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ÍMPIA E INJUSTA GUERRA

ÍMPIA E INJUSTA GUERRA

Rolavam os ventos da ímpia guerra ceifando vidas matando esperanças e aqui e ali, ferro e fogo, uma peleia a manchar de sangue a fértil terra. Tristezas substituindo as bonanças sob o manto da morte que tudo enfeia.

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Guapo no facão e a golpe de lança o negro peão do patrão sob mando sem outra escolha guerreia destemido. Lhe fora prometido toda sua livrança, os grilhões, o cepo, o chicote temido, seria findo, logo a guerra acabando.

Depois do entrevero, nova pátria teria, o seu senhor dizia: seria muito justa. E o xucro que de um tal de Império, cru de ideias, nada de nada entendia, de corpo e alma levava muito a sério: a promessa de liberdade, valia a luta.

Dez anos se ouviu nestas verdes coxilhas, com muito sangue debruadas de vermelho, o estrondoso eco do tropel dos farroupilhas refletindo bravura na planície como espelho, faiscando o choque entre adagas e espadas, com tantas vidas estancadas nas galopadas.

Miscelânea Poética

A Província de São Pedro teve autonomia, fundou sua República, Piratini sua capital, que embora difíceis, dez anos resistiria. E ao negro, valente guerreiro, foi crucial. Finda, injusta guerra, herói não lembrado, liberdade prometida, compromisso quebrado.

Marcos Costa Filho 76

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