5 Editorial
Editorial 4
6 Mercado
Market 8
12 Matéria Técnica: CAR 20 Genômica da Casa Branca 26 Produção sustentável 28 Genética 36 Programas de Carne de Qualidade 46 Raças: Brahman 48 Angus
índice
52 Simental 58 Cavalo Árabe 70 Leilão Casa Branca
Technical Story: CAR 16 Casa Branca Genomics 23 Sustainable production 25 Genetic 30 Meat Quality Programs 42 Breeds: Brahman 47 Angus 50 Simmental 56 Arabian Horse 64 Casa Branca Sale 73
index
SUPLEMENTO NUTRICIONAL PARA CÃES E GATOS
CASA BRANCA PRESS Ano 13 – Número 20 – Dezembro de 2018 EXPEDIENTE
CONTEÚDO:
30 comprimidos bissulcados
MODO DE USAR:
1 comprimidos / 5 kg / dia
Diretores: Paulo de Castro Marques Paulo Wickbold Marques Fabiana Marques Borrelli Marketing e Comunicação: Eliane Slucki Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)
NÍVEIS DE GARANTIA
Por kg
Por comprimido
Reportagens: Texto Comunicação Corporativa e Rogério Santos (Cavalos) Fotos: Arquivo Casa Branca, Texto, JM Matos, Rogério Santos, Monique Mendes , Fábio Fatori,
Sebastião Victor Antunes, Rubens Ferreira, Naudir Toledo Produção: BReeder Editora Fotos Capa: Banco de imagens da Casa Branca Casa Branca Press é o órgão oficial de comunicação da Casa Branca Agropastoril Correspondência: Av. Jamaris, 100 Conj. 711 - Bloco C - Planalto Paulista - São Paulo - SP - CEP : 04078-000 Telefone: (55 11) 2362-5350 e-mail: casabranca@casabrancaagropastoril.com.br
Casa Branca Press
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editorial
to improve livestock productivity
Cattle breeding is one of the most important aspects of Brazilian agribusiness. Brazil produces around 9.5 million tons of bovine meat per year. Of this total, about 80% (7.6 million tons) is consumed domestically, and 20% (1.4 million tons) is exported to more than 150 countries, generating a revenue of over US$ 15 billion/year. Given this powerful influence, cattle breeding is responsible for the transfer of US$ 20 billion among the farms alone. These remarkable figures are the result of the tireless work of about 1.3 million producers throughout Brazil and its perfect cattle breeding conditions. In other words, we have competent people, as well as favorable land, water and climate. Placed at the base of the productive chain, these segments complement each other perfectly: genetics, nutrition and health. Their association provides the support needed for the Brazilian livestock industry to consistently advance, fulfilling its mission to feed the world. The gains in these fields are also exceptional. In the last two decades, the productivity of the Brazilian cattle breeding industry has increased exponentially. The average age at first calving has improved by more than one year, currently at around 40 months. Cattle is also being sent to the slaughterhouse earlier, also at around 36/40 months of age, on average. These and other production and reproduction indicators drive the Brazilian cattle breeding industry into the future. We will be increasingly more aggressive in offering quality food. The world population is growing. In 10 years, another 1.5 billion people will be added to the world’s population. We must do our part as a country and produce more and better quality meat. The bad news is we are making progress, but at a very slow pace. This is due to a number of factors directly or indirectly related to the productive chain. Extensive production is one of those challenges. Despite experiencing progress, the average level of 1 AU (animal unit) is still low. Duplication of this indicator is possible only with the use of available technology in terms of genetics, nutrition and health, in addition to management.
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Casa Branca Press
Another striking factor is the poor use of proven genetics, whether provided by specialized companies or through the acquisition of sires duly evaluated in serious and professional breeding programs. According to the most recent Asbia survey, only around 12% of female beef cattle of a reproductive age are inseminated. That rate is very low. On the other hand, only 40/50 thousand evaluated bulls are sold per year, a fraction of the national cattle breeding industry’s actual need for sires that can improve the breed. Particularly in this regard, it is important to note that the livestock industry cannot progress at the desired pace without quality genetics, which boost the productivity indicators. In other words, the country could be even better in terms of productive gains if more ranchers would replace their oxen cattle with evaluated bulls. The best way to change this scenario is by using proven genetics or bulls evaluated through performance tests and originating from renowned genetic improvement programs. These animals are monitored their entire life – from birth to adulthood. Their recorded production and reproduction indicators tell their story. That way, farmers can take sires to their farms that are best suited to the environmental conditions and the purposes of their livestock projects. Genomics is a relatively new technique that is becoming increasingly popular, as it also effectively contributes to selection and, consequently, to increased productivity. This technology has been very successful abroad and is now available in Brazil. Its function is very important, as DNA analysis allows cattle breeders to make a series of choices that start with mating, expanding the combinations intended to meet the goals of each farm. The greater the number of breeders that join this movement in search of productivity and efficiency in cattle breeding, the better it is for the activity and for the country, as it leads to animals that are sexually mature at a younger age, have good carcasses, and are ready for slaughter earlier. It represents more beef production per hectare, making Brazil an even more important player to meet the world’s food demands. Responsibility is shared, and cattle breeders must do their part.
Paulo de Castro Marques Owner of Casa Branca Agropastoril
Trabalho coletivo
para melhorar a produtividade da pecuária A pecuária de corte é uma das mais importantes atividades do agronegócio brasileiro. São produzidos 9,5 milhões de toneladas de carne bovina por ano. Desse total, cerca de 80% (7,6 mi t) são consumidos internamente e 20% (1,4 mi t) são exportados para mais de 150 países, com receita superior a R$ 24 bilhões/ano. Por conta dessa força impressionante, a pecuária movimenta mais de R$ 70 bilhões somente dentro das fazendas. Esses números realmente fantásticos devem-se ao trabalho incansável de cerca de 1,3 milhão de produtores espalhados por todo o país e às perfeitas condições do país para a pecuária. Ou seja, temos gente competente e terras, água e clima propícios. Na base da cadeia produtiva, estão segmentos que se complementam com perfeição: genética, nutrição e sanidade. A associação entre eles proporciona a retaguarda necessária para a pecuária brasileira avançar com consistência, cumprindo sua missão de alimentar o mundo. Os ganhos nesses campos são igualmente excepcionais. Nas últimas duas décadas a produtividade da pecuária brasileira obteve saltos incríveis. A média da idade do primeiro parto melhorou mais de um ano, estando em torno de 40 meses. O gado também está indo para o abate mais cedo, também na faixa dos 36/40 meses de idade, na média. Esses e outros indicadores de produção e reprodução projetam a pecuária brasileira para o futuro. Seremos cada vez mais proeminentes na oferta de alimentos de qualidade. A população mundial está em crescimento. Em 10 anos, serão mais 1,5 bilhão de pessoas no planeta. Nosso país tem a responsabilidade de fazer a sua parte e produzir sempre mais e melhor. A má notícia é que estamos progredindo, porém em ritmo aquém do possível. Isso se deve a uma série de fatores ligados direta ou indiretamente à cadeia produtiva. A produção extensiva é um desses desafios. Apesar de progressos, o nível médio de 1 UA ainda é baixo. A duplicação desse indicador é perfeitamente possível somente com o uso da tecnologia disponível em termos de genética, nutrição e sanidade, além de gestão. Outro fator que salta aos olhos é o baixo uso de genética provada, seja fornecida pelas empresas especializadas seja pela aquisição de touros devidamente avaliados em programas de melhoramento sérios e profissionais.
editorial
Joint effort
Segundo o mais recente levantamento da Asbia, somente em torno de 12% das fêmeas de corte em idade reprodutiva são inseminadas. É muito pouco. Por outro lado, são comercializados somente 40/50 mil touros avaliados por ano, uma fração da real necessidade da pecuária nacional por reprodutores efetivamente melhoradores. Nesse aspecto em especial, é importante destacar que sem genética de qualidade, que impulsiona os indicadores de produtividade, a pecuária não avança no ritmo desejado. Em outras palavras, o país poderia estar ainda melhor em ganhos produtivos caso mais pecuaristas trocassem os seus bois de boiada por touros avaliados. O melhor caminho para mudar esse cenário é o uso de genética provada ou de touros avaliados por provas de desempenho e originários de programas de melhoramento genético reconhecidos. Esses animais são acompanhados a vida toda – do nascimento à idade adulta. Eles têm indicadores de produção e reprodução que contam sua história. Dessa forma, os criadores podem levar para suas fazendas os reprodutores que melhor se adaptam às condições ambientais e aos propósitos dos seus projetos pecuários. Uma técnica relativamente nova, que ganha espaço porque também contribui efetivamente para a seleção e, portanto, para o aumento da produtividade, é a genômica. Essa tecnologia faz muito sucesso no exterior e já está disponível no Brasil. Sua função é muito importante, pois a partir da análise do DNA é possível fazer uma série de escolhas, a começar pelos acasalamentos, potencializando as combinações voltadas para os objetivos de cada fazenda. Quanto mais criadores se juntarem a esse movimento em busca da produtividade e da eficiência na pecuária melhor para a atividade e para o país, pois isso significa animais mais precoces sexualmente, com boa carcaça e prontos para o abate mais cedo. É mais produção de carne bovina por hectare, tornando o Brasil um player ainda mais importante para o atendimento da demanda global por alimentos. A responsabilidade é compartilhada e os criadores têm de fazer a sua parte.
Paulo de Castro Marques Proprietário da Casa Branca Agropastoril Casa Branca Press
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mercado
contribui para desempenho da atividade em
2018
Brasil deve exportar cerca de 100 mil toneladas de carne bovina a mais no ano, com receita adicional de US$ 800 milhões
A
pecuária brasileira vivenciou momentos complexos em 2018. A instabilidade econômica do país atingiu diretamente o consumo de carne bovina no ano
ANO NOVO, MESMOS DESAFIOS
e a relação oferta x demanda acertou os preços do
2019 promete ser um ano de alta para a pecuá-
boi gordo, que não atingiram os níveis desejados
ria de corte. Os preços do boi gordo tendem a ser
pelos pecuaristas.
mais firmes por conta do esperado aumento do
A boa notícia é que mesmo esse cenário não impediu os
consumo interno de carne bovina. A expectativa
criadores de investirem em genética de qualidade. A co-
também é otimista em relação às exportações.
mercialização de reprodutores (machos e fêmeas) foi firme,
“Estamos confiantes na retomada dos embar-
como mostra o resultado do Leilão Anual Casa Branca, reali-
ques para os Estados Unidos, início de compras
zado em setembro passado (veja matéria à página 66).
da Indonésia, retomada de exportação para a
“Os pecuaristas sabem que a aquisição de reprodutores
Rússia e, quem sabe, outros países relevantes.
de boa genética é o caminho mais eficaz para o aumento
As possibilidades de aumento das vendas exter-
da produtividade, com mais bezerros de qualidade. Esses
nas são reais”, informa Antonio Jorge Camardelli,
produtos crescem mais rápido e ficam prontos para o abate
presidente da Associação Brasileira das Indús-
mais cedo. Assim, é a certeza de giro consistente e mais
trias de Carnes (ABIEC).
receita”, diz Maurício Palma Nogueira, diretor da consultoria
O crescimento econômico é decisivo para o maior
Athenagro, que realiza o Rally da Pecuária.
ou menor aumento do consumo de carne bovina.
Aliás, o Rally comprovou aumento da produtividade no cam-
Em 2018, o Brasil cresceu em torno de 1%. Para
po, o que mostra que – ano após ano – a pecuária brasileira
2019, as projeções mais otimistas apontam para
avança em termos de eficiência. “O pecuarista sabe que
até 3,5% de elevação do Produto Interno Bruto
precisa melhorar o seu resultado produtivo. Ele enfrenta
(PIB). Dessa forma, a confiança na economia
dificuldades, porém reconhece que boa genética, pasto de
pode puxar todas as cadeias produtivas, inclusive
qualidade, controle sanitário eficiente e gestão são fatores
a pecuária. De acordo com o Rabobank, o consu-
indispensáveis para a obtenção de lucro na atividade”,
mo per capita de carne bovina pode se aproximar
ressalta Nogueira.
novamente dos 40 kg/hab/ano, após ficar na
Outro fator positivo no ano foram as exportações, que
faixa dos 35/37kg durante os últimos três anos.
atingiram 1,5 milhão de toneladas e receita de US$ 7
O ciclo virtuoso de produção e consumo em alta
bilhões, com crescimento robusto de 13% sobre 2017. Esse
certamente se refletirá no aumento da demanda
resultado deveu-se ao aumento das compras pela China,
por genética de qualidade. Afinal, o desafio é
que compensaram a suspensão das vendas para a Rússia,
produzir mais e melhor, para atender à crescente
retomadas somente em novembro de 2018.
demanda global por alimentos de qualidade.
“Foi um ano complexo, porém com saldo positivo”, diz
Considerando os desafios a médio prazo, o Brasil
Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria. “Efetivamente,
precisa dobrar a produção de carne bovina até
as exportações de mais de 100 mil toneladas em relação
2050, atingindo 19 milhões de toneladas/ano,
a 2017 contribuíram, e muito, para escoar os estoques e
para cumprir o seu papel como fornecedor de
dar um pouco de fôlego para os frigoríficos”, assinala o
proteínas, indica a FAO, órgão da ONU para a
especialista.
alimentação mundial.
mercado
EXPORTAÇÃO em alta
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Brazil is expected to export approximately 100,000 tons of extra beef in the year, with an additional revenue of USD 800 million
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The Brazilian cattle breeding industry underwent complex periods in 2018. The country’s economic instability directly affected beef consumption throughout the year, and the offer vs. demand ratio affected the price of fat cattle, which did not reach the levels expected by cattle breeders. The good news is that even this scenario did not prevent breeders from investing in quality genetics. The sale of sires and dams was solid, as indicated in the result of the Annual Casa Branca Sale, held last September (read the article on page 69). “Cattle breeders know that acquiring breeders with good genetics is the fastest way to increase productivity, with a greater number of quality calves. These products grow faster and become ready for slaughter earlier. Thus, it ensures consistent turnover and more revenue”, says Maurício Palma Nogueira, director of the consulting firm Athenagro, which carries out the Rally da Pecuária [Livestock Rally]. In fact, the Rally confirmed the increased productivity in the field, indicating that – year after year – the Brazilian cattle breeding industry advances in terms of efficiency. “Cattle breeders know that they need to improve their production results. They face many difficulties, but they understand that good genetics, pasture quality, efficient health control and good management are key factors for obtaining profit in the activity”, says Nogueira. Another positive factor in the year were exports, which reached 1.5 million tons and generated USD 7 billion in revenues, a substantial growth of 13% compared to 2017. This result was due to the increased volume of purchases by China, offsetting the suspended sales to Russia, which resumed only in November. “It was a very complex year, but even so, we had a positive balance”, says Alcides Torres, director of Scot Consultoria. “Certainly, exports of over 100 thousand tons compared to 2017 contributed significantly to draining inventory and giving beef packing plants a bit of a break”, says the expert.
market
market
Booming exports contribute to performance in 2018
New year, same challenges The year 2019 promises to be a good year for beef cattle. Fat cattle prices tend to be more stable due to the expected increase in domestic consumption of beef. The expectation is also optimistic with regard to exports. “We are confident about resumed shipments to the United States, start of purchases by Indonesia, resumed exports to Russia and perhaps other relevant countries as well. The possibilities for increased foreign sales are real”, says Antonio Jorge Camardelli, president of the Brazilian Beef Exporters Association (ABIEC). Economic growth is the key factor that determines a greater or smaller increase in beef consumption. In 2018, Brazil expanded around 1%. For 2019, the most optimistic projections indicate a rise of up to 3.5% of the Gross Domestic Product (GDP). That may mean that trust in the economy can drive all productive chains, including cattle breeding. According to Rabobank, the per capita consumption of beef could once again be close to 40 kg/inhab./year, after floating at around 35/37 kg for the past three years. The virtuous cycle of production and rising consumption will certainly be reflected in the increased demand for quality genetics. After all, the challenge is to produce more and better, in order to meet the growing global demand for quality food. According to FAO, a UN world food agency, considering the medium term challenges, Brazil needs to double its beef production volume by 2050, reaching 19 million tons/year, in order to fulfill its role as protein supplier.
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matéria técnica
CAR
em sua prova de desempenho
matéria técnica
Casa Branca inclui o Avaliação de 70 machos Angus, Brahman e Simental começou no final de outubro e segue até fevereiro de 2019
Profa. Sarah Meirelles (UFLA) coordena a prova de desempenho dos machos da Casa Branca 12 Casa Branca Press
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A
equipe de melhoramento genético da
A profa. Sarah Meirelles explica que todos os
Universidade Federal de Lavras (UFLA),
animais passarão por um teste de eficiência alimentar
coordenada pela profa. Sarah Meirelles,
com o objetivo de identificar os mais eficientes, ou
já iniciou os trabalhos de mais uma Prova
seja, aqueles que ganham mais peso consumindo menos
de Desempenho de touros jovens das raças Angus,
alimento. “Esses animais são mais eficientes. Portanto,
Brahman e Simental da Casa Branca Agropastoril.
custam menos e dão mais lucro aos produtores”, explica
A rigorosa avaliação começou no dia 26 de outubro
a especialista da UFLA.
de 2018 e vai até fevereiro de 2019. No total, cerca
O CAR também contribui para identificar touros
de 70 machos das três raças participam da prova.
geneticamente superiores para a característica de efi-
A grande novidade desta e das próximas provas
ciência alimentar, item de grande importância. “Não
da Casa Branca é a inclusão da avaliação de efici-
adianta, do ponto de vista econômico, ter animais muito
ência alimentar dos animais a partir das medidas
pesados mas que, para chegar nesse peso, ingeriram
de CAR (Consumo Alimentar Residual). Para isso,
o dobro de alimentos que um animal de mesmo peso,
foram instalados 16 cochos e 8 bebedouros nas
que consumiu a metade da quantidade de alimento,
dependências da prova.
por exemplo”.
O objetivo da pecuária de corte é produzir mais carne em menos tempo. Com isso, aumenta-se a produtividade, com crescimento também da rentabilidade do negócio. Como explica a profa. Sarah Meirelles (UFLA), coordenadora da Prova de Desempenho da Casa Branca, a conversão alimentar é um item extremamente importante da avaliação dos bovinos. Uma das mais recentes novidades nesse campo é o CAR (Consumo Alimentar Residual), que usa cochos eletrônicos e comedouros apoiados sobre uma balança, que registra eletronicamente o total de alimento consumido por animal, individualmente. Com essa estrutura é possível determinar os animais que comem menos e ganham mais. Especialistas destacam que esse fator é extremamente importante, inclusive para a sustentabilidade da produção, já que implica redução do uso de recursos naturais e da própria geração de poluentes de produção (estrume, metano etc) para a unidade de carne produzida.
matéria técnica
Entenda o CAR e sua importância para a pecuária
Profa. Sarah Meirelles (UFLA): coordenadora da Prova de Desempenho de tourinhos da Casa Branca
Os ganhos do CAR são vários. Além da questão ambiental, proporciona: . Diminuição da área para produção de bovinos de corte . Redução dos custos com alimentação dos animais . Sustentabilidade ambiental nas práticas de produção de carne . Estimativas de herdabilidade de moderada a alta . Seleção de animais com menores necessidades de manutenção . Animais com menor consumo de alimentos . Animais com maior conversão alimentar . Potencial de redução na emissão de gás metano e produção de esterco.
Casa Branca instalou 16 cochos e 8 bebedouros eletrônicos para analisar as informações do CAR 14 Casa Branca Press
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technical material
Casa Branca includes
RFI
16 Casa Branca Press
in its performance tests
The evaluation of 70 Angus, Brahman and Simmental males began in late October and will continue through February 2019
Casa Branca Press 17
technical material
Sarah Meirelles and students from UFLA with Heitor Pinheiro Machado and Eliane Slucki, from Casa Branca
Understanding RFI and its relevance to cattle breeding
T
he genetic improvement team of Universidade
Prof. Sarah Meirelles explains that all animals will
The goal of beef cattle breeding is to produce more
implies in a reduction in the use of natural resources
Federal de Lavras (UFLA), coordinated by Prof.
undergo a feed efficiency test aiming to identify the most
meat in less time. As such, productivity is increased
and the generation of resulting pollutants (manure,
Sarah Meirelles, has already begun the work of
efficient animals, i.e., those that gain the most weight
along with profitability.
methane, etc.) for the unit of meat produced.
yet another Performance Test carried out on steers of
while consuming less food. “These animals are more
Prof. Sarah Meirelles (UFLA), coordinator of the
RFI provides many benefits. In addition to the environ-
the Angus, Brahman and Simmental breeds from Casa
efficient. Therefore, they cost less and yield a greater
Casa Branca Performance Test, explains that feed
mental issue, it enables:
Branca Agropastoril. The strict evaluation began on
profit to the breeders”, explains the UFLA specialist.
conversion is a very important element of cattle
. Decreased area for beef cattle production
October 26, 2018 and will last until February 2019. A
RFI also contributes to identifying genetically
evaluation.
. Reduced animal feed costs
total of approximately 70 males of all three breeds take
superior bulls for the feed efficiency characteristic,
One of the latest innovations in this field is RFI (Re-
. Environmental sustainability in meat production
part in the test.
which is extremely important. “From an economic
sidual Feed Intake), which uses electronic feeders
practices
The great new feature in this and the next tests
point of view, it is not worth having animals that are
and troughs placed on a scale, which electronically
. Moderate to high heritability estimates
carried out by Casa Branca is the inclusion of the ani-
too heavy but that, in order to reach this weight, had
records the total volume of food consumed per animal,
. Selection of animals with lower maintenance needs
mals’ feed efficiency tests based on the RFI (Residual
to consume twice as much food as an animal of the
individually. This structure allows you to identify
. Animals with less feed consumption
Feed Intake) measurements. Thus, 16 feed and 8 water
same weight, which consumed half the amount of
which animals eat less and gain more weight.
. Animals with higher feed conversion
troughs were installed at the test facilities.
food, for example”.
Experts highlight that this factor is extremely im-
. Potential reduction in methane gas emission and
portant, including for production sustainability, as it
manure production
18 Casa Branca Press
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genômica
Como produzir CARNE DE QUALIDADE no ambiente tropical José Fernando Garcia*
Programa de genômica da Casa Branca avança e contribui para selecionar os animais mais indicados para a realidade da pecuária A seleção dos melhores animais em um rebanho exige
A Casa Branca Agropastoril destaca-se pela criação de
cada vez mais o emprego de ferramentas que capturem
três raças de corte distintas, cada uma com suas fortale-
informações de desempenho individual, e com a maior
zas muito bem estabelecidas para a produção de carne.
precisão possível.
Atualmente a Casa Branca monitora todos os animais
genômicas, as quais possuem acurácia (precisão) muito
das três raças com as mais modernas tecnologias, que são
alta. Com isso, o Angus da Casa Branca está seguramente
aplicadas ao longo de suas vidas, e mais intensivamente
entre os melhores do mundo no que diz respeito ao uso
durante as Provas de Desempenho (coordenadas pela
de tecnologia para seleção.
Universidade Federal de Lavras – profa. Sarah Meirelles).
Já o Simental selecionado na Casa Branca tem a fun-
Nessa prova, que está chegando à décima versão, os
ção de agregar aos sistemas de produção de bezerros F1
candidatos a touros jovens das três raças são monitorados
(cruzados) a geração de animais pesados e rústicos (o que
por aproximadamente 120 dias, sendo medidas várias
tem origem na linhagem sul-africana aprimorada pela Casa
características de interesse produtivo. Essa prova intra
Branca). O objetivo é a produção de touros que atendam à
rebanho tem permitido a classificação dos animais com
pecuária mais comumente desenvolvida no Brasil Central,
base na pontuação determinada ao final das avaliações,
que procura aumentar o peso e simultaneamente encurtar
sendo essas informações utilizadas durante sua comer-
a idade de abate. Touros Simental Casa Branca em vacas
cialização em leilões e outros eventos.
zebuínas geram bezerros acima da média para peso à
Além da tradicional Prova de Desempenho em parceria
desmama e ao abate, com redução de tempo de recria e
com a UFLA, graças à recente implantação do sistema de
grande eficiência na engorda.
medida de consumo alimentar individual (Intergado) na
Finalmente, fechando a trilogia racial da Casa Branca
Casa Branca (Figura 2), atualmente é possível comparar
Agropastoril, o Brahman representa o componente tro-
os seus animais com os de outros criatórios, por meio do
pical do trabalho genético da empresa, com animais de
Centro de Performance (CP) da CRV Lagoa. Com o uso
linhagens muito comprovadas nos quesitos conformação
dessa tecnologia, passa a ser possível determinar quais
frigorífica e precocidade de acabamento, que servem como
animais são mais eficientes na conversão de alimentos
base para a formação tanto de bezerros de corte de mães
(forragem e concentrado) em músculos. Com isso, abre-se
zebuínas como para a produção de embriões a partir de va-
uma nova oportunidade para aumentar a produtividade
cas Brahman e touro Angus que podem ser utilizados para
graças ao uso de reprodutores que conferem essa habili-
a produção de carne gourmet de primeira linha (Figura 1).
dade às suas progênie.
O Angus, um campeão mundial da carne gourmet,
Até muito recentemente, a única ferramenta que pos-
está associado à ideia de animais com excelente desen-
suíamos era o olho humano que, atrelado às informações
volvimento muscular, destacada deposição de gordura
de pedigree, permitiu que se desenvolvessem as raças
entremeada (marmoreio), carne macia, precocidade de
com que convivemos na atualidade.
acabamento e fertilidade comprovada. O uso de repro-
Hoje em dia possuímos um verdadeiro arsenal de no-
dutores Angus (ou de seu sêmen) da Casa Branca no
vas tecnologias, o que nos vincula a utilizá-lo para fazer
cruzamento industrial com vacas zebuínas tem auxiliado
o trabalho de seleção. Entre essas ferramentas estão
a produção de “carne de qualidade” no Brasil, que atu-
as mais simples, como a balança e a fita métrica, até
almente consiste em uma tendência vencedora e sem
as mais sofisticadas, como o ultrassom, os sistemas de
volta. Os animais Angus Casa Branca são selecionados
medida de eficiência alimentar individual, os testes de
com base em informações genômicas obtidas a partir
DNA, entre outras.
da comparação de seu genoma com o maior banco de
Somente com informações mais precisas torna-se
dados da raça Angus do mundo (Associação Americana
possível apurar de forma mais direta cada um dos muitos
do Angus). O uso da tecnologia genômica abre um grande
objetivos de seleção requeridos pelos mercados consu-
leque de possibilidades de escolha de reprodutores ou
midores (de bezerros, de touros, de animais para abate,
sêmen, podendo-se optar por animais de maior muscu-
de carne etc).
losidade ou de melhor acabamento de cortes, ou ambos,
20 Casa Branca Press
com base nas DEPs (Diferenças Esperadas na Progênie)
Figura 1: Animais F1 (produtos de vacas Brahman e touro Angus). Lote com 69 animais, filhos de 6 vacas e 1 touro, 13 meses e 19 arrobas, após 100 dias de confinamento
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How to get QUALITY BEEF in a tropical climate Casa Branca genomics program advancements help select the animals most suited to the conditions faced by the livestock industry Selecting the best animals in a herd increasingly requires
based on genomic EPDs (Expected Progeny Differences),
the use of tools that capture individual performance data
which are extremely accurate. Therefore, the Casa Branca
as accurately as possible.
Angus is certainly among the best in the world when it
Until very recently, the only tool that we had available
comes to selection technology.
was the human eye – which, combined with pedigree in-
Meanwhile, the Simmental breed developed by Casa
formation, allowed us to develop the breeds that we work
Branca is used to generate heavy and rustic animals (which
with today.
come from a strand of the South African lineage that has
Entretanto, a produção de bovinos de corte a campo
Para combater esse problema nas raças Angus e
e nas condições brasileiras predominantes (tropical e
Simental por meio da genética, a Casa Branca está de-
cerrado) traz grandes desafios para as raças taurinas,
senvolvendo um método inovador que anota informações
Nowadays, we have a vast array of new technologies that
been enhanced by Casa Branca) that are then introduced
sendo que o maior deles é aquele causado pelo complexo
frequentes dos animais quanto à intensidade de infesta-
can be applied to the selection process. These tools range
into F1 (cross-bred) calf production systems. The goal is
carrapato/babesia (Figura 3).
ção por carrapato no espaço entre pernas e na tábua do
from the most basic – such as scales and tape measures
to produce bulls that are better suited to the conditions
pescoço, conferindo um escore visual que varia de zero a
– to the most sophisticated, which include ultrasound
commonly found in livestock farms in Central Brazil, for
cinco, sendo cinco alta infestação. Dessa forma, cada ani-
imaging, individual feed efficiency measurement systems,
the purpose of increasing their weight while achieving a
mal é monitorado individualmente ao longo de sua vida,
DNA testing, and much more.
younger slaughter age. The cross between Casa Branca
gerando um perfil característico de cada um e permitindo
Having the most accurate information possible is pa-
Simmental bulls and Zebu cows generates above-average
a aplicação de testes de associação genômica que devem
ramount to our ability to more directly select each of the
calves for weaning and slaughter weight, shortening the
permitir a identificação de marcadores capazes de ajudar
many selection objectives required by today’s markets
rebreeding period and improving fattening efficiency.
a predição dos animais mais resistentes à infestação por
(for calves, bulls, animals for slaughter, beef cattle, etc.).
Finally, to round out the Agropastoril trilogy of breeds,
carrapato e, com isso, permitir acasalamentos dirigidos
Casa Branca Agropastoril has achieved a leading posi-
Brahman cattle are the most common component in the
tion in this field by having developed three different meat
company’s genetic program, with animals from highly
breeds, each with clear strengths when it comes to meat
successful strains when it comes to conformation scores
production.
and early finish dates, which serve as the basis for the
para a fixação dessa característica. Nos animais da raça Brahman, o foco do melhoramento assistido pela genômica está na seleção de animais com
Figura 3: Bovinos Angus e Simental Casa Branca são vistoriados quanto à intensidade de infestação por carrapato no espaço entre pernas e na tábua do pescoço, conferindo um escore visual que varia de zero a cinco, sendo cinco alta infestação 22 Casa Branca Press
maior capacidade de transmissão das características de
Angus, one of the world’s leading breeds for gourmet
formation of both calves from Zebu dams and the pro-
qualidade de carne (marmoreio e maciez), as quais são
beef, is associated with the idea of animals with excellent
duction of embryos from Brahman cows and Angus bulls
deficientes nos zebuínos quando comparados a algumas
muscle development, outstanding fat deposition (mar-
that can be used for the production of top-quality gourmet
raças taurinas (p. ex. Angus). Também características da
bling), soft flesh, early finish dates and proven fertility.
beef (Figure 1).
esfera reprodutiva como precocidade sexual das fêmeas
The use of Casa Branca Angus sires (or their semen or
e tamanho do umbigo nos machos estão sendo monito-
embryos) for industrial cross-breeding with Zebu cows has
radas para as associações genômicas e identificação de
helped improve “quality beef” production in Brazil, which is
marcadores para essas características.
currently a winning trend that will not be going away anyti-
O trabalho pioneiro da Casa Branca Agropastoril na
me soon. Casa Branca Angus animals are selected based
área da genômica já mostra resultados (DEP genômica no
on genomic information obtained from the comparison of
Angus) e deverá apresentar muitos mais a partir de 2019.
their genome against the world’s largest Angus database (American Angus Association). The use of genomic techno-
*José Fernando Garcia, um dos maiores especialistas brasileiros em genômica, é diretor da AgroPartners, consultoria especializada em genômica. Ele coordena o programa de genômica da Casa Branca Agropastoril.
logy opens up a wide range of possibilities for the selection of sires or semen species, allowing producers to choose animals with more muscle or better cut thickness, or both,
Figure 1: F1 Animals (Brahman cow and Angus bull offspring). Lot with 69 animals, offspring of 6 cows and 1 bull, 13 months and 19 arrobas, after 100 days of confinement Casa Branca Press 23
genomics
genômica
Figura 2: Sistema de coleta de informações sobre eficiência alimentar individual (Intergado) como o instalado e em funcionamento na Casa Branca Agropastoril
three breeds with cutting-edge technology, which is ap-
BRAZIL mantains intact 66% of its territory.
plied throughout their lives, and more intensively during the Performance Tests (coordinated by the Federal Univer-
Three times more than the United States
sity of Lavras - Prof. Sarah Meirelles). In the test, which is genomics
now approaching its tenth edition, young bull candidates of all three breeds are monitored for approximately 120
Livestock takes up 21.2% of the nation’s land area, according to the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply
days, and several productive characteristics are measured. This intraherd assessment has allowed Casa Branca to rank its animals based on the score achieved at the end of the evaluations, and this information is used when the animals are sold at auctions and other events. In addition to the traditional Performance Test conducted along with UFLA, the recent implementation of an individual feed consumption measurement system (Intergado) at Casa Branca (Figure 2) has allowed it to compare its animals with those of other breeding farms, through the CRV Lagoa Performance Center. The new technology has also enabled Casa Branca to pinpoint which of its animals more efficiently convert feed (forage and concentrate) into muscles. This capability opens up a new opportunity to increase productivity by using sires that pass this characteristic on to their progeny.
Figure 3: Angus cattle and Simental White House are surveyed on the intensity of infestation by tick in the space between the legs and in the neck board, giving a visual score ranging from zero to five, with five being highly infested
between their legs and the base of their necks, providing a visual score that ranges from zero to five, with five being highly infested. The system monitors each animal individually throughout its life, generating a characteristic profile of each specimen and enabling the application of genomic association tests that should lead to the identification of markers capable of helping determine which animals are most resistant to tick infestation, which results in mating aimed at reinforcing these traits. In the case of the Brahman breed, the focus of improvements assisted by genomics is in the selection of animals with greater transmission capacity of meat quality characteristics (marbling and tenderness) that are less prevalent in Zebu cattle when compared to some taurine
Figure 2: Individual feed efficiency measuring system (Intergado), installed and in operation at Casa Branca Agropastoril
However, the production of beef cattle in the field and under the prevailing conditions in Brazil (tropical and savannah climates) presents some major challenges for the bulls, the most significant of which is the tick-babesiosis complex (Figure 3). To tackle this problem with genetics in the Angus and Simental breeds, Casa Branca is developing an innovative method that records frequent information from animals regarding the intensity of ticks infestation in the space 24 Casa Branca Press
breeds (e.g. Angus). Reproductive traits such as sexual precocity of cows and the navel size of bulls are also being monitored for genomic associations and the identification of markers for these traits. The pioneering work of Casa Branca Agropastoril in the field of genomics has already produced some innovative results (genomic EPD on Angus), and many more are expected starting in 2019. *José Fernando Garcia, is a leading genomics expert in Brazil and a director at AgroPartners, a consulting firm that specializes in genomics. He coordinates Casa Branca Agropastoril’s genomics program.
Brazil is a world leader in the production of food, fiber and energy. According to data from the National Supply Company (Conab), the country harvested 235 million tons of grains in 2018. It also produced more than 650 million tons of sugar cane, 60 million bags of coffee and 280 million cases of oranges. Brazil is also a world giant when it comes to animal production. In 2018, the country produced 9.5 million tons of beef, 13 million tons of chicken meat, 3.7 million tons of pork, 750,000 tons of fish, 44 billion eggs and 35 billion liters of milk. The export numbers are equally impressive, as the country is the world leader in foreign sales of soybeans, oranges, coffee, sugar cane, cotton, chicken, and beef, as well as other items. The Brazilian agribusiness industry is estimated to be worth BRL 580 billion in farm inputs alone (known as “inside the farm gates”). Overall, when we account for production, processing and distribution, Brazil’s Agribusiness GDP exceeds BRL 1.5 trillion – or 23.5% of the nation’s GDP. A global production and export leader, Brazil is also the world’s most sustainable food producer, keeping most of its land preserved. The numbers are official. The Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply has reported that a whopping 66.3% of Brazil’s land area is dedicated to the preservation and protection of vegetation, including vacant land, unregistered rural properties and military areas. That amounts to 2,439,233 square miles. Breaking down this total, the details are even more impressive:
596,142 square miles of Conservation Units (18% of the national territory) 455,601 square miles of Indigenous Areas (14% of Brazil’s land area) 992,283 square miles of Protected Areas (30.2% of Brazil’s land area and equivalent to the 15 countries in the European Union) 341,314 square miles of Settlements and Land Reform 10,425 square miles of Quilombola territories (See slide 1 - Production Areas)
But how about agricultural production? Food production (agriculture and livestock) in Brazil occupies only 30.2% of the Brazilian territory, according to the Ministry of Agriculture, Livestock and Food Supply (MAPA). The country’s entire production of grains, estimated at 235 million tons, takes up only 7.8% of Brazil’s land area. The 220 million heads of cattle, responsible for an annual production of 9.5 million tons of beef and BRL 27 billion in exports, occupies only 21.2% of Brazil. (See slide 2 - Protection Areas) By comparison, agriculture occupies 74.3% of the land area in the United States (including crops, pastures, and planted and explored forests), according to the USDA (United States Department of Agriculture). In other words, the share of land used for agricultural production in the United States is more than twice the share used in Brazil. On the other hand, it preserves only 19.9% of its land area (three times less than Brazil).(See slide 3)
Casa Branca Press 25
sustainable production
Casa Branca currently monitors all animals from all
produção sustentável
BRASIL preserva 66,3% do seu território. Três vezes mais que os Estados Unidos Pecuária ocupa 21,2% do território nacional, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento O Brasil é um líder mundial em produção de alimentos, fibras e energia. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2018 o país colheu cerca de 235 milhões de toneladas de grãos. Além disso, produziu mais de 650 milhões de toneladas de cana de açúcar, 60 milhões de sacas de café e 280 milhões de caixas de laranja. Em termos de produção animal, o Brasil também está entre os gigantes do planeta. Em 2018, foram 9,5 milhões de toneladas de carne bovina, 13 milhões de toneladas de carne de frangos, 3,7 milhões de toneladas de carne suína, 750 mil toneladas de peixes de cultivo, 44 bilhões de unidades de ovos e 35 bilhões de litros de leite.
26 Casa Branca Press
As estatísticas também são superlativas em termos de exportações, com liderança nas vendas externas de soja, laranja, café, cana de açúcar, algodão, carne de frangos, e carne bovina, entre outros. Somente dentro das propriedades rurais (também chamado de dentro da porteira), o agronegócio brasileiro movimenta R$ 580 bilhões por ano. Em termos totais, com produção, processamento e distribuição, o Produto Interno Brasileiro do agronegócio supera R$ 1,5 trilhão – equivalente a 23,5% do PIB nacional. Campeão em produção e em exportação, o Brasil também é o país que mais produz alimentos com sustentabilidade, preservando suas terras. Os dados são oficiais. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou que nada menos do que 66,3% da área total do Brasil são áreas dedicadas à preservação e proteção da vegetação nacional + terras devolutas, imóveis rurais não cadastrados e áreas militares. Estamos falando em 631.758.477 hectares. Detalhando ainda mais esse dado impressionante, temos no Brasil: 154,4 milhões de hectares de Unidades de Conservação (18% do território nacional) 118 milhões de hectares de Áreas Indígenas (14% do território nacional) 257 milhões de hectares de Áreas Protegidas (30,2% do território nacional e equivalentes à área de 15 países da União Europeia) 88,4 milhões de hectares de Assentamentos e Reforma Agrária 2,7 milhões de hectares de Quilombolas Quadro 1 - Uso Agropecuário / Production Areas
Mas, e a produção agropecuária? A produção de alimentos (animal e agrícola) no Brasil ocupa somente 30,2% do território brasileiro, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Toda a produção de grãos, estimada em mais de 235 milhões de toneladas, está em apenas 7,8% do território nacional. Os 220 milhões de bovinos, responsáveis pela produção anual de 9,5 milhões de toneladas de carne vermelha e R$ 27 bilhões em exportações, ocupam somente 21,2% da área. Quadro 2 - Área Destinada à Vegetação Protegida e Preservada Protection Areas
A título de comparação, os Estados Unidos usam 74,3% do seu território para fins de produção agropecuária (lavouras, pastagens e florestas plantadas e exploradas). Os dados são do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Em outras palavras, os Estados Unidos usam mais que o dobro de área para produção do que o Brasil. Em contrapartida, preserva apenas 19,9% do território (três vezes menos que o Brasil). Quadro 3
Casa Branca Press 27
genética
genética
Fernando de Barros, Leonardo Pinheiro Machado, Fabiana Marques, Paulo de Castro Marques, Heitor Lutti Pinheiro Machado e Cesar Bruneto: parceria da CB Genetics com a SAP
A CB Genetics,
uma nova forma de comercializar genética bovina do país 28 Casa Branca Press
CB Genetics chegou ao mercado há
da Casa Branca. O passo seguinte é a diversificação
alguns meses como uma nova opção
das fontes de genética, com a atração de projetos
de acesso dos pecuaristas a uma
que selecionam com foco em retorno econômico
genética diferenciada, respaldada
para os pecuaristas, também contribuindo para a
por indicadores econômicos, extrema funcionalidade
melhoria dos índices de produtividade da atividade
e resultados produtivos e reprodutivos.
como um todo.
“A pecuária brasileira é um gigante em números,
Para coordenar a comercialização dos seus produ-
porém ainda tem muito o que evoluir em termos de pro-
tos, a CB Genetics firmou parceria com a SAP, uma das
dutividade. Na média, nossos resultados são baixos.
mais consolidadas empresas de assessoria técnica da
A CB Genetics quer contribuir para mudar essa reali-
pecuária brasileira, com 20 anos de serviços presta-
dade”, explica Fabiana Marques, diretora da empresa.
dos a importantes criadores.
A CB Genetics assume o compromisso de oferecer
“Sempre admiramos o trabalho do Paulo de Cas-
exclusivamente genética de resultados aos pecua-
tro Marques e sua preocupação com a melhoria da
ristas, de maneira direta e objetiva, de quem produz
produtividade da pecuária brasileira, investindo em
para quem utiliza, e focada na incansável busca do
tecnologia e em rigorosa seleção para colocar no
retorno econômico em termos de precocidade sexual
mercado genética comprovadamente de resultados.
e de acabamento, fertilidade, acabamento superior de
Assim, é com muita tranquilidade e confiança que
carcaça e rendimento no abate, entre outros.
firmamos essa parceria com a CB Genetics”, explica
A empresa iniciou suas atividades com a oferta de genética das raças Angus, Brahman e Simental,
Fernando de Barros, um dos diretores da SAP ao lado de Cesar Bruneto e Heitor Lutti Pinheiro Machado.
Casa Branca Press 29
genetics
CB Genetics, a new way of selling bovine genetics in Brazil
Genética de Resultados
CB Genetics hit the market a few months ago as
Simmental breeds. The next step is genetic source
a new option for cattle breeders to access differen-
diversification, attracting projects whose selection
tiated genetics, supported by economic indicators,
is focused on the economic return for the breeders,
extreme functionality, and productive and reproduc-
also contributing to improve the activity’s productivity
tive results.
indices as a whole.
“The Brazilian livestock industry has great figures,
In order to coordinate the marketing of its products,
but its productivity has much to be developed. On
CB Genetics signed a partnership with SAP, one of the
average, our results are low. CB Genetics wants to
best consolidated companies that provides technical
contribute to change this reality”, explains Fabiana
assistance to the Brazilian livestock industry, with 20
Marques, the company’s director.
years of service to major breeders.
CB Genetics is committed to offering cattle bre-
“We have always admired the work carried out by
eders only genetics that produces results, directly
Paulo de Castro Marques and his concern with im-
and objectively, from breeders to users, focused
proving the Brazilian cattle breeding productivity, by
on the continuous pursuit of economic return in
investing in technology and in strict selection to provide
terms of sexual precocity and finishing, fertility,
genetics with proven results to the market. Therefore,
superior carcass finishing, and slaughter yield,
we have entered into this partnership with CB Gene-
among others.
tics with a collected and confident attitude”, explains
The company started its activities by offering Casa Branca’s genetics of the Angus, Brahman and
30 Casa Branca Press
Fernando de Barros, one of SAP’s directors alongside Cesar Bruneto and Heitor Lutti Pinheiro Machado.
Casa Branca Press 31
Angus
Genética de Resultados
PWM VERDUN TEICB 2320
Brahman
PWM TEDIOUS TEICB 2010
Rito 707 of Ideal 3407
SAV Heavy Hitter 6347
SAV Renown 3439
Genética de Resultados
CABR MR GALUR 1700
CABR MUSSAMBE 2264
JDH Madison de Manso 737/4
JDH Mr. Echo Manso 237/1
TM 8795 Titan TE
JDH Sir Lawford Manso 616/6
JDH Wellington Manso 527/1
SAV Blackcap May 4136
TM 7358 La Andria
JDH Lady Bara Manso 162/5
JDH Lady Aria Manso 668/5
SAV Brand Name 9115
SAV Net Worth 4200
JDH Baxter Manso 188/5
Mr Pilar POI 75
SAV Emblynette 1006
TM 8292 Net Worth 4850
SAV Emblynette 7229
JDH Ms Nevado Manso 889/3
OUTROS REPRODUTORES ANGUS RG
PWM TEMP TEICB 2005 Don Jose 176 Lider 6204
JDH Lady Vado Manso 751/5
TM 4850 Wind EXT
NOME
IPC 800 Gloria 154
OUTROS REPRODUTORES BRAHMAN
PAI
AVÔ MATERNO
RG
NOME
PAI
AVÔ MATERNO
AAA +17921488 SAV Purebreed 4896
SAV Pioneer 7301
SAV Bismark 5682
CABR 1639
CABR Mr Gartz 1639
JDH Madison de Manso 737/4
JDH Mr Brandon Manso 761/3
AAA 18259990 SAV Textbook 5115
AAR Tem X 7008 AS
SAV Resource 1441
CABR 2014
CABR Mr Leblon 2014
CABR Mr Ferrari1469
JDH Sir Lawford Manso 616/6
TEICB 1768
PWM Russel TEICB 1768 SAV Angus Valley 1867
SAV Net Worth 4200
CABR 1469
CABR Mr Ferrari 1469
JDH Mr Woodman Manso 578/6 JDH Karu Manso 800
TEICB 1783
PWM Seattle TEICB 1783 SAV Resource 1441
SAV Net Worth 4200
CABR 1140
CABR Mr Espirit 1140
JDH Westin Manso 80/1
MR V8 789/4
TEICB 2305
PWM Vito TEICB 2305
SAV Iron Mountain 8066
CABR 1596
CABR Mr Grove 1596
JDH Fresno Manso 19/6
JDH Madison de Manso 737/4
TEICB 1712
PWM Remoto TEICB 1712 Três Marias 6301 Zorzal TE Três Marias 6221 Casimiro TE
CABR 2505
CABR Mr Paul 2505
CABR Mr Ilustre 1729
JDH Mr Amos Manso 568/6
TEICB 1560
PWM Rei 1560 LÍDER
CABR 1769
CABR Iotin 1769
JDH Mosley Manso 368/1
Mr Pilar POI 75
SAV International 2020
Don José 176 Lider 6204
CABR Dhifalla 899
SAV 8180 Traveler 004
CABR PUMA 2532 JDH Sir Lawford Manso 616/6 CABR Mr Ilustre 1729
TM 8155 Candelero TM 7358 La Andria
JDH Lady Vera Manso 53/1
SAV Heavy Hitter 6347
JDH Karu Manso 800 CABR Gloria TN
TM 8564 Hitter 02816 TM 02816 Kate 9
32 Casa Branca Press
IPC V8 666-3 148-1
Casa Branca Press 33
Simental
Genética de Resultados
PWM OSTER AS
PWM MIG AS
Salerika Evan
Kykso Haped Bar 5 SA Evan 440L
Bar 5 Hero 823M
Ai-Ai Siska
Ru-Dev Peppi
BHR Three Sixes SA E666L
Dan-Jaco Benz 78
SS Prisy P415
Bar 5 Ella 435N
BHR Kathie SA L055E
Toverberg Elsa
OUTROS REPRODUTORES SIMENTAL
PWM TITAN AS
RG
NOME
PAI
AVÔ MATERNO
P 143906
LGPM SALVATTORE
PWM OSTER AS
PWM IMPORT AS
P 140121
PWM PALEMON AS
SMILEE HAVAN
BUSCHBRUNN MAUS
P 131102
PWM IMPORT AS
BHR DOORN G629E
ERICO PRIMAL
P 125286
PWM ERBAINO AS
KYKSO KAINO
KYKSO BAUGER
P 127736
PWM GRAND KAINO AS
KYKSO KAINO
ELDANDI BOBBY
P 131109
PWM JANUS AS
PWM ERHAN AS
DAN JACO BENZ
P 111159
BAR 5 SA PIONEER 439L
SALERIKA EVAN
RU-DEV JIM
P 146109
BAR 5 SA BISMARK 402C
LEUPOORT BRITS
UITSUIP CHEVA 01
Bar 5 P SA Expoert 826M Bar 5 PSA Eltorro 814S Ru-Dev Caramia Bar 5 SA Hero 823M PWM Madona AS Wolfe’s Savannah FF204P
34 Casa Branca Press
Casa Branca Press 35
carne de qualidade
carne de qualidade
PROGRAMAS DE CARNE DE QUALIDADE GANHAM A ATENÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES DE RAÇAS
36 Casa Branca Press
Angus e Brahman estão entre as raças que têm programas. Benefícios para os criadores, para a raça e para os consumidores Casa Branca Press 37
foto: Carolina Paulino
carne de qualidade O Brasil é um grande polo de consumo de carne bovina. Em 2018, a demanda per capita atingiu cerca de 37 kg/ hab/ano. Já foi maior. Há quatro ou cinco anos, era superior a 40 kg. Porém, a instabilidade econômica levou os brasileiros a substituírem a carne vermelha por outras proteínas, como a de frangos. Especialistas também dizem que a inclusão de carne bovina na alimentação das pessoas é o sonho de consumo dos países em desenvolvimento. Por conta dessa situação e devido ao aumento contínuo da população global – atualmente em torno de 7,5 bilhões de pessoas –, o aumento da oferta mundial de carne é um desafio real. Recentemente, a FAO (órgão da ONU para a alimentação) divulgou estudo que mostra a necessidade de aumentar em 70% a produção de alimentos até 2050 para atender à crescente demanda. E, mais: a instituição divulgou que o Brasil precisa participar com 40% desse objetivo. Por conta disso, a produção mundial de carne bovina precisa dobrar de tamanho nos próximos 30 anos. Nesse cenário, há dois desafios principais. O primeiro, obviamente, é ter carne suficiente para atender à crescente demanda global. O segundo é ir além e produzir carne de qualidade para satisfazer um crescente grupo de consumidores mais exigentes, que deseja não apenas a proteína, mas qualidade. Sob o ponto de vista do pecuarista, produzir carne de qualidade superior também é uma vantagem. Afinal, cada vez mais os frigoríficos pagam pela diferenciação em termos de precocidade dos animais ao abate e teor de gordura. Nunca esse processo foi tão forte no Brasil como nos últimos anos. Em que pese a instabilidade da economia, o brasileiro tomou gosto pela carne gourmet e passou a desejá-la cada vez mais. 38 Casa Branca Press
Esse crescente interesse deflagrou a criação de vários programas de carne de qualidade – muitos de associações de raças. Os primeiros surgiram no início do século, há cerca de duas décadas. Infelizmente, a maior parte deles desapareceu ou, na melhor das situações, estacionou ou foi incorporado. O programa de melhor resultado é o Carne Angus Certificada, que em 2018 completou 15 anos de existência. E com resultados crescentes. Atualmente, 15 indústrias participam do programa, abatendo animais certificados em 36 plantas. A expectativa é fechar 2018 com quase 600 mil toneladas, equivalente a aumento de 20% sobre o resultado de 2017. “A produção de carne bovina gourmet no Brasil atinge cerca de 70 mil toneladas/ano. Estamos incluindo nesse total os dados do programa Carne Angus Certificada, os demais programas de raças e a carne importada. Nossos estudos apontam para potencial de demanda de 210 mil toneladas. Ou seja, entregamos hoje ao mercado apenas 1/3 do total desejado pelos brasileiros. As possibilidades de crescimento desse nicho são excepcionais”, ressalta Fabio Medeiros, responsável pelo Programa Carne Angus Certificada. Fabio Medeiros acompanha o programa da raça Angus há 14 anos. “Foi um período de muito aprendizado pois, diferentemente dos dias atuais, navegamos em um mercado que não tinha benchmarks. O consumidor não conhecia o conceito ‘marca de carne’ e não sabia nem de longe o que era Angus. Construímos e crescemos com este mercado. Passados 15 anos, podemos nos orgulhar do trabalho feito e dos aprendizados. Hoje, somos o maior programa de carnes da América Latina e um dos três maiores do mundo. Construímos uma solida reputação no mercado, baseada na firmeza de nossos propósitos
e na inflexibilidade de nossos padrões. Além disso, nos organizamos de forma altamente profissional, o que nos permitiu crescer e chegar ao tamanho atual. Ainda temos muitos desafios e um espaço muito grande para crescer, e estamos preparados. O desafio hoje é entregar um produto cada vez melhor e ainda mais padronizado, pois o consumidor evolui e torna-se cada vez mais exigente”, explica. Há vários outros exemplos de programas de carne de qualidade de raças. Dois anos após o início da iniciativa do Angus, por exemplo, os representantes no Brasil da raça espanhola Rúbia Galega fecharam parceria com o Grupo Pão de Açúcar, dando origem à marca exclusiva Taeq, encontrada em lojas da rede. Os criadores (cerca de 30 em todo o país) recebem até 7% a mais que a cotação máxima da arroba segundo o índice Esalq tanto para machos quanto para fêmeas. A Associação Brasileira de Hereford e Braford também criou o programa Carne Pampa, que conta com o selo Carne Certificada Hereford, que atesta a presença das qualidades de sabor e suculência inerentes à raça Hereford e suas cruzas e existentes, também, em animais da raça Braford. Mais recentemente, três raças também apresentaram seus programas de carne de qualidade: Montana, Senepol e Brahman. O Programa Montana foi habilitado a atender os mercados mais exigentes de carne premium a partir da certificação da norma 1953, da JBS. O programa inclui premiações das carcaças bovinas que atingem determinada pontuação, para a qual pesam as mensurações de maturidade, peso e acabamento de gordura. A bonificação aos produtores varia de acordo com a classificação dos animais, podendo chegar a R$ 13,00 por arroba.
Lançamento do Programa Carne Brahman, Paulo Scatolin - ACBB e Valdomiro Poliselli Jr – VPJ
A raça Senepol passou a integrar a Plataforma de Qualidade da CNA (Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil). A iniciativa permitirá o pagamento de bonificação (até 7%) maior aos pecuaristas nos frigoríficos credenciados, possibilitando aumento da oferta de carne de qualidade ao consumidor. A raça Brahman criou o seu programa de carne de qualidade durante a 14ª ExpoBrahman, em setembro de 2018, em Uberaba, quando foi lançado o selo Carne Brahman. O projeto da Associação de Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) é realizado em parceria com a VPJ Alimentos. O objetivo é produzir e certificar carne Brahman de qualidade para os mais exigentes mercados, como já é feito em vários outros países, como Paraguai e Estados Unidos. “Esta é uma iniciativa muito importante para o Brahman brasileiro, que agora terá certificada sua carne de qualidade, assim como já é feito no mundo inteiro”, afirma Paulo Sérgio Scatolin, presidente da ACBB. “A VPJ está desenvolvendo um programa de produção de animais Brahman cruzados com meio-sangue (Angus x Nelore), que resultará no Brahman Beef, uma carne muito saborosa, pronta para atender aos mais exigentes mercados”, informa Valdomiro Poliselli Júnior, presidente do Grupo VPJ. Casa Branca Press 39
carne de qualidade
Passo a passo para ter um programa de carne de qualidade de sucesso Fabio Medeiros, responsável pelo Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus, explica que o primeiro passo é a definição dos objetivos que darão o norte para o trabalho. “Entender porque se está fazendo é fundamental. Via de regra, um programa de carne de qualidade vinculado a uma raça deve ter como principal objetivo o fomento ao crescimento daquela raça. Por isso, não faz sentido que sejam flexibilizados os padrões de seleção fenotípica dos animais. Além disso, dentre os objetivos deve estar claro que o consumidor é o cliente final, e este deve ser atendido com um produto uniforme, constantemente ofertado (52 semanas por ano) e realmente diferenciado nos atributos que se propõe”. O especialista da Angus ressalta que “é importante que se entenda quais características da raça se está trabalhando para projetar a alma do produto, que terá impacto direto nos padrões a ser selecionados. Nem todas as raças têm aptidão para produção de carne com elevados teores de gordura, e isso não é um problema. Existem consumidores para diferentes tipos de produtos e, principalmente, não se faz churrasco todos os dias. Gosto muito de citar o exemplo de um programa de raça que dizia em suas apresentações: ‘Não queremos ser a carne do final de semana. Queremos ser a carne dos outros cinco dias’. Reforço isso pois, hoje, há uma exacerbada preocupação com o quesito marmoreio. Entretanto, o segmento de carne marmorizada é apenas uma parte do mercado de carne de qualidade”. Fabio Medeiros acrescenta que, entendida a aptidão de sua raça, é essencial definir os padrões que serão selecionados de forma criteriosa. “É a inflexibilidade destes que fará com que o trabalho tenha consistência”.
40 Casa Branca Press
Ele complementa: “Busque parcerias, entenda o volume mínimo que precisará ser abatido nos 12 meses do ano e, quando tiver a certeza de que terá esta quantidade de animais disponíveis, lance seu produto no mercado”. Obviamente que há desafios nesse programa. “Um dos principais em qualquer projeto é o volume de abates e a distribuição destes (constância) ao longo do ano. Cada segmento de mercado tem uma quantidade mínima para que se possa iniciar um trabalho. Entretanto, em todos os casos, é necessário que o produto chegue ao consumidor, com a mesma qualidade, 12 meses por ano”. Porém, Medeiros não tem dúvidas de que os benefícios compensam. “Além do óbvio aumento da demanda de animais da raça para abate e os consequentes reflexos de valorização ao longo de todos os elos da cadeia produtiva daquela raça, a participação dos criadores e selecionadores da raça junto à ponta final da cadeia produtiva provoca mudanças sensíveis, pois estes passam a entender de forma mais clara o mercado e, dessa forma, pautar o melhoramento genético das características da raça em função do que o mercado busca”.
Casa Branca Press 41
get the attention of Breeders Associations
Angus and Brahman have created their own programs. Benefits for the cattle breeders, the breed, and consumers Brazil is a major beef consumer. In 2018, the per capita demand reached approximately 37 kg/inhab./year. It has been greater. Four or five years ago, it was more than 40 kg. However, economic instability led Brazilians to replace red meat with other proteins, such as chicken. Experts also say that developing countries would love to add beef to their population’s meals. Given this situation and due to the continuously increasing global population – currently around 7.5 billion people — increasing the world’s beef supply represents a major challenge. The United Nations Food and Agriculture Organization (FAO) recently released a study that shows the need to increase food production by 70% by 2050, in order to meet the growing demand. Furthermore, the institution reported that Brazil must participate in 40% of that goal. That means the global production of beef needs to double over the next 30 years. This scenario presents two main challenges. The first is obviously having enough meat to meet the growing global demand. The second is going one step further
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and producing quality meat to satisfy a growing group of discerning consumers who seek not only protein, but also quality. Producing higher quality meat is also an advantage from the cattle breeder’s point of view. After all, increasingly more beef packing plants pay for differentiation in terms of slaughter precocity and fat content. This process has never been so strong in Brazil as in recent years. Despite economic instability, Brazilians fell in love with gourmet beef and began to seek it more frequently. This growing interest sparked the creation of several quality meat programs – many by breed associations. The first programs emerged at the beginning of the century, about two decades ago. Unfortunately, most of them disappeared or, in the best of situations, were suspended or incorporated. The program with the best results is Certified Angus Beef, which celebrated its 15th anniversary in 2018, with growing results. Currently, 15 industries participate in the program, slaughtering certified animals in 36
meat quality
by the JBS 1953 standard. The program includes granting awards to bovine carcasses that obtain a certain score, based on measurements of maturity, weight and fat finishing. The cattle breeders’ subsidy varies according to the animals’ classification, which could reach up to BRL 13.00 per arroba. The Senepol breed was added to the Quality Platform established by the CNA (Brazilian Confederation of Agriculture and Livestock). The initiative will allow the payment of greater subsidies (up to 7%) to cattle breeders in accredited beef packing plants, allowing an increase in the supply of quality meat to consumers. The Brahman breed created its own quality meat program during the 14th ExpoBrahman held in Uberaba/MG in September 2018, when it launched the Brahman Meat seal. The project from the Brazilian Brahman Breeder’s Association (ACBB) is carried out in partnership with VPJ Alimentos. The program aims to produce and certify quality Brahman meat for the most demanding markets, as is already done in several other countries, such as Paraguay and the United States. “This is a very important initiative for the Brazilian Brahman, in which quality meat will now be certified, as is already done around the world”, says Paulo Sérgio Scatolin, President of ACBB. “VPJ is developing a breeding program involving Brahman crossbred with half-blood (Angus x Nellore) animals, which will result in Brahman Beef, a very tasty meat, ready to serve the most demanding markets”, says Valdomiro Poliselli Júnior, CEO of the VPJ Group. foto: Carolina Paulino
meat quality
MEAT QUALITY PROGRAMS
plants. We expect to close the year at almost 600,000 tons, equivalent to a 20% growth from 2017. “Gourmet beef production in Brazil reaches about 70 thousand tons/year. This total includes data from the Certified Angus Beef program, other breed programs, and imported meat. Our studies indicate a potential demand for 210,000 tons. In other words, we currently deliver to the market only 1/3 of the total volume sought by Brazilians. The growth opportunities for this area are extraordinary”, says Fabio Medeiros, responsible for the Certified Angus Beef Program. Fabio Medeiros has monitored the Angus program for 14 years. “We learned a lot during that time, because unlike today, we operated in a market that had no benchmarks. Consumers did not know the ‘meat brand’ concept, and they didn’t have the slightest idea of what Angus meant. We developed and expanded with this market. Today, 15 years later, we can be proud of the work we have done and of everything we have learned. We are currently the largest meat program in Latin America and one of the three largest in the world. We have built a solid reputation in the market, based on our steadfast purposes and unyielding standards. In addition, our company is organized in a highly professional manner, which allowed us to grow to our current size. There are still many challenges ahead and plenty of room to grow, and we are prepared for both. Nowadays, our challenge is to deliver a better product that is even more standardized, because the consumers evolve and become more and more demanding”, he explains. There are several other examples of breed quality meat programs. For example, two years after the start of Angus’ initiative, the representatives in Brazil of the Spanish breed Rubia Gallega established a partnership with the Pão de Açúcar Group, giving rise to the unique brand Taeq, sold in the group’s stores. Breeders (about 30 throughout the country) receive up to 7% more than the maximum price of arroba [live cattle unit measure equivalent to approximately 15 kg] according to the Esalq index, both for male and female animals. Likewise, the Brazilian Association of Hereford and Braford created the Pampas Beef program, which bears the Certified Hereford Beef seal, ensuring the taste and juiciness qualities characteristic of Hereford and its crossbreeds, and which are also present in the Braford breed. More recently, three breeds also introduced their quality meat programs: Montana, Senepol and Brahman. The Montana Program was qualified to serve the most demanding premium beef markets, through certification
Launch ceremony for the Brahman Beef Program, Valdomiro Poliselli Jr (VPJ) and Paulo Scatolin (ACBB)
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meat quality
Step-by-step to developing a successful quality meat program Fabio Medeiros, head of the Brazilian Angus Association’s Certified Angus Beef Program, explains that the first step is to establish the goals that will guide the work. “It is crucial to understand why this program is being implemented. As a general rule, the main objective of a quality meat program associated to a particular breed must promote the growth of that breed. Therefore, it makes no sense to loosen the standards of phenotypic selection of animals. In addition, the objectives must clearly establish that the consumer is the end customer, who must receive consistent quality product available regularly (52 weeks per year) and which is in fact differentiated with regard to the proposed attributes.” An Angus specialist, Medeiros points out that, “it is important to understand which characteristics of the breed are being worked on to highlight the essence of the product, which will have a direct impact on the standards to be selected. Not all breeds are suitable for the production of meat with high fat content, and that is not a problem. There are consumers for different types of products and, more importantly, consumers do not cook churrasco every day. I always like to mention the example of a breed program that stated the following in its presentations: ‘We do not want to be the weekend meat. We want to be the meat consumed on the other five days.’ I emphasize that point because nowadays there is a heightened concern with the issue of marbling: However, the marbled meat segment is only a section of the quality meat market.” Fabio Medeiros adds that once breed suitability is
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understood, it is crucial to set the standards that will be carefully selected. “Establishing unyielding standards will ensure solid results.” He adds: “Seek partnerships, understand the minimum slaughtering volume needed throughout the year, and when you are sure that you will have this number of animals available, launch your product on the market.” There are certainly challenges to this program. “One of the most important challenges in any project is the slaughtering volume and its distribution (consistency) throughout the year. Each market segment has a minimum quantity to be able to start a project. However, in all cases, the product must reach the consumer with the same quality, every day of the year.” However, Medeiros is certain that the benefits outweigh the challenges. “Besides the obvious increase in demand for premium breed animals for slaughter and the resulting improvement in value of that breed throughout the productive chain, participation by cattle breeders and breed selectors at the end of the production chain causes significant changes, as it provides them with a more clear understanding of the market, allowing them to guide the genetic improvement of the breed characteristics based on what the market is seeking.”
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CABR Party
foto: Jadir Bison
raças
CABR Party
CABR Party,
a Grande Campeã da 14ª ExpoBrahman A Casa Branca destacou-se na 14ª ExpoBrahman, mais importante exposição da raça Brahman no Brasil, realizada nos dias 25 a 27 de setembro de 2018, em Uberaba (MG). A propriedade conquistou os títulos de Grande Campeã (CABR Party 2527), Reservada de Grande Campeã (CABR Omega 2346) e Reservado de Grande Campeão (CABR Puma 2532), além de ter sido o Melhor Criador e Melhor Expositor da ExpoBrahman. A Grande Campeã CABR Party 2527 também foi a Reservada Grande Campeã Brahman na Expozebu 2018. E o Reservado Grande Campeão
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CABR Puma 2532 foi o Terceiro Melhor Touro Brahman da Expozebu 2018. Party, Puma e Omega fazem parte de uma excepcional geração de animais Brahman da Casa Branca com menos de dois anos de idade. Além dos grandes campeonatos, a Casa Branca conquistou o título de Campeã na categoria Progênie de Mãe, com CABR Julie Karu, e Reservada, com CABR Glória TN. O criatório fez, ainda, no julgamento a campo, a Campeã Novilha Maior e Reservada, com CABR PEA e CABR Lady Parta, respectivamente. “Estas conquistas comprovam a qualidade do trabalho de seleção e melhoramento genético da Casa Branca com o Brahman. Nosso foco é mostrar, cada vez mais, que a raça pode contribuir para o aumento da produtividade e do desempenho produtivo e reprodutivo, além de ter totais condições de produzir carne de qualidade”, destaca o criador Paulo de Castro Marques.
CABR Party
was the Grand Champion at the 14th ExpoBrahman Casa Branca was in the spotlight at the 14th ExpoBrahman, the most important show of the Brahman breed in Brazil, held on September 2527, 2018, in Uberaba/MG. It was awarded the titles of Grand Champion Female (CABR Party 2527), Reserved Grand Champion Female (CABR Omega 2346) and Reserved Grand Champion Male (CABR Puma 2532), in addition to being ExpoBrahman’s Best Breeder and Best Exhibitor. Grand Champion Female CABR Party 2527 was also the Brahman Reserved Grand Champion Female at the 2018 Expozebu. Reserved Grand Champion Male CABR Puma 2532 ranked the Third
Best Brahman Bull at the 2018 Expozebu. Party, Puma and Omega are part of an exceptional generation of Casa Branca’s Brahman animals younger than two years of age. In addition to the major competitions, Casa Branca won the Grand Champion Mother’s Progeny category, with CABR Julie Karu, and Reserved Champion with CABR Glória TN. The breeder was also awarded the Small Heifer Female Champion and Reserved, with CABR PEA and CABR Lady Parta, respectively. “These achievements confirm the quality of the selection and genetic improvement work done by Casa Branca involving the Brahman breed. Our goal is to show that the breed is able to contribute to increased productivity and productive and reproductive performance, in addition to being fully able to produce quality meat”, says breeder Paulo de Castro Marques.
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melhor criador Angus do ranking de 2018 O investimento de quase duas décadas da Casa Branca na seleção de Angus
adaptado para as diversas regiões do Brasil (clima quente) já obteve vários reconhecimentos dos pecuaristas de todo o país, com valorização da genética e comercialização de animais, sêmen e embriões para praticamente todos os estados brasileiros. A mais recente conquista do Angus Casa Branca é a liderança do ranking de Melhor Criador do Circuito Nacional 2018, da Associação Brasileira de Angus, resultado anunciado pela entidade após os julgamentos da Expointer, em Esteio (RS). “Ser o Melhor Criador Angus do ano tem sabor especial porque mostra que a genética Angus Casa Branca está cada vez mais disseminada pelo Brasil e que os criadores estão sendo reconhecidos nas exposições, além da valorização do gado para produção de carne”, ressalta o criador Paulo de Castro Marques. O resultado do Ranking 2018 de Anfoto: Pilar Velasquez
gus é ainda mais relevante para a Casa Branca, pois a propriedade também foi o Terceiro Melhor Expositor Angus do ano.
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raças
CASA BRANCA:
breeds
Articulações saudáveis para as aventuras do dia a dia
PWM Type 2009 Hitter, Melhor Fêmea Argola Ranking 2018
RANKING CASA BRANCA: best Angus breeder in the 2018 ranking
Casa Branca’s nearly two-decade investment in the selection of Angus adapted to the various regions of Brazil (hot climate) has been widely praised by cattle breeders across the country, placing value on genetics and the sale of animals, semen, and embryos to practically all Brazilian states.
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Sulfato de Condroitina A Alta concentração por dose Casa Branca’s latest Angus achievement is being the top ranked Best Breeder of the National Circuit in 2018, from the Brazilian Angus Association, which announced the results after judging at the Expointer, in Esteio/RS. “Being the year’s Best Angus Breeder is especially great because it shows that Casa Branca’s Angus genetics are increasingly disseminated throughout Brazil, and breeders are receiving recognition in shows, in addition to the value placed on the cattle for meat production”, says breeder Paulo de Castro Marques. The outcome of the 2018 Angus Ranking is even more relevant for Casa Branca, because the property was also considered the year’s third best Angus Exhibitor.
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raças
Valorização do 52 Casa Branca Press
SIMENTAL
em Alagoas
Vacas paridas e bezerros Simental Casa Branca e Nelore nascidos em Alagoas
Parceria com o criador Antonio Brandão leva genética sul-africana da Casa Branca para o Nordeste em condições especiais. Resultados positivos já aparecem Casa Branca Press 53
raças
raças Apaixonado pelo Simental sul-africano, Antonio Brandão firmou parceria com a Casa Branca
O pecuarista Antonio Brandão, de Viçosa (AL), é um apaixonado pela raça Simental. Ele gosta, especialmente, do volume corporal e da musculosidade, que conferem a essa opção genética um diferencial importante no abate. “O Simental é mais pesado e, numa região onde se paga por arrobas de carne, essa é uma vantagem indiscutível”, diz. Porém, ele destaca, no passado não era economicamente viável trabalhar com a raça pura em sua região por vários aspectos, incluindo o preço da dose de sêmen de touros PO para inseminação das fêmeas Nelore. “Sempre foi necessária muita paixão pela raça, pois a dose de sêmen é historicamente três, quatro ou até cinco vezes superior à de outras raças usadas no cruzamento industrial”.
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Ele começou um bem-sucedido projeto de Simbrasil, cruzando Simental e Nelore. O trabalho está indo muito bem, com a produção de bezerros rústicos e pesados. Mas manteve investimento no Simental PO. Com o apoio de Alan Fraga, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Simental e Simbrasil, visitou exposições nacionais da raça, adquiriu genética e manteve o projeto. Mais recentemente, encantou-se pelo Simental linhagem sul-africana, “mais produtivo e resistente”, como explica. Novamente, contou com ajuda do presidente da entidade nacional e visitou alguns programas de melhoramento do Sudeste que utilizam a genética originária da África do Sul.
Nesse trabalho, conheceu o trabalho de seleção da Casa Branca, adquiriu sêmen da propriedade e, em 2017, adquiriu dois touros e duas fêmeas no leilão anual da propriedade. Porém, Antonio Brandão queria mais e não se conformava com a preferência de criadores de sua região por outras raças de origem europeia em detrimento do Simental. “O custo continuava impedindo o uso em maior quantidade da genética sul-africana em Alagoas”, ressalta. Paulo de Castro Marques, proprietário da Casa Branca, entendeu o dilema de Antonio Brandão e lhe fez uma proposta de parceria para expandir a presença do Simental Casa Branca em Alagoas. “A Casa Branca passou a me vender sêmen com preço subsidiado para eu fornecer aos pecuaristas de
Vacas paridas e bezerros para cruzamento industrial
Viçosa e cidades vizinhas. Foi uma atitude muito importante, que contribui para melhorar a produtividade na minha região”, destaca Antonio. Para provar que o Simental Casa Branca representava um investimento lucrativo, Antonio adquiriu 1.000 doses da Casa Branca e as doou para os produtores da região. Para motivar a participação dos pecuaristas, ele se comprometeu a comprar toda a bezerrada nascida. “Os bezerros ainda não foram desmamados, mas já estão nascendo. E os resultados preliminares são excelentes em termos de ganho de peso e crescimento”, diz. A desmama em Alagoas ocorre em maio. Assim, em alguns meses, Antonio Brandão terá bezerros de alta qualidade, rápido crescimento e excelente ganho de peso para terminar
e vender aos frigoríficos da região. Sua confiança no projeto é tanta que ele já adquiriu outras 1.000 doses de sêmen Simental Casa Branca para a segunda edição do projeto. “Pecuária é resultado e o Simental Casa Branca dá resultado consistente.
Não é preciso esperar para comprovar a qualidade. Além do mais, os pecuaristas daqui já avaliam a raça com outros olhos. Venho fazendo propaganda do Simental há muito tempo. Finalmente, ele é reconhecido na região”.
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breeds
The Value of
CASA BRANCA’S SIMMENTAL
in Alagoas
Antonio Brandão falando das qualidades do Simental sul-africano para pecuaristas de Alagoas
Partnership with breeder Antonio Brandão brings South African genetics to the state under special conditions. Positive results are already evident Breeder Antonio Brandão, from Viçosa/AL, is passionate about the Simmental breed. He especially likes aspects of muscularity and body volume, which provide this genetic option a key differentiator when it comes to slaughter. “The Simmental breed is heavier and, in a region where the price is set based on arrobas of meat, that becomes an undeniable advantage”, says Brandão. He recalls that in the past it was not economically feasible to work with pure breeds in his region due to various aspects, including the price of the dose of
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semen from PO bulls to inseminate Nellore females. “Passion for the breed was always a must, because the dose of semen is historically three, four or even five times higher than that of other breeds used in industrial crossbreeding.” Brandão started a successful Simbrasil project, crossing Simmental and Nellore. The project is going very well, with the production of rustic and heavy calves. But he continued investing in Simmental PO. With the support of Alan Fraga, president of the Brazilian Association of Simmental and Simbrasil Breeders, he visited
national shows for the breed, purchased genetics and kept the project going. More recently, he became fascinated with the South African Simmental, which is “more productive and resilient”, as he explains. Once again, he received support from the president of the national association and visited a few breeding programs developed in the Southeast region of Brazil, which use genetics from South Africa. In that project, he learned about the selection work implemented by Casa Branca, purchased semen from the property and, in 2017, he purchased two bulls and two females at its annual auction. However, Antonio Brandão wanted more and was not content with the local breeders’ preference for other breeds of European origin, instead of Simmental. “Cost was still a factor that prevented a more widespread use of the South African genetics in Alagoas”, he points out. Paulo de Castro Marques, owner of Casa Branca, understood Antonio Brandão’s dilemma and proposed a partnership to expand the presence of Casa Branca’s Simmental in Alagoas. “Casa Branca started to sell me semen at subsidized prices so I could offer it to cattle breeders in Viçosa and
neighboring towns. It was a very important action, which contributed to improve productivity in my region”, he says. To prove that Casa Branca’s Simmental represented a lucrative investment, Antonio purchased 1,000 doses from Casa Branca and donated them to local breeders. To encourage the breeders’ participation, he made a commitment to purchase all the calves born from that program. “The calves have not yet been weaned, but are already being born. The preliminary results are excellent in terms of weight gain and growth”, he says. Weaning in Alagoas takes place in May. Therefore, in a few months, Antonio Brandão will have calves of very high quality, rapid growth, and excellent weight gain to finish and sell to the region’s beef packing plants. He is so certain of the project’s success that he has already purchased another 1,000 doses of Casa Branca’s Simmental semen, to be applied in the second edition of the project. “Cattle breeding is about results, and Casa Branca’s Simmental provides consistent results. You don’t have to wait to confirm its quality. Besides, our local breeders already view the breed differently. I’ve been promoting Simmental for a long time. It is finally appreciated in the region”.
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ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DO CAVALO ÁRABE, LUCIANO CURY
CAVALO ÁRABE: Provas de Montaria ou de Conformação
As provas de conformação, que os arabistas chamam de Halter
Os criadores do Cavalo Árabe vivem há anos um grande dilema: priorizar o cavalo montado (o cavalo de provas) ou priorizar o cavalo de conformação que os criadores chamam de cavalo de halter? Para o atual Presidente da ABCCA - Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe –, Luciano Cury, a questão fundamental não é priorizar uma modalidade em detrimento da outra. A questão é priorizar o mercado do Cavalo Árabe que deve abranger todos os espaços que a raça tenha potencial para se expressar. Tendo esse tema como foco principal, a revista Casa Branca Press entrevistou o presidente Luciano Cury, que hoje está em seu terceiro mandato - os dois primeiros entre os anos de 2003 a 2007. O atual presidente da ABCCA Luciano Cury, que conquistou 8 títulos Nacionais de provas de montaria
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Unidos. É preciso que se diga que a beleza do Cavalo Árabe e sua atitude majestosa e extravagante magnetizam a atenção das pessoas. Ver o Árabe numa exposição de halter encanta e essa exposição se transforma num show emocionante, quer a pessoa entenda ou não de cavalos. É um evento único e diferenciado com fãs em todos os lugares do mundo. A criação brasileira é considerada uma das grandes produtoras de animais para o halter e temos que realizar eventos com nível internacional para atrair um público de todos os lugares do mundo que tenha interesse nesse tipo de animal - e isso tem um custo alto para a Associação. Para se ter uma ideia, nesta nossa última Nacional, realizada em julho, tivemos cerca de 100 visitantes dos países mais representativos da criação e superamos os 2 milhões de dólares em cavalos Árabes brasileiros exportados. Numa situação de crise em que vivemos, com o mercado interno combalido, você ter condições de faturar valores iguais a esses é extraordinário. Mantém a criação viva e esperançosa. Por essa razão é que nossos maiores investimentos visam esse setor de mercado.
A prova de Tambores, um dos investimentos da Associação
Casa Branca Press: Luciano como você vê o Cavalo Árabe montado e qual a importância dele para a criação? LUCIANO CURY: Conheci o Cavalo Árabe há cerca de 35 anos em provas de Hipismo Rural. Eu tive uma vida muito ligada ao campo. Meu pai era criador de gado numa fazenda na divisa de Águas da Prata e Poços de Caldas. Vivi a minha infância entre cavalos. Na juventude eu gostava muito de montar e me interessei pelas provas que a ABHIR (Associação Brasileira dos Cavaleiros de Hipismo Rural) realizava pelo interior de São Paulo. Acompanhei algumas dessas provas e resolvi participar. O primeiro cavalo que comprei para competir foi um Anglo-Árabe e a partir daí comecei a me interessar e me apaixonar cada vez mais pelo Cavalo Árabe. Eu já conhecia bastante sobre cavalos e passei a estudar mais profundamente a raça. Fui diretor da ABHIR e depois passei a assessorar vários criadores de importância como o Haras Kurumin de Edgar Calfat, o Haras Santa Gertrudes, de Nagib Audi, o Haras Beira Rio, de Luiz Eulálio Bueno Vidigal, entre outros. Nessa época, comecei minha criação nos Estados Unidos - depois a transferi para o Haras Boa Vista
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CBP: Como resolver então essa situação, já que você mesmo disse que o Cavalo montado é importante como divulgador da raça? LUCIANO: Veja bem, em todas as diretorias nós nunca deixamos de investir no cavalo montado. Em determinados momentos esses investimentos são maiores, em outros momentos são menores. Depende muito do caixa da Associação. E o caixa da Associação depende de como está o mercado de cavalos. Se o mercado está crescente, os criadores registram um número maior de cavalos e aumenta o número de sócios. E estas são as duas maiores fontes de renda da Associação. Quando isso acontece temos folga de caixa para investir com mais intensidade na divulgação e o cavalo funcional, de provas, é um desses importantes itens de divulgação. Se o mercado está descendente, como agora, tem que se gerenciar o caixa de tal forma que se invista em atividades que possam dar retorno mais imediato ao criador, para que ele continue motivado, pois em última análise ele é a âncora da criação.
no Brasil, onde crio até hoje. Conto essa história para mostrar que eu, como muitos criadores, comecei a criar em razão do Cavalo Árabe montado. Então eu considero o cavalo montado, principalmente o de provas, um grande alavancador da nossa raça. Ele aproxima as pessoas que gostam de cavalos. Acho que na maioria das vezes é o cavalo montado quem desperta a paixão que leva as pessoas a se decidirem para a criação. Ele é um grande divulgador da raça. CBP: Mas não é para o cavalo de halter, ou seja: o cavalo de exposição, que a ABCCA dirige a maior parte dos investimentos? LUCIANO: Sem dúvida, e é uma coisa natural. A grande maioria dos nossos criadores tem interesse nesse tipo de cavalo, pois é o cavalo que atinge os maiores valores em todo o mundo. Um excelente cavalo de halter, com premiações importantes, pode chegar a milhões de dólares. É, sem dúvida, a modalidade mais valorizada em todos os grandes criatórios da raça internacionalmente. Um cavalo como esse desperta interesse do Oriente Médio até a Europa e Estados
O cavalo Árabe faz em média 2 páreos por mês no Jockey Club de São Paulo
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CBP: E quais seriam esses objetivos? LUCIANO: O objetivo fundamental, que também é o objetivo da ABCCA, é incentivar o Cavalo Árabe montado, ou seja, incentivar cavaleiros e organizadores de provas que utilizem o Cavalo Árabe. Os demais objetivos e as formas de atingi-los vão depender agora da própria diretoria da ANCAF. Eles terão todo o nosso apoio para desenvolver esse importante setor da raça de forma independente, inclusive gerir os recursos que poderemos disponibilizar diretamente do caixa da Associação, ou por meio de eventos que promovemos para captar esses recursos, como por exemplo o Leilão de Coberturas e Embriões em prol da ABCCA. CBP: Você acha que a atuação da ANCAF será suficiente para atender a necessidade dos criadores em ampliar os mercados já existentes e abrir novos mercados? LUCIANO: Eu acho que essa remodelação da ANCAF chega na hora certa. Nós temos vários criadores de peso investindo em esportes, como José Alves, do Haras JM, no salto; Jaime Pinheiro, do Haras Vila dos Pinheiros, em hipismo rural, tambores e corridas; os irmãos Saliba, do Rach Stud, em enduro e corridas; Léo Steinbruch, do Haras Endurance, no enduro; o próprio
Paulo Marques, do Haras Lonestar, com equipe de cavalos de tambor; Laucídio Coelho, no laço e enduro e tantos outros. Recentemente, no grupo dos criadores do Cavalo Árabe no WhatsApp surgiu a conversa da importância de os criadores investirem no treinamento e competições de Cavalo Árabe como forma de abrir mercados. Essa conversa rendeu vários dias e muita gente se entusiasmou. Ela poderia ser feita através da ANCAF. Certamente muitas boas ideias iriam surgir e eles ajudariam a por em prática essas ideias. Nós temos orgulho em criar um cavalo que pode competir nas mais diversas modalidades. É um cavalo de uma habilidade atlética fantástica, uma inteligência ímpar que permite que ele aprenda e se adapte fácil e rapidamente em qualquer modalidade e uma coragem que lhe dá o brio que você que ver num competidor. E essas características, que nós arabistas admiramos muito, complicam um pouco porque são muitos setores dos esportes hípicos nos quais se pode investir para aproveitar esse potencial. Então, é necessário que pessoas que conheçam bem esses esportes avaliem e priorizem nos quais se deve consolidar a participação do Cavalo Árabe e a abertura de mercados.
Os juízes premiam os cavalos não apenas pelo tipo e beleza, mas aprumos e movimentação recebem atenção especial
CBP: Mas, Luciano, há muitos cavaleiros e organizadores de provas que reclamam dessa inconstância de investimentos da Associação. Eles alegam que quando a coisa está começando a evoluir a Associação diminui ou até corta os investimentos e a situação regride. Não há uma forma de criar uma estabilidade e manutenção desses investimentos? LUCIANO: Essa é uma situação que sempre me incomodou, mas acho que tem solução sim e nós estamos começando a testar um novo projeto nesse sentido. Na realidade, ele não é novo, mas está sendo remodelado. É um projeto que será incorporado fisicamente na Associação, mas que atuará de forma independente. Ele ainda está no começo mas acho que aos poucos deverá andar com as próprias pernas. CBP: Você pode adiantar mais sobre esse projeto? LUCIANO: Posso sim. Ele é basicamente a ANCAF - Associação Nacional do Cavalo Árabe Funcional,
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fundada há 7 anos em Minas Gerais, por um grupo de criadores liderados por Sylvio Barbosa Neto, do Rancho Arabco, e, mais recentemente, dirigida pelo criador Pedro Amaral, do Haras EL Madan. Há poucos meses a ANCAF realizou uma assembleia e empossou uma nova diretoria. Foram eleitos como presidente Brunno Zanotta, competidor de provas de tambores com Cavalos Árabes, Leandro Aguiar, do Haras Cruzeiro, que patrocina um time de cavaleiros em provas de trabalho e tambores no sul de Minas, na região de Araxá. E Zetão Rodrigues, gerente do Haras Vila dos Pinheiros, conhecido especialista nas modalidades de performance e um grande incentivador das provas da ABHIR. No momento nós estamos fazendo a transferência da sede da ANCAF de Belo Horizonte aqui para a sede da ABCCA, em São Paulo, e reorganizando nosso espaço físico, quadro funcional e serviços de processamento de dados e internet para dar o suporte necessário para os novos objetivos da ANCAF.
Provas de Enduro que vão até 160 km, uma especialidade do Cavalo Árabe
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INTERVIEW WITH THE PRESIDENT OF THE ARABIAN HORSE ASSOCIATION, LUCIANO CURY
ABCCA’s current president, Luciano Cury, who won 8 National Championships in riding tests
ARABIAN HORSE:
Riding or Conformation Tests
For years, Arabian Horse breeders have experienced a major dilemma: prioritizing the horseback riding horse, or prioritizing the the conformation horse, which breeders call a halter horse. According to Luciano Cury, the current president of the Brazilian Association of Arabian Horse Breeders (ABCCA), the key issue is not prioritizing one mode instead of another, the issue is prioritizing the Arabian Horse market, which must cover all spaces where the breed has the potential to express itself. Focused on this issue, the Casa Branca Press magazine interviewed ABCCA’s president Luciano Cury, currently in his third term of office, the first two from 2003 to 2007.
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Casa Branca Press: Luciano, how do you view the mounted Arabian Horse, and how important is it for the breed? LUCIANO CURY: I was introduced to Arabian Horses about 35 years ago, in Rural Equestrian competition. Growing up, I had a very close connection to the field. My father was a cattle breeder on a farm on the border of Águas da Prata and Poços de Caldas, and I spent my childhood with horses. When I was young, I loved riding and became interested in the competitions promoted by ABHIR (Brazilian Association of Rural Equestrian) throughout the state of São Paulo. I went to a few of those events, and decided to participate. The first horse I bought to compete was an Anglo-Arabian horse, and my interest and love for the Arabian breed grew from then on. I already knew a lot about horses, and I began more in depth research on the breed. I became the director of ABHIR and advised various renowned breeders, such as Edgar Calfat’s Haras Kurumin, Nagib Audi’s Haras Santa Gertrudes, Luiz Eulálio Bueno Vidigal’s Haras Beira Rio, among others. At that time, I started breeding in the United States, and then transferred my work to Haras Boa Vista in Brazil, where I am established to this day. I am telling you this story to show you that I, like many breeders, started breeding because of the horseback riding Arabian Horse, so I believe that the mounted horse, especially the test horse, was a great influence in our breed’s development. It brings horse lovers together. I believe that often it’s the horseback riding horse that awakens the passion that makes people decide to breed. It’s a great promoter of the breed. CBP: But doesn’t ABCCA target most of its investments on the halter horse, that is, the show horse? LUCIANO: Certainly, and that’s just natural. The vast majority of our breeders are interested in this type of horse, due to the fact that it obtains the highest values worldwide. A great halter horse with prestigious awards can be valued at millions of dollars. It is undoubtedly the most prized mode amid all the major Arabian Horse breeders internationally. A horse like this arouses interest from the Middle East to Europe and the United States. The beauty of the Arabian Horse and its majestic and extravagant attitude captivate people’s attention. Seeing the Arabian Horse in a halter show is delightful, and the event becomes exhilarating, whether or not the person understand about horses. It is a unique and differentiated event, with fans all over the world. The Brazilian breeding industry is considered one of the great producers of halter animals, and we have to organize international-level events to attract an audience from all over the world that is interested in this type of animal, and that represents a high cost to the Association. To give you an idea, in our last National event, held in July, we had about 100
visitors from the countries that are most representative of the breed, and we have exceeded 2 million dollars in exports of Brazilian Arabian Horses. In our current crisis situation, with a weakened domestic market, being able to make this kind of revenue is extraordinary. It keeps the breeding industry alive and hopeful. That is why our greatest investments are aimed at this sector of the market. CBP: How can we you find a solution, then, since you said yourself that the horseback riding horse is important as a promoter of the breed? LUCIANO: You see, throughout the years, we have never stopped investing in the mounted horse. Sometimes these investments are greater and at other times they are less. It largely depends on the Association’s cash flow. And the Association’s cash flow depends on the horse market’s current situation. If the market is on the rise, breeders register more horses and increase the number of members. These are the two greatest sources of income for the Association. When that happens, we have surplus cash flow to invest more aggressively in dissemination, and the functional horse, is one of the important dissemination mechanisms. If the market is on a downfall, like now, we have to manage our cash flow in such a way that allows us to invest in activities that enable more immediate return to the breeder in order to keep him motivated, because ultimately, he is the anchor of the breeding industry. CBP: But Luciano, many riders and test organizers complain about the instability of the Association’s investments. They claim that when things are starting to evolve, the Association reduces or even cuts its investments, leading to setbacks. Isn’t there a way to establish a situation for stability and maintenance of these investments? LUCIANO: This situation has always bothered me, but I think that there is, indeed, a solution, and we are starting to test a new project along those lines. Actually, the project is not new, but it’s being revamped. This project will be physically incorporated at the Association, but will act independently. It’s still at CBP: Can you tell us anything else about this project? LUCIANO: I can. Basically, it is ANCAF, the National Arabian Horse Association, founded 7 years ago in Minas Gerais by a group of breeders headed by Sylvio Barbosa Neto, from Rancho Arabco, and more recently headed by Pedro Amaral, from Haras EL Madan. A few months ago, ANCAF held a meeting and installed a new board, electing as president Brunno Zanotta, competitor of barrel races with Arabian horses, Leandro Aguiar from Haras Cruzeiro, who sponsors a team of riders in barrel races and western riding in southern Minas Gerais, in the Araxá region, and Casa Branca Press 65
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Zetão Rodrigues, manager of Haras Vila dos Pinheiros and renowned specialist in terms of performance, in addition to being a great promoter of ABHIR tests. We are currently transferring ANCAF’s headquarters from Belo Horizonte to ABCCA’s headquarters here in São Paulo and reorganizing our physical space, staff, and data processing and internet services, to provide the necessary support to achieve ANCAF’s new goals. CBP: And what are those goals? LUCIANO: The main goal, which is also ABCCA’s goal, is to promote the mounted Arabian Horse, that is, support riders and show organizers who use the Arabian Horse. The other goals and how to achieve them will now depend on ANCAF’s board itself. They will have our full support to independently develop this important sector of the breed, including managing the resources that we can make available directly from the Association’s cash flow, or through events that we promote to raise these funds, such as the Sale of Breeding and Embryos on behalf of the ABCCA. CBP: Do you believe that ANCAF’s actions will be sufficient to meet the breeders’ needs to expand existing markets and open up new markets? LUCIANO: I believe that ANCAF’s restructuring is taking place at the right time. Several top breeders are investing in sports, such as José Alves from Haras JM, 66 Casa Branca Press
investing in show jumping; Jaime Pinheiro from Haras Vila dos Pinheiros, investing in trail riding, barrels and races; the Saliba brothers from Rach Stud, investing in endurance and racing, Léo Steinbruch from Haras Endurance, investing in endurance; Paulo Marques from Haras Lonestar, with its team of barrel racing horses; Laucídio Coelho, investing in roping and endurance, in addition to so many others. Recently, in the WhatsApp group of Arabian Horse breeders, the members started discussing how important it was for breeders to invest in training and competitions of Arabian Horses as a way to open new markets. This discussion went on for several days, and a lot of people got excited about it. It could be carried out through ANCAF, and certainly many good ideas would be presented, and they could help put those ideas into practice. We are proud to breed a horse that can compete in various styles. This horse has great athletic ability and unique intelligence that allows it to learn and adapt quickly and easily in any mode, in addition to courage, which provides the honor and respect that you see in a competitor. All of these characteristics, which we admire as Arabian Horse enthusiasts, complicate things, because there are many sectors of equestrian sports you can invest in to take advantage of this potential, so people must have a good understanding of these sports, to be able to evaluate and prioritize where to consolidate the participation of the Arabian Horse and the opening of new markets. Casa Branca Press 67
cavalo árabe
Campeão Nacional Potro Ouro 2018 - Gold National Champion Colt
Prince Valentino FWM bred at Paulo Marques’ Haras Lone Star was the winner of the Gold National Colt Championship, one of the most fiercely contested tournaments in this year’s Brazilian National. After winning every show that he was entered in this year, Prince Valentino FWM will now prepare for a mating season, when he should represent his father (*El Tino) in the Brazilian horsebreeding industry. El Tino, one of the greatest Brazilian sires of today, was crowned National Champion before being exported to Royal Arabians in the United States.
QUEEN ELSA FWM
Campeã Nacional Mirim Fêmea Prata 2018 - Silver National Champion Yearling
Queen Elsa FWM, aos 6 meses de idade, foi a Campeã Mirim Fêmea Prata da Nacional 2018. Ela é uma filha de *FA El Shawan que enquanto vivo pertencia a um grupo de criadores brasileiros, do qual Paulo Marques era um dos associados. Queen Elsa segue os passos de sua irmã paterna Queen Ayda FWM, uma das mais lindas éguas produzidas pela criação brasileira. Queen Ayda foi a Campeã Nacional Brasileira 2016. Vendida para a Orrion Farms, dos Estados Unidos, se tornou Suprema Campeã Fêmea de Scottsdale e Campeã Nacional Americana 2017, 68 Casa Branca Press
Queen Elsa FWM, at 6 months old, won the 2018 Silver National Yearling Championship. She is the daughter of the late *FA El Shawan, who belonged to a group of Brazilian horse breeders, including Paulo Marques. Queen Elsa follows in the footsteps of her paternal sister Queen Ayda FWM, one of the most beautiful mares ever bred in Brazil. Queen Ayda was the Brazilian National Champion in 2016. She was later sold to Orrion Farms in the United States, where she became the Scottsdale Supreme Female Champion and U.S. National Champion in 2017. Casa Branca Press 69
arabian horse
PRINCE VALENTINO FWM
Prince Valentino FWM, criado pelo Haras Lone Star, de Paulo Marques, conquistou o Campeonato Nacional Potro Ouro, um dos Campeonatos mais disputados desta Nacional Brasileira. Ele, que este ano ganhou todas as exposições das quais participou, irá se retirar agora para uma temporada de coberturas, quando deverá representar seu pai (*El Tino) na criação brasileira. El Tino, um dos maiores reprodutores brasileiros da atualidade, foi Campeão Nacional e exportado para o Royal Arabians, dos Estados Unidos.
eventos
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LEILÃO CASA BRANCA
FATUROU R$ 2,5 MILHÕES
Casa Branca Press 71
events
O
Leilão Anual Casa Branca
Foram vendidos animais e sê-
Entre os animais, foram vários
2018 comercializou 205 re-
men para criadores de Minas
destaques. A oferta de um lote à
produtores e matrizes Angus,
Gerais, São Paulo, Rio Grande do
escolha entre os melhores animais
Brahman e Simental, além de sêmen
Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio
da Casa Branca foi comercializada
das três raças, nos dias 7 e 8 de se-
de Janeiro, Espírito Santo, Goiás,
por R$ 108 mil e o touro jovem PWM
tembro, na Fazenda Santa Ester, em
Mato Grosso, Rondônia, Tocan-
Tobiash, da raça Angus, foi valori-
Silvianópolis (MG). O faturamento
tins, Pará, Alagoas, Bahia, Paraíba
zado em R$ 156 mil, sendo agora
total superou R$ 2,5 milhões, com
e Pernambuco.
parceria da Casa Branca, com Abel
aumento de 15% sobre o resultado do ano anterior.
“A diversificação de venda da ge-
e João Leopoldino.
nética Casa Branca é um indicador Por raças, as médias foram as
“Além de excelente valorização da
importante de que os pecuaristas
genética da Casa Branca, compro-
de todo o Brasil buscam o aumento
seguintes:
vando que os pecuaristas buscam,
da produtividade, com a aquisição
Angus:
cada vez mais, o aumento da produ-
de animais rigidamente avaliados,
Reprodutores (R$ 18.400,00)
tividade, o leilão atraiu criadores de
que efetivamente contribuem para
e Matrizes (R$ 15.200,00)
todas as regiões do país, mostrando
essa melhoria de eficiência nas
Brahman:
que a busca por eficiência é uma
fazendas. Importante destacar que
Reprodutores (R$ 11.500,00)
tendência nacional. No total, 92 pro-
esse processo está pulverizado
e Matrizes (R$ 10.200,00)
dutores de 16 estados fizeram aqui-
entre pequenos, médios e grandes
Simental:
sições no leilão”, destaca Fabiana
criadores”, destaca o criador Paulo
Reprodutores (R$ 12.500,00)
Marques, diretora da Casa Branca.
de Castro Marques.
e Matrizes (14.500,00)
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CASA BRANCA SALE GENERATES US$ 0.8 MILLION
T
he 2018 Annual Casa Branca Sale sold 205 Angus, Brahman and Simmental sires and dams, in addition to semen from three breeds, at the event held on September 7 and 8 at Fazenda Santa Ester, Silvianópolis/MG. Total revenues exceeded exceeded US$ 800,000, up 15% over the previous year’s result. “In addition to acknowledging the great value of Casa Branca’s genetics, confirming that cattle breeders increasingly seek to increase productivity, the sale attracted breeders from all over the country, showing that the search for efficiency is a national trend. A total of 92 breeders from 16 states made purchases at the sale”, says Fabiana Marques, Casa Branca director.
We sold animals and semen to breeders from Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins, Pará, Alagoas, Bahia, Paraíba, and Pernambuco. “The sales diversification of Casa Branca’s genetics is an important indicator that cattle breeder s throughout Brazil seek to increase productivity with the acquisition of strictly evaluated animals that effectively contribute to improving the farms’ efficiency. It is important to note that this process is fragmented among small, medium and large breeders”, highlights cattle breeder Paulo de Castro Marques.
Several animals were put in the spotlight. The offer of a lot for a selection among Casa Branca’s next generation was sold for US$ 35,000, and the young Angus bull PWM Tobiash was valued at US$ 50,000, now a partnership between Casa Branca, Abel and João Leopoldino. The averages by breed were the following: Angus: Sires (US$ 5,500) and Dams (US$ 5,000) Brahman: Sires (US$ 3,600) and Dams (US$ 3,200) Simmental: Sires (US$ 4,000) and Dams (US$ 4,500)
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