JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO IV | # 44| JUL‘16
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS DIA 01 COM O JORNAL
| OLHÃO
O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs casajuventude@cm-olhao.pt
VIVIANO ROCHA STREET WORKOUT
P.09
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO IV | # 44 | JUL‘16
PATRIMÓNIO 02
EMBARCO REVISTA DE ESTUDOS MARÍTIMOS DO ALGARVE | MUSEU MUNICIPAL DE OLHÃO
A primeira edição da revista Embarco, cujo objetivo é a divulgação de estudos ligados à história do Mar no território algarvio, já está disponível ao público. Esta é uma edição da Câmara Municipal de Olhão, do Museu Municipal de Olhão com o apoio do Grupo de Acção Costeira Sotavento do Algarve através do Programa Promar. Um dos motores que impulsionou a edição desta revista, como refere a coordenadora desta Edição, Veralisa Brandão, foi: “ um défice de trabalhos de investigação na área de estudos marítimos”. O número um da Embarco conta com os trabalhos de sete investigadores: Andreia Fidalgo, Cassandra Gonçalves, Hugo Cavaco, Joana Macedo, João Pedro Bernardes, Marco Lopes e Veralisa Brandão. Os temas abordados neste número centram-se em torno da história das Pescas no período Romano; O Compromisso Marítimo; As Pescarias na Restauração do Reino do Algarve; A pesca em Olhão nos finais do séc. XVIII; A Casa dos Pescadores de Olhão; O antigo arraial Ferreira Neto ou A Vila de Amêjoas. Para além da pertinência dos temas, esta edição tem outro atrativo, o facto de ser gratuita, estando por isso ao alcance de todos os Investigadores e curiosos pela temática das Pescas.
A IDENTIDADE DO ALGARVE FORAIS ALVARÁS E CARTAS RÉGIAS | ARQUIVO MUNICIPAL DE OLHÃO
Está patente no Arquivo Municipal António Rosa Mendes, até dia 29 de julho, a exposição itinerante organizada pela Rede de Arquivos do Algarve com o apoio dos municípios da região e da AMAL. Esta mostra, inaugurada no dia 16 de junho, no âmbito das comemorações do dia da cidade, possibilita, pela primeira vez, de forma conjunta, através dos documentos, traçar cronologicamente a evolução da administração régia da região e a consequente formação dos 16 concelhos que formam o Algarve. Em Olhão evidenciamos o Alvará Régio, de 15 de novembro de 1808, que elevou Olhão a Vila do Olhão da Restauração, seguindo-se mais tarde, em 1826, a instauração do concelho. Se ainda não conhece as novas instalações do Arquivo Municipal, inaugurado o ano passado, esta é uma excelente oportunidade para visitar este espaço municipal.
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PATRIMÓNIO 03
NAQUELE TEMPO...
naturalizado francês, Marcel Bich, inventa algo de totalmente inovador: uma caneta de tinta, sem aparo, que não sujava os dedos e ainda por cima era barata. A sua entrada em cena foi triunfante: spots televisivos e radiofónicos, até na volta a Portugal em bicicleta (lembram-se do Joaquim Agostinho com a
Joaquim Parra Professor de História
camisola da Bic?) Foi de tal modo que nem a pobre Molin, congénere de fabrico nacional, lhe pode fazer
Instrumentos de Escrita – do aparo à esfera
frente. Esferográfica era Bic. E entre os estudantes rapidamente se descobriram outras qualidades (e
Ao contrário do que sucede hoje em dia, em que a indecisão, na hora da compra, assume proporções de grande angústia, quando o aluno tem que escolher entre uma caneta de gel ou de tinta com brilhantes ou ainda com cheiro a chocolate ou baunilha, de bico fino, médio ou largo, o aluno de outros tempos não precisava de se preocupar muito com a escolha do instrumento de escrita. Bastava-lhe a caneta de aparo. A tinta era diligentemente distribuída pelo(a) professor(a) nos pequenos tinteiros que se encontravam encaixados nos orifícios próprios das carteiras. O aluno ia molhando o aparo à medida que ia escrevendo. O único problema é que, por vezes, o aparo espetava-se no papel e isso era sinónimo de borrão e, eventualmente, culminava numa reguada ou puxão de orelhas. Os estudantes eram facilmente reconhecidos não só pela bata branca, mas também pelos dedos sujos de tinta. Seguiu-se a caneta de tinta permanente. Objeto cobiçado e invejado. Não havia Natal, Comunhão ou Aniversário em que ela não fosse desejada (embora nem sempre obtida). E Parker. Caneta de tinta permanente era a Parker. Na escola fazia-se questão de a mostrar aos colegas. Os borrões desapareceram dos cadernos. Os borrões dos dedos… Bom, esses continuavam, com os estigmas dos estudantes: os calos nos dedos indicador e médio e a tinta. Os erros eram cientificamente rasurados pelo(a) professor(a) com lixívia e papel mata-borrão ou uma lâmina de barbear ou, em situações mais delicadas, por um complexo sistema “alquímico” de dois ou três frasquinhos que eles manipulavam como se de uma experiência química se tratasse. E de repente ( é como quem diz): Bic Laranja Bic Cristal Duas escritas à sua escolha Bic Laranja para a escrita fina Bic Cristal para a escrita normal Bic, Bic, Bic Bic, Bic, Bic De Clichy, na França, um barão de origem italiana,
utilidades). Já não era necessário recorrer aos saberes alquímicos do professor(a), bastando uma borracha “de tinta” (de que resultava, normalmente, uma “janela” na folha). Além disso, eram excelentes zarabatanas. Retirada a carga, um bocadinho de papel, devidamente “ensalivado”, era colocado numa das extremidades do tubo e, pela outra, soprava-se com força. O alvo, dependia da mestria do snipper: as orelhas ou o pescoço do colega. Para treinar, não havia nada melhor do que o teto da sala de aula. Além desta fantástica utilidade, também era possível personalizar o instrumento, bastava passá-la pela chama e dar-lhe a forma que se quisesse. Esta personalização artística chocava, por vezes, com os cinco dedos do pai ou da mãe, incapazes de reconhecer a veia artística do filho.
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LETRAS 04
UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA
com o orgulho digno do voluntariado pela “natureza”. As estradas estão um caos, os acessos horríveis e a rede de transportes é mais ineficaz que umas braça-
AUTOR DO MÊS BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OLHÃO
deiras de criança num velho gordo que não sabe nadar. Usamos a nossa criatividade em momentos selecciJoão Pedro Baptista Músico
onados e não como uma constante no dia a dia. É triste ver gente que quer trabalhar, mas que está agrilhoado ao peso da burocracia, à pressão das
UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA V8
contas, ao incontornável monstro da higiene e ao
O verão chegou! E com ele todas as coisas a que
policiamento cego, digno de qualquer sociedade
temos direito: sol, calor, biquínis, turistas, etc.
opressora.
Eu tive a sorte de poder passar todos os verões nu-
Continuamos a deixar que tudo aconteça ao mesmo
ma roulote, entre Faro e Fuzeta. Passei os primeiros
tempo. Não há planeamento de eventos, atropelam-
21 anos da minha vida nisto. Com 6 dias apenas já
se concertos, mostras, festivais e conceitos falha-
estava na roulote dos meus pais.
dos.
Vivi o turismo pelas duas vertentes. A de turista e a
E para não sermos incomodados com outras experi-
de local/trabalhador. Fazia muita 'espécie' a muita
ências e outras visões ou alternativas, acusamos o
gente, sair de casa durante 2 meses para ir para
preço e baixamo-lo até o lucro ser a miragem acom-
aqui tão perto. Mas eram verões especiais onde co-
panhada na sua miséria por fraca qualidade em tu-
nheci muita gente. Turistas estrangeiros e não só,
do.
pessoas com negócios de verão e não só, etc...
À falta de aposta, de “cojones” pela mudança e de
Isto tudo para dizer que estamos completamente
arriscar é a música que dá o mote para a eterna
perdidos...
dança da ladainha de inverno.
MANUEL MADEIRA
Continuamos a apostar na sazonalidade, continu-
Este não é o verão das nossas vidas, porque nos
Nasceu em S. Bartolomeu de Messines, em
amos a ter 'época balnear' e a parecer um bairro
falta a vontade de oferecer a quem nos visita, aquilo
1924, mas muito cedo foi levado para Faro
mexicano abandonado durante o inverno. A segu-
que estávamos dispostos a oferecer àquele amor de
com a família, depois para Olhão, onde viveu
rança das águas continua a ser assegurada obriga-
verão. Que por um beijo que fosse, não havia duna
até aos vinte e cinco anos de idade, altura
toriamente pelos concessionários das praias e a
que fosse grande demais, ou ponte assustadora e
em que se deslocou para Lisboa e aí perma-
existir somente durante esse tempo.
alta para saltar e dar aquela chapa! Vínhamos ver-
neceu durante mais de quarenta anos. Re-
Temos praias que são sujas no inverno e limpas por
melhos! Mas saltamos! E isso ninguém nos pode
gressou a Olhão onde viria a falecer a 28 de
voluntários antes do verão e tomamos este facto
tirar!
maio de 2016. Foi empregado no comércio e funcionário
03:00 DA MANHÃ
Quis ontem, e quero hoje, só não sei como vou. Se vou e nunca mais lá chego. Se vou e adormeço. E esqueço-me porque me fui embora!
público, tendo sido demitido por motivos políticos. Foi preso e torturado pela PIDE várias vezes. Reuniu em livro parte da sua poesia, de 1949 a 2004, sob o título No encalço do real inalcançável, Editora Minerva, Lisboa 2005; em
Petra Martins Blogger
HOSPÍCIO Bem-vindos ao meu hospício. CAMINHOS
Pintei os muros de uma cor engraçada. Não sei bem
Oxalá te percas, como Eu me perdi. E não te encon-
que cor é. É leve, a textura é suave, Eu gosto. Acho
tres, como Eu ainda me procuro.
que quando tentamos procurar uma cor nova para
Oxalá te canses de te encontrar, como Eu, ainda não
aplicar nos muros das nossas vidas, temos que pen-
me encontro.
sar se ela vai ficar bem, de acordo com todo o con-
Que sintas de uma só vez o que Eu senti aos poucos
junto, que o resto envolve.
- aquilo que se foi e nunca mais voltou -
Eu não pensei muito acerca disso.
talvez ande por aí nos braços de alguém tão exausto
Pintei e pronto.
como Eu.
Se ficar mal, pinto por cima.
Ou talvez tivesse fugido como alguém que não teve
E quando achar que os muros da minha vida já leva-
coragem.
ram demasiadas pinturas, mudo de casa.
2007
publicou
Um
po-
uco de infinito em toda a parte, Editora Atelier; em 2008, Cartas poéticas entre António Ramos Rosa e Manuel Madeira, Editora Labirinto, bem como em 2009 da mesma editora, o livro À descoberta das causas no sortilégio dos efeitos; Simbiose telúrica de fragmentos do ser, reflexos e reflexões poéticas editado pela Popsul, em 2010 e em 2012 o seu último título de poesia Universo com trancas à porta, Editora 4Águas . Pode consultar toda a bibliografia do autor existente na Biblioteca através do catálogo online: www.cm-olhao.pt/pt/catalogo-online
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LETRAS 05
FEIRA DO LIVRO DE OLHÃO 2016 9 DIAS DE LIVROS, AUTORES, ARTESANATO E MUITA ANIMAÇÃO
A Feira do Livro de Olhão, está de volta. Este ano iniciou a 10 de junho no Jardim Pescador Olhanense e decorreu durante nove dias. Houve lançamentos, apresentações e sessões de autógrafos, momentos musicais, atividades para as crianças como a Hora do Conto, pinturas faciais, expressão plástica e jo-
14 JUN | Autor convidado: Luís Ene. Com presença de Carlos Campaniço e Avery Veríssimo
gos infantis. 10 JUN | Momento musical com Flor de Sal
15 JUN | Autores convidados: Afonso Cruz e Fernando Évora 10 JUN a 18 JUN | Livros para todos os gostos
11 JUN | Apresentação do livro Evolução Urbana de Olhão, de Sandra Romba
16 JUN | Autor convidado: João Peres; Apresentação de Mário Proença
10 JUN a 18 JUN | Artesãos locais apresentaram os seus trabalhos 11 JUN | Autor convidado: Casimiro de Brito. Apresentação: Fernando Cabrita
17 JUN | Autora convidada: Ana Margarida de Carvalho
10 JUN | Momento musical de abertura com as Bandas da Casa
12 JUN | Lígia Baldori apresentou o seu livro O Roubo Misteriosos dos Dentões
10 JUN | Autora convidada: Nídia Caetano Palma
18 JUN | Autor convidado: Carlos Nuno Granja
12 JUN | Autores convidados: Paulo Moreira e Pedro Jubilot
10 JUN | Autor convidado: Fernando Cabrita; Apresentação do livro Meditação em Novembro
13 JUN | Autor convidado: Bruno Vieira do Amaral; Apresentação: Adriana Nogueira
18 JUN | Sessão de encerramento com Dr. António Pina. Autora convidada: Andreia Fidalgo
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EVENTOS 06
AS PUBLICAÇÕES MAIS VISTAS DO J O J - Juventude, Artes e Ideias que, para além do formato em papel, apresenta-se online no ISSUU e no Facebook (com mais de 5000 fãs e 14 000 membros no grupo) é um excelente veículo de informação sobre o concelho de Olhão. Ao longo do ano publicamos AQUI as notícias e os eventos mais vistos. COLABORA A DIVULGAR O QUE DE MELHOR SE FAZ E PARTILHA CONNOSCO AS TUAS PUBLICAÇÕES.
86 357 VISUALIZAÇÕES EM JUNHO
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EVENTOS 07
DIA DA CIDADE COMEMORAÇÕES DO DIA DA CIDADE DE OLHÃO 2016
Homenagem aos Heróis da Restauração
Inauguração das Instalações Escultóricas no Caminho das Lendas
O Dia da Cidade começou frente ao edifício dos Pa-
autarquia sem, contudo, perder de vista o apoio às
ços do Concelho, com a cerimónia do hastear da
camadas da população social e financeiramente
bandeira, que contou com a presença, para além de
mais debilitadas.
muitos populares, da fanfarra dos Bombeiros Munici-
A ocasião contemplou também a cerimónia de impo-
pais de Olhão, da Banda Filarmónica 1º de Dezem-
sição da Medalha Municipal de Mérito Grau Ouro a
bro de Moncarapacho e de diversos grupos de escu-
dois olhanenses: o advogado António Cabrita e o
teiros do concelho. Seguiu-se a deposição de uma
jornalista Augusto Madureira. Foram igualmente ho-
coroa de flores junto ao monumento de homenagem
menageadas duas funcionárias que completam em
aos Heróis da Restauração de 1808.
2016, 25 anos ao serviço da autarquia: Isabel Rocha
As comemorações do feriado municipal de Olhão
e Maria de Fátima Peleira.
prosseguiram com a inauguração de duas novas
Finalmente, houve lugar para a entrega dos Diplo-
instalações escultóricas, da autoria da artista plásti-
mas de Mérito Escolar aos alunos do secundário
ca olhanense Isa Fernandes, em dois dos largos do
que concluíram o ano letivo 2014-2015 com a me-
Caminho das Lendas, o Largo do Gaibéu e o Largo
lhor média no 10º, 11º, 12º anos e curso profissional,
da Fábrica Velha.
respetivamente Mariana Lopes, Igor Gago, Miguel
Decorreu a inauguração do Centro Comunitário e
Rodrigues e Priscila Viegas.
Refeitório Social Ana Dias, na zona do Bairro dos
As comemorações do Dia da Cidade de Olhão con-
Pescadores, mais uma valência da Associação Ver-
taram também com a inauguração de duas exposi-
dades Escondidas que vê, assim, reforçados os mei-
ções: uma da Rede de Arquivos do Algarve, intitula-
os de prestação de apoio àquela comunidade.
da A Identidade do Algarve: Forais, Alvarás e Cartas
Já durante a sessão solene, António Miguel Pina
Régias, que se encontra patente no Arquivo Munici-
passou em revista o trabalho desenvolvido desde
pal António Rosa Mendes e onde pode ser visto o
que o seu executivo tomou posse, começando por
original do alvará régio conferido a Olhão pelo Prín-
referir que “quando vencemos as eleições em se-
cipe Regente D. João, em 1808; a outra, que se en-
tembro de 2013 havia, fruto da crise que vivíamos
contra patente na Biblioteca Municipal José Mariano
em Portugal, que reduzir o passivo da autarquia e
Gago, uma coletiva de pintura que reúne trabalhos
das empresas municipais, bem como reorganizar
dos alunos do Centro de Pintores Olhanense.
Inauguração do Centro Comunitário Ana Dias
Inauguração da exposição A Identidade do Algarve: Forais, Alvarás e Cartas Régias
esta grande ‘empresa’”. Esta reorganização passou, segundo o edil, por consolidar financeiramente a
Fonte: Site Município de Olhão Exposição coletiva do Centro de Pintores Olhanense
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DESPORTO 08
ANA CABECINHA E MIGUEL CARVALHO VENCEM III TROFÉU DE MARCHA JORGE COSTA
Decorreu no passado dia 18 de Junho na Avenida 5 de Outubro em Olhão o 3º Troféu “Jorge Costa” de Marcha Atlética, numa organização conjunta do Clube Oriental de Pechão e da Junta de Freguesia de Quelfes. Ana Cabecinha do CO de Pechão e Miguel Carvalho do SL Benfica foram os vencedores nas principais provas, onde participaram cerca de 100 atletas em todos os escalões etários (de Benjamins A a Veteranos B) em representação de Clubes Algarvios, Santarém, Lisboa, Espanha e Honduras. O Clube Oriental de Pechão, esteve em plano de destaque ao conseguir 9 vitórias individuais, e mais 8 atletas noutros lugares do pódio, resultando aí a vitória colectiva entre os 10 clubes participantes. A atleta de Pechão Ana Cabecinha completou os 5km em 21.30. A prova decorreu dentro da normalidade para a Ana, isolando-se logo após o tiro de partida, aumentando a vantagem até final sem forçar
Carvalho do SL Benfica venceu com 21.04; na 2ª
A prova contou com o apoio das seguintes entida-
muito; nas posições seguintes (classificação geral)
posição chegou o Veterano A – Marcos Fernandez
des: Município de Olhão, Juntas de Freguesia do
chegou a colega de equipa Edna Barros (23.44), 3ª
(Honduras) com 22.14 na 3ª posição na Geral ficou
Concelho de Olhão (Pechão e Olhão), Line Star Life,
na geral foi Mara Ribeiro (SL Benfica) com 24.01.
Dioniso Ventura (CATunes) 23.10 (2ºVeterano), Leo
Conselho de Arbitragem da Associação de Atletismo
A prova masculina com a mesma distância (5km)
Romero (Honduras) ocupou o 4º lugar na Geral (2º
do Algarve, Lusitânia – Seguros, Clube Albufeira e
contou com um bom lote de participantes, Miguel
Sénior) com 23.36
do comércio local.
CAMPEONATO NACIONAL DE STREET WORKOUT PARQUE DE STREET WORKOUT | GINÁSIO AO AR LIVRE
A última fase do Campeonato Nacional de Street Workout 2016 (CNSW 2016) decorreu no dia 19 de junho, no parque de Street Workout existente na Zona Ribeirinha de Olhão (Ginásio de Ar Livre – Frente ao Hotel Real Marina). CNSW 2016, aconteceu em Olhão com os doze atletas que obtiveram melhores pontuações na préseleção. O atleta vencedor, Valeriu Popov, representará Portugal no Campeonato Mundial de SW 2016 em Moscovo. O CNSW 2016 realizou-se em todos os países membros da World Street Workout & Calisthenics Federation em cooperação com as suas organizações membros. A realização deste campeonato trouxe a Olhão os melhores atletas nacionais e contou com a participação do olhanense Viviano Rocha, 2º classificado e Chedi Tanabene, 3º classificado no CNSW 2016 . O júri foi composto pelos altetas Efim Zhidkov
um),
nos
Elementos
estáticos
nos
Elementos
e
Jay
Chris
qualidade, pois no Street Workout a competição
(Street Workout Center), na Combinação de elemen-
(BarSparta)
dinâmicos.
transforma-se numa arte performativa de entreteni-
tos, Philippe Scofield (Equipa Street Workout Belgi-
Olhão recebeu assim mais um evento de grande
mento para o público.
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TALENTO 09
STREET WORKOUT
VIVIANO ROCHA Viviano Rocha, 36 anos, é o maior represen-
corpo, e ao mesmo tempo também é muito
Infelizmente depois apareceram as lesões, in-
tante de Street Workout de Olhão, de onde é
desafiante e por isso muitos desistem.”
flamação em ambos os antebraços, rotura de
natural.
O seu momento mais importante foi o encon-
ligamentos no joelho esquerdo e pulso, fazen-
Em 2014 obteve formação de Personal Trainer
tro organizado na Mexilhoeira da Carregação,
do com que Viviano faça pausas nos treinos.
pela Promofitness, onde se formou também
em 2015, foi aí que Viviano deu-se a conhecer
Ainda hoje não está totalmente recuperado.
em Cross Trainer. Em 2015 foi certificado pelo
ao Street Workout Nacional e sublinha: “Não
Em maio foi à pré seleção Sul no Seixal conse-
Hit Richards com o diploma de Elite Calis-
posso deixar de mencionar os Street Workout
guindo apurar-se, para ele “era horrível não o
thenics Specialist, NASM approved.
2725 Portugal que me acolheram de braços
ser quando o Campeonato Nacional se iria rea-
“Viciado” em desporto, como se considera, a
abertos”. Nesse mesmo evento foi convidado
lizar em Olhão”
sua paixão são as ondas e a neve. Fez bo-
a participar no Campeonato Nacional 2015 que
O Campeonato Nacional de Street Workout em
dyboard regularmente durante 17 anos.
decorreu em Coimbra, ficando em 4º lugar.
Olhão foi uma iniciativa da Câmara Municipal
Iniciou-se no Street Workout com o amigo Car-
Nessa altura, é inaugurado em Olhão o pro-
de Olhão (CMO).
los Sousa. Durante algum tempo teve compa-
jeto do Park Street Workout, com a sua cola-
Para Viviano, “o evento em Olhão foi o melhor
nhia, mas acabou por continuar sozinho. Trei-
boração. Mais tarde candidatou-se ao Battle of
de todos os 4 campeonatos nacionais até à
nava nos Pinheiros de Marim. Viviano revela
the Bars Madrid 2015 e foi selecionado em 32
data realizados, e foi um dia muito importante
que começou a notar evolução no seu corpo,
vagas possíveis a nível europeu, “foi uma ex-
para o SW nacional. É um orgulho ser olha-
na força e nos exercícios que fazia. “É incrível
periência única sem dúvida e voltei muito mais
nense. Será com certeza um dia para mais tar-
o que se pode fazer só com o peso do próprio
motivado”, revela.
de recordar”.
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GALERIA 10
SEN GALLERY EXPOSIÇÃO | ESPAÇO+
No dia 25 de junho foi inaugurado, no Espaço+, a SEN Gallery. Dário Silva, aka SEN, é um jovem artista de graffiti, natural de Olhão, que há mais de uma década tem vindo a transformar as paredes e muros do concelho numa imensa galeria onde se vislumbra uma vasta coleção de peças artísticas que revelam uma enorme criatividade e domínio da cor. O seu gosto por embelezar a cidade, contribui, segundo o próprio, para que Olhão “seja uma das cidades mais pintadas do mundo. Foi a primeira cidade a ter um prédio pintado – As Panteras”.
DE TODAS AS CORES ATÉ 05 AGO | EXPOSIÇÃO | ANA SOTA E MIZÉ CUNHA | BIBLIOTECA MUNICIPAL DE OLHÃO
A exposição de pintura “De Todas as Cores” por Ana
tico. Gosta de despertar emoções.
eventos de “Pintura ao vivo” em diversos locais, con-
Sota e Mizé Cunha será inaugurado no dia 05 de
Tem obras em diversas coleções particulares, Portu-
tribuindo assim para a projeção da Arte em Portugal.
julho, pelas 15h30 na Galeria da Biblioteca Municipal
gal, Coreia do Sul, Brasil, Itália, França, Alemanha,
Exposição patente até 05 de agosto de 2016.
José Mariano Gago.
Qatar e Macau.
Ana Sota e Mizé Cunha são amigas de longa data e
Mizé Cunha, nasceu em Vila Franca de Xira em
expõem os seus trabalhos com estilos de pintura
1960. Iniciou a sua pintura em aguarela como um
diferentes: acrílico abstracto e aguarela figurativa.
hobbie, sendo atualmente a sua principal ocupação
Para além da amizade, a cor também as une.
por lhe atribuir a maior importância.
Ana Sota, Artista Plástica autodidata, nasceu em
É membro do G.A.R.T. Grupo de Artistas e Amigos
Albufeira, em 1956. Frequentou vários cursos de
da Arte. Participou em exposições coletivas e em
gravura, desenho e pintura em Macau (Ásia) de 1991-1996 e em Varese (Itália) de 2002-2011. Realizou várias exposições individuais e coletivas, integrou grupos de associações de pintores da região da Lombardia (Itália). Em Portugal, já realizou exposições em Lisboa, Tavira e S. Brás de Alportel. Utiliza quase sempre acrílico sobre tela e vários tipos de madeira e MDF. Sempre com muita cor, gosta do jogo entre o brilhante e o opaco; a utilização de cores fortes e a repetição por vezes minimalista do jogo de cores permitem-nos entrar num universo simples, mas vibrante. Explora muito o monocromá-
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PALCO 11
FESTAS DA CIDADE 2016 JARDIM PESCADOR OLHANENSE
Em junho, Olhão assinalou os 208 anos sobre o le-
tou às Festas da Cidade, sendo a novidade este
nhecimento; os alunos de Domingos Caetano, da
vantamento popular que culminou na expulsão das
ano, a apresentação ao público do DJ Digui, o pri-
Associação Cultural Fusetense.
tropas napoleónicas.
meiro DJ formado na Casa da Juventude, num pro-
No dia 15 a banda pop rock oLudo, abriu as hostes
jeto coordenado por Viriato Muata. Esta edição do
Esta foi mais uma iniciativa da Câmara Municipal de
das comemorações da Cidade de Olhão. No dia 16,
Olhão ao Vivo contou com projetos de música de
Olhão e da Fesnima que procurou promover os ta-
Quim Barreiros encheu o Jardim Pescador Olhanen-
artistas olhanenses: a DrumSchool Band, da escola
lentos da nossa terra, a par de outras como o Mostra
se. No dia 17 mais de mil pessoas juntaram-se para
DrumSchool; os alunos da escola de formação de
-te ao Vivo, que decorreu em maio e as bandas de
ver a peça Mê menine… e a Tu Mãe!? Para fechar o
Eduardo Patarata, integrados no projeto Bandas da
abertura do Festival do Marisco, que acontece em
programa, no dia 18, a iniciativa Olhão ao Vivo vol-
Casa; os M90, uma banda da terra de grande reco-
agosto.
Olhão Ao Vivo | 18 JUN | DrumSchool
Festas da Cidade | 15 JUN | oLUDO
Olhão Ao Vivo | 18 JUN | M90
Festas da Cidade | 17 JUN | Mê menine… e a Tu Mãe!?
Olhão Ao Vivo | 18 JUN | Bandas da Casa
Festas da Cidade | 16 JUN | Quim Barreiros
Olhão Ao Vivo | 18 JUN | DJ Digui
Olhão Ao Vivo | 18 JUN | alunos de Domingos Caetano
MÓCE MÓ | NAVEGAR NA NET
SELEÇÃO E ADAPTAÇÃO DE TEXTOS JOÃO
EVARISTO
ILUSTRAÇÕES
ORLANDO DO Ó
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ÚLTIMA 12
DESTAQUE
Jady Batista Coordenadora Editorial J
CAMINHO DAS LENDAS
A Lenda do Mouro Encantado, no Largo do Gaibéu,
acesa nas mãos. Aquele que conseguisse seria do-
que conta a história de um pescador, ainda jovem,
no do seu coração e do reino de seu pai. Os que
chamado Manuel Caleça que enquanto jogava à
falhassem, afogavam-se na ria.
bola com os amigos conheceu um rapaz sem grande
A Lenda do Menino dos Olhos Grandes, no Largo do
talento para o jogo que veio a revelar ser dono de
Carolas, conta que em noites escuras, um menino
uma riqueza imensa, tratava-se de um mouro encan-
muito robusto aparecia aos pescadores, vestido só
tado.
de camisa, com grandes olhos. Como chorava muito
A Lenda da Floripes, representada por uma imagem
e não dizia nada, os pescadores com pena da crian-
da própria Floripes, na Praça Patrão Joaquim Lopes,
ça, pegavam-na ao colo, mas à medida que cami-
conta que a bela jovem Floripes tentava os homens,
nhavam, o peso da criança ia aumentando e acaba-
desafiando-os a atravessar a ria com uma candeia
vam por abandoná-lo no chão.
O Caminho das Lendas é um percurso que liga cinco dos principais largos da zona histórica de Olhão. Dois dos largos, o do Patrão Joaquim Lopes e o do Carolas, possuem duas estátuas, Floripes e Menino dos Olhos Grandes, da autoria de Leonel Moura, que são já uma referência da nossa terra, muito apreciada pelos olhanenses e por quem nos visita. A estas duas obras juntaram-se, no dia 16 de junho, duas instalações escultóricas, da autoria de Isa Fernandes, representativas da Lenda de Marim, no Largo da Fábrica Velha e da Lenda do Mouro Encantado, no Largo do Gaibéu. Está prevista uma última instalação, representativa da Lenda do Arraúl, no Largo João da Carma, completando assim, o conjunto das representações artísticas de figuras que fazem parte do imaginário dos olhanenses e dos bairros mais antigos da cidade. A Lenda de Marim, no Largo da Fábrica Velha, conta a história sobre a paixão do trovador Abdalá e da jovem Alina. A discórdia familiar condenou este amor impossível à imortalidade.
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