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AMOR QUATRO ESTAÇÕES

AMOR QUATRO ESTAÇÕES

Da matéria viva De que são feitos os sonhos Te extraí E assim permaneceste Etéreo, incompleto Soprando como a brisa do OUTONO Voando como as folhas secas Amontoando-se em cantos de calçadas Em frisos de mim Entranhando-se em desvãos Não preenchidos da minha alma Colorido como o pôr do sol distante Horizonte em zênite por um instante Refletido nos olhos de candura infinita, Dourado, mas fugaz e tênue.

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Tal qual o brilho do poente Já de malva e celeste iridescência Evanescendo-se em estrelas Trazendo o frio no INVERNO da noite A escuridão, a ausência, a amplidão Cortando veredas, véus, feito açoite Mas brilhando distante estrela, Única, imutável Do Universo sendo parte, Jamais estanque, jamais ausente, Sempre presente.

No tempo preparando os brotos Da PRIMAVERA aguardando os botões Na esperança do verde intenso Da copa das árvores, Do veludo gramado

Do sussurrante canto dos pássaros Tocando a leveza flutuante das pétalas Sentindo o ar, o mundo todo perfumado Ansiando por dias de sol.

Antevendo dias de mar, colorido de VERÃO Calor de bem vinda estação Guarda sóis, guarda corações Aconchego e alegria Pertencimento e areia cálida Planando no ar gaivota pálida Horizonte alvo brilhando ao sul Espuma branca do mar azul Amor-outono, Amor-inverno Amor-primavera, Amor verão Assim, sempre bem vindo Sempre Vivo, Amor Estação.

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