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Adotando o meio ambiente por inteiro

A REVISTA

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Nº 158

Água e esgoto Necessidade de mais atenção

Aquífero Guarani

Coleta Seletiva

Lixo Orgânico

Fauna Silvestre

À margem da contaminação

Diagnósticos e planos evoluem

Compostagem como solução

O canário e o tucano

Página 10 - 11

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Página 15

Página 18


Visão

Índice

“Ser um meio de comunicação referencial seguindo princípios e valores éticos, alcançando assim, a consciência na preservação da Natureza”.

Missão “Fazer com que todos tenham oportunidade de obter informações envolvendo o meio ambiente e atingir a consciência futura”.

Expediente 10-11 Aquífero Guarani

Alguns assuntos sob a opinião pessoal do editor, de forma mais objetiva.

Risco de contaminação pode comprometer a qualidade da água.

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07 De Olho no Ambiente

Contato Rua: Presidente Roosevelt, 344 Centro – CEP: 88.504 – 020 Lages – Santa Catarina Fone: (49) 9148-4045 E-mail: vidaenatureza@brturbo.com.br www.vidaenatureza.com.br Diretor Geral Paulo Chagas Vargas Consultoria Ambiental Bióloga Ana Clarice Granzotto O. Vargas

09 Viveiros florestais na prisão

14 Coleta seletiva do lixo

Jornalista Responsável Betina Pinto - Reg. SC 01940 - JP

Detentos recebem treinamento para o cuidado com viveiros em penitenciária.

Lages recomeça o planejamento da coleta seletiva do lixo. O passo inicial foi fazer um novo diagnóstico.

Diagramação e Projeto Gráfico Revista Vida & Natureza Caroline Colombo Tiragem e Impressão 2.000 exemplares Gráfica Tipotil

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15 A iniciativa da Compostagem

16 O valor das RPPNs

Os projetos de compostagem desenvolvidos em Lages avançam. Porém, há um longo caminho a percorrer.

O que se quer saber é o papel das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) na Serra Catarinense.

“A Revista Vida & Natureza circula onde você nem imagina. Mas o importante é que ela sempre está onde o Meio Ambiente mais precisa: em suas mãos”.


Palavra do Editor

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preocupação. O método de convencimento, talvez, precise ser mais agressivo, a ponto de mexer fortemente nas camadas sociais, fazendo com que as pessoas que até então ainda estejam alheias às necessidades de se voltarem para os problemas ambientais possam se alertar e se engajar fortemente ao processo de evolução no campo educacional. ão há dúvida, de que, apesar de tantos relatos chamando atenção para os ataques à natureza e a necessidade de se trabalhar pela preservação, a falta de colaboração é decepcionante. Quanto a isso, a abertura de campanhas seria bem-vinda, além de diversas outras atividades que possam ressaltar os fatos, inclusive, com engajamento total da imprensa com objetivo de esclarecer as necessidades e quais os impactos na qualidade de vida das populações, no caso de não haver maior participação nos cuidados com o meio ambiente.

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ifícil imaginar quanto tempo será necessário para que a sociedade em geral possa assimilar as responsabilidades quanto ao meio ambiente. Por mais que as campanhas educativas avancem o objetivo da consciência ainda é restrito a um pequeno percentual de pessoas, entidades ou organizações. O conceito da verdadeira atitude quanto às ações de preservação parecem não atingir todas as camadas sociais. iante de um diagnóstico impreciso na colaboração no trato das questões ambientais, fica o alerta para que novas atitudes sejam implementadas para que o número de pessoas conscientes das responsabilidades possa aumentar. Por outro lado, é precisa se fazer justiça ao fato de que o trabalho no campo da educação ambiental tem avançado, num esforço, principalmente nas escolas com envolvimento cada vez maior das crianças e professores. O problema maior está em atingir o mundo adulto, já acostumado à falta de

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Paulo Chagas

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Água: desperdício está na distribuição

• O País precisa enfrentar o problema do desperdício de água. Só na distribuição se perde cerca

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lorianópolis - No Brasil, 30% de toda a água tratada é desperdiçada durante a distribuição aos consumidores. O principal motivo que leva a essa perda é a rede de tubulação antiga, que é mais suscetível a vazamentos, além da gestão pouco eficiente do sistema, afirmou o engenheiro da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), Raúl Trujilo Alvarez. O especialista participou de seminário sobre saneamento, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), recentemente, em Florianópolis. O evento foi mais uma ação do Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense. Estamos jogando fora um volume impressionante de água. Isso não é negócio para ninguém. A água no Brasil é barata demais. Enquanto não for cobrado o custo real, não vamos otimizar o sistema”, afirmou Alvarez, salientando que junto com a água também está sendo desperdiçada a energia elétrica gasta na operação do sistema para captação e tratamento. Segundo ele, o nível de perda aceitável é de até 8%, como ocorre na Alemanha. o caso do Brasil, o consumidor também tem uma parcela de responsabilidade, explicou ele, lembrando que boa parte da estrutura de saneamento é subsidiada. Com isso, o preço pago pelo consumidor para receber a água é considerado baixo se comparado aos países que cobram pela água e pela infraestrutura do sistema. “Quando pesa no bolso, é diferente”, disse.

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“Cuidados com a água e saneamento ainda aquém das necessidades em Santa Catarina” 4

Saneamento do século XVIII

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m relação ao tratamento de esgoto, o engenheiro da Casan, Fábio Cesar Krieger, afirmou que a população urbana de Santa Catarina é de 5,2 milhões habitantes, mas só 14% desse total têm coleta e tratamento. O especialista destacou que de 1997 a 2007 não houve financiamento para o setor, o que impossibilitou novos investimentos. No entanto, a partir de 2008, com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) mais as parcerias com instituições internacionais, essa situação mudou. De 2014 a 2017, a estatal catarinense prevê investir R$ 1,5 bilhão no abastecimento de água e no tratamento de esgoto. Serão beneficiados 31 municípios e 963 mil habitantes. ados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que seriam necessários de R$ 7 a 8 bilhões para universalizar o saneamento em Santa Catarina. Em 2010, 1,4 milhão de domicílios não tinha acesso à rede de esgoto no Estado. De lá para cá, acredita-se que não tenha mudado muito. As informações foram apresentadas pelo presidente-executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos.

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Saneamento no Brasil

A situação do saneamento no Brasil é dramática. Não é força de expressão. É ruim mesmo”, afirmou Édison, do Trata Brasil. “O país parou no século 18 e 19 em saneamento”, completou ele, que está à frente de uma entidade referência no acompanhamento da questão no país. Esta é uma área da infraestrutura pouco debatida e não avança apesar dos esforços de muitas instituições. “É um tema que não comove as autoridades. Visitei 25 cidades do Ptantanal e a maioria não

trata um litro de esgoto, vai direto para as nascentes”, ressaltou.

“De acordo com o IBGE, no Brasil, somente 40% possuem saneamento básico, pouco mais de

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pesar da im neamento, dá o devid to. Pesquisa do Ibope dos entrevistados nã


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Engenheiro da Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ), Raúl Trujilo Alvarez

a de 30%.

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esmo fora dos casos extremos, que resultam em morte, as doenças relacionadas à falta de tratamento de esgoto prejudicam o desenvolvimento e a frequência das crianças às aulas. Segundo o BNDES, no Brasil, 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico. No caso dos adultos, essas doenças impactam diretamente na ausência no trabalho. Por Dâmi Cristina Radin Assessoria de Imprensa da FIESC

a pagar por isso. “O brasileiro ainda acha que é um serviço que não precisa. Necessitamos da sociedade para mudar isso”, disse ele. especialista também alertou para as doenças causadas pela falta de saneamento. Elas afetam, principalmente, crianças de 0 a 5 anos (53% dos internamentos por diarreia). Os gastos do SUS nas

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mportância do sa, a população não do reconhecimene mostra que 50% ão estão dispostos

Paulo Chagas

çamento da inado para fim.”

Reflexos na saúde

cidades com piores índices de saneamento é 40 vezes maior do que nos municípios que investem na área. o encontro, o consultor do SENAI/SC, Ricardo Hubner, apresentou as ações para a área de saneamento realizadas pelo do Instituto de Tecnologia Ambiental da entidade, que atua em todo o Estado de Santa Catarina.

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Saneamento:

Divulgação

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O Governo enfrenta o problema A

pesquisa da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (Abes), realizada ainda em 2008, é a mais recente compilação que apontou Santa Catarina como o segundo pior estado em tratamento de esgoto do Brasil, na frente apenas do Piauí. O levantamento relata de que apenas 12% da população urbana tem saneamento adequado. A Casan, empresa que administra o esgoto, apresenta um percentual atualizado, um pouco melhor, em torno de 18%. Dos 293 municípios de Santa Catarina, apenas 30 têm rede coletora e tratamento de esgoto. e acordo com esse indicador constata-se facilmente que não procede a informação de que o estado é o segundo pior em cobertura com sistema de esgotamento sanitário, uma vez que pelo menos seis outros estados têm indicador pior do que o catarinense. Por outro lado, com

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o abastecimento de água praticamente universalizado em sua área de atendimento, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - CASAN direciona seus investimentos à ampliação da rede de coleta e ao tratamento de esgoto visando reverter o quadro nacional negativo. lém disso, convém ressaltar que o estado possui um dos mais altos índices de tratamento de esgoto do Brasil (indicador IN016), ou seja, muitos estados do país apenas coletam o esgoto mas não realizam o devido tratamento, prática que não ocorre em Santa Catarina. plano de investimentos para o período 2014-2017, com financiamentos garantidos da ordem de R$ 1,2 bilhão para esgotamento sanitário, é passar dos atuais 18% para 45% de cobertura de coleta e tratamento. Atualmente a CASAN possui 33 sistemas de esgotamento sanitário em operação, contemplando 17 municípios. Até 2017, 27 cidades deverão ser atendidas com coleta e tratamento.

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“Sistema de saneamento tem mais R$ 470 milhões para serem aplicados”

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az parte desse esforço investimento de 100 milhões de euros (aproximadamente 270 milhões de reais) contratados junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), e que está possibilitando o desenvolvimento do Programa de Saneamento Ambiental de Cidades de Médio Porte de Santa Catarina. O plano envolve implantação e ampliação da rede de esgotamento sanitário nos municípios de Braço do Norte, Canoinhas, Santo Amaro da Imperatriz, Garopaba, Curitibanos, Indaial, Ibirama, Piratuba, Chapecó, Videira, Caçador, Taió, Ituporanga e Otacílio Costa. om recursos de R$ 404 milhões contratados junto à Agência Internacional de Cooperação Japonesa (JICA), a CASAN desenvolve também o Programa de Saneamento Ambiental de SC, que beneficia Balneário Piçarras, Balneário Barra do Sul, Bombinhas e Florianópolis. utros projetos contemplam diferentes regiões do Estado e estão em andamento ou em fase de licitação. Na área de abrangência da Superintendência Regional de Negócios do Oeste serão implantados sistemas de esgotamento sanitário em Concórdia, Caçador, Piratuba, Videira, Abelardo Luz, Coronel Freitas, Dionísio Cerqueira, Princesa, Erval Velho, Maravilha, São Domingos, Ouro Verde e Xaxim.

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Javalis

Fora do lugar

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Divulgação

ada vez mais tem se falado sobre a importância e a urgência de preservar o meio ambiente. E nesse trabalho, cada um pode fazer a sua parte. Dentre algumas atitudes muito bem-vindas estão o exercício do consumo consciente, a economia dos recursos (finitos) naturais, não jogar lixo nas ruas, o que gera a poluição de esgotos, entre tantas outras. E uma questão muito grave, que até então passava despercebida está relacionada ao descarte de remédios deforma indevida. Para quem ainda não atentou para esse problema, os medicamentos contêm substâncias químicas muito resistentes, que podem contaminar o solo e a água e não devem ser descartados no lixo ou na rede de esgoto comum. E boa parte da população não sabe desse ‘perigo’.

Ecoturismo

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Produtores rurais não conseguem controlar

Serra Catarinense é um dos pontos do Estado de Santa Catarina que oferece a multiplicidade em lugares para exploração do ecoturismo. Infelizmente, ainda não existe um trabalho amplo de divulgação e nem estrutura adequada para dar aos turistas interessados a sustentação necessária para que eles possam conhecer os locais. Exceto em alguns municípios, caso, por exemplo, de Urubici. De resto, caberia às Regiões de São Joaquim, Lages, Urupema, Bom Jardim da Serra se organizarem e finalmente proporcionarem um turismo ecológico de alto padrão.

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venda ilegal de animais silvestres no Brasil movimenta R$ 2 bilhões por ano. Esse tipo de tráfico só perde para o de armas e de drogas. Alguns desses animais estão em risco de extinção. E o comércio interno é o maior responsável.

Necessidade

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mundo não pode mais deixar de lado a questão da sustentabilidade. A discussão e as práticas sobre o assunto se ampliam, por necessidade. Não há como recuar. A sustentabilidade representa o futuro do mundo. Significa a forma ideal de preservar e de controlar os recursos naturais que aos poucos estão rareando. A reciclagem, o reuso, serão as formas mais eficazes no controle do meio ambiente. O desperdício terá que zerar. Tudo deverá ser reaproveitado na natureza. Segundo estatísticas, o Planeta já ultrapassou em 30% o limite do uso dos recursos naturais. Vale lembrar que a sustentabilidade deve chegar e vigorar o quanto antes nas famílias, e não somente nos governos e nas empresas. Logicamente, muitos ainda precisam entender o conceito de sustentabilidade.

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s javalis continuam dando dor de cabeça aos produtores catarinenses. O que tem acontecido na Serra Catarinense, se repete no Oeste do Estado. A população do interior está preocupada, e com razão. Pois, além de danificar plantações, os javalis são animais agressivos e significam um risco às pessoas. É preciso que haja nova intervenção da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), e da Secretaria da Agricultura para que intercedam junto às autoridades competentes. Em Campo Belo do Sul, na Serra Catarinense, ouvi a declaração de que os produtores não vão mais investir na plantação de milho.

Tráfico de animais

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Nova política para gestão florestal em SC

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Agência Alesc

• O comitê de gestão florestal foi criado através de portaria, visando dar ao Governo assessoria técnica na elaboração de políticas públicas para o setor florestal

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setor florestal de Santa Catarina contará agora com uma entidade voltada para o desenvolvimento sustentável dos recursos florestais no estado. A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca oficializou recentemente, em Lages, a criação do Comitê Estadual de Gestão Sustentável Florestal (CGFlorestal), com a assinatura da Portaria SAR nº 20/2014. O CGFlorestal tem por objetivo assessorar tecnicamente o Governo do Estado na elaboração de políticas públicas para o setor florestal. O Comitê será presidido pelo secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies. Comitê Florestal terá a participação de órgãos dos setores público e privado, com representantes de entidades do Governo do Estado, Governo Federal, instituições de ensino e da iniciativa privada. Para o setor, a criação do

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CGFlorestal representa um avanço para a gestão das florestas catarinenses, sendo um espaço para discussão e formulação de políticas para a cadeia produtiva florestal do estado com equilíbrio entre os interesses social, econômico e ambiental. secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, afirmou que a criação do Comitê representa um salto para o futuro. “O Comitê representa a união de propostas e ações. Quando temos o Governo do Estado ouvindo o setor produtivo, as chances de acertar são muito maiores e esse diálogo fará com que Santa Catarina continue se destacando na produção florestal”, ressaltou.

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“Há preocupação com o uso sustentável das florestas e o cultivo de matas com fins econômicos no estado” Critério de proteção

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anta Catarina é o maior produtor nacional de móveis de madeira e de papel Kraft, ambos feitos de pinus, além do segundo maior pro-

dutor de madeira serrada de pinus. Hoje, cerca de 9% do PIB catarinense é constituído por riquezas geradas a partir da madeira. Segundo Airton Spies, o estado tem o relevo acidentado como como marca registrada, o que implica em zonas muito diversificadas. “Transformar essa vantagem comparativa em vantagem competitiva requer planejamento. Para preservar nós precisamos usar os recursos naturais com inteligência”. ntre as demandas do setor estão estudos e ações para proteção, recuperação e uso sustentável das florestas nativas remanescentes. Em Santa Catarina cerca de 30% do território ainda é coberto por mata nativa. De acordo com o secretário Spies, com base no Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, concluído em 2013, ficou evidente a diversidade florestal do estado, tanto em espécies nativas como em espécies exóticas cultivadas. “A convivência entre espécies nativas e exóticas é possível e nós podemos utilizar as espécies nativas de forma econômica sem risco de extinção. Para gerar riquezas não precisamos destruir”.

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Clarice Castro/ GERJ

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Detentos especializados em viveiros florestais São Cristóvão – SC - Construir viveiros de mudas florestais nativas utilizando as técnicas para implantação, manejo e manutenção das estufas. Este é o objetivo do treinamento “Implantação e manutenção de viveiros florestais” disponibilizado, gratuitamente, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), e a Secretaria de Estado de Planejamento

de Santa Catarina. A qualificação integra o programa denominado “Ação Conjunta de Revitalização e Desenvolvimento de Plantas Nativas” (ACORDE Plantas Nativas), desenvolvido pelo Senar/SC, a Secretaria de Estado de Planejamento e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. primeira turma já participou do treinamento na Penitenciária Agrícola de São Cristóvão do Sul. No total foram 24 horas/

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aula. Para participar foi preciso apenas ter mais de 18 anos e ser alfabetizado. o treinamento foi abordado segurança e saúde no trabalho, cuidados com o meio ambiente, características do viveiro, sistema de produção, sistema de irrigação, dimensionamento do viveiro, preparação do local, construção das estufas de germinação, enraizamento e crescimento, rustificação ou aclimatação, manejo entre outros.

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• Detentos serão treinados para cuidar de viveiros florestais em Penitenciaria Agrícola de São Cristóvão, em Santa Catarina


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Aquífe Gua

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Plantação de pinus sobre áreas de afloramentos do Aquífero Guarani

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Negando às gerações N futuras

poluição do aquífero guarani não é apenas suposição, e sim constatação. Técnicos têm feito o possível para chamar atenção das autoridades, sem sucesso. É o caso do pesquisador Tássio Dresch Rech, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri, e professor - colaborador da Universidade do Planalto Catarinense - Uniplac. Ele tem trabalhado na pesquisa em Ciência do Solo e Produção Vegetal, com o foco no desenvolvimento de práticas e sistemas de cultivo que maximizem a quantidade e a qualidade da água infiltrada no solo em diferentes sistemas agroecológicos de produção. Em seus estudos, o Aquífero Guarani. E, o que ele conta a respeito da guarnição do lençol de água subterrânea, somente na Serra Catarinense, é desanimador.

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m dos pontos de contaminação está exatamente no cultivo de pinus em áreas de afloramentos. Nestes pontos, a resina surge como agravante. A introdução de espécies florestais na área de afloramento do arenito altera o balanço hídrico e o ciclo dos elementos minerais, podendo afetar a qualidade da água de recarga do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral. O cultivo de pinus pode reduzir o pH do solo. Além disso, o professor Tássio, alerta sobre os riscos

do trânsito pesado de máquinas, o que se torna responsável pela perda do solo, através da erosão na hora das colheitas, sem contar a contaminação por agrotóxicos, onde há quebra do basalto. o Plano Diretor do Município de Lages, não há condicionantes que possam proteger as áreas de recarga, embora a preocupação não seja imediata, e sim há longo prazo. Para o pesquisador, o aquífero, na Região Serrana, se encaminha para uma situação parecida com a de Buenos Aires, na Argentina. Lá, poços de até 700 metros de profundidade já estão todos contaminados. Na Serra, a perfuração indiscriminada e sem controle, torna-se um grande vetor de poluição. “Poços mal lacrados e com paredes desprotegidas, são fortes falhas por onde acabam entrando as contaminações. São como feridas expostas”, ressalta.

• A contamina lenta e gradat No futuro, qua Caveiras não suficiente, talv Serrana não p contar nem co Aquífero.

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Radiografia do Aquífero Guarani

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A capacidade de proteção do aquífero reduz cerca de meio metro por ano. E as leis para coibir os abusos, existem, mas não são aplicadas.

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inda segundo ele a preocupação se estende para todas as atividades, desde a descarga de um banheiro, da água de uma pia, até o despejo de outros resíduos por grandes empresas. A capacidade de proteção do solo, reduz em cerca de meio metro por ano. As leis para coibir tais práticas, existem, até demais, porém, não são aplicadas. Por outro la-do, grande parte da cidade de Lages está situada sobre as áreas de afloramentos, e o pior, é que todos os dejetos são direcionados para o Rio Caveiras, através dos rios Carahá, São Paulo e Ponte Grande, tornando toda a área do Salto imprópria para o banho. “Nossas áreas urbanas aumentam sem controle e os planos diretores não garantem proteção e nem acesso à água”, ressalta.No entanto, a grande preocupação é saber que tipo de água estamos deixando

Leis não são aplicadas para os habitantes do futuro, com tantas infiltrações poluentes no aquífero. ma das formas de conscientizar é através da educação. Porém, infelizmente, aqui não se estuda e pouco se ensina sobre o aquífero guarani. O alerta é que a água está sendo contaminada, inclusive, há lugares em que o esgoto corre dentro da recarga; os poços são feitos sem registro e sem controle, e ainda com sobreuso. O dia que o Rio Caveiras não for mais suficiente, as novas fontes,

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como o Aquífero Guarani, estarão contaminadas. “Esta é uma verdade. Um dia vamos precisar dessa água que hoje estamos negando às gerações futuras”, lamenta, o pesquisador Tássio Rech.

Aquífero Guarani

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Aquífero Guarani está presente em 47 municípios de Santa Catarina. Chama-se de aquífero a formação ou grupo de formações geológicas capazes de armazenar água (por possuir porosidade) e de fornecê-la através de poços (por possuir permeabilidade). Se constituem em reservatórios de água subterrânea que podem ser usados para a indústria, a agricultura e, dependendo da qualidade, para o consumo humano, devendo ser protegidos contra contaminações e uso inadequado. 11


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Florianópolis - A Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) já colocou à disposição dos visitantes a Trilha Ecológica do Rio Vermelho, em Florianópolis. Com um quilômetro de percurso, a trilha fica dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho e é totalmente acessível para cadeirantes, através de decks de madeira. No entorno do caminho, há 16 viveiros com mais de 150 animais silvestres de 35 espécies da fauna catarinense, entre elas macacos, jabutis, araras, papagaios, pumas. lém do descerramento da placa, os visitantes puderam acompanhar e ajudar

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• A Trilha está localizada dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis, e é totalmente acessível para cadeirantes, através de decks de madeira

na instalação dos animais nos novos viveiros. Depois de instalados, os animais vão precisar de 40 dias para adaptação ao local. or isso, as visitações para o público, após a inauguração, poderão ocorrer somente a partir do dia 15 de maio. A trilha, totalmente gratuita, terá uma estrutura de monitores bilíngues e estará aberta a agendamento de escolas. Além disso, a Polícia Militar dispõe de um ônibus novo, doado pela Fatma, para levar as crianças na trilha.

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Ascom Fatma

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Fatma inaugura trilha ecológica


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Comdema, uma história de 28 anos no município • As reuniões são mensais e acontecem sempre na primeira quinta-feira de cada mês, abertas ao público, que pode participar com discussões e sugestões

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Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos, é um conselho deliberativo e seus integrantes se reúnem periodicamente. Nos encontros, instruções normativas para o município, situações referentes à preservação do meio ambiente e gerenciamento de um fundo do meio ambiente, que é vinculado a ele, en-

para até 30, desde que seja sempre paritário, ou seja, 50% precisam ser governamentais, com integrantes provenientes de órgãos públicos. As reuniões são mensais e acontecem sempre na primeira quinta-feira de cada mês, abertas ao público, que pode participar com discussões e sugestões. “Os dois segmentos são importantes e tem como objetivo ampliar e aprofundar o debate sobre o que é de interesse da

manecer até quatro anos no Comdema. As próprias instituições indicam novos integrantes.

Ações já desencadeadas

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Paulo Chagas

tram em pauta, podendo ainda aprovar recursos para desenvolver projetos de educação ambiental. O foco hoje, segundo a bióloga da secretaria, Michelle Pelozato, é preservar e defender o meio ambiente e coordenar os projetos municipais. O Comdema foi instituído no município em 1986 através da Lei número 1051. Atualmente conta com 22 integrantes, podendo ser ampliado

população e da administração municipal”, comenta Michelle. maioria dos membros já trabalha em instituições com atividades voltadas ao meio ambiente, inclusive de ensino e órgãos públicos. O regimento interno preconiza as eleições de dois em dois anos, sendo prorrogado por igual período, ou seja, os conselheiros podem per-

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Várias ações foram desencadeadas através do Comdema, como o projeto Margem Limpa, com mutirão de limpeza no rio Carahá vezes por falta de estrutura e logística. Em nível de Brasil, a sugestão é que cidades acima de 15 mil habitantes tenham um conselho. “Essa não é a realidade que vemos, inclusive na nossa região. Muitos têm dificuldade até mesmo de manter uma secretaria própria do meio ambiente. Lages está na frente”, ressalta. (Por Aline Tives)

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árias ações foram desencadeadas através do Comdema, como o trabalho de castração de animais, implantado recentemente no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em parceria com a Gerência de Proteção Animal. Também o projeto de preservação do patrimônio público, cuja campanha foi lançada nas escolas municipais no mês setembro, com concurso de jingles. Além destes, foram realizados trabalhos como o Margem Limpa com mutirão de limpeza no rio Carahá. “São trabalhos que passaram pelo crivo dos conselheiros, que entenderam a importância para a área ambiental, auxiliando a desenvolver essas atividades”, destaca Michelle. pesar da importância do Comdema na área ambiental, muitos municípios menores acabam não implantando, muitas


Fotos Divulgação / Nilton Wolff

O diagnóstico foi desenvolvido obedecendo os critérios da Lei de Resíduos Sólidos

Inicia na prática o Plano de Coleta Seletiva

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• O Plano Municipal de Coleta Seletiva em Lages está apenas no começo. A projeção prospecta ações para os próximos sete anos.

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Lages – SC – Técnicos e convidados ligados a áreas ambientais, tiveram oportunidade de acompanhar a explanação do diagnóstico do Plano Municipal de Coleta Seletiva, recentemente, na Câmara de Vereadores de Lages, feita pela empresa Ampla Consultoria e Planejamento. Foi o primeiro evento de mobilização social, visando implantar em Lages um sistema operacional para os próximos 20 anos. diagnóstico já está pronto, e mostra a realidade hoje de Lages, e quais os planos daqui para frente, seguindo obviamente a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para tanto, é preciso também que se aplique o conceito da Responsabilidade Compartilhada, ou seja, do engajamento completo do setor empresarial, dos consumidores, e do Poder Público. A população, igualdeverá ter a obrigação em participar do processo.

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O diagnóstico em números

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tualmente apenas três veículos fazem a coleta de resíduos secos em Lages, numa abrangência de 65% das vias da cidade, em 21 setores de coleta semanal nos bairros, e diariamente, no Centro. Nesse caso, o problema, é a variação dos trechos percorridos, de 10 a 50 km. stima-se que existam em Lages, cerca de 230 catadores e aproximadamente o mesmo número de carroceiros. A coleta hoje alcança 34% de resíduos orgânicos; 26% de rejeitos e 40% de resíduos secos. Resumindo: no geral, tudo isso representa apenas 2% da coleta seletiva em Lages. E, de resíduos secos, somente 4,08%. Muitíssimo baixo. A justificati-

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va para tão pouco recolhimento pode estar na mistura de todos os tipos de resíduos; na desistência das pessoas em praticar a seleção, ou ainda falta de estímulos.

Meta a ser atingida

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meta é chegar ao ano dois do processo, ou seja, já em 2015, no mínimo com 10% na coleta seletiva no município. Em 20%, no ano seguinte, e em 7 anos, estar com 70%. Todos sabem que a tendência é de que, a produção do lixo só aumente, mas, num processo de política reversa, organização, investimentos do Poder Público, muita educação e discernimento das obrigações, a proposta é de que cada vez menos lixo possa ir para o Aterro Sanitário.


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Lixo orgânico: projeto de compostagem cresce • Cerca de 80% dos alunos do ensino fundamental do município de Lages estão envolvidos com o projeto de compostagem.

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“A compostagem é uma das melhores alternativas para a diminuição do lixo depositado no aterro sanitário. Sem contar, com a economia que pode propiciar ao Município”

O diagnóstico em números

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trabalho do SESC é apenas uma das células fomentadoras do Projeto de Mini Compostagem Ecológica, que tem inclusive, a participação da Promotoria do Meio Ambiente, com o forte envolvimento do Grupo de Apoio à Implementação da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos – Garis. Além disso, outra boa informação é de que cerca de 80% dos estudantes do ensino fundamental de Lages, estão envolvidos diretamente com o projeto. Nas escolas estaduais, a participação é de 100%. esmo sem uma estatística oficial, calcula-se que mais de 5% do lixo orgânico produzido em Lages, já esteja sendo usado em compostagem. O resultado direto disso, tem reflexo no Aterro Sanitário, com a redução do depósito, em 40%. Até pouco tempo, Lages depositava, segundo avaliação técnica, 52%, ou seja, acima da média nacional, que é de 50%. inanceiramente, o município investe somente na manutenção dos serviços com o lixo e o aterro, cerca de R$ 5 milhões por ano. Nesse caso, cada ponto percentual reduzido, significa uma economia em torno de R$ 50 mil reais. O cálculo é de que uma família tenha um custo médio de R$ 80 reais, aos cofres públicos, somente com o destino do lixo.

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Fotos Paulo Chagas

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compostagem é um dos processos de destinação do lixo orgânico, que mais tem tido evolução, em Lages, na Serra Catarinense, principalmente através do envolvimento de entidades como o SESC, as universidades como o CAV/Udesc, a Uniplac, A Uniasselvi, além da Secretaria da Saúde, da Educação, e do Meio Ambiente. Com tanta participação de entidades e instituições, o projeto tem alcançado bons resultados. O trabalho dessas organizações carecem só mais um pouco de atenção, especialmente do Poder Público, que deve ter participação mais efetiva, criando uma política pública de resíduos sólidos eficiente”, explicou Sílvia Sesc, por exemplo, não mede esforços para divulgar e estimular o processo da compostagem. Há poucos dias, apresentou em Universidades, o projeto Sesciência, com uma “Mostra de Compostagem. A comunidade também pode conferir o programa em praça pública, com a mesma exposição.

Um assunto compostagem precisa da total reflexão e mais participação da sociedade 15


Estímulo à ampliação de áreas naturais protegidas na Serra • Serra Catarinense poderá ter novas reservas naturais

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discussão do papel das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) na Serra Catarinense, tem sido motivo de discussão, sobre “Estratégias para a ampliação de áreas naturais protegidas no planalto catarinense”. Uma dessas discussões ocorreu no Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages, recentemente. Outra proposta foi a troca de informações que possam contribuir com a conservação da biodiversidade do Estado. evento, que tem a Udesc Lages como apoiadora, contou com a presença de proprie-

Paulo Chagas

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A iniciativa para criação da RPPN é ato voluntário do proprietário e não acarreta perda do direito de propriedade

tários de terra da Serra Catarinense. A iniciativa é do Projeto Charão, conduzido por duas instituições: a Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de Passo Fundo (UPF). ara o consultor ambiental do Instituto Chico Mendes, Luciano Souza, o encontro é fundamental para divulgar a importância da ampliação do número de áreas protegidas, tornar a sociedade parceira e incentivar a geração de empregos. “Isso é possível por meio de atividades desenvolvidas dentro das RPPNs, como ecoturismo, educação ambiental e pesquisa científica”, explica Souza.

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egundo dados do Instituto Chico Mendes, Santa Catarina tem, hoje, 60 reservas naturais desta categoria, que somam quase 29 mil hectares de área. Mais informações sobre a criação de uma RPPN podem ser obtidas no site do instituto.

Por Assessoria de Comunicação da Udesc Lages Jornalista Tatiane Rosa Machado da Silva


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Mais tempo para acabar com lixões • Mesmo se o Senado aprovar, pode haver a possibilidade de veto.

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“Por outro lado, o Ministério do Meio Ambiente tem buscado alternativas para ajudar os municípios que ainda não acabaram com os seus lixões” Municípios ganham prazo

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texto aprovado também prorroga o prazo dado a municípios e estados para elaboração de seus planos de gestão de resíduos sólidos. A tarefa, que deveria ter sido

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(Com informações da Agência Câmara)

Jornal Forte do Recôncavo

Muitos municípios mantém os lixões por não conseguirem completar os planos de gestão de resíduos sólidos

concluída em 2012, agora poderá ser feita até agosto de 2016. esde o início do ano a Confederação Nacional de Municípios (CNM) pede a prorrogação dos prazos estabelecidos na lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), alegando falta de recursos e de técnicos capacitados para a elaboração dos planos de gestão e para a implantação de sistemas adequados de descarte e reciclagem de lixo.

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oderá ser prorrogado até 2018 o prazo para que os municípios acabem com os lixões. O período fixado em lei para que depósitos de lixo a céu aberto fossem transformados em aterros sanitários acabou em 2 de agosto, mas poderá ser ampliado por mais quatro anos por força de artigo incluído na MP 651/2014. texto já aprovado pelo Plenário da Câmara e precisa passar pelo Senado, caso contrário a medida provisória perderá a validade. A MP trata de incentivos tributários, mas os deputados incluíram o novo prazo para fim dos lixões atendendo a 3,5 mil cidades que ainda não cumpriram a determinação legal.


Fauna silvestre

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O canário e o tucano

Canário da Terra, cujo nome científico é Sicalis Flaveola é uma espécie originária da América do Sul, sendo encontrado na Colômbia, Equador, Venezuela, Peru, Brasil e Argentina. No Brasil, pode ser encontrado em todo o Sudeste, Sul e em boa parte do Nordeste. A espécie também é conhecida como Canário da Terra Verdadeiro, Canário da Horta, Canário da Telha, Canário do Campo, Chapinha, Canário do Chão, Coroinha e Cabeça de Fogo. A criação de Canário da Terra é proibida, a não ser que seja adquirido de um criadouro legalizados, porém, a criação dele é bastante popular, especialmente por conta do belo e forte canto desta ave. s Canários vivem em campos secos, áreas de agricultura, caatinga, bordas de matas, áreas de cerrado, campos naturais, pastagens abandonadas, plantações e jardins gramados. O tamanho aproximado do Canário da Terra adulto é de 13,5 cm, apresentando uma cor amarelo-olivácea com estrias enegrecidas nas costas e próximo das pernas. As fêmeas e os filhotes tem a parte superior do corpo na cor olivácea, com as penas acinzentadas. Com aproximadamente 4 a 6 meses de idade, os filhotes machos começam a cantar e levam cerca de 18 meses para adquirir a plumagem amarela características dos machos adultos.

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om cerca de 1 ano de idade os Canários da Terra já estão prontos para o acasalamento, sendo que a fêmea faz posturas que varia entre 4 e 6 ovos, e cada Canária pode chegar a chocar 4 vezes por ano, podendo tirar até 20 filhotes por temporada. Os filhotes de Canário da Terra nascem com aproximadamente 13 a 14 dias de choco. Os ninhos são cobertos, parecendo com uma cesta, podendo usar desde crânios de boi até bambus perfurados, ou então utilizando-se de ninhos abandonados de outros pássaros como o joão-de-barro.

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ão designadas por tucano as aves da família Ramphastidae que vivem nas florestas da América Central e América do Sul. Possuem um bico grande e oco. A parte superior é constituída por trabéculas de sustentação e a parte inferior é de natureza óssea. Não é um bico forte, já que é muito comprido e a alavanca, (maxilar)

não é suficiente para conferir tal qualidade. Seu sistema digestivo é extremamente curto, o que explica a sua base alimentar, já que as frutas são facilmente digeridas e absorvidas pelo trato gastrointestinal. lém de serem frugívoros (comerem fruta), necessitam de um certo nível proteico na dieta, o qual alcançam caçando alguns insetos, pequenas presas (como lagarto, perereca, etc) e mesmo ovos de outras aves. Possuem pés zigodáctilos (dois dedos direcionados para frente e dois para trás), típicos de animais que trepam em árvores. São monogâmicos territorialistas (vivem e se reproduzem em casal isolado). Não há dimorfismo sexual e a sexagem pode ser feita por análise de seu DNA.1 A fêmea e o macho trabalham no ninho, que é construído em ocos de árvores. A fêmea choca e o macho alimenta-os. azem postura de três a quatro ovos, cujo período de incubação é de dezoito dias. O tucano-toco (Ramphastos toco) ainda é uma espécie ameaçada de extinção. Tem sido capturado e traficado outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem como consequência a diminuição da sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, bem como a morte de muitos animais durante o transporte. Não são aves migratórias.

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