1 workshop orgãos internos

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Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer ao Sensei Usui, por nos ter proporcionado este Caminho. Agradecer-lhe por continuar a ensinar-nos mesmo quando muitas vezes, o caminho já se encontra longe do criador. Agradecer aos Mestres Fernanda Francisco e José Fernandes, por terem dado o melhor de si e nos ter aceite como alunos. Ao João Magalhães por todo o seu trabalho pelo Reiki em Portugal, por ser nosso Mestre e principalmente por ser nosso amigo. Aos nossos alunos, que exigentes nos permitem estudar permanentemente de forma a poder acompanhar o seu percurso também. Aos nossos pacientes que ao longo destes anos já são muitos. Pacientes que confiaram em nós e que de uma forma geral deixaram um carinho muito especial no nosso coração. Ao Gomes o nosso paciente e amigo Gomes que acabou por se tornar no nosso Mestre do Amor Incondicional, que ao partir, deixou-nos a certeza que este é o caminho que queremos ara nós e para a nossa vida. Para praticar Reiki, apenas basta ter uma Mente Limpa e um Coração Predisposto. Toda esta informação, por nós transcrita e traduzida em posições terapêuticas, não devem ser tomadas como uma verdade absoluta, nem muito menos, o resultado de ensinamentos do Reiki Tradicional praticado pelos nossos principais Sensei, Mestre Mikao Usui, Dr. Chujiro Hayashi e Hawayo Takata. Este trabalho é o resultado de anos de terapias e estudo e têm revelado bons resultados na nossa prática, como terapeutas, como Sensei e como praticantes de Reiki. No Manual de “Reiki do Dr. Mikao Usui, posições e técnicas tradicionais do Usui Reiki Ryoho para a saúde e o bem-estar”, documento da autoria de Frank Arjava Petter, o autor diz-nos que “… no Japão,

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o caminho do Reiki é visto como um curso de vida, trilhado ao longo de várias décadas, até ao fim dos dias da pessoa …” Sempre foi assim que entendemos o Reiki. Seremos sempre aprendizes de Reiki, tentaremos sempre ser os melhores Shihan de acordo com os cinco princípios, honrando a nossa Linhagem. Esta primeiro momento, de um conjunto de três Workshops, vai ajuda-nos a entender melhor o estado emocional do nosso paciente e por consequência, encontrar a melhor forma de o ajudar. É um capítulo, que nos ajudará a silenciar e limpar a nossa mente tornando o nosso coração mais predisposto, um Workshop inspirado, vocacionado e dedicado ao nosso Sensei e Mestre, Dr. Chujiro Hayashi. O nosso objetivo com este trabalho, não é o de vos ajudar a construir uma posição de superioridade perante os vossos pacientes ou restantes terapeutas de Reiki, muito menos alimentar o vosso ego perante os outros. O objetivo deste trabalho é ajudar-vos a refletir nas causas que levaram os vossos pacientes a ficarem doentes. Ao reconhecer essas causas, perceberem como elas também se manifestam em vós e assim sendo, servir de instrumento de auxilio à cura dos vossos pacientes e à vossa própria cura. Ao longo destes anos, procuramos entender, como é praticado o Reiki no Japão, através do estudo dos ensinamentos dos Sensei da nossa linhagem. Acreditamos que quanto mais próximos estivermos deste entendimento, mais eficientes poderemos ser como Terapeutas e como praticantes.

“Só por hoje sou honesto em tudo aquilo que faço”. A este trabalho contínuo costumamos chamar-lhe “ Entender a pontuação do Reiki. Como no exemplo da seguinte frase;

“Não quero Reiki não faz falta na minha vida” Ao colocar a pontuação, a mesma frase fica com um sentido totalmente diferente;

“Não quero Reiki? Não, faz falta na minha vida!” É assim que acreditamos podermo-nos aproximar dos ensinamentos originais do Reiki, estudar muito e ficar sempre atento ao conceito e ao sentido que pensamos que Mikao Usui queria dar ao Reiki e à sua prática.

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Numa entrevista concedida à Associação Portuguesa de Reiki – Monte Kurama, em Janeiro de 2013, Frank Arjava Petter, afirmava que quando mais percebemos sobre aquilo que Sensei Usui ensinava, maiores serão as probabilidades da semente da iluminação entrar nos nossos corações. Praticar Reiki, não significa tratar ou curar uma dor de cabeça, se fosse só por isso, seria mais prático tomar uma aspirina. Quando se pratica Reiki, estamos a falar sobre transformação, autorrealização, tornarmo-nos unos com o Universo. Não é nossa intenção, com estes Workshops, criar mais uma nova corrente de Reiki, nem reclamar o verdadeiro saber para nós. O nosso objetivo (e porque teve tão bons resultados em nós), é partilhar com todos, a nossa experiencia numa prática num caminho que tanto amamos. Na mesma entrevista de 30 de Janeiro de 2013, perguntavam a Frank Arjava Petter, se este achava importante a evolução do Reiki através de novas técnicas e outros conhecimentos. A resposta que deu e que transcrevemos na íntegra, é partilhada por nós na sua plenitude. “ … Existem muitos “tipos” de Reiki, que eu (Arjava), não considero como sendo Reiki de forma nenhuma. Se alguém descobre uma nova técnica, ou desenvolve um novo trabalho energético, porque é que lhe vai chamar Reiki? Porque é que não lhe dão um nome diferente? Parece-me aqui haver motivações financeiras. De acordo com a minha experiencia, a evolução do Reiki acontece nas mãos do praticante. Se alguém coloca todo o seu coração no Reiki, devotando-se inteiramente à prática como se a sua vida dependesse disso, então o Reiki irá purificar o seu coração e transformá-lo. A transformação é a única mudança que vale a pena. Claro que é possível que alguém se depare com uma nova técnica que se revele útil. Neste caso, eu sugiro que a pratique sozinho, durante um ano ou dois e só depois deverá partilhar, mas comece por aplica-la nos seus amigos próximos, estes depois verão se a técnica resulta para eles e se assim for, então poderá ser útil aos outros. Mas quando esta técnica for ensinada, sugiro novamente que o professor fale aos alunos, sobre a sua origem, deixando claro que não faz parte do Reiki tradicional”: O mesmo acontece com este trabalho, com este guia como lhe gostamos de chamar. Este é o resultado de 3 anos de trabalho, que testamos e verificamos a sua eficiência, no entanto gostaríamos de deixar bem claro, que não faz parte dos ensinamentos do Reiki Tradicional, nem consta desta forma em nenhum dos seus 4 níveis ocidentais dos ensinamentos Japoneses do Usui Reiki Ryoho.

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Nota breve: Como funcionam os níveis de Reiki no Japão e qual a sua correlação no Ocidente. O Tradicional sistema Japonês de Reiki é dividido nos seguintes graus: Shoden, o sexto grau, que é o mais baixo e representa o primeiro nível do sistema de Reiki Ocidental. Okuden é o grau seguinte no ensino do Reiki no sistema tradicional Japonês, corresponde ao segundo nível no ocidente, no japão este nível está dividido em duas partes, o Okuden Zenki e o Okuden Koki, o próximo grau no Japão é o Shinpiden, alcançado por muito poucos, é também dividido em duas partes, o Shian-Kaku (professor auxiliar, mestre interior no ocidente) e o Shihan (professor, Gogukaden no Ocidente)

OS TRÊS PILARES DO REIKI Fundamental na prática do Reiki, seja ela no Oriente, seja ela no Ocidente, é praticar os três pilares de Reiki. Estes três pilares do Reiki, segundo o Mestre Usui, são a estrutura que sustenta toda uma prática de Reiki e é composta por Gassho, o primeiro pilar, Reiji-Ho e Chiryo, o segundo e terceiro pilares.

Gassho Literalmente, Gassho significa duas mãos unidas, duas mãos postas. É a uma forma de meditação que era ensinada e muito promovida por Mikao Usui. Sempre que iniciava uma formação, sempre que iniciava um encontro com os seus alunos, Mikao Usui praticava Gassho. Mikao Usui recomendava que esta meditação deveria ser praticada por um praticante de Reiki duas vezes por dia durante 20 a 30m, de manha ao levantar e à noite ao deitar. É uma meditação que se pode praticar individualmente ou em grupo. Deve estar sempre presente na preparação de praticante ou terapeuta, antes de iniciar um auto tratamento, ou um tratamento. É uma meditação simples e acessível a pessoas de todas as idades. Por norma é uma meditação muito aprazível e agradável à maioria das pessoas, mas pode dar-se o caso de provocar inquietude a alguns dos praticantes, irritabilidade ou outra forma de aborrecimento ou mal-estar. Se isto lhe acontecer, pode ser que não seja uma meditação apropriada para si no momento. O que tem que fazer é recorrer a outro tipo de meditação, que promova a sintonização energética com a energia do planeta, a sua afenização com a energia Reiki, ajude a limpar a sua mente e a colocar o

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seu coração predisposto. Deixe passar algumas semanas e tente novamente a meditação Gassho e veja como se sente. Nem todos os medicamentos têm o mesmo efeito em todos os doentes.

Como se pratica. Para praticar esta meditação, sente-se com os olhos fechados, com as mãos juntas, postas diante do peito; Concentre toda a sua atenção no ponto onde os dois dedos médios se tocam; Procure esquecer tudo o resto; Se os pensamentos surgirem na sua mente, apenas os observe e veja-os a afastarem-se; Não deve colocar nenhum objetivo nem intensão neste tipo de meditação. Não deve querer alcançar nada, não há nada a conseguir. Por isso relaxe, baixe os seus níveis energéticos, tente atingir a energia que conhece, quando está prestes a adormecer, ou quando de manha acorda e ainda não sabe muito bem onde está. Volte a sua atenção novamente para o ponto onde os seus dedos médios se tocam; Se a posição das mãos juntas no peito, com o passar do tempo, provocar-lhe desconforto físico, leveas lentamente mas unidas a descansar sobre o seu colo, continuando a meditar; Algumas sensações físicas podem surgir, tais como as mãos aquecerem muito, ou sentirem um calor que percorre a coluna. Observe essas alterações mas não se deixe influenciar por elas. Sempre que tiverem fatores que desviem a vossa atenção, voltem-se a centrar no ponto entre os dedos médios das vossas mãos; Se tiverem necessidade de mudar de posição, movimentem-se lentamente, com intensão e consciência.

Reiji-Ho Reiji significa “indicação da energia Reiki”, Ho significa “Técnica”. Reiji-Ho divide-se em três breves rituais, que são realizados antes de cada tratamento ou autotratamento. Junte as mãos diante do peito, em postura Gassho e feche os olhos; Entre em sintonia com a energia Reiki, interiormente peça que a energia Reiki flua através de si. Em pouco tempo ela se manifestará. É irrelevante a parte do corpo onde ela se manifestará.

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Se o seu nível de Reiki for superior ao nível 1 – Shoden, coloque os símbolos que conhece nas suas mãos e proteja os seus chacras; Peça mentalmente pela recuperação e/ou saúde do seu paciente, de acordo com o seu (paciente) bem supremo; Erga as suas mãos juntas ao nível da terceira visão e peça à energia Reiki que guie as suas mãos para os pontos onde a energia for necessária.

Chiryo Chiryo, significa “Tratamento”. Inicia agora o tratamento com energia Reiki da forma como lhe foi ensinado pelo seu Sensei, dando sempre espaço à sua intuição.

Origens do Reiki Nota: A Origem e o Objetivo, do Manual de Reiki do Dr. Mikao Usui do autor Frank Arjava Petter.

O Budismo esotérico tântrico chegou ao Japão no início do século IX com o monge Japonês Kukai (Kobo Daishi, 774-835) e com Saicho (Dengyo Daishi, 767-822), que estudaram na china. Kukai, foi aluno de HuiKuo (Japonês: Keika, 746-805), discípulo do monge indiano Amoghavajra, que por sua vez, foi aluno do famoso instrutor indiano Vajrabodhi. Os dois indianos viveram no Templo Tahsinashan em Ch’angan, centro atual da Associação Budista Shensi na China. Depois da morte do seu professor, Kukai voltou ao Japão e ensinou o que aprendeu na China, fundando o Budismo Shingon. Saicho, estudou no Monte Tien-Tai, na China. Ao voltar, fundou o Budismo Tendai, e sediou-se em Quioto. No Japão, estas duas escolas, são conhecidas pelo nome de Mikkyo. A energia da Deusa associada ao Budismo esotérico no Japão é Dainichi Nyorai (Mahavairocana Tathagata) Os escritos mais importantes e sagrados do Budismo Esotérico são o Dainichi Kyo (Mahavairocana Sutra) e o Kongocho Gyo (Vajrarase Khara Sutra).

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O Mantra de Dainichi Nyorai O Universo inteiro é constituído de seis elementos. Meu corpo, que é feito de seis elementos, é o corpo do Dainichi Nyorai. Estou repleto de vida plena, perfeita e ilimitada. As cinco sabedorias estão encarnadas em imensa e infinita compaixão. A imensa compaixão de Nyorai me permeia. Estou incluído na imensa compaixão de Nyorai. Sou bem-aventurado, sou bem-aventurado. (De-kaji-Empowermente and a Healing in Esoteric Buddhism, do Vem. Ryuko Oda)

Em resumo, o objetivo do budismo esotérico é Shunyata, o vazio. Este vazio não é um estado negativo de ausência, deve pelo contrário ser entendida como a transcendência da dualidade. Quando o “eu”, não se distingue mais do “outro”, a unidade do todo é restabelecida. O “eu” só existe na nossa imaginação, na nossa mente. Nós criamos o ego e o mundo com os nossos pensamentos. O nosso estado natural de ser é o vazio, não afetado pelos atributos, pelo passado e pelo futuro. Pela ligação de Mikao Usui ao Budismo Tendai, cuja origem é o Budismo esotérico, os mesmos objetivos estão naturalmente ligados ao Reiki. A procura de todos nós, não é se não a unicidade com o Universo, regressando às origens, à unidade. Este objetivo, está retratado e declamado no Sutra do Coração. (Prajnaparamita Hridayam Sutra)

O Sutra do Coração 1 – Invocação Homenagem à perfeição da sabedoria, a amável, a santa! 2 – Introdução Quando Avalokita, o Senhor santo e Bodhisattva, Praticava profundamente a perfeição da sabedoria, Ele viu claramente que os cinco agregados são vazios em sua natureza. 3 – Dialética do Vazio, Primeiro Estágio Ó Sariputra, a forma é o vazio e o vazio é a forma;

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O vazio não é diferente da forma e a forma não é diferente do vazio; Tudo que é forma é também vazio, tudo o que é vazio é também forma. O mesmo acontece com as sensações, as perceções, os impulsos e a consciência. 4 – Dialética do vazio, Segundo Estágio Ó Sariputra, todos os dharmas se caracterizam por serem vazios; Eles não nascem nem morrem, não são impuros nem puros, não são deficientes nem completos. 5 – Dialética do Vazio, Terceiro Estágio. Por isso, ó Sariputra, no vazio não há forma, sensação, perceção, impulso, consciência; Não há olho, ouvido, nariz, língua, corpo, mente; Não há formas, sons, cheiros, saberes, substancia palpáveis nem objetos da mente. Desde tudo o que pode ser percebido pelos sentidos, até o que pode ser apreendido pela mente, nada há; Não há ignorância, nem extinção da ignorância; Não há envelhecimento e morte, nem extinção do envelhecimento e da morte; Não há sofrimento nem originação (do sofrimento), nem eliminação (do sofrimento), nem caminho; Não há nada a saber, nem a obter e nada a não obter. 6 – A vivência Concreta e a Base Prática do Vazio Portanto, ó Sariputra, é por sua indiferença a todo o ganho que o Bodhisatta, entregando-se à perfeição da sabedoria, vive sem que nada lhe perturbe o espirito. Como não há nada que lhe perturbe o espirito, ele não foi feito para sentir medo, subjuga o que pode inquietar e no fim, alcança o Nirvana. 7 – O vazio Total é a Base também do Budado Todos os que manifestam como Budas nos três períodos do tempo, despertam totalmente para a iluminação correta, perfeita e suprema porque se entregam â perfeição da sabedoria. 8 – O Ensinamento Posto ao Alcance dos Não Iluminados Por isso, as pessoas devem saber que o Prajnaparamita é o grande Mantra, o Mantra do grande conhecimento, o Mantra supremo, o Mantra inigualável, na verdade, o apaziguador de todo o sofrimento. -

Pois o que poderia ser errado?

Ele diz: Ó vós que fostes, ó vós que fostes, ó vós que fostes além, que fostes todos além. Oh, que despertar! Salve! Assim termina o Coração da Sabedoria Perfeita.

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Estamos agora a iniciar o primeiro de três Workshops. Uma conversa íntima com os nossos órgãos. Este primeiro Workshop será inspirado no Mestre e Médico Dr. Chujiro Hayashi. Sensei Hayashi, era médico, Hawayo Takata sua aluna, foi quem trouxe o Reiki para o Ocidente. Pela sua Formação, Hayashi naturalmente dava muita importância aos órgãos internos e às glândulas endróquinas nos tratamentos de Reiki. Da mesma forma e naturalmente, mesmo pela sua formação o Mestre Mikao Usui era muito intuitivo na sua prática, dai se ter centrado na coluna vertebral. No Japão, o caminho do Reiki é visto como um curso de vida, trilhado ao longo de várias décadas, até ao fim dos dias de quem o pratica. No tempo de Mikao Usui, um aluno poderia levar anos para passar do primeiro para o segundo nível. A maioria nunca atingia os níveis mais elevados. No ocidente, o Reiki tomou adotou uma prática coincidente à nossa cultura e à forma de viver em alta velocidade. Por cá, quem pretender formar-se em Reiki, basta escolher um Sensei, encontrar-se com ele num fimde-semana e formasse no primeiro nível, Shoden, passados seis meses estão prontas para se formarem no segundo nível - Okuden, passados doze meses estão prontíssimos para ingressar na formação do terceiro nível – Shinpiden (3A) e finalmente passados dezoito meses, e após ter apresentado uma monografia ao Mestre que escolheu para concluir os seus estudos em Reiki, pode fazer o ultimo nível de Reiki Gogukaden o 3B. No Ocidente em 3 anos estamos “prontos” para sermos Mestres de Reiki e ensinar aos outros a arte secreta de sermos saudáveis e felizes.

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Por muito que não concordemos, por muito que justifiquemos que Reiki é Reiki, é praticamente impossível para nós praticantes de Reiki Ocidentais, estarmos de alguma forma em contacto com a energia Reiki, da forma que o nosso Mestre e os seus alunos estavam. As doze posições de Reiki que Mestre Takata nos trouxe com o ensino do Reiki, são um instrumento muito importante para todos nós, que podemos praticar diariamente com auto tratamento em casa, sem instruções nem medos de fazer alguma coisa “errada”. Estas posições abrangem todo o nosso sistema de glândulas endróquinas, bem como todos os nossos órgãos internos. Estas posições energizam o Ser Humano em vários níveis ao mesmo tempo: •

Ao nível Físico;

Ao nível Mental, pelos pensamentos ou símbolos do Reiki;

Ao nível Emocional, pelo amor que flui através desta energia;

Ao nível energético, pela presença do meu Ser Superior da pessoa iniciada, bem como pela própria natureza da energia Reiki, uma Energia do Universo.

Outra vantagem das doze posições da Mestre Takata, é que se as pessoas praticarem diariamente auto tratamento, mesmo sem trabalharem as informações que as mesmas nos trazem para o nosso desenvolvimento, mesmo sem dar atenção ao que o nosso corpo nos quer transmitir, promovem a cura e equilibram os chacras, o que por si só já promove a saúde e ajuda-nos a ser felizes. O Reiki intuitivo do nosso Mestre Mikao Usui é diferente, ele convida-nos que nos livremos das regras que foram feitas apenas para nos facilitar a vida e que hoje nos tronáramos prisioneiros das mesmas. Este guia, ao fim ao cabo, pretende que aos poucos, incentivar a quem o ler e se o mesmo lhe fizer sentido, quebre com as grilhetas e aprenda a desenvolver a intuição. É nossa intensão que ao desenvolver esta intuição, o que aqui ensinamos, possa ajudar-te a interpretar positivamente e eficazmente o que intuis.

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Reconhecemos e acreditamos, que por trás de todas as doenças esconde-se uma emoção, é fundamental que um praticante de Reiki, seja ou não terapeuta, saiba, perceba e consiga localizar os principais órgãos do nosso corpo, e como eles atuam na visão do holos, o ser humano como um todo. Físico, emocional, mental e espiritual. Este Workshop pertente ser um pequeno apontamento para que possam desenvolver e perceber melhor a vossa prática com Reiki.

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São glândulas endócrinas. Trata-se de quatro pequenos botões situados ao lado da tiroide, segregam a paratormona que regula o nível de cálcio no sangue, com efeitos sobre o aparelho locomotor e o aparelho circulatório. Do ponto de vista das tensões na consciência, as paratiroides são iguais às da tiroide. (ver tiroide)

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Situa-se na parte baixa do pescoço por debaixo da laringe (onde está o chacra da garganta). Produz a tiroxina, que tem um efeito estimulante para o metabolismo. A tiroxina facilita o consumo de oxigénio pelos tecidos do corpo. A tiroide regula a utilização do oxigénio, o metabolismo das células, o crescimento e desenvolvimento do ser humano. Tem um papel relevante no metabolismo do cálcio e no metabolismo das gorduras e dos carbo-hidratos (chama-se metabolismo ao conjunto das reações químicas através das quais o organismo assimila o que lhe é necessário e elimina aquilo de que não precisa). A tiroide acelera todos os metabolismos. Todo o funcionamento interno do corpo. É o nosso acelerador. A pessoa com hipertiroidismo (bócio) é uma pessoa que não consegue expressar-se no momento certo com a pessoa certa, no sítio certo. Não consegue confrontar o outro. Ela não consegue expressar-se quando deve e acha que o(s) outro(s) não a entende(m). Torna-se assim uma pessoa pouco direta e pouco frontal. Como não foi capaz de ser firme e direta, acha-se vítima de imposições e passa a vida a queixar-se e a refilar com todos. Sente-se frustrada na vida. Não se realiza. É uma pessoa que está permanentemente em fuga dos outros, mais especificamente em fuga do confronto direto e firme com os outros, a pessoa engana-se permanentemente a si própria.

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Está sempre a pensar em fazer qualquer coisa, é uma pessoa atarefadíssima. Não pára. Mas não tem forçosamente um sentimento de falta ou medo da falta, por isso não tem obrigatoriamente nenhum problema no fígado. É uma pessoa aceleradíssima e inquieta. Tem a sensação de ter de se despachar em tudo. Como a tiroide é o nosso acelerador, o corpo mostra-lhe a aceleração e acelera a tiroide. Quando este conflito é muito grande, pode degenerar para cancro na tiroide. Esta pessoa nunca vive no momento presente. Não vide nem consegue viver no agora. Problemas na tiroide, normalmente é um sintoma feminino. Quando a tiroide abranda em pessoas com este tipo de estados emocionais, é porque o corpo conclui que passar a vida a fugir não serve de nada e a pessoa passa para o outro extremo e torna-se apática, mas não asténica (asténica quer dizer cansaço extremo). Está na indiferença perante o mundo. Não está cansada mas indiferente. Os problemas de crescimento estão muito ligados ao sistema endócrino. Há três glândulas que participam do crescimento equilibrado da pessoa, a pituitária, a tiroide e o timo. A criança não autorizada a expressar-se, ou que percebeu que ninguém faz um esforço para a entender, desiste de si próprio, desiste de acelerar o metabolismo e trava-o, então o crescimento não se dá.

Tratamento:

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Auto-Tratamento:

O esófago constitui a terceira etapa do tubo digestivo. A faringe, etapa anterior, bifurca-se em laringe, que vai em direção aos brônquios (função respiratória) e em esófago, que leva os alimentos ao estômago. O primeiro terço do esófago está inserido no domínio do comunicacional. Tem a ver mais com que o outro disse ou fez do que com o digestivo. Os outros dois terços, já são do domínio do digestivo. Os problemas do esófago costumam ser no primeiro terço. Aqui estamos centrados nos conflitos sociais e na comunicação com o exterior.

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Nos problemas do primeiro terço do esófago, a pessoa nem sequer quer ter de digerir o problema. Por isso, nem sequer deixa entrar, “O que ele/ela me disse ficou aqui. Não deixo que vá para baixo”, “Nem sequer quero digerir isto”. No Cancro do esófago, a pessoa sente uma violência enorme no que lhe fizeram e esta tensão transforma-se literalmente num entupimento do esófago. O corpo manifesta o que a pessoa sente e por isso negasse ou recusa alimentar-se, porque se o fizer é obrigado a digerir o que para ela já se tornou muito penoso. A pessoa com cancro no esófago, emagrece muito, passa fome e acaba por morrer após muito sofrimento. A nutrição prende-se com a Mãe, vibra com a energia Ying, é muito normal que quem sofra de problemas com o esófago tenha a ver com a relação com a mãe ou com o modelo de mulher familiar. Para qualquer problema nos últimos dois terços do esófago, tem a ver com pessoas que deixam entrar em si os conflitos mas depois não consegue digeri-los, muitas vezes o próprio tem a certeza que os resolveu emocionalmente, mas de uma forma camuflada não os soube digerir.

Tratamento:

Auto-Tratamento:

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Os pulmões pertencem ao elemento metal dos cinco elementos da medicina oriental. Na respiração, tal como no coração, encontramos a máxima expressão da dualidade. Se só inspira, morre, se só expira, morre.

Precisamos dos dois atos para sobreviver, a inspiração é uma contração a expiração é uma descontração. A respiração encerra em si a polaridade do acolhimento (receber) ou do dizer não (o que é ou não bom para mim) e o de dar ou não dar. A função principal dos pulmões, é proteger-nos do exterior. Os pulmões filtram o pó, expulsão o dióxido de carbono e reagem ativamente às agressões do meio ambiente. A respiração une-nos através de uma dualidade, a respiração permite-nos a união com a vida, por isso o ato de respirar impede o isolamento do ser humano. Respiração em suma prende-se com o contato e relacionamento com os outros. Este contato com o que vem do exterior faz-se através dos alvéolos pulmonares. O contacto que temos uns com os outros pode-se fazer pela pele e é um ato voluntário, se permitimos tocar ou não, se queremos tocar ou não. Mas o contato através da respiração, já não é um contato voluntário, dá-se e pronto.

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A primeira inspiração dá a vida a última expiração solta-a. Aqui exprime-se mais uma dualidade característica do aparelho respiratório e cujas palavras-chaves são: Liberdade e aperto. Contato, libertação e comunicação. Uma pessoa com problemas respiratórios, é uma pessoa com dificuldade de se permitir viver a vida ou com dificuldade em proteger-se do exterior, ou ainda mesmo, pode-se considerar que seja uma pessoa com dificuldade em expressar-se perante a pessoa que a agride. As tensões nos pulmões estão assim ligadas à sensação de ser agredido por alguém e ao mesmo tempo, ao medo da morte. Seja ela morte de um ciclo ou a morte física propriamente dita. Pode ser apenas o medo de perder uma relação. O pulmão é regido pelos hemisférios cerebrais do córtex. Por isso o pulmão do lado direito é yang, masculino, representa o homem, o Pai, o marido. O do lado esquerdo é Yin, feminino, representa a Mãe, a mulher, tanto para canhotos como para destros. No caso de uma pneumonia por exemplo, que consiste numa inflamação do pulmão por germes infeciosos, atenção está ligada à sensação de agressão exterior grave, muito dolorosa. A pessoa sentese sem defesas, incapaz de se proteger, necessita que a protejam, não se sente capaz nem independente. No caso de um cancro do pulmão, o corpo começa por criar tumores nos alvéolos pulmonares, tornando assim o pulmão mais eficaz. De facto, um pulmão com cancro funciona com mais rendimento do que um pulmão são. A pessoa precisa de mais ar para sobreviver e o corpo concede à pessoa um pulmão mais eficaz. Aqui estamos presentes com uma tensão ligada à agressão ou ao medo da morte de um ciclo, e esse medo é enorme e a pessoa não consegue verbalizá-lo, guarda-o para si. No caso de uma Tuberculose aparece após algum problema com um pulmão. Só acontece quando a pessoa deixou de sentir a tensão de agressão que vivia na sua consciência. A Tuberculose acontece quando na recuperação já não se sente agredida, mas ainda se encontra muito fragilizada. As emoções das pessoas com Tuberculose, são solidão, melancolia, pena, tristeza. Perda de esperança, de confiança de continuar a viver. Pode ser uma manifestação, não consciente de uma tristeza de infância reprimida.

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Tratamento:

Auto-Tratamento:

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É uma glândula que se localiza na parte superior do tórax, acima e na frente do coração. Atua nos sistemas linfáticos e imunitário. Após a puberdade, a sua atividade abranda. O timo diminui com a idade. De fato o timo tem uma grande função durante o crescimento da criança como um órgão capaz de maturar certos linfócitos (espécie de pequenos leucócitos – glóbulos brancos) O timo tem um papel muito importante, numa criança até à adolescência. Ele participa no crescimento e no metabolismo, assim como na sua imunidade. Aqui habita a universidade dos glóbulos brancos. No timo está a memória do ser humano e essa memória está impregnada de experiências que a criança fez com a vida e com os pais, assim como com os modelos de homem e mulher que foi encontrando na vida.

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Os problemas no Timo prendem-se com a relação da pessoa com o mundo dos adultos, muito centrado na relação com os pais. A tensão que cria os problemas no Timo, são silenciosos e profundos, é um processo não consciente.

Tratamento:

Auto-Tratamento:

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O ritmo cardíaco é sinusoidal, e é comandado pelo sistema nervoso autónomo, ou seja é autónomo. O coração autorregula-se em função das necessidades do organismo. Mas segue o ritmo respiratório. Por sua vez o sistema respiratório é comandado pela nossa vontade, pela nossa mente. Esta dualidade, coração/respiração, é perfeitamente verificada quando nos relaxamos e acalmamos. Aqui, o ritmo respiratório abranda provocando inevitavelmente uma alteração no ritmo cardíaco. As arritmias, por exemplo, provocam uma perda de ritmo e equilíbrio da respiração, indicam uma perda do nosso próprio ritmo, de harmonia. Evidenciam uma perda da ordem interior. O coração está muito ligado à parte emocional, ele reage às emoções e não pela vontade ou pelo intelecto. Qualquer emoção, seja ela de medo, alegria ou paixão, altera o ritmo cardíaco. Podemos dizer que o Ser Humano é constituído por dois centros, o cérebro e o coração. A razão, raciocínio e o pensamento, encontram o seu lugar no Cérebro, as emoções e os sentimentos moram no coração. Expressões, como “destroçou-me o coração, ou “até parece que me saiu o coração pela boca” , ou “até parece que me arrancou o coração” ou “tenho o coração aos pulos”, são expressões elucidativas de como as emoções afetam o coração ,de que todo o ser humano tem consciência.

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Sendo o coração um órgão que se rege pelas emoções os nossos problemas tem início quando obrigamos o processo mental a intervir e a controlar as nossas emoções. As pessoas com problemas cardíacos, são pessoas que tem dificuldade em viver ou aceitar as suas emoções, ou por crenças religiosas, por medo, ou imposição social, a mente sobrepõe-se à emoção. Problemas emocionais de longa data, provocam falta de alegria, ou falsa alegria, duplo esforço ou esforço permanente, stress e irritabilidade e são excelentes ingredientes para criarem problemas de coração. Os problemas de coração revelam grande necessidade de poder. Escondem um grande ego. A função do sistema autónomo e a função do coração completam-se e vivem naturalmente em harmonia. A nossa intervenção mental só estraga esta parceria. O nosso corpo é Mestre a avisar-nos de todas as alterações prejudiciais ao nosso equilíbrio como seres holísticos, reparem que como em outros exemplos que vivemos diariamente, a batida do nosso coração não é percetível a tempo inteiro, só sentimos a batida do coração quando ele se altera sem razão, ou seja, quando a mente deixa de respeitar o corpo ou quando a mente entra em estado de alerta pela sobrevivência. Sentimentos como medo, raiva, timidez, susto, insegurança são normalmente emoções que nos fazem sentir perfeitamente a batida do coração. O coração tem dois lados. O esquerdo e o direito. É dual. E por outro lado, a sua batida é bitonal. Ou seja, ele é a expressão da vivência de cada um de nós num mundo dual, no mundo da matéria. Não é por nada que o Mestre Usui, criou ou canalizou o Reiki, e nos ensinou que o mesmo é uma filosofia de vida, é uma terapia complementar do amor incondicional. O lado esquerdo do coração é o lado feminino, Ying, e o lado direito do coração é o lado masculino, Yang. Para todos! Canhotos e destros!

Angina de Peito O território, na nossa vida de hoje é representado pelas raízes: casa, carro, família, gestão financeira da família. De uma forma geral, o meio onde uma pessoa se sente bem, como o lar, pais, filhos, local de emprego, colegas de trabalho, amigos, empregados, etc. Alguém que se intrometa no território da pessoa, sem que a pessoa o tivesse solicitado é alguém que invade o território do mesmo, é um intruso. A angina de peito é claramente um aperto do coração do ponto de vista físico e motivado por um conflito de território. A pessoa com angina de peito imediatamente, mesmo inconscientemente, entra em modo de alerta em modo de defesa, serra as suas fileiras.

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A oxigenação é insuficiente, vulgarmente trata-se de uma insuficiência coronária. Normalmente a pessoa esquece-se de si própria e focaliza-se demasiado nas guerras internas, nas guerras de território. Em função destas guerras a pessoa pode ter uma arritmia, uma angina de peito ou um enfarte.

Arritmias. Alterações do ritmo do coração. É próprio de alguém que está constantemente a querer enfrentar. Não se permite viver o seu lado Ying, o seu lado interior, a sua paz e silêncio interior.

Comunicação entre aurículas. Durante a gravidez, a subdivisão do coração entre lados esquerdo e direito não existe, porque a criança vive em total unidade com a Mãe. Só passa a existir quando a criança inspira pela primeira vez após o nascimento. É no momento da separação da Mãe biológica que a parede divisória do coração se fecha para sempre. Se uma criança tiver problemas cardíacos, motivados pela comunicação das duas aurículas do coração, então teremos que perceber o que se passou na gravidez ou na conceção, e aí é preciso olhar para a relação entre o Pai e a Mãe. Se o mesmo fenómeno, comunicação entre aurículas se dá numa fase adulta, quase certo que se trata de uma mulher, e o seu problema prende-se pela convivência entre duas mulheres, visto que a comunicação entre aurículas trata-se de um sintoma tipicamente feminino, Ying.

Enfarte. Já vimos antes que os problemas cardíacos prendem-se essencialmente com a defesa de territórios. Neles estão incluídos os conflitos de ordem sexual e a desvalorização na vida animal. O enfarte está, nos animais, ligado à defesa do território. O processo é sempre o mesmo, em primeiro lugar, marquei o território, em segundo, levei para lá alguém e agora, em terceiro lugar, há gente que quer o meu território. O exemplo do veado, no reino animal é muito interessante. O veado é um animal tipicamente territorial. Em 90% dos casos, na sociedade dos cervos, veados, gamos, renas, os velhos machos morrem de enfarte do miocárdio e em 10% dos casos, morrem de depressão.

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Os veados, como exemplo, tem o seu harém de fêmeas e território que uma vez por ano é invadido por outros machos que o desafiam na conquista do seu território e das suas fêmeas. Normalmente nestes combates a diferença de peso é o fator mais importante para que o macho dominante vença os combates e mantenha o seu reino seguro e o direito de procriar. Daí normalmente o macho dominante ser um dos mais velhos do grupo, se não o mais velho. Quando o mais velho ganha os combates, tudo fica bem, a liderança é mantida e as expetativas dos mais jovens não são as mesmas com que iam para o combate, apenas tentar destronar o macho dominante. Quando o mais velho, o macho dominante é vencido, o desequilíbrio acontece. Durante alguns anos conquistou e manteve a salvo o seu território, o esforço aplicado no combate foi muito grande, se não morrer de enfarte, dificilmente aguenta ter perdido a sua condição de macho dominante, dai deixar-se vencer pela depressão da perda. O enfarte acontece normalmente a pessoas muito territoriais, muito guerreiras, muito controladoras, muito machistas.

Tratamento:

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Auto-Tratamento:

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O fígado pertence ao elemento árvore (ou madeira) dos cinco elementos orientais. É o maior órgão interno do corpo humano e é muito polivalente. O fígado é o laboratório do ser humano. Desintoxica o organismo. Desativa e hidrolisa as toxinas ingeridas,

assim como as que estão no nosso corpo, que depois são eliminadas através da vesícula e dos rins. O Fígado tem em nós um papel de filtro. A primeira palavra-chave para perceber as tensões no fígado é discernimento. O fígado como filtro, precisa de saber distinguir o tóxico do não tóxico. O fígado também é a nossa fábrica das reservas de aminoácidos. O fígado também armazena energia. Produz glicogénio (energia, força) e armazena-o. Transforma também os hidratos de carbono ingeridos em gorduras. Produz glucose (energia) a partir dos aminoácidos e das gorduras ingeridas e segrega também a bílis, que é armazenada pela vesícula biliar. O fígado é, pois, uma fábrica de energia. E nós sabemos que qualquer pessoa, qualquer corpo com falta de energia ou de proteínas tem um problema. Por isso, ao corpo, não lhe convém que lhe falte nada para que a pessoa se mantenha com energia e vitalidade, para o bem da saúde. E aqui chegamos à segunda palavra-chave do fígado: Falta. Mais propriamente, a sensação ou o medo da falta.

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O fígado é o órgão mais Yang do corpo humano, a seguir ao pâncreas. A medicina Chinesa chama-lhe o general das armadas. Ao ser um filtro, pode-se dizer de uma forma geral que a emoção que se esconde por trás dos problemas com o fígado prende-se com as emoções relacionadas com o discernimento e medos de perda ou falta.

Tratamento:

Segundo o Mestre Usui, no Usui Reiki Ryoho Hikkei, o fígado deve ser tratado da seguinte forma: •

Área do fígado

Vértebras torácicas T8, T9, T10 (que regulam a área abdominal e os seus órgãos)

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O estômago constitui a quarta fase do tubo digestivo. Armazena a comida recém ingerida e conduze-a ao duodeno. Pertence ao elemento Terra dos cinco elementos orientais. A primeira função do estômago é servir de recipiente, poderemos dizer que o estômago representa a capacidade de acolhimento do outro.

Receber implica abnegação, passividade, entrega. O estômago é portanto um polo Ying, feminino deste ponto de vista. A segunda função do estômago é mais masculina, mais Yang. Produz ácidos que atacam, corroem e decompõem os alimentos, pois este é um órgão que se encarrega de digerir em primeira instância a matéria. Da mesma forma o estômago digere os sentimentos e as emoções da pessoa. Problemas de estômago representam em primeiro lugar uma dificuldade em se permitir sentir os sentimentos e as emoções, em segundo lugar, uma dificuldade em as digerir e resolver, seja ele um “Naco” real, seja ele um “Naco” virtual. Um doente do estômago não gosta de confrontos. A palavra Emoção vem da expressão ex-movere, que quer dizer mover para fora. O doente do estômago obriga-se a engolir a sua má disposição, a sua raiva, a engolir a bílis que produz suco gástrico em excesso. Sente então estes ácidos estomacais em forma de azia.

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Os problemas do estômago são muito Terra, têm muito a ver com a matéria e com as raízes da pessoa (trabalho, lar, mãe, local onde vive, dinheiro …) A úlcera no estômago, também está ligada às raízes, mas está exclusivamente ligada ao lar e ao casal. A pessoa não se entende com alguma pessoa com quem vive.

Tratamento:

Auto-Tratamento:

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(Cálculos) A vesicula biliar, pertence ao elemento madeira dos cinco elementos Orientais. Está diretamente ligada ao fígado, no seu funcionamento. Do fígado recolhe a bílis, armazena-a e concentra-a, depois expele-a para o duodeno.

A bílis permite a melhor digestão, sobretudo das gorduras. É um saquinho muito irrigado de nervos. A vesícula é na verdade, um interveniente que ajuda a digerir, trata-se de uma ajuda “psicológica” à digestão.

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A tensão que a pessoa com problemas de vesícula sente, são tensões relacionadas com tensões de raiva, tensões de rancor, tensões provocadas por tudo aquilo que deixou em si um gosto amargo. Problemas de vesícula revelam dificuldades em lidar com sentimentos, sobretudo em aclará-los, Qual é o meu lugar …? Estarei a ser reconhecido devidamente …? O doente tem grandes acessos de “cólera”, mas não manifesta o que sente. Como consequência, não expele a Bílis, bem pelo contrário, retém-na. O doente com problemas na vesícula é uma pessoa que se sente invadida por alguém próximo, sem conseguir manifestar-se, sem conseguir expressar o que sente. Quando sinto raiva ou agressividade, sinto que posso vir a atacar o outro. Por isto, o sistema nervoso simpático, prepara-se para o efeito, prepara-se para a luta, recorrendo à adrenalina e a energia sobe em direção ao pescoço, aos ombros, às costas e aos braços, assim, o cérebro fica muito irrigado. Pessoas que têm raivas acumuladas têm tensões crónicas nos ombros, no pescoço e nos braços. Existem três soluções para lidar com a raiva: 1. Anular-se e fingir que tudo está bem, acarinhando a ilusão de que se resolveu a causa. 2, Enveredar por um canal ainda mais Yang, exercendo comportamento desportivo do tipo de bater em sacos de boxe, desportos de contacto físico violento ou mesmo bater em alguém. 3, Enveredar por um canal Ying e chorar compulsivamente, tomando assim consciência do que se sente. Com a primeira solução, não se resolve nada e leva a pessoa a acumular uma raiva que lhe pode vir a dar problemas. A segunda solução, resolve o efeito, mas não resolve a causa e faz com que a pessoa fique cada vez mais dependente de atividades violentas, dando-lhe uma sensação ou ilusão de que resolve os problemas. A terceira solução, resolve a causa. A pessoa vaza os cartuchos de raiva que tem em si, através da constatação e da observação de si próprio e das suas emoções, tornando-se mais genuíno. A raiva está diretamente ligada aos problemas na vesícula e o fígado também fica implicado. Os sintomas físicos inerentes podem ser: Dores de cabeça; Dores de olhos;

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Ciática; Dores de pernas; Dores de ombros; Falta de Energia; Falta de Determinação; Falta de Energia Sexual Irritabilidade Impaciência e distúrbios digestivos. Os cálculos biliares, são agressividade petrificada. Acontece muito nas mães de família, pois muitas destas mulheres sentem a família como uma estrutura que as impede de dar livre curso à sua energia e à sua agressividade, mas não se autorizam a fazer nada contra estes sentimentos, apenas padecem e vivem com uma raiva que as petrifica. Os cálculos na vesícula simbolizam assim agressividade não resolvida na sua fonte, nas suas causas.

(Hepatite) A Hepatite mostra a junção das sensações de falta e discernimento, aliadas a uma grande raiva e/ou rancor. O rancor e a raiva estão ligados à vesicula e não ao fígado.

(Hepatite A) A hepatite A está ligada à alimentação, aqui não entra a raiva e o rancor. Pode ser a sensação de falta de nutrição concreta (comida), ou virtual (afetiva). É frequente em crianças com um Pai ou uma Mãe muito exigentes e incapazes de amar verdadeiramente. É frequente que a tensão esteja ligada à relação com o Pai Biológico ou com uma Mãe muito masculina no seu comportamento.

(Hepatite B) Conflito de rancores derivado de uma sensação de falta, por exemplo, pode dar-se quando uma pessoa é excluída do grupo, do clã e sente raiva por isso. Ou quando a pessoa sente a perda dos pais e não aceita o fato. Quando a pessoa sente falta do que achava merecer realmente e não aceita o fato de o não o poder ter ou usufruir, neste caso também é importante tentar perceber qual a relação com o Pai Biológico.

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(Hepatite C) Prende-se com o conflito e rancor ligado à sensação de falta ligado ao desconhecido. Aconteceu no escuro, faltam informações para que eu perceba o que aconteceu, não tenho acesso a todas as informações, em consequência: “Não sei viver assim …” “O que me vai acontecer …” Não lido bem com o que não conheço e não sei quais serão as consequências …” A Hepatite C é comum nas pessoas com toxicodependência. Na realidade, estas pessoas não vivem a realidade, fogem da realidade, vivem no desconhecido, numa dimensão diferente, à qual só tem acesso através da droga. É ou pode ser comum num jovem toxicodependente que foi expulso de casa.

Tratamento:

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Aproveitamos para relembrar que no fim de cada tratamento devemos agradecer esse momento.

Auto-Tratamento:

Aproveitamos para relembrar, que no fim de cada tratamento, devemos agradecer esse momento.

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(Diarreias e Cancro)

O intestino delgado pertence ao elemento fogo dos cinco elementos orientais. Constitui a quinta e penúltima etapa do tubo digestivo. Divide-se em Duodeno, jejuno e íleo.

O intestino delgado é auxiliado no seu trabalho digestivo pelas secreções produzidas pelo fígado (bílis) e pelo pâncreas (suco pancreático) que são injetados para o duodeno. O intestino grosso (cólon) absorve basicamente líquidos. É no intestino delgado que se faz a digestão propriamente dita. O intestino delgado divide os componentes e procede à assimilação dos nutrientes. O intestino analisa, discerne, divide, tal como todo o sistema de eliminação (transpiração, rins, intestinos). O intestino, na sua função de assimilação, representa a nutrição e por isso, a relação com a Terra e com a Mãe Biológica que a representa. No intestino delgado estão os problemas com as pessoas do lar, da família, do dinheiro do orçamento familiar ou do trabalho. As raízes. As pessoas com cancro no intestino delgado, são pessoas que não gostam de olhar de frente para os constrangimentos que têm. Têm medo de olhar. Por não olhar a pessoa perde o discernimento.

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Quem se nega a olhar, é obrigada a assimilar tudo sem distinção. Como é impossível assimilar tudo, as pessoas soltam sem digerir, sem sequer olhar para o que soltam. As pessoas com cancro, são aquelas que não são capazes de verbalizar estes medos e esta impotência para discernir. Normalmente são pessoas que têm sempre alguma coisa para dizer, para opinar, são pouco humildes, são magras, secas e algo amargas. Estão sempre em negação. As diarreias, são o resultado de angústias, de medos. No processo de diarreia a pessoa perde muitos líquidos, pode até desidratar, símbolo da inflexibilidade. O corpo, ao criar a diarreia, está a dizer-nos “Não te agarres às consequências, não tenhas medo do que possa acontecer. Não te agarres, não te apegues”. E o corpo não mente. O corpo obriga a pessoa a soltar. As tensões na consciência relativas aos problemas de intestino são menos conscientes do que as relativas aos problemas de estômago. Muitas vezes, manifestam-se por espasmos, cólicas e espasmos. Ou solto ou controlo. Há pessoas que nunca têm opinião e/ou carecem de opinião crítica, são pessoas tipo moluscos de invertebrados, sem carácter. Este tipo de pessoas podem com alguma facilidade contrair doenças no intestino delgado. Neste caso a razão encontra-se mais no pâncreas na sua função digestiva e não tanto no intestino delgado. Todas as tensões que a pessoa sente no intestino delgado prendem-se com as suas raízes e ligadas ao lar, ao cônjuge, o trabalho e ao modelo de mulher (Mãe Biológica).

Duodeno A palavra duodeno, significa “doze dedos de longitude”, o que por si só não se torna esclarecedor quanto à sua função, mas sim quanto ao tamanho. O duodeno faz parte do tubo digestivo, é a primeira parte do intestino delgado. O duodeno está fixado de um modo muito forte. Aqui chegam os canais que vêm do pâncreas e do fígado. É aqui que começa a triagem, a vigilância. O duodeno está colado à coluna dorso lombar. É neste sítio que existe o ponto de inflexão da coluna. O duodeno representa pois um ritmo. Estarei no bom ritmo? Se tudo vai depressa demais, não sei se assimilo bem!”

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Os problemas do intestino no intestino delgado prendem-se com o medo, assimilação e o discernimento, a estes três fatores junta-se a questão do ritmo.

Úlcera Gastroduodenal Este tipo de úlcera têm a ver com a relação da pessoa com os outros. Quando falamos nos outros, estamos a falar em pessoas próximas de nós, pessoas do nosso lar, o cônjuge, o trabalho e o modelo de mulher (a mãe biológica). A pessoa não consegue assimilar. O mundo exterior é demasiado grande e compacto para que a pessoa possa assimilar. A pessoa não encontra a sua identidade no seu pequeno mundo. “Não consigo lidar com tantas emoções”, a pessoa está sempre a dar voltas às coisas para ver se consegue digerir o que se passa. Em pessoas com este tipo de problemas, devemos dar atenção especial ao envolvimento da mesma tanto na sua intimidade como na sua carreira profissional. Mas principalmente prestar atenção à relação da pessoa no seu envolvimento íntimo, ao seu envolvimento na família no lar. Um bebé por exemplo, nasce com estenose hipertrófica do piloro, piloro fechado (o piloro é a válvula que regula a passagem do alimento semi-digerido do estômago para o duodeno), é um bebé que nasce sem o ritmo adequado à família para onde vem morar. A criança não consegue adaptar-se e recusa assimilar o amor, a nutrição da vida. É uma criança que sentiu falta de amor durante a o seu tempo de gravidez. É uma pessoa propensa a ter problemas de fígado, pois é no fígado que moram as tensões ligadas com a sensação de falta de alimento, de falta de amor.

Tratamento:

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Auto-Tratamento:

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Constitui a sexta e última parte do tubo digestivo. Pertence ao elemento metal dos cinco elementos orientais. Divide-se em Cólon ascendente, cólon transversal, cólon descendente, sigmoide, reto superior, reto inferior e ânus. O intestino grosso é o nível do submundo, do inconsciente, onde se dá a fermentação e a morte dos alimentos, para serem enterrados a seguir (evacuados).

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Problemas no intestino grosso, revelam o submundo da pessoa. Ao urinar a pessoa está a marcar o seu território, ao defecar a pessoa está a marcar a sua identidade.

(Ânus) O ânus é o ponto de eliminação, é o fim do terreno de despejo. Problemas no ânus, prendem-se sempre com questões relacionais com pessoas próximas, prendemse com medos, ou ainda com problemas relacionados com mulheres. (Obsesso no Ânus) Mostra raiva relativa a algo que a pessoa não deseja soltar, deixar ir.

(Dor no Ânus) Mostra culpa, desejo consciente ou inconsciente de ser castigado.

(Fistula) Agarro-me ao refugo, ao lixo do passado.

(Prurido anal ou comichão no Ânus) Remorsos, culpa em relação ao passado.

(Hemorroidas) Revelam medo no futuro, por falta de auto estima, revelam ainda perda de alegria. São normalmente pessoas sobrecarregadas, com grande tensão com prazos a cumprir no que diz respeito a projetos materiais. Pensam muito nas consequências se os objetivos correm mal, pode ainda estar ligado a questões materiais que têm com o cônjuge.

(Cólicas Intestinais) Prendem-se com as suas raízes e particularmente com o lar, o cônjuge, o trabalho e o modelo de mulher (Mãe Biológica).

(Cólon) Estamos no caixote do lixo. É o cólon que permite que o organismo não se obstrua, nem se intoxique com aquilo de que não precisa.

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(Obstipação – prisão de ventre) É o resultado de não querer dar, de não querer oferecer, a pessoa agarra-se ao que tem. É característico das pessoas agarradas aos bens materiais. São pessoas que olham em demasia para o seu umbigo.

(Cólon Ascendente) Aqui dá-se a fermentação. Quando duvidamos do nosso discernimento sobre o soltar ou reter, pode sofrer de flatulência e de dores. Pessoas com problemas no Cólon Ascendente, podem ter problemas com o Pai ou com o modelo de Homem. Pode ser um sócio, um chefe, um namorado, enfim um modelo de comportamento masculino. O ânus e as restantes partes do cólon, refletem ou mostram tensões femininas, ao passo que o cólon ascendente, revela tensões masculinas.

(Cólon Descendente) Prende-se com a relação com a Mãe, ou seja o modelo feminino, o comportamento mais ying. Revela apegos aos temas ligados às raízes. Dinheiro, objetos de família, casa … A pessoa está passiva perante o que lhe fizeram. Está demasiado Ying.

(Cólon Transversal) Uma ponte entre o ascendente e o descendente.

(Disenteria) Pessoa que sacrifica a sua própria vida, entregando-se ao outro, “lambe cús”, padrão de pensamento de quem pretende ganhar os favores de outrem…

(Reto inferior – incontinência) Tem a ver com o domínio do esfíncter. E o esfíncter é uma fronteira. Aqui, os conflitos são vividos de um modo feminino, mas devido a uma característica específica. É importante perceber que a tensão é ying, feminina, mas motivada pela ausência de marcação das fronteiras do Pai. Ou seja, se a atitude do Pai foi demasiado flexível, a pessoa não conhece os seus limites, torna-se demasiado passiva, tem um comportamento demasiado feminino, falta-lhe a influência do Alfa (da alcateia), e nesta situação pode ter incontinência.

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Se esta tensão for enorme e a pessoa não a conseguir verbalizar, poderá criar cancro. A pessoa mantem-se sempre num estado demasiadamente Ying. Esta é uma consequência que tem a sua origem no inconsciente coletivo, no inconsciente ancestral . Na pré-história, o homem impunha os limites à mulher, dominava pela força o lado feminino, e assumia uma posição na cadeia do grupo Yang, assumindo um lugar de força, mais ou menos submisso. A incontinência dá-se nos idosos por senilidade, por perda do controlo do seu lado masculino, do seu lado yang, pode dar-se também em alguns homens ou mulheres homossexuais, não pelo lado sexual, mas pelo seu lado submisso. A incontinência também, ocasionalmente, pode ocorrer pela pressão de um grande medo. Perante um grande medo a pessoa pode sentir que o outro pode vir ataca-lo, por isso o sistema nervoso simpático prepara-se para a fuga. Ao contrário da Raiva que prepara o corpo para a luta, a energia do medo desce aos membros inferiores e prepara o corpo para a fuga, as pernas preparam-se para correr e pelo facto da possível necessidade de correr muito, faz com que a pessoa esvazie os sacos da urina e das fezes. É assim que o medo, pode provocar na pessoa uma incontinência urinária ou intestinal.

(reto superior) Situa-se logo a seguir ao sigmoide. Prende-se com a tomada de decisões. “Evacuo ou não evacuo? solto ou não solto?” Estamos a falar nesta fase em tomada de decisões terminais, pois estamos no fim do intestino, na ultima parte do sistema digestivo. Problemas com prazos a cumprir e/ou problemas com tomadas de decisões cujas consequências podem ser graves. A pessoa tem que tomar decisões, mas não se sente à vontade para o fazer, porque não consegue avaliar as consequências das suas decisões. Exemplos: O aluno que vai para um exame e acha não estar preparado… A pessoa que ocupa um cargo de chefia e não se sente com estrutura emocional para o fazer, não consegue tomar decisões sozinho. Quando origina cancro, significa que a pessoa vive numa grande tensão de indecisão e de apego.

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Tratamento:

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Auto-Tratamento:

Relembramos a importância de agradecer o tratamento que terminamos de fazer, e mais uma vez que seja para o nosso bem superior.

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É um gânglio linfoide. É da mesma família que a amígdala. Serve de sentinela, tal como a amígdala. Apesar de no intestino delgado não haver bactérias, o intestino grosso tem. Desta forma o apêndice impede que estas subam a corrente do intestino grosso, impedindo que entrem no íleo, que é a última parte do intestino delgado.

Uma apendicite, constitui um conflito de rancor e de contrariedade que a pessoa guarda ou guardou para si. É a consequência emocional, resultante da violação de algo muito íntimo. Pode ser por exemplo uma relação sexual que a pessoa culpabiliza. Ou outro exemplo do género, não necessariamente do foro sexual, mas sempre em relação a pessoas muito próximas.

Tratamento:

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Auto-Tratamento

Se para além de aceitação e limpeza, a pessoa precisa de alterar algum padrão de atuação (Passos).

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A meditação sobre o problema ajuda muito, na eficiência do tratamento.

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O baço, pertence, tal como o pâncreas, ao elemento terra dos cinco elementos orientais. A raiz etimológica do baço quer dizer escuro, acastanhado. E o nome do baço foi-lhe dado, precisamente pelo seu lado escuro, acastanhado. Tal como pâncreas é um órgão trabalhador e muito atarefado. É um regulador do sangue, forma equipa com o pâncreas. É um órgão linfático que filtra o sangue, colabora com o fígado na formação da bílis e produz glóbulos brancos (função imunológica). O pâncreas seu primo, é um órgão muito mais yang, muito mais masculino, mais intenso do que o baço, órgão mais ying, mais feminino. O Baço regula a menstruação da Mulher e participa no bom funcionamento dos órgãos genitais femininos. O Cancro no baço é uma doença muito mais frequente nas mulheres do que nos Homens. O cancro no Baço é mais feminino, o cancro no pâncreas é mais masculino. Problemas no Baço, mostram-nos que a pessoa dá pouco espaço na sua vida para o divertimento, o lazer e o prazer. O dever e o profissional (mesmo que o profissional seja ser dona ou dono de casa), representam o que para a pessoa é realmente importante. A vida necessita de alegria e a pessoa com problemas no baço anula-se.

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Pessoas com problemas no Baço tem uma atitude demasiado feminina, demasiado passiva. Este tipo de pessoa vive intensamente o passado por não saber lidar com o presente, vive sobe a pressão do medo. Normalmente é uma pessoa demasiadamente reguladora, normativa, rígida, radical, obsessiva com o dever, não cuida de si, nem da sua autoestima. Mulheres com cancro no baço, são normalmente mulheres que vivem pouco a sua feminilidade e concentram-se tal como um homem, nas regras do dia-a-dia que se lhe impõem. Normalmente estas mulheres, quando são casadas, atraem para si um homem que adora viver em festa e normalmente vive em festa., quer a mulher esteja presente, quer a mulher não esteja presente.

Tratamento:

Auto-Tratamento:

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Localizam-se sobre os rins, são glândulas endócrinas. As glândulas supra-renais segregam a adrenalina, que influencia o organismo quanto à forma como este consome a energia para uso imediato. A adrenalina eleva os ritmos cardíaco e respiratório. As

supra-renais,

segregam

também

hormonas

essenciais ao metabolismo, bem como as hormonas sexuais. Estas glândulas estão ligadas diretamente à energia da pessoa.

Quem tem problemas de hipoatividade nas supra-renais, tem sintomas como o cansaço, falta de energia e falta de líbido.

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É uma pessoa que anda com a sensação de estar perdida, desorientada e longe dos seus, da sua alcateia. É normalmente uma pessoa com muitos medos, não se entrega e é demasiadamente controladora. O seu comportamento é normalmente muito Yang. Quando se perde o sentido de Alcateia, a pessoa necessita de encontrar outra alcateia, quando o consegue, normalmente deixará de ter problemas nas suprareenais. Mais do que o exemplo da alcateia a pessoa com problemas nas suprarrenais pode ter como exemplo o rebanho de ovelhas ou ainda dos salmões, supomos que com estes exemplos, fica melhor esclarecido o procedimento deste tipo de pessoa, se não vejamos. No clã dos lobos, cada lobo, na alcateia não é essencial. Um lobo que sai do grupo não está em perigo. Mas, no rebanho quando uma ovelha se extravia ou sai do grupo, existe um enorme perigo para ela. As ovelhas dependem do rebanho para sobreviver. O rebanho não ataca um Lobo, um rebanho apenas se une. Um predador não consegue atacar um grupo, tende a separar o elemento mais fraco, mais débil, mais jovem ou mais velho, para que a caçada tenha sucesso com o dispêndio de menor energia possível. A ovelha que se perde ou é separada do grupo, transforma-se em presa. Para a ovelha separada do grupo a única direção válida é a direção de volta ao grupo, ao Rebanho. Por isso a ovelha perdida não se mexe, a ovelha perdida tem que se centrar, em consequência o seu cérebro tem que criar um mecanismo para se acalmar. Então o que o sistema nervoso faz é agir sobre as supra-renais, acalma-as, o corpo esvazia as supra-renais literalmente. O efeito que produz sobre a ovelha é de ela ficar de rastos., fica estafada e deita-se imóvel. Quando se vê uma ovelha neste estado, é porque está perdida. Ela espera que o rebanho apareça novamente. Quando o rebanho reaparece, as supra-renais voltam a funcionar a toda velocidade, para que ela se possa reerguer e possa correr de volta ao grupo. As supra-renais de um animal em stress são muito mais ativas. Palavras chave para os problemas de hipóatividade das supra-renais são: Perdido do grupo, perdido da família, do clã e cheio de medo. Sintomas chave são: Muito cansaço, falta de vitalidade. Agora o exemplo do Salmão. O salmão volta à nascente para desovar por volta do mês de Setembro. O caminho é duro e tem os ursos à espreita a fazer uma enorme carnificina.

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Os saltos que os salmões dão para ultrapassarem as barreiras são verdadeiramente extraordinários. Imaginem que num destes saltos o salmão consegue ultrapassar o obstáculo, mas sai do rio e cai na margem. O risco de vida é muito grande. Imediatamente o salmão bloqueia todos os líquidos dos rins (retenção de líquidos), para guardar a maior reserva de águas possível, à espera que uma onda ou uma vaga de água o devolva ao leito do rio. Ao fazê-lo bloqueia também as glândulas supra-renais (associadas aos rins), para evitar a produção de cortisona e entrar em astenia (cansaço extremo) para não se mexer e não chamar a atenção ao urso. Os problemas de hiperatividade das supra-renais (doença ou síndrome de Cushing) são também provocados por medos. Neste caso, por medos excessivos por coisas que ainda não aconteceram e que a pessoa receia que venham a acontecer.

Tratamento:

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Auto-Tratamento:

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O Pâncreas é uma glândula com duas funções. Tem uma função exócrina, pela secreção externa do suco pancreático que é enviado para o duodeno. É uma função digestiva. Digere as gorduras. E tem uma função endócrina, pela secreção interna da insulina que atua na absorção do açúcar pelas células do corpo e que regula os níveis de açúcar do sangue. Sendo assim e na sua função de regulador do sangue, o pâncreas é uma glândula endócrina e faz parte do sistema endócrino.

O Seu lado exócrino não tem que influenciar o lado endócrino forçosamente. O pâncreas é um órgão muito trabalhador e atarefado. É o órgão mais Yang, o órgão mais masculino do corpo humano. Faz parelha com o Baço que é sem dúvida o órgão mais feminino do corpo Humano. Na medicina chinesa chama-se-lhes o baço-pâncreas. Ambos pertencem ao elemento terra dos cinco elementos orientais. Pâncreas quer dizer literalmente, “feito de Carne”. “Pan”, significa o todo, o Universo, “Crea”, significa carne.

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Aqui projeta-se tudo o que diz respeito ao valor da alma. A carne desaparece mas a alma perdura. Aqui manifesta-se muito a relação com a força do Universo, ou seja com o Pai biológico, ou com o marido, ou com o modelo do homem que a pessoa tem ou teve na sua vida. Uma escalada de sintomas físicos, terminam normalmente com sintomas no pâncreas.

Pâncreas – Glândula endócrina (Diabetes) A pessoa, antes de ter sintomas de diabetes, tem uma sensação de não poder fazer reservas de açúcar, em tempos aos diabetes chamava-se “diarreia de açúcar”, que no fundo quer dizer “diarreia de amor”. Ao diabético, o açúcar escapa-se pela urina. O diabético é incapaz de assimilar e armazenar açúcar nas suas próprias células, o corpo do diabético, está a tentar dizer-lhe que este se priva de amor. A palavra diabetes, deriva do grego e significa, atirar ou passar através de algo. O pâncreas segrega um açúcar de teor muito alcalino, por isso a diabetes provoca hiperacidulação do corpo, a pessoa com diabetes, fica avinagrada, ácida, agressiva. Mais uma vez o corpo tenta dizer à pessoa, que quem não ama, ou quem não se ama, torna-se azedo. Aquele que não se sabe divertir, torna-se insuportável. Tentamos agora explicar a causa/efeito, com um exemplo animal. Quando um animal morre, o cheiro da decomposição é um cheiro nauseabundo, o animal que fica, compreende que o cheiro é mau e apresenta-se como uma ameaça, não fica por perto, vai-se embora. É assim que a natureza faz, para que por instinto o animal de afaste da morte e pelo facto de se afastar aumenta as suas possibilidades de sobreviver. A imagem da diabetes é a do animal que fica perto do que é nauseabundo e não vai embora. E porque ficaria um animal perto de outro que morreu? Acontece no reino animal no caso de uma cria cuja mãe morreu. Neste caso a cria não sabe para onde ir e permanece ao pé do cadáver nauseabundo, e “cria diabetes”. Na diabetes, a tensão da pessoa traduz-se por: “não consigo opor-me ao destino. E não recebo a minha quantidade correta de açúcar (de amor, de afeto). Gostaria de sair disto porque me repugna, mas não consigo”. Assim da palavra chave AMOR, chegámos a outra NOJO (repugnância). Aqui a tensão prende-se com: “Deve ser meu dever ficar ao pé de uma pessoa que cheira a cadáver”.

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A pessoa fica perto de alguém que lhe mete nojo. E fica. E procura resistir. Já vimos que pâncreas, vem do Grego e que “PAN” significa o todo, o Universo e que CRIA, significa carne. A pessoa com diabetes, revolta-se contra o Universo, as que tem a sua crença numa religião, revoltamse com o seu Deus criador, Ora quem representa esta força divina, com a força do Universo é precisamente o Pai biológico. A pessoa que mete nojo ao doente de diabetes é o seu Pai, ou o seu marido, ou o seu modelo de Homem. É muito importante perceber, na relação do seu paciente, a relação da pessoa com o seu Pai que a repugnou, que lhe meteu nojo, e que na perspetiva da mesma nunca lhe deu o amor, o carinho e o açúcar que precisava. Aqui é muito importante tentar fazer com que a pessoa com problemas de diabetes trabalhe a aceitação e o amor por si própria e pelo outro. O pâncreas temporiza a nossa glicemia. Põe em reserva o nosso açúcar, para quando dele mais precisarmos. A secreção interna da insulina atua na absorção do açúcar pelas células do corpo. É a insulina que põe o açúcar de reserva. À falta de insulina, o açúcar do sangue não é adequadamente consumido pelas células, acumulandose de modo irregular. É este acumular que caracteriza os diabetes. O tratamento médico da diabetes consiste em injetar insulina no corpo da pessoa. Já vimos que o açúcar do diabético é expelido pela urina, o que o impede de ter uma taxa de açúcar suficiente no sangue. O diabético come muito, bebe muito e mesmo assim emagrece. Ele pode ter crises de hiperglicemia ou de hipoglicemia. “Tenho que virar esta página”, e a pessoa resiste e entra em hiperglicemia, tem tendência para comer muitos doces e muitos açúcares . Quando o seu cérebro lhe diz “Baixa a resistência”, a pessoa entra em hipoglicemia. O cérebro da pessoa com problemas de diabetes faz as duas situações em alternância. Ou resiste ou baixa a resistência, dai a pessoa ter hiperglicemia e no momento seguinte poder estar em hipoglicémia. O diabético tem disfunções cerebrais e grandes perdas de contacto com a realidade. Quando a glicemia está equilibrada, o diabético permanece perfeitamente funcional.

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Pâncreas – Glândula endócrina (hiperglicemia) A pessoa com hiperglicemia tem demasiado açúcar no sangue. Na sua vida e muito provavelmente na sua educação, a pessoa sente e sentiu pouca doçura. É provável que tenha um Pai que lhe dá ou que lhe deu pouca doçura. A pessoa está consciente ou inconscientemente, a destruir progressivamente as suas crenças afetivas, e procura compensar esta falta de doçura, falta de amor no apoio da Mãe, que neste caso não é representado no papel da Mãe biológica, mas é representado pelo alimento. Come doces, come muito, engorda e aumenta de peso.

Pâncreas – Glândula endócrina (hipoglicemia) A pessoa com hipoglicemia tem falta de açúcar no sangue. Aqui estamos perante o fenómeno oposto ao da hiperglicemia, a pessoa tem o sentimento oposto ao da pessoa diabética. Neste caso a pessoa não se sente merecedora da doçura, do carinho, do amor. Anda numa procura incessante das normas que não teve. Neste caso, o Pai foi basicamente inexistente na sua função de Pai. O Pai era mole. Pode ter a ver com a família e/ou com o padrão dos homens do Clã. Estas pessoas são normalmente pessoas com um tipo de corpo muito seco, com muitas arestas, pouco redondo, pouco doce, são pessoas áridas.

Pâncreas – Glândula Exócrina (cancro do pâncreas e pancreatite) O cancro no pâncreas está ligado à função exócrina. As pessoas com problemas na função digestiva do pâncreas são pessoas com pouco espaço para o divertimento e o prazer. O dever e o profissionalismo são o que importa. A vida carece de alegria. A influência do Pai Biológico existe, como nos casos anteriores, mas sobretudo, quanto às crenças e quanto aos valores a seguir. São normalmente pessoas muito regradas, sérias e chatas. Este tipo de pessoas fazem uma grande manutenção do passado, mas fazem-no apenas por não saber lidar com o presente. O cancro no pâncreas mostra-nos que a pessoa sente que tem que digerir até ao mais profundo que conseguir o que lhe aconteceu. Para a pessoa com cancro no pâncreas, a infâmia foi fortíssima.

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O conflito na sua consciência é o de sentimento de uma grande injustiça. O que lhe fizeram foi uma profunda injustiça. E foi injusto sobretudo porque foram infringidas as regras, as tais regras que a pessoa tanto gosta. A pessoa com cancro no pâncreas sente uma grande raiva que decidiu reprimir, sente dúvida, confusão, incapacidade de ser feliz e não consegue verbalizar nada do que sente. Guarda tudo para si. Analisa-se agora as diferenças entre os diferentes problemas do pâncreas. •A pessoa com hiperglicemia e a pessoa com diabetes, sentem que não recebem amor, que foram mal-amadas; •A pessoa com hipoglicemia, sente que não é merecedora do amor dos outros; •A pessoa com cancro é uma pessoa muito séria, muito chata, muito agarrada às regras, que acha que foi alvo de injustiças.

Pancreatite A pancreatite é uma inflamação do pâncreas na sua função digestiva. Por vezes, é observada em pessoas com HIV, devido aos medicamentos que tomam. A pancreatite é mais comum nas pessoas que ingerem demasiado álcool. Os sintomas incluem enjoo e dor. Fica aqui em questão a capacidade digestiva do pâncreas, que deixa de trabalhar adequadamente, a comida não é digerida adequadamente, o que pode causar perda de peso, gorduras não digeridas e diarreia. Este tipo de problemas refletem uma pessoa que detesta a sua vida, que a considera aborrecida e que procura resolver os problemas que sente através do alcoolismo.

Tratamento:

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Neste tipo de problemas, o tratamento deve ser completo. Será uma enorme ajuda para o paciente, que perceba a origem dos seus problemas, que os aceite e trabalhe na alteração dos seus padrões comportamentais.

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Auto-Tratamento:

Neste tipo de problemas, o auto-tratamento deve ser completo. Será uma enorme ajuda para o praticante, perceber a origem dos seus problemas, que os aceite e trabalhe na alteração dos seus padrões comportamentais.

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Todas as substâncias que entram no corpo humano, passam pelo sangue. Os Rins são um filtro, precisam de saber distinguir o que tem que guardar para o organismo e o que têm que eliminar. Os Rins têm a função de peneira, uma das primeiras coisas que os rins filtram, é a albumina.

A segunda operação de filtragem dos rins, tem por objetivo, reter os sais vitais para o corpo, os sais que permitem o equilíbrio entre ácidos (yang) e alcalinos (yin) no corpo (ph do sangue) e expulsar a urina para a bexiga. A função dos rins é de filtrar o sangue, removendo quantidades variáveis de águas e substancias orgânicas e inorgânicas. Assim os rins mantém o equilíbrio da composição e do volume de líquidos no corpo. Os rins produzem a hormona eritropoietina, que estimula a medula óssea para aumentar a produção de glóbulos vermelhos. No rim reside o equilíbrio entre as necessidades vitais e a necessidade de explorar o Mundo, é também no rins que a necessidade de estruturar e equilibrar os constrangimentos é processada. O sistema urinário, evacua as águas residuais, o intestino grosso evacua a matéria orgânica. As águas residuais do corpo estão ligadas intimamente às memórias ancestrais. Fecundidade, parto, memória do clã. Ou seja, as memórias antigas, as memórias de outras existências da pessoa.

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É muito importante, diria mesmo indispensável à pessoa com problemas nos rins, conhecer o padrão de pensamento o padrão de atuação da sua família, dos seus Pais, dos Pais dos seus Pais e dos avós dos seus Pais. É muito importante perceber, ou tentar perceber, o padrão de pensamento do Clã de ambas as proveniências, Pai/Mãe, Yang/Yin, Rim direito/Rim esquerdo. Dentro deste estudo, deve dar especial atenção ao que se passou com a vida do seu bisavó paterno. Tentar perceber, como ele pensava, quais eram as suas paranoias, a sua exigência consigo próprio e com os outros, qual era o grão de tolerância e rigor para com ele e dele para com os outros. Tentar perceber quanto perfecionista ele era. É fundamental que uma pessoa com problemas nos rins, se autorize, se permita a rasgar com os antigos padrões e se recuse manter as ideias, as paranoias, o rigor, para o qual não se sente identificada e que lhe é transmitida, muitas vezes inconscientemente, por toda a sua linhagem, pelos seus descendentes. Este tipo de trabalho, é muito difícil e complexo para um doente de rim ou rins. Para um doente de rins, é terrível sentir-se encurralado, sem saída, ter a sensação que as suas crenças se desmoronam. Tem um profundo medo de mudanças. Nos quistos, no cancro dos rins e nos cálculos, a lateralização é importante, mas não obvia. Rim esquerdo, ligado ao Yin (feminino), rim direito, ligado ao yang (masculino). No caso da insuficiência renal, a polaridade yang/yin, não existe.

Cálculos nos Rins Surgem pela cristalização de sustâncias da urina, como ácido úrico, fosfatos e os oxalatos de cálcio. Ingerir poucos líquidos também pode influenciar na cristalização dos cálculos. A tentativa de expulsão dos cálculos pelo corpo, causa dores enormes, quase comparadas por alguns às dores do parto., estes cálculos, estas pedras, são compostas de substancias que deveriam ter sido eliminadas e não foram. Isto significa que a pessoa, agarra-se a um certo número de temas da sua vida, que o magoam e que á muito tempo deveria ter deixado de lado, pois não são boas para ele. A pessoa insiste em ficar agarrada a crenças antigas, que não funcionam nem fazem sentido para ele, no que diz respeito à forma com que esta se relaciona com os outros, esta teimosia, causa-lhe uma profunda dor.

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O Cálculo Renal é próprio de um comportamento Yang (masculino), um cálculo biliar (vesícula), já é mais próprio de um comportamento Yin (feminino). A polaridade Yin/Yang interessa quando falamos de sintomas como, quistos, cancros, cálculos. Mas o seu interesse não é tão óbvio como na maioria dos outros órgãos.

Rim Direito (Yang) Denotam problemas relacionados com o/a parceira, porque a pessoa com problemas de rim direito, tem uma atitude demasiada Yang (masculina), provavelmente adotada do seu modelo masculino do seu Clã (Pai Biológico/Avô), modelo este que não funciona para ele, mas que a pessoa não abdica.

Rim Esquerdo (Yin) Denotam problemas relacionados com o/a parceira, porque a pessoa com problemas de rim esquerdo, tem uma atitude demasiada Yin (feminina), provavelmente adotada do seu modelo feminino do seu Clã (Mãe Biológico/Avó), modelo este que não funciona para ele, mas que a pessoa não abdica.

Cancros e Quistos As palavras-chaves para uma pessoa que desenvolve um cancro no rim são, desmoronamento e medo enorme. De um ponto de vista biológico, o corpo é composto por 70 % de água, uma pessoa que contrai cancro nos rins, é uma pessoa que tem um enorme conflito com os líquidos, uma pessoa que é incapaz de verbalizar os seus grandes medos, tenham eles vindo com problemas ligados aos líquidos (medo de se afogar), tenham eles a ver com a neve (avalanche). A pessoa sente tanto medo, que é como se fosse perder toda a sua água que lhe é essencialmente vital para a sua sobrevivência. É assim que a pessoa bloqueia toda a saída de águas do seu organismo (retensão de líquidos). Quando se consegue libertar de toda a tensão e de todo o medo que tem, forma-se então um quisto renal. Na tentativa do corpo voltar ao equilíbrio, no que diz respeito à libertação dos líquidos, o corpo produz mais líquidos, criando um caudal maior de urina. É assim que se formam os quistos e os cancros nos rins. Um cancro no rim tem a sua origem num medo atroz.

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Em qualquer cancro, o órgão atingido por este, torna-se mais produtivo. No caso dos rins, este produzem mais hormonas eritropoietina, estimulando a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos, chegando estes a níveis muito elevados. Tal como o insuficiente renal, a pessoa com cancro no rim, também tem hematúria (sangue na urina) O cancro nos rins dá com dores nas costas e febre, ao contrário a insuficiência renal não dá dores. A tensão emocional ligada a este tipo de problemáticas é a emoção ligada a um medo atroz, que por sua vez provoca uma sensação de desmoronamento da vida da pessoa. Quanto maior for este tipo de conflitos, maior é a probabilidade do quisto ser ou tornar-se em cancro

Relacionamento. Um individuo equilibrado, consegue fundir em harmonia o seu lado Yin e o seu lado Yang. Torna-se uno, embora o seu corpo mantenha o seu sexo. O individuo equilibrado, deixa de facto de dar importância a qual o seu lado Yin ou Yang se faz sentir mais. Ele sabe da importância dos dois para o seu equilíbrio holístico, para o seu equilíbrio físico, emocional e espiritual. Na sociedade onde fomos criados e educados, ainda hoje e da forma como as crianças estão a ser educadas, fugimos deste equilíbrio e somos treinados para esconder o oposto do sexo com que nascemos. No caso dos homens são treinados para esconder o seu lado Yin (feminino), no caso das mulheres, são treinadas para esconder o seu lado masculino (Yang). Com este tipo de educação castradora é fundamental que a pessoa tome consciência do seu lado escondido, do seu lado sombra. Quando assumimos uma relação a dois, é porque procuramos no parceiro, a representação do polo oposto e que afinal já se encontra em nós. maligno. Esta procura é a mesma em casais homossexuais. O sentimo-nos atraídos pelo sexo oposto é normal, pois é aquilo que nos falta. Num casal homossexual, não é pelo polo oposto físico que é feita esta escolha, mas mantém-se o motivo da atração pelo oposto como veremos mais à frente. Assim sendo, temos que a Mulher toma consciência da sua parte masculina quando o projeta sobre um Homem e o Homem toma consciência da sua parte feminina quando a projeta sobre a mulher.

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Num casal Homossexual, acontece o mesmo, ainda que as pessoas sejam do mesmo sexo. Quando reconhecemos no outro, características do nosso lado sombra, apaixonamo-nos. Mas de fato não estou só a apaixonar-me pela pessoa, estou também a apaixonar-me pela minha parte sombra, no caso do Homem pelo seu lado Yin, no caso da Mulher pelo seu lado Yang. Sego então à conclusão que o que amamos, ou abominamos no outro, sejam eles paceiros amorosos, amigos, família ou desconhecidos, temos também em nós. Odiamos o outro, quando ele nos mostra um aspeto igual ao que tenho e o reconheço no meu lado sombra, mas sendo tão profundo o não conseguimos ou não queremos ver. Por isso, podemos concluir, que todos os problemas que temos com os outros, são ao fim e ao cabo, problemas que temos connosco. Significa, que ao reconhecermos o nosso lado sombra, estamos a resolver um problema intimo e individual, assim como estamos a resolver um problema com o outro e ainda e em simultâneo a promover a nossa saúde. Numa vivencia amorosa, ou mesmo na vivencia de uma amizade, quando as pessoas são muito diferentes uma da outra, promovem um maior crescimento, durante o período desse relacionamento, quando são muito semelhantes, tem uma relação mais suave, mais confortável e pacifica, mas o crescimento é menor, torna-se num curto espaço de tempo uma relação monótona. Os dois acham-se maravilhosos mutuamente, projetam a sombra comum sobre todos os que os envolvem. A projeção da minha sombra no outro e a projeção da sombra do outro em mim, tem algo de misterioso e de fabuloso, mas também tem momentos muito difíceis. O casal torna-se perfeito, os amigos tornam-se perfeitos, quando nenhum dos dois precisa do outro. Ai a relação amorosa ou de amizade, torna-se pura para sempre, há a aceitação total um do outro, já nada os repele nem atraí no outro. Quando os dois são dependentes um do outro, a relação torna-se doentia e faz com que a separação seja bastante dolorosa. Quando apenas um dos dois se torna independente do outro, o outro fica com o coração destroçado. Parece-lhe que lhe arrancaram uma parte de si próprio, pois ele ainda consegui de deixar de projetar a sua sombra no outro. A pessoa sente-se só, tem a sensação de vazio. Sente que tudo o que tem que ver com a estruturação da relação cai na sua cabeça, cai-lhe em cima, no sentido próprio e figurativo, …”a vida é muito dura!

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Estraguei os melhores anos da minha vida com esta relação …” a pessoa tem a sensação que já não consegue enfrentar a vida. O Homem com problemas de rins (glomerulonefrite, insuficiência renal, doença de Berger), para além de sentir que a sua vida se desmoronou, ainda põe a culpa desta situação na Mulher, nesta situação, não vai conseguir olhar para o seu lado sombra, continua a projetar e não consegue viver na aceitação da sua parte feminina. A Mulher com problemas de rins (glomerulonefrite, insuficiência renal, doença de Berger), para além de sentir que a sua vida se desmoronou, ainda põe a culpa desta situação no Homem, nesta situação, não vai conseguir olhar para o seu lado sombra, continua a projetar e não consegue viver na aceitação da sua parte masculina. Ao não conseguirem discernir o que devem aceitar na relação com o outro entre casal, entre namorados ou entre mesmo amizades, a função de filtragem dos rins, vai ser alterada. Os Rins acabam por deixar passar substancias, vitais e retém as substancias tóxicas. A pessoa perde o discernimento e em vez de crescer e resolver os seus problemas, prefere culpar o outro. O doente de rins, tem de fato problemas crónicos com o parceiro, seja ele cônjuge, namorado ou amigo, a quem culpa sempre da sua má sorte. O doente renal, para além de não conseguir deixar de culpar o parceiro, não consegue falar sobre o assunto com voz firme e clara, com discernimento, no local certo, na hora certa. Tem uma enorme dificuldade, em confrontar a pessoa com quem tem problemas e lhe provoca malestar, embora esteja plenamente convencido do contrário. Para agravar ainda mais a situação, tem enorme desconforto, com a palavra “Não”, nunca consegue ou quase nunca consegue, dize-la, no entanto, não admite a sua dificuldade, muito pelo contrario, está convencido de que é perfeitamente capaz de o fazer, e que o faz sempre que necessário. Provavelmente o doente renal, terá tido uns pais (Mãe, será o mais provável), com uma enorme necessidade de reconhecimento, de ser mimada. Este tipo de doente precisa constantemente que os outros o achem simpático, afável, altruísta, com um coração enorme. É fundamental que o doente renal aprenda a dizer não com delicadeza, com clareza e na hora certa. O insuficiente renal, costuma ser um falso generoso, na medida que se mata a si para salvar o outro, apenas para ter a sua aprovação. Mesmo em silêncio, sem o verbalizar, está sempre à espera do reconhecimento do outro.

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Tratamento:

Neste tipo de problemas, o tratamento deve ser completo. Será uma enorme ajuda para o paciente, que perceba a origem dos seus problemas, que os aceite e trabalhe na alteração

dos

seus

padrões

comportamentais.

Auto-Tratamento:

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Neste tipo de problemas, o auto-tratamento deve ser completo. Será uma enorme ajuda para o praticante, perceber a origem dos seus problemas, que os aceite e trabalhe na alteração dos seus padrões comportamentais.

Estamos quase a terminar este Workshop de dicado à relação emocional das doenças e a relação das mesmas com os órgãos afetados. Mas antes de o fazer queríamos deixar bem explicado algumas técnicas do vosso conhecimento e que achamos muito importantes para a condução de uma terapia, bem como para obter a informação que desejamos dos nossos órgãos ou dos órgãos dos nossos pacientes.

Como obter informação dos Órgãos Internos e tratar com Reiki Vamos tentar centrarmo-nos como Mikao Usui faria Reiki, usando a intuição, o bom senso e técnicas de Reiki.

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As Técnicas: Byonsen. Sentir a energia Esfregue suavemente as mãos por um minuto e preste atenção ao calor e à energia que elas concentram entre si. Conduza a sua mão dominante, devagar e suavemente até que estejam a uma distância de mais ou menos 3cm da base da cabeça do paciente e permita que deslise pela coluna até ao coxis. Tente perceber a energia que existe entre ela e o corpo do seu paciente, formigueiro, pulsação, calor, frio ou vento. Mantenha-se nesta posição por mais algum tempo. Quando estas sensações forem para si bem percetíveis, afaste a mão para uma distância de mais ou menos 6cm e repita os passos anteriores, continue a afastar a mão até que deixe de sentir totalmente qualquer das sensações anteriores. Quando estiver perfeitamente familiarizado com a energia que circula na sua mão, tente perceber o tipo de energia que o corpo do seu paciente está a pedir.

Sentir a energia nos órgãos internos. Uma Mudra é um gesto sagrado, é uma posição determinada feita com os dedos, que gera energia ou nos liga a um determinado padrão vibratório.

Relação dos dedos com os Chacras e os Elementos. Dedo

Chacra

Elemento

Polegar

Garganta

Fogo

Indicador

Terceira Visão

Ar

Médio

Coração

Éter

Anelar

Plexo Solar

Terra

Mindinho

Alma

Água

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Polegar: O polegar é o único dedo que pode ficar de frente para os restantes dedos da mão. O Polegar energiza os restantes dedos, mas também restaura e equilibra a sua energia.

Indicador: Este é o dedo que está ligado à mente e ao poder do pensamento.

Médio: Este dedo, o maior de todos, está ligado à ação e ao trabalho com nosso ego e preocupação com eu, o nosso Eu Supremo, no chacra coração.

Anelar: Este dedo está ligado ao poder de afirmação e forma de estar na vida, paciência, harmonia, serenidade, pureza e esperança. Este é o dedo da procura da vontade divina para a manifestação física. Mindinho: Está ligado à comunicação e ao emocional, aos relacionamentos, ao chacra da Alma, mostrando a necessidade da Alma em servir e cuidar do próximo.

Mudra da Espada. Para sentir a energia nos órgãos, vamos vaze-lo através do Mudra da Espada. Percebemos qual é a nossa mão dominante, enquanto essa interpreta o Mudra a outra mão fica junto do Chacra Cardíaco. Mão dominante: Esticar o dedo médio e o indicador, mantendo-os juntos. O mindinho e o anelar, recolhem na palma da mão e o polegar fica virado de frente para os dedos posicionando-se sobre o dedo anelar. Esvaziando a mente de qualquer atributo e condicionamento, vai percorrendo com ambos os dedos

esticados a coluna do seu paciente. Percorra lentamente cada órgão e tente perceber a energia que sente nos dedos ao faze-lo. Sempre que a sua intuição o chamar à atenção, pare, confira o que sente e encha esse órgão com energia Reiki. Pode reforça-la colocando a palma da mão no órgão que o chamou a atenção, fique o tempo necessário que a sua intuição lhe disser. Terminado, prossiga como tinha feito inicialmente.

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Ketsueki Kokan.

20 x

Numa tradução literal, a tradução desta técnica seria “trocas sanguíneas”, mas o seu real significado é “circulação sanguínea”, por ser de difícil pronuncia os japoneses normalmente chamam-lhe Keko. Normalmente pode ser utilizado no final de cada tratamento, numa sequência de vinte vezes. Quem recebe a terapia acha esta técnica muito prazerosa. 1 - Com o Polgar e o indicador da sua mão dominante, pressione C2 (a segunda vertebra cervical); 2 – Certifique-se da posição exata da coluna do paciente;

Figura 1

3 – Com o indicador e o dedo do meio colocados na base do pescoço, desloque-os fazendo pressão ao longo da coluna até perto do coxis, Faça-o vinte vezes (figura 1). 4 – Com alguma pressão, as mãos esticadas e os dedos juntos, limpe cada zona do interior para o exterior, como se estivesse a usar a técnica do banho seco (figura 2). 5 – Com a mão dominante, varra em direção aos pés, como se do banho seco se tratasse, faça-o por três vezes, evite movimentos bruscos e excessivamente violentos de forma a não magoar o paciente. Na sua consciência imagine que o corpo do seu paciente se renova e limpa e revitaliza toda a corrente 2 sanguínea (figura 3).

2

42

42

42

24 6 5 3 1 Laríngeo Cardíaco Plexo Solar Umbilical Raiz

Figura 2

Figura 3

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Terminamos assim este Workshop, esperamos que tenham levado daqui informaçþes e ferramentas, que vos permitam evoluir como terapeutas e praticantes de Reiki.

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