Juventude, Artes e Ideias | Olhão | AGO 15

Page 1

# 33 AGO’15

JOANA BANDEIRA

DIA 01 DE CADA MÊS COM O JORNAL OLHANENSE | DISTRIBUITO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs

ARTES PLÁSTICAS | TALENTO |

P. 03

FESTIVAL DO MARISCO | 30 ANOS JARDIM PESCADOR OLHANENSE

10 AGO’15 | SEG | 19H30

ANSELMO RALPH 11 AGO’15 | TER | 19H30

FADO & FURTHER (JÚLIO RESENDE, ANA MOURA E ANA BACALHAU)

12 AGO’15 | QUA | 19H30

RICHIE CAMPBELL

13 AGO’15 | QUI | 19H30

MICKAEL CARREIRA

14 AGO’15 | SEX | 19H30

JOSÉ CID

15 AGO’15 | SÁB | 19H30

DANIELA MERCURY


02

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO‘15

OLHÃO NO TRIPADVISOR! Olhão ficou muito bem classificado no maior site de viagens do mundo e obteve a preferência de quem nos visita.

A que se deve a classificação da nossa cidade em 9º lugar no Tripadvisor?

Rafaela Silva

Acho que o Marina Hotel tem atraído mais turistas, mas a grande atração de Olhão serão sempre as suas ilhas. Qualquer uma delas é um sítio onde se podem desfrutar de umas férias calmas e agradáveis em família.

Catarina Nunes

Sem dúvida as ilhas maravilhosas, as pessoas, a comida e a animação que se encontra na baixa, são bons motivos para essa classificação. No entanto, há muito mais coisas por descobrir nesta cidade, muitas paisagens diferentes e é isso que atrai tantos turistas.

Bruno Alexandre

As pessoas. Somos uma terra genuína e de gente genuína. Podemos ter perdido o comboio do turismo de massas durante tempo demais, mas isso salvaguardou a essência da cidade. E é isso, mais que o turismo de sol e praias, que hoje se procura.

Catarina Ramos

A gastronomia, a simpatia das pessoas, o património cultural em si. Qualquer pessoa que procure paz, Olhão é o local indicado, pois respiramos maresia. Contudo, penso que toda a envolvente gastronómica é que atrai tantos turistas, pois são trazidos pelo cheiro e conquistados pela boca.

GINÁSIO AO AR LIVRE! Olhão inovou mais uma vez inaugurando recentemente um Ginásio ao Ar Livre.

Qual a tua opinião sobre o Ginásio ao Ar Livre?

Carlos Alves

Acho que foi uma ideia inovadora para a cidade, muito bom para as pessoas treinarem e conviverem ao ar livre, tanto os mais novos como os mais velhos. E também é bom para aquelas pessoas que não podem gastar dinheiro num ginásio convencional, assim podem treinar à vontade.

Carla Margarida

Um espaço que, sem dúvida, já fazia falta e que enriquece a cidade.... Olhão é uma cidade que tem vindo a modernizar-se e com isso tem conquistado turistas. E os próprios habitantes que cada vez gostam mais da sua cidade.

Célia Luz

A minha opinião é positiva. Acho uma boa iniciativa, está bemlocalizada. Ainda não fui lá, por isso, não tenho opinião sobre os aparelhos. Só acho que aquela zona merecia alguma sombra.

Décio Baganha

O ginásio é mais uma valência para a nossa cidade, potenciando a saúde da população em geral. Porém, está colocado num sítio desajustado à pratica de desporto, pois encontra-se numa zona sem sombra permitindo que o exercício físico apenas possa ser possível ao fim de tarde/noite. Além disso, encontra-se demasiado perto da estrada e exposto à esplanada do hotel. Resumindo, gosto mas está a precisar de algumas melhorias que penso que atempadamente serão efetuadas pela nossa Câmara Municipal que tem prestado bastante apoio na área desportiva.


JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

03

JOANA BANDEIRA ARTISTA

“O Festival das Cores era uma vontade antiga de fazer algo alternativo na minha cidade.”

Joana Bandeira natural de Olhão, autodidata, iniciou o seu percurso artístico há quinze anos. Joana trabalha com um variado número de materiais, desde tecidos, lãs, serapilheira, fitas, linhas e croché, linhas de bordado, trapilho, flores de plástico, pedras, missangas, cordas, feltro e outros, tudo de uma forma criativa e original, marcando assim a diferença. Assume não ter um método de trabalho com teorias, conceções e limites. Tudo é feito a partir do nada, onde as regras não se impõem, logo a liberdade é maior. Reaproveitamento é uma das suas palavras-chave. Entretanto, tem vindo a passar o seu conhecimento e experiência a outros através de formações que ministrou dentro e fora do concelho. Atualmente trabalha na Associação ACASO como colaboradora artística dentro do projeto “Lendas e Rendas” onde executa trabalhos com a colaboração das utentes do Centro Comunitário Al-Hain, com a orientação da Dra Célia Branco. O projeto consiste na ligação das artes da pesca com as artes decorativas. De uma forma particular, trabalham o croché visto ser uma das artes dominantes das colaboradoras e por despertar o poder visual a quem contempla. Foi neste âmbito que nasceu o trabalho artístico atualmente em exposição no Museu de Olhão, que implicou o revestimento de um saveiro de tamanho real, com o precioso trabalho em croché das utentes da ACASO. A mesma técnica foi utilizada no revestimento das palmeiras no Parque do Levante. O projeto mais recente em que esteve envolvida, na sequência do seu trabalho nesta entidade, foi o Festival das Cores. Jazz, Bossa Nova, Música Celta e Músicas do Mundo foram os espetáculos escolhidos de forma a criar uma nova sonoridade fugindo ao registo habitual dos eventos da cidade. Exposições, artesanato e Tarot do Amor completaram o quadro do festival. A reutilização de roupa é, para a artista, um dos seus processos criativos mais estimulantes, dado que é ilimitada. A transformação de roupa não respeita moldes, padrões nem regras. Tudo é possível. Cada peça é um esboço em branco onde tudo pode ser transformado, alterado e recriado. O artesanato permitiu-lhe explorar principalmente os padrões dos tecidos em sintonia com materiais diversos como tule, feltro, trapilho, entre outros. Na arte decorativa reencontra a reutilização de peças e objetos, na intervenção de espaços em eventos e em casas particulares. As exposições são uma experiência recente mas impõem-se já como um caminho. O Bioco foi a sua primeira exposição, baseada exclusivamente na peça tradicional da nossa terra. Joana sublinha “quis dar-lhe um toque mais contemporâneo e despi-la daqueles panos escuros dando-lhe alguma cor e movimento”. A exposição esteve na galeria Sol, Sul e Sal, no Marina Hotel em Olhão e em Santa Rita, Cacela Velha.


04

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

SAI À RUA MÚSICA, TEATRO, DANÇA E ANIMAÇÃO SAIRAM À RUA

O Sai à Rua é um programa de a vidades que pretende proporcionar aos Olhanense uma série de a vidades de animação, música, teatro e dança, entre outras artes, em diferentes espaços da Cidade. Durante os meses de verão muitas são as inicia vas realizadas ao ar livre, promovidas ou apoiadas pelo Município. A dinâmica do Concelho vira-se para os espaços exteriores e as diversas en dades apresentam propostas de animação com grande adesão do público olhanense e de todos os que nos visitam. Durante o mês de julho, entre fes vais e arraiais, arruadas e alguns momentos improváveis muitas foram as inicia vas que surpreenderam e contribuíram para o dinamismo da nossa terra, que é já um cartão de visita e de atração turís ca a nível nacional (segundo o Tripadvisor). Destaque para um dos momentos improváveis com Carlos Mendes, que foi surpreendido por alguns amigos que aproveitaram a oportunidade para o felicitarem pelos seus 50 anos de carreira. Como novidade, vemos também o 1º Fes val das Cores, uma organização da ACASO, em parceria com a CMO e a FESNIMA.

Carlos Mendes ao piano, com o filho João Mendes, no Cantaloupe. Ao músico juntaram-se ainda Viviane, Zé Eduardo, entre outros.

Os grupos participantes no XVIII Festival de Folclore da Ria Formosa desfilaram pela

A Banda Filarmónica 1º de Dezembro de Moncarapacho saiu em arruada apresentando-se em

Avenida da República até à Zona Ribeirinha.

vários locais da cidade, nomeadamente Caminho das Lendas e Mercados.

IV Arraial Body Dance - Dance Point

I Arraial Stand Up


JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

I FESTIVAL DAS CORES, uma iniciativa inédita que contou com mostras de artesanato, a dança Hip Hop Fusion do Ginásio Clube Olhanense, a exposição de Joana Bandeira Rocha e Música de Graviola, Circulum Vevae, Cherry Quintet e Garatuja.

05


06

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

ALUNOS EUROPEUS VISITAM OLHÃO

OLHÃO, TERRA CUBISTA

PROGRAMA COMENIUS

MUSEU DE OLHÃO

Olhão, Terra Cubista é uma mostra que reúne um conjunto de imagens de Olhão realizadas a par r da relação da sua arquitetura com o cubismo, durante a primeira metade do século XX, época em que a imagem da vila cubista foi amplamente divulgada. A u lização do termo cubista para descrever esta peculiar terra algarvia remonta ao ano de 1921 quando o escritor José Dias Sancho publicou um ar go, no jornal Correio do Sul, usando, pela primeira vez o termo cubista para descrever Olhão. No ano seguinte foi publicado um outro ar go, na Ilustração Portuguesa, revista de distribuição nacional muito popular à época, in tulado Olhão, Terra Cubista. Se foram as publicações destes ar gos que despertaram o interesse para a especificidade deste singular espaço

urbano não o sabemos, o certo é que a par r da década de vinte do século passado vários pintores, escritores, fotógrafos e arquitetos passaram por Olhão. Reúne-se nesta exposição parte da imensa produção de imagens, a maior parte delas inéditas, e que são pela primeira vez apresentadas no Museu Municipal de Olhão. Por entre fotografias de Artur Pastor, desenhos e pinturas de Roberto Nobre, assim como várias revistas do século passado nas quais foi promovida a vila cubista, salientado a original maqueta que reproduz uma das inúmeras pologias da riquíssima arquitetura olhanense, o Museu convida, quem o desejar visitar, a encantar-se com a originalidade das edificações das gentes de Olhão e com as diversas formas como foram representadas.

VAMOS SER CONSERVADORES MUSEU DE OLHÁO

Olhão foi visitado por um grupo de cerca de 50 professores e alunos de nove escolas, de oito países par cipantes no Programa COMENIUS Os par cipantes, de Portugal, Alemanha, Bulgária, Turquia, Reino Unido, Estónia, Roménia e Hungria, puderam conhecer a cultura e dinâmica da cidade através de a vidades como o percurso pelo Caminho das Lendas e o passeio no Caíque Bom Sucesso, pela Ria Formosa, com visita às ilhas da Culatra, Armona, Farol e Hangares, conduzida pelo Museu Municipal de Olhão. Tiveram ainda a oportunidade de conhecer algumas das zonas mais emblemá cas do Algarve num passeio que incluiu a ida a Silves, Monchique,

Sagres, Cabo de S. Vicente, Praia da Rocha e Carvoeiro. Este encontro de final do projeto Comenius – Healthy Body, Healthy Mind, realizou-se entre os dias 4 a 12 de julho na Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes, em Olhão, e teve como obje vo fomentar hábitos de alimentação saudáveis e a prá ca de exercício Dsico nos estudantes par cipantes e o incen vo à interculturalidade apoiado pelas visitas aos diversos países inseridos no projeto. De salientar que os alunos visitantes ficaram em casa dos alunos da Escola Secundária e foram extraordinariamente bem recebidos e acolhidos pelas famílias portuguesas.

"Vamos ser Conservadores por um dia e ver o Museu pelos olhos de um conservador restaurador e perceber os fatores que degradam os nossos bens“ foi o desafio lançado pelo Museu a toda a população. O resultado foi uma sessão muito parcipada, orientada por Inês Cayres,

técnica de conservação e restauro do Museu. Os presentes veram oportunidade de esclarecer as suas dúvidas e conhecer alguns truques e dicas: como combater as traças e outros bichos, o mofo, limpar têxteis, etc.


JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

EXPOSIÇÃO DE BORDADOS

07

HEI-DE MORRER ONDE NASCI FILME DE MIGUEL MUNHÁ RODADO NAS ILHAS

Teve lugar na galeria Nº 11 e 13 da Rua 18 de Junho, nos dias 7 a 13 de julho, a Exposição de Bordados das alunas da professora Maria de Jesus. O grupo de bordados, atualmente sediado na Sociedade Recrea va Olhanense, tem aulas a decorrer de outubro a junho, e a sua exposição anual de trabalhos em julho. Este ano, a abertura da exposição contou com a presença do Presidente da Junta de Freguesia de Olhão, Luciano Jesus, que expressa o seu apreço pela a vidade e salienta a importância deste

po de a vidades na ocupação posi va dos tempos livres da população em idade sénior, num ambiente de convívio e par lha. Visto ser esta uma a vidade anteriormente ligada à Junta de Freguesia, o presidente refere ainda os seus esforços em encontrar um espaço permanente para o grupo de bordados. A professora Maria de Jesus refere também os 16 anos de funcionamento, e elogia a boa vontade e disponibilidade das suas alunas.

SERAFIM SESSÃO DE CONTOS NA BIBLIOTECA DE OLHÃO O reconhecido contador de histórias, Serafim, esteve na Biblioteca Municipal para uma sessão de contos que encantou miúdos e graúdos. A inicia va do CCD foi muito par cipada e o contador ca vou o público com o seu reconhecido humor e talento de contador, aproveitando o momento e os livros para trabalhar os valores da cidadania e da igualdade entre as pessoas.

Terminaram as filmagens de Hei-de Morrer Onde Nasci, uma homenagem às ilhas da Ria Formosa e à cultura de toda essa peculiar região. Atores e toda a produção foram muito bem recebidos pelos locais e ficaram encantados com as maravilhas da nossa terra: simpa a e afe vidade das gentes, gastronomia, beleza natural, clima e toda a organização dos locais. O filme retrata a história de dois irmãos (Marinho - o mais velho; Janeca - o mais novo) que lutam por sonhos diferentes. Essa diferença de perspe -

vas irá fazer com que se comecem a criar conflitos na sua relação. Dividido entre o irmão e a ilha, Marinho sente que tem de proteger a família e a tradição. Dividido entre a família e o seu futuro, Janeca sente precisar de fugir. Hei de Morrer Onde Nasci é uma história sobre relações familiares, tradições, as ilhas algarvias, e é também a tenta va de reflexão sobre o que é a alma de um determinado lugar - neste caso, a casa de Marinho e Janeca (que é uma mistura ficcionada das ilhas Culatra, Hangares e Farol).


08

JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | # 33 | AGO ‘15

DESTAQUE

Jady Batista | Coordenação J

MINHA FUKUSHIMA Taro Aizu, poeta japonês, revelou ao mundo, através da sua escrita, a tragédia que resultou do terramoto e do tsunami que em 2011 destrui as centrais nucleares de Fukushima. Este desastre nuclear com repercussões mundiais, em particular para as vasta regiões do japão contaminadas, exposto no livro My Fukushima, deste autor, foi a inspiração para uma exposição de arte que reúne cerca de 70 artistas de todo o mundo. Até 28 de Agosto, poderá apreciar, na galeria da Biblioteca Municipal José Mariano Gago, em Olhão, pinturas, instalações e painéis que ilustram o acontecimento segundo o ponto de vista de artistas tão diferentes, sobre um mesmo tema.

BD | MÓCE MÓ

#33

| AGO’15 | JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS DE OLHÃO || CONTACTO casajuventude@cm-olhao.pt | Av. Bernardino da Silva, Edif. da Biblioteca Municipal | 289700190

PROMOTOR Município de Olhão [Casa da Juventude de Olhão] EDIÇÃO/PAGINAÇÃO João Evaristo || COORDENAÇÃO/REDAÇÃO Jady Batista COLABORADORES Carlos Campaniço, Hugo Oliveira, Mariana Ramos, Orlando Ó, Paulo Murta, Rosa Moreira, Zeta Duarte TIRAGEM 4300 EXEMPLARES || APOIO À DISTRIBUIÇÃO JORNAL OLHANENSE

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: Joana Bandeira, Rafael Silva, Catarina Nunes, Bruno Alexandre, Catarina Ramos, Carlos Alves, Carla Margarida, Célia Luz, Décio Baganha.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.