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O TÉDIO

O TÉDIO

Levanto-me com tédio e, assim, me deito Que a rotina domina o pensamento, E fazer sempre o mesmo é um tormento Que me faz dar mil voltas sobre o leito.

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Se acaso, algo de novo surge a jeito, Meus olhos brilham de contentamento E grito ao sol, à brisa, grito ao vento Obrigado, do fundo do meu peito.

Mas o tédio regressa, novamente, E depressa se instala e que é presente Fazendo eu tudo aquilo que fizer.

Porém, pra mitigar esta amargura, Minha alma fica presa na ternura Do beijo que me dá minha mulher.

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