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ECOLOGIA DOMÉSTICA

ECOLOGIA DOMÉSTICA

Vejo frequentemente na mídia escrita ou falada, diversas palavras como ecologia, meio ambiente, energias verdes e limpas, sustentabilidade, materiais retornáveis ou recicláveis. Também são abundantes as opiniões e orientações como devemos cuidar de nosso planeta e que tipo de civilização e estado da natureza deixaremos para nossos filhos.

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As opiniões sobre o assunto meio ambiente se dividem. Muitos destes movimentos são movidos por interesses verdadeiros. São grupos que acreditam no que fazem e verdadeiramente executam ações no sentido de manter nosso meio ambiente livre do lixo, da poluição e de atitudes exploratórias do nosso planeta. Por outro lado, muitas destas questões ambientais são movidas por interesses políticos e financeiros de grandes conglomerados que desenvolveram tecnologias de recuperação de águas e reciclagem de materiais e pretendem vendê-las aos países do terceiro mundo a altos custos e pagamento de royalties.

Este é o mundo do comércio e os interesses mundiais e jamais saberemos com certeza quem é quem e de que lado devemos estar. Mas com certeza podemos fazer a nossa parte, que eu chamo de Ecologia Doméstica. Possível. Palpável. Sem interesses maiores a não ser o verdadeiro. Deixar nosso planeta limpo do lixo que nós mesmos produzimos, da sujeira e contaminação que nós mesmos provocamos.

Falo em medidas ecológicas palpáveis e ao nosso alcance, porque ao tentar empreender batalhas maiores, em termos mundiais, inevitavelmente vamos nos chocar com questões vitais e críticas, como: – O mundo precisa produzir alimentos – O mundo precisa embalar alimentos – O mundo precisa transportar alimentos – O mundo precisa produzir eletrodomésticos, produtos tecnológicos, insumos, medicamentos, vestuário – O mundo precisa se deslocar – O mundo precisa se comunicar – O mundo precisa produzir muita energia. E a população mundial aumenta a cada dia. Como fazer isto em larga escala sem usar matérias primas extraídas do planeta? Como evitar que esta extração deixe resíduos? Com consciência, seria a resposta correta. Ótimo. Perfeito.

Pois então comecemos nossa consciência doméstica. Muitos falam que a geração passada, dos que agora estão entre os 50 a 70 anos, poluiu o

planeta. Mero engano. Não tínhamos ainda embalagens plásticas ou de isopor. A maioria das borrachas eram naturais, derivadas da seringueira. Nossas compras eram embaladas em sacos de papel pardo ou jornal reaproveitado. Os alimentos eram distribuídos em sacos de algodão que era reaproveitado para se fazer panos de limpeza e até tingidos para fazer roupas e sapatinhos infantis. Os televisores e rádios eram raros e fabricados em grandes caixas de madeira. Quase não tínhamos telefones e usávamos os públicos. Os carros eram raros e pouco combustível era consumido. Nada era descartável. Garrafas de vidro eram retornáveis. Latinhas de alumínio não existiam. E a lista do que não tínhamos e não sujávamos e não gastávamos e não contaminávamos é imensa.

Mas vejam os pequenos milagres que podemos fazer em nossa casa atualmente, onde produzimos muito lixo e muitos resíduos.

Podemos separar o lixo reciclável: plástico, papel, vidro, isopor, metal, etc. Mas façamos isto de maneira higiênica, ou seja, lavando antes estas embalagens, secando-as, dobrando-as. Consuma menos energia elétrica. Destine adequadamente pilhas e baterias, pois são extremamente tóxicas. Separe o lixo orgânico, e com um pouco de terra e boa vontade, produza seu próprio adubo orgânico. Não jogue comida fora. Se embaladas de forma higiênica, bem conservadas, as sobras de nosso alimento diário podem salvar a vida de outra pessoa. Jogar alimento fora, nunca! Lembrese: Milhões de pessoas no mundo passam fome!

Eu acrescento ainda vários itens no que denomino como Ecologia Doméstica. Não jogar lixo nas ruas, na praia ou em terrenos baldios. Por que jogar lixo em locais públicos, se existe um serviço de recolhimento, inclusive de lixo reciclável? Embale o lixo adequadamente para facilitar o serviço dos recolhedores. Se for vidro quebrado, lembre-se de enrolá-lo em jornal, para que não corte as mãos de quem for recolher. Quando for à praia ou voltar da mesma, venha recolhendo o lixo que encontrar no caminho. Junte o lixo da sua rua ou de sua quadra. Logo, logo, todos se conscientizarão de que é muito bom fazer o mesmo porque a rua ficará limpa e o lixo não entupirá bocas-de-lobo.

Por fim, plante flores nos canteiros de sua rua, plante árvores, cuide de animais abandonados. Economize energia elétrica, economize água potável, economize combustível, use menos embalagens plásticas. Desta forma, faça a sua Ecologia Doméstica. E se não puder mudar o mundo todo, mude pelo menos o mundo à sua volta. Mude você mesmo!

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