O Ministério da Cultura apresenta
SÉRIE DE CÂMARA 2014
Concerto Brahms Paulo Gori e Sérgio Melardi piano Solistas Interarte Pablo de León violino Cristiane Cabral violino Renato Bandel viola Roberto Ring violoncelo
Nascido em Hamburgo e radicado em Viena, Johannes Brahms (1833-1897) foi o compositor que levou à segunda parte do século XIX as formas gestadas e criadas em sua primeira metade. Lançado na arena musical pelo amigo Robert Schumann (1810-1856), parece levar adiante o legado musical deste nas miniaturas para piano solo, bem como nas canções. Nas grandes formas, embora confessando-se intimidado pela magnitude da produção de Ludwig van Beethoven (1770-1827), acabou se tornando o herdeiro musical e continuador do autor da Nona Sinfonia.
Johannes Brahms
Dotado de um perfeccionismo que o levava a destruir, implacavelmente, as partituras que não se enquadrassem em seu elevado padrão de excelência, Brahms permitiu que chegassem à posteridade 24 peças de câmara — do Trio com piano Op. 8 (1854) às Sonatas para Clarinete Op. 120 (1894).
Ao longo desses 40 anos, consolidou uma produção que, no século XIX, é considerada como a mais importante no gênero depois de Beethoven, redefinindo seus padrões de excelência. Para os estudiosos, a música de câmara representa a essência criativa da obra de Brahms, da mesma forma que a ópera é o cerne de Verdi e Wagner. O pensamento camerístico está tão incrustrado no espírito musical de Brahms que não faltou quem chamasse as obras orquestrais do compositor de “música de câmara disfarçada”. O recado é claro: mesmo ao escrever para os espaços ampliados da orquestra, Brahms levava para lá o refinamento e o intimismo das peças de câmara. Embora sua jornada pelo universo camerístico tenha sido inaugurada com um trio para piano, violino e violoncelo, em 1854, aos 21 anos de idade, Bravai levou quase três décadas para retornar à formação. O Trio com piano n. 2 em dó menor, Op. 87, foi concluído em 1882, quando ele tinha 49 anos, e uma reputação firmemente estabelecida. Fruto de depuração e maturidade, o trio agradou tanto ao compositor que ele escreveu a seu editor, Simrock: “você nunca recebeu de mim um trio tão bonito, e muito provavelmente não publicou nada equivalente nos últimos dez anos”. Considerado hoje um dos marcos épicos não apenas da obra de Brahms, mas de toda a música de câmara, o Quinteto com piano em fá menor, Op. 34, é bem anterior ao Trio com piano n. 2. Tortuoso, seu processo criativo é um dos melhores exemplos das inúmeras revisões a que o perfeccionismo do compositor fazia suas obras-primas serem submetidas. A obra nasceu como um quinteto de cordas com dois violoncelos (mesma instrumentação do célebre Quinteto em dó menor, de Schubert), em 1861; depois de uma audição privada, contudo, críticas de dois amigos, o violinista Joseph Joachim e a pianista Clara Schumann, levaram Brahms a destruir essa versão da peça, remodelada como sonata para dois pianos, em 1863. Dois anos ainda se passaram até que, em 1865, a partitura foi publicada em sua forma definitiva: piano com quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo). Com essa formação, o quinteto entrou definitivamente para o repertório, empolgando o público pela força expressiva e beleza — e desafiando os intérpretes pela dificuldade.
PROGRAMA SÉRIE DE CÂMARA 2014
Theatro São Pedro, 9 de novembro, domingo, 11h
JOHANNES BRAHMS (1833-1897) Trio para piano nº 2 em dó maior, Op. 87
c. 30’
I. Allegro moderato II. Andante con moto III. Scherzo: Presto IV. Finale: Allegro giocoso
Solista: Paulo Gori
Quinteto para piano e cordas em fá menor, Op. 34
c. 42’
I. Allegro non troppo II. Andante, un poco adagio III. Scherzo: Allegro IV. Finale: Poco sostenuto – Allegro non troppo – Presto, non troppo
Solista: Sérgio Melardi
Antes do concerto haverá um bate-papo entre os musicistas e a jornalista Gioconda Bordon. O conteúdo editorial dos programas da Série de Câmara 2014 encontra-se disponível em nosso site uma semana antes dos respectivos concertos. Siga a Cultura Artística no Facebook facebook.com /culturartistica
Programação sujeita a alterações.
SÉRIE DE CÂMARA 2014 27 de abril Teatro Maksoud Plaza, 20h
Duo Yamamoto piano
FICHA TÉCNICA
4 de junho Teatro Maksoud Plaza, 21h
diretor artístico e regente titular
Cristian Budu piano
Luiz Fernando Malheiro
17 de agosto Teatro Maksoud Plaza, 20h
regente assistente
Ray Chen violino Riko Higuma piano
André Dos Santos assessor artístico e coordenador da academia de ópera theatro são pedro
28 de agosto Mosteiro de São Bento, 20h
Choir of Gonville & Caius College Cambridge
Paulo A. Esper gerente de produção
14 e 15 de outubro Grande Auditório do MASP, 21h
Yara Ferrauto
27 de outubro Teatro Espaço Promon, 2 h
Débora Furlan
Les Arts Florissants
assistente administrativa
Ophélie Gaillard violoncelo Anaïs Crestin piano
diretora de palco e diretora cênica residente
Malu Gurgel
9 de novembro Theatro São Pedro, 11h ESPETÁCULO GRATUITO
iluminação e sonorização
Alam Medison Almir Agustinelli João Baracho
CONCERTO BRAHMS Paulo Gori e Sérgio Melardi piano Solistas Interarte cordas
maquinistas
Carlos Eduardo da Silva Edson Amaral Marques
Trio Op. 87 e Quinteto Op. 34
27 de novembro Teatro Maksoud Plaza, 21h
camareira
Ariel Quartet
gerente administrativa
3 de julho Teatro JK Iguatemi, 21h
Eduardo Fernández violão
11 de setembro Teatro JK Iguatemi, 21h
Fabio Zanon violão
2 de outubro Teatro JK Iguatemi, 21h
Aniello Desiderio violão
Marcia Angela Faga programação e datas sujeitas a alterações .
Kazuhito Yamashita violão
patrocínio
Marineide de Lima Correia
RECITAIS DE VIOL ÃO 17 de maio Teatro Maksoud Plaza, 20h
apoio
assistentes administrativas
Maria de Fátima Oliveira Maria do Socorro Lima
realização
manutenção
Rogério Leão Cleber Lana serviços gerais
Andreza de Jesus Cruz Maria de Cillo Maria do Carmo Mendes
Ministério da
Cultura