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AO SOM DO FADO
AO SOM DO FADO
Os acordes da guitarra, O cantor e a voz dolente, A canção que desamarra Do meu peito uma corrente... Soltando loucos anseios De iniciar uma viagem ao mundo espiritual, Buscando novos matizes, Ultrapassando a fronteira que há entre o bem e o mal E encontrar minhas raízes Nas terras de Portugal. Esta terna melodia que chega até meus ouvidos Como a mais bela oração, Trazendo estranhas lembranças De um não vivido passado E sentimentos adormecidos Há muito tempo guardados No cofre do coração, Faz minha alma com emoção Diante de um altar sagrado Curvar-se diante de Amália, Doce rainha do fado. E seguindo lentamente Os rastros da fantasia Quem sabe encontre Severa no “Beco da Mouraria”?
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