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O MEU TEMPO

O MEU TEMPO

Olho o meu tempo e, por minha desgraça, o tempo que passa não olha pra trás, e peço, ao tempo, com uma falsa promessa, que passe, sem pressa, que seja capaz.

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Mas o tempo passou, passou sem me ver, passou a correr, sem dar um aviso, num passo apressado, com ar de desgosto, não tendo, no rosto, sequer um sorriso.

O tempo, não para, não para um segundo, envolve o meu mundo num manto de idade e, se o tempo é bitola, se o tempo é medida, é velho, sem vida, sem ter mocidade.

Não sei se há, no tempo, a pausa aparente que tenha presente um eterno amor, porém sei que o tempo, duma alma insegura, vai, com amargura, esfumar-se na dor.

O tempo, como mito, é completo mistério, passa sempre sério, pois nunca chorou mas o tempo, ah! o tempo, me deixa a pensar... se paro de sonhar... ...meu tempo acabou.

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