Lição da Escola Sabatina
Publicação trimestral – nº 87 – ISSN: 1414-3623
Jul | Ago | Set 2014
Editor: Eduardo Rueda Revisora: Josiéli Nóbrega Autores: O s nomes dos autores constam no final das respectivas mensagens diárias. Tradutora: Kênia Kopitar Projeto Gráfico e Capa: André Rodrigues Programação Visual: André Rodrigues Ilustrações: Thiago Lobo Exemplar avulso: R$ 7,00 Assinatura anual: R$ 22,00 A Lição da Escola Sabatina constitui marca registrada perante o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Copyright © da edição internacional: General Conference of Seventh-day Adventists, Silver Spring, EUA. Direitos internacionais reservados. Direitos de tradução e publicação em língua portuguesa reservados à Casa Publicadora Brasileira Rodovia SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 18270-970 – Tatuí, SP Tel.: (15) 3205-8800 – Fax: (15) 3205-8900 www.cpb.com.br
Diretor Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Chefe de Arte: Marcelo de Souza Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz Serviço de Atendimento ao Cliente: LIGUE GRÁTIS: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h E-mail: sac@cpb.com.br A Lição da Escola Sabatina dos jovens é preparada pelo Departamento da Escola Sabatina e Ministério Pessoal da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. 25% da oferta do décimo terceiro sábado beneficiarão a Divisão Euro-Asiática em 27 de setembro de 2014. A Casa Publicadora Brasileira é a editora oficialmente autorizada a traduzir, publicar e distribuir, com exclusividade, em língua portuguesa, a Lição da Escola Sabatina, para todas as faixas etárias, sendo proibida a sua edição, alteração, modificação, adaptação, tradução, reprodução ou publicação, de forma total ou parcial, por qualquer pessoa ou entidade, sem a prévia e expressa autorização por escrito de seus legítimos proprietários e titulares.
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Ensinos de Jesus
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Índice
Por dentro da lição
A Lição dos Jovens baseia-se na convicção de que a Palavra de Deus tem poder para transformar o caráter e de que o estudo em grupo é uma maneira importante para receber tal poder. O objetivo é proporcionar aos jovens uma fonte de estudos devocionais que sirva para discussão nas unidades da Escola Sabatina. Ela pode ser estudada também pelos que usam a Lição dos Adultos, pois ambas tratam do mesmo assunto. Um grupo de estudantes e profissionais adventistas produz em conjunto a Lição dos Jovens. Mais de 200 pessoas contribuem cada ano com ideias e textos. A variedade – e eventual repetição – do conteúdo reflete a diversidade dos colaboradores ao redor do mundo. A Lição dos Jovens começou a ser editada no Brasil em 1993. Tem uma tiragem de mais de 50 mil exemplares e faz cada vez mais sucesso. Os textos bíblicos utilizados em cada lição são da Nova Versão Internacional ou da Almeida Revista e Atualizada. As exceções são indicadas no texto.
Subdivisões
A Lição dos Jovens está estruturada de modo que você tire bom proveito do estudo. Tenha em mente o objetivo de cada seção: Introdução – Estimula o interesse e focaliza o pensamento no tema da semana. Exposição – É um estudo direto da passagem bíblica da semana. Testemunho – Reúne comentários de Ellen White e do autor sobre o tema da lição. Evidência – A borda os assuntos sob outros pontos de vista (histórico, científico, filosófico ou teológico). Aplicação – Mostra como aplicar a lição ao dia a dia. Opinião – Apresenta um ponto de vista pessoal sobre a lição, na intenção de estimular o pensamento e a discussão.
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Daniel de Oliveira
1. Nosso amoroso Pai celestial .............................................................................. 4 2. Deus, o Filho .................................................................................................. 12 3. O divino Espírito Santo ................................................................................... 20 4. A salvação ....................................................................................................... 28 5. Como ser salvo ................................................................................................ 36 6. Crescendo em Cristo ...................................................................................... 44 7. Vivendo como Cristo viveu .............................................................................. 52 8. A igreja ............................................................................................................ 60 9. Nossa missão ................................................................................................... 68 10. A lei de Deus ................................................................................................... 76 11. O sábado ......................................................................................................... 84 12. Morte e ressurreição ....................................................................................... 92 13. A segunda vinda de Jesus .............................................................................. 100
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Vista geral
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esponda rápido: Toda regra tem exceção, sim ou não? Se você respondeu que sim, eu volto a perguntar: Isso (que você acabou de responder) é uma regra ou uma exceção? (Pense um pouco.) Se sua cabeça “deu um nó”, não se preocupe: vamos de novo. Se você concorda com a frase acima, então acredita que “toda regra tem exceção”, certo? Em outras palavras, você acredita que essa afirmação constitui uma regra. E se isso (essa frase) é uma regra, e “toda regra tem exceção”, então qual é a exceção? Na Filosofia, esse caso é chamado de “paradoxo da regra e da exceção”. É um bom passatempo para quem gosta de ficar quebrando a cabeça. Talvez você não tenha se dado conta, mas por trás dessa simples frase está um pensamento predominante em nossos dias: “tudo é relativo”. Para a sociedade de hoje, tudo depende, não existem verdades absolutas. O que é certo para mim não é, necessariamente, certo para você, e vice-versa. O “jeitinho” que, antes, era marca registrada do brasileiro, passou a ser um “jeitão” universal. Afinal, como pensam, sempre dá para burlar as regras – até mesmo as divinas –, não é mesmo? Em um mundo em que tudo é relativizado, somos taxados como “fundamentalistas”, “fanáticos” e “ignorantes” por acreditar, com base na Bíblia, na existência de verdades absolutas. No entanto, temos razões suficientes para crer no que cremos (acesse os sites conexao.educacaoadventista.org.br e criacionismo.com.br, e leia Por Que Creio, de Michelson Borges, e A Lógica da Fé, de Humberto Rasi e Nancy Vyhmeister, ambos publicados pela CPB). Neste trimestre, vamos relembrar algumas das principais doutrinas bíblicas, que constituem o fundamento de nossa fé como cristãos e adventistas. Afinal, neste mundo de relativismo generalizado, precisamos estar “sempre preparados para responder a qualquer pessoa que [nos] pedir a razão da esperança que há em [nós]” (1Pe 3:15). Bom estudo!
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iago Passos Lobo nasceu em 19 de janeiro de 1982, na cidade de Osasco, em São Paulo. Aos seis anos de ideade, já mostrava interesse pela arte. Autodidata, aprendeu e desenvolveu as técnicas necessárias para o ofício. Teve seu primeiro trabalho publicado aos 17 anos. E, de lá pra cá, não parou mais. Publicou em algumas editoras nacionais e internacionais. Trabalhou como freelancer por alguns anos para a Casa Publicadora Brasileira, até ser convidado a fazer parte da equipe de ilustradores da editora. "Trabalhar na CPB e ilustrar a Lição dos Jovens é um sonho realizado. É muito bom poder usar o dom que Deus me deu em Sua obra. Espero, com as ilustrações deste trimestre, ajudá-lo(a) no estudo da lição."
Daniel de Oliveira
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ljovens@cpb.com.br
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C.Q.
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3 Depto. Arte
28 de junho a 4 de julho
INTRODUÇÃO
Lição 1
Nosso amoroso Pai celestial “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não O conheceu” (1Jo 3:1).
Prévia da semana: Toda a Escritura testifica da natureza amorosa de nosso Pai celestial. É o Seu caráter essencial. O ministério de Cristo é a melhor expressão desse amor. Leitura adicional: “Deus Pai”, Nisto Cremos (CPB), p. 40-47; Comentário da Lição, no site cpb.com.br, no campo “serviços”, “comentários”
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Definição de “Pai”?
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uando você ouve a palavra “pai”, o que vem à sua mente? Para mim, “Pai” (com referência a Deus) significa meu Protetor e Salvador! Quando estou ajoelhado, sinto Sua presença tão perto que quase posso ver Sua face. Ele Se torna tão real para mim que uma onda inexplicável de paz dissipa todo desânimo. Ah, que alívio! Quando me sinto rejeitada e não amada, Deus me toma em Seus braços, de forma incondicional. Seu abraço é tão real que não consigo segurar as lágrimas. Não sou capaz de imaginar um mundo sem um Pai como Ele! Nosso Pai é um Deus bondoso, que ama Sua criação. Em Mateus 6:26, Jesus fala sobre o Pai: “Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?” Ele está tão preocupado conosco que até mesmo os cabelos de nossa cabeça são contados (Mt 10:30). Somos tão valiosos aos olhos do Pai que Ele nos deu Seu Filho, Jesus Cristo, para nos redimir de nossos pecados e nos oferecer a vida eterna. No Jardim do Getsêmani, Jesus orou ao Pai, clamando em profunda angústia por causa do peso dos pecados que Ele carregava nos ombros (Mt 26:39). Agora que Jesus está no Céu, Ele intercede, neste instante, em nosso favor diante de Deus. Ele deseja que tomemos parte em Seu reino porque somos Seus filhos. Defina “Pai” em suas próprias palavras. Quem Ele é para você? Como você se relaciona com esse Pai? 1 João 3:1 diz como é “grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus, o que de fato somos!” Se apenas compreendêssemos como somos abençoados e privilegiados por sermos Seus filhos, não haveria espaço para o hedonismo e a autopiedade. Nosso Pai, em Sua grande misericórdia, nos convida a caminhar com Ele e a experimentar um nível de relacionamento mais profundo. Nesta semana, lembremo-nos de que, independentemente do que acontecer em nossa vida, não precisamos temer, pois fomos criados pelo Designer Mestre. Rose Arlyn P. Anacleto | Pasay City, Filipinas
Mãos à Bíblia O título “Pai” não começou a ser aplicado a Deus no Novo Testamento. Em algumas passagens, o Antigo Testamento O apresenta como nosso Pai (Is 63:16; 64:8; Jr 3:4, 19; Sl 103:13). No entanto, esse não foi o título mais usado para Ele. Para Israel, o nome pessoal de Deus era YHWH (provavelmente pronunciado Yahweh), que aparece mais de 6.800 vezes no Antigo Testamento. Jesus não veio ao mundo para revelar um Deus diferente de YHWH. Em vez disso, Sua missão foi completar a revelação que Deus tinha feito de Si mesmo no Antigo Testamento. Ao fazer isso, Ele apresentou Deus como nosso Pai celestial.
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Domingo, 29 de junho
INTRODUÇÃO
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1. Leia Mateus 7:9-11. Como um pai humano pode refletir o caráter de nosso Pai celestial?
Editor
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EXPOSIÇÃO
Segunda, 30 de junho
Xérox
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izem que sou uma cópia perfeita do meu pai. Minha mãe me diz que sou “uma xérox feminina” dele. Até certo ponto, ela está certa. Alguns de meus traços físicos, manias, interesses e passatempos se assemelham aos que meu pai tinha. Eu ainda era criança quando o perdi devido a um acidente vascular cerebral. Como queria ter tido um pai como os outros, um pai que me visse crescer! Mesmo tendo minha mãe sido capaz de me sustentar sozinha, sinto falta da presença de meu pai por perto. Apesar desse vazio, encontro conforto em saber que meu Pai do Céu está sempre cuidando de mim e me guiando. Pai provedor (Gn 9:3; Mt 6:31, 32; 11:29, 30; Fp 4:19). Mateus 7:9-11 ressalta a bondade de nosso Pai celestial: “Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos Céus, dará coisas boas aos que Lhe pedirem!” Quanto mais nos dá o Criador do Universo e provedor de nossas necessidades? É importante que O reconheçamos porque Ele é a fonte de tudo o que temos. Como seres criados, não devemos nos vangloriar de nossa sabedoria, força e riquezas. Elas são todas dádivas do Senhor. Se existe algo de que devemos nos orgulhar é a bondade, justiça e amor do nosso Deus (Jr 9:23, 24). Nosso Pai celestial Se agrada quando Seu caráter é demonstrado em nossa vida.
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Pai amoroso (Sl 103:13; Jr 31:3; Lc 15:11-24). A palavra “amor” define o caráter de Deus. Ele é a personificação do amor. O Senhor é misericordioso para com todos, especialmente para com aqueles que O temem (Sl 103:13). Ele nos amou com amor eterno (Jr 31:3), um amor infalível e imutável. A maior prova do amor do Pai por nós consiste no fato de Ele ter enviado Seu Filho unigênito à Terra para morrer por nós e nos salvar da morte eterna (Jo 3:16, 17). Imagino que, para Ele, deve ter sido torturante permitir que Seu Filho sofresse como sofreu. Mas Cristo suportou isso por nós. Por meio do sangue de Jesus, somos purificados de nossa injustiça (Hb 9:14). Na parábola do filho pródigo, Jesus Se referiu indiretamente às queixas dos fariseus sobre Sua atitude de Se misturar com pecadores – representados na parábola pelo filho perdido. O irmão mais velho representava os fariseus. Estes, por sua vez, alegavam cumprir a lei ao pé da letra, mas deixavam de compreender o amor do Pai celestial – um amor que se alegra com o retorno de um filho desobediente. Como o pai da história, Deus ainda está disposto a nos receber, apesar dos nossos pecados. E Ele está pronto para oferecer Seu perdão quando O buscamos, arrependidos.
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Pai compassivo (Sl 51:1; 111:4; Mt 6:25-34). Deus cuida dos pássaros e dos lírios do campo (Mt 6:25-34). Esses elementos podem parecer banais para nós, mas Deus presta atenção a eles. Então, imagine a preocupação dEle para conosco, obras- primas de Suas mãos! Ele está preocupado até mesmo com os menores detalhes de nossa vida. Portanto, devemos crer que Ele estará conosco a cada passo que dermos.
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Não precisamos nos preocupar com as dificuldades, pois Ele conhece nossas necessidades antes mesmo de pedirmos. A Bíblia nos instrui a buscar primeiro o reino de Deus e a Sua justiça. Se fizermos isso, as demais coisas serão acrescentadas. A obediência a Deus deve ser nossa mais alta prioridade. Pai acessível (Lc 1:26-37; 3:21, 22; Hb 9:14). Toda a Trindade esteve envolvida nos momentos-chave da vida de Jesus. Deus Pai escolheu Maria para ser aquela por meio de quem o Deus Filho nasceria, enquanto o Espírito Santo a envolveu e atuou na formação humana de Cristo (Lc 1:35). Durante o batismo de Jesus, a voz do Pai celestial foi ouvida, enquanto o Espírito Santo desceu sobre o Filho em forma de uma pomba (Lc 3:22). A íntima ligação entre Jesus e o Pai foi demonstrada pelo fato de Cristo ter vivido plenamente de acordo com as leis e a vontade de Deus. O Filho revela o Pai (Jr 9:23, 24; Jo 14:8-10). Quando Jesus Se aproximou do fim de Seu ministério terrestre, revelou aos Seus discípulos o Pai celestial. Ele lhes disse que, se realmente O conhecessem (Jesus), eles também conheceriam e veriam o Pai. Apesar de ter dito isso, posteriormente Filipe ainda pediu que Cristo lhes mostrasse o Pai. Jesus declarou que, quem O vê, vê também o Pai, e perguntou: “Você não crê que Eu estou no Pai e que o Pai está em Mim? As palavras que Eu lhes digo não são apenas Minhas. Ao contrário, o Pai, que vive em Mim, está realizando a Sua obra’” (Jo 14:10). A imagem e o caráter do Pai e do Filho são um. Jesus é um em propósito com Seu Pai. Como uma xérox, fomos criados à semelhança de Deus para que o mundo fosse capaz de ver que somos, de fato, Seus filhos. Bongga L. Agno | Pasay City, Filipinas
Mãos à Bíblia 2. O que precisamos saber a respeito de Deus? Por que é importante conhecer essas coisas? Jo 17:3; Jr 9:23, 24
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3. Leia João 14:8-10. Observe quão pouco os discípulos conheciam sobre o Pai depois de passar mais de três anos com Jesus. O que podemos aprender a partir de sua falta de compreensão?
Jesus ficou triste e surpreso ao ouvir a pergunta de Filipe. A gentil repreensão, na verdade, revelou o paciente amor dEle para com Seus vagarosos discípulos. A resposta de Jesus implicava a seguinte indagação: Seria possível que, depois de andar comigo, ouvindo Minhas palavras, vendo Meus milagres de alimentar as multidões, de curar os doentes e de ressuscitar os mortos, vocês não Me conheçam? Seria possível que vocês não reconheçam o Pai nas obras que Ele faz por Meu intermédio?
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Ele cuida de nós
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eus é nosso Pai, que nos ama e de nós cuida, como filhos Seus que somos.”1 “Coisa alguma nos pode fazer bem sem a bênção de Deus. O que Ele abençoa, está abençoado.”2 “O Senhor nos deu preciosas bênçãos nas singelas flores do campo, no aroma tão grato aos nossos sentidos. Comunicou beleza a cada flor; pois é o grande Artista Mestre. Aquele que criou as coisas belas da natureza fará maiores coisas [...]. Deus é amante do belo, e quer adornar nosso caráter com Suas próprias e preciosas graças. Quer que nossas palavras exalem tanto perfume quanto as flores do campo. Deu-nos bênçãos nas providências diárias para nossas necessidades físicas.”3 “Interpretados por Jesus, a flor e o arbusto, a semente semeada e a semente colhida encerravam lições de verdade, como também a planta a brotar da terra. Ele colhia o belo lírio e o colocava nas mãos das crianças e dos jovens; e enquanto eles contemplavam Seu jovem rosto, iluminado com a luz do semblante de Seu Pai, ensinava-lhes a lição: ‘Vejam como crescem os lírios do campo [na simplicidade da beleza e graça naturais]. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, Eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles’ (Mt 6:28, 29).”4 “São verdadeiramente abençoados somente aqueles cuja principal preocupação é assegurar as bênçãos que nutrem o coração e perduram para sempre. Nosso Salvador nos diz: ‘Busquem, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas’ (Mt 6:33). Deus tem cuidado de nós [...]. Nosso bem terrestre não está abaixo da atenção de nosso Pai celestial. Mãos à Bíblia Ele sabe que necessitamos dessas coisas. [...] O sorriso de Deus sobre 4. Qual foi a suprema demonstração do amor do Pai? nossos esforços vale mais que qualJo 3:16, 17 quer rendimento terreno.”5 “Não há limites às bênçãos que temos o privilégio de receber.”6 Por que nosso Pai celestial abenCristo não foi pregado na cruz a fim de criar no çoa cada um de nós de forma difecoração do Pai o amor pela humanidade. A morte rente? Que lição podemos aprender expiatória de Jesus não foi um meio para convencer das aves do céu e dos lírios do cam- o Pai a nos amar. Ela aconteceu porque o Pai já nos po? Pense nisso! amava, mesmo antes da fundação do mundo. E que 1. Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 107. 2. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 194. 3. Ibid. 4. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 179. 5. White, Nossa Alta Vocação [MM 1962], p. 194. 6. White, O Cuidado de Deus [MM 1995], p. 100.
Ellizer C. Navarro | Pasay City, Filipinas
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maior evidência poderíamos ter de Seu amor do que o sacrifício de Jesus na cruz? Leia João 16:27. 5. Leia Lucas 15:11-24 e medite sobre o amor do pai do filho pródigo. Faça uma lista das muitas evidências que o filho teve do amor do pai.
EVIDÊNCIA
TESTEMUNHO
Terça, 1º de julho
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Deus e Pai
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metáfora de Deus como nosso Pai é um conceito raro no Antigo Testamento, onde são feitas referências a Deus como o Pai de Israel e de pessoas específicas. Esse conceito se tornou mais claro por meio da revelação de Jesus, que frequentemente chamou Deus de “Pai” e ensinou Seus discípulos a se dirigirem a Ele de igual maneira. A imagem da paternidade de Deus denota intimidade e afeto profundo, especialmente no termo aramaico abba, que Jesus usava. O uso que Cristo fez desse termo também é único e não é encontrado em outro lugar na literatura judaica.* Até mesmo os crentes gentios usaram esse termo para se referirem a Deus, demonstrando profunda compreensão da relação paternal dEle para conosco, relação esta que nos torna Seus filhos por adoção (Rm 8:14, 15). Esse relacionamento Pai-Filho entre Deus e Jesus revela a sintonia e o amor que há entre Eles. Mostra também o desejo de Deus de estar estreitamente ligado a nós, Seus filhos adotivos, e enfatiza o cuidado amoroso, a proteção e provisão que Ele nos dá. Nosso Pai celestial exerce autoridade sobre nós, Seus filhos. Ele ordena e determina o que devemos fazer para nosso próprio bem. Nós O obedecemos e nos submetemos a Ele, como também Jesus sinceramente Se submeteu, mesmo diante da morte, para cumprir o propósito de Deus para Sua vida. É preciso que, como Jesus, reconheçamos que não é a nossa vontade, mas a vontade de Deus que precisa ser feita em nossa vida (Mt 26:39). Jesus ensinou na Oração do Senhor: “Vocês, orem assim: ‘Pai nosso, que estás nos Céus! Santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu’” (Mt 6:9, 10). A ligação de Jesus com o Pai, como vista na metáfora da relação pai-filho, nos ajuda a compreender quanto Deus ama Seus filhos a quem adotou (Jo 16:27). O Senhor estará conosco para nos guiar, confortar e prover tudo de que precisamos para completar a obra de salvação que Ele começou em nós. Como Seus filhos, aguardamos o dia em que seremos glorificados e receberemos nossa herança em Seu reino. Mãos à Bíblia 6. Leia Mateus 6:25-34. O que o texto revela sobre Deus? Como podemos aprender a confiar mais nEle? Nem sempre tudo dá certo. Temos que viver com o mal e suas consequências dolorosas. O ponto é que, mesmo em meio a tudo isso, temos a certeza do amor do Pai por nós, um amor revelado de muitas maneiras, acima de tudo pela cruz. Como é importante, então, manter constantemente os dons e bênçãos de nosso Pai celestial diante de nós. Do contrário, podemos facilmente ficar desanimados quando o mal nos atingir, o que inevitavelmente acontece.
* Walter A. Elwell, Evangelical Dictionary of Theology (Grand Rapids, Mich.: Baker Publishing, 1996), p. 506, 507.
Arnold Galvo | Pasay City, Filipinas
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Quarta, 2 de julho
EVIDÊNCIA
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Que pai e filho bíblicos exemplificam melhor a relação do Deus paternal para conosco? l Como podemos tornar relevante essa metáfora pai-filho para aqueles que sofrem de abuso dos pais? l
Editor
C.Q.
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Reflexo do amor do Pai
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Bíblia retrata nosso Pai celestial como um Deus de amor. Seu governo é fundamentado no amor, e Seu nome é sinônimo de amor (veja 1 Coríntios 13 e 1 João 3:4). Esse amor foi demonstrado durante os 40 anos de jornada de Seu povo pelo deserto. Ele o sustentou durante toda a experiência do Êxodo. No entanto, a maior revelação do amor de nosso Pai celestial foi no plano da salvação, quando Ele enviou Seu Filho amado, Jesus Cristo, a este mundo para sofrer e morrer na cruz, a fim de nos salvar da escravidão do pecado (Jo 3:16). Jesus é nosso exemplo de como refletir o amor do Pai em nossa vida. Podemos fazê-lo através de nossa influência pessoal sobre as pessoas ao nosso redor. Aqui estão alguns poucos exemplos de tais influências: Nossa influência sobre as pessoas na comunidade em que vivemos. O tipo de vida que vivemos no dia a dia é um grande sermão às pessoas ao nosso redor. Há uma frase que diz: “Seja o sermão.” Cristo falou: “Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos Céus” (Mt 5:16). Nossa influência sobre as pessoas na escola/faculdade e no trabalho. Somos modelos, seja no aspecto positivo ou negativo. As pessoas estão olhando para nós, mesmo que não percebamos. Ao refletirmos a vida que nosso Mestre viveu na Terra, podemos imitar a natureza amorosa de nosso Pai celestial. A influência do pai terrestre na família. Os pais terrestres devem representar nosso Pai celestial que é nosso Protetor, Mantenedor e Provedor em relação às nossas necessidades materiais e espirituais. O pai terrestre deve ter as características mencionadas do nosso Pai celestial. O pai cristão é considerado o sacerdote da família, de quem os membros dependem para suprir suas necessidades espirituais. Sua responsabilidade maior é para com a família. Ele deve tratar os membros de seu lar assim como nosso amoroso Pai celestial nos trata (1Jo 3:1). Reynaldo A. Durano | Pasay City, Filipinas
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OPINIÃO
APLICAÇÃO
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Mãos à Bíblia 7. As três Pessoas da Divindade foram ativas nos principais momentos da vida de Jesus. Resuma o papel de cada um deles nos seguintes eventos: Nascimento: Lc 1:26-35: _____________________________ ___________________________________________________ Batismo: Lc 3:21, 22: __________________________________ ___________________________________________________ Crucifixão: Hb 9:14: __________________________________ ___________________________________________________ Jesus explicou que existe completa harmonia e cooperação entre as três Pessoas divinas no plano da salvação (Jo 14:16, 17; leia também João 14:26). Assim como o Filho glorificou o Pai, demonstrando Seu amor (Jo 17:4), igualmente o Espírito Santo glorifica o Filho, revelando Sua graça (e amor) para com o mundo (Jo 16:14).
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ão há maneira melhor de ilustrar como o Pai Se relaciona com um filho rebelde do que a parábola do filho pródigo. Antes de Cristo vir ao mundo, Satanás insinuava que Deus seria um tirano, sempre pronto a punir aqueles que se desviam. Apesar de ser verdade que Deus traz juízo e punição, Sua compaixão e amor são bem maiores. Mas esses traços de Deus são frequentemente esquecidos. Em Ezequiel, Ele declara: “Não Me agrada a morte de ninguém” (Ez 18:32). E, através do profeta Oseias, Ele pergunta: “Como posso desistir de você?” (Os 11:8). Desde o início, Deus amou a humanidade de forma incondicional e cuidou dos seres humanos como um pai cuida de seus filhos. Cada vez que Ele julga necessário disciplinar alguém, isso corta Seu coração. Se Deus ama o rebelde, então Ele, com certeza, ama a todos. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus [...]!” (1Jo 3:1). Na parábola, o filho acreditou que o pai o receberia, ainda que fosse apenas como um empregado. Isso lhe deu a coragem de voltar para casa. Jesus Cristo projetou a mais forte de todas as luzes sobre o caráter de Deus. Ele não apenas usou a figura de um pai como uma metáfora para Deus. Ele também nos ensinou, em realidade, a chamarmos Deus de nosso Pai. O rico, o pobre, o enfermo, o cansado e as crianças eram sempre parte da audiência de Cristo. Eles sentiam que Ele completava a vida vazia deles. Em resposta ao pedido dos discípulos de mostrar-lhes o Mãos à obra Pai, Cristo disse que aqueles l Vá a um lugar escondido em meio à natureza ou a um lo- que O veem, veem também o cal de onde os pássaros possam ser facilmente observados. Pai (Jo 14:9). Observe como diferentes espécies de pássaros encontram Hoje em dia, não é difee consomem seu alimento. Medite em como o Pai cuida rente. Para as pessoas que dessas pequenas criaturas. Leia então Mateus 6:26 e medite sofrem, o verdadeiro conheno cuidado de Deus por você. cimento de Deus é força; l Construa um alimentador de pássaros (veja diferentes modelos na internet). Cole nele uma etiqueta com o mesmo verso para aqueles que estão ende Mateus mencionado acima ou escreva-o com caneta de lutados, é conforto; para os tinta permanente, como um lembrete do cuidado que o Pai preocupados, esperança; para tem por cada um de nós. Dê isso de presente a alguém que as pessoas em necessidade, tenha dificuldades de sair de casa. segurança; e para o abatido, l Lembre-se de sete ocasiões em sua vida nas quais o Pai supriu alegria. Como podemos tesuas necessidades, embora você tivesse ficado ansioso ou mer sabendo que nosso Pai pensasse que Ele não o ajudaria. Escreva esses momentos todo-poderoso nos olha com e compartilhe-os com alguém que esteja desanimado ou Seus olhos de amor e cuida deprimido. de nós? Que conforto, espel Planeje uma atividade divertida para as crianças em que o objetivo seja ensinar a elas as características do Pai celestial, rança e paz podemos ter! mencionadas na Bíblia. De modo especial, inclua crianças cujos pais sejam abusivos e/ou ausentes.
30047 Lição de Jovens 3 Trim 2014
saler e
Amor incondicional OPINIÃO
men3:4). rto.
Sexta, 4 de julho
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s o r v i l s n Leia bo livro do ANO
2014
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jovens
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A vida não parecia ter sentido. Quanto mais buscavam encontrar a felicidade, mais se decepcionavam. Emocione-se com essa história que comprova a ação de Deus na vida de dois jovens que decidiram olhar a vida com os olhos da fé.
o intelecto
o que o exercício é para o corpo.
Sara Campos/ Foto: Fotolia
A leitura é para
30047 Lição de Jovens 3 Trim 2014
Este livro contém as mensagens e o encorajamento que vieram nos primeiros tempos à Igreja, através do dom profético, e revelações vitais sobre a obra de encerramento da terceira mensagem angélica.
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O livro esboça, de maneira profunda e prática, os princípios de vida saudável que emergem da revelação divina. Utilizando sua vasta experiência como médico, o autor apresenta ciência, religião e espiritualidade de mãos dadas na busca pela saúde integral.
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