API VII PROJETO DE ADENSAMENTO
URBANO
ateliê
de
projeto
integrado
vii
.
profA maria
eliza
guerra
bárbara borges . cássio mota . joão marcos . júlia sprioli faculdade de arquitetura, urbanismo e design . universidade federal de uberlândia . 2015
APIVII . PROJETO DE ADENSAMENTO URBANO . PROFa MARIA ELIZA GUERRA BÁRBARA BORGES . CÁSSIO MOTA . JOÃO MARCOS . JÚLIA SPRIOLI
MEMO RIAL J USTIFI CATIV O
iNTRODUÇão O exercício da disciplina de Ateliê de Projeto Integrado VII consiste em propor um traçado urbano na cidade de Uberlândia, MG. Com base em discussões sobre cidade, teoria do urbanismo, projeto e o contexto histórico de Uberlândia, a disciplina fundamenta para que a proposta seja funcional, coerente e de qualidade. Uberlândia, cidade que se encontra no Triângulo Mineiro, possui uma área de aproximadamente 4,1 mil km² e conta com uma população de aproximadamente 654 681 habitantes (segundo dados do IBGE para 2014). A área de trabalho é a que se refere as proximidades da linha verde do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Uberlândia, que tem projeção para ser instalado até 2032. O VLT é um transporte coletivo movido à energia elétrica com maior capacidade de passageiros em relação aos ônibus e possibilidade de implantação nas vias de trânsito comum, em conjunto com os automóveis. A linha verde do VLT se inicia no bairro Daniel Fonseca (na altura da Avenida Getúlio Vargas), passando nas Avenidas Rondon Pacheco e Anselmo Alves dos Santos (contornando ao Parque do Sabiá) chegando na sua parada final no Aeroporto de Uberlândia, totalizando 17,5 km de extensão. Com velocidade aproximada de 27 km/h, transportará 15.400 pessoas por dia. Partindo da necessidade de trazer vida e fluxo ao espaço e de dialogar com a pré-existência dos bairros próximos, inicia-se o projeto urbano da área.
PARTIDO
E CONCEITO
Com base no que o exercício determina, a proposta é que o novo desenho urbano que será traçado traga adensamento para os grandes vazios que existem na região em que está a linha verde do VLT. Além disso, busca que seja um espaço qualificado, que converse com o restante da cidade e que proporcione conforto aos moradores. Busca-se então espaços fluidos, priorizando os caminhos a pé, ciclovias e acessibilidade. Também serão consideradas as vias de tráfego, para acesso de automóveis. Contudo, o ideal é que o VLT ligue essa área ao restante da cidade e facilite o acesso a ela e que dessa forma o uso de automóveis seja reduzido. Medidas de traffic calming também serão adotadas a fim de que os carros não atrapalhem e nem ofereça riscos à circulação dos pedestres. Um dos fatores que guiou a proposta do novo traçado foi a topografia. Trata-se de uma malha urbana xadrez em que as ruas cortam umas as outras. As vias estão dispostas paralelamente às curvas de nível. Uma vez que esta disposição reduz a velocidade de escoamento da água da chuva.
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Isso também favorece o caminhar dos pedestres, visto que a inclinação do trecho de caminhada é menor. As outras vias, ao invés de estarem exatamente perpendiculares às que estão paralelas à topografia, estão em diagonal, com uma suave inclinação. Isso evita erosão e também ajuda no escoamento da água. A intenção desse traçado é que as conexões sejam facilitadas, tanto para os carro, mas principalmente para os pedestres. Que sejam espaços fluidos de fácil acesso aos equipamentos e com ligação com o restante das cidade. Além disso, o traçado paralelo às curvas de nível também conserva a pré-existência da área, já que este é a continuidade das ruas do bairro ao lado, Custódio Pereira. É importante destacar que as ruas que estão na diagonal, estão no sentido que escoa para uma nascente que existe próximo a BR-050, que também está próxima ao Supermercado Makro. Para receber toda essa água que escoará nesse sentido, propomos então estações de tratamento nas laterais do Supermercado Makro. As estações trabalharão em conjunto com parques que atenderão os moradores dos bairros próximos. Os parques serão equipamentos de uso coletivo com espaços de lazer, permanência e caminhada e terão como intuito a educação ambiental. Além de tratamento e informação, os parques também contarão como principais ligações com o Parque do Sabiá, prolongando sua utilização, e com os bairros Santa Mônica e Tibery, fazendo com que a região tenha conexão física com toda a malha urbana do entorno. Outra proposta para o tratamento de água e esgoto é o uso do sistema que utiliza plantas aquáticas enraizadas. As planta aquáticas ficam fixadas em substratos como areia, solo ou cascalho, estimulando a formação de microorganismos para tratar efluentes por meios biológicos. Dessa forma, o sistema será implantado nas
estações de tratamento dos parques e na extensão dos bairros, serão colocados alguns pontos com essas plantas. Através dessas medidas, buscamos um espaço sustentável, que em conjunto com áreas verdes bastante arborizadas
USO
DO SOLO E ADENSAMENTO
O traçado urbano da área é proposto de forma que os usos dos lotes sejam diversificados, mas ao mesmo tempo se alcance uma densidade populacional considerável para que seja plausível a implementação da linha verde do VLT no local. São locados assim os seguintes equipamentos públicos em postos estratégicos da malha viária: posto policial, postos de saúde, centro de convenções, centro cultural, biblioteca, escola de ensino fundamental e EMEI. Os lotes direcionados para serviços e comércios são distribuídos em toda extensão do loteamento, sendo mais concentrado na área superior do Atacadista Makro (Zona de Proteção do Aeroporto – área A1), que se caracteriza por ser uma área que não permite uso para habitação, sendo as edificações apenas térreas, devido à proximidade com o Aeroporto de Uberlândia. Como nessa região não há residentes, o intuito é que se faça um grande pólo de comércio e serviço atrativo para os habitantes dos arredores, para que se tenha fluxo de pessoas e assim garanta certa urbanidade para o local. Dessa forma, na região do cone do aeroporto têm-se vários tipos de serviços, como por exemplo, hotéis, restaurantes, escritórios, bem como comércios em geral, com farmácias, padarias, etc. Destaca-se
também o comércio pesado que visa atender a antiga BR 050 (que agora se transforma em avenida), sendo concentrado nas proximidades da atual avenida, visando ser um ponto de apoio para viajantes com a presença de borracharias, lojas de autopeças, oficinas, entre outros. Os lotes são quase todos de 10x21,5m e 12x21,5m. De acordo com a legislação das áreas A2, A3, A4 e A5, o coeficiente de aproveitamento é de 2,5% se a taxa de ocupação do lote for de 60%. Logo, se ocuparem 60% do lote, pode-se ter até 2,75 pavimentos. É interessante também que esses gabaritos menores sejam mantidos a fim de garantir uma visada à cidade e não agrida a paisagem urbana. Entre a antiga BR e a avenida que percorre o VLT o uso é misto (área A2) e quantidade de lotes habitacionais é elevada. Os lotes são de 10x21,5m e 12x21,5m e são direcionados para residências, sobrados com comércio ou serviço embaixo e habitação em cima, ou comércio e serviço térreos . O gabarito proposto é de até 3 pavimentos. É viável também a construção de casas conjugadas, ou mesmo a junção de dois lotes para construção de uma proposta maior de ocupação por parte do dono do terreno. Nas regiões acima da avenida que passa linha do VLT e que fazem limite com a Praça Shopping (áreas A4 e A5) optou-se por edificações com número mais elevado de pavimentos, de 2 a 4, sendo possível atingir de 5 a 6 pavimentos, diminuindo-se o número de apartamentos por pavimento, mantendo sua qualidade e diminuindo a área construída no térreo (taxa de ocupação). Nessa região prevalecem os lotes de 20x40m. A presença de comércio e serviço também é relevante. A área 6 é destinada principalmente à moradia estudantil, com lotes de 20x40m também e que visam a construção de edifícios.
D I R E T R I Z E S PROJETUAIS Para que o projeto siga o partido desejado, foi preciso pensar em algumas diretrizes aliadas ao Plano Diretor da cidade que, além do desenho de traçado urbano, criem uma vivência urbana diversa e que proporcionem uma interação coletiva que a cidade do século XXI perdeu por essência.
tratamento de resíduos É proposto que o sistema de coleta seletiva já presente na cidade se integre na área de projeto. Ao longo das vias serão propostas lixeiras de resíduos recicláveis, orgânicos e partes de objetos não descartáveis, como baterias, latas de combustíveis, lâmpadas, etc. A região conta com um parque de tratamento de resíduos, com plantas aquáticas enraizadas para tratar o esgoto e um sistema de bacias de contensão que coletam a água pluvial de todo o loteamento. A intenção não é apenas tratar o resíduo e otimizar o sistema de drenagem urbana para não sobrecarregar o fluxo de água pluvial da cidade, mas também promover através da construção do parque a consciência coletiva, através de aulas, palestras e visitas técnicas sobre sustentabilidade urbana.
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prioridade de usos e traffic calming
articulação do transporte público
Um dos principais eixos de articulação do projeto se relaciona à prioridade definida aos tipos de usuários que se utilizarão da área. Para garantir espaços fluidos e de vivacidade urbana, reforçar a segurança no cruzamento de vias e reeducar o olhar do motorista para o trânsito, a escala do pedestre foi privilegiada, utilizando de propostas Traffic Calming (elevações no eixo viário, redução de vias, nivelamento da rua com a calçada, etc). O ciclista é o segundo tipo de usuário a ter prioridade, com a construção de uma ciclovia que se integra à da proposta do VLT, e se insere nas vias de maior fluxo do projeto. O automóvel vem em seguida, em especial o transporte público. Em último lugar, vem os veículos de carga pesada. A região já possui um fluxo de veículos cargueiros, e a definição do uso de solo e técnicas de priorização do trânsito pretende fazer com que esse tipo de fluxo seja redirecionado com o tempo. Para isso o projeto conta com a desqualificação do trecho da BR050 como rodovia e adaptação para uma avenida de fluxo rápido ou médio. Essa proposta é abarcada por técnicas de redução da velocidade e ocupação de suas margens para que o tráfego pesado tenha dificuldades para continuar seu fluxo pela região. Passarelas elevadas, radares eletrônicos, encurtamento das vias e integração com os ciclistas e pedestres fazem com que o caráter da BR seja desqualificado e que o fluxo de automóveis que usam o trecho apenas como passagem possa ser redirecionado para fora do perímetro da cidade, sem demais problemas.
A lógica viária do projeto é baseada na utilização do transporte público para locomoção de médias/grandes distâncias, e na escala do pedestre e ciclista para locomoção de pequenas/médias distâncias. Para complementar a Linha de VLT é proposto também o abastecimento da região pelo sistema de BRT, interligando: A área com os campus da Universidade Federal de Uberlândia (Campus Umuarama, Campus Santa Mônica, Campus Educa e Campus Glória), que se localizam nos entremeios, a região com o eixo central e o Teatro Municipal de Uberlândia, na Av. Rondon Pacheco, para os principais terminais de ônibus e de médias distâncias entre os bairros até algum ponto de acesso do circuito do VLT. Os eixos de ligação aumentam a possibilidade de uso e variam a dinâmica urbana na região. Com essas propostas de fluxo a área pode ser mais adensada e conter de aparatos institucionais (campus universitários, sedes administrativas, pontos tecnológicos, etc) ou comerciais (centros comerciais, rede de hotéis, shoppings, etc) que vão favorecer a área e criar ainda mais vitalidade na cidade, preenchendo outros vazios urbanos.
variedade
de usos
A proposição do uso de solos definida pelo plano foi realizado de forma que não haja setorização em nenhuma região, independente da legislação. A variedade de usos faz com que haja circulação de pessoas por todas as quadras, independente do horário, e que todo tipo de usuário seja contemplado, criando também oportunidades de emprego para a cidade, portando potencializando a dinâmica urbana.
O U T O ONEROSA
R G
A
articulação do transporte público
A outorga onerosa é uma ferramenta da legislação que permite ao proprietário uma concessão para construir acima do limite do coeficiente de aproveitamento básico mediante contrapartida financeira a ser prestada. Esse instrumento possibilita o adensamento da região e o dinheiro utilizado na compra do lote espacial é utilizado para melhorar a infraestrutura da cidade e ajudar na construção de mais habitações sociais, etc.
tratamento públicas
das
As ferramentas de projeto utilizadas têm como principal função proporcionar a vitalidade urbana. Algumas normas de construção como definição de afastamento, tamanho máximo dos muros e tamanho da calçada visam facilitar o contato entre os moradores, comerciantes e prestadores de serviço.
vias
Para abarcar a necessidade de fluxos na área de projeto, foram definidos três perfis de via: Uma de dimensão mínima 14 metros, para fluxo local. Uma média, de 21 metros, para fluxo intermediário, e por fim, uma de 30, que distribui o fluxo para o restante da cidade. No projeto de todos os tipos de via já se incluem algumas normas para que a sustentabilidade não seja prejudicado e que o pedestre e ciclista sejam privilegiados. Todas as vias necessariamente precisam conter uma faixa permeável, que inclua o plantio de árvores entre os lotes. Isso cria caminhos sombreados que facilitam a locomoção com conforto do pedestre. Os trechos com vias de 30 metros possuem arborização específica, para demarcar o local visualmente, presença do eixo de ciclovias e bulevares no centro, com pista para caminhada ou espaço para o deslocamento do VLT. Toda fiação das vias também será subterrânea, para que não ocorram problemas de poluição visual e limitação no crescimento das árvores das calçadas.
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conclusão Após estudos, análises e proposições de desenho, além de diretrizes e partidos tomados, foi possível perceber que adensamento urbano da área de impacto da linha verde do VLT a ser implantado é um projeto que deve ser concluído para sua realização. Uberlândia é uma cidade que cresce muito nos últimos tempos, se tornando cada vez mais um pólo econômico e de produção intelectual para diversos setores do Brasil. A construção e/ou ocupação de áreas fora do perímetro urbano ou na periferia faz com que haja um desequilíbrio grande no vetor de crescimento e que essas novas regiões sejam pobremente abastecidas de infraestrutura e conexão total com os equipamentos da cidade. Desse modo, é de total importância o preenchimento de vazios urbanos, como a região de estudo, em que só se faz aumentar a especulação imobiliária e a quebra na fluidez das interações urbanas, entre os bairros já adensados. O projeto para tais áreas, além de preencher os grandes vazios urbanos e levar infraestrutura para essas regiões de potencial da cidade, cria novas possibilidades para seus moradores: mais habitação variada, que se relacione com qualquer perfil, classe econômica ou social do morador, mais empregos, que estarão conectados com todo o fluxo da cidade sem necessidade de grandes deslocamentos, maior possibilidade de investimentos, com a criação de centros de comércio, administrativos, de prestação de serviço e, muito importante para a vitalidade urbana: a criação de espaços públicos cada vez mais qualificados e que valorizem de forma igualitária qualquer tipo de cidadão. Para que a construção dos espaços seja fluida e que atenda a todo tipo de
população, é necessário variar todo o espectro de uso da região, desde o comércio: varejo, atacado, feiras livres, centros comerciais, etc, serviço: edifícios, serviços locais como cabeleireiros, costureiros, etc, escritórios de coworking, estações tecnológicas nos parques e mais, mas principalmente o de habitação: lotes para habitação unifamiliar, multifamiliar, moradias estudantis, habitações sociais, hotéis, albergues, pensões, dentre outros. Diversificando o uso, abre-se um leque de possibilidades para a dinâmica urbana. A proposição de adensamento na região faz com que exista fluxo de pessoas nas ruas à todo momento, e com que o espaço público e de moradia não se torne elitizado, mas sim acessível a todos tipos de classe. Para que o projeto de adensamento não se torne desenfreado e que o espaço urbano seja preservado com qualidade, é preciso de normas de projeto e desenho de parcelamento urbano efetivos. Com alternativas para a distribuição de fluxo, para a otimização da experiência do pedestre e ciclista, medidas de solução para o saneamento básico, tratamento residual e de drenagem urbana é possível fazer com que o ambiente criado, mesmo que denso, seja harmônico e que preserve o ambiente natural balanceado.
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MEMOr IAL des critiv O
áreas A extensão de toda a área foi dividida em seis sub-áreas (A1, A2, A3, A4, A5 e A6) para facilitar o trabalho e a sistematização das vias, quadras e lotes. Os cálculos de densidade foram feitos utilizando essas 6 áreas. A dimensão das áreas e a distribuição dos lotes e habitantes está melhor explicado na tabela abaixo. Os cálculos para o número de habitantes foram feitos com base no número de A1 lotes e como se a população fosse uniformemente distribuída. Assim, é possível ter um parâmetro na distribuição das áreas com maior ou menor densidade e verticalização como pode observado no cálculo das densidades.
Para Adotou se habitável é tar que as
calcular a densidade uma valor de 350 111,7 ha, a população áreas em que podem
da área, estipulou-se um número de habitantes. habitantes por hectare. Considerando que a área desse espaço será de 39.095 habitantes. Vale ressalser construídas habitações são A2, A3, A4, A5 e A6.
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Nome
Área (ha) % sobre total
Área % sobre habitável total (ha)
A1
46,5
17,91
Não Pode
A2
60,1
23,15
24,6
A3
19
7,32
A4
60
A5
C.A.
No. Aprox. de Habitantes
No. Aprox. de Habitações
-
-
60
2,5
9,47
60
2,75
9.963
971
17,7
6,82
60
2,75
3.909
222
23,12
31,2
12,02
60
2,75
9.973
624
36,4
14,02
20
7,70
60
2,75
5.668
321
A6
37,5
14,45
18,2
7,01
60
2,75
9.969
568
Total
259,5
100
111,7
43,04
39.492
2.144
A2: 480 lotes de 12 x 21,5 m 461 lotes de 10 x 21,5 m 30 lotes de 20 x 40 m A3: 222 lotes de 20 x 40 m
-
T.O. (%)
A5: 96 lotes de 10 x 21,5m 225 lotes de 20 x 40 m A6: 464 lotes de 10 x 21,5m 104 lotes de 20 x 40 m
A4: 294 lotes de 10 x 21,5 m 293 lotes de 20 x 40 m 37 lotes de 20 x 20 m
Há um total de 2.706 lotes para distribuir a população de acordo com o valor de 350 habitantes/ha. Sendo que alguns desses lotes são de uso misto e outros comércio ou serviços. Em um estudo hipotético em que todas as habitações são terréas e adotando um valor médio de 4 pessoas por habitação, observa-se:
2.706 x 4 pessoas = 10.824 pessoas No entanto, para preencher a área habitável de 111,7 ha de acordo com o que é proposto. 350 pessoas 1 ha x pessoas - 117 ha x = 39.095 pessoas Ou seja, será necessário então verticalizar algumas área para obter o adensamento ideal e para compensar os lotes que terão comércio ou serviços.
parcelamento
do
solo,
coeficiente
de
aproveitamento
e taxa de ocupação Para entender como foi feito o parcelamento do solo e a divisão dos lotes, deve-se ressaltar que uma parte da área em questão encontra-se em Zona de Proteção do Aeroporto (ZPA) e outra em Zona de Transição (ZT). A ZPA possui algumas restrições para edificações, que é onde está a Área 1 (A1). É uma área que não pode ter habitações, portanto será uma região com bastante comércio e serviços. As outras áreas encontram-se na ZT, em que habitações, comércio, serviços, bem como espaços institucionais e equipamentos públicos estarão dispostos ao longo da extensão. Há, basicamente, 4 perfis de lote que se encaixam nos perfis de quadra que serão explicados mais adiante. Temos lotes de: 10 x 21,5 m 12 x 21,5 m 20 x 40 m 20 x 20 m De acordo com o coeficiente de aproveitamento e a taxa de ocupação de cada área, determinou-se, em conjunto com as características ambientais julgadas importantes, zonas de maior verticalidade e, portanto, lotes maiores e quadras mais largas. Nas áreas onde não é possível verticalização, como na ZPA (Zona de Proteção do Aeroporto), os lotes definidos foram menores (10 x 21,5m e 12 x 21,5m) com a intenção de imobilizar o crescimento vertical da construção, pela necessidade de cumprir os afastamentos laterias e frontais. Apesar de prever a possibilidade de lotes duplos na área, a impossibilidade de se construir habitação no local impede a verticalização por falta de densidade. No caso das áreas destinadas à habitação, previu-se maior densidade e, portanto, maior verticalidade. O lotes definidos são maiores (20 x 40m) e permitem flexibilidade no manejo da taxa de ocupação (60% para todas as zonas) em relação ao respeito dos recuos frontal e lateral. Como se pode notar na tabela, as taxas de ocupação são acima de 2,5. Sendo assim, considerando 60% de área construída no térreo, seria possível verticalizar apenas 2 pavimentos e meio. Por isso a proposição de lotes mais largos, para que se possa haver um número maior de pavimentos, em vista da necessidade de mais habitantes em algumas áreas, mantendo a presença de variedade de comércio no térreo.
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SISTEMA VIÁRIO E
PERFIS DE VIA O sistema viário foi dividido hieraquicamente de acordo com a distribuição de fluxo. As vias que ligam a região ao resto da cidade e faz conexões importantes têm o perfil de 30 metros, as que são de conexão importante dentro da própria região têm 21 metros e, por fim, a de fluxo local, entre quadras, possui a dimensão de 14 metros. Toda a fiação das ruas é instalada subterraneamente, e há alternadamente nas vias alguns elementos de projeto urbano como: Arborização, postes de luz, jardins de chuva para a drenagem urbana e parklets, que ocupam o lugar de estacionamentos e servem como lugares de estar ou apoio para ciclistas. 30 metros: As avenidas com 30 metros são bulevares de mão dupla, e tem um eixo espelhado de 15 metros com um passeio de 3 metros, sendo 2,5 para área calçada de tráfego de pedestres, e 0,5 m para a faixa técnica, com postes de luz, árvores ou jardins de chuva. Há também uma faixa de 1,5 para ciclovia de mão única, e 2,5m para estacionamentos ou parklets ao longo da via. A faixa de rolagem de automóveis é de 6,5m para cada mão. Há entre as duas mãos uma faixa de 3 metros de bulevar, com arborização e pista para caminhada. Nos trechos da avenida em que o VLT passa, a faixa de caminhada e arborização é substituída pela própria linha do mesmo. 21 metros: As ruas de 21 metros possuem duas mãos: passeio de 3 metros e meio, sendo 3 metros para a passagem de pedestres, 0,5 metros de faixa técnica e faixa de rolagem para carros de 7 metros. Em algumas ruas a faixa de rolagem se alterna para 5,75 metros de via e 2,5 metros de estacionamento ou parklets em apenas um lado da via. 14 metros: As ruas locais de 14 metros possuem apenas uma mão. 3 metros são de calçada e 0,5 metros de faixa técnica. A faixa de rolagem dos automóveis é de 7 metros. Padrão para a locação de instrumentos urbanos: Árvores: A cada 15 metros. Postes de Luz: À cada 15 metros. Parklets: À cada 150 metros. Jardins de Chuva: À cada 35 metros, em ruas declinadas.
sistema viário E
perfis de via
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SISTEMA VIÁRIO E
PERFIS DE VIA
pERFIS DE
QUADRA A partir do traçado proposto foram desenvolvidos três tipos de perfis de quadra para a malha adensada. As quadras foram pensadas de forma que não fossem tão extensas, garantindo assim que pudessem ser percorridas por pedestres e ciclistas. Por isso optou-se por quadras menores, de dimensões 49x66m, 49x86m e 86x106m. Além disso, foi preciso mudar o perfil de certas quadras conforme o desenho das vias, sendo necessária a adequação de certas quadras aos limites da área proposta pelo exercício. Essas quadras são irregulares e possuem medidas específicas e particulares. Vale ressaltar que a calçada mínima que circunda os lotes é de 3 metros, podendo esta apresentar tamanhos diferenciados dependendo de sua localização e da proposta de uso e ocupação da via e do quarteirão. Perfil de quadra 49x66m: esse quarteirão é o menor entre todos os propostos. Ele se encontra localizado apenas na área A1 e A2 do adensamento. Contém um total de 10 lotes de 258m² cada. Perfil de quadra 49x86m: quarteirão com dimensões médias. Sua implantação se concentra sobretudo na área A1, A2 e A5, sendo que a área A4 possui poucos perfis desse tipo. Contém um total de 16 lotes de 215m² cada. Perfil de quadra 86x106m: Tipologia de quadra com lotes maiores destinados a uma maior verticalização e maior aproveitamento do solo e consequente ocupação e densidade. Se concentra implantado na área A3, A4 e A5, sendo que a área A6 possui poucas quadras com esse perfil. Apresenta um total de 10 lotes de 800m² cada.
66 60
3 3
3
L2
L3
L4
L5
L6
L7
L8
L9
L10 3
21,5
43 49
L1
12
Perfil de quadra 49x66m 86 80
3 3
3
43 49
APIVII . PROJETO DE ADENSAMENTO URBANO . PROFa MARIA ELIZA GUERRA L1 L2 L3 L4 L5 L6 L7 L8 BÁRBARA BORGES . CÁSSIO MOTA . JOÃO MARCOS . JÚLIA SPRIOLI
3
12
86 80
3
3
3 3
3
86 80
3
12
L1 L2
L2 L3
L3 L4
L4 L5
L5 L6
L6 L7
L7 L8
L8
3
L9 L10 L11 L12 L13 L14 L15 L16 L10 L11 L12 L13 L14 L15 L16
L9
10
10
3
21,5
21,5
43 49
43 49
L1
Perfil de quadra 49x86m
3 3
3 3
3
106 106 100 100
3
L1
L2
L2
L3
L3
L4
L4
L5
L5
L6
L6
L7
L7
L8
L8
L9
L9
L10
L10
20
20
Perfil de quadra 86x106m
3
3
40
40
80 86
80 86
L1
MATERIAIS Para adotar práticas sustentáveis, a escolha dos materiais de um projeto, seja na escala arquitetônica, seja na escala urbana, é fundamental. Defini-se que nas ruas utilizaremos asfalto poroso, já que é uma material drenante que facilita a chegada da água ao solo, além de auxiliar no escoamento e drenagem. Determina-se também que será uso piso intertravado nas calçadas, de modo a padronizar as áreas de uso dos pedestres e facilitar sua locomoção. Ao longo das calçadas haverá também piso podotátil para deficientes visuais. Além disso, a Prefeitura Municipal estabelece que cada lote deve destinar 12% de sua área sem pavimentação para que a água das chuvas seja absorvida. Contudo, para essa área propõese que essa valor seja de 20% para aumentar ainda mais a absorção. Incentivando, dessa forma, áreas verdes nos lotes e o uso de materiais como concregrama na pavimentação interna.
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MATERIAIS