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VER, OUVIR E LER

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boa forma

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VER HAPPINESS FELICIDADE

De Todd Solondz (2002) Isolamento... alienação... felicidade... na América andam de mãos dadas. Comprem uma televisão nova e vão ficar felizes. Ainda não estão felizes? Experimentem a alienação. Não têm dinheiro para uma televisão nova? Vivam em isolamento. “Sejam felizes” e, se isso não resultar, façam de conta que resulta. Um retrato dos subúrbios e dos demónios que os atormentam. Um olhar provocador e sarcástico sobre o significado e os valores da felicidade na América do começo deste século. O grande trunfo deste filme é o desempenho do ator principal, o saudoso Philip Seymour Hoffman, que elevava qualquer filme a uma categoria acima.

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OUVIR MILTON NASCIMENTO

Se Deus cantasse teria a voz de Milton Nascimento. Foi Elis Regina que o disse. Milton Nascimento, o Bituca, faz 80 anos e anunciou o fim da sua presença nos palcos. Devemoslhe muito. A sua grande voz, a maior do Brasil, telúrica e divina. As suas canções que não se parecem com nenhumas outras e tanto nos ajudam a viver; a força de quem, durante 60 anos, “soltou a voz nas estradas”. O menino nascido na favela, órfão antes dos 2 anos, adotado por um casal maravilhoso, ficou velho e doente, mas não se pode queixar da vida. Nestes dois CD's, 36 temas.

LER O IMORALISTA

De André Gide Cavalo de Ferro Michel, um jovem erudito e oriundo de uma família protestante, parte para o Norte de África com Marceline, com quem se casa por conveniência. Nessa viagem, o abismo parece instalar-se definitivamente quando Michel adoece. Durante a convalescença, dá-se uma transformação na sua moral, tornando-se livre do dever e do conformismo e essa viagem para a individualidade revela ser fatal para todos. Livro publicado em 1902, de cariz confessional, envolto em controvérsia e escândalo. André Gide (Paris, 1869-1951), tido como o mais moderno dos clássicos, filho da alta burguesia huguenote e católica, foi prémio Nobel da Literatura.

ler NOME DE GUERRA

De Almada Negreiros Imprensa Nacional - Casa da Moeda Figura marcante da cultura portuguesa da primeira metade do século XX, pintor, autor de grandiosos painéis, designer, escritor de manifestos, peças de teatro, poemas, futurista e tudo! Tem no romance “Nome de Guerra” a sua obra literária máxima, escrita em 1925, apenas publicada em 1938. Uma história de amor especialíssima, em que um jovem provinciano vem conhecer Lisboa e depara-se na sua ingenuidade com um submundo que mal consegue descodificar. Vive uma relação, perturbante e desajustada aos seus sentimentos, com uma muito jovem rapariga da noite, entre perplexidade, reflexão e desajuste. A construção do romance é moderna e muito pessoal, como tudo o que fez Almada Negreiros.

ver, ouvir e ler

ler SE OS GATOS DESAPARECESSEM DO MUNDO

De Genki Kawamura Editorial Presença O que importa realmente na vida? Os dias do jovem carteiro estão contados. Afastado da família, tem por companhia o seu gato chamado Repolho. É informado pelo médico de que tem apenas uns meses de vida. Quer fazer uma lista das coisas que tem de fazer antes de morrer, quando lhe aparece o Diabo que, como é do seu feitio, quer fazer um pacto com ele. Se fizer desaparecer uma só coisa do mundo ganha um dia de vida... assim começam dias muito estranhos... Enfim, um bestseller! O jovem Genki Kawamura além de escritor é produtor, realizador e guionista.

ler AUTOBIOGRAFIA

De José Luís Peixoto Quetzal José Luís Peixoto, autor bem conhecido dos leitores portugueses, tem nesta obra a ousadia de transformar José Saramago em personagem de um romance seu e de chamar-lhe “Autobiografia”. Passado em Lisboa nos anos 90, um jovem escritor vê o seu caminho cruzar-se com o de um escritor consagrado. Um jogo de espelhos muito a propósito, neste ano em que Saramago está em destaque. José Luís Peixoto ganhou o prémio Saramago em 2001.

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