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MATAR
Palavras que nunca digam adeus como o eremita da vida que, na montanha perdida, só ousa falar com Deus.
Palavras, que façam corar como papoila em seara, que sejam raios de luar na noite que já começa, e eu possa construir uma tiara p’ra te enfeitar a cabeça.
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Palavras que nunca sejam adagas de dois gumes; que não se tornem azedas, nem vagas, nem alimentem queixumes; apenas suaves, como as sedas, ou carícias de veludo,
Palavras que sejam tudo o que haja de mais belo. Palavras, ditas com cuidado desvelo Para, no despertar matinal, Fazerem corar de prazer Palavras, ah! Tantas, tantas palavras que se calaram… Palavras que, afinal, ficaram… … por dizer...