ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
1
INTRODUÇÃO
O
Estágio Supervisionado em Saúde
e odontologia e ainda contam com
Coletiva foi realizado no Centro de
programas
Saúde 03, um dos doze centros de
hipertensos,
especiais: diabéticos,
acupuntura, DST/AIDS,
saúde da Regional de Saúde de Ceilândia.
automassagem, imunização, assistência ao
O Centro de Saúde está localizado na QNM
idoso, planejamento familiar e tisiologia.
15. Sua área de abrangência compreende a
A coordenação do Centro de Saúde é da
QNM 05, 07, 09, 21, 23, 25 e as áreas
Dra. Lilianny de Andrade Barros Nagao e do
especiais da QNM 15, 29, 31, 33 e 35. As
Sr. Leomar Lopes dos Santos. O total do
principais
quadro de funcionários do Centro de Saúde
especialidades
são:
clínica
médica, ginecologia/obstetrícia, pediatria
é de 77 servidores. O Centro de Saúde é muito organizado, visto que foi reformado há dois anos e que os funcionários têm conhecimento dos princípios de higiene em locais de promoção de saúde. Entretanto, não é somente pela reforma que este Centro de Saúde se encontra assim. Percebemos que isso faz parte da política de atendimento e acolhimento deste Centro de Saúde.
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
JUSTIFICATIVA
O
objetivo central do Estágio Supervisionado I é oportunizar aos estudantes de Saúde Coletiva a melhor compreensão da estrutura e do funcionamento dos serviços de saúde, favorecendo a compreensão e apropriação da dinâmica, das formas de organização e funcionamento dos serviços das unidades básicas e, em especial, as ações de saúde próprias da atenção básica1. Nesse contexto procuramos compreender todos os espaços que pudessem ajudar os alunos a compreenderem qual a importância do Sanitarista quando falamos do papel de promoção e prevenção da saúde. O Centro de Saúde foi o ponto basilar dessa discussão e aprendizado, pois é ele o responsável pela promoção da saúde e prevenção de doenças. A maior alegria foi de perceber que o Centro de Saúde 03 tem como ponto central esse eixo. Grande parte do trabalho dos estagiários foi de compreender e agir com
as diversas e diferentes maneiras de se trabalhar com o tema de prevenção e promoção, pois o Centro de Saúde faz um trabalho exemplar nesse sentido. Podemos acompanhar a preocupação da Direção do Centro em especial a Dra. Lilianny de Andrade Barros Nagao e o Enfermeiro Leomar Lopes dos Santos em promover ações e propostas de ações que estejam de acordo com as propostas da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal bem como a compreensão política e de autonomia das pessoas que frequentam o referido Centro de Saúde. Em muitos momentos aprendemos que o papel do Centro estava em procurar ir até onde as pessoas estavam e não apenas atender as que já “formavam a fila”. Essa ação foi, de fato, a mais emocionante. Nesses momentos compreendemos que a palavra “implicação” é a tônica do Centro de Saúde 03. E, mais ainda, o conceito de Integralidade e Equidade preconizados pelo Sistema Único de Saúde.
NOTA: 1 Disponível em https://condoc.unb.br/matriculaweb/graduacao/disciplina.aspx?cod=201979 Acesso em 19.11.2014.
1
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
2
MÉTODO
A
observação participante foi o método utilizado em nosso estágio. O mais importante na observação é sentirmo-nos aceitos no espaço que estamos ocupando, isso nos foi imensamente facilitado no Centro de Saúde, pois tivemos o privilégio de sermos acolhidos logo nos primeiros momentos. A recepção da Dra. Lilianny de Andrade Barros Nagao foi incrível, ela nos proporcionou desde o primeiro momento a sensação de “pertencimento” ao lugar. Por tanto nos facilitou a fase exploratória que é essencial para o desenrolar ulterior da pesquisa. O tempo, que passaríamos no Centro de Saúde, também um prérequisito, pois todas as ações e propostas de ações que envolvem o comportamento de grupos é necessário observá-los por um determinado período e não num único momento. Nesse caso, pudemos compartilhar as nossas experiências em cada setor e departamento do Centro de Saúde. Os alunos do estágio não sabiam onde estavam "aterrissando", desconheciam as teias de relações que marcam a hierarquia de poder e a estrutura social local, bem como todos os departamentos, setores e os relacionamentos interpessoais, nem mesmo a professora dispunha do controle da situação. A observação participante supõe a interação entre as pessoas envolvidas no processo de aprendizagem, nesse caso estagiários/centro de saúde. As informações que obtiveram e as respostas que foram dadas às suas investigações, dependiam do comportamento de cada aluno e das relações que desenvolve com o grupo envolvido. Por isso temos relatórios que enfatizam a cada momento uma nova perspectiva. Foi pedido a cada estagiário que fizessem uma autoanálise e a registrasse na história do momento do estágio. A presença do aluno tem que ser justificada e sua transformação deverá ser notada, ou seja, por mais que se sinta inserido, sempre pretendemos instigar a “curiosidade" quando não a desconfiança. Em nenhum momento nos colocamos como funcionários do Centro de Saúde ou como “pacientes”. Nosso papel, no tempo todo que perguntaram sobre nossa situação dentro do Centro de Saúde, a resposta de Sanitarista foi enfatizada. Buscamos levar a todas as pessoas a compreensão de nossa profissão bem como de
nossa atuação enquanto profissionais da área da saúde. Nossa principal busca foi de saber ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. Aprender quando perguntar e quando não perguntar, assim como que perguntas fazer na hora certa. As entrevistas nos foram necessárias (pesquisas sobre saúde do homem e da mulher), mas nossas fontes de informações não se restringiram somente a essa ação, tivemos momentos de interação, tanto com usuários como funcionários, que nos proporcionaram aprendizado prático. Ao se compreender os mecanismos do Estágio I, foi um momento enriquecedor para o aprender em saúde. A rotina de trabalho foi fundamental. O aluno-estagiário não deve recuar em face de um dia-a-dia que muitas vezes se mostra recorrente. Mediante notas e manutenção do Diário de Campo, o estagiário aprende a se autodisciplinar e, por conseguinte, percebe o porquê da observação precisar ser anotada sistematicamente. Com isso esperamos que nosso aluno aprenda com os erros que comete durante o trabalho de campo e tire proveito deles, refletindo sobre o porquê de uma recusa, desacerto, silêncio e brigas. O aluno será "cobrado", sendo esperada uma "devolução" dos resultados do seu trabalho. E é nesse espaço que ficará registrada toda a ação desses futuros profissionais, mas podemos garantir que, o que fica são as relações de amizade desenvolvidas ao longo do trabalho de campo. E nesse ponto, sentimo-nos fortalecidos!!! Para finalizar gostaria de citar uma expressão em espanhol: “nadie te quita lo vivido”. A tradução dessa frase é “ninguém pode tirar o que você já viveu”. Mas ela significa que aquilo que deu tempo de fazer, contemplar, falar, sentir e experimentar está finalizado. E como tudo possui um tempo sabemos que um dia vai acabar, entretanto, com a sensação vitoriosa do “valeu”. Esse “carpe diem” que proponho passa por ressignificar o caminho que trilhamos nesse Centro de Saúde, visitando suas “estações”, apreciando suas cores e efeitos e, nessa passagem que dividimos, só temos a agradecer: Obrigada a todos do Centro de Saúde 03, por nos proporcionarem tamanho aprendizado!!!
Profa. Dra. Maria Inez Montagner e Alunos do Estágio Supervisionado I
2
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
3
Ana Terra Roque de Araújo
N
o começo do nosso estágio no Centro de Saúde (CS) nº 03 da Ceilândia Sul, fomos apresentados a diversas áreas da atenção primária do Sistema Único de Saúde desenvolvidas naquele CS e em reunião com a professora, os alunos do e a equipe do CS optamos por todos os estagiários passarem por todas as áreas disponíveis, para que não ficássemos restritos a somente uma e deixarmos de aprender um pouco sobre tudo. Ficou decidido que seriamos divididos em duplas e cada dupla ficaria uma semana em cada setor, ficando a última semana naquele setor que mais tenha se identificado. Várias foram às aprendizagens em todos os setores. Desde a forma mais fácil de organizar a farmácia (aquela em que o tempo e as dificuldades de achar um medicamento são otimizados), passando pelo Núcleo de Regulação, Controle e Avaliação - NRCA para atendimento e disposição da estatística dos dados do CS chegando até a chefia de enfermagem, que foi a área que mais me identifiquei. Um ponto que muito nos chamou a atenção foi a religião dentro do CS. Nos quadros de avisos dos corredores, há mensagens e recados falando sobre Deus e falas do Papa Francisco. Não que a religião seja uma prática frequente ali: eles nos explicaram que são frases singelas que não incomoda a quem não gosta e a quem interessa é uma forma de ter forças pra continuar no serviço dia após dia. Logo nas primeiras semanas a nossa equipe recebeu elogios por parte do chefe e da equipe da enfermagem, apreciando nossa organização e
dedicação para com a equipe, sem atrapalhar ou vir com pré-julgamentos de como trabalham ou deixam de trabalhar. Não tivemos problemas em não sermos aceitos, a equipe do CS estava empenhada em nos ajudar e fazer com que as equipes trabalhassem bem. O CS que ficamos se diferencia por preparar atividades em praticamente todas as datas comemorativas que merecem uma atenção especial. Dia do Idoso, no qual preparamos um café da manhã com atividades de ginástica, dança entre outros na tenda para os idosos. Dia das Crianças, em que preparamos um lanche especial com atividades de cama elástica, pula-pula, animadores infantis e uma lembrancinha para colorir com um recado da nossa equipe; Outubro Rosa e Novembro Azul, para conscientização do câncer de mama e de próstata, respectivamente. Dentre algumas outras atividades pontuais, sem que houvesse uma data especial em conjunto com a equipe de estagiários da Universidade Católica de Brasília, em enfermagem. Todas essas ações são de imensa importância para aquela população: em relato de um pai na ação do dia das crianças, ele comentou que ter pessoas comprometidas e que se importam com os outros é o que falta na saúde, e isso ele encontra no CS 03. Isso nos deixou orgulhosos e felizes, pois acreditamos que a mudança começa pelas pequenas coisas para que com isso a diferença seja sentida nas grandes.
PROPOSTA DE AÇÃO
D
e acordo com tudo que foi observado, minha intenção é mostrar para a equipe do CS que papéis com informações defasadas não são bons para um bom visual interno do centro sem contar que pode confundir um servidor novo que seja alocado para aquele CS. Temos principalmente no NRCA papéis colados na parede com informações que já venceram, hoje sem utilidade. Com a retirada destes, o ambiente se torna mais limpo visualmente e a atenção fica naqueles avisos que realmente importam.
Outros encaminhamentos que para a matéria seriam somente no final do semestre foram feitos no decorrer, de acordo com a necessidade do CS e do nosso preceptor, como tabela de férias e escala semanal da equipe de enfermagem. Além de mostra que a poluição visual gera desconforto, uma ideia para otimizar o tempo do chefe de enfermagem é fazer um caderno com a escala diária dos funcionários dessa área. Hoje esse caderno é feito a mão ocupando tempo e espaço
3
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
4
desnecessário para profissionais ocupados como esses. Não falta serviço e ocupar um profissional uma manhã inteira fazendo isso é considerado desperdício.
EXPERIÊNCIA COM O ESTÁGIO No decorrer do Estágio Supervisionado I em Saúde Coletiva desenvolvido no Centro de Saúde nº 3, tive a oportunidade de conhecer a Atenção Básica em sua prática, trabalhando com profissionais qualificados e pro ativo. Agradeço pela oportunidade de poder participar deste trabalho que todos sabemos que é de suma importância para a efetivação da melhoria da qualidade de vida da população.
Dayane Oliveira Ferreira No dia 17/09/2014 iniciou-se o Estágio Supervisionado em Saúde Coletiva no Centro de Saúde número 03 de Ceillandia, localizado na QNM 15 do setor Ceilândia-Su/DF, sobre responsabilidade da professora Inez Montagner e do Preceptor Sr. Leomar Lopes dos Santos. Neste dia acompanhamos e conhecemos por intermédio da gestora e médica ginecologista do Centro de Saúde 03, Doutora Lilianny de Andrade Barros Nagão, não só o funcionamento e a estrutura, bem como toda a equipe profissional e os setores que o Centro de Saúde abarca. Após o reconhecimento do CS 03, o grupo de estágio, dividiu-se nos setores designados pelo Preceptor em um sistema de rodizío. Na primeira semana, fui designada a ficar no setor de Recursos Humanos, responsável pelos processos de direitos trabalhistas (escalas, férias, licenças médicas, licenças prêmio, atestados, homologações e aposentadorias). O setor é muito bem organizado, com um controle geral de funcionários feitos em cima de planilhas no Excel. O principal problema observado e relatado pelo responsável do R.H, Sr. José Pereira Mendes, é a dependência do setor com o HhnjhuigiHospital Regional de Ceilandia (HRC), pois algumas pendências do RH só podem ser realizadas e/ou alteradas com a permissão do HRC, mediante um documento oficial enviado por um malote. No documento consta a explicação e o motivo da problemática que irá ser analisada. Com isso, os Recursos Humanos do Centro de Saúde tem apenas a permissão consultiva de alguns processos no
Sistema de informações, o que ocasiona a demora de resolução dos processos. Nesta mesma semana, percorri também o Núcleo de Apoio Operacional (N.A.O/ Administração) do CS 03, que é responsável pelo Recursos Humanos, farmácia interna e almoxarifado. Este setor é muito dependente também do HRC, no que diz respeito à demanda de pedidos mensais (insumos, produtos e medicamentos internos) que são passados ao HRC por um sistema unificado de informações em saúde online do Governo do Distrito Federal da Secretaria de Saúde chamado, Trackcare material. Essa demanda de produtos que o CS 03 precisa nem sempre é atendida na quantidade necessária, segundo o relato da responsável pela farmácia interna e almoxarifado Srª Maria de Fátima Ferreira. Outro problema também apontado por a mesma foi à falta de espaço físico para colocar os materiais que chegam à sala do almoxarifado, que é extremamente pequena e apertada, além de não ter as condições propícias para o armazenamento de materiais. No dia 22 de setembro fiquei no acolhimento da Pediatria, acompanhando o processo de triagem. Na triagem é realizada a pesagem e estatura de crianças e neonatos. A maioria das crianças atendidas tem em média de 0 a 7 meses de idade. Todas as informações obtidas pelas enfermeiras em relação às crianças no processo de triagem são lançadas no Sistema de Informação que vai diretamente para o prontuário eletrônico. Neste setor não foram obervados problemas nem conflitos.
4
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
No dia 24/09 e no dia 26/09, estive presente na mesa de informações na entrada do CS 03, que se chama “Posso Ajudar?”, com a recepcionista Lorrany Ribeiro de Souza. Neste espaço são divulgadas as principais informações do Centro de Saúde, tais como dias de marcação de consultas, vagas para encaixe de consultas emergências e reposição, locais de atendimento, dias de realização e marcação de exames, entrega de medicamentos e resultados de exames como eletrocardiograma. Os dias fixos de marcação de consultas são: segunda, terça e quinta para Clinica Médica, onde são distribuídas dez senhas de atendimento; quarta e sexta: Ginecologia, com dez senhas de atendimento dividas para dois ginecologistas. A marcação de pediatria de 0 a 24 meses é feita todos os dias e de 24 meses em diante a marcação é feita nas quartas e sextas. Na semana do dia 29 de setembro ao dia 03 de outubro, acompanhei a Estratégia e o Programa Saúde da Família – PSF, do C.S. 03, que funciona há oito anos, contendo apenas uma equipe. A equipe de profissionais é composta por cinco agentes comunitários, um enfermeiro, um técnico em enfermagem, e uma médica. São realizadas dez visitas semanais em alguns conjuntos delimitados pela proximidade do Centro de Saúde, as quadras beneficiadas são QNM 05,17 e 21, sendo que a prioridade de atendimento é para hipertensos e diabéticos. Sempre no final de cada mês é feito um relatório da situação de saúde e acompanhamento das famílias visitadas, em que se é analisado a cobertura das vacinas, diminuição ou aumento de agravos preveníveis, acompanhamento de gestantes, crianças e idosos e investigação de óbitos. Além disso, a equipe do PSF promove ações conjuntas em uma escola próxima a área do CS 03, no Centro de Ensino Fundamental 04 (EQNM 21/23Ceilândia Sul) como promoção e prevenção da saúde no tocante da saúde bucal, gravidez na adolescência e suas formas de prevenção, DST/AIDS, álcool, drogas e deficiência auditiva e visual. Nesta escola, acompanhamos o dia de promoção e prevenção de Saúde Bucal, juntamente com a Agente Comunitária, Cleia Maria de Aquino do Vale, o Enfermeiro da Família Wender G. da Silva Pellicer, as Odontólogas Leda dos Reis Martins e Rafaela Braga de Almeida Menegassi. Nesse evento foi apresentado um vídeo educativo, ensinando a prática correta de escovação dentária e também
5
ajudamos na aplicação de flúor e exame clínico simples, visualizando se tinha a existência de cáries dentárias nos adolescentes. Alguns adolescentes tiveram resistência e não quiseram aceitar e participar da proposta de ação preventiva e informativa. Na comunidade as ações são destinadas aos idosos que se reúnem semanalmente no salão paroquial cedido pela Igreja Nossa Senhora da Glória (EQNM 03/05 Ceilândia-Sul), para aferir pressão arterial e glicemia. Já na sala de triagem (acolhimento) do PSF no Centro de saúde, são realizadas pelas agentes comunitárias em saúde as marcações de consultas com a médica da família, Drª Diana Alicia Vargas Carnot, sem que as famílias beneficiadas com o programa precisem enfrentar longas para conseguir uma consulta médica. As marcações para clínica médica são feitas de segunda a quinta das 10:00 às 11:00 horas. Neste setor não foram observados problemas. Nas semanas seguintes fiquei na farmácia externa, local responsável pela recepção, guarda e distribuição de medicamentos para os usuários do C.S. 03 e para a população que necessita pegar medicamentos disponíveis gratuitamente para a rede pública de saúde Os medicamentos são organizados e armazenados na farmácia de acordo com sua nomenclatura, separado em caixinhas em uma estante, e os medicamentos que precisam ser refrigerados (insulinas) ficam em uma geladeira (não muito adequada). A Secretaria de Saúde entrega os medicamentos para o C.S. 03 no dia 20 de cada mês. Para que a população pegue os medicamentos é necessário estar em mãos com a receita médica e sua fotocópia juntamente com o número do seu cadastro - prontuário eletrônico da Secretaria de Saúde, para controle interno de fornecimento. As semanas seguintes no Centro de Saúde 03 foram marcadas por ações preventivas voltadas para a comunidade, tais como: Comemoração do dia do idoso, com atividades de biodança, zumba Fitnnes, meditação, aferição de pressão arterial, glicemia, atendimento odontológico e café da manhã. Comemoração do dia das crianças onde organizei juntamente com o meu grupo de estágio atividades lúdicas: pula-pula, cama elástica, pintura de material educativo em saúde bucal e alimentação
5
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
saudável. Também foi ofertado para as crianças um lanche. Houve também uma campanha de conscientização e prevenção sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo de útero. Neste dia acompanhei e participei de uma caminhada consciente pelas ruas próximas ao C.S. 03 até a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (APAED), onde foi realizada uma aula de Zumba Fitness com as mulheres participantes e com os alunos da APAED, seguido de um café da manhã.
6
Campanha de prevenção e conscientização do diagnóstico precoce do câncer de próstata, hipertensão e diabetes. No dia desta ação realizamos com a parceria dos funcionários de um comércio da região - Campeão da ConstruçãoEQNM03/05- uma manhã de prevenção da saúde do homem, com aferição de pressão arterial e glicemia, seguido de uma conversa informal, onde foi perguntado se os homens frequentavam algum centro de saúde e há quanto tempo tinha realizado alguma consulta e exames. Vários funcionários relataram que não procuram um Centro de Saúde para consultar e/ou realizar exames em média há cinco anos.
PROPOSTA DE AÇÃO Sobre a falta de espaço físico para colocar os materiais que chegam ao almoxarifado, minha sugestão seria a troca do local onde hoje se encontra o almoxarifado para uma das salas, do PSF/ESF que fica ao lado do Recursos Humano, que é usada somente para repouso da equipe até chegar o horário das visitas domiciliares e guarda de pertences pessoais. Sobre a falta de informação no “Posso Ajudar” e tendo em vista que os usuários reclamam da falta de informação, pensei em algumas sugestões que pudesse contribuir para a melhoria na informação e na comunicação. Uma dessas sugestões seria usar os murais informativos espalhados pelo do C.S. com informações atualizadas sobre o funcionamento do C.S. 03 (dias de marcação de consultas por áreas e centros de referência, como o de radiologia e hospital) e com as atividades ofertadas (ações, terapias e ginástica para os idosos). Ainda, poderiam colocar nestes murais, uma espécie de aviso “fique de olho” contendo as informações sobre a documentação necessárias para fazer cartão do SUS e o cadastro da SES-DF. Observei também que a acessibilidade de informações para deficiente visuais e auditivos é falha, pois não tem um mecanismo que oferta informações para os deficientes. Uma ação pensada para este problema foi à futura criação de placas e murais em braile para que os deficientes visuais pudesse ter acesso às informações. Outra coisa que me chamou a atenção foi à existência de uma caixa grande, próxima da entrada, chamada “Caixa de Opinião”, que está sem
utilidade e em lugar inadequado: embaixo do extintor de incêndio. Uma solução cabível para esta caixa seria a substituição por um informativo com o telefone da Ouvidoria do SUS, que é o canal correto para opinião, dúvidas e reclamações, sendo disponibilizado na mesa do “posso ajudar” e nos locais de atendimento. Um dos principais problemas encontrados na farmácia foi a falta de informação de grande parte dos usuários em relação ao número do SES (Número do Prontuário Eletrônico) e da fotocópia da receita médica para receber medicamentos. Percebi que essa falta de informação e comunicação gera conflitos e também lentidão na fila de espera e atendimento. Uma sugestão pensada para tentativa de resolução da problemática foi a ação intersetorial entre a farmácia e o “Posso Ajudar”, onde os funcionários da farmácia passariam todas as informações necessárias para a recepcionista do “Posso Ajudar” ir para a fila da farmácia explicar como funciona o atendimento da farmácia e também passar as informações no contato inicial com o usuário na porta de entrada do C.S. 03, e/ou também colocar tais informações no mural de avisos. Outro problema identificado foi uma grande quantidade de medicamentos vencidos que ainda se encontram guardados em caixas na farmácia, ocupando espaço para a guarda de novos medicamentos. Para evitar que isso aconteça poderia levar esses medicamentos para os pontos de recolhimento e descarte correto do GDF SLU (Sistema de Limpeza Urbana) por meio de documento oficial explicando a problemática, com os devidos procedimentos para fazer o processo de
6
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
incineração correta de forma não prejudicial ao meio ambiente. Sugiro também uma futura parceria com os alunos do Curso de Farmácia da Universidade de Brasília-UnB Campus Ceilândia para que possam ajudar no descarte correto desse material e na educação permanente. Como base para minhas propostas de ação foi uma pesquisa que realizei com dez usuários do C.S 03 que esperavam atendimento. Essa pesquisa deveria ser ampliada, mas a proposta de ação é que as próximas equipes de estágio façam a escuta com referenciais teóricos para conseguirmos melhores resultados. A pergunta feita foi em relação à satisfação no atendimento. As queixas da maioria dos usuários entrevistados foram as mesmas no que diz respeito à falta de informação, questionaram também a falta de mural informativo atualizado, a “falta de vontade” dos profissionais do C.S 03 em dar informações, e a pouca quantidade de senhas disponibilizadas para marcação de consultas.
RESULTADOS DA PESQUISA QUALITATIVA Foi realizada uma pesquisa de opinião, com dez usuários, escolhidos aleatoriamente, do Centro de saúde 03 que esperavam atendimento clínico na manhã do dia 26 de setembro de 2014. Nessa pesquisa foi feita a seguinte pergunta para todos: Você está satisfeito com o atendimento e com as informações ofertadas pelo Centro de Saúde 03? Usamos nomes fictícios para os usuários, as mulheres receberam nomes de flores e os homens marcas de carro: Margarida, 37 anos: “Não estou, demora muito para conseguir uma consulta com o ginecologista, a gente chega aqui seis horas da manhã e não consegue pegar uma ficha pra marcar”
7
Clio, 61 anos: “Uso esse postinho há mais de vinte anos, vi que melhorou muita coisa, tem mais médicos, mais ainda tem muita coisa ruim, esses funcionários não informa a gente de nada, são muito grossos”. Jasmim, 50 anos “Uso esse Centro de Saúde, tem dez anos e toda vez me revolto com a mesma coisa, a falta de remédios, tenho pressão alta e não posso ficar sem remédio, não estou satisfeita com esse centro, nem com nada na saúde de Brasília, uma vergonha.” Lis, 45 anos, “Pra mim, tá bom, consultar com o doutor pra mim é o que importa.” Sandero, 63 anos, “Olha minha filha, consulto aqui tem cinco anos, desde que me mudei pra casa da minha filha e nunca fui informado de nada que tem aqui, quanto mais não sabia que tinha médico pra ir nas casas.” Punto, 30 anos, “Gosto do atendimento daqui, faço acompanhamento no Hiperdia, desde o dia que descobri que tenho diabete, e sempre fui bem atendido.” Gol, 75 anos, “Não gosto do atendimento do guichê, não informam como faz pra marcar exames, só falam que demora isso eu já sei faz tempo, não precisa ninguém me dizer, qual foi o dia que hospital do governo foi rápido? Violeta, 20 anos, “Fiz meu pré-natal aqui e sempre fui bem informada e continuo consultando meu bebê aqui, até nutricionista ele tem aqui.” Rosa, 53 anos, “A única coisa que me incomoda aqui é a falta de informação certa, a gente parece bola de pingue e pongue, manda pra um lugar, depois manda pra outro, ai vira uma bagunça e você continua sem saber de nada” Fusca, 40 anos, “Não estou satisfeito, penso que deveria ter um quadro com informações de tudo o que tem aqui, eu mesmo não sabia que tinha acupuntura, só fiquei sabendo por que o doutor Danilo, me mandou procurar pra diminuir meu estresse, que me deixa com dores de cabeça.”
EXPERIÊNCIA COM ESTÁGIO E AGRADECIMENTOS A vivência e experiência que tive a oportunidade de adquirir no Centro de Saúde 03, me trouxeram profissional e pessoalmente a oportunidade de conhecer o que é e como funciona de fato o nosso Sistema Único de Saúde - SUS no contexto da atenção básica em saúde. Me fez visualizar na prática uma das teorias aprendidas dentro dos muros acadêmico: em que saúde não era apenas a ausência de doenças, mas sim o completo bem estar psicossocial. Aprendi nesses dois meses e meio de estágio, que o passo primordial para se pensar em
construir saúde, se resume em apenas quatro palavras: promoção, prevenção, educação e humanização. Queria agradecer a dedicação, o esforço e a inteligência da Professora Inez Montagner, que foi a peça fundamental nessa mediação academia e prática, onde orientou a equipe de estágio com as principais instruções do papel do Sanitarista na saúde, fazendo que cada um de nós, enxergasse sua atuação profissional na atenção básica. Em segundo
7
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
lugar, queria agradecer a nossa equipe de estágio, que estavam a todo o momento juntos descobrindo, discutindo, propondo e refletindo qual seria o nosso papel dentro do C.S.03. Agradeço toda a equipe de profissionais que trabalham no Centro de Saúde 03, que se propuseram e aceitaram nos ensinar como era o
8
trabalho dentro de um Centro de Saúde, em especial o chefe de Enfermagem e nosso preceptor Leomar Lopes, a Srª Maria de Fátima Ferreira e a Srª Francisca das Chagas. Assim como todos os profissionais que tivemos contato, estes foram os que mais tiveram um vinculo de aprendizagem fluente no decorrer da minha vivência de estágio.
Seguem as fotos dos momentos mais marcantes no decorre da minha vivência no Centro de Saúde nº 3.
1º dia de estágio:
Educação em saúde:
8
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
9
Saúde Bucal nas escolas:
Comemoração do Dia das Crianças:
Outubro Rosa:
9
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Novembro Azul:
Déborah Lacerda
O
relatório a seguir apresentado é fruto das observações realizadas no Centro de Saúde Nº 3 da Ceilândia Sul, localizado na QNM 15, Lote D, área especial. O Centro de Saúde recebeu uma das equipes de Estágio Supervisionado 1 de Saúde Coletiva, no 2º semestre de 2014. Nesse momento de estágio, tivemos a oportunidade de observar e vivenciar o dia a dia das equipes que compõem um Centro de Saúde, optando pela rotação entre os setores a fim de conhecer a estrutura da Atenção Básica. Os Centros de Saúde são reconhecidos por serem a porta de entrada da população no Sistema Público de Saúde. O Programa Saúde da Família tem cobertura de aproximadamente 3.000 pessoas, e assiste as quadras 05, 07 e 21, da Ceilândia Sul. São ofertadas consultas médicas para especialidades ginecológicas, pediátricas e clínicas, onde são distribuídas 20 senhas diariamente, de acordo com o dia destinado a cada especialidade, com exceção da pediatria, que atende todos os dias crianças de 0 a 2 anos, sem necessidade de prévia marcação. Pela recente reforma, entregue em julho de 2012, o Centro de Saúde não apresenta problemas estruturais, tem fácil acessibilidade, possui equipamentos novos de informática e tem salas bem equipadas.
Dentre os serviços oferecidos, se chama a atenção para a importância das Práticas Integrativas de Saúde, onde são ofertados serviços como Yoga, Karatê, e Biodança, além dos diversos eventos que tivemos oportunidade de vivenciá-los, e observar a resposta positiva dos usuários ao receberem o acesso aos serviços básicos de saúde. Em meu primeiro contato com o Centro de Saúde, fiquei alocada no Núcleo de Regulação, Controle e Avaliação - NRCA, que é responsável pelas marcações de consultas, realização do cartão do SUS, e arquivamento dos prontuários, tanto eletrônicos, quanto os de papel. Também é de responsabilidade desse setor, o controle estatístico de consultas, e principais grupos etários que são atendidos, e mensalmente é enviado ao Hospital Regional de Ceilândia – HRC, para o Boletim de Produtividade Ambulatorial. Observei que o TrakCare, sistema responsável pelo armazenamento de dados dos usuários, apresenta problemas de conexão, que atrapalham o funcionamento do setor. Em outra oportunidade fiquei no “Posso Ajudar?”, que fica no hall de entrada do Centro de Saúde, e tem uma funcionária designada a informar os usuários sobre dúvidas frequentes, como marcação de consulta, horários de atendimento, documentos necessários, entrega de fichas etc. É nesse espaço
10
10
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
que também ficam panfletos sobre prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST, saúde da gestante, entrega de preservativos e os achados e perdidos. Conforme observado, as perguntas mais frequentes são sobre os dias e horários de atendimento de cada especialidade, e sobre os guichês de atendimento do Núcleo de Regulação, Controle e Avaliação NRCA, onde possui um específico para atendimento daqueles que procuram por serviço de pediatria, e os demais não tem identificação do atendimento, o que poderia facilitar para o usuário que por vezes, entra na fila do guichê errado. Na farmácia externa, ficam aproximadamente 4 funcionários com a função de dispensar medicamento aos usuários. A organização é feita de acordo com a finalidade de cada medicamento e uma vez ao mês chegam novas caixas para reposição. Tivemos a oportunidade de organizar alguns medicamentos e separá-los por cor, com a finalidade de facilitar a visualização. Na vacinação, ficam três servidores e a maioria dos atendimentos é para crianças e recém-nascidos, há maior procura por esses serviços em campanhas de vacinação, e no dia a dia, as mães levam os filhos com períodos de atraso. O Centro de Saúde não possui gerador, a farmácia externa conta com uma geladeira comum para guardar as caixas de insulina, porém quando falta energia, esses remédios se perdem. Já na vacinação, quando falta energia, a geladeira consegue manter a temperatura por alguns minutos, além de contatar o servidor responsável. O Programa Saúde da Família (PSF) é composto por um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e cinco Agentes Comunitários de Saúde - ACS, porém a equipe não está completa, pois falta um dentista. Semanalmente essa equipe realiza visitas domiciliares às famílias cadastradas. A cada novo cadastro entrega um kit de saúde bucal. Percebe-se ainda que a equipe não recebe os equipamentos de proteção individual que são necessários, pois estão sempre expostos ao sol ou chuva, e semestralmente recebem apenas um protetor solar. Mesmo com as dificuldades, a equipe está sempre realizando novos cadastros e acompanhando àqueles que já eram cadastrados. Segundo Starfield (2002), Atenção Primária à a Saúde é definida como um conjunto de serviços de
sistema de saúde que oferece acesso na porta de entrada do sistema a todas as necessidades e problemas na atenção à pessoa no seu autocuidado, num determinado espaço de tempo, com a finalidade de promover a saúde. No que se refere aos eventos, o Centro de Saúde prioriza as datas comemorativas como oportunidade de aproximar os usuários do serviço de saúde, oferecendo-os serviços básicos de promoção e prevenção da saúde, como aferição de glicemia e pressão arterial, atendimento de saúde bucal, palestras informativas e demais práticas integrativas. Quanto à parte administrativa do Centro de Saúde, podemos perceber a intersetorialidade entre a Chefia de Enfermagem, o setor de Recursos Humanos – RH, e a Administração. O RH tem dois funcionários responsáveis pelo controle dos atestados, férias, abonos e demais licenças. A chefia de enfermagem é o setor responsável pela distribuição dos enfermeiros e técnicos em enfermagem no Centro de saúde, assim como o controle do “Forponto”, programa de controle do ponto eletrônico dos servidores da enfermagem, além de ser onde ficam os panfletos que serão distribuídos no Centro de Saúde e nos eventos realizados, e também é onde ficam arquivados os ofícios e demais documentos referentes às atividades realizadas por eles. O Chefe desse setor, Leomar Lopes, é visto como um líder por todos os funcionários, pois é a partir dele que se iniciam novas ideias de projetos e eventos, além de sempre atuar como mediador e solucionando qualquer conflito que surja. Na sala da mulher, a estrutura da sala é pequena, a porta de acesso ao corredor de atendimento fica semiaberta e conta com duas enfermeiras e uma auxiliar, além dos estagiários de enfermagem que ficam com frequência no local. São oferecidos serviços de marcação de pré-natal, prevenção, puerpério, e informações sobre a palestra de planejamento familiar. A palestra é para a gestante e seu companheiro e tem a finalidade de informar sobre os cuidados necessários durante a gestação, tirar dúvidas, além de informar sobre a importância do pré-natal e sobre o Programa de Humanização no Parto. São duas palestras durante o pré-natal e uma no puerpério, onde é conversado sobre os cuidados pós-parto e também sobre os procedimentos de laqueadura e vasectomia, e caso manifestem interesse, os usuários passam por
11
11
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
consulta médica e recebem o encaminhamento para a cirurgia. O serviço é bastante procurado pelas mulheres nas primeiras semanas de gestação. Um ponto negativo, consequente da porta que fica
semiaberta, é a procura dos usuários para o esclarecimento de dúvidas que não são de responsabilidade do setor, e que muitas vezes não passam pelo balcão do “Posso ajudar?” e vão direto à sala da mulher, o que atrapalha o funcionamento do setor.
RESULTADO DE PESQUISA No mês de outubro, destinado às ações de prevenção do câncer de mama, realizamos uma pesquisa com as usuárias do centro de saúde, onde cerca de 40 mulheres foram entrevistadas, com idades entre 31 e 75 anos. O objetivo foi levantar dados acerca da realização de consultas e exames preventivos, assim como o último ano de realização dos mesmos. Quanto aos resultados, 15 dessas mulheres realizaram todos os exames ainda este
ano, e disseram realizá-lo com frequência anual. 7 disseram ter realizado os exames e consultas, pela última vez, em 2013, outras 5, realizaram os exames pela última vez em 2012, e outras 5, disseram já ter feito os exames e consultas, porém não lembram o ano em que foi realizado, e outras 8 mulheres nunca fizeram nenhum tipo de exame preventivo, ou por não terem mais de 40 anos, ou por falta de interesse ou medo.
Das quinze mulheres que disseram ter realizado os exames ainda esse ano, quatro citaram a Carreta da Mulher como incentivo à realização da prevenção.
Exame de preventivo realizados e não realizados 20%
Realizaram os exames Nunca fizeram os exames
80%
Porcentagem de exames realizados por ano de referência 2014 20% 37% 13% 13%
2013 2012
17%
Não lembram o ano que fizeram
12
12
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
PROPOSTA DE AÇÃO Como proposta para melhoria do serviço e observada a importância dos serviços de informação, educação e comunicação, sugere-se que a mesa do “Posso ajudar?” fique em local com mais evidência, assim como a sua identificação, a fim de que os usuários saibam a quem se destinar, e deixem de usar outros setores para esclarecimento de dúvidas. Como observado e citado acima, uma das dúvidas frequentes dos usuários no “Posso ajudar?” é em relação ao atendimento oferecido em cada guichê, o que poderia ser solucionado com a identificação visual de cada um, como por exemplo, uma placa de identificação que possa ser móvel e trocada de acordo com os atendimentos do dia, ou com identificação em adesivo, a ser colocada de forma fixa e em local visível acima de cada guichê. Outra proposta é que o número de preservativos fosse liberado, jamais restringido, uma vez que cinco
preservativos para cada pessoa limitaria a prática sexual a cinco relações sexuais, no caso de casais heterossexuais ou a duas no caso de homossexuais. A equipe da Saúde da Família não recebe os equipamentos de proteção individual que são necessários, pois estão sempre expostos ao sol ou chuva, e semestralmente recebem apenas um protetor solar. Mesmo com as dificuldades, a equipe está sempre realizando novos cadastros e acompanhando àqueles que já eram cadastrados. Portanto, outra proposta a ser pensada é sobre o uso dos equipamentos de proteção individual, como o uso adequado de luva, máscara e jaleco, além da distribuição trimestral de protetor solar e de outros equipamentos, como o chapéu e capas de chuva para a equipe da Saúde da Família, devido às visitas semanais que eles realizam na área de cobertura.
EXPERIÊNCIA COM O ESTÁGIO Agradeço à experiência adquirida, à oportunidade de vivência na atenção básica, aos funcionários que sempre estiveram dispostos a nos ensinar e esclarecer quaisquer dúvidas, em especial ao Chefe de enfermagem Leomar Lopes dos Santos, a
funcionária do “Posso Ajudar”, Lorrany Ribeiro de Sousa, à servidora da farmácia, Francisca da Chagas, e por fim, aos colegas e à Prof.ª Inez Montagner, pela equipe formada, e por juntos termos conseguido ir além dos objetivos esperados.
Momentos que me marcaram: Dia das Crianças
13
13
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Evento Outubro Rosa
Jaqueline Mendes Nardelli
A
experiência do estágio supervisionado em Saúde Coletiva já começou me proporcionando aprendizado desde o primeiro momento: a apresentação do Centro de Saúde 03 (CS3) feita pela Gestora Dra. Liliane. Já sou usuária da atenção básica, já fiz consultas em outro Centro de Saúde, mas conhecer cada local, observar a ligação que um setor tem com o outro e até mesmo ver de perto as qualidades e dificuldades do CS era algo que nunca havia feito. Por se tratar de uma pesquisa participante, pude observar que todos os ambientes onde há contato com o usuário possuem pias para lavagem de mãos, inclusive no local do acolhimento. Tratando-se
Refrigerador em que são armazenadas as vacinas.
ainda de higiene, observei também que o CS é muito limpo e organizado, visto que foi reformado há dois anos e que os funcionários têm conhecimento dos princípios de higiene em locais de promoção de saúde. Entretanto, não é somente pela reforma que este Centro de Saúde se encontra, assim, tão limpo e organizado. Percebemos que isso faz parte da política de atendimento e acolhimento deste CS. Nos primeiros dias de estágio nos separamos por duplas. Jorge e eu fomos para a Sala da Criança e Vacinação. Na Sala da Criança conversamos com enfermeiras e técnicas, que nos informaram que por ali passam vinte crianças por dia para uma triagem antes das consultas, e nessa triagem é medida a altura, peso e perímetro cefálico. Um ponto negativo visto pelas enfermeiras é que muitas vezes mais de um médico pediatra precisa se afastar por motivos de saúde ao mesmo tempo, comprometendo o número de atendimentos na pediatria. Na Sala da Vacina, conversamos com os servidores Lucas Fernando Gomes e Maria José de Castro (carinhosamente chamada de “Zezé”) que nos relataram problemáticas e pontos fortes. Uma grande qualidade foi em relação à geladeira onde são armazenadas as vacinas. O Lucas nos explicou que ao acabar a luz (ou acontecer qualquer pico de
14
14
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
energia) a geladeira, além de soar um alarme, possui um dispositivo que liga imediatamente para o responsável (Lucas) e este deve se deslocar para o
CS3, tirar as vacinas da geladeira e levar para o Hospital de Ceilândia.
Já os problemas, observamos que há um grande desperdício de vacinas, pois algumas delas não são dose única e a validade depois de aberta é de poucas horas. Como exemplo, a vacina Tríplice Viral. Seu frasco é maior por não ser dose única, mas a procura de mães que levam seus filhos para vacinar por dia nem sempre é grande, logo, há o desperdício, pois após seis horas de aberta a vacina não poderá mais ser usada.
acordo com a quantidade que o usuário julgar necessitar. Lorrany vê a necessidade de uma receita médica para pegar anticoncepcionais como uma dificuldade de acesso, pois a procura por anticoncepcionais sem receita é grande, e se fosse possível essa distribuição às mulheres se preveniriam mais.
Na semana seguinte passamos por um setor que se chama “Posso Ajudar?”. Esse setor é o primeiro contato que o usuário tem ao chegar ao CS. Nele, há uma pessoa responsável por tirar dúvidas, fazer
Jaqueline Nardelli e Jorge Henrique na Farmácia.
entrega de senhas para a marcação de consultas, entrega de preservativos, lubrificantes e folders educativos sobre prevenção. No CS3 essa pessoa é a Lorrany Ribeiro de Souza, alguém bastante comunicativa e simpática. Ela nos falou dos pontos positivos e negativos vistos por ela; disse que as perguntas mais frequentes são “quais as especialidades do Centro de Saúde?” e “Quais os dias de marcação de consultas?”. Observei também, por uma visão do usuário, que as salas são bem identificadas e que há muitos folders sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), que chamam a atenção por serem provocativos, com imagens de relações físicas entre pessoas. A funcionária Lorrany também nos contou sobre a distribuição de preservativos: relatou que a procura é grande e a distribuição para cada pessoa é de
Passamos também pelo RH, onde conhecemos o Técnico Administrativo José Mendes, carinhosamente chamado de “Zé”. Ele nos mostrou como é feito o registro de folgas, de férias e atestados. Olhando a tabela feita pelos próprios profissionais, observamos que há uma desorganização nas datas que os funcionários escolheram para suas férias: muitos funcionários de um mesmo setor escolheram datas para o mesmo período do ano, o que ocasiona um grande problema para o CS, diminuindo a produtividade e eficácia do atendimento. Passei também pelo Arquivo, onde são marcadas as consultas. Pude observar que há uma desorganização nos guichês, pois não existe diferenciação para cada guichê fazer um determinado procedimento. Por exemplo, o mesmo guichê que marca consultas de pediatria, também marca de ginecologia, e isso causa muita dúvida por parte dos usuários que estão nas filas esperando para marcarem seus atendimentos. Também existe um cansaço dos profissionais daquele ambiente, onde apesar de trabalharem a maior parte do tempo sentados, as cadeiras não são ergonômicas/confortáveis, e isso prejudica a saúde do trabalhador. Sugiro que façamos uma ação para levarmos profissionais da UnB que possam trabalhar com reeducação postural, ao nível de extensão ou estágio, com o objetivo de prevenir, resgatar e manter a saúde do trabalhador. O próximo local que passei foi a farmácia. Por mais interessada que fosse, era o local que eu mais tinha receio em passar, por não entender tanto sobre medicamentos, mas foi o local que mais gostei no CS3. Por vários motivos: a receptividade dos funcionários da Farmácia, o aprendizado que me foi proporcionado e a possibilidade de estar sempre fazendo alguma coisa diferente em um local tão pequeno. Nos primeiros dias nós organizamos
15
15
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
alguns medicamentos, abastecemos com os remédios que estavam acabando e guardados nas caixas. Observamos que estavam faltando plaquinhas com os nomes dos medicamentos e que Durante esses dias aconteceu um imprevisto entre usuários e profissionais: um usuário mostrou-se insatisfeito com o atendimento e desrespeitou uma funcionária com ofensas, o que acarretou na intervenção do guarda do CS. Esse posicionamento foi entendido pelo usuário como um confronto e a situação só piorou até o Chefe da Enfermagem, Leomar Lopes dos Santos, tomar a frente da situação e apaziguar os ânimos dos envolvidos. Estive também com a equipe do Programa Saúde da família (PSF), onde fomos ao Centro de Ensino Fundamental 04 acompanhar uma atividade feita pelos Cirurgiões Dentistas do Centro de Saúde, Também participei de outros eventos, como a ida ao Supermercado Extra para acompanhar um evento voltado à realização de teste de sífilis. No evento também foram realizados outros procedimentos, como a aferição da taxa glicêmica do sangue e da pressão arterial, mas o foco principal era fazer com que a pessoa que queria medir a pressão aproveitasse e realizasse o teste rápido de sífilis, com duração de aproximadamente 15 minutos. Na Caminhada Rosa, no mês de outubro, reforçamos a importância da prevenção do câncer de mama. Acompanhamos uma caminhada organizada pelo CS, mais especificamente o Leomar Lopes dos Santos, que contou com a presença de muitas mulheres usuárias do CS3. Ao final da caminhada tivemos aula de Zumba, café da manhã e uma palestra para as mulheres sobre a importância da mamografia e riscos do câncer de mama.
não havia cores para diferenciá-los, e nem qualquer proximidade de medicamentos que são para a mesma patologia. juntamente com a equipe do PSF. A atividade com os alunos foi sobre higiene bucal. As crianças/préadolescentes fizeram a auto aplicação do flúor e entregamos kits odontológicos contendo escova, fio dental e pasta de dentes. Após a aplicação, todos os alunos foram para a sala de vídeo, onde assistiram a campanhas educativas voltadas à necessidade da escovação, independente da marca do creme dental, como cita algumas propagandas de TV. E por último, os dentistas examinaram a saúde bucal dos alunos, identificando quantas cáries dentárias cada criança possuía e, se fosse um caso fora da média, esse aluno seria encaminhado para o CS.
vídeo educativo apresentado aos alunos.
uma interação dos pais com CS. Os pais se sentiam a vontade em levar o filho para a consulta e depois disso ter um local em que há a promoção da saúde das crianças com brincadeiras, pula-pula, comidas e música infantil. O Dia do Idoso não foi diferente. A alegria também foi contagiante com os usuários do CS dançando Zumba, fazendo alongamento, criando amizades com outros idosos. Isso também é promoção da saúde. No final, fizemos um café da manhã onde todos que participaram contribuíram um pouquinho. Todos esses eventos contaram com a participação, a criatividade, o bom humor, e a vontade de fazer acontecer do Chefe de Enfermagem Leomar Lopes dos Santos, das equipes de estágio de enfermagem e técnicos.
O evento de Dia das Crianças no próprio CS3, foi um evento muito divertido e importante, pois se criou
16
16
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
PROPOSTA DA AÇÃO Na sala de vacinação, nos foi relatado um problema com relação aos atrasos nas vacinas das crianças. Esse problema acontece porque as mães não levam seus filhos na data certa para a vacinação de segunda ou terceira dose da vacina. A partir dessa problemática pensamos em uma proposta de mudança. Como proposta de ação, entendi que na nossa profissão de Sanitarista devemos, em primeiro lugar, compreender o que está acontecendo. Portanto, fiz uma pesquisa com as mães das crianças que estavam com vacinas em atraso nos seus cartões. Quatro mães foram entrevistadas, perguntei se o pré-natal delas foi feito no CS3, e todas as respostas foram sim. A segunda pergunta foi o porquê dos atrasos e a resposta de 75% delas foi que não estavam em Brasília na data que estava marcada a vacinação do filho. Os outros 25% que esqueceram da data. Para aquelas que falaram que viajaram, ou não estava em Brasília por qualquer motivo, perguntei se elas sabiam que poderiam ter vacinado seus filhos na cidade em que se localizavam no momento, só precisavam levar o cartão de vacina a algum centro de saúde do local. A resposta de todas foi que não sabiam, ou seja, mesmo que o universo de informantes seja restrito, sugiro para os próximos estudantes de Estágio I,
uma pesquisa mais aprofundada do tema, mas, segundo minhas análises, há falta de informações. Tanto no ambiente da vacina, com folders explicando para as mães dessa possibilidade, quanto no pré-natal, reforçando e explicando como será a vacinação do bebê. A minha proposta é a criação de um cartaz explicando essas possibilidades, os horários em que podem vacinar seus filhos e a documentação que devem levar a qualquer Centro de Saúde. Na atividade “Saúde Bucal” na escola de Ensino Médio, vi a necessidade de criar um levantamento de como está a saúde bucal daquelas crianças. Nós anotamos os números de crianças com cáries dentárias e quantas cáries tinham. O resultado dessa pesquisa ficou com a equipe de dentistas do CS, a partir dos resultados observamos que as crianças que possuíam mais cáries não eram de Ceilândia, eram de Samambaia ou cidades próximas. As crianças que moravam próximo a escola, e ao CS3, estavam com a saúde bucal em dia. Percebi também que existe um cansaço dos profissionais por trabalharem, a maior parte do tempo, sentados. As cadeiras não são ergonômicas/confortáveis, e isso prejudica a saúde do trabalhador. Sugiro que façamos uma ação para levarmos profissionais da UnB que possam trabalhar com reeducação postural, ao nível de extensão ou estágio, com o objetivo de prevenir, resgatar e manter a saúde do trabalhador.
MINHA EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO A experiência do estágio I me acrescentou muito, até mais do que eu esperava. Pude conhecer profissionais que fazem acontecer, farmacêuticos, enfermeiros, médicos, dentistas, técnicos, nutricionistas, assistentes sociais, profissionais da área administrativa, da parte da limpeza, da organização e etc. Todas essas pessoas fazem um pouco para que o Centro de Saúde 03 seja o exemplo de atenção básica que é, e tenho certeza que se pudessem fazer mais, fariam.
Eu, futura sanitarista, já tinha meu olhar voltado para atenção básica como porta de entrada para o SUS. Pude agora ver a vivência dos profissionais de saúde por outro ângulo, e a proposta de mudanças é o que faz toda diferença nesse estágio. Não tive nenhum tipo de problema com nenhum profissional do CS3, e nem com minha equipe de estágio, pelo contrário, fomos uma equipe com iniciativa, amizade e humor, quando preciso. Quanto à professora Maria Inez Montagner que nos ajudou a cada semana, também nos ensinou da melhor forma possível.
17
17
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Jorge Henrique Santos de Oliveira
E
ste relatório foi desenvolvido ao longo do segundo semestre de 2014 no Centro de Saúde nº 03 localizado em Ceilândia Sul por uma das equipes de Estágio Supervisionado 1 de Saúde Coletiva. No primeiro encontro da equipe foi acordado que cada estudante passaria por todos os setores do serviço com objetivo de conhecer o sistema integralmente, tendo em vista a importância da Atenção Primária no Sistema Único de Saúde. A Atenção Primária deveria ser a porta de entrada preferencial do SUS, para que com o acompanhamento preventivo e promoção à saúde os casos inicialmente de baixa complexidade não agravem e chegue aos hospitais. Todavia, isto não acontece devido à falta de investimento na Atenção Básica e o descrédito que foi gerado durante anos pela população brasileira. Pode-se dizer que isso é uma herança do modelo hospitalocêntrico, o qual apresentava alta densidade tecnológica e passou a ideia disso ser sinônimo de melhor qualidade. Esse modelo que gerava altos custos a qualquer sistema de saúde estava fadado ao fracasso por não promover saúde. A população, acostumada com a visão centrada no hospital e com as experiências como ausência de profissionais, pensa que a solução é a construção de mais hospitais e contratação de profissionais, não vê o hospital como um ponto de cuidado para condições agudas, continua a procurar os hospitais para tratar da saúde e não reconhecem a possível eficácia dos Centros de Saúde (CONSENSUS, 2014). Todos os níveis de atenção a saúde têm importância na Rede de Atenção à Saúde, pois não é porque a alta complexidade demanda mais recursos financeiros que a Atenção Primária que esta deve ser excluída do sistema. Ao contrário, se houver investimentos neste nível de atenção, haverá promoção e prevenção da saúde, evitando agravos à saúde e a alta demanda por atenção especializada. O Centro de Saúde nº 03 foi reformado em 2012 e, desde então, apresenta boa estrutura física, identificação de todas as salas e sistema de informatização parcial. Porém, alguns lugares do Centro de Saúde já começam a serem danificados, necessitando de uma reforma preventiva, para que se evite gastos maiores futuramente.
Ao observar cada setor foi possível identificar a forma como o sistema funciona. O Recursos Humanos - RH, que é de responsabilidade do Técnico Administrativo José Pereira Mendes, lança férias e abonos no sistema, preenche formulário para aposentadoria e recebe atestados de comparecimento. O PSF conta apenas com uma equipe saúde da família que abrange 3.500 pessoas e não tem dentista. Contudo, o Centro de Saúde tem 37.000 mil pessoas inscritas em sua região e, assim, não atinge cobertura total. Para conseguir cobrir 100% da demanda, 10 equipes de saúde da família eram necessárias. No guichê do Núcleo de Regulação, Controle e Avaliação - NRCA são marcados as consultas e os exames. Geralmente são 15 consultas por médico e deixam 5 para encaixe o que da um total de 20 atendimentos por dia de cada médico. O Centro de Saúde conta com dois médicos pediatras (diariamente), dois clínicos (três dias por semana) e dois ginecologistas (dois dias da semana). Os exames laboratoriais são enviados para o HRC ou para o Centro de Laboratório que fica localizado no P-Norte. Esses exames são de urina, exame de sangue e exame parasitológico de fezes, que após os resultados são encaminhados de volta para o Centro de Saúde. Na Vigilância Epidemiológica são realizados testes rápidos (HIV, sifilis, dengue). A vacinação é muito eficiente, pois não faltam vacinas. Entretanto, há um grande desperdício todos os dias, pois os imunobiológicos inutilizados são sobras diárias, produtos que sofreram alteração de temperatura ou com validade vencida. Os produtos que podem ser utilizados devem ser mantidos em temperatura adequada e os que precisam ser descartados são os que foram muito manipulados e expostos a luminosidade. Quando são inutilizadas, deve ser prenchido um formulário a fim de avaliar perdas, custos e identificar problemas frequêntes para correção (FUNASA, 2001). As vacinas mais usadas são a tríplice viral com duração de oito horas depois de aberta, BCG de seis horas e febre amarela após seis horas. Em média,
18
18
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
por dia são feitas de 25 a 30 vacinas. A sala de vacina atende os usuários de 8 às 12 horas, pois o periodo de 7 às 8h é dedicado para limpeza e organização e nela três servidores trabalham: dois técnico em enfermagem e um agente de saúde. Geralmente as mães levam seus filhos para fazerem a vacinação com atraso, um grande problema cuja justificativa foi identificada ao conversar com as mães que ou esquecem ou viajam em família e não sabem que a vacina é ofertada em todo o Brasil, ou seja, poderiam vacinar seus filhos em qualquer Centro de Saúde. Assim, é possível observar a falta de informação e comunicação entre o serviço de saúde e a população. Outro problema identificado foi a ausência de gerador para o caso de falta de energia. Contudo há uma geladeira de alta tecnologia que chegou ao serviço há 2 anos. Ela contata o servidor responsável, avisando que o Centro de Saúde está sem energia e mantém a temperatura por 20 a 25 minutos que é o tempo do profissional de saúde chegar e encaminhar essas vacinas para o Hospital Regional de Ceilândia - HRC. A temperatura ideal está configurada entre 2 e 8°C, caso a temperatura atinja níveis abaixo ou acima do ideal, a geladeira aciona o responsável pela sala da vacina. É ofertado também o serviço de pediatria. No acolhimento, profissionais da enfermagem realizam procedimentos na criança como mensuração de peso, altura, perimêtro cefálico, e atendem em média 20 crianças por pediatra. O acompanhamento recomendado é de sete consultas no primeiro ano de vida para realizar imunizações, promoção à saúde e prevenção de danos. A partir do segundo ano, consultas de rotina anuais (BRASIL, 2012). Dessa forma, a criança pode ser acompanhada durante seu crescimento para detectar precocemente possíveis agravos à saúde e realizar educação em saúde durante as consultas sempre que necessário. Há outros setores como a Administração que é responsável por pedidos gerais do Centro de Saúde, como por exemplo: medicações e materiais (luvas, preservativos). Um ambiente super organizado e que conta com profissionais qualificados para o desenvolvimento dos serviços administrativos. A farmácia interna é um local super organizado de responsabilidade da servidora Maria de Fatima Ferreira, local reservado para guardar os materias e medicações que são pedidas pela Administração do
Centro de Saúde. Nesta sala são guardados caixas com gazes, álcool, dipirona, luvas e espéculos. A sala de medicação realiza medicação injetável, inalatória, reidratação oral, acompanhamento de níveis glicêmicos e mantém pacientes que realizaram algum procedimento que demande observação. O Ministério da Saúde recomenda que ela tenha bancadas, pias, torneiras, mobiliário, equipamentos e estrutura que evite luz solar incidente para melhor conservação dos fármacos (BRASIL, 2008). O Posso Ajudar é um serviço tercerizado. A responsável no CSC 03 chama-se Lorrany Ribeiro de Sousa e realiza as seguintes funções: distribuição das fichas para marcação de consultas de clinica médica (marcação as segundas, terças e quintas feiras), pediatria (diariamente de 7 às 10 horas para as crianças de 0 a 2 anos, e segunda, quarta e sexta são ofertadas 10 vagas para crianças acima de 2 anos de idade) e ginecologia (quarta feira e sexta feira). Ela faz a distribuição de camisinhas e lubrificantes. Perguntei se ela já havia trabalhado em outro Centro de Saúde e ela respondeu afirmativamente: “No Centro de Saúde 06, e era melhor por oferecer mais vagas para marcação de consultas”. Durante o Estágio realizou-se uma entrevista com os usuários com o intuito de conhecer a visão deles acerca do Centro de Saúde, tarefa que entendemos ser uma das principais funções de um profissional Sanitarista, compreender o que o usuário de um centro de saúde sente e experiência. Em geral, as pessoas com as quais conversei, destacaram o atendimento do Centro de Saúde, elogiaram a estrutura fisica da unidade, aos profissionais e aos serviços ofertados. O chefe da enfermagem, Leomar Lopes dos Santos, proporcionou ao nosso grupo participar de diversos eventos dentro e fora do Centro de Saúde que nos mostraram a importância de uma gerência articulada com outros setores (intersetorialidade). Ele sempre busca parcerias para desenvolver as atividade, mostrando ser um gerente articulado e compromissado com a sua profissão, com uma conquista importante: a academia comunitária dentro das instalações do serviço. Participamos do Dia Nacional do Idoso, do qual fui pessoalmente com o Leomar para convidar os idosos que participam de atividades no Corpo de
19
19
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Bombeiro e na SEDEST. Para este evento, foi ofertado um café da manhã e serviços como aferição de níveis glicêmicos, pressóricos e odontológicos. O dia das crianças foi um grande evento, no qual tivemos retorno positivo dos pais presentes, ofertou-se serviços pediátricos e momento de lazer com o palhaço “Jorginho” (Jorge Henrique Santos de Oliveira), o “Chaves” ( Romário Araújo Matias Rocha), a cama elástica e o pula-pula. No Hipermercado Extra de Ceilândia, ofertou-se serviços de glicemia, pressão arterial, sífilis e distribuição de preservativos. Esse evento contou com a participação dos estagiários da Universidade Católica de Brasília na área de enfermagem, com estagiários da escola técnica LS na área de técnicos em enfermagem e minha equipe de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília. A caminhada do Outubro Rosa contou com a parceria do Campeão da Construção, foi uma
caminhada pelas ruas de Ceilândia, durante a caminhada apresentavamos uma faixa com a seguinte frase: " OUTUBRO ROSA- CSC- 03. MULHER... VC TEM VALOR! SE CUIDE. SE AME". Esta ação contou com a organização do chefe de enfermagem Leomar Lopes dos Santos e o apoio das equipes de estágios do Centro de Saúde. O eventou contou com a participação de uma professora de Zumba que animou o evento e colocou todos para dançar. O evento nas instalações do “campeão da construção” que se localiza no endereço EQNM 3/5 BL E - loja-1/5 - Ceilândia, Brasília, DF destacou a Saúde do Homem, ofertando serviços de glicemia e pressão arterial ofertados pela equipe de Enfermagem da Católica e pela equipe de Técnicos em Enfermagem da escola LS, assim como, o desenvolvimento de uma pesquisa sobre a Saúde do Homem desenvolvida pela equipe de estágio da UnB da qual faço parte.
RESULTADO DE PESQUISA Em novembro, foi realizada uma ação tendo como tema a Saúde do Homem, realizamos uma pesquisa com os trabalhadores da loja de materiais de construção “campeão da construção” e os compradores que estavam ali presentes, onde cerca de 30 homens foram entrevistados, com idades entre 21 a 51 anos. O objetivo foi levantar dados acerca da realização de consultas e exames de prevenção. A partir do gráfico nota-se que dos 30 homens entrevistados, cerca de 67% fizeram consultas e exames, esses homens relataram a importância do trabalho realizado na "Campeão da Construção" e relataram que muitos homens ainda têm uma visão machista sobre o cuidado da saúde do homem, visão que pode ser observada no gráfico
Realização de consultas e exames - 2014 Não realizar am 33%
Realizar am 67%
acima, com uma porcentagem de 33% de homens que disseram nunca terem ido ao médico e não fizeram nenhum tipo de exame ou consulta no ano de 2014.
PROPOSTA DE AÇÃO
A
valiei a logística da distribuição dos medicamentos e propus, juntamente aos meus colegas de estágio, uma ação para melhorar o atendimento e a agilidade da entrega dos medicamentos para os usuários que consiste na identificação dos medicamentos por cores de
acordo com a sua especificidade patológica. Uma das ações propostas foi a criação de um projeto de extensão com a UnB com os estagiários de fisioterapia e terapia ocupacional com objetivo de auxiliar e ensinar os usuários do centro de saúde a utilizar os equipamentos da nova academia. Outra
20
20
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
proposta foi de otimizar a disseminação das informações no Centro de Saúde a cerca de temas desconhecidos pela população como a diferença do cartão SES, prontuário que registra todas as consultas e exames realizados em âmbito regional do Distrito Federal, e o CNS/SUS que é em ambito nacional. O Cartão Nacional de Saúde do SUS tem o objetivo de criar uma base nacional de dados em que fique registrado o histórico de todos os atendimentos de saúde prestados ao paciente. A ideia é que, com os dados reunidos no CNS, seja possível acompanhar integralmente o histórico de saúde dos pacientes, organizar a Rede de Atenção
em Saúde, bem como a oferta dos serviços, em todo o país.Uma sugestão que não foi bem recebida pelos profissionais do Centro de Saúde foi o desenvolvimento de um video/slide com os horários de funcionamento de cada setor do Centro de Saúde. Eles reprovaram essa ação alegando divergência de horários de início e término do trabalho de cada setor e ainda que alguns atendimentos que deveriam ocorrer em um dia prédeterminado pode sofrer alteração, não havendo possibilidade de fixar dias e horários para informar a população.
MINHA EXPERIÊNCIA COM O ESTÁGIO
Farmácia, José Reis Lima Ribeiro (Agente de Saúde), Jacó Urcino Ferreira (Agente de Portaria) e Francisca das Chagas Silva dos Santos (Técnico Administrativo). À minha equipe de estágio por estarmos juntos nas ações e sempre ajudando uns aos outros e um agradecimento especial a Profa. Dra. Inez Montagner pela sua imprescindível colaboração e paciente orientação.
Ao longo desse semestre, identifiquei-me com o setor da Farmácia, no qual fui recebido de braços abertos por todos os profissionais presentes, conheci e aprendi acerca do sistema utilizado para a dispensa dos medicamentos. Aproveito para agradecer aos servidores que me ensinaram de forma exemplar o funcionamento externo da
Miquéias Wallisom R. Melo Tenho muito a relatar sobre a Estratégia Saúde da Família- ESF. A ESF busca aproximar a unidade de saúde das famílias, facilitando o acesso aos serviços, estabelecendo vínculos entre a equipe e os usuários, se preocupando com a continuidade da atenção, com a integralidade. E o objetivo geral é fortalecer a atenção primária em saúde. Logo no primeiro dia de Estágio, nas entrevistas com o chefe da Equipe de Saúde da Família, Wender da Silva Pellicer, identifiquei que a ESF trabalha com o Programa Saúde na Escola e que os funcionários da ESF têm muita oferta de cursos de capacitação. Por exemplo, surgiu um novo estetoscópio no mercado, aí tem um curso em alguma instituição, para se aprender a usar esse novo aparelho, então os funcionários da ESF são convidados para esse curso. No segundo dia de estágio acompanhei uma Agente Comunitária de Saúde, Cleia Maria de Aquino do Vale nas visitas. O trabalho dessa Agente era cadastrar pessoas do conjunto C da QNM 21 na Ceilândia Norte, uma nova área de cobertura da ESF.
A moradora da primeira casa que visitamos ficou muito contente e surpresa com a visita, disse que isso é maravilhoso, pois ela tem a mãe acamada e vai precisar bastante dos cuidados da equipe. Fiquei muito feliz, pois foi meu primeiro contato com a população através da Estratégia Saúde da Família e logo de início me deparo com o contentamento dessa moradora, com a reação positiva dela, de alívio, vendo a Agente Comunitária como alguém para ajudá-la, para apoiá-la. Interessante notar que a moradora nem tinha conhecimento de que existe saúde em casa em Brasília, inclusive ela utiliza plano de saúde e tem boas condições financeiras, o marido é militar, a casa tem dois andares, sempre que necessita de consulta utiliza o plano de saúde e vai em instituições particulares. Nessa visita a ACS pegou os dados de toda a família, mediu pressão da moradora, entregou os kits de escovação, ficou de marcar consulta para a senhora que se encontrava acamada e voltar depois com a consulta marcada.
21
21
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Essa visita foi em uma sexta-feira, na segunda-feira eu acompanhei a Cleia Maria de Aquino do vale, a ACS, novamente nas visitas, e ela já retornou na casa dessa moradora com a consulta da senhora acamada para o mês seguinte, mediu a pressão da senhora e fez as devidas orientações. Como a pressão da senhora acamada estava alta, a ACS forneceu informações de como preparar os alimentos para que ajudem no controle da pressão arterial. Nesse mesmo dia fui em uma visita com a médica da Estratégia Saúde Família –ESF, Dra. Diana Alicia Vargas Carnot, em uma casa onde morava um casal de idosos sem cuidador. A casa era simples, achei muito escura, sem muita iluminação, cheia de móveis, tudo isso oferecendo risco de queda aos idosos. A médica fez uma consulta completa, preocupandose até se tinha desnível na casa, preocupando-se com o excesso de móveis, para diminuir o risco de queda dos idosos. Ela também suspendeu alguns remédios, marcou exames, pois identificou problemas graves nos moradores. O idoso estava com a pressão altíssima, e a idosa estava com arritmia. Fico imaginando se não fosse a ESF para identificar isso, talvez esses idosos morressem, ou tivessem algum agravo da saúde, sem assistência nenhuma. O que achei interessante nos cadastramentos da ACS foi encontrar famílias com condições de vida bem diferentes, algumas de classe média, outras bem pobres, e ver que todas precisam dos cuidados da ESF. Tive outra oportunidade de acompanhar uma visita domiciliar juntamente com a Dra. Diana, e novamente identifiquei integralidade no atendimento a uma pessoa acamada, fiquei muito contente quando a ACS disse que depois voltariam na casa para consultar também os cuidadores da pessoa acamada, demonstrando a competência da equipe da ESF do centro de saúde 03. O que refleti sobre essas visitas domiciliares que acompanhei foi como aquele casal de idosos sem cuidador iria ao Centro de Saúde fazer os exames que a médica solicitou se eles não dirigem e não tem ninguém para levá-los ao Centro de Saúde. O problema de locomoção ainda é bastante sério e um desafio para o sistema de saúde.
Mudando de setor, fiquei uma semana no Recursos Humanos - RH. É um setor muito bem organizado, trabalham de forma adiantada, inclusive deixam pronta a documentação dos que fazem jus à aposentadoria, entre outros direitos, por exemplo. Tem um funcionário que vai aposentar em 2015 e a documentação já está preparada. Identifiquei algumas dificuldades quando ajudei na organização do estoque da farmácia interna. Na farmácia externa ficam os medicamentos ofertados à população. Na farmácia interna ficam os medicamentos e insumos utilizados para procedimentos realizados pelos profissionais, como gazes, luvas e álcool. A funcionária Maria de Fátima Ferreira, que organiza, tem dificuldade com as caixas pesadas, disse que sempre chama um rapaz da limpeza para ajudá-la. E quando falta um remédio ou material que precisa muito, a chefe da administração tem que ir no Hospital Regional de Ceilândia – HRC, para buscar. Como ela não tem carro tem que pedir emprestado a algum funcionário. Passei também pelo Núcleo de Recepção, Controle e Atendimento (NRCA). Este setor é a "cabeça" do Centro de Saúde. É onde se marca as consultas para Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia, Odontologia, Nutricionista, Assistente Social e Acupuntura. Inclusive exames de ressonância, eletrocardiograma e exames laboratoriais em geral (sangue, urina, fezes). Todas as marcações são feitas pelo computador, mas a funcionária que marca especialidades não tem computador, faz as marcações de forma manual. Ela relata que a desvantagem disso é que se ela tivesse um sistema computadorizado para marcação, poderia ver as vagas disponíveis em outras regionais, como não tem, ela tem que limitar as marcações às poucas vagas disponíveis na Ceilândia. Como a demanda é muito grande, acontece de muitas vezes chegar o dia da consulta e as pessoas nem precisarem mais. Para ortopedia tem paciente com demanda de 2003. Interessante que as vagas de especialidades são quantificadas para cada Centro de Saúde, por exemplo, se tem no Hospital Regional de Ceilândia vinte vagas para Urologista, elas serão divididas entre os Centros de Saúde e cada um terá direito à determinada quantidade de vagas. Quando termina a demanda e sobram vagas, vamos supor que o Centro de Saúde tinha direito à três marcações de
22
22
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
pacientes para Ortopedia e no mês só fizeram uma marcação, então a funcionária tem três dias para ligar no HRC e devolver essas vagas para que outros Centros de Saúde possam utilizar. No Núcleo de Recepção, Controle e Atendimento NRCA tem um funcionário, José Wilson da Silva Melo, que faz a estatística mensal de atendimentos de cada funcionário, de quantos curativos foram feitos, quantas vacinas foram dadas, de consultas realizadas, de pessoas que não foram à consulta etc. Daí ele faz um relatório e envia para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Nesse mesmo setor existem ainda alguns arquivos em papel devido a outras unidades que não são informatizadas, como a Policlínica de Taguatinga, que é uma instituição médica onde é prestada uma variedade de cuidados de saúde, incluindo atendimentos de urgência e pequenas cirurgias,
que de vez em quando pede esses arquivos. As que já são informatizadas nem pedem mais. Então a tendência é que à medida que mais unidades forem sendo informatizadas, não se precise mais dos arquivos em papel e eles sejam mandados para um arquivo morto, descartados. Para concluir, o que mais participamos nesse centro de saúde foi de eventos externos para promoção e prevenção da saúde. Tivemos eventos para medição de glicemia e pressão no supermercado Guarapari, no Campeão da Construção, tivemos teste rápido para sífilis no Hipermercado Extra. Em outubro fizemos a Caminhada Rosa que foi até a APAED. E tivemos o Dia do Idoso e o Dia das Crianças com atividades no próprio Centro de Saúde. O registro de todas essas atividades foram de responsabilidade minha as fotos foram todas tiradas por mim.
PROPOSTA DE AÇÃO Ao olhar o pátio que faz divisa como Centro de Saúde observei que a Vigilância Sanitária possui muitos carros, a maioria sem uso na maior parte do tempo. Após observar esse fato conversei com a gestora Dra.Lilianny de Andrade Barros Nagao sobre a possibilidade de transferir um desses carros para equipe de Saúde da Família, para que eles possam fazer o transporte de pacientes que necessitem de exames no Centro de Saúde e não tem meios de irem até lá sozinhos. A gestora disse que a ideia é excelente, mas inviável devido à burocracia da
Secretaria de Saúde. Então o que eu poderia fazer era enviar um ofício à Secretaria solicitando um carro para a equipe. Destaco que frequentemente o chefe da equipe da ESF usa seu próprio carro para fazer esse transporte de pacientes, gastando gasolina, tirando dinheiro do próprio bolso. Fica de proposta de ação a próxima turma de estágio que elaborem um ofício e encaminhem à Secretaria de Saúde solicitando o envio de um carro para a equipe da Estratégia Saúde da Família.
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Enfim, tive uma experiência muito rica no Estágio Supervisionado 1, fiz verdadeiros amigos, aprendi muito com a proposta de trabalho do Centro de Saúde de ir até a população. Observei aplicados na prática os conceitos de Integralidade e Equidade.
Observei com clareza a necessidade de um Sanitarista, a importância do curso de Saúde Coletiva, fortaleci o desejo de prosseguir nessa carreira, e afirmo, com certeza, que contribuiu muito para minha formação pessoal e profissional.
Pedro Henrique Gomes de Almeida Este relatório foi produzido como parte da atividade realizadas no Estágio1 do Curso de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília, realizado no Centro de Saúde 03 localizado na Ceilândia-DF.
No Centro de Saúde 03 tive o prazer de conhecer diversos setores tais como Recursos Humanos- RH, Administração Geral, Chefia de Enfermagem, Programa de Estratégia de Saúde da Família, Sala da Criança, Sala da Vacina, Farmácia e “Posso ajudar?”.
23
23
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
No primeiro dia todos foram apresentados ao Centro de Saúde por intermédio da gerente, Dra. Lilianny de Andrade Barros Nagao, deixando aqui meus agradecimentos pelo fato de pessoalmente ter nos apresentados ao Centro e pelo apoio e oportunidade que me foram concedidos, após o reconhecimento nos dividimos a cada setor ficaria cada dupla. No primeiro momento ficamos no RH, setor responsável pelos processos de férias, licenças médicas, licenças prêmio e aposentadoria de funcionários. O setor é muito bem organizado, com um controle geral de funcionários mostrando, total de dias trabalho no ano, quantas licenças já foram tiradas desde dia que o funcionário entrou no Centro de Saúde. Todo esse controle é feito em planilhas no Excel. As primeiras impressões, é que um setor muito dependente do Hospital Regional de Ceilândia - HRC, onde os funcionários do RH têm a somente função de solicitar ao HRC esses serviços, causando lentidão nos processos, os documentos são levados através de malotes por um veículo responsável por todos os Centros de Saúde da região administrativa ao hospital. O funcionário relata que se o sistema fosse online seria terias mais agilidade e menos risco de extravios de documentos. Na Administração, responsável pela farmácia interna e almoxarifado, os pedidos dos produtos são passados ao HRC pelo um sistema online da Secretaria de Saúde chamado de Track material a servidora relata que o sistema tem algumas dificuldades na hora de fazer pedidos, problemas como não reconhecimentos dos códigos de produtos, letras muito pequenas e lentidão no sistema. A demanda de produtos que o Centro precisa nem sempre são atendidas, na íntegra, como um exemplo, houve um pedido dez resmas de papel para serem utilizados no mês e só foram enviadas quatro, ou seja, menos da metade que o necessário. Na Pediatria estávamos alocados na triagem, acompanhando a pesagem e estatura das crianças e neonatos. Todas as informações colhidas pelas enfermeiras em relação à criança são lançadas no Sistema de Informação que vai diretamente para o prontuário eletrônico. As maiorias das crianças atendidas têm em média de 0 a 7 meses de idade.
O “Posso Ajudar?” é a porta de entrada do Centro de Saúde, onde são repassadas as informações aos usuários, tais como, dias de marcação de consultas, vagas para encaixe extras de consultas, locais de atendimento, dias de realização e marcação de exames, recebimento de medicamentos e resultados de exames como, por exemplo, eletrocardiograma. Os dias fixos de marcação de consultas são: segunda, terça e quinta: Clínica médica dez fichas. Quarta e sexta: Ginecologia vinte fichas divididas para dois ginecologistas cada um com dez consultas, pediatria de 0 a 24 meses todos os dias e de 24 meses em diante quartas e sextas. Estratégia de saúde da família (ESF) é uma equipe formada por cinco agentes, um técnico de enfermagem, um enfermeiro, um médico. A ESF atende em torno de 3.500 usuários na região coberta pelo programa, um total de16% da área do centro de saúde, são atendidas 650 pessoas em média por Agente Comunitário de Saúde, uma equipe muito eficiente por atender um grande número de pessoas, a gerente do centro relatou que para que a cobertura do programa fosse completa seria necessário de dez equipes. Na Estratégia da Saúde da Família, acompanhamos os, enfermeiro e médico ao encontro que são realizados semanalmente com os usuários no salão paroquial da igreja Nossa Senhora da Glória localizada QNM 03/05 Ceilândia - DF, Realizado atendimentos tais como aferir preção, medir glicemia, passando informação de como fazer o uso de determinados tipos de medicações. Participamos juntos com a equipe da odontologia composta por duas dentistas e um técnico em higiene bucal o enfermeiro da saúde da família e uma ACS numa parceria da Secretaria de Educação e Secretaria de Saúde, o Programa de saúde nas escolas tem como objetivo de contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. A ação pretendia no Centro de Ensino Fundamente 04 de Ceilândia realizar a distribuição de kit de higiene bucal, aplicação do flúor. Entretanto, os alunos não levam muito a sério a ação não tinha interesse em participar, muitos reclamaram do produto usado. Alguns alunos falaram que já fizeram a aplicação do flúor, não queriam fazer a
24
24
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
avaliação odontológica com vergonha pelo fato dos dentes serem examinados pelo dentista, podendo perceber que por estes motivos os alunos não dão importância a ação que estava sendo realizada. A gerência Centro de Saúde 03 tem uma visão muito ampla voltada à promoção da saúde, realizando diversas ações com parceria dos alunos das universidades que realizam estágio no Centro para a comunidade tais como: Dia da Criança – Nessa data foram colocados “pulapula”, cama elástica, oficina de pintura, personagens animados trazendo um conforto para melhor forma de acolher as crianças no Centro de Saúde, quebrando um tabu de que o Centro está ali não somente para tratar doença mas sim para promover a saúde de todos. Dia Internacional do Idoso – Foi uma sexta feira bem animada, onde a gerência buscou parceria com empresários da cidade para que o evento pudesse acontecer, nesse dia foram realizadas atividades como aula de zumba, Yoga e um belíssimo café da manhã para os idosos.
importância da prevenção do diagnóstico precoce do câncer de mama. O Centro de Saúde, junto com estudantes da Universidade de Brasília que estagiam na unidade, realizaram uma caminhada com as mulheres da região, do Centro de Saúde até a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (APAED). Na chegada ao APAED foi realizada uma aula de Zumba e um café da manhã. Novembro Azul – Nessa campanha pretendemos conscientizar os homens da necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Essa ação foi realizada em parceria com os funcionários de um empresário da região (Campeão da Construção). Nossa equipe de Estágio realizou uma pesquisa com cerca de 30 homens com idade entre 21 a 51 anos o objetivo de levantar dados acerca da realização de consultas e exames de prevenção, tendo em vista os resultados foram que 67% fizeram consultas e exames. Os acadêmicos da LS escola técnica de enfermagem aferiram pressão arterial e mediram a glicemia dos funcionários e clientes da loja.
Outubro Rosa – Foi feita uma campanha com intuito de conscientizara sociedade sobre a PROPOSTA DE AÇÃO Permanecendo neste setor identificamos alguns problemas e assim gerando ideias de ações que podem ser realizadas posteriormente como melhorias na informação e comunicação, olhar todos os murais informativos do C.S. observando se eles estão sendo atualizados e visualizados pelos usuários. Colocar nestes painéis informações como: Documentos para necessários para fazer cartão do SUS e dias de marcação de consultas, telefones e endereços de hospitais e centros de referência além de disponibilizar e atualizar atividades terapêuticas e alternativas que o C.S. realiza. Observamos também que a acessibilidade de informações para
deficiente visuais e auditivos é falha, pois não tem um mecanismo alternativo para os deficientes. Uma ação pensada para este problema foi à futura criação de placas e mural em braile para que os deficientes visuais se sentissem representados. Foi observada a existência de uma caixa grande, próximo da entrada, chamada “caixa de opinião”, na qual está sem utilidade e em lugar inadequado em baixo do extintor de incêndio. Uma solução cabível para esta caixa seria a substituição dela por o informativo com o telefone da Ouvidoria do SUS, que é o canal correto para opinião, dúvidas e reclamações.
EXPERIÊNCIA COM O ESTÁGIO Com base nos argumentos levantados no relatório, estou muito grato de estar estagiando no Centro de Saúde 03 pelo motivo ser uma referência, a meu ver, pelo fato da Gerência levar a sério a prevenção e promoção de saúde, sendo um grande diferencial dos demais.
25
25
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Romário Araújo Matias Rocha No dia 17/09/14 nosso grupo de estudantes de Saúde Coletiva, deu início a prática no estágio supervisionado 1 no Centro de Saúde nº3 de Ceilândia. Fomos apresentados aos setores do Centro pela gestora e Doutora Lillianny de Andrade Barros Nagao aos setores onde iríamos exercer nossa função no estágio, todos os profissionais nos receberam bem. Na primeira semana pude ter uma grande e nova experiência para minha vida de estudante e profissional, onde acompanhei as visitas domiciliares da Estratégia Saúde da Família (ESF) com uma Agente de Saúde no primeiro dia em que ela estava fazendo novos cadastros para o programa, pois ouve uma mudança na área de cobertura da Estratégia Saúde da Família do Centro de Saúde nº3. Em uma das visitas fomos há uma casa com um alto padrão e a dona da casa mal sabia que existia o Programa Saúde da Família e era usuária de Plano de Saúde particular, mesmo assim nos recebeu e fez o cadastro para receber futuras visitas, o que me chamou atenção foi que na casa ao lado, uma realidade totalmente diferente onde: viviam três mulheres da mesma família em um lote alugado com seus filhos, e que precisavam muito do apoio do Programa, elas relataram que foram abandonadas pelos seus respectivos maridos, eram duas irmãs, sendo que uma tinha uma filha mais que já estava no mesma situação que a mãe e a tia, todas tinham emprego de doméstica. No segundo dia visitamos uma casa de um casal de idosos, mais agora com a Agente Comunitário de Saúde ACS e a Doutora Diana Alicia Vargas Carnot, observei o vínculo dos profissionais com a população, pois já se conhecia os problemas de saúde dos idosos que moram sós e não possuem meio de ir ao hospital ou a um Centro de Saúde fazer exames. Na semana seguinte fiquei no setor da administração, responsável por fazer pedidos para a farmácia interna, almoxarifado e fraudas. Apenas uma servidora é responsável por fazer os pedidos, na sala possui uma máquina fotocopiadora
que serve para quase o Centro todo, e um telefone que vários servidores de outros setores usam também. No Setor Recursos Humanos são dois funcionários que trabalham lá, ambos com deficiência física, mais que não atrapalha de maneira nem uma seu trabalho, ficam responsáveis pela marcação de férias, atestados, ambos dois setores bem organizados. Vale ressaltar a presença desses dois profissionais, pois já estarem exercendo essas funções no serviço publico de saúde é uma verdadeira conquista e reflexo de uma “boa política” de inclusão social, percebi também que o acesso é facilitado, pois á uma rampa para a funcionaria cadeirante passe sem problemas e entre no Centro. No Setor de Arquivo pude perceber que é a porta de entrada do Centro de Saúde, Nesse setor onde fica o balcão de atendimento, são marcadas consultas, fazem o cartão do SUS, entregam o número do SES, fica um funcionário para fazer as estatísticas do Centro, como as consultas realizadas, exames, materiais descartados. Neste setor de Arquivos observei várias pastas de documentos de antigos pacientes na maior parte da sala em prateleiras, esperando para ser digitados, pois o sistema agora está sendo passado para os computadores, que também é um problema, uma funcionaria relata que faltam muitos equipamentos para que eles possam fazer um bom trabalho, como um computador telefones. Outro setor que pude conhecer foi a farmácia, setor bem movimentado, pois muitos usuários buscam remédios, por conta da demanda de trabalho e em alguns dias ajudei os funcionários de lá, pois às vezes tinha apenas dois servidores e muitos usuários chegavam ao balcão sem o numero do SES ou sem a cópia reprográfica da receita médica. Nesse momento pude observar a falta de informação de muitas pessoas, e a maioria idosa são devidamente informados pelos profissionais do setor. Na odontologia tive a oportunidade de fica apenas um dia para observar e ajudar na organização de pastas, infelizmente a sala é pequena e com a
26
26
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
presença de outros estagiários de odontologia não pude voltar lá outras vezes.
que tivesse disposta e passando pelo local poderia fazer e foi um verdadeiro sucesso.
No “Posso-Ajudar” também é um setor bem movimentado, possui uma funcionária Lorrany Ribeiro de Sousa, que não tem mesa própria ou lugar para sentar, fica sempre na mesa do vigilante, o uniforme também não ajuda na identificação da função dela, mais os usuários pedem informação a ela, pois muitos já a conhecem.
Para comemorar o Dia das Crianças fizemos outra ação, eu e outros estagiários nos vestimos de personagens infantis e fomos aos corredores do Centro para alegrar as crianças, foi uma experiência bastante enriquecedora para minha vida pessoal e também profissional, pois nunca tinha feito algo do tipo.
Um ponto positivo do Centro de Saúde nº3 é a atuação dos gestores principalmente do chefe da enfermagem Leomar Lopes dos Santos em promover eventos de promoção da saúde, no mês de Outubro tive a oportunidade de participar de quatro eventos.
E com um grande nível de significância, pois estávamos no Outubro Rosa, e fizemos uma grande caminhada, com participação de muitas mulheres, profissionais e estagiários, todos a caráter a caminhada foi até a APAED, onde lá já nos esperavam com um café da manhã e outras atividades. E como último evento, na empresa Campeã da Construção que tem parceria com o Centro para a realização desses eventos ganhou um dia de medição de pressão e teste de glicemia e por ser o Novembro azul, mês que incentiva o homem a fazer o exame de próstata, os alunos de Saúde Coletiva pesquisaram entre os homens do local a frequência em que eles iam ao médico para fazer qualquer tipo de exame, embora a maioria das respostas fosse negativa, deixamos a mensagem de conscientização a cada um.
O primeiro foi o dia do idoso, em que o chefe da enfermagem Leomar Lopes dos Santos que também é educador físico organizou uma manhã com várias oficinas para os idosos, como danças, exercícios e exames, no fim teve um café da manhã, muitos profissionais do centro participaram. Na outra semana teve uma ação no estacionamento do Hipermercado Extra, onde todos os estagiários de Saúde Coletiva e de Enfermagem da Universidade Católica de Brasília (UCB) participaram, medindo pressão e teste de glicemia e sífilis, qualquer pessoa
PROPOSTA DE AÇÃO Com esses dois meses de Estágio no Centro de Saúde nº3, observei o trabalho no Estratégia do Saúde da Família, com a proximidade das quadras que a equipe cobre do Centro de Saúde, os servidores desse setor não usam veículos, a não ser particulares. Em uma das visitas com a equipe observei o problema de locomoção de alguns idosos para o Centro de Saúde realiza exames, como consequência eles não fazem os exames atrapalhando o atendimento feito pela doutora em domicilio. Minha proposta é realocar um carro da Vigilância Ambiental que fica em um terreno ao lado do Centro, para o uso da equipe de Estratégia Saúde da Família, observei por muitos dias e tirei a conclusão
que não são muito utilizados pelas equipes da Vigilância. Eu e o estagiário Miquéias Wallisom pensamos nessa problemática, e falamos com a gestora do centro Lillianny de Andrade Barros Nagao, que infelizmente não deu uma boa noticia, comentou que “A ideia é excelente, porém inviável por causa da burocracia da Secretaria de Saúde”. O que poderia ser feito era mandar um oficio para a secretaria requerendo um carro para o uso da equipe. Fica como proposta para a próxima turma de estágio, em continuar com as visitas domiciliares com a equipe do programa Saúde da Família e enviar um oficio a Secretaria de Saúde tendo em vista a situação.
EXPERIÊNCIA COM O ESTÁGIO Para finalizar, o estágio supervisionado 1 de Saúde Coletiva me ajudou muito em enxergar o profissional sanitarista numa unidade de saúde, e
mostra nossa importância para a realização de atividades organização e gestão do local, agradeço
27
27
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
os servidores que nos acolheram e nos deram espaço para aprender e ajuda-los.
PESQUISA SAÚDE DO HOMEM Pesquisa feita pelos Estudantes de Saúde Coletiva realizada no dia 07/11/2014. PERGUNTA: FREQUÊNCIA QUE OS ENTREVISTADOS IAM AO MÉDICO. Nome: Isaias Idade: 23 Frequência (Sim ou Não) Não. Motivo: Só vai ao hospital em caso de emergência. Nome: Marcelo Idade: 27 Frequência (Sim ou Não) Não Motivo: “Medo de ir ao hospital”. Nome: Carlos Idade: 30 Frequência (Sim ou Não) Sim. Motivo: Fez exames de rotina nos últimos 6 meses. Nome: Marcos Lopes Idade: 35 Frequência (Sim ou Não) Não Motivo: Só vai ao hospital em caso de emergência. Nome: Lucas Silva Idade: 21 Frequência (Sim ou Não) Sim. “ e quero fazer o exame de próstata no futuro, é necessário” Motivo: Nome: Higino Idade: 41 Frequência (Sim ou Não) Não Motivo: Só vai sem caso de emergência. Nome: Mauricio Idade: 33 anos Frequência (Sim ou Não) Não Motivo: Medo de ir ao hospital e por falta de tempo.
28
28
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
GALERIA DE IMAGENS
Outubro Rosa | Mês que lembra à mulher a luta contra o câncer de mama.
Novembro Azul | Mês que lembra a luta contra o câncer de próstata.
29
29
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Entrevista com os funcionários no Campeão da Construção
30
30
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Dia do idoso no Centro de Saúde nº3 | Oferecido com a ajuda dos funcionários, estagiários e parceiros do Centro, foi ofertado para os que participaram do dia, aulas de dança e exames de glicemia e medição de pressão.
Dia de medição de pressão e teste de glicemia e de sífilis | no estacionamento do Hipermercado Extra de Ceilândia para toda a população.
Dia das Crianças | Teve como objetivo socializa as crianças e os pais que frequentam o Centro com os funcionários.
31
31
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
Galeria de Fotos do Estágio Supervisionado I em Saúde Coletiva 2/2014
32
32
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
SAÚDE NA ESCOLA:
33
33
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
GUARAPARI:
34
34
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
HIPERMERCADO EXTRA:
35
35
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
36
36
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
DIA DO IDOSO:
37
37
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
DIA DAS CRIANÇAS:
38
38
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
39
39
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
40
40
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
CAMPEÃO DA CONSTRUÇÃO:
41
41
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
CAMINHADA ROSA:
42
42
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
43
43
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
DEVOLUTIVA NO CENTRO DE SAÚDE 03
44
44
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE COLETIVA
DEVOLUTIVA NO CENTRO DE SAÚDE 03
45
45