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# 32 JUL’15
MIGUEL MUNHÁ
PRODUTOR E REALIZADOR | P. 06
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JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 32 | JUL ‘15
CONSCIÊNCIA ENERGÉTICA! Num pais favorecido pela quantidade de luz solar recebida ao longo do ano, como é o nosso, faz todo o sentido aproveitar ao máximo essa fonte inesgotável de energia.. O Município de Olhão é pioneiro na utilização de tecnologia fotovoltaica.
Qual a tua opinião sobre o aproveitamento energético da luz solar no nosso concelho?
Beatriz Bartolomeu
Não tinha conhecimento de que Olhão fosse pioneiro na utilização da energia fotovoltaica mas sem dúvida que apoio esta inovação. Obviamente que a utilização desta energia tem vantagens para o nosso concelho, pelo facto de ser uma energia limpa, sem emissões de carbono e consequentemente sem poluição. Do ponto de vista social, considero muito importante para Olhão tornar-se pioneiro na utilização desta energia pois é uma forma de demonstrar evolução tecnológica e preocupação com o ambiente. A energia solar a longo prazo pode ser a solução para todos os problemas energéticos da nossa sociedade. Portugal tem um clima temperado mediterrâneo pelo que existe muito sol. Olhão localiza-se num ponto geográfico excelente para o aproveitamento desta energia. Mais uma vez reforço a ideia de que devemos enquanto população Olhanense apoiar estas iniciativas, que se fossem realizadas a nível nacional conduziriam a um grande desenvolvimento económico, social, político e até administrativo do nosso país!
Rita Chagas
Teresa Correia
Marco André
De facto, tenho conhecimento de que Olhão, sendo um Município voltado para o futuro, foi pioneiro na utilização de energia fotovoltaica e exemplo disso é o Auditório Municipal, que está equipado com este tipo de painéis. Também as Piscinas Municipais utilizam painéis solares para aquecimento das águas e banhos. Eu penso que se deveria investir mais neste tipo de aproveitamento e poupança de energia. Dever-se-ia também dar incentivo à população no sentido de utilizar e produção de energia, pois o Sol é o que temos de mais abundante e é grátis!
É sem dúvida um investimento inteligente, aproveitar o sol que nos irradia quase todos os dias do ano em energia elétrica. Olhão poder vir a tornar-se um concelho auto produtor de toda a energia elétrica pública seria uma grande poupança, podendo assim esse verba ser disponibilizada, por exemplo, para causas socias.
As energias renováveis é uns dos temas principais do seculo XXI. As energias renováveis são aquelas que vêm de recursos que a bem dizer naturalmente se reabastecem, tendo como melhor exemplo disto o sol, a chuva e os ventos ou marés. Entre estas uma das formas mais reconhecidas de energia renovável será a energia fotovoltaica, que consiste na conversão de luz (solar) em energia elétrica através de painéis fotovoltaicos. O pioneirismo da Câmara Municipal de Olhão na utilização de energia fotovoltaica através da parceria com a AREAL pode-se dizer que é muito benéfico, quer na distribuição de eletricidade, através da rede e consequentemente redução de custos com esta fonte quer pelo facto de contribuir para a preservação de um meio-ambiente que se encontra mais ameaçado que nunca.
Os meus parabéns aos pioneiros deste projeto!
OPINIÃO
António Miguel Pina Presidente da CMO
CONSCIÊNCIA ENERGÉTICA O Município de Olhão é pioneiro, enquanto entidade pública a participar no projeto PV-NET Metering. Este projeto, desenvolvido através do Programa MED é implementado por um consórcio de sete organizações parceiras de seis países: Chipre,
Grécia, Eslovénia, França, Espanha e Portugal e pretende promover o uso de tecnologia fotovoltaica nos países do Mediterrâneo e da Europa, cujo potencial solar é especialmente atrativo, através da implementação do regime de net metering. A Agência Regional de Energia do Algarve (AREAL) e o Município de Olhão são parceiros do projeto PV-NET Metering, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). O Município de Olhão é a única entidade pública a integrar este projeto, com uma instalação fotovoltaica piloto existen-
te na Biblioteca Municipal, atualmente sob o regime de microprodução. À instalação fotovoltaica piloto existente na Biblioteca Municipal, foi acrescida uma estação meteorológica que permitiu ao longo do período de um ano recolher todo o tipo de informação energética e meteorológica necessária para estudo do sistema de compensação de energia elétrica denominado net metering. À semelhança da lei do Autoconsumo atualmente instituída em Portugal, o net metering consiste na possibilidade de se consumir energia de uma unidade de produção, venden-
do o excedente à rede, com a particularidade de se poder quantificar toda a energia produzida durante o dia e não consumida, e utilizá-la posteriormente, por exemplo no período da noite. No atual panorama da Lei do Autoconsumo, importa que o consumidor/produtor de energia fotovoltaica atente à dimensão da instalação de painéis fotovoltaicos que melhor se enquadra às suas reais necessidades, já que a atual legislação favorece, sobretudo, instalações dimensionadas à medida do padrão de consumos e penaliza financeiramente sobredimensiona-
mentos que possam levar a uma maior exportação e consequente venda de energia à rede elétrica. Resulta daqui uma evidente penalização para as instalações com consumos maioritariamente noturnos, como é caso do setor doméstico. No entanto, revela -se uma boa solução para edifícios de serviços, com padrões de consumo de energia elétrica maioritariamente diurnos. Desta forma o município procura aproveitar da melhor maneira um recurso energético inesgotável, obtendo um maior controlo e, sobretudo, uma maior consciência energética!
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CANSAT 2015 OLHÃO ESTEVE PRESENTE COM A EQUIPA ELITE 4 A equipa Elite 4, da Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, esteve presente na Competição CanSat 2015, um projeto da ESA (European Space Agency), que juntamente com os parceiros nacionais, visam proporcionar aos estudantes uma experiência relacionada com a tecnologia aeroespacial. O projeto consiste na construção de um mini-satélite, em que todos os componentes estão integrados numa lata de refrigerante. O CanSat é, depois, lançado por um foguetão até uma altitude de 1000 metros, para que durante a descida seja possível realizar uma experiência científica, captar os sinais emitidos e garantir uma aterragem segura. A Elite 4 foi uma das 2 equipas do Algarve presentes na prova. A equipa de Olhão é formada por Afonso Vale, Diogo Gonçalves, Gonçalo Viegas, Marcelo Vicente e Vasco Carvalho, alunos da turma 12ºB da ESFFL. O CanSat da Elite 4 foi lançado de uma altitude de 500 metros a partir de um avião, e após 110 segundos foi recuperado com sucesso a poucos metros da localização da groundstation. A Competição CanSat Portugal 2015, realizou-se no aeródromo da Praia de Santa Cruz, em Torres Vedras.
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FESTAS DA CIDADE COMEMORAÇÃO DO DIA DE OLHÃO - 16 DE JUNHO
Olhão comemorou o Dia da Cidade com um cartaz cheio de a vidades dirigidas aos diferentes públicos. Desde a promoção dos jovens talentos da nossa terra, passando pelos fadistas, já consagrados do concelho e pela oferta aos olhanenses de um espetáculo de um ar sta nacional, com tem sido hábito nos úl mos anos, o cartaz incluiu ainda exposições e as cerimónias oficiais, a atribuição de nome ao Museu, à Biblioteca, e ao Arquivo, que inaugurou um novo espaço neste dia. Os jovens músicos do concelho apresentaram-se ao vivo nas Festas da Cidade, no dia 14 de junho. Na sequência do Mostrate, realizado em maio, os jovens músicos que se apresentaram nas várias sessões do Mostra-te ao Vivo e no Palco Aberto juntaram-se num espetáculo memorável no palco olhanense. O Fado de Teresa Viola, Inês Graça e Luís Moreno, todos naturais do concelho de Olhão, encantou a mul dão que no dia 15 se dirigiu ao Jardim Pescador Olhanense, para mais uma iniciava no âmbito da comemoração do Dia de Olhão. A cerimónia do hastear das bandeiras, deu início às comemorações do 16 de Junho, pelas 09h30, frente ao edi>cio dos Paços do Concelho A homenagem aos Heróis da Restauração de 1808,ocorreu, mais uma vez, no monumento frente à Igreja Matriz, onde foi colocada uma coroa de flores. O Museu Municipal passou, desde esse dia, a designar-se Museu Municipal Compromisso Marí mo, numa cerimónia que teve inicio às 10h00 e que prosseguiu com a inauguração da exposição Olhão, Terra Cubista. O Arquivo Municipal mudou de instalações, passando a situar-se na Rua 18 de Junho. Com a inau-
guração do novo espaço teve lugar a atribuição do nome de António Rosa Mendes, um profundo conhecedor da história olhanense, que ficará para sempre ligado a esta cidade. A Sessão Solene Comemora'va do Dia da Cidade, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, foi muito par cipada, tendo sido atribuída a medalha da cidade a figuras de relevo da nossa terra, entre eles o anterior presidente Francisco Leal. A Biblioteca Municipal de Olhão passou também a ter um patrono, José Mariano Gago, um ilustre cien sta com origens no concelho de Olhão (Pechão), conhecido por ter sido o ministro que mais tempo exerceu funções de forma con nuada nas áreas do Ensino Superior e da Ciência, revolucionando a forma de ver esta área do conhecimento. Neste espaço foi ainda apresentada uma curta-metragem produzida por jovens da nossa terra e que teve como cenário este espaço municipal. Na galeria teve lugar a exposição do Centro de Pintores Olhanenses. D8 – Diogo Valente – encerrou as Festas da Cidade, com um espetáculo no Jardim Pescador Olhanense, com grande adesão do público.
O Presidente António Pina, nos Paços do Concelho, deu início às cerimónias do Dia da Cidade.
A Mãe de José Mariano Gago esteve presente na cerimónia de atribuição do nome à Biblioteca deste que passa a ser o seu patrono.
A Biblioteca Municipal José Mariano Gago recebeu a exposição do Centro de Pintores Olhanenses.
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Festas da Cidade foram palco para a promoção dos talentos da terra.
Teresa Viola, Inês Graça e Luis Moreno, numa noite de fado inesquecível.
As festas da cidade terminaram em grande com o espetáculo do D8
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MIGUEL MUNHÁ PRODUTOR E REALIZADOR
Miguel Munhá, produtor e realizador, com raízes em Olhão, licenciou-se em Arte e Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e concluiu o Mestrado em Cinema na ESTC. Frequentou ainda workshops de Cinema e TV em Londres e estagiou em São Paulo numa produtora de Cinema e TV. Tem também o conservatório em violoncelo. Atualmente trabalha como realizador e produtor numa empresa que fundou com dois amigos e colegas de Cinema - a Vagalume Filmes - e como músico numa banda de rock electrónico - Tripé. Nasceu e cresceu com o sol da Caparica, perto de Lisboa, mas todos os anos visitava a sua avó Rosa, em Olhão - depois, seguía sem falta para o Farol. A sua avó e o seu bisavô, sempre viveram em Olhão (ele, foi Mestre de Traineira). Miguel Munhá confessa que “mais tarde, de certo pelo meu avô (de Olhão), e pelo meu pai (que também foi sempre muito ligado à terra da sua família), passei a sentir uma forte ligação à cidade. Passei a ter aquela sensação de, todos Verões, chegar finalmente a casa”. Não é por acaso que, neste momento, está quase em filmagens para Hei de morrer onde nasci - uma média-metragem em jeito de homenagem às “povoações” da ria formosa e que pretende captar a magia do que é viver nesses locais especiais. O produtor e realizador, promete que fará todos os possíveis para mostrar também que se podem fazer excelentes filmes em qualquer parte do país, e acrescenta que “Portugal não é só Lisboa. Existem histórias com potencial em muito mais locais. E a Ria Formosa, as ilhas, Olhão, darão de certo imagens únicas.”
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Hei-de morrer onde nasci é uma homenagem às ilhas da Ria Formosa, à cultura de toda essa peculiar região. Dentro desse contexto, dois irmãos (Marinho - o mais velho; Janeca - o mais novo) lutam por sonhos diferentes. Essa diferença de perspetivas irá fazer com que se comecem a criar conflitos na sua relação. Dividido entre o irmão e a ilha, Marinho sente que tem de proteger a família e a tradição. Dividido entre a família e o seu futuro, Janeca sente precisar de fugir. Hei de morrer onde nasci é uma história sobre relações familiares, tradições, as ilhas algarvias, e é também a tentativa de reflexão sobre o que é a alma de um determinado lugar - neste caso, a casa de Marinho e Janeca (que é uma mistura ficcionada das ilhas Culatra, Hangares e Farol). https://www.facebook.com/ heidemorrerondenasci?fref=ts
Hei-de Morrer Onde Nasci , de Miguel Munhá, é uma produção da Vagalume Filmes e está a ser filmado na Culatra, Hangares e Farol.
Duarte Gomes: Janeca, o irmão mais novo.
João Tempera: Marinho, o irmão mais velho.
Tânia Silva: Carla, mãe da pequena Bárbara e mulher de Marinho.
João Evaristo: Nélson, colega de pesca e amigo de Marinho.
José Sabino: José Lezinho: Raposeira (Lobo do Mar) Pescador, amigo de amigo de Marinho. Marinho.
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DESTAQUE
Jady Batista | Coordenação J
REGATA DE JANGADAS Decorreu em Olhão mais uma edição da Regata de Jangadas. A iniciativa da Casa da Juventude de Olhão e dos Escuteiros (AEP Grupo 6) contou este ano com a participação de cerca de 50 jovens que se juntaram no Jardim Pescador de Olhão para construir as suas próprias jangadas e realizar a regata. As jangadas, cinco, no total, foram construídas com material reutilizado, garrafões, madeira e corda. Acima de tudo foi um momento de convívio que agradou quer aos participantes, quer ao público presente.
BD | MÓCE MÓ
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| JUL’15 | JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS DE OLHÃO || CONTACTO casajuventude@cm-olhao.pt | Av. Bernardino da Silva, Edif. da Biblioteca Municipal | 289700190
PROMOTOR Município de Olhão [Casa da Juventude de Olhão] EDIÇÃO/PAGINAÇÃO João Evaristo || COORDENAÇÃO/REDAÇÃO Jady Batista COLABORADORES Carlos Campaniço, Mariana Ramos, Orlando Ó, Paulo Murta, Rosa Moreira, Vanessa Caravela, Zeta Duarte TIRAGEM 4300 EXEMPLARES || APOIO À DISTRIBUIÇÃO JORNAL OLHANENSE || FESNIMA COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: António Miguel Pina, Beatriz Bartolomeu, Teresa Correia, Rita Chagas, Marco André..