteou os demais projetos executivos que são a base na aplicação da metodologia utilizada para confecção dos projetos de reforma ilustrados. Na figura 8 podemos ver o antes e depois da proposta de reforma do apartamento e identificas visualmente as interferências das modificações executivas. Figura 8: Renderizações antes e depois da proposta de reforma Fonte: Adaptado do site Lorenge (2018) e do próprio autor (2018)

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METODOLOGIA GRÁFICA DOS PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS Visando a criação de um material totalmente gráfico didático, além das informações técnicas executivas básicas e especificas de cada tipo de projeto, as pranchas ilustradas trazem informações complementares para uma posterior aplicação dos itens de representação citados. Foram realizadas a confecção de 15 pranchas, representando os projetos abaixo:

PROJETO EXISTENTE - LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO PROJETOS DE AMBIENTAÇÃO / LAYOUT PROJETOS DE MODIFICAÇÃO DE ALVENARIAS VISTAS E CORTES (ESTRUTURAL/ALVENARIAS) PROJETO DE ALTERAÇÕES DE PONTO DE GÁS

PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PAREDE PROJETO DE REFRIGERAÇÃO PROJETO DE ESPECIFICAÇÕES DETALHAMENTO DE ÁREAS MOLHADAS – BANHEIRO DETALHAMENTO DE ÁREAS MOLHADAS – MARMORARIA

PROJETO DE PONTOS ELÉTRICOS E DE LÓGICA PROJETO DE PONTOS HIDRÁULICOS PROJETO DE LUMINOTÉCNICA PROJETO DE TETO REFLETIDO (GESSO) PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PISO

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METODOLOGIA GRÁFICA DOS PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS O projetos foram representados seguindo a mesma metodologia gráfica, contendo os itens abaixo identificados na prancha de exemplo da figura 9.

1

5

2

3 7 8

4

6 9 10.

Figura 9: Projeto de reforma ilustrado para exemplo de metodologia gráfica. Fonte: Próprio autor, 2018.

Optou-se pela representação dos projetos em preto e branco para propor soluções gráficas que funcionam mesmo não havendo a impressão colorida. Isto por que, muita das vezes o projetista realiza o projeto com marcações coloridas, mas ao ir para obra onde será interpretado e executado o mesmo é impresso em preto e branco, gerando falhas da interpretação e consequentemente erros de execução.

82


METODOLOGIA GRÁFICA DOS PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS 1. Identificação do projeto: nome do projeto representado na prancha 2. Projetos necessários: uma listagem de projetos que deverão ser consultados previamente para que seja realizado o projeto citado na prancha. 3. Checklist: itens que devem estar presentes como informações gráficas e/ou escritas para a confecção e compreensão do projeto. 4. Dicas: são observações extras que agregam e auxiliam particularidades especificas de cada tipo de projeto. 5. Legenda: aparece em primeiro plano com o texto na cor azul quais as informações básicas contidas na legenda de cada tipo de projeto e nas demais linhas a legenda real servindo como exemplo ao exposto. 6. Planta: representada de forma executiva em preto e branco, onde os elementos específicos de cada tipo de projeto foram contemplados conforme a pesquisa exploratória, realizando assim uma representação modelo para aplicação de projetos posteriores, de maior ou menor escala. 7. Marcações com cores: para destacar certas informações foram utilizadas 03 cores padrões, amarelo significando atenção a aplicabilidade e uso de certos itens e representações, laranja significando alerta a detalhes e usos que normalmente são esquecidos e/ou representados de forma errada, e o verde que indica a marcação da correta representação, usou ou especificação, dado que auxilia totalmente na interpretação do projeto. 8. Alerta em texto: Foi utilizada uma fonte para a realização de comentários quanto a representação gráfica diferente da utilizada para informações técnicas do projeto. 9. Título do projeto: utilizado para identificação dos itens representados. 10.

Escala sugerida: é uma escala indicada para representação do projeto.

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO EXISTENTE – LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO:

Ao iniciar um projeto de reforma uma das primeiras plantas produzidas é a de levantamento arquitetônico. Ela possui como base o levantamento de medidas e dados no local, a planta original as normas e considerações técnicas existentes, como estruturas, cargas elétricas e características construtivas do construído. A prancha gráfica ao lado (figura 10) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 10: Prancha gráfica projeto existente- levantamento arquitetônico. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE AMBIENTAÇÃO/LAYOUT:

O projeto de ambientação e layout é o primeiro contato do cliente com o projeto de reforma proposto. Essa planta deve ser graficamente organizada de forma a auxiliar o entendimento de alguém que pode ser leigo no assunto a interpretar a mensagem. Sua função é mostrar como ficará o ambiente, seu mobiliário e espacialidade, devendo atender as funções práticas e funcionais do espaço. A prancha gráfica ao lado (figura 11) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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LEGENDA:

05

23

01 21 02

04

22

03

06 08

07

10 09 12

13

11

14 16

17

15

19 18 20

1- COIFA CIRCULAR TRAMONTINA 2- COOKTOP A GÁS 4 BOCAS 3- MAPA MUNDI DE CORTIÇA 4- BANCADA EM DEKTON KALYA COM CUBA QUINLINE COM MINI EMBUTIDA 5- PRATELEIRA SUPERIORCOM QUADROS 6- MICROONDAS 20 L 7- GELADEIRA 300L 8- GUARDA ROUPA 02 PORTAS 09 - CAMA BOX (138 x188 cm) 10- APARADOR EM MADEIRADO 11- SOFÁ BEGE (160 x 70 cm) 12- MESAS DE CENTRO (D1= 60 cm/ D2= 40 cm) 13- TV ATÉ 46° 14 - SPLIT 12.000 btu 15- MESA LATERAL (D= 40 cm) 16- MESA PRETA COM 04 LUGARES (D= 90 cm) 17- 04 CADEIRAS PRETAS ALLEGRAS 18- DIVISÓRIA EM PAINEL MADEIRADO VAZADO (BRANCO) 19- CADEIRA GIRATÓRIA 20- ESCRIVANINHA 21- CUBA FACETADA PRETA (DECA) 22- VASO COM CAIXA ACOPLADA DECA PRETO 23- CHUVEIRO LORENZETTI ACQUA

Figura 11: Prancha gráfica projeto de ambientação/layout. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE MODIFICAÇÃO DE ALVENARIAS:

Ao compatibilizar a planta atual com a nova proposta de ambientação, paredes e divisórias tem que ser retiradas e/ou acrescentadas. A planta de modificação de alvenarias visa comunicar a representação nesses itens executivos para que se diferencie das alvenarias originais facilitando as ações em obra. A prancha gráfica ao lado (figura 12) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 12: Prancha gráfica projeto de modificação de alvenarias.. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

VISTAS E CORTES - ALVENARIAS:

Utilizados como projetos complementares da planta de modificação de alvenaria, e acabamentos, indicando alturas e a relação com o construído. A prancha gráfica ao lado (figura 13) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 13: Prancha gráfica projeto de vistas e cortes – alvenarias. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

ALTERAÇÃO DE PONTO DE GÁS:

O projeto de alteração de ponto de gás deve trazer o ponto original de onde partirá o encanamento para o novo ponto, ambos sinalizados de forma diferenciada e com cotas para locação no ambiente.

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A prancha gráfica ao lado (figura 14) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.


Figura 14: Prancha gráfica de projeto de alteração de ponto de gás. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE PONTOS ELÉTRICOS E DE LÓGICA:

O projeto de pontos elétricos e de lógica, deve considerar os pontos existentes, os a serem retirados pois impactam na nova formulação do espaço, e os a serem acrescentados, devido aos novos usos e necessidades do ambiente. Para sua execução além da marcação com os símbolos dos pontos, o projeto deve conter cotas, identificação de voltagem e altura dos pontos. A prancha gráfica ao lado (figura 15) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 15: Prancha gráfica projeto de pontos elétricos e de lógica. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE PONTOS HIDRÁULICOS:

O projeto de pontos hidráulicos, deve considerar os pontos existentes, os a serem retirados pois impactam na nova formulação do espaço, e os a serem acrescentados, devido aos novos usos e necessidades do ambiente. Para sua execução além da marcação com os símbolos dos pontos, o projeto deve conter cotas e altura dos pontos. A prancha gráfica ao lado (figura 16) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 16: Prancha grรกfica projeto de pontos hidrรกulicos. Fonte: Prรณprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE LUMINOTÉCNICA:

O projeto de luminotécnica apresenta as luminárias, interruptores, sessões e ligações, para locação do ponto são necessárias cotas de referência em dois eixos “x” e “y”. A prancha gráfica ao lado (figura 17) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 17: Prancha gráfica projeto de luminotécnica. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE TETO REFLETIDO (FORRO):

O projeto de teto refletido (forro) tem seu foco de representação o teto dos ambientes, indicando o material do forro, pé direito, e fazendo a marcação de qualquer item que esteja nesse plano, tais como, luminárias, tubulação da coifa, sistema de ventilação ou sonorização. A prancha gráfica ao lado (figura 18) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 18: Prancha grรกfica projeto de teto refletido (forro). Fonte: Prรณprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

DETALHES DE TETO REFLETIDO (FORRO):

O projeto de teto refletido (forro) por ter detalhes e específicos exige em sua maioria a representação de cortes e detalhes;

A prancha gráfica ao lado (figura 19) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 19: Prancha grรกfica projeto de teto refletido (forro). Fonte: Prรณprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PISO:

O projeto de paginação de piso indica todos os itens presentes nesse plano, como socos, ralos, rodapé, soleiras, vistas de paredes revestidas e tem a função de indicar o revestimento de piso, onde será assentado e a partida para começar esse assentamento.

A prancha gráfica ao lado (figura 20) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 20: Prancha gráfica projeto de paginação de piso. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE PAGINAÇÃO DE PAREDE:

Com sua indicação feita na planta de paginação de piso, o projeto de paginação de paredes representa o revestimento a ser aplicado, indica o início do seu assentamento e possui cotas de referência para as peças assentadas. A prancha gráfica ao lado (figura 21) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 21: Prancha gráfica projeto de paginação de parede Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE REFRIGERAÇÃO:

O projeto de refrigeração conta com a locação da unidade evaporadora de split de parede, locação da condensadora em local apropriado, indicação do dreno e tubo de cobre e altura do aparelho. Nesse tipo de projeto a vista onde está inserido o aparelho auxilia a interpretação dos dados vistos em planta baixa. A prancha gráfica ao lado (figura 22) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 22: Prancha gráfica projeto de refrigeração. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

PROJETO DE ESPECIFICAÇÕES:

O projeto de especificações traz os materiais que serão utilizados nas paredes, teto e piso dos ambientes, se apresentam com uma simbologia padronizada e legenda indicativa. A prancha gráfica ao lado (figura 23) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 23: Prancha gráfica projeto de especificações. Fonte: Próprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

DETALHAMENTO DE ÁREAS MOLHADA – BANHEIRO:

Ao iniciar um projeto de reforma uma das primeiras plantas produzidas é a de levantamento arquitetônico, ela possui como base o levantamento de medidas e dados no local, a planta original as normas e considerações técnicas existentes, como estruturas, cargas elétricas e características construtivas do construído. A prancha gráfica ao lado (figura 24) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 24: Prancha grรกfica detalhamento de รกrea molhada - banheiro. Fonte: Prรณprio autor, 2018

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PROJETOS DE REFORMA ILUSTRADOS

DETALHAMENTO DE ÁREA MOLHADA – MARMORARIA:

Ainda dentro da tipologia de detalhamento de área molhada, entra o projeto de marmoraria que devido aos seus detalhes quanto a acabamento e alturas, deve vir ampliado, com cortes e detalhes. A prancha gráfica ao lado (figura 25) expõe informações necessárias para confecção do projeto, um checklist de representações e dicas para o entendimento do projeto.

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Figura 25: Prancha gráfica detalhamento de área molhada – marmoraria. Fonte: Próprio autor, 2018

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ATUALIZAÇÃO DA NORMA ABNT 16.280/2015


ATUALIZAÇÃO DA NORMA ABNT 16.280/2015 Formulada em 2014 a NBR 16280 passa em 2015 por atualizações visando sua melhoria. O novo documento estabelece indicações principalmente para prevenção de perda de desempenho, decorrentes das ações de intervenção gerais ou pontuais nos sistemas, elementos ou componentes da edificação, segurança da edificação, do entorno e de seus usuários. Fica definida também a obrigatoriedade, de forma objetiva, da descrição dos processos de reforma, atendendo aos regulamentos exigíveis para a execução das obras e a previsão de recursos necessários para o planejamento da reforma, tais como materiais, técnicos, financeiros e humanos. Porém, mesmo com esses acréscimos, a norma é ampla diante de alguns aspectos, o que gera brechas na interpretação e aplicabilidade da mesma, voltada exclusivamente para reformas de edificações. Alguns de seus itens poderiam ser mais elaborados, a fim de uma melhor interpretação não apenas por profissionais da área, mas também por síndicos, proprietários e construtoras.

Sendo uma de suas principais lacunas, a não distinção de tipos de reforma, e tendo ela diversas especificidades, tais como projetos de modificação, pequenas reformas, manutenção de edificações, revitalizações, restauração, entre outros, percebe-se a demanda por diretrizes mais eficazes e específicas para cada definição ao que o termo reforma se aplica, e sendo umas mais restritivas que as outras. Havendo essa distinção, em alguns casos seria mais complexo esse processo de adequação e em outros simplificado. Procurando ser mais prática, a normativa deveria ser mais específica quanto ao cronograma de obra e escopo de atividade, procurando para que se tenha além do fluxograma de gestão de obras, acesso a

uma sequência de atividade e projetos a serem executados, sendo elaborada essa listagem a partir de um caso de reforma macro, onde se abordaria a maior quantidade de etapas e tendo situações de menor escala. A norma não entra em detalhes de como deverá ser conduzido o processo para elaboração do plano de reforma, que, diante os requisitos exigidos, somente poderá ser completado após o planejamento de todas as atividades que serão necessárias para a execução da obra. Esse documento deve ser apresentado antes do início da obra e deveria conter os projetos, o escopo a ser realizado, os meios de garantia da segurança, as autorizações para circulação, o atendimento às legislações e normas técnicas pertinentes, o cronograma da obra, a responsabilidade técnica de projeto e execução das obras entre outros. A norma falha ao não detalhar um conteúdo mínimo de exigências e ser apresentado, para que não faltem dados. Há carência de recomendações e referências quanto à representação gráfica dos projetos a serem executados. A norma não faz menção a um método que universalize como esses projetos devem ser apresentados na obra, e esse fator gera diversas possibilidades de se projetar o atual, o que será acrescentado e o que será retirado, proporcionando assim problemas na execução, dúvidas na obra, atraso dos procedimentos, devidos à má interpretação do projeto. Embora as normas técnicas devam ser generalistas, por objetivarem a elaboração de diretrizes e regras para temas amplos e diversificados, a situação atual da norma gera pouco aprofundamento em determinados assuntos que necessitam de uma atenção maior. As recomendações para atualização da proposta indicada na norma são apresentadas no quadro 21, e visam torná-la mais objetiva e com itens que a agreguem e complemente.

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ALTUALIZAÇÃO DA NORMA ABNT 16.280/2015 INDICAÇÃO

ATUALIZAÇÃO PROPOSTA

ITEM 2 – REFERENCIAS NORMATIVAS

Anexar e referenciar as normas que envolvem outros tipos de projetos que estão diretamente Faz menção sobre 6 NBRs como indispensáveis na ligados às reformas, para que tendo a consulta para realização das reformas. necessidade de realizar um deles tenha na NBR revisada qual normativa deve pesquisar mais detalhadamente para especificidades.

ITEM 3 – TERMOS E DEFINIÇÕES

Definir as outras tipologias referentes às Traz nas definições apenas dois tipos de reforma, reformas, como as definições de pequena conservação e reforma de edificação. reforma, modificações com acréscimo de área, manutenção, preservação, revitalização, reparo.

ITEM 4 – REQUISITOS PARA GESTÃO DE REFORMA -ORGANIZAÇÃO DE DIRETRIZES

Acrescenta-se no item que fluxos e O item H, apresenta como diretriz que a reforma funcionamentos devem ser mantidos e/ou deve garantir que a obra não prejudique a alterados para que atenda a demanda da edificação, e que haja um reforço documentado continuidade dos diferentes tipos de manutenções da edificação, após a obra. como um laudo técnico apresentado, que resguarde alterações desse tipo.

ITEM 5 – REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE REFORMAS EM EDIFICAÇÕES

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COMO SE APRESENTA NA NORMA

5.1 – Menciona sobre o plano de reforma que é um item obrigatório no processo; Apresenta as condições que o plano deve atender; Menciona o cronograma de obra como um item condicional no plano; Traz implicações da ABNT NBR 16280, com a ABNT NBR 14037 e ABNT NBR 5674.

Trazer um modelo básico de plano de reforma, cronograma de obra pois dentro das condições mencionadas na norma são muito gerais diante a complexidade e obrigatoriedade do documento, ter um modelo em anexo auxilia; Adicionar quando é aplicável a relação com as NBRs relativas a uso, ocupação e operação de edificações.


ATUALIZAÇÃO DA NORMA ABNT 16.280/2015 INDICAÇÃO

ITEM 5 – REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DE REFORMAS EM EDIFICAÇÕES

COMO SE APRESENTA NA NORMA

ATUALIZAÇÃO PROPOSTA

5.2.6 – Menciona sobre alteração no escopo da reforma.

Apresentar um escopo básico dentro do possível nas reformas para nortear quem faz o planejamento e escopo e para quem recebe conferir os itens básicos sugeridos.

Apresenta os sistemas e atividades da edificação citando o responsável em caso de reforma;

Listagem dos projetos exigidos nas execuções de reforma, sua definição básica e indicações dos projetos executivos básicos exigidos para uma boa representação;

ANEXOS Traz anexo um modelo orientativo para realização de obras de reforma em edificações e um modelo de fluxo de gestão de obras de reformas de edificações.

Trazer mais modelos anexos, para tornar os procedimentos padronizados e com exemplo de representação e sistematização a serem seguidos;

Apresentar modelos de referências como: - Plano de reforma - Cronograma de obra - Convenções de representações gráficas.

Quadro 21: Itens da NBR 16280/2015 a serem atualizados. Fonte: Próprio autor, 2018

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CONSIDERAÇÕES FINAIS


CONCLUSÃO Com as mudanças da vida cotidiana muda-se também a forma de morar, cada vez mais cresce a necessidade de alterações, adaptações, e vistorias nas edificações, especulação imobiliária. Esses processos estão diretamente ligados aos procedimentos e execução de reformas, abrindo um campo de atuação amplo na construção civil, gerando metodologias de atuação diferentes em diversos casos. A sistematização e estudo desse tipo de atuação no mercado fomenta não só melhorias para execução dessas obras, mas também maior segurança e uma aplicação responsável das técnicas de projeto e construção. Foi observado no decorrer da pesquisa exploratória que as principais falhas e fatalidades dos projetos de reforma se dão a partir da ausência de responsáveis técnicos, má comunicação entre projetista e executor e falhas nas interpretações de projeto. Sistematizar as etapas das reformas de interiores, ter um levantamento de um escopo e dados mínimos de um plano de reforma, e uma referência clara e eficiente de representação auxilia para que se tenha uma redução nos erros de execução desse tipo de projeto. Como consequência desses processos há um aumento nos níveis de segurança dessas obras, tanto para os moradores quanto para o entorno da edificação, crescimento vida útil e durabilidade dessas edificações, assegurando o bom desempenho diante das intervenções gerais ou pontuais propostas.

Desta forma concluímos sobre a importância da responsabilidade técnica pelo projeto, pela execução e a necessidade de supervisão dessas obras. É notório que o desenvolvimento dessas atividades são

A integração dos projetos e prática de uma boa execução são consequências de uma correta representação gráfica interpretada de forma técnica, com o projeto sendo visto como uma ferramenta além da representação de conceitos, e todas essas estruturas e metodologias baseadas na aplicação da normativa vigente. Dentro de um cenário atual da construção civil, com processos e representação amplamente variáveis, é comum que a prática de cada projetista leve a soluções baseadas em seus próprios erros e acertos vistos no dia-dia, e esse conhecimento do que é funcional e relevante como conteúdo dentro desses projetos acaba não sendo dividido. Visando a melhor gestão dos projetos envolvidos com o levantamento das informações que seriam ideais na busca pela melhor representação e interpretação dos projetos, temos os pontos ressaltados na pesquisa essa sistematização, que visa um produto completo mais também pode ser acrescentada por mais itens dependendo da demanda do mercado. A proposta de projetos gráficos ilustrativos realizados a partir da compilação das melhores formas de representação dos projetos de reforma, contém textos de recomendações para a proposta gráfica, desenhos técnicos ilustrativos, modelos de organização de pranchas técnicas com as informações necessárias para uma boa e total interpretação desses projetos. A partir dessa representação esperese contribuir para melhor comunicação da ideia do projetista, diminuindo falhas de execução e uma organização dos procedimentos e itens básicos a serem apresentados no decorrer das obras.

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CONCLUSÃO Apresentou-se uma proposta de atualização da normativa a partir da visão prática do mercado e este produto poderá ser utilizado como material orientador, tendo em vista que as atualizações propostas e conteúdos básicos de projetos definidos, podem promover o melhor entendimento e execução dos projetos. Entende-se o projeto como uma ferramenta de comunicação do projetista e o executor. O trabalho das pranchas gráficas ilustrando os projetos de reforma, visa auxiliar aprimoração dessa ferramenta de representação, gerando um produto que pode ser utilizado por profissionais da área da construção, mercado da construção civil, arquitetos recém formados, alunos e professores. Agregando ainda conhecimento e informações técnicas referente aos projetos de reforma que podem ser aplicados como referência em projetos posteriores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13532 – Elaboração de projetos de edificações - Arquitetura. Rio de Janeiro, 1995.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13753 – Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante - Procedimento. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5626 – Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6292 – Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6401 Instalações centrais de ar-condicionado para conforto -Parâmetros básicos de projeto. Rio de Janeiro, 1980. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 7198 – Projeto e execução de instalações prediais de água quente. Rio de Janeiro, 1993. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução. Rio de Janeiro, 1999. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8545 – Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos. Rio de Janeiro, 1984. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8995-1 – Iluminação em ambientes de trabalho. Rio de Janeiro, 2013.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13818 – Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios. Rio de Janeiro, 1997. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14037 – Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos. Rio de Janeiro, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14565 Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Rio de Janeiro, 2000. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15270-1 – Componentes cerâmicos - Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação — Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15575-3 – Edificações habitacionais – Desempenho. Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos - Procedimento. Rio de Janeiro, 2013.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 16280 – Reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 16382 – Placas de gesso para forro - Requisito. Rio de Janeiro, 2015. BARBOSA, Arthur César Esteves Ottoni. A Coordenação De Projetos De Edificações Em Obras De Reforma: Um Modelo Baseado na ABNT NBR 16280:2015. Trabalho de Conclusão de Curso – UFMG. Minas Gerais, 2016.

BRASIL. VILA VELHA. Lei complementar nº 046, de 04 de julho de 2016.Disponível em: < http://www.vilavelha.es.gov.br/legislacao/Arquivo/Documents/legisl acao/html/C462016.html> Acesso em: 21 de março de 2018. BRETAS, Eneida Silveira; ANDERY, Paulo Roberto. Coordenação de projetos de edificações em instituições públicas: um modelo simplificado para projetos de reformas. Anais do Simpósio Brasileiro de Qualidade do Projeto no Ambiente Construído – IX Workshop Brasileiro de Gestão do Processo de Projeto na Construção de Edifícios – SBQP 2009, São Carlos, p. 310-322, nov. 2009. CHING, Francis; JUROSZEK, Steven P. Representação Gráfica para Desenho e Projeto. Barcelona: Editorial Gustavo Gili S.A., 2007. CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO DISTRITO FEDERAL. Guia de reformas: orientações para inquilinos, usuários e proprietários de imóveis. Distrito Federal, 2017.

EASTMAN et al. Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores. 1.ed. Porto Alegre: Bookman Editora Ltda, 2014. Tradução: Cervantes Gonçalves Ayres Filho et al.

GIMENES, Dominique; PICCHI, Flávio. Gestão da qualidade em projetos de reformas em edifícios comerciais. Anais do XII Encontro Nacional de tecnologia do ambiente construído – Geração de valor no ambiente construído, inovação e sustentabilidade. Fortaleza, 2008. GLOBO ESPIRITO SANTO. Prefeitura de Vitória dispensa alvará para pequenas reformas em imóveis. Disponível em: < http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2017/03/prefeitura-devitoria-dispensa-alvara-para-pequenas-reformas-em-imoveis.html > Acesso em: 21 de março de 2018. GLOBO RIO DE JANEIRO. Síndico confirma retirada de paredes estruturais de prédio que caiu. Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/04/sindicoconfirma-retirada-de-paredes-estruturais-de-predio-que-caiu-dizpf.html> Acesso em: 23 de maio de 2018. PISANI, Maria Augusta Justi. Projeto de Revitalização de edifícios. Artigo – Universidade Presbiteriana Mackenzie e Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. São Paulo, 2002. PREFEITURA DE VILA VELHA. Cartilha PMVV mãos a obra. Disponível em: <http://www.vilavelha.es.gov.br/files/arquivos/publicacoes/publicida de/4-cartilha-maos-a-obra/115-cartilha-maos-a-obra.pdf> Acesso em: 21 de março de 2018.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PREFEITURA DE VITÓRIA. Pequena reforma exige licença: veja como obter. Disponível em: http://www.vitoria.es.gov.br/prefeitura/pequena-reforma-exigelicenca-veja-como-obter > Acesso em: 21 de março de 2018. RAMOS, Maria Estela Smolka. Representação gráfica em projetos de arquitetura: um novo paradigma. Artigo – IFBA. Bahia, 2015. SCHULER, Denise; MUKAI, Hitomi. Noções Gerais do desenho técnico. Material didático - FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG. Paraná, 2006. VALLADARES, Porfírio; MATOSO, Danilo. Projeto de interiores – apostila de projeto executivo e detalhamento. Material didático. UFMG. Minas Gerais, 2002. XAVIER, Sinval. Apostila de desenho arquitetônico. Material didático - Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Rio Grande, 2011.

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CONSTRUÇÃO

INTERIORES OTIMINIZAÇÃO EXECUTORES

CRIATIVIDADE OBRA PROFISSIONAIS

FUNCIONALIDADE

NORMATIZAÇÃO

EXECUTORES

ARQUITETURA

EDIFICAÇÕES

ESTUDOS REFORMAS COMPATIBILIZAÇÃO INTERPRETAÇÃO

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA


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