InfocoEtec Revista
Novas Práticas Pedagógicas
Invista no estudo de Rotação por Estações
Editorial
INICIATIVA DE: Trabalho de Pós Graduação especialização em Ensino e Aprendizagem na Educação de jovens e Adultos PROJETO ELABORADO POR: Paulo Sérgio Casella Filho Turma 17-8B ORIENTADORA: Professora Mônica Oliveira Raimundo Disciplina 3 – Planejamento e Práticas de Ensino para Jovens e Adultos Edição 001/2017 Outubro/Novembro de 2017 Tema: “Invista no estudo de Rotação por Estações” Gerado por uma iniciativa do Programa Brasil Profissionalizado E parceria com Centro Paula Souza (CPS) CONTATO: ps.casella@gmail.com (12) 99149-8513 REFERÊNCIAS: Revista CTAI SENAI http://revista.ctai.senai.br/index.php/edicao01/article/viewF ile/773/425 Silabe Ensino Híbrido https://silabe.com.br/blog/ensino-hibrido-o-que-e/ Revista Nova Escola https://novaescola.org.br/conteudo/3352/blog-auladiferente-rotacao-estacoes-de-aprendizagem OBSERVAÇÕES FINAIS: Este trabalho é simbólico, não representando uma revista real, mas uma ideação do aluno e artista elaborador do projeto atividade para a aula 02 (dois) da Disciplina 03 – – Planejamento e Práticas de Ensino para Jovens e Adultos
Ă?ndice
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Você sabe o que é Ensino Hibrido? Segundo Sílabe, Ensino Híbrido é um “modelo de educação formal que se caracteriza por mesclar dois modos de ensino: o on-line, em que geralmente o aluno estuda sozinho, aproveitando o potencial de ferramentas on-line que podem inclusive guardar dados individuais dos alunos sobre características gerais do seu momento de estudo (acertos, erros, correções automáticas de suas atividades, tempo total de estudo, conteúdo estudado, dentre outros); e o off-line, momento em que o aluno estuda em grupo, com o professor ou colegas, valorizando a interação e o aprendizado coletivo e colaborativo. Na parte on-line, o aluno possui controle sobre algum elemento do seu estudo, como o tempo, o modo, o ritmo ou o local. Por exemplo, o aluno pode estudar na escola, em sua casa, no laboratório de informática, na biblioteca ou mesa do pátio da escola. Ele pode fazer pesquisa em livros, em seu celular, em um computador ou usando um tablet. Pode estudar sozinho, em grupos ou somente pedir ajuda a alguém quando se sentir necessidade. O que importa na parte on-line é o aluno ter controle sobre parte de seu estudo, tomando decisões que favoreçam sua autonomia. Aqui, valoriza-se principalmente a relação existente entre alunos e tecnologia, sendo esta uma ferramenta utilizada pelos alunos para a construção do conhecimento. Já a parte off-line deve ser realizada na escola e pode ter vários momentos diferentes: o aluno estudando em grupos ou com a turma toda, com ou sem a presença fixa do professor, ou até mesmo em momentos individuais. O ponto forte dessa parte é a valorização das relações entre professor e alunos e entre alunos e alunos. Todos os momentos estarão conectados a um objetivo central que é o objetivo de aprendizagem da aula. Nesse sentido, a ideia é que a parte on-line e o off-line se conectem e complementem, proporcionando diferentes formas de ensinar e aprender um determinado conceito. Os dois momentos devem buscar um objetivo central em comum, sendo que cada pequena parte desses dois momentos terão características próprias de modo que se complementem e ofereçam diferentes formas de aprender e ensinar algo”. Dentro deste contexto é possível visualizar todo um processo de mudança no ensino para os próximos anos e século. Se preparar começa a ser um desafio para os professores do século XXI.
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Invista no estudo de Rotação por Estações O ensino híbrido é uma nova proposta de ensinar e aprender que está diretamente relacionada às propostas educacionais do novo século e, segundo o SENAI, para melhor compreendê-lo, tem-se uma organização de quatro principais modelos de ensino híbrido: Rotação, Flex, À La Carte e Virtual Enriquecido. O modelo de Rotação, por sua vez, possui uma subdivisão: Rotação por Estações de Trabalho, Laboratório Rotacional, Sala de Aula Invertida e Rotação Individual, que incorporam a sala de aula tradicional com a educação on-line. Os modelos de Rotação permitem que os estudantes de um curso ou de uma disciplina, em um roteiro pré-estabelecido pelo professor, passem algum tempo imersos em diferentes estações de ensino, em que pelo menos uma tem que ser on-line. Já os modelos Flex, À La Carte e Virtual Enriquecido sugerem a aprendizagem on-line como o eixo condutor de todo o processo de ensino (STAKER; HORN, 2012). Siláb diz que o “modelo de rotação por estações tem uma ideia semelhante aos “cantos” da pedagogia e educação infantil / ensino fundamental I, em que o espaço é dividido em estações de trabalho, cada uma com um objetivo específico, mas todos ligados ao objetivo central da aula”. Já na Revista Escola, temos a definição que “A Rotação por Estações de Aprendizagem consiste em criar uma
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espécie de circuito dentro da sala de aula. Cada uma das estações deve propor uma atividade diferente sobre o mesmo tema central - ao menos uma das paradas deve incluir tecnologia digital. A ideia é que os estudantes, divididos em pequenos grupos de 4 ou 5 pessoas, façam um rodízio pelos diversos pontos. É importante ressaltar que o trabalho em cada estação deve ser independente das outras. Ou seja, precisa ter começo, meio e fim, sem exigir um exercício prévio para sua compreensão. Por quê? Como cada grupo vai começar em uma estação diferente e circular a partir dela, é preciso que os grupos sejam capazes de resolver cada desafio isoladamente”. Na Figura 1 segunte elaborado pelo SENAI, pode-se observar essa organiza- ção em: Rotação (Rotation model), Flex (Flex model), À La Carte (Self-Blend model) e Virtual Enriquecido (Enriched-Virtual model). O modelo de Rotação possui uma subdivisão: Rotação por Estações de Trabalho (Station-Rotation model), Laboratório Rotacional (Lab-Rotation model), Sala de Aula Invertida (Flipped-Classroom model) e Rotação Individual (Individual-Rotation model), que incorporam a sala de aula tradicional com a educação on-line. Já os modelos Flex, À La Carte e Virtual Enriquecido sugerem a aprendizagem on-line como o eixo condutor de todo o processo de ensino.
Revista InfocoEtec Veja a figura 1, conforme mencionada:
Continuando sobre estes estudos focado no de rotação, temos que, segundo Revista escola, que neste método é necessária uma aula de, no mínimo, 45 minutos para se implementar a Rotação por Estações de Aprendizagem, afinal, os alunos precisam de pelo menos 15 minutos em cada atividade - se houver disponibilidade, esses períodos podem ser mais longos. Dependendo do número de alunos em sala, o professor também pode adaptar a metodologia, levando a turma inteira a cada uma das estações. Essa metodologia conta com três momentos essenciais: de interação entre alunos e professor (em que ele pode sanar dúvidas, orientar projetos, explicar conteúdos, fazer perguntas e provocar reflexões), de trabalho colaborativo (em que os estudantes trabalham em um projeto comum, propõem questões uns para os outros, organizam debates ou desenvolvem um produto que demonstre seu aprendizado) e de tecnologia (que pode incluir estudos individuais, exercícios online, pesquisas, games, entre outros). Na Figura 2 elaborada pelo SENAI, pode ser observado que a sala de aula foi organizada com três estações de trabalho. Na estação inicial, todos os estudantes recebem instruções conduzidas pelo professor (Teacher-led instrution). Depois, seguem para a segunda estação, com as atividades colaborativas, projetos com outros alunos (Collaborative activities and stations). E, na última estação, com computadores, seguem para o ensino online (On-line Instruction).
Como é um modelo de Ensino Híbrido, pelo menos uma das estações deve ser a de trabalho on-line, com alguma ferramenta com conexão à internet sendo utilizada pelos alunos. Após um determinado tempo pré-estabelecido, os alunos devem rodar entre as estações, passando por todas elas até o final da aula. Por isso, elas não podem ser dependentes uma das outras, pois se os alunos começarem por uma estação que depende de outra estação prévia, eles não conseguirão alcançar o objetivo da mesma. As estações devem, por tanto, ser independentes, com começo, meio e fim intrínseco a cada uma e com objetivos passíveis de serem alcançados no tempo estipulado para a rotação. O professor pode formular quantas estações ele desejar: o que importa é que o tempo total de cada estação deve ser suficiente para que os alunos realizem as atividades propostas e alcancem o objetivo de cada estação. O modelo laboratório rotacional consiste em dividir os alunos em apenas dois espaços de trabalho, sendo um deles o laboratório computacional para a realização da(s) atividade(s) on-line. O outro espaço pode ser determinado pelo professor, devendo ser prioritariamente a sala de aula (isso depende do professor; se o professor for de laboratório de ciências, por exemplo, sua “sala de aula” será o laboratório de ciências; se for de educação física, sua “sala de aula” provavelmente será um espaço externo a sala de aula, onde alunos podem realizar atividades físicas adequadamente). Assim como no modelo de rotação por estações, há um tempo fixo de permanência dos alunos em cada um desses espaços estipulado previamente. Após decorrido esse tempo, os alunos devem alternar entre os dois espaços: quem estava no laboratório de informática se dirige para o outro espaço escolhido pelo professor e vice-versa. Os dois momentos também devem ser independentes, caso contrário os alunos podem sentir dificuldades em iniciar um deles. O modelo rotação individual é muito semelhante ao rotação por estações, mas nele os alunos têm roteiros individuais elaborados pelo professor e fazem rotações seguindo esses roteiros personalizados. Eles não devem necessariamente passar por todas as estações, mas devem passar por aquelas que fazem sentido para sua aprendizagem, considerando o nível de conteúdo em que se encontram, suas dificuldades e a forma como aprendem melhor. A sala de aula invertida é o último modelo. Ela consiste em três momentos diferentes: primeiro, o aluno estuda o conceito que será visto na escola antes da aula, se preparando para as atividades que serão realizadas. Esse estudo pode ser feito baseado em referências pesquisadas pelos próprios alunos ou em referências s e l e c i o n a d a s p e l o p ro fe s s o r q u e p o d e m s e r complementadas pelos alunos. Sendo assim, percebemos que além de dinamizarmos as aulas, as tornamos mais produtivas e a fixação dos conceitos é maior, pois além de darmos autonomia participativa aos alunos, possibilitamos uma melhor avaliação por competência.
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Matéria do Mês Ao lado temos um resumo de todo o processo através de um infográfico elaborado pela Revista Escola. Segundo ainda Silabe, ainda após todo o processo listado na página anterior entre as sub-partes da rotação, o segundo momento é o momento da aula, em que os alunos usarão os conceitos aprendidos previamente para construir com o professor a aula, aplicando o que aprenderam e participando ativamente da mesma. Nesse momento, o professor passa a atuar como um supervisor daquilo que foi aprendido pelos alunos, buscando identificar pontos estudados e validar informações obtidas pelos estudantes. O terceiro e último momento é o posterior à aula, em que os alunos poderão aprofundar o que foi estudado em um local externo à escola, buscando mais informações para complementar aquilo que estudaram na aula. Esse momento é importante para alunos solidificarem sua aprendizagem e buscar assuntos ligado ao tema que sejam de seu interesse. Esse último modelo desenvolve bastante a autonomia dos a l u n o s, to r n a n d o - o s a t i vo s n a c o n s t r u ç ã o d o conhecimento. É necessário que o professor trabalhe a conscientização da importância buscar, selecionar e compreender informações usando os meios digitais, ensinando cada um desses passos aos alunos. Somente assim terá resultados elevados com um número alto de alunos. É importante lembrar que para aplicar qualquer um desses modelos de ensino híbrido é necessário que o professor planeje sua aula considerando cada um dos momentos característicos de cada modelo e o que cada aluno ou grupo de alunos estará fazendo em cada momento (se estarão sozinhos ou em grupo, em atividades de pesquisa, teórica ou prática, em atividades on-line ou off-line), o que o professor estará fazendo em cada um dos momentos (se estará fixo em uma estação ou livre para circular entre as estações) e a dinâmica da aula como um todo. Mesmo esses modelos usando espaços já usados pela educação formal realizada na maioria das escolas, há uma mudança na postura dos alunos, do professor e da própria escola em si. O processo de apropriação de todos os atores envolvidos na nova dinâmica de ensino não é construído de uma hora para a outra; é necessário um tempo de acomodação após a ruptura no modelo de ensino usado há mais tempo. Persistência, dedicação, abertura a mudanças, um bom planejamento do professor e posturas abertas dos alunos são fundamentais para o sucesso de atividades nesses modelos que exigem maior interação com seus colegas, professores e até mesmo com a tecnologia digital. Para fechar, o SENAI conclui que portanto, a verdadeira escola não pode perder de vista a sua principal meta que é a de definir o que os alunos devem de fato aprender e serem capazes de fazer. E isso só poderá ser feito com a efetivação de modelos de ensino mais eficientes e eficazes. Fonte: Silabe Blog, Revista Escola e Revista CTAI SENAI Transcrição e Jornalismo: Paulo Casella
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Planejamento de uma Aula nos Moldes de Rotação por Estações Unidade Escolar: Etec de São Sebastião – 188 Turma: 1º Módulo do Técnico em Secretariado Quantidade de alunos envolvidos: 30 alunos Tempo para cada estação: de 15 a 20 minutos. Quantidade de estações/grupos: 03 (três). Componente: Administração e Planejamento Empresarial. Competência a ser trabalhada: Identificar tipos e modelos de planejamento, buscando atualização e inovação. ATIVIDADE PROPOSTA: ESTAÇÃO 1: De posse de livros os alunos irão ler o que os autores de livros conceituam sobre Planejamento, seus tipos e níveis e formas de trabalho. Deverão fazer anotações em seus cadernos, inclusive anotar perguntas sobre o que não entendeu. Tempo: 15 minutos ESTAÇÃO 2: Diante do professor, os alunos receberão uma dialogada e interativa, onde o professor além de explicar o item da base tecnológica do seu componente (APE), ele irá tirara dúvidas dos alunos, diante de suas pesquisas e leitura dos livros. Tempo: 20 minutos ESTAÇÃO 3: On-line, os alunos deverão fazer uma pesquisa sobre ‘planejamentos de sucesso’ e desenvolver um planejamento de um Evento Escolar para seu Curso, capaz divulgar a Etec e proporcionar aos visitantes conhecimento sobre o curso deles. Enviar por e-mail a ideia, para que o professor avalie. Tempo: 20 minutos.
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