kwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwert yuiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopa sdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghj klçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxc Relatório de Estágio vbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmq Comunicarte | Agência de Comunicação wertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopas dfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjkl çzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvb nmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqw ertyuiopasdfghjklçzxcvbnmqwertyui opasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdf ghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçz xcvbnmqwertyuiopasdfghjklçzxcvbn mqwertyuiopasdfghjklçzxcvbnmrtyui opasdfghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdf ghjklçzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklçz Dezembro de 2009 Cátia Gomes
Ficha Técnica
| Discente |
Discente: Cátia do Céu Póvoa Gomes Número de matrícula: 6325 Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto da Guarda Obtenção do Grau de Licenciatura em Comunicação e Relações Públicas
| Estágio |
Professora Orientadora: Regina Gouveia Organização Facultadora do Estágio: Comunicarte Coordenador de Estágio na Organização: Ana Sofia Gomes Início: 17 de Agosto de 2009 Conclusão: 20 de Novembro de 2009
Relatório de Estágio | 1 |
Agradecimentos
Agradeço à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda, particularmente aos docentes que a compõe, por me fazer crescer com os seus ensinamentos, não só enquanto estudante mas também enquanto ser humano. Com especial carinho, à minha orientadora de estágio, professora Regina Gouveia pela sua paciência, disponibilidade, força e apoio constantes. À Marlene Silva, Paula Machado, Natália Sousa e ao Ivo Abreu, colegas de trabalho inigualáveis que, cada um à sua maneira, contribuíram para o meu enriquecimento enquanto ser humano e estudante de comunicação. À minha orientadora na instituição, a Dra. Ana Sofia Gomes, pela oportunidade e sobretudo, por me transmitir valores e saberes determinantes no mundo do trabalho.
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Dedicatória
Aos meus pais, por me permitirem sonhar… Aos meus irmãos pela cumplicidade… Aos que diariamente me fazem crescer… Ao Miguel, por tudo…
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Índice
Introdução ............................................................................................................................... 9
Capítulo 1 _ A Comunicarte. ................................................................ ............................................................................................... ............................................................... 11
1.1 Historial. ..........................................................................................................................12 1.2 Localização .....................................................................................................................14 1.3 Estrutura Orgânica ......................................................................................................16 1.4 Valores ............................................................................................................................18 1.5 Mercado e Concorrência ...........................................................................................20 1.5.1 A Comunicarte na APECOM .......................................................................................22
1.6 Clientes ...........................................................................................................................15 1.7 Análise SWOT ...............................................................................................................29
Capítulo 2 _ Comunicação e Imagem ................................................................ ............................................................................... ............................................... 30
2.1 Identidade Visual .......................................................................................................................31
2.1.1 Nome ..................................................................................................................................32
2.1.2 Logótipo.............................................................................................................................33
2.1.3 Slogan .................................................................................................................................34
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2.2 Comunicação Organizacional ...............................................................................................35
2.2.1 Comunicação interna ....................................................................................................35
2.2.1.1 Suportes de Comunicação interna ..............................................................36
2.2.2 Comunicação externa ....................................................................................................38
2.2.2.1 Suportes de Comunicação externa .............................................................38
2.2.3 Comunicação mista ........................................................................................................40
2.2.3.1 Suportes de Comunicação mista ..................................................................40
Capítulo 3 _ O Estágio ................................................................ ................................................................................................ .......................................................................... .......................................... 42
3.1 Objectivos .....................................................................................................................................43
3.2 Estratégias ....................................................................................................................................43
3.3 Cronogramas ...............................................................................................................................44
3.4 Actividades desenvolvidas .......................................................................................................44
3.4.1 Funções administrativas ................................................................................................45
Relatório de Estágio | 5 |
3.4.2 Assessoria de Imprensa e Relações Públicas ...........................................................46
Reflexão Final ....................................................................................................................................51
Bibliografia ........................................................................................................................................61
Apêndices
Anexos
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Índice de figuras
Figura 1 _ Ana Sofia Gomes.....................................................................................................12 Figura 2 _ Ana Sofia Gomes.....................................................................................................13 Figura 3 _ Mapa de Portugal ..................................................................................................14 Figura 4 _ Ponte de D. Luís no Porto.....................................................................................14 Figura 5 _ Vila Nova de Gaia com vista sobre o rio Douro .............................................15 Figura 6 _ Ilustração do acesso à Comunicarte..................................................................16 Figura 7 _ Organograma da Comunicarte ..........................................................................17 Figura 8 _ Departamento Criativo .........................................................................................17 Figura 9 _ Departamento de Assessoria de Imprensa e Relações Públicas ................18 Figura 10 _ Posta: Valores da Comunicarte ........................................................................20 Figura 11 _ Associados da APECOM .....................................................................................22 Figura 12 _ Logótipo da Valores ............................................................................................23 Figura 13 _ Logótipo da Luxúria ............................................................................................24 Figura 14 _ Logótipo da Clínica Praxis ..................................................................................24 Figura 15 _ Logótipo do Grupo Filinto Mota ......................................................................25 Figura 16 _ Logótipo da ACF ..................................................................................................25 Figura 17 _ Logótipo do Grupo Casais .................................................................................26 Figura 18 _ Logótipo do Monte Prado Hotel & Spa..........................................................26 Figura 19 _ Logótipo do Shopping Cidade do Porto .......................................................27 Figura 20 _ Logótipo da Associação Nacional de Professores ......................................27 Figura 21 _ Logótipo da Pinto & Cruz...................................................................................28 Figura 22 _ Logótipo da Norasa .............................................................................................28 Figura 23 _ Logótipo da Comunicarte ..................................................................................33 Figura 24 _ Mesa de Reuniões ................................................................................................37
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Figura 25 _ Merchandiding da Comunicarte......................................................................39 Figura 26 _ Log贸tipo do Skype ...............................................................................................40 Figura 27 _ Site da Comunicarte ...........................................................................................41 Figura 28 _ Estante das revistas na Comunicarte ..............................................................45 Figura 29 _ Site Sales Forces ....................................................................................................47 Figura 30 _ Log贸tipo da Gesbanha .......................................................................................56 Figura 31 _ Site da Valores .....................................................................................................57
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Introdução “A melhor maneira de nos prepararmos para o futuro, é concentrar toda a nossa imaginação e entusiasmo na execução perfeita do trabalho de hoje”1
Foi com este espírito que sempre acreditei que o ensino superior poderia tornar-se um meio para concretizar um sonho, ao aportar ferramentas a empregar, mais tarde, com toda a imaginação e entusiasmo no mercado de trabalho. É neste sentido que acredito que esta procura humana pela formação superior é e será sempre a semente do progresso. Tento enfrentar cada desafio que a vida me propõe, sempre com a convicção de que o mercado de trabalho exige que sejamos cidadãos bem informados, motivados, munidos de sentido crítico e preparados para nos adaptarmos às mais variadas situações, analisarmos problemas e procurarmos soluções, sem nunca descurarmos as nossas responsabilidades sociais. O estágio curricular foi mais um desafio, uma etapa que encarei como uma oportunidade de crescer, de adquirir ferramentas que possam vir a constituir-se úteis ao meu desempenho profissional futuro. Sendo uma apaixonada pela comunicação, a possibilidade de efectuar o meu estágio numa empresa onde a arte de comunicar é uma constante, suscitou um misto de emoções. O medo, a ansiedade, a curiosidade, o entusiasmo e, sobretudo, a enorme ânsia de aprender tornaram-se meus aliados. Assim, no momento em que soube que a minha candidatura tinha sido atenciosamente aceite pela Dra. Ana Sofia Gomes, Directora de Comunicação da Comunicarte, o esboço de um sorriso de satisfação foi incontrolável. A partir desse momento até ao dia em que entrei fisicamente na Agência, não consegui parar de perspectivar como seriam os três meses de estágio que vinham pela frente. Neste relatório, procurarei relatar em que consistiram as actividades desenvolvidas, assim como dar a conhecer um pouco da organização onde estagiei, entre 17 de Agosto e 20 de Novembro de 2009, sem deixar de a enquadrar minimamente ao nível do meio em que está implantada. Para o efeito, dividi-o em três capítulos distintos. Em primeiro 1
CARNEGIE Dale, disponível em www.citador.pt/. Relatório de Estágio | 9 |
plano surge uma apresentação da organização em si, assim como um pouco da sua histórica. Neste capítulo, de modo a dar a conhecer melhor algumas directrizes da empresa, debruço-me sobre os seus valores e elaboro ainda uma análise SWOT. No segundo capítulo procedo a uma análise da comunicação e da imagem da Comunicarte. Desenvolvo um estudo acerca da identidade visual da Agência, da sua comunicação interna e externa e respectivos suportes. O terceiro capítulo cinge-se ao estágio em si, aos objectivos, às estratégias e a às actividades desenvolvidas.
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Capítulo 1 A COMUNICARTE
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Ana Sofia Gomes é a Directora Geral da Comunicarte. Licenciada em Comunicação Social, na vertente de Relações Públicas, pela Universidade do Minho, desde cedo se lançou no mundo empreendedor. Iniciou a sua carreira profissional em agências de comunicação durante três anos, “uma experiência que a levou a criar juntamente com Pedro Caridade e Sandra Vidal a sua própria empresa – a Comunicarte”2.
1.1 Historial
Em Maio de 2000 nasceu, então, o que viria a ser um projecto jovem e inovador, cujo “sucesso se tem pautado pelo trabalho de equipa”3.
Em 2003, a Comunicarte apresentava já uma carteira de clientes invejável, vindo a alargar os seus serviços ao franchising. A 25 de Maio 2007, lia-se numa manchete do Jornal Vida Económica “Comunicarte reforça presença no franchising”. Como refere o jornal, “a comunicação do franchising surgiu por acaso, mas foi cedo que a Directora da Agência, Ana Sofia Gomes, percebeu o potencial do negócio”4. Com efeito, era então responsável pela comunicação dos principais actores do franchising em Portugal. Para além das contas do Instituto de Informação em Franchising (IIF), da Associação Portuguesa de Franchising (APF), a Agência ainda servia algumas redes como a Action Coach, a Casa Alvarinho, o Grupótico e a Laforêt Immobilier. Pelo terceiro ano 2
Diário de Notícias [edição de 22 de Maio de 2007]. Jornal de Notícias [edição de 23 de Maio de 2007]. 4 Vida Económica [edição de 25 de Maio de 2007]. 3
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consecutivo, a Comunicarte divulgou a presença da Associação Brasileira de Franchising (ABF) no âmbito da Expofranchising, e coube ainda à Agência, nesse mesmo ano, a mediatização da primeira edição dos Prémios de Franchising. Em 2008, do requintado portefólio da Comunicarte constavam clientes tão diversos como o Casino de Espinho, Unicer, McDonald’s, Grupo Filinto Mota, Grupótico, Shopping Cidade do Porto, Monte Prado Hotel & Spa, Associação Nacional de Professores ou o Instituto de Informação em Franchising. A 28 de Outubro desse ano, a Associação Nacional para Jovens Empresários (ANJE) publicava no seu site que para Ana Sofia Gomes “apostar na comunicação e em planos de comunicação estruturados, assentes em boas estratégias e consonantes com os objectivos das empresas, é um factor de sucesso no actual contexto empresarial”5. Actualmente, a Comunicarte prepara-se para comemorar 10 anos de sucesso assentes em trabalho de equipa e, particularmente, na atenção e acompanhamento que dá aos seus clientes. O “respeito pelos outros, profissionalismo e entrega em cada projecto”6 distinguem a Comunicarte da concorrência (tema abordado mais adiante).
5 6
www.anje.pt [consultado a 16 de Novembro de 2009]. Revista Máxima [edição de 7 de Junho de 2007]. Relatório de Estágio | 13 |
1.2 Localização7 A Comunicarte encontra-se sediada no distrito do Porto, mais propriamente em Vila Nova de Gaia. Nos contextos português e europeu, a Área Metropolitana
do
Porto
é
uma
região
relativamente jovem e que apresenta ainda níveis de escolaridade muito inferiores ao padrão europeu. O tecido empresarial assenta essencialmente em actividades do sector terciário, enquanto o sector secundário se evidencia sobretudo na região envolvente.
Figura 3 _ Mapa de Portugal Fonte _ www.google.pt
Vila Nova de Gaia situa-se em frente à cidade do Porto, separada pelo Rio Douro, mas unida por diversas e históricas pontes que facilitam o acesso, a partilha de património e estilos de vida, ou seja, a complementaridade.
O grande desenvolvimento da cidade de Vila Nova de Gaia dá-se no século XVIII, com a instalação dos famosos Armazéns do Vinho do Porto que, já na altura, se assumiram muito importantes no contexto económico do Norte do País.
7
Tópico baseado nos sites da Câmara Municipal do Porto (www.cm-porto.pt) e da Câmara Municipal de Gaia (www.cm-gaia.pt). Relatório de Estágio | 14 |
Sendo um concelho de grandes dimensões, Vila Nova de Gaia tem historicamente uma diversidade significativa na sua estrutura económica. Nos sectores secundário e terciário, o Concelho serviu de sede ou esteve na génese de empresas de referência nacional, preservando uma forte diversidade e constituindo presentemente uma referência no comércio a retalho. Apesar de grande parte da população residente efectuar movimentos pendulares para o concelho vizinho do Porto, Vila Nova de Gaia tem uma forte tradição industrial. Existem empresas de dimensões variáveis em áreas distintas, como cerâmica, têxtil, ferragens, construção civil, comunicação, comércio, entre outras. Na década de 1990, a Cidade recebeu duas grandes superfícies comerciais, que foram marcos importantes no desenvolvimento do conceito: Gaia Shopping e Arrábida Shopping. Mais recentemente, também a cadeia El Corte Inglês se fixou na freguesia de Mafamude, escolhendo o concelho para a sua segunda implementação em Portugal. A Avenida da República concentra uma parte significativa da actividade financeira de Vila Nova de Gaia. Serve ainda de ponto de chegada para os estúdios da Rádio e Televisão de Portugal, no Monte da Virgem.
É neste contexto que a Comunicarte surge na margem Sul do Douro. Dado o seu cariz dinâmico, Vila Nova de Gaia recebeu uma Agência que se rege por valores próprios e no qual o empreendedorismo é conceito chave.
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O facto de estar a escassos minutos da A3 facilita os acessos ao resto do país, alargando deste modo a sua área de actuação. Clientes de Norte a Sul têm a oportunidade de dispor dos serviços disponibilizados pela Agência, tal como se demonstrará no capítulo 3.
_ Comunicarte
Morada || Rua Camilo Vaz, nº 25 4430 - 686 Gaia Telefone || 22 711 96 09 Telemóvel || 96 735 96 56 Site || www.comunicarte.pt
Figura 6 _ Ilustração do acesso à Comunicarte Fonte _ Interna
1.3 Estrutura Orgânica Cabe a cada organização agrupar os seus próprios recursos, de forma a dividir e a decompor as tarefas globais, estabelecendo ao mesmo tempo uma hierarquia de autoridade, bem como a sua estrutura interna. “O organograma é uma representação gráfica dos recursos que compõem a estrutura de uma organização, através da qual nos é possível percepcionar alguns aspectos como: a divisão do trabalho, a assessoria, divisões e os vários sectores existentes, tal como a relação superior/subordinado” (CHIAVENATO, 2004: 48). Também a Comunicarte dispõe de uma estrutura organizacional representada por um organograma, permitindo-nos, assim, ter uma noção do seu funcionamento, assim como dos níveis hierárquicos existentes, a quem cabe a decisão de escolher o melhor para a Agência e, mesmo, o número de profissionais que a integram.
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Figura 7 _ Organograma da Comunicarte Fonte _ Interna
A Comunicarte possui uma equipa de profissionais altamente motivados para levar a cabo as melhores estratégias de comunicação. Conferir visibilidade e notoriedade às empresas e respectivas marcas que representa é uma das prioridades da Agência. A Direcção Geral está nas mãos da Dra. Ana Sofia Gomes, que assume diariamente o comando da Agência, procurando, acima de tudo, fazer brilhar os valores da Comunicarte, a que aludirei a seguir. Cedo se tornou uma jovem empreendedora, que procurou reunir na Agência que fundou os princípios que defendia. Independentemente do mercado da comunicação estar preenchido e competitivo, para a Directora da Agência, “a vontade leva ao acreditar”8. Acreditou num projecto, e fez dele o que hoje representa. A Comunicarte é composta por dois departamentos, ou melhor duas “ilhas”, tal como ficaram denominados na gíria da Agência. O Departamento Criativo, onde o céu é diariamente o limite dos profissionais que o compõem: Nuno Araújo, o Designer, e Ivo Abreu, o Designer Multimédia, a encherem cada manhã as “quatro paredes” da Agência de inspiração colorida.
8
Diário de Notícias [edição de 22 de Maio de 2007]. Relatório de Estágio | 17 |
Paralelamente,
o
Departamento
de
Assessoria e Relações Públicas, onde Natália Sousa, account assistent, Paula Machado e Marlene Silva, ambas account sénior, têm a árdua tarefa de gerir os interesses dos clientes, sem nunca perder de vista os interesses e os valores da Agência.
1.4 Valores Cada vez mais, e tendo em conta o mundo competitivo em que vivemos, uma organização deve gerir-se por valores e princípios que transpareçam a sua atitude e personalidade. Claro que estes valores acabam por ser exprimidos pelos profissionais que a compõem, ao mesmo tempo que norteiam a sua actuação no seio da mesma. Também a Comunicarte se gere com um conjunto de Valores que caracterizam a sua política institucional: Valores || Os valores de uma instituição distinguem-na entre os demais. A identidade e espírito singulares da Comunicarte estão caracterizados em cada trabalho desenvolvido, em cada relação com o cliente. Energia || De modo geral, o conceito e uso da palavra energia refere-se “ao potencial inato para executar trabalho ou realizar uma acção”9. No que diz respeito à Comunicarte, a associação deste termo é feita, segundo Ana Sofia Gomes, a uma “equipa de profissionais altamente motivada pelo poder contagiante da comunicação”.
9
Disponível em www.wikipedia.pt. Relatório de Estágio | 18 |
Paixão || A paixão pode ser encarada num prisma de dedicação e atenção. A intensidade com que a Comunicarte vive reflecte-se na relação que mantém com cada cliente. Laço || A cumplicidade é um termo inerente aos laços que constituem a relação entre os profissionais de comunicação da Agência e os seus clientes, fidelizados com elevadas taxas de retorno e desempenho. Especialistas em comunicação || Ana Sofia Gomes afirma que “saber comunicar é uma arte inata”, que “nem todos tem o privilégio de ter”10. Neste sentido, acredita que todos aqueles que enquadram a equipa da Comunicarte são profissionais especialistas em comunicação. Saber-fazer e gostar-fazer motivam a posição de destaque da Agência. Convicção || Acreditar em cada projecto e valorizar cada cliente fazem o dia-adia de todos aqueles que integram a equipa de trabalho. Estratégia || Paulo Nunes define estratégia como sendo a “definição do propósito da organização ou, por outras palavras, a representação do conjunto de decisões e acções a adoptar pela organização, que visam proporcionar aos clientes mais valor que o oferecido pela concorrência”11. Seguindo esta linha de raciocínio, a Comunicarte assume, diariamente, um diagnóstico cuidado, um planeamento eficaz e uma avaliação sistemática. Transparência || José Eduardo Pinto da Costa, professor catedrático, doutorado em medicina legal, afirma que “sem informação não há transparência e sem esta não há liberdade”12. Neste sentido, seria importante reflectir sobre a importância decisiva da transparência para a visibilidade e a notoriedade de uma organização. Para a Comunicarte, este conceito é a base do sucesso. Apresenta, por isso, uma postura low-profile baseada nos mais rigorosos princípios éticos e deontológicos.
10
Jornal de Notícias de 23 de Maio de 2007 NUNES, Paulo, disponível em www.knoow.net 12 COSTA, José, disponível em www.portaldacidadania.org 11
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Figura 10 _ Posta: Valores da Comunicarte Fonte _ Interna
1.5 Mercado e Concorrência Em qualquer actividade, torna-se cada vez mais determinante conhecer o mercado onde se insere, ou seja, conhecer “o conjunto de públicos susceptíveis de exercer influência sobre as vendas de um produto ou de forma mais ampla, sobre as actividades de uma organização. Estes públicos podem ser individuais, empresas ou instituições” (LINDON et al, 2004: 451). A Comunicarte, sendo uma agência de comunicação jovem e dinâmica, abre portas a um mercado onde os investidores estejam dispostos a “arriscar” e a “vencer” com a comunicação. De Norte a Sul do país, sectores como a moda, o turismo, a hotelaria, a construção, o imobiliário, a arquitectura, a educação, a saúde e mesmo o franchising são partes do mercado de actuação da Agência. Quando se fala de concorrência, devemos ter em conta o sector de mercado onde a organização está inserida, neste caso particular, o sector da comunicação. É portanto fulcral conhecer as políticas e acções desenvolvidas pela concorrência, de forma a não potenciarmos um possível distanciamento. Segundo Samuel Johnson, a concorrência “é o esforço para conquistar aquilo que, ao mesmo tempo, outro também se esforça para conquistar”. Assim, e particularmente no que diz respeito à concorrência da Comunicarte, podemos constatar que existe uma Relatório de Estágio | 20 |
panóplia de agências de comunicação que proporcionam os mesmos serviços. O risco inerente ao negócio das agências de comunicação, dada a profissionalização da comunicação e o mercado concorrente, exige um profissional de comunicação com um perfil empreendedor. Segundo o site da ANJE, para Ana Sofia Gomes “comunicar o empreendedorismo é o desafio”. Neste sentido, e sendo ela uma “empreendedora nata”, está preparada para enfrentar aspectos relacionados com a gestão, a visão de negócio e de mercado, de modo a realçar a Comunicarte entre a vasta concorrência. Face à amplitude da concorrência no sector, afigura-se suficiente, e plausível, salientar apenas a respeitante ao distrito do Porto:
● 4 VENTOS – Oficina de Comunicação ● APS Comunicação Empresarial, Lda. ● ADS ● BRANU, Lda. ● CUNHA VAZ & ASSOCIADOS – Consultores ● CENTRAL DE INFORMAÇÃO ● COMPANHIA DAS SOLUÇÕES ● EVOLUIR – Comunicação e Imagem, Lda. ● PLENIMAGEM ● EMIREC ● FORMATO VERDE – Comunicação, formação e gestão de conteúdos, Lda. ● Grupo INFORPRESS ● LK Comunicação ● LONGO ALCANCE ● LPM Comunicação ● MEDIANA ● MSG Mensagem – Sociedade Profissionais da Comunicação, Lda. ● MSIMPACTO – Comunicação e Assessoria de Imprensa ● QI PORTO DE IDEIAS – Comunicação e Relações Públicas
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1.5.1 A Comunicarte na APECOM A Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas (APECOM), fundada em 1989, é a associação empresarial portuguesa que representa o sector das empresas consultoras de comunicação e relações públicas em Portugal. Actualmente, esta associação integra mais de 30 empresas (figura 11), que são responsáveis pela esmagadora maioria do volume de actividade deste sector. Entre os principais objectivos da APECOM destacam-se a defesa e promoção dos interesses das agências associadas, enquanto empresas que se dedicam ao aconselhamento em comunicação, imagem e relações públicas, bem como a sua representação junto de entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, e o apoio ao desenvolvimento sustentado do mercado. A dinamização de acções de formação profissional, congressos, seminários e estudos sectoriais, bem como a promoção do intercâmbio e de novos conhecimentos dentro do sector, a dignificação dos seus associados e sua actividade dentro e fora do país são actividades básicas da missão desta associação. A APECOM e todos os profissionais das empresas que integram a associação regem-se por rigorosos códigos de ética, tal como o Código de Estocolmo (ANEXO I). Sendo a Comunicarte uma empresa de profissionais responsáveis e credíveis, tornou-se a 6 de Fevereiro de 2008 associada da APECOM, reforçando assim também a sua presença na área da comunicação.
Figura 11 _ Associados da APECOM Fonte _ www.apecom.pt
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1.6 Clientes Como foi já referido, a Comunicarte apresentou desde cedo uma prestigiosa carteira de clientes, contudo, tendo em conta a crise económica em que vivemos, muitas das vezes, as organizações, aquando de uma possível escassez de recursos financeiros, dispensam, infelizmente, a comunicação. Durante a realização do meu estágio curricular, apresentava dez contas (ou clientes): _ Valores A Valores é uma empresa que se dedica à comercialização e reciclagem de metais preciosos. É composta por uma equipa de profissionais com uma vasta e longa experiência e know-how na avaliação de jóias e na transformação de metais preciosos para a indústria e para investidores. Trata-se do primeiro franchising na compra e venda de ouro em Portugal. A account responsável por esta conta é Paula Machado, sendo que trata da assessoria de imprensa da rede, conteúdos do jornal e do site da empresa, assim como dos da e-news semanal, além de desenvolver paralelamente actividades de relações públicas.
_ Luxúria A Luxúria é uma jovem marca de bijutaria com um conceito muito próprio e diferente do existente no mercado nacional. Esta marca aposta num design personalizado e autêntico, desenvolvendo bijutaria exclusiva, onde todas as peças são totalmente feitas à mão. A account dedicada a este cliente é Paula Machado. O seu lado feminino fez com que o bom gosto estivesse retratado nos conteúdos da e-news mensal. Estava também a seu cargo desenvolver a assessoria de imprensa para este cliente.
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_ Clínica Praxis A Clínica Praxis é uma unidade de saúde para exame, diagnóstico, tratamento e cirurgia ambulatória, servindo de base ao Centro de Cirurgia Discal Doutor Manuel Enes. Esta Clínica apresenta um tratamento pioneiro no que diz respeito às Patologias da Coluna. Marlene Silva é a account responsável pela assessoria de imprensa deste cliente, levando a cabo, diariamente, um conjunto de actividades, desde a realização de um press-release ao tão importante e decisivo follow-up que abordarei a propósito das actividades desenvolvidas como estagiária.
_ Grupo Filinto Mota O Grupo Filinto Mota é o concessionário da Citroen mais antigo de Portugal. Comemorou no passado mês de Setembro 75 anos de gerações leais aos princípios de outrora, e ainda os 90 anos da marca francesa. O grupo assinalou as comemorações com o VIII Passeio de Clássico da Citroen, realizado no passado dia 20 de Setembro com um
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desfile que levou as “relíquias” do Porto até Guimarães. Paula Machado e a Dra. Ana Sofia Gomes são as accounts responsáveis por este cliente.
_ Grupo Arlindo Correia & Filhos (ACF) O Grupo ACF, com sede em Braga, filial em Lisboa e sucursal na Madeira, dedica-se a actividades no âmbito da construção, reabilitação, remodelação e ampliação de edifícios. A este Grupo pertencem ainda a Arlindo Correia Angola Construção e Engenharia Civil, a ACF Serviços – Transportes e Aluguer de Equipamentos de Construção, a Sociparque, a Arlindo Correia & Filhos – Engenharia, a Trabalhafria, a Ulmense – Cerâmicos, a Europa Ar-Lindo S.A. - Sociedade Imobiliária e ainda a Socicorreia – Investimentos Imobiliários. A account que acompanha este grupo é a Paula Machado. Assume a assessoria de imprensa, os conteúdos dos sites e os conteúdos das newsletters e suportes de comunicação da ACF e da Socicorreia.
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_ Grupo Casais O Grupo Casais conquistou, em meio século de existência, uma posição sólida e de destaque no sector da construção em Portugal. Paula Machado assume a conta de mais um grupo sediado em Braga. Para este cliente, a account desenvolve a assessoria de imprensa, as acções de relações públicas e os suportes de comunicação.
F
_ Monte Prado Hotel & Spa O Monte Prado Hotel & Spa (MPH&SPA) engloba o River Spa e o restaurante Foral do Melgaço, sendo que assumem um conceito de turismo a pensar no cliente. É com este pressuposto que Marlene Silva, account responsável, leva a cabo acções de relações públicas e desenvolve a assessoria de imprensa do cliente. Os conteúdos dos suportes de comunicação são também tarefa da account.
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_ Shopping Cidade do Porto O Shopping Cidade do Porto é dos poucos Centros Comerciais que se encontram no centro da cidade do Porto. Rodeado de escolas e escritórios, assume uma presença determinante durante o dia. Marlene Silva, account do cliente, procura, através da assessoria de imprensa e das acções de relações públicas, promover e dar visibilidade ao shopping.
_ Associação Nacional de Professores A Associação Nacional de Professores (ANP) foi fundada em 1985 e apresenta-se como uma organização profissional, não sindical, de docentes de todos os níveis e graus de educação e ensino (educação pré-escolar, ensinos básico, secundário e superior), em exercício no sector público ou no sector privado. A Sede Nacional é em Braga e está implantada em todo o território nacional através de 32 secções locais, para apoio aos docentes. A account Marlene Silva trabalha activamente para promover a visibilidade e a notoriedade desta associação. Para tal, desenvolve a sua assessoria de imprensa e os “pilares” para os suportes de comunicação da instituição.
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_ Pinto & Cruz A empresa Pinto & Cruz conta já com uma história, de dezenas de anos, no desenvolvimento de um conjunto de actividades que, embora bastante diversificadas, se centram nos serviços de engenharia. Trata-se de um cliente pontual, pelo que ao longo destes três meses do meu estágio curricular pude acompanhar o desenvolvimento de um livro no âmbito da comemoração dos seus 75 anos. Marlene Silva assumiu os conteúdos sendo que Nuno Araújo se debruçou na sua paginação. Consequentemente, será feita pela Comunicarte a assessoria de imprensa no âmbito do lançamento do livro.
_ NORASA A NORASA é uma empresa assente em projectos de arquitectura paisagística. É seguindo esta base que a Comunicarte desenvolve, pontualmente, a assessoria de imprensa deste cliente, assim como suportes de comunicação interna e externa. A responsável por esta conta é a Dra. Ana Sofia Gomes.
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1.7 Análise SWOT Segundo Caetano Alves e Sívia Bandeira, a análise SWOT é a “análise das forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats), que se realiza na formulação da estratégia, com o fim de estabelecer um diagnóstico da situação interna e externa da empresa” (ALVES, BANDEIRA, 2001: 45). Sendo sistemática, é de fácil análise e operacionalização. Assim, procurei aplicá-la à análise global, de síntese, da Comunicarte: Pontos Fortes
Pontos Fracos
● Equipa de profissionais qualificados ● Boa acessibilidade
● Défice na comunicação interna
● Boa localização
● Rotatividade de Recursos Humanos
● Imagem jovem e dinâmica • Boa carteira de clientes ● Agência receptiva às novas tecnologias ● Agência associada da APECOM ● Know-how no negócio de franchising
Ameaças
Oportunidades ● Crescimento do franchising
● Crise económica que faz abrandar o
● Desenvolvimento das TIC, - formação em
investimento na comunicação
Web 2.0
● Concorrência numerosa
● Notoriedade passível de ampliação com
● Mercado competitivo
mudança de imagem que assinale os 10 anos da Agência
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Ao longo de três anos, o curso de Comunicação e Relações Públicas forneceu-me ferramentas e conhecimentos indispensáveis para a realização do estágio. A experiência vivida como estagiária permitiu-me comprovar que a Comunicação e a Imagem, são a essência do sucesso.
2.1 Identidade Visual Actualmente a identidade visual assume um papel determinante na actividade de qualquer organização. É portanto imperativo que a esta construa uma imagem bastante sólida de forma a ser projectada juntos dos públicos. A identidade visual não se limita apenas a um mero logótipo atraente, mas sim a todo um conjunto de aplicações que visa transmitir aos seus públicos uma confiança inigualável, bem como a verdadeira imagem da organização. Os seus componentes (nome, slogan e logótipo) assumem uma importância inquestionável, tanto mais nas sociedades contemporâneas, visto que “a identidade de qualquer instituição começa, em termos de comunicação, pelo seu nome, pelo seu logótipo e também pelo seu slogan, que são os elementos primários para a identificação e reconhecimento desta junto do público” (LAMPREIA, 1998: 48). Assim, é importante salientar que “a primeira função, e a mais geral, que um programa de identidade visual desempenha é a de coadjuvar a configuração da personalidade corporativa de uma empresa” (VILLAFAÑE, 1998: 125). Ou seja, estes elementos representam, física e psicologicamente, o produto ou serviço, o meio físico e a equipa de profissionais. Para além disso, a identidade visual é utilizada em todos os suportes de comunicação de uma organização. Num mercado em que a concorrência é cada vez de maior dimensão e de melhor qualidade, importa que a identidade visual não surja apenas como um factor de identificação, mas, também, como um factor de diferenciação pois, “a função de diferenciação é fundamental em sociedades como a nossa onde os produtos e serviços apresentam elevado grau de saturação. Neste sentido, uma boa identidade visual deve traduzir não só a identidade da empresa, mas diferenciá-la também das outras” (VILLAFAÑE, 1998: 126).
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A fácil memorização deve ser um predicado fundamental. Para isso, importa que a base da mesma esteja alicerçada numa estrutura simples mas original, para que a marca atinja a notoriedade desejada. É essencial que exista harmonia e complementaridade entre os vários componentes da mesma, de modo a que seja facilmente associada à organização em questão e ao seu sector de actividade. Todos os dias nos deparamos com uma grande panóplia de manifestações visuais das organizações e mesmo de forma inconsciente formamos juízos de valor e perspectivamos intelectualmente maior identificação com determinadas organizações em detrimento das demais. Assumimos que determinada empresa nos traduz mais segurança e confiança que as suas concorrentes, mesmo sem nunca a termos visitado, sem conhecermos os seus produtos ou serviços, até mesmo sem termos contactado com alguém ligado a ela. Assim, o nome pode ser composto de várias formas, mas o que realmente importa é ser “um factor dinâmico” (LAMPREIA, 1998: 49). Por sua vez, o logótipo deve representar graficamente e contextualizar a organização, já que “vai actuar como o principal referencial textual da identidade” (VILLAFAÑE, 1998: 139). O slogan, utilizando uma mensagem positiva, clara e simples, levando a uma fácil memorização, deve conter a filosofia da organização, de modo a também ele exprimir a identidade da organização, em conjunto com o logótipo. Estes três elementos da identidade visual devem transmitir uma mensagem ligada a valores morais, sociais, culturais ou de dinâmica empresarial, para que o público encontre mais facilmente, um sentimento de pertença.
2.1.1 O Nome O nome deve estar em total concordância com a actividade que a empresa desenvolve e deve ser o mais actual e moderno possível. Foi com este pressuposto que a Ana Sofia Gomes se debruçou sobre o nome para a Agência, Comunicarte, um nome jovem e dinâmico, que traduz o ambiente que a Directora sempre idealizou para a mesma: “uma agência de comunicação constituída por jovens formados, com disponibilidade e vontade para inovar”13.
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Jornal de Notícias – Suplemento XIS [edição de 10 Junho de 2007]. Relatório de Estágio | 32 |
2.1.2 Logótipo Embora não seja um elemento isolado, o logótipo consiste actualmente no “portaestandarte” visual de qualquer organização. “Ele simboliza a identidade e a personalidade da empresa. É o portador dos seus valores até junto do público externo (clientes e fornecedores, nomeadamente) e do seu pessoal” (WESTPHALEM, s.d.: 261). Tendo em conta que “um logo faz parte de um conjunto de indicadores que constituem a personalidade de uma organização, ele é, não só um factor de imagem, mas também um acelerador de notoriedade” (LINDON et al, 2004: 306). No entanto, existem muitas regras a ter em conta. Se o logótipo for banal desaparecerá na selva que é o mercado, e se for muito complexo corre o risco de não ser descodificado e muito menos memorizado. Num universo concorrencial e cada vez mais competitivo, uma organização, para “sobreviver”, deve realçar-se. É neste sentido que o logótipo permite à organização distinguir-se da demais concorrência e não permanecer no anonimato. De uma importância inequívoca para todo o tipo de organização, o logótipo assume, neste sentido, cada vez mais, um papel fundamental nas sociedades contemporâneas. Podemos mesmo considerar que “funciona, de certo modo, como um bilhete de identidade visual, onde mediante um símbolo e uma forma apresenta a personalidade e faz prova da existência da empresa” (LAMPREIA, 1998: 50). Deve ser de fácil percepção, grande clareza, boa memorização e fácil associação. “Aquando da sua concepção, um logótipo deve ser encarado como um símbolo duradoiro que permanecerá vivo mesmo quando a campanha institucional terminar” (LAMPREIA, 1998: 51).
Figura 23 _ Logótipo Comunicarte Fonte _ Interna
Segundo Martine Joly (JOLY, 2005: 154sgs), a análise semiótica comporta três fases. Numa primeira fase, analisam-se os signos plásticos, específicos e não específicos, tais como a cor. Assim, neste caso especifico (figura 23), podemos constatar, no lettering do logótipo da Comunicarte, duas cores: o preto e o verde. Por um lado, o preto transmite a Relatório de Estágio | 33 |
classe, a impenetrabilidade, a distinção e a elegância, por outro, o verde assume uma presença dinâmica, fresca e jovem. O fundo apresenta-se na cor branca, associando-se à ideia da verdade, perfeição e sabedoria, características inerentes à Agência. Quanto às linhas e formas, podemos frisar que estas, por serem ligeiramente arredondadas, resultam numa conexão moderna e dinâmica, remetendo também para informalidade e proximidade, aplicadas aos contextos interno e externo. A segunda fase (segundo a mesma autora) consiste em observar os signos destacados ao nível do plano de conteúdo e do plano de expressão, destacando como interagem entre si os principais signos. A congruência e complementaridade são predicados evidentes na relação entre linhas, formas e cores do logótipo da Comunicarte, visto que existe harmonia bem visível entre os vários elementos.
2.1.3 Slogan O slogan deve ser uma mensagem de fácil descodificação. Deve ser breve, claro e de fácil memorização para as pessoas, deve transmitir sempre uma mensagem positiva, procurando, assim, “conseguir dizer muito em poucas palavras, de forma clara e sugestiva” (JOLY, 2005: 154). Consequentemente, compõe aquilo a que chamamos de suporte ou complementação de uma determinada mensagem. Nos dias de hoje, a publicidade e a propaganda utilizam o slogan como forma de destacar os atributos ou vantagens. Está, então, associado à imagem, à linguagem escrita e à estética, transcendendo a materialidade do produto ou serviço. Um bom slogan é curto e directo, expressando a história, a psicologia, o conceito da marca. O primeiro requisito para um bom lema é a selecção de uma ideia que chame a atenção do consumidor e que inclua a qualidade do produto ou serviço. Foi a pensar em todas estas particularidades que a Comunicarte surgiu com o slogan: “Pela sua imagem, damos a nossa palavra!”. Na minha perspectiva, foi bem concebido, no sentido em que retrata objectivamente a filosofia da empresa. A Agência consegue, assim, em poucas palavras, transmitir uma mensagem de segurança, convicção e profissionalismo. Relatório de Estágio | 34 |
2.2 Comunicação Organizacional Cada vez mais, a comunicação organizacional tem vindo a aperfeiçoar-se nas sociedades capitalistas e industrializadas, tornando-se um frutífero objecto de estudo, e um trunfo cada vez mais utilizado pelos vários sectores das organizações modernas, sejam elas institucionais ou empresariais. Assim, “o funcionamento das organizações depende da ocorrência de vários processos comunicacionais, sem os quais as pessoas não poderiam interagir, as actividades não seriam coordenadas e as decisões não seriam tomadas” (REGO, 1999: 41).
2.2.1 Comunicação Interna A comunicação interna é essencial no seio de qualquer organização, de modo a proporcionar-lhe uma boa optimização dos recursos humanos e dos serviços ou produtos. “A sua principal função é apoiar estruturalmente o projecto empresarial” (VILLAFAÑE, 1998: 243). Neste sentido, esta comunicação “engloba todos os actos de comunicação que se produzem no interior de uma empresa” (WESTPHALEN, s.d.: 65), de modo a melhorar a interacção entre os que a integram. Traduz-se por um esforço de comunicação desenvolvido por uma organização para estabelecer canais que possibilitem o relacionamento, ágil e transparente, entre os públicos que integram a organização, nomeadamente, entre a direcção e os colaboradores e entre os colaboradores. Ou seja, não se restringe à chamada comunicação descendente, mas inclui, também, a comunicação horizontal e a ascendente. A comunicação interna nas organizações apresenta vantagens como: consolida as suas infra-estruturas, eleva a qualidade do desempenho, promove a participação de todos os membros da empresa e incentiva a comunicação entre os diversos patamares da organização. A comunicação interna pretende assegurar um maior envolvimento dos cargos de chefia com os seus colaboradores e vice-versa, oferece confiança e estabilidade e constitui um certo feedback por parte dos colegas de trabalho. Apesar de todos estes factores, há ainda empresas que dedicam orçamentos consideráveis ao desenvolvimento de acções orientadas apenas para públicos externo, Relatório de Estágio | 35 |
esquecendo-se muitas vezes do público interno. Neste, apenas investem valores sensivelmente reduzidos em acções de relações públicas. Uma falha consideravelmente grave, no sentido em que é da responsabilidade do público interno transportar a imagem da empresa para o exterior. Ou seja, “muitas vezes, a reputação de uma empresa depende mais daquilo que os seus membros fazem fora das horas de trabalho do que durante elas” ( RIGAUD, s.d.: 74). É sabido que “os trabalhadores querem algo mais que uma boa paga salarial. Querem sentir que as suas opiniões contam. Se a gerência ignorar tais opiniões, o resultado é a ausência de estímulo, um decréscimo de produtividade, uma perda de efectivos” (LLOYD, 1998: 76). De modo sucinto, a comunicação interna apresenta quatro grandes objectivos, nomeadamente, o envolvimento do pessoal, onde é essencial motivar para satisfazer e envolver; a harmonia das acções da instituição; a mudança sempre que seja necessária a adopção de novas tecnologias; e, por último, a melhoria da produtividade. Relativamente à Comunicarte, sendo está uma agência de comunicação, torna-se primordial que desenvolva actividades e suportes de comunicação interna de modo a garantir a produtividade e a satisfação dos profissionais que a integram.
2.2.1.1 Suportes de Comunicação Interna _ Manual de Acolhimento O manual de acolhimento tem como principais vantagens a apresentação da empresa/instituição e dos seus procedimentos facilitando, assim, a integração dos novos colaboradores. A Comunicarte dispõe, para além deste manual, de um Manual de Clipping, Manual de Actualizações do site – backoffice – de dois clientes. Tive prévio acesso a todos estes manuais, de modo a desenvolver tarefas que me foram atribuídas. _ Reuniões As reuniões são um dos meios mais eficazes para comunicar de forma activa nas organizações. São imediatas e transmitem informações de referência. “A comunicação eficaz exige assertividade: predisposição para comunicar com os outros de modo franco, honesto, afirmativo, educado, cooperativo” (REGO, 1999: 121). São de extrema importância e estão intimamente ligadas ao modus operandi da organização. Relatório de Estágio | 36 |
A Comunicarte realiza uma reunião interna semanal
(segunda-feira)
e
pequenas
reuniões internas diárias, de modo a transpor para a mesa as actividades que estão
a
ser
desenvolvidas
por
cada
profissional, promovendo a interacção e a apresentação de sugestões. Em suma, estas reuniões existem para que a comunicação interna
exista,
permita
progressos
e
conduza ao sucesso (figura 24).
_ Conversas Formais Embora sejam em número reduzido, este tipo de conversas pode surgir, nomeadamente, entre os níveis hierárquicos mais altos e os mais baixos. Neste caso, a Comunicarte adopta este cenário em conversas entre a Directora Geral da Agência e os diferentes departamentos. _ Conversas Informais Este meio de comunicação é o mais utilizado no contexto interno da Comunicarte. Todos se relacionam diariamente, todos se conhecem bem, todos cooperam uns com os outros, o que leva à criação de laços de amizade e ao estabelecimento de conversas informais. Trata-se, assim, de um meio de comunicação “inconsciente, espontâneo e imprevisível” (BARTOLI, 1992: 111) e confere ao ambiente da instituição um padrão de satisfação e positivismo. _ Almoço de Equipa Este almoço acontece uma vez por mês, sendo organizado de forma rotativa por cada um dos membros da Agência. São levados para a mesa diversos temas da actualidade, pessoais e profissionais, de modo a beneficiar de um ambiente informal e a aumentar os laços de cumplicidade entre os profissionais.
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2.2.2 Comunicação Externa A comunicação externa, sendo promotora da identidade de uma organização, visa “melhorar as atitudes perante os públicos externos com que se relacionam procurando transmitir aquela imagem que desejamos seja por eles apreciada” (CABRERO, 2001: 109). Trata-se de uma comunicação mais de âmbito promocional e relacional que informativa, realçando a organização em si ou os seus produtos/serviços, promovendo relações de confiança e notoriedade, através de publicidade, campanhas de relações públicas, portas abertas à comunidade, patrocínios, feiras, mecenato, comunicados de imprensa, entre outros meios. Os suportes de comunicação externa utilizados em cada organização dependem da sua cultura e da sua área de actuação. É neste sentido que a Comunicarte assume um papel de destaque, sendo que, além de “fornecer” os diferentes serviços aos seus clientes, beneficia igualmente desses serviços para si.
2.2.2.1 Suportes de Comunicação Externa _ Vídeo Institucional “O vídeo configura-se como o meio mais adequado na divulgação de mensagens Institucionais” (VILLAFAÑE, 1998: 252). Assim, é um suporte de grande impacto e adquire uma relevância especial dada as suas características estéticas e formais, podendo destinar-se ao público interno e externo. No particular caso da Comunicarte, está neste momento a ser desenvolvido um vídeo institucional no âmbito da comemoração dos 10 anos da Agência. _ Protocolos Tornando-se associada da APECOM, a Comunicarte aumenta a sua credibilidade, confiança e notoriedade.
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_ Merchandising O merchandising é uma técnica, acção ou material promocional usado no ponto de venda que oferece informação e melhor visibilidade aos produtos ou serviços de uma instituição, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de “compra” dos consumidores. No caso da Comunicarte, o merchandising é praticado através de brindes oferecidos em eventos, ou na própria Agência, de modo a e cativar e fidelizar os seus públicos. O tipo de brindes pode variar entre t-shirts, pins, postais, espelhos, etc. (figura 25).
_ Press-release O press-release ou comunicado à imprensa é o documento que é utilizado para transmitir informação aos Órgãos de Comunicação Social (OSC), sempre que se torne relevante divulgar a mesma. A Comunicarte faz uso deste documento sempre que se justifica, como explicarei no capítulo seguinte. _ Brochura ou panfleto Este tipo de suporte externo é o meio mais credível na pratica de informação. Ou seja, através de uma brochura ou panfleto, a instituição pode atingir todo o tipo de público com a informação desejada. Sem que possa ser interpretada de modo incorreta visto que se apresenta em texto corrente. _ E-news A Comunicarte dispões ainda de uma e-news semestral, enviada a todos os clientes, potenciais clientes e parceiros, onde expõe trabalhos desenvolvidos e ideias criadas.
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2.2.3 Comunicação Mista Para além dos tipos de comunicação mencionados anteriormente, existe um tipo de comunicação que abrange ambos, ou seja, ou seja, a comunicação mista, destinada, não só ao público interno, como também ao público externo.
2.2.3.1 Suportes de Comunicação Mista _ Correio Electrónico | comunicarte@comunicarte.pt O e-mail permite comunicar de forma rápida e quase instantânea. Daí ter-se tornado um meio fundamental na Agência, ao servir para a maior parte dos contactos que estabelece com colaboradores e com públicos externos. _ Skype Sendo a Comunicarte uma empresa particularmente atenta à evolução das novas tecnologias, o uso do Skype tornou-se uma mais-valia. Diariamente, são trocadas “conversas” formais e informais entre todos os profissionais da Agência. O contacto com o público externo é igualmente feito muitas vezes através desta inovadora ferramenta.
Figura 26 _ Logótipo do Skype Fonte _ www.google.pt
_ Página na Internet | www.comunicarte.pt Informar o público interno e, principalmente, o externo sobre a organização, os seus serviços e actividades, é a grande vantagem deste meio. Apresentar uma página na web significa que se está atento às novas tecnologias e à evolução da sociedade em geral. A Comunicarte, através do seu cariz inovador, está de “olhos bem abertos” para a inovação, dispondo de um site bastante atractivo e que incentiva o público a conhecer a Agência (figura 27). Relatório de Estágio | 40 |
Figura 27 _ Site da Comunicarte Fonte _ www.comunicarte.pt
_ Blog | www.comunicarte.pt/blog/ Este meio apresenta-se como um site, cuja estrutura permite a actualização rápida através da introdução dos chamados posts. Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog. Em parceria com o site, o blog da Comunicarte pretende dar a conhecer uma pouco mais de si, mediante a apresentação de trabalhos, sugestões, vídeos e publicidades. A actualização é feita, diariamente, pelo departamento criativo e pelo departamento de assessoria e relações públicas, além da Directora Geral. _ Telefone Este instrumento de comunicação é usado tanto para a comunicação interna como externa. Contudo, tratando-se de uma agência de comunicação reduzida, o uso junto do público externo é mais frequente. Clientes, fornecedores e jornalistas fazem o dia-a-dia das chamadas telefónicas da Agência.
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Um estágio pode ser encarado como a ponte entre a teoria e a prática. Contudo, deve ser realizado de modo consciente e com exigência. Pessoalmente, encarei a Comunicarte como uma oportunidade única para aprender e crescer enquanto pessoa e profissional da comunicação.
3.1 Objectivos Se partirmos do pressuposto que qualquer estagiário pretende alcançar na prática a confirmação do que aprendeu na teoria, assumo que durante esta experiência ambicionava, em primeiro lugar, testemunhar a utilidade da teoria adquirida durante as actividades lectivas. Conhecer as metodologias de trabalho de uma agência de comunicação foi desde sempre algo que me suscitou uma certa curiosidade. Muito mais do que aplicar as teorias acumuladas ao longo dos anos de estudo, encarar-me nesse espaço físico e poder apreciar profissionais experientes, era uma meta que pretendia alcançar. Finalizando, procurava que esta experiência me capacitasse de ferramentas importantes da comunicação, assim como, familiarizar-me com o mundo do trabalho, criando rotinas e hábitos assentes na responsabilidade laboral.
3.2 Estratégias O primeiro passo passaria por conhecer, não só as directrizes das actividades desenvolvidas pela Agência, mas também as pessoas, as infra-estruturas e equipamentos, e toda a cultura da organização, de modo a esclarecer dúvidas e a relacionar alguns dos conhecimentos adquiridos no ciclo de estudos com o trabalho desenvolvido na organização em causa, procurando saber de que modo o meu apoio poderia vir a ser útil. Observar com vista a uma posterior participação constitui a melhor forma de interiorizar e aprender a executar as actividades a desenvolver, e, simultaneamente, um dos melhores métodos para assimilar os conceitos na área da comunicação. Em seguida,
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importa aplicar técnicas e teorias adquiridas, sem nunca descurar a constante preocupação em continuar a aprender e a adquirir novas ferramentas. Devemos ser metódicos aquando da organização do trabalho. Devemos adaptar-nos da melhor forma à equipa e às actividades que desenvolvem. Foi neste sentido que procurei ser útil e corresponder positivamente a todas as actividades que me foram propostas e, ainda, que sendo o tempo escasso, apresentar algumas sugestões.
3.3 Cronogramas Os cronogramas são uma ferramenta de planeamento da logística da acção, permitindo uma clara orientação entre a aplicação prática das tarefas e a sua delimitação temporal. Neste caso, testemunha as actividades desenvolvidas ao longo dos três meses do meu estágio na Comunicarte (APÊNDICE II).
3.4 Actividades desenvolvidas Mais importante do que desenvolver actividades é desenvolvê-las com carisma, vontade de aprender e, sobretudo, com humildade. E era, assim, com prazer, que todas as manhãs entrava na Agência, valorizando a oportunidade de crescer enquanto estudante da comunicação, de poder vir a saber mais. A versatilidade deve, nos dias que correm, constituir um predicado inquestionável de qualquer profissional, seja qual for a sua área de actuação. Consciente de que estamos perante um mercado de trabalho em constante mutação, procurei, durante o estágio, assumir sempre a versatilidade como uma mais-valia. As actividades desenvolvidas inseriram-se em duas áreas, que adoptarei a seguir para o seu relato: por um lado, tarefas administrativas e, por outro, de assessoria de imprensa e relações públicas.
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3.4.1 Funções administrativas _ Organização de jornais e revistas Uma agência de comunicação carece, obviamente, de revistas e jornais actualizados. Assim, tornou-se minha função, além da tarefa de clipping que abordarei mais adiante, a de organizar por secções todos os meios impressos que entravam na Agência (figura 28).
_ Telefone Como meio para receber pedidos de clientes ou mesmo para dar informações a jornalistas, o atendimento do telefone surgia sempre que existia essa necessidade, visto que Natália Sousa, account assistent era incumbida desta actividade. Contudo, como podem verificar no organograma, assumi esta tarefa mais especificamente no prazo de duas semanas, em que aquela esteve de férias. A voz que utilizava ao telefone deveria sempre ser expressiva e compreensível, devendo manter um diálogo cordial, de forma educada, com um bom domínio do idioma em que se estabelecia a conversação, para que esta fosse eficiente e provocasse os efeitos desejados. “O tom de voz pode ser caloroso e amistoso, mas a resposta deve ser factual e informadora” (KATZ, 1993: 74). Durante o meu estágio, as conversações telefónicas foram muito além das conversas com o cliente, visto que era através deste meio que era realizado o follow-up (FUP) com os jornalistas, tema que será descrito no ponto 3.3.2.
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_ Registo do correio recebido Entre as minhas funções administrativas, estava também compreendida a recolha e registo da correspondência recebida (APÊNDICE I). Mais propriamente entre os dias 7 e 25 de Setembro, período em que a responsável por esta actividade se encontrava de férias, sendo que uma semana depois do seu regresso a assumiu novamente. _ Envio do correio O envio do correio semanal ocorria à sexta-feira, sendo que, sempre que existia a necessidade de me ser incumbida tal tarefa, me dirigia ao posto dos correios mais próximo identificando-me como sendo parte integrante da Comunicarte e apresentando o correspondente número de identificação fiscal. _ Etiquetas para correio Ao longo da minha permanência na Agência, foi surgindo a necessidade de organizar o correio para posteriormente ser enviado. Neste sentido, coube-me também a tarefa de criar etiquetas próprias para cada destinatário. Nestas etiquetas, constava o nome do destinatário, a organização e respectiva morada. Fi-las para envio de press-releases personalizados a jornalistas, para o envio de correspondência a clientes, assim como para o envio de um convite para entidades no âmbito do VIII Passeio de Clássicos da Citroen, organizado pelo Grupo Filinto Mota, cliente pontual da Comunicarte. _ Atendimento ao Público O atendimento ao público que se dirigia à Agência para os mais diversos fins, desde os clientes, potenciais clientes, parceiros, potenciais parceiros, ao carteiro, era ocasionalmente feito por mim. Neste sentido, saber ouvir e receber foi muito importante, visto que “aquele que escuta tem de desenvolver o mecanismo de não se distrair com informações maçadoras, irrelevantes ou emocionais” (KATZ, 1993: 74).
3.4.2 Assessoria de Imprensa e Relações Públicas _ Pesquisa e pedido de Órgãos de Comunicação Social (OCS) Relatório de Estágio | 46 |
Os OCS transformaram-se em poderosos meios de comunicação de massa, sobretudo a partir do século XX. De então aos dias de hoje, a imprensa escrita, a rádio, a televisão e, recentemente, a internet converteram-se em fortes ferramentas de formação de ideias e mentalidades, para além do seu papel informativo. Têm um significado importantíssimo nas vivências quotidianas das sociedades. São estes meios que informam o mundo do que se passa, mesmo que, por vezes, de forma distorcida. Desde o primeiro dia, foi-me atribuída a importante tarefa de recolher os contactos de OCS, de modo a fazer chegar a informação pretendida aos media mais indicados. Assim, particularmente, nas divulgações de âmbito regional, tal como aconteceu com a Valores e o Grupo Casais, tive que proceder à recolha de OCS que não constassem na base de dados (Sales Force) da Agência. Para tal, enviava um e-mail ou telefonava para as Câmaras Municipais da região em questão. Quando não obtinha respostas tinha que optar, impreterivelmente, pela pesquisa na internet. _ Actualização da base de dados (Sales Force) O Sales Force é um programa informático que permite a uma organização gerir informações detalhadas sobre as vendas, serviços e actividades de marketing. É baseado numa infra-estrutura de padrão internacional e é disponibilizado na internet através da introdução de um user name e da respectiva password (figura 29). Os seus componentes aplicam-se com perfeição na Comunicarte, fornecendo a possibilidade de gerir e compartilhar informações dos clientes, potenciais clientes, parceiros, potencias parceiros, jornalistas, fotógrafos e de todos aqueles que de algum modo podem (vir a) estar ligados à Agência. Assim, no seguimento da recolha de OCS, era-me incumbida a função de introduzi-los no Sales Force.
Figura 29 _ Site Sales Force Fonte _ www.salesforce.pt
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_ Actualização de Tabelas de Balanços As Tabelas de Balanços têm como principal função facilitar a valorização da assessoria de imprensa mediante as notícias publicadas. Ou seja, para cada cliente é apresentada uma tabela onde consta o título de cada notícia, a data, o meio, a especialidade, periodicidade e tipo de meio em questão, a sua tiragem, o espaço que ocupa, se tem foto e se é a cores. Perante tudo isto, é apresentado um valor monetário, baseado na tabela de publicidade do OCS. O objectivo final é o de apresentar, semestralmente, um balanço da assessoria de imprensa desenvolvida pela Comunicarte para cada cliente. Quando me foi apresentada esta tarefa, não constava no documento uma divisão relativa aos media, isto é, a tabela restringia-se aos media impressos, televisão e rádio. Tendo em conta que, actualmente, a internet se tornou um meio bastante atractivo para a divulgação de notícias, e sabendo que a Comunicarte tem forte presença neste tipo de divulgação, propus uma reconstrução das Tabelas de Balanços (APÊNDICE III). No que diz respeito aos media impressos, os conteúdos foram mantidos. Desenvolvi, assim, uma tabela para televisões e rádios e outra para notícias publicadas em suportes on-line (blogs, portais, sites, fóruns, etc.). Assim, no início de cada semana, procedia à actualização das tabelas que concebi, com as notícias de cada cliente publicadas na semana anterior. Além de completar as tabelas com as características de cada notícia, tinha igualmente que apresentar a dita valorização em termos monetários segundo a tabela de publicidade de cada OCS. Importa ainda salientar que, relativamente aos suportes on-line, os blogs não apresentavam qualquer tipo de valorização a nível monetário. _ Balanço semestral de clientes O Balanço Semestral de um cliente é feito tendo por base a sua Tabela de Balanços. A partir de uma análise desta, é convertida em gráficos que posteriormente são comentados e argumentados pela respectiva account. Neste âmbito, contribuí para a conclusão da Tabela de Balanços e respectivos gráficos da Clínica Praxis, tendo sido o passo seguinte desenvolvido pela account Marlene Silva.
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_ Actualização e envio do Diário de Imprensa (DI) O DI é um documento que cada conta da Agência apresenta. É representado num ficheiro Excel que semanalmente é actualizado. Neste estão representadas as divulgações do cliente com uma cor, sendo que sempre que surja uma notícia associada a determinada divulgação, esta é assinalada, mediante o mês, no OCS onde foi publicada. O ficheiro Excel contém igualmente “folhas” onde estão os relatórios de follow-up (tema abordado mais adiante) e ainda os OCS onde poderão surgir notícias. Entre as minhas tarefas, constava, então, a actualização semanal do DI de cada cliente (APÊNDICE IV). No seguimento da actualização do DI de cada conta, por norma, à segunda-feira, foi-me delegada a função de enviá-lo à respectiva account e à Directora Geral da Agência. _ Press-release ou Comunicado de Imprensa Quando falamos em media, falamos de uma das maiores “armas” de auxílio em dar a conhecer qualquer organização ou indivíduo nas sociedades contemporâneas. Assim, o press-release ou comunicado à imprensa tornou-se “a forma mais corrente de contacto com os órgãos de comunicação social” (LAMPREIA, 1999: 97). Esta técnica de comunicação procura relatar um acontecimento, um facto, “redigido sob a forma de notícia, a fim de facilitar a tarefa do jornalista que, ao recebê-lo na redacção, normalmente está assoberbado de trabalho” (LAMPREIA, 1999: 97). Neste sentido, no caso da Comunicarte, torna-se uma necessidade, para cada account, desenvolver competências do foro jornalístico. A estrutura do press-release tem por base o formato de notícia, ou seja, assenta em três partes fulcrais para a sua constituição: o título, o lead e, por fim, o corpo da notícia. O título “não deve ser bombástico, mas sim conciso e curto” (LAMPREIA, 1999: 99), procurando que quem o lê aporte de imediato linhas introdutórias ao que vai ser tratado ao longo da notícia. É igualmente aconselhada a escolha de um título positivo e apelativo em vez de um título de certa forma passivo. A fuga ao sensacionalismo, mesmo estando na ordem do dia usá-lo, é também uma característica fulcral. Cada vez mais se vêem notícias que procuram “vender” através do uso do sensacionalismo.
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O lead, por sua vez, obedece “à regra de conter os elementos principais: quem, o quê, onde e quando” (LAMPREIA, 1999: 99), assim como o nome da organização de que é feita a divulgação, no caso da Comunicarte, o nome do cliente. Caso o nome não conste no lead, há que tentar que surja no parágrafo seguinte, na medida em que, quanto mais no início estiver, maior será a probabilidade de ser lido. Por fim, o corpo da notícia deve dar seguimento ao lead, procurando desenvolvê-lo de forma “simples e clara, com frases curtas, no máximo de vinte a vinte e cinco palavras” (LAMPREIA, 1999: 99). Relativamente ao seu tamanho, é aconselhável que não seja “demasiado longo”, isto por uma questão de espaço que se possa fazer sentir na redacção em questão. Em média, entre trezentas e trezentas e cinquenta palavras são o suficiente para relatar com precisão um acontecimento. É também nesta parte que, caso existam figuras, gráficos, imagens, fotografias, desenhos ou gravuras, devem ser mencionadas, enviando-as posteriormente em anexo. É de salientar que a importância da notícia deve apresentar-se de forma decrescente, ou seja, correndo o risco de a notícia poder ser “cortada” por uma questão, como referi, de falta de espaço, convém que os factos de maior relevo estejam presentes no princípio do comunicado. Felizmente, tive a oportunidade de redigir alguns press-releases no âmbito do meu estágio curricular. Um deles respeitou ao VIII Passeio de Clássicos Citroen, promovido pelo Grupo Filinto Mota. Existindo já um press-release para OCS nacionais e OCS do sector automóvel, quando iniciei o estágio, foi-me incumbida a função de desenvolver um na óptica dos OCS regionais (APÊNDICE V). Ou seja, teria de conseguir uma “estratégia” que levasse os OCS da região do Minho (sendo parte do evento em Guimarães) a cobrir o acontecimento. Sabendo que a realização de um press-release “não se pode fazer apenas sob a óptica da empresa” (LAMPREIA, 1999: 98), procurei olhar segundo dois prismas: o dos OCS da região do Minho e o do Grupo Filinto Mota. Tive assim que familiarizar-me, não só com cliente e o evento que promovia, mas também com a política editorial dos vários OCS. No âmbito da assessoria de imprensa do Shopping Cidade do Porto desenvolvi um press-release relativo à decoração de Natal e um outro relativo à abertura de uma nova loja. Na verdade, dois press-releases com uma óptica totalmente diferente, sendo que o da decoração de Natal, tratando-se de uma decoração original, merecia uma Relatório de Estágio | 50 |
considerável adjectivação (APÊNDICE VI). No que diz respeito à abertura da loja, segui os parâmetros de uma linguagem objectiva, exacta e rigorosa, dando simplesmente a conhecer um facto (APÊNDICE VII). Importa ainda salientar que enquanto estive na Agência pude constatar que o press-release que desenvolvi para o Natal saiu praticamente na íntegra em três OCS on-line: Turista Acidental, Clashnews e MSN Notícias (APÊNDICE VIII, IX e X).
_ Layout para press-release Para certas divulgações é concebido um layout personalizado para o press-release. Foi o que aconteceu com o da decoração de Natal do Shopping Cidade do Porto. Tendo como base que “o uso apropriado de cores pode resultar numa mais rápida e correcta assimilação duma informação e, por outro lado, o seu uso incorrecto pode trazer resultados indesejáveis” (SILVA, 2005: 19), procurei criar algo simples e alusivo ao tema. A escolha das fontes baseou-se em dois pressupostos fundamentais: legibilidade e estética. “A escolha do tipo de letra tem um profundo impacto sobre a aparência do texto. A decisão sobre o tipo que se vai usar deve por isso ser cuidada” (SILVA, 2005: 35). De modo a não limitar a escolha, apresentei três propostas (APÊNDICE VI, XI e XII), sendo que a que seguiu para os jornalistas foi a que se encontra no APÊNDICE VI). _ Texto publicitário No decorrer dos três meses em que estive na Comunicarte, surgiram pedidos específicos vindos dos clientes. Foi a um destes pedidos que a certa altura tive que responder. Tratava-se da realização de um texto publicitário, relativo à abertura de uma agência do franchising Valores em Mem Martins, para ser publicitado numa edição do “Jornal de Sintra” (APÊNDICE XIII). Ao desenvolver este texto, confrontei-me com uma diferencia crucial relativamente ao press-release a que estava habituada: houve que o dirigir directamente ao público-alvo, ao potencial cliente da Valores, usando e abusando da adjectivação, de modo a valorizar o franchising. _ Follow -up (FUP) O follow-up assume-se como uma técnica de marketing, sendo que está relacionado com o acto de dar continuidade a uma acção de venda, aplicando-se, por extensão, a outros Relatório de Estágio | 51 |
objectos. No contexto da Comunicarte, trata-se de dar continuidade à divulgação do press-release. Assim, após uma divulgação, é desenvolvido o chamado relatório de follow-up (ANEXO II), onde estão representados os jornalistas associados ao respectivo meio e os seus contactos. O account responsável pela conta assume o follow-up, isto é, entra em contacto telefónico com o jornalista, de modo a tentar perceber se recebeu a informação, se precisa de mais alguma coisa, se o assunto está em agenda, ou seja, tenta perceber se haverá notícia. Esta foi, assim, mais uma actividade que me foi incumbida. Procurei sempre encará-la da melhor forma, tendo em consideração que esta era uma fase da assessoria de imprensa decisiva para a publicação de notícias dos clientes da Comunicarte. Durante três meses levei, então, a cabo o follow-up de vários clientes da Agência. Inicialmente, restringia-se somente aos OCS regionais, sendo que posteriormente me foi dada a liberdade de assumir esta tarefa junto dos restantes meios. Particularmente, tenho em mente diversas notícias que surgiram após o meu contacto telefónico. Notícias de contas como o Grupo Filinto Mota, no âmbito da divulgação do VIII Passeio de Clássicos Citroen (ANEXO III e IV), a Valores, relativamente à abertura de diversas lojas da rede a nível nacional (ANEXO V e VI) e, mais recentemente, assumi todo o follow-up da divulgação intitulada de “Sensações agridoces no Monte Prado Hotel & Spa”. Neste, optei por enviar um e-mail personalizado para cada jornalista e entrar, posteriormente, em contacto telefónico. Aquando daquela divulgação percebi o quanto é reconfortante conseguir notícias. Até ao dia da minha saída da Agência, onze meios abordaram esta divulgação, entre os quais, o Jornal de Notícias (ANEXO VII), a revista Essencial – suplemento do Jornal Sol (ANEXO VIII) e sites do sector de hotelaria e turismo, tal como Turisver (ANEXO IX), Clashnews (ANEXO X), Turista Acidental (ANEXO XI), entre outros. _ Divulgação de press-releases Numa primeira fase, a divulgação de press-releases é feita através do software Sales Force, já abordado a propósito da actividade de actualização da base de dados. Este programa tem a componente de enviar e-mails em massa, possibilitando seleccionar o contacto dos jornalistas associados a determinada secção, a determinado meio, a determinada região, entre muitas outras opções de segmentação. Tive igualmente a oportunidade de desenvolver esta função, contudo, acontecia que grande parte das Relatório de Estágio | 52 |
vezes, após o follow-up, constatávamos que determinado jornalista não tinha recebido o press-release. No seguimento, passava a uma divulgação personalizada através da minha conta de e-mail - catiagomes@comunicarte.pt. _ Newsletter A newsletter pode ser um excelente suporte de comunicação, na medida em que engloba a informação mais relevante que a organização em causa quer transmitir. Foi com este propósito que desenvolvi os conteúdos das e-news, um suporte on-line da Luxúria e da Valores. No que diz respeito à marca de bijutaria, a e-news é mensal, sendo que apresentei os conteúdos do mês de Setembro (APÊNDICE XIV) e Outubro (APÊNDICE XV). Relativamente ao franchising de compra e venda de ouro, desenvolvi os conteúdos de sete e-news semanais (APÊNDICE XVI, XVII, XVIII, IXX, XX, XXI e XXII). Todas elas tiveram a prévia aprovação da account Paula Machado e da Directora Geral da Agência, Dra. Ana Sofia Gomes, antes de chegarem ao respectivo cliente. _ Tabela de programas de TV e Rádio Como já referi, o mundo da comunicação está cada vez mais competitivo. Foi com este pressuposto que a Dra. Ana Sofia me pediu que desenvolvesse uma tabela onde constassem programas de televisão e rádio e o contacto do respectivo produtor. Cada vez mais se torna imperativo ter uma base de dados actualizada e completa. Assim, procurei ao longo do estágio ir completando a tabela (APÊNDICE XXIII) que iniciei, sensivelmente, em Setembro, entrando em contacto com televisões e rádios que apresentassem programas que pudessem ser do interesse da assessoria de imprensa que a Comunicarte presta. Lifestyle, economia, negócios, moda, saúde e feminino, eram algumas das secções que procurava. _ Clipping O clipping é uma técnica de comunicação, utilizada pelas organizações, quer sejam de âmbito institucional ou de âmbito empresarial. Consiste na leitura e análise metódica e ininterrupta de toda a informação publicada pelos media sobre a organização. É um arquivo que se compõe através da análise, leitura, recolha, selecção e tratamento de todo o material noticioso correlacionado com a entidade. Tem como objectivo essencial perceber de forma eficaz, rápida e fundamentada a imagem que a comunicação social Relatório de Estágio | 53 |
tem e veicula sobre a organização, e quais as repercussões que esta pode ter para a empresa. Assim, e tendo como base esta vertente teórica, assumi, desde a segunda semana de estágio tudo que inclui a tarefa de clipping: clipping on-line, clipping de imprensa, montagem, envio para os clientes e respectivas accounts, e tive ainda a oportunidade de apresentar uma proposta de clipping da Comunicarte, funções que desenvolvo de seguida. _ Clipping on-line Ao levar a cabo esta tarefa, tive que me familiarizar rapidamente com o mundo da informação on-line. Sites generalistas, como o do jornal Público, do Jornal de Notícias, do Jornal I, do Diário de Notícias, do Jornal Metro; sites de economia, como, por exemplo, o do Jornal OJE ou o do Diário Económico; e, ainda, sites do sector da construção, lifestyle, franchising, entre outros, foram durante três meses alvos da minha pesquisa diária. _ Clipping da imprensa escrita Neste tipo de clipping, era-me legada a função de, à segunda-feira, quarta-feira e sextafeira, me dirigir a uma papelaria com que a Agência tem um acordo, com vista à leitura e análise dos jornais e revistas. Sempre que justificável, voltava ainda nos restantes dias da semana. Contudo, existiam revistas de sector que este estabelecimento não detinha, pelo que me dirigia uma vez por semana a um de dimensões maiores na busca de notícias. Claro está que, diariamente, a Comunicarte recebia por correio jornais e revistas relativamente aos quais procedia a uma leitura cuidada. _ Montagem do Clipping De modo a criar um “dossier contendo os recortes das notícias sobre a empresa” (LAMPREIA, 1999: 87), após a recolha das notícias procedia à sua digitalização e, posteriormente, à montagem com o auxílio do programa Adobe Photoshop CS3. Tinha já uma folha de rosto pré-definida para cada tipo de meio: uma para imprensa escrita como jornais e revistas, outra para suportes on-line, por exemplo, sites, blogs, fóruns, newsletters, etc., e, ainda, uma para televisão e rádio. Assim, ao longo do estágio
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curricular fui incumbida de proceder semanalmente à montagem das notícias publicadas acerca dos clientes da Agência (APÊNDICE XXIV, XXV e XXVI). Vim também a sugerir uma actualização do cabeçalho, que consistia em acrescentar o tamanho da página onde foi publicada a notícia e se a fotografia tinha tido como fonte a Comunicarte. No caso dos meios on-line, caso se tratasse da newsletter, assinalá-lo em “observações” e, se fosse um meio regional, referir a região. As minhas sugestões visaram contribuir para melhorar o processo de “controlo interno acerca do acolhimento noticioso que os vários meios nos dispensem, assim como o tipo de tratamento, favorável ou adverso, que cada meio nos dedique.” (CABRERO, 2001: 114). _ Envio do Clipping para clientes No seguimento da recolha, análise e montagem das notícias publicadas acerca das contas da Comunicarte, procedia ao seu envio na folha de rosto para o cliente, para a respectiva account e para a Directora Geral da Agência. Este processo era feito, semanalmente, à sexta-feira, no final do dia, via e-mail. _ Gestão da conta de e-mail do Clipping A gestão da conta de correio electrónico clipping@comunicarte.pt referente ao clipping estava igualmente a meu cargo, sendo que diariamente recebia pedidos de colegas ou clientes. Era também através desta conta que enviava o clipping para os clientes, accounts e Directora Geral, à sexta-feira. _ Proposta para um serviço de Clipping da Comunicarte A certa altura, surgiu a possibilidade da Comunicarte assumir um software próprio na recolha e tratamento do clipping. Tendo como exemplo empresas como a Manchete, Cision, Faxinforme e a Newsearch, que desenvolvem o serviço de clipping de grandes organizações, foi-me pedido que realizasse uma proposta de um serviço de clipping da Comunicarte. Assim, debrucei-me sobre a pesquisa dos serviços destas empresas e, posteriormente, entrei em contacto com as mesmas, com vista a simular um pedido de proposta. A partir daqui, e avaliando o que cada uma delas tinha de melhor, construí uma para a Comunicarte, apresentando mesmo um layout para o documento (APÊNDICE XXVII). Relatório de Estágio | 55 |
_ Ponto de situação do Clipping / Plano de reunião com cliente Os pontos de situação do clipping de uma conta surgiam, na maior parte das vezes, no âmbito do desenvolvimento do plano de reunião com o cliente. Assim, perante o documento, conferia as notícias publicadas sobre cada divulgação e o respectivo OCS (APÊNDICE XXVIII). _ Análise SWOT de potencial cliente Numa altura em que o sector das agências de comunicação se torna cada vez mais concorrencial, conhecer intrinsecamente um potencial cliente torna-se uma mais-valia. Neste sentido, uma prévia análise SWOT do mesmo pode claramente facilitar o trabalho de uma agência. Citando Joaquim Caetano e Luís Rasquilha, “a análise SWOT permite situar a empresa tendo em conta a sua envolvente externa e interna e os respectivos factores de influência” (CAETANO, RASQUILHA, 2004: 80). Foi dada a sua importância, que a Directora-Geral da Comunicarte me delegou a função de lhe apresentar uma análise SWOT da Gesbanha (figura 30), um potencial cliente (APÊNDICE IXXX).
Figura 30 _ Logótipo Gesbanha Fonte _ www.gesbanha.pt
_ Montagem de Notícias do Douro Esta tarefa foi-me atribuída, após a recolha e análise de notícias que abordassem a região do Douro, para juntar ao arquivo da Comunicarte. Assim, procedia à pesquisa, selecção e recorte das notícias desta Região e, posteriormente, realizei a montagem no layout da folha de rosto utilizada para o clipping dos clientes (APÊNDICE XXX). _ Actualização de site A Comunicarte apresenta igualmente, como possível serviço, a criação de um site para o cliente e a respectiva actualização. Neste âmbito, coube-me a função de, durante as últimas três semanas do estágio, actualizar o site da Valores com as notícias que foram publicadas semanalmente. Além de as introduzir em ficheiro PDF, tive de redigir um texto introdutório para cada notícia (figura 31).
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Figura 31 _ Site Valores Fonte _ www.valores.pt
_ Evento: VIII Passeio de Clássicos Citroen A 20 de Setembro de 2009, a Calçada dos Aliados, na cidade do Porto, recebeu as relíquias da Citroen, num evento promovido pelo Grupo Filinto Mota. Como foi já referido, colaborei a nível de assessoria de imprensa no âmbito da elaboração do pressrelease para os OCS da Região do Minho, e também no follow-up do evento. Relativamente ao dia 20, acompanhei a creditação dos participantes e todo tipo de apoio que nos foi atribuído, sendo que, após a concentração no Porto, os clássicos rumaram ao Multiusos em Guimarães. _ Vídeo do evento Tendo por base as noções adquiridas na unidade curricular de “Comunicação Vídeo”, apresentei uma proposta de vídeo para o evento do Grupo Filinto Mota (APÊNDICE XXXI). Um vídeo é um suporte de grande impacto e adquire uma relevância especial dadas as suas características estéticas e formais. Foi com este pressuposto que recolhi imagens ao longo de todo o evento, para o que me foi disponibilizada pela Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda uma camera Panasonic NV – 6511. A seguir, desenvolvi o guião para a voz off (APÊNDICE XXXII) e procedi à edição do vídeo no programa Adobe Premiere Pro CS3. Por fim, a capa do DVD (APÊNDICE XXXIII) foi criada através do programa Corel Draw X4. _ Brochura do evento No seguimento do VIII Passeio de Clássicos da Citroen, apresentei a proposta de desenvolver uma brochura que assinalasse o evento (APÊNDICE XXXIV). Para tal, Relatório de Estágio | 57 |
aproveitei alguns depoimentos que fui recolhendo junto dos apaixonados pelas relíquias da Citroen. A brochura foi elaborada com o programa Corel Draw X4, tendo por base os conteúdos que foram leccionados na unidade curricular de “Edição Electrónica e Tratamento de Imagem”. Na sua concepção, procurei ter em mente que “o design gráfico é uma actividade que consiste em combinar texto com imagem com várias finalidades. Existem três grandes objectivos que se pretendem atingir: identificar e diferenciar, informar e a estética” (SILVA, 2005: 13).
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Reflexão Final
“A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma”14
O meu estágio na Comunicarte foi, sem dúvida, uma experiência enriquecedora, tanto a nível profissional como pessoal. No início, tinha um medo: o de não conseguir corresponder às expectativas da Directora Geral da Agência, dos seus colaboradores, e, particularmente, às linhas de orientação que eu própria tinha traçado. Procurei que a minha “estadia” passasse não só pela observação e aprendizagem, mas, também, pela colaboração e empenho. Quis encarar esta oportunidade com força e dedicação, para que a minha presença pudesse ser um contributo positivo para a Comunicarte. Foi neste sentido que tentei cumprir o que me era delegado e apresentar propostas. Há claramente duas formas de formação: aquela que nos é veiculada pelos outros (professores, formadores, orientadores, etc.); e aquela que, no meu ponto de vista, é, sem dúvida, a mais importante, a formação que impomos a nós mesmos, ou seja, é muito importante que tomemos iniciativas, que o conceito de empreendedorismo esteja constantemente presente no nosso inconsciente, para que possamos promover regularmente acções e para que a vontade de fazer se sobreponha sempre ao comodismo. Enquanto estudantes de Ensino Superior não nos podemos limitar única e exclusivamente à teoria. As expectativas foram indubitavelmente superadas, na medida em que os juízos pré estabelecidos foram ultrapassados a todos os níveis. Se as informações recolhidas já eram boas, constatei, de facto, que a Comunicarte é uma grande escola, constituída por profissionais fantásticos, que me proporcionaram a possibilidade de viver a “arte de comunicar”. Este estágio permitiu-me aprender imenso acerca da assessoria de imprensa. Ver de perto o trabalho de profissionais da comunicação foi, sem dúvida, fascinante e enriquecedor. Com todos eles aprendi imenso. Além da política de comunicação da Empresa e das actividades desenvolvidas pelas accounts, observei a relação entre accounts e jornalistas. Os accounts são profissionais 14
RUSKIN, John disponível em www.citador.pt Relatório de Estágio | 59 |
que planeiam, organizam e conduzem acções com vista à promoção de uma organização junto dos seus públicos. O seu método de trabalho consiste em analisar os objectivos e a actividade da organização e saber qual a opinião que esta suscita, para, após essa análise, conceber e aplicar estratégias capazes de melhorar a imagem da organização. Assim, é fundamental que exista uma boa relação entre o account e o jornalista, visto que este último é um modelador da Opinião Pública. Durante o estágio, tive a oportunidade de comprovar que os accounts gostam de preservar uma boa relação com os media, assim como é muito importante para o jornalistas esse relacionamento, de forma a que os accounts se assumam como importantes fontes de informação. O trabalho de ambos está intrinsecamente relacionado. A observação foi sem dúvida fundamental, mas a responsabilidade de criar e realizar revestiu-se de suma importância. Os conhecimentos adquiridos durante as disciplinas leccionadas ao longo dos três anos do curso de Comunicação e Relações Públicas contribuíram de forma decisiva no meu desempenho. Depois de mais esta etapa, porque este estágio não foi uma meta, mas, sim, uma etapa, continuo determinada em prosseguir a aprendizagem, insistindo incessantemente na procura do conhecimento, tentando sempre aperfeiçoar as técnicas já apreendidas. Com a perfeita noção de que enfrentava um desafio único, nunca vivido até então, considero que o estágio se tratou de uma descoberta diária. Agora que terminou, sinto-me absorvida por dois sentimentos antagónicos, que poderei sintetizar na expressão de Luís de Camões: “um contentamento descontente”. Contentamento por tudo aquilo que este estágio curricular me proporcionou; e descontentamento porque chegou ao fim. Sinto que esta experiência me fortaleceu enquanto profissional da comunicação, e preparou para enfrentar o mercado de trabalho. Sabendo que não será fácil, procurarei sempre lembrar os princípios que acumulei no meu crescimento enquanto estudante, assim como os valores que me foram passados ao longo destes últimos três meses. Tanto mais porque acredito que a comunicação é uma arte…
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