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VER, OUVIR E LER

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exposições

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VER FILMES DOCUMENTAIS

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De: Alain Resnais Alain Resnais (1922-2014) é um lendário realizador francês, muito influente e pouco ortodoxo. Além de mais de vinte longas-metragens, também fez curtas e médias e filmes em episódios. Quando era jovem, em 1947, decidiu acampar e viajar por França, iniciando uma série de curtasmetragens dedicadas às artes visuais. Sugerimos três desses trabalhos: “Guernica” (12 min.), 1950, “Toda a Memória do Mundo” (22 min.), 1956, e “O Canto do Estireno” (19 min.), 1958. Estes documentários, que tiveram êxito tardio, espelham a alienação do Homem pela sua própria humanidade.

OUVIR SINFONIA N.º 5

De: Gustav Mahler Hoje, ouvindo Mahler, temos a impressão de ouvir música clássica contemporânea, mas como usou a estrutura clássica, permanece, apesar de alguma dificuldade, acessível. As suas obras precipitam-se para a desconstrução e o abismo. Nesta Sinfonia n.º 5, existe o caráter psicótico, passando do lado trágico, inquietante, desolado, para o frenético allegro. Otimismo e exaltação e de novo o desespero desolado e o niilismo, impossíveis de conciliar. Ouvir Mahler pode ser muito importante para espíritos e ouvidos iniciados.

LER MORTE EM VENEZA

De: Thomas Mann Publicado em 1912, este perfeito e breve romance apresenta-nos a angústia do artista - um famoso escritor Gustav Aschenbach (um alter ego do próprio Mann?) - numa estada em Veneza, quando envelhece e persegue ainda a beleza e a juventude, na pessoa do adolescente Tadzio, beleza perfeita e andrógina. Uma epidemia de cólera devasta a cidade e Gustav deixa-se morrer na praia do Lido, nessa obsessão perturbadora e auto-destrutiva, expondo-se ao ridículo de tentar rejuvenescer.

ver, ouvir e ler

ler BONECA DE LUXO

De: Truman Capote Ela estava ainda a subir as escadas e as cores cambiantes do seu cabelo de rapaz, farripas trigueiras, madeixas loiroalbino e dourado, refletiramse à luz do corredor… um vestido preto justo, muito arejado, sandálias pretas, uma gargantilha de pérolas. Apesar da sua elegante silhueta, irradiava saúde, como um anúncio de cereais de pequenoalmoço, uma cara lavada de sabão e limão, umas bochechas afogueadas de um rubro-rosa. Tinha uma boca grande, um nariz empinado. Era um rosto para lá da infância, mas para cá de pertencer a uma mulher feita. Está apresentada Holly Golightly, a extraordinária Boneca de Luxo do romance escrito em 1958.

ler TEATRO ESTÁTICO

De: Fernando Pessoa Uma faceta pouco conhecida de Fernando Pessoa, a de dramaturgo, que ocupou lugar importante na ambição de Pessoa de ser diverso e abordou todos os seus grandes temas. Aqui está a oportunidade de conhecer 14 peças do seu chamado teatro estático, começando pela mais conhecida, “O Marinheiro”. Teatro desprovido de ação. Teatro de acontecimentos quotidianamente humanos, no meio do qual emerge uma psicologia do misticismo, um espetáculo do inconsciente (Filipa de Freitas e Patricio Ferrari).

ler TEATRO

De: Almada Negreiros As peças de teatro do modernista Almada Negreiros, em número de 12, reunidas cronologicamente num volume para nos entusiasmar, certamente. Almada foi o artista, pintor, designer e o escritor - poesia, romance, teatro… Almada fez quase tudo e bem feito. Esta obra possui um texto introdutório do próprio Almada Negreiros. A escrita de Almada é viva e fresca. Apetece pedir às companhias que encenem as peças de Almada.

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