OLHÃO ANO V | # 51 | MAR17 DIA 01 COM O JORNAL
O OLHANENSE | DISTRIBUIDO GRATUITAMENTE POR TODO O CONCELHO | DISPONÍVEL ONLINE EM http://issuu.com/casadajuventudedeolhao/docs
oLUDO
MÚSICA p.11
JUVENTUDE, ARTES E IDEIAS | OLHÃO | ANO V | # 51 | MAR’17
02 | PATRIMÓNIO
Joaquim Parra Professor de História
BOM DIA SENHORA PROFESSORA
As memórias que hoje aqui trago, dizem respeito à Primária, “à minha primária”, de escola “paga”, a Escola do Chumbinho (Externato Dr. Carlos Fuzeta), que ficava num edifício térreo mesmo em frente à estação da C.P. e que era, ao mesmo tempo, residência do Sr. Chumbinho (entrada pela Avenida dos Combatentes da Grande Guerra) e escola, (entrada pela atual Rua 1º de Maio). Era uma escola diferente da pública, mas nem por isso tão diferente. A minha tinha casa de banho, não se utilizava a ardósia, (substituída por pequenos cadernos), todos íamos calçados, as instalações eram confortáveis (o único problema era o cheiro da fábrica de farinha de peixe, a SAFOL, mas até funcionava como ex-libris de Olhão), tínhamos lanche, almoçávamos em casa e morávamos relativamente próximo da escola, situação que não acontecia com muitos alunos que frequentavam a escola pública. Mas uma coisa tinha em comum: por causa das “tentações”(???), as escolas estavam divididas em: escolas para os meninos e escolas para as meninas e, em muitos casos, esta separação era feita por um alto muro. A minha era exclusivamente para meninos. De acordo com um calendário escolar que encontrei, de 1945/46 (e que se manteve mais ou menos inalterado até ao 25 de Abril), estipulava o início das aulas a 8 de Outubro, terminando o primeiro período a 23 de Dezembro. O 2º Período ia de 7 de Janeiro até 14 de Abril (com paragem no Carnaval de 2 a 6 de Março) e o 3º Período, de 28 de Abril a 14 de Julho. O início das aulas era aguardado com alguma expectativa, senão mesmo com alguma alegria (ainda que ela se fosse
A “menina dos cinco olhos” (uma palmatória com cinco furos para deixar escapar o ar e dessa forma assentar que nem esfumando com o passar dos dias). Havia o ritual de comprar os livros escolares e abri-los para os cheirar, mas os alunos com irmãos mais velhos nem sempre se podiam dar a este luxo, uma vez que “herdavam” os manuais que, por essa época, eram únicos e adotados por anos e anos consecutivos. Depois, havia que os forrar (um livro estragado era quase sempre sinónimo de reguada). Seguiam-se os cadernos de linhas (para as cópias e os ditados) e que na 1ª e 2ª classe eram de duas linhas, porque a letra era para ser disciplinada e percetível, uma vez que ainda não se tinha chegado à conclusão que o aluno não deve ser espartilhado na sua criatividade caligráfica sob pena de ficar psicologicamente afetado. Depois havia os de quadrados para as contas e os lisos para o desenho. Também não podia faltar o lápis, a borracha, o apara-lápis, a régua, os lápis de cor (também se podiam comprar canetas de feltro, em que as mais procuradas eram as Carioca, com 6, 12 e 24 cores) e a caneta de tinta permanente (a caneta de aparo fora substituída desde que um colega entornou o tinteiro da sua carteira por cima de outro) que marcava os dedos de qualquer estudante. E claro, para rematar, o livrinho da Tabuada, porque calculadoras eram umas máquinas enormes em que se carregava nuns botões, dava-se a uma manivela e aparecia o resultado. Mas com sorte havia a possibilidade de se conseguir apanhar aquele lápis da VIARCO que trazia a tabuada gravada, e que dava para utilizar no dia-a-dia, (mas nunca no dia das chamadas). Seguro era mesmo sabê-la de “cor e salteado” para evitar
O lanche era transportado num cestinho de verga ou num saquinho de pano (porque os sacos de plástico eram novidade e não se podiam desperdiçar). algum castigo mais vigoroso. Tudo isto cabia perfeitamente na pasta, que se transportava na mão ou às costas. Numa época em que, ainda que subrepticiamente, se seguia a famosa divisão proclamada em 1934 pelo então Ministro da Educação, Eusébio Tamagnini, no Diário de Notícias e segundo o qual a população escolar se dividia em cinco grupos: 1º - Inducáveis (8%); 2 ºNormais estúpidos (15%); 3º – Inteligência média (60%); 4º Inteligência superior (15%); 5º - Notáveis (2%), não havia lugar para alunos hiperativos ou com dificuldades de aprendizagem. Havia isso sim, alunos mal-educados e “burros” para os quais existiam medidas e instrumentos pedagógicos adequados. A “menina dos cin-
co olhos” (uma palmatória com cinco furos para deixar escapar o ar e dessa forma assentar que nem uma luva na palma da mão) e a régua, eram uma presença assídua no nosso dia-a-dia de aluno. Erros ortográficos, mau comportamento, não saber uma pergunta, falar com o colega do lado eram sancionados com um par de reguadas ou palmatoadas. Nestes casos, nós alunos experientes nas artes de atenuar as reguadas, partilhávamos segredos, como encovar ligeiramente a mão ou então, autêntico segredo alquímico, colocar um pelo de cavalo misturado com azeite, remédio garantido para partir a régua (nunca comprovado). Já não apanhei as “orelhas de burro” (uma coroa, normalmente de cartão, com duas enormes orelhas e que se destinava a ornamentar a cabeça daqueles que, por exemplo, não sabiam de cor, os rios e seus afluentes ou as produções económicas das nossas Províncias Ultramarinas ou a tabuada), mas apanhei o castigo de ficar virado para a parede (o tempo dependia da gravidade da infração). Outras “medidas pedagógicas” eram as ponteiradas (no meu caso era uma comprida e fina cana de bambu, que a professora manejava com mestria e pontaria), umas bofetadas, puxões de orelhas (em que a minha professora se tornara exímia, pois dava-os com as pontas das unhas) e claro, ficar sem recreio. Este último era, para nós, na minha escola, o menos eficaz, uma vez que, na maior parte dos dias o intervalo servia para terminar alguma tarefa que tivesse ficado atrasada. Mas havia intervalo, até porque tínhamos que lanchar (mesmo
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PATRIMÓNIO | 03
A tabuada
Os manuais escolares que fosse na sala de aula a trabalhar e com muito cuidadinho com as nódoas de gordura no caderno ou livro, porque senão, lá estava a régua para as limpar). Não havia essas modernices de Bolicaus, Panrico ou Coca-Cola e, muito menos, ir ao café da esquina lanchar. O lanche era trazido de casa, normalmente pão com fiambre ou mortadela, queijo ou marmelada ou simplesmente com manteiga, uma peça de fruta e, excepcionalmente, uma latinha de Compal. Uma grande inovação na nossa dieta alimentar foi o aparecimento das BomBocas (que era uma espécie de Pirilampo Mágico coberto de chocolate). O lanche era transportado num cestinho de verga ou num saquinho de pano (porque os sacos de plástico eram novidade e não se podiam desperdiçar). Na minha escola havia duas salas: uma albergava a primeira e a segunda classe e a outra a terceira e a quarta. Cada sala tinha uma professora, o que na prática significava que as duas classes se interligavam e as perguntas podiam ser disparadas tanto para uma como para a outra. Tínhamos carteiras de madeira com um tampo inclinado e éramos obrigados a manter as costas direitas, caso contrário, lá vinha o ponteiro corrigir a postura. Canhotos não havia, uma vez que isso era um defeito que podia ser facilmente corrigido amarrando o braço
esquerdo atrás das costas ou então o ponteiro ou a régua demonstravam as vantagens de se ser dextro. Por cima do quadro, ao centro estava um crucifixo e, de cada lado, as fotografias do Senhor Presidente do Conselho e do Senhor Presidente da República (assim não havia lugar a equívocos quando nos perguntavam quem era um ou o outro). A secretária da professora ficava sobre um pequeno estrado, uma vez que a professora devia estar num plano superior ao do aluno. Quando a professora chegava já todos os alunos deviam estar presentes, sentados e em silêncio, e a sua entrada devia ser saudada com um sonoro colectivo: - Bom Dia Senhora Professora! Quem chegava atrasado, ou tinha uma boa desculpa (uma justificação assinada pelo pai ou mãe) ou então era castigo certo. Mas para entrar na sala tinha que se esperar ordem da professora (normalmente quando interrompia o que estava a fazer) e depois, pedir autorização: - A senhora professora dá licença que eu entre? Aos Sábados, o programa era mais descontraído, desenhava-se, cantava-se o Hino Nacional, rezava-se e, por vezes (muitas), havia chamadas, ou seja, a professora, de régua na mão ou unhas arranjadas, fazia perguntas sobre as ma-
térias leccionadas no dia anterior ou no início do ano ou até, no ano transacto. Felizmente já não apanhei a obrigatoriedade da Mocidade Portuguesa, senão lá se ia a matiné do cinema, uma vez que as suas actividades decorriam nesse dia
Os cadernos escolares.
depois do almoço. A título de curiosidade poderei acrescentar alguns feriados que, entretanto, desapareceram ou tinham uma designação diferente: 1 de Janeiro – Fraternidade Universal; 31 de Janeiro – Precursores da República; 3 de Maio – Descoberta do Brasil; 10 de Junho – Morte de Camões; 1 de Dezembro – Restauração de Portugal e Dia da Mocidade Portuguesa; 25 de Dezembro – Consagração da Família. Mantêm-se em vigor o 5 de Outubro – Implantação da República; 1 de Novembro – Todos os Santos e o 8 de Dezembro – Imaculada Conceição.
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04 | LETRAS
UM BOLLYCAO NÃO É UMA SARDINHA (V15)
João Pedro Baptista Músico
RADIOACTIVO (V03)
Goreti Ferreira Escritora
TERESA
Petra Martins Blogger
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LETRAS | 05
VER, SENTIR E INTERPRETAR 21 MAR | 18H00 | Biblioteca Municipal Exposição pelos alunos da ESFFL
, Bauhaus entre outros.
OÁSIS Exposição de Nuno Sá encerrou com dois dias cheios de atividades na Biblioteca
Terminou no dia 25 de fevereiro, a mostra do fotógrafo de renome internacional Nuno Sá, que ao longo do mês mostrou o seu trabalho ao público olhanense na Galeria da Biblioteca Municipal José Mariano Gago. Para assinalar a passagem por Olhão de um espólio desta importância, a organização preparou um conjunto de atividades, na Biblioteca, nos últimos dois dias de exposição, e que contou com a presença do autor. O programa começou com uma palestras proferida por Nuno Sá, subordinada ao tema Oásis, destinada aos alunos das escolas do 2º e 3º Ciclo, alunos do ensino secundário, universitário e investigadores. O público em geral teve a oportunidade
de assistir aos Contos da Ria, uma atividade promovida pela Quercus e pela Associação de Pais da EB 2,3 João da Rosa, e que contou com João Rodrigues como convidado, biólogo e assistente de Nuno Sá. No último dia, Nuno Sá convidou o público em geral a assistir à sua palestra, Captar os Oceanos - Fotografia e Conservação, onde foi abordado o papel da fotografia de natureza como ferramenta de sensibilização e conservação ambiental e Mar, a última fronteira, que contemplou a apresentação do recente projeto audiovisual com o mesmo nome, uma série televisiva que tem como principal objetivo a divulgação da vida marinha de Portugal, com a Ria Formosa em especial destaque. A exposição Oásis retrata algumas espécies bem conhecidas pelos seus habitantes e amantes da natureza que anualmente procuram estas ilhas, bem como acontecimentos únicos e de rara beleza que o autor teve o privilégio de testemunhar.
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06 | CASA DA JUVENTUDE
TEATRO
Olhão: 6 Retratos à la Minuta 18 MAR | 21H30 | SOC. RECREATIVA P. OLHANENSE A peça de teatro da Casa da Juventude de Olhão volta ao palco da Recreativa, no próximo dia 18 de março. Cerca de vinte atores interpretam histórias bem humoradas que relembram expressões, usos e costumes do antigamente.
TERTÚLIA
A Importância da Linguagem Fotográfica 30 MAR | 21H00 | CASA DA JUVENTUDE
OLHAM | Clube de Fotografia da Casa da Juventude do Município de Olhão (Foto de Rui Brito) Atualmente, muito por força das redes sociais, todos os dias temos contacto com imagens fotográficas dos mais variados estilos. Essas imagens, sejam de que qualidade for, levam o observador a fazer uma leitura das mesmas com base nas suas vivências e cultura. Desta forma, é importante conhecer-se os fatores que influenciam a linguagem fotográfica e descobrir que, na maior parte das vezes, uma leitura sentimental pode acarretar problemas graves de ordem social e psicológica para os intervenientes no processo fotográfico. Este é um tema que será abordado no dia 30 de março, no OLHAM – Clube de Fotografia de Olhão, pelo fotógrafo olhanense Marco Pedro. Nascido em 1979, o fotógrafo descobriu o prazer da fotografia em 2005, tendo nos últimos anos colaborado como fotojornalista freelancer para o jornal “DICA” e recebido algumas distinções em revistas e concursos.
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EVENTOS | 07
J - JUVENTUDE ARTES E IDEIAS. 14 062 MEMBROS. 6 499 FÃS! EM DESTAQUE, AS PUBLICAÇÕES MAIS VISTAS DA CASA DA JUVENTUDE E DA PÁGINA E GRUPO DO J
61 147 VISUALIZAÇÕES EM FEVEREIRO’17
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08 | EVENTOS
CARNAVAL EM OLHÃO A Avenida da República voltou a encher -se de cor e animação em mais um Desfile de Carnaval Infantil de Olhão. O desfile foi muito participado com mais de mil crianças do ensino préescolar e 1º Ciclo do concelho, da IPSS ACASO e da Escola Secundária Francisco Fernandes Lopes, que se trajaram a rigor com roupas alusivas à Época Medieval, ao Mar, aos Hippies, aos Pescadores, aos Pintores, aos Trajes Olhanenses, às Profissões, a Olhão e suas Gentes, aos Smurfs, a História de Portugal, entre outros. Um trabalho espetacular fruto do empenho de pais, professores e educadores, numa organização do Município de Olhão que para além da comparticipação financeira às turmas participantes, voltou a investir na animação para fazer deste um momento memorável para os mais novos. A Banda Filarmónica 1º de Dezembro, de Moncarapacho abriu, como já vai sendo tradição, mais uma vez o desfile, que contou também com mais 15 artistas dos Satori que interagiram com os presentes através das artes circenses e 3 máquinas animadas trazidas pelo Artelier. O Carnaval Infantil abriu assim a época carnavalesca que contou ainda com outras iniciativas por todo o concelho, como o Mó Carnaval, pela MOJU e o Baile de Carnaval do Sporting Clube Olhanense, na Recreativa, o Carnaval do HipHop Fusion, na Música Nova, O Baile de Carnaval do Clube Oriental de Pechão, a já tradicional festa de carnaval do Cais Club e o Carnaval de Moncarapacho, o mais antigo do Algarve.
Mais de mil alunos das escolas, professores, pais e população em geral encheram a avenida para um grande desfile.
A Banda Filarmónica 1º de Dezembro abriu, mais uma vez, o desfile.
As máquinas dos Artelier surpreenderam as crianças e o público.
Os Satori animaram a festa.
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EVENTOS | 09
MIGUELARAÚJO 8º ANIVERSÁRIO AMO 24 MAR | 21H00 | AUDITÓRIO
O 8º aniversário do Auditório Municipal de Olhão é celebrado a 24 de março de 2017, com o concerto de Miguel Araújo, antecedido por um Porto de Honra, no foyer do Auditório às 21h00. Miguel Araújo é hoje considerado um dos grandes nomes da música portuguesa, destacando-se como compositor, letrista, cantor e músico, sendo bemsucedido em cada uma destas vertentes que compõem a sua multifacetada e eclética carreira. São já muitas as canções da sua autoria, cantadas por si e por outros, que fazem parte do espólio das grandes canções populares portuguesas deste século. Como escreveu o Expresso em 2012, “é notório que Miguel Araújo se tornou um dos melhores fabricantes de canções que o País viu surgir este século”. Depois de Cinco Dias e Meio (2012) e de Crónicas da Cidade Grande (2014), o músico prepara o terceiro álbum.
HOJE NÃO HÁ TEATRO 27 MAR | 21H30 | AUDITÓRIO
O Dia Mundial do Teatro é comemorado em Olhão pela GORDA que, a “pedido de muitas famílias”, volta a por em cena a peça Hoje Não Há Teatro, de João Evaristo, interpretada pelo próprio, por Joaquim Parra e Mário Moreno e, como novidade, Isa Mondim e Leonel Santos. Hoje Não Há Teatro vem na sequência da trilogia do mesmo autor, Bailarinas e Pezinhos de Xumbo. Ou melhor, desvenda-nos a origem dessa trilogia e a forma como um varredor de uma sala de espetáculos aproveita uma oportunidade única para realizar o seu sonho – ser diretor, encenador e cabeça de cartaz da sua própria companhia de teatro. Aqui, mostra-se o teatro dentro do teatro. Os atores fora das personagens. Quem ainda não viu, não pode perder!
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10 | PALCOS
João Pedro Baptista Músico
THE BLACK TEDDYS Conheço bem estes moços há algum tempo. O ano passado estiveram no Abril Bandas Mil da MOJU. E confesso que adorei o que fizeram. Musicalmente muito bem ensaiados e coesos, grande atitude! Mas o que realmente me marcou foi a irreverência em relação ao próprio concurso. Estes gajos não estão aqui para "regras". Tocaram o que lhes deu na real gana, desde covers a originais. Mantiveram o público quente e alcançaram o objectivo a que se propuseram. Tocar!
Não estavam a pensar nas regras, na vitória ou mesmo nos prémios. Entraram derrotados no concurso, mas saíram vitoriosos em aplausos e boas críticas. Os concursos de bandas são assim, meio impertinentes com a regras. Mas eles quebraram-nas, e meu ver muito bem.
Estão agora no EDP live bands. E espero que consigam ir. Já contam com o meu voto. Eles são o Carlos Favinha na voz e guitarra, Bruno Barras na bateria, André Brito no baixo e Ricardo Martins na guitarra
A banda foi fundada em 2015. Gravam o EP Midnight Struggles no final de 2016 e vão lança-lo no dia 24 de Fevereiro no IPDJ em Faro. Influenciados por bandas do panorama rock desde a década de 60/70 à actualidade, têm perninhas para andar!
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TALENTO | 11
oLUDO MÚSICA
oLUDO, nasceu em 2005 e são uma banda de indie pop rock. Da sua formação atual fazem parte 4 dos seus membros fundadores: Davide Anjos, João Baptista, Paulo Ferreirim e Nuno Campos. Em 2009, lançaram o seu primeiro EP Nascituro, onde se encontram temas como A o virar da página e A minha grande culpa, tema que integrou a coletânea Novos Talentos FNAC do mesmo ano. No ano seguinte, em 2010 são convidados por Henrique Amaro para gravar o segundo EP Mil Tentações através da plataforma Optimus Discos, a grande surpresa desta edição foi o tema instrumental Muzar e cujo videoclip foi premiado. Ainda em 2010 a convite da Antena3 gravam as sessões 3 Pistas onde recriam 4 temas com uma sonoridade minimalista e crua. O ano 2011 fica marcado pelo lançamento do esperado primeiro álbum da banda A lmirante, de onde se retiram os Singles Fica não te vás daqui e Mais vale tarde. Em 2014, junta-se à banda Luís Leal e dão inicio a um ciclo de concertos Latitude 37º, onde contam com várias participações. Teresa Aleixo, acompanha oLUDO em vários concertos e é convidada para participar no novo trabalho de originais.
Abraço é o 2º álbum d'oLUDO, que será apresentado no dia 8 de abril de 2017, pelas 21h30, no Auditório Municipal de Olhão
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12 | ÚLTIMA
» Móce Zéi, atão tás apanhande canguerejes e na tapas o balde?
Jady Batista Coordenadora Editorial J
NÚCLEO DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DE OLHÃO
O Núcleo Sportinguista Os Leões de Olhão que passará a Núcleo do Sporting Clube de Portugal de Olhão, foi fundado em 12 de Abril de 1995, por uma Comissão Instaladora formada por 10 elementos. Atualmente, presidida por Sebastião Coelho, é composto por cerca de 400 sócios pagantes. Em 1995 foi inaugurada a primeira sede e em 11 de julho de 2009 foi inaugurada a atual sede do Núcleo, situada na Zona Industrial de Olhão. Atualmente, o Núcleo possui 3 modalidades desportivas, a secção de BTT, Futsal e Ginástica e cede sala a outras atividades. A Secção de BTT foi fundada em 2009 e tem como objetivo a prática desportiva, o que não impede a participação em
Iniciativa:
» Moce Janica, má tu és daonde? Atão na sabes que, em Olhão, na precisa tapar o balde?
provas. Participa em percursos temáticos, como o Caminho dos Douros (2015/16/17), em eventos a favor de instituições como a MOJU (2012), UAlg (2014), Associação Oncológica do Algarve (2015/ 16/ 17) entre outras. Realiza também passeios lúdicos e maratonas. Participa nos Jogos de Quelfes (sendo os depositários da Tocha Olímpica) e no MOSTRA-TE - Mostra da Juventude de Olhão (uma iniciativa da Casa da Juventude de Olhão que se realiza de 1 a 31 de maio, este ano pela VI Edição). Na Secção de Futsal, o Núcleo encontra -se em 2º lugar entre 12 equipas no campeonato distrital de seniores do Inatel. A Secção de Ginástica (Federada) iniciou a sua atividade há 5 anos e atualmente integra 60 atletas. Na presente época o grupo conquistou o 1º lugar por equipas - Trumbling - Escalão A1. No Torneio de Iniciação 2017 realizado em Quarteira a atleta Luana Gil conquistou o 2º lugar e a Leonor Estevens o 3º lugar. O grupo já participou no MOSTRA-TE (2015/16) com exibições no Auditório Municipal, na Festa de Natal da secção com exibição gímnica, em provas federadas, torneiros de iniciação, distritais, qualificativos e campeonatos nacionais. Com classificações relevantes para além de diversos pódios a nível de iniciação e distritais, destacamos o 10ª lugar no Campeonato Nacional de Duplo Mini
» Atão na sabes qu’aqui, quando um começa subinde, pra se safar, os ôtres todes apuxem pra baixe?
Trampolim Infantis Masculino e o 3º lugar Nacional em Pares Mistos, Infantis, da Ginástica Acrobática. Este ano decorre a 6ª Edição do Gimnoleões - Festa da Ginástica do Clube. O Núcleo encontra-se aberto a toda a população com o desejo de, segundo o seu Presidente Sebastião Coelho “aumentar o nosso número de sócios do
núcleo, quer do núcleo quer do Sporting, continuar a desenvolver trabalhos de divulgação do ideal Sportinguista e colaborar em todas as iniciativas que sejam possíveis na cidade de Olhão, estando aberto a parcerias.” Vale a pena visitar e conhecer o Núcleo Sportinguista de Olhão, aberto ao público de todas as faixas etárias.
A Secção de BTT, fundada em 2009, é um referência no BTT
A Secção de Futsal ocupa o 2º lugar do Campeonato Distrital do Inatel
A Secção de Ginástica (Federada) integra 60 atletas
Colaboração: