Portfólio Cátia Guerra Arquitetura 2019

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PORTFÓLIO CÁTIA GUERRA

ARQUITETURA



Cátia Vanessa Relvas Guerra Portfólio 2019 catiavrguerra@gmail.com www.linkedin.com/in/ArquitetaCatiaGuerra Setúbal, Portugal


FORMAÇÃO ACADÉMICA

2011-2018 Mestrado Integrado em Arquitetura ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Portugal

15 valores* - Nível 7**

5º ano (17 valores), sob orientação do Arq. Pedro Luz Pinto 4º ano (12 e 14 valores), sob orientação do Arq. Paulo Tormenta Pinto e Arq. Teresa Madeira da Silva 3º ano (12 e 11 valores), sob orientação da Arq. Teresa Madeira da Silva e Arq. Miguel Gomes 2º ano (14 e 15 valores), sob orientação do Arq. Bernardo Pizarro Miranda 1º ano (12 e 13 valores), sob orientação da Arq. Alexandra Paio e Arq. Miguel Gomes 2018 Dissertação de Mestrado (16 valores) Contributo para Elaboração de um Manual da Construção, sob orientação da Arq. Soraya Genin

2006-2010 Científico Humanístico de Artes Visuais Escola Secundária D. João II, Setúbal, Portugal *média final de curso **nível de formação de acordo com o Quadro Europeu de Qualificações

14 valores* - Nível 3**


FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

2017 SITUATION REPORTS on Architecture and Urbanity _SITREP.at - LISBON Summer 2017 2016 Práticas da Arquitetura - Construções em Terra Curso de Especialização com Seminários e Workshop ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, Portugal 2006 Competências Básicas em Tecnologias da Informação, de acordo com o decreto-lei n.º 140/2001, de 24 de Abril. Escola Secundária D. João II, Setúbal, Portugal COMPETÊNCIAS LINGUÍSTIVAS Português (nativa), Inglês (elementar) e Espanhol (elementar). COMPETÊNCIAS INFORMÁTICAS AutoCAD (2D), Revit (elementar), SketchUP (elementar), Adobe Photoshop, Adobe InDesign e Microsoft Office. Disponível para qualquer tipo de formação complementar.



PROJETOS SELECIONADOS 5º ano Escola Superior e Profissional de Enologia e Viticultura

9

5º ano Contributo para Elaboração de um Manual da Construção

37

3º ano Habitação Coletiva no Bairro da Liberdade

41

2º ano Cabanon

55

2º ano CaboTuga - Habitação, Lazer e Co-Working

65

2º ano Habitação e Estúdio para Tomaz Hipólito

73


8


ESCOLA SUPERIOR E PROFISSIONAL DE ENOLOGIA E VITICULTURA Alenquer, Portugal

Vista da Quinta do Bravo em Alenquer para o local de intervneção.

9


10


O projeto apresentado tem como programa uma Escola Superior e Profissional de Viticultura e Enologia, a esta estão associados espaços relacionados com o ensino, investigação e produção de vinho. Foi necessário perceber como este se iria relacionar com a paisagem e envolvente, de que forma se iria organizar naquele grande terreno e o que realmente seria uma escola com um programa tão específico. O novo edificado proposto, com uma área de implantação de 2 861,72m2, é organizado em torno de dois pátios um maior relacionado com o lazer e outro com o ensino e produção. A área envolvente a este, é totalmente acessível, uma das premissas é em quebrar a barreira entre o ensino e população, permitindo esta de utilizar de igual modo os espaços exteriores e interiores como a biblioteca. O edificado é constituído por uma série de muros, estes trabalham com o terreno e diferenças de cotas, mas ao mesmo tempo oferecem maior privacidade em alguns dos espaços e sugerem percursos entre a vinha ao seu redor. Neste grande terreno onde é implantada a vinha, existe algumas ruínas e fragmentos do que teria sido aquele lugar. Apesar se não ter havido intervenção, há a intenção de manter dois deste espaços como Armazém para Barricas onde estas poderiam estagiar durante um longo tempo consoante o tipo de vinho pretendido e Hangar para as máquinas e materiais necessários para o trabalho na vinha. Para perceber como seria o programa desta escola e todos os espaços que seriam necessários, comecei por analisar todas as escolas com este tipo de ensino existentes em Portugal, os seus objetivos e tipo de formação. O programa apresentado foi elaborado fundamentalmente com o apoio de estudantes da Licenciatura de Enologia da UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Maria Graça Carvalho, Coordenadora do Curso Técnico Superior de Viticultura e Enologia da Escola de Elvas. O novo volume em forma de H, organizado em torno de dois pátios virados a sudoeste e nordeste, é constituído por 3 pisos. O piso intermédio é o de entrada e onde estão todos os serviços e espaços de ensino comuns a qualquer escola. Os outros dois pisos, tanto superior como inferior, estão associados à produção e investigação. O pátio maior, virado a Sudoeste é um dos principais pontos de chegada e ladeado a este estão todos os serviços e espaços de convívio.

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O pátio menor, virado a nordeste tem presente um dos acessos à adega e salas de aula, que apesar de acessível tem um caracter mais privado. O elemento comum a ambos os pátios é o átrio de entrada. O átrio, marcado pela diferença de cotas pela sua importância é onde se cruzam todas as pessoas e onde é feita a comunicação entre os pisos. A fachada a noroeste, apesar de ser a principal pelo acesso ao edificado pela rua, apenas tem aberturas nas salas de aula e nos pontos de acesso, tanto pela privacidade do espaço como pelo controlo de luz. A fachada a Sudeste, onde estão todos os espaços relacionados com a produção e investigação tem diversas aberturas que relaciona, o interior com o verde da vinha. A luz tem grande importância neste espaço, mas em locais de maior exposição existem palas para proteção, como na fachada a noroeste e no pátio maior de convívio. A luz em alguns espaços é refletica e não entra diretamente como no caso do anfiteatro. Os espaços são desenhados em função dos usos, da luz, das vistas e principalmente para as pessoas que os vivenciam! Sobre o programa, o piso inferior é onde estão localizados todos os laboratórios, e zona de produção do vinho. Este piso é totalmente dedicado à investigação e produção. O piso superior, também dedicado à investigação com provas de vinho formais e informais, oferece um grande espaço de estar para eventos e proporciona uma visão em redor de toda e envolvente e manto de vinha plantada. De acesso pelo piso intermédio, nas extremidades dos braços maiores do pátio de convívio, está localizado o anfiteatro e biblioteca, ambos além de servirem as necessidades da escola, são acessíveis ao público. A biblioteca com mezanino é marcada pelo grande vão que permite uma vista para uma das quintas mais antigas. O piso intermédio está relacionado com a maioria do programa, se não pela localização é pela relação visual como no caso da zona de produção de duplo pé direito. A intervenção realizada procura assim não só oferecer uma escola, mas sim espaços interiores e exteriores abertos ao publico que como ainda contribuir para a aproximação dos produtores e desenvolvimento da região!

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Planta de Localização

0

13

0 10

50

100

50

100


Planta de Implantação 14


0

15 0

5

20

40 Planta de Implantação

Escala 1/400

20

40


1

Legenda 1. biblioteca 2. zona técnica 3. gabinete de orientação das análises 4. sala de preparação das análises 5. sala de análise sensorial 6. sala de estar e provas

2

Planta Piso 1 16


6

3 5 4

0 0

2

10

20

Planta Nível 1

Escala 1/200

17

10

20


1

2

4 5

7

8

1

6

Legenda

10 23

1. biblioteca 2. zona de estar e refeição 3. i.s. feminina 4. i.s. masculina 5. copa 6. bar 7. cozinha 8. espaço funcionários 9. despensa 10. arrumos 11. segurança 12. recepção 13. átrio 14. associação de estudantes 15. sala docentes 16. sala de aula 17. sala de informática 18. sala reuniões 19. reprografia e papelaria 20. sala presidente 21. recursos humanos 22. secretaria e tesouraria 23. sala som 24. anfiteatro

24

Planta Piso 0 18

3

1

9 10

3

4

22

21 20


11

10

16 16

13

12

14

16 16

16

15 3

16 16

4

17 17

10

16 16

17

19

18

0 0

2

10

20

Planta Nível 0

Escala 1/200

19

10

20


Legenda

2

1. anfiteatro 2. arrumos 3. i.s. masculina 4. i.s. feminina 5. laboratório ecologia vegetal 6. laboratório química e bioquímica 7. laboratório de biologia e microbiologia 8. laboratório controlo analítico de vinhos 9. centro de investigação 10. balneário feminino 11. balneário masculino 12. zona de produção 13. sala das barricas 14. zona de engarrafamento

1

Planta Piso -1 20

2

5

3

6

2

4

7

8

9


12

13

10 14 11

0

0

2

10

20

05

ISCTE-IUL Mestrado Integrado em Arquitetura 5º ano Projeto Final de Arquitetura Escola Superior e Profissional de Viticultura e Enologia Discente Cátia Guerra Nº53220 Planta Nível -1

2017-2018 Docente Pedro Pinto Outubro 2018 Escala 1/200

21

10

20


Alรงado Noroeste e Sudeste 22


Alรงado Noroeste

0

2

10

20

Alรงado Sudeste

0

23

10

20


Alçado Sudoeste, Alçado Nordeste e Corte A - A’ 24


Alรงado Sudoeste

0

10

20

Corte E - E'

0

25

5

20

0

20

50

50


Corte B - B’ e Corte C - C’ 26


0

27

10

20


Corte D - D’ e Corte E - E’ 28


0

29

10

20


1

4 3

2 5

Corte F - F’

0

30

10

20


Pormenor 1 e 2

0

31

1.5

2.5


Pormenor 3 32


Pormenor 4 e 5

0

33

1.5

2.5


34


35


36


CONTRIBUTO PARA ELABORAÇÃO DE UM MANUAL DA CONSTRUÇÃO Dissertação de Mestrado

2.21.01 IN.RE.

Reforço de parede existente com rede electrosoldada em aço galvanizado

Argamassa para revestimento (novo)

01. Picagem dos rebocos existentes.

02. Aplicação da rede electrosoldada em aço galvanizado.

Rede Electrosoldada em Aço Galvanizado (novo)

Fixação da rede com Buchas Metálicas e Chapas Metálica (novo)

Parede existente (antigo)

03. Fixação da rede com buchas metálicas e chapa metálica.

04. Aplicação da argamassa (cal hidráulica, cimento branco, areia amarela e areia lavada) com uma colher de pedreiro. No final a argamassa é nivelada com uma talocha para que esta fique toda uniforme.

0

0.1

0.2

Escala 1/10 metros Obra

Reabilitação

Elemento Parede, Parede de Alvenaria, Parede Interior Anomalia Causa Vídeo

Autor Revisor Ano ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa . Unidade Curricular de Acompanhamento de Obra e Fotogrametria

Aplicação da Ficha Proposta.

37

Cátia Guerra 2018

0.4m


referência número da ficha designação do trabalho apresentado

0.00.00

desenho 3D

Trabalho Apresentado

XX.XX.XX.XX

desenho técnico

descrição

01.

02.

03.

04.

0

0.2

0.4

0.8m

escala

Escala 1/20 metros Obra Elemento Anomalia Causa

05.

06.

Vídeo

vídeo

Autor Revisor Ano

autor, revisor e ano

ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa . Unidade Curricular de Acompanhamento de Obra e Fotogrametria

entidade

fotografias do processo construtivo

descrição

07.

08.

09.

10.

11.

12.

13.

14.

15.

ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa . Unidade Curricular de Acompanhamento de Obra e Fotogrametria

entidade

Proposta de Ficha - frente e verso 38

tipo de obra, elemento, anomalia e causa


A realização do presente trabalho da vertente teórica da Unidade Curricular de Projeto Final de Arquitetura, surgiu com o desejo de aprofundar os meus conhecimentos sobre construção e obra. Desde o início tive vontade de propor algo que fosse útil e que pudesse ajudar tanto profissionais como estudantes de arquitetura, bem como intervenientes de outras áreas relacionadas com construção. Na construção existem diversas lacunas ainda durante a fase de obra ou em anomalias futuras, estas têm como principal fator a falta de conhecimentos por parte dos intervenientes. O cruzamento de informação e partilha de conhecimentos é fundamental; todos têm responsabilidade na obra construída. Para ultrapassar a falta de conhecimento, tem que haver partilha de informação e esta maioritariamente não é de fácil acesso, grande parte desta encontra-se encerrada nas instituições académicas. É urgente melhorar a comunicação para que o conhecimento se torne efetivo. O objetivo do presente trabalho é ultrapassar esta barreira da falta de comunicação, de bibliografia sobre os processos construtivos e propor algo que seja útil e que possa ajudar tanto profissionais como estudantes de arquitetura, bem como intervenientes de áreas relacionadas com a construção. A base do trabalho de investigação apresentado são as obras literárias e gráficas analisadas, obras nacionais de referência produzidas por profissionais e empresas da área. A Proposta apresentada é uma Ficha que será a base para futuros trabalhos da unidade curricular de Acompanhamento de Obra e Fotogrametria do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. A ficha é um contributo para um novo Manual de Construção e de Reabilitação evolutivo que pode e deve ser atualizado ao longo do tempo. Este manual deverá ser partilhado para dar a conhecer os materiais e processos de execução, ser de fácil leitura e interpretação por todos.

[Palavras-chave: Construção, Informação, Partilha, Ficha] Disponível em < https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/17289 >.

39


40


HABITAÇÃO COLETIVA NO BAIRRO DA LIBERDADE Bairro da Liberdade, Campolide, Lisboa, Portugal

Vista da Estação de Campolide em Lisboa para o local de intervenção.

41


O projeto apresentado tem como objetivo trazer novas pessoas para o Bairro da Liberdade em Lisboa. Este local tem vindo a melhorar o seu ambiente, segurança, qualidade e modo de vida de quem o habita; no entanto, é essencial trazer novas pessoas e mais possibilidades. Como ponto de partida para este objetivo crio um grande modulo de habitação coletiva que redesenha um dos espaços com mais importância no local, a Rua Larga que tem ainda como ênfase o Aqueduto das Águas Livres. Este projeto com uma de área de implantação de construção de 3.221,79m2, partiu inicialmente de um bloco inteiro que ia de uma ponta à outra da rua, do Aqueduto à grande escadaria; mas a partir de algumas interseções entre as existências defini 4 rasgos e a partir de 3 destes é possível atravessar da rua para o grande terreno existente. Estes atravessamentos e a sua importância tem como base pequenos caminhos de terra que as pessoas utilizavam para atravessar de forma natural aquele terreno e não quis perder esta relação. Após definir a implantação testei diversas organizações de tipologias e das tipologias inseridas em blocos. A minha intenção foi sempre conseguir o máximo de espaço para aproveitar toda a área que tinha disponível e a questão da salubridade e iluminação do espaço estiveram sempre presentes. Em relação às tipologias tenho 10 T0, 14 T1, 24 T2, 10 T3 e 6 T4; um total de 64 fogos. Para todas estas habitações desenvolvi na parte inferior do projeto estacionamento em cave com um total de 80 lugares para veículos, 1 lugar para tipologias de T0 a T2 e 2 lugares para T3 a T4. Além disto desenvolvi 19 espaços para comércio situados no nível térreo e de entrada a partir da rua, alguns deles com um meio piso a mais no níveis inferior. Do lado oeste, a fachada virada para a rua tenho maioritariamente a área mais social e do lado este, a fachada que está virada para o terreno tenho os locais de estar em maioria para privilegiar toda aquela vista para a cidade e para o terreno com espaço verde que existe. O desenho das fachadas procura vincular a métrica regular com alguns ritmos iguais aos das construções vizinhas criando uma continuidade do espaço face ao lugar. A intervenção procura assim responder a todas as necessidades do espaço, das pessoas como melhorar o desenho urbano do local.

42


Planta de0 Localização 50

0

100

43

50

100


Alรงado Oeste, Alรงado Este e Planta Tipo 44


0

5

20

50

0

0

5

20

45

50

50

100


Maquete Estudo da Implantação a 1/1000, Maquete Estudo Tipologia a 1/50 e Maquete Final a 1/500 46


i.s.

cozinha sala

varanda

i.s.

cozinha sala

varanda

Tipologias T0

0

47

5

10


varanda

cozinha

quarto

sala

i.s.

i.s.

cozinha quarto sala

varanda

Tipologias T1 48


i.s.

sala e cozinha quarto

varanda

0

49

5

10


varanda

sala e cozinha

i.s.

quarto

quarto

varanda

quarto

cozinha

i.s.

quarto

sala

Tipologias T2 50

varanda


varanda

sala e cozinha

i.s.

quarto quarto

varanda

sala

cozinha

i.s.

sala quarto

quarto

varanda

0

51

5

10


varanda

sala e cozinha

i.s. i.s.

suite quarto

varanda

Tipologia T3 52

quarto


varanda

quarto

sala e cozinha

i.s. i.s.

suite

varanda

quarto

quarto

0 10 Tipologia T4

0

53

5

10


54


CABANON

Esquiรงos da fase de desenvolvimento do projeto.

55


O Cabanon é um projeto que vai ao encontro das principais necessidades do Homem para que este consiga permanecer num local durante um curto espaço de tempo. O importante não é permanecer no Cabanon mas que este responda às necessidades básicas e que seja possível tirar o máximo de partido do ambiente que o rodeia. O conceito é a funcionalidade e a flexibilidade do espaço, este é constituído por 3 módulos, o da cozinha, arrumos e instalação sanitária que podem oferecem diversas soluções de organização. Os módulos foram o ponto de partida deste projeto, depois a forma do Cabanon e organização do espaço a partir dos módulos e por fim a orientação dos vãos para a salubridade do espaço. Na solução apresentada em desenho técnico e esquiço temos uma parte mais social e de trabalho onde está presente o módulo da cozinha e uma parte mais privada e repouso onde se encontra o módulo dos arrumos. O módulo da instalação sanitária nesta solução divide ambos os espaço e a passagem que percorre todo o espaço interior cria uma ideia de continuidade e a partir dos vãos há uma ilusão que o Cabanon não tem fim, que este perlongasse até ao espaço exterior que o envolve. Apesar do espaço interior ter apenas 25 m2 é possível criar soluções para 2 e até 4 pessoas e ainda para deficientes. O projeto foi pensado até ao pormenor. Em relação à materialização o sistema estrutural é em aço galvanizado leve e todos os materiais utilizados podem ser alterados se necessário e reciclados sem causar grande impacto no meio ambiente. É assim possível adaptar este projeto a qualquer espaço como se fosse um simples contentor que se pode agarrar e levar para um local, isto para que seja sempre possível responder a todas as necessidades de quem o habita.

56


57


Soluções para permanência para 4 pessoas, 2 pessoas e deficientes 58


0

1

5

Alรงados

0

59

2.5

5


pingadeira chapa de capeamento

parafusos e porcas

lã de rocha gesso cartonado

revestimento em madeira de pinho termo modificada 20x120mm

vão de uma folha batente

mesa desdobravel em madeira de pinho com nós à vista

mdf lacado 8mm

perfil c90

perfis, b para a u

26

perfil c150

barrotes de madeira

sapata e tela imp

10,05 0,25

1,43

2,00

1,55

vão de uma folha oscilo batente

módulo arrumos em madeira de pinho com nós à vista rodapé em mdf lacado 8mm pavimento flutuante

Corte e Planta de pormenor 60


3,48

osb 22mm painel sandwich de 30mm em poliuretano tela impermeabilizante

2,60

módulo arrumos em madeira de pinho com nós à vista

barrotes de madeira osb 15mm

vão de uma folha oscilo batente

tubo de queda de água em pvc

pavimento flutuante osb 22mm lã de rocha tela impermeabilizante

0,00 -0,30

borracha, aninha e parafusos união da sapata com a estrutura

em betão armado permeabilizante

1,98

0,99

0,24

vão de uma folha oscilo deslizante

1,61 vão de uma folha batente 0,25

1,00

3,69

2,19

0,25 suporte autoportante com tanque perfil c90 perfil c150 vão de uma folha oscilo batente peitoril

mesa desdobravel em madeira de pinho com nós à vista gesso cartonado lã de rocha osb 15mm tela impermeabilizante

tubo de queda de água em pvc barrotes de madeira revestimento em madeira de pinho termo modificada 20x120mm

0

61

1.5

2.5


62


63


64


CABOTUGA - HABITAÇÃO, LAZER E CO-WORKING Antigos Pavilhões na Rua da Junqueira, Alcântara, Lisboa, Portugal

Interior do local de intervenção.

65


O projeto tem como ponto de partida a intervenção nuns antigos pavilhões existentes em Lisboa, mais propriamente na Rua da Junqueira na zona de Alcântara. O objetivo essencial do trabalho desenvolvido em grupo foi dar uma nova vida a este espaço através de um programa onde estão presentes módulos para habitação temporária, lazer e co-working. O nome do grupo de trabalho, CaboTuga foi pensado por este ter partido de cabonon’s e por o mesmo ser 100% Português. Os módulos utilizados são realizados a partir da reutilização de contentores. Este projeto está pensado para um funcionamento nunca inferior a 3 anos, onde é possível quando for necessário desmontar e retirar todos os módulos e estruturas do local sem ser necessário grandes custos tanto para a realização do projeto como retirada deste. Este espaço foi igualmente pensado para a realização de eventos, exposições e festas podendo assim acolher um grande número de pessoas ao mesmo tempo. Sobre os pavilhões existentes, a nível de cobertura estas encontravam-se bastante degradadas, e para que luz natural entrasse e houvesse salubridade nos espaços decidimos eliminar todas as coberturas e em consequência todas as paredes e estruturas expecto a de um dos pavilhões - espaço polivalente coberto - e paredes do mesmo como as que envolvem todos os antigos pavilhões. Neste pavilhão, está todo o programa polivalente de lazer e trabalho enquanto no restante espaço de intervenção estão módulos de habitação temporária, um espaço de co-working, lavandaria, espaço 24h com máquinas de café e comida rápida e ainda instalações sanitárias. No projeto foi pensado a questão da mobilidade de deficientes com cadeiras de rodas para que estes pudessem desfrutar e permanecer também neste local. O nosso objetivo é conseguir que o projeto tenha o máximo de expressão e flexibilidade com o mínimo de recursos e gastos, além de projetarmos espaços e ambientes agradáveis e inovadores queremos que estes sejam lucrativos para quem explora todo este projeto. A ideia de desenvolvimento passou por ter um espaço central e grande parte do programa desenrolar-se à volta deste, foi uma opção que nos pareceu agradável e que aproveitaria bem o espaço criando espaços de cheio e vazio entre dois níveis. A ideia é que no nível térreo, haja mais espaço vazio para aproveitar em dias de eventos ou exposições como espaço exterior. Alguns dos módulos de habitação se dividem entre os dois níveis, como referência para uma disposição e relações utilizamos o Mezanino de Le Corbusier e assim surgiu em alguns casos termos três contentores que fazem dois módulos de habitação com pé direito duplo e acesso entre estes. Como os nossos módulos passam pelo aproveitamento de contentores a sua deslocação e posicionamento do local acontece com auxílio de gruas. Estes contentores são aplicados no espaço com a sua cor original, mas a ideia é que as pessoas criem o espaço e estes no seu exterior pudessem ser alterados, desenhados; tanto os contentores como todo o espaço envolvente. O nosso objetivo foi tirar o máximo de partido do espaço e que todas as pessoas, apesar das suas limitações o pudessem desfrutar igualmente e permanecer no mesmo.

66


Planta de Localização 0

20

50

0

67

20

50


10

16 5 3

3

3

Legenda 1. arrumos/oficina de apoio aos contentores 2. bar 3. cabanon para 1 pessoa 4. cabanon para 2 pessoa 5. cabanon para 3 pessoa 6. cabanon para 4 pessoa 7. cabanon para deficientes 8. copa 9. co-working 10. espaço 24h de apoio 11. espaço polivalente coberto 12. espaço polivalente não coberto 13. espaço privado para reuniões e co-working 14. instalações sanitárias 15. instalações sanitárias para deficientes 16. lavandaria 17. receção

13

7

3 6 15

12 14

15

14 17

1 11

8

Planta Piso 0 68

2


4 4 4 3 5 3 4 4 3

3

6 4 4 4

12 9

11

Planta Piso 1

0

69

5

20


Maquete 1/100 e Maquete 1/500 70


5,77 3,17 0,43

5,77 3,17 0,43

5,77 3,17 0,43

0

5

20

Corte A - A’, B - B’ e C - C’

40 0

71

5

20


72


HABITAÇÃO E ESTÚDIO PARA TOMAZ HIPÓLITO Ajuda, Lisboa, Portugal

Largo da Paz e parte da restante envolvente dos locais de intervenção.

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Este projeto é constituído por dois espaços distintos, uma Habitação para uma família e um local de apoio ao trabalho, um Estúdio para um artista plástico Tomaz Hipólito. O espaço de intervenção encontra-se numa parte antiga da cidade de Lisboa, mais concretamente na Ajuda. Esta zona é composta por habitações unifamiliares essencialmente, alguns edifícios, comércio entre outros elementos de serviço como apoio. Uma das premissas desde projeto é que o conforto e a funcionalidade estivessem sempre presentes. Como ponto de partida do desenho e desenvolvimento do projeto foi criada uma métrica e utilizei o elemento de circulação, a escada, tanto na Casa como no Estúdio para a organização do espaço. Um dos objetivos é que houvesses o mínimo de elementos divisores, estes estão presentes apenas nos locais com caracter privado. A Casa é constituída por 3 pisos, um com um caracter mais público e outros dois mais privados. O piso térreo e de entrada designado como piso 0 é constituído por um grande espaço de estar e cozinha, enquanto nos restantes pisos superiores a este estão presentes os quartos. O Estúdio tem uma organização muito simples é apenas constituído por 2 pisos. No piso térreo encontrasse o espaço de trabalho mais polivalente e pé direito duplo em parte deste, no piso superior apenas tenho um espaço de trabalho/ biblioteca. Ambos os pisos do Estúdio se relacionam visualmente. Aproveitei um pátio que já pertencia ao espaço, este cria uma relação de interior/exterior e é um espaço vital no desenho final deste. Uma das mais valias é sem dúvida a área útil; para trabalhar com diferentes materiais, para trabalhar em grupo e para os diversos materiais, máquinas e diferentes obras. A materialidade de ambos os espaços foi muito pensada não só para responder às necessidades, mas também para que esclarecesse o projeto por si só. No elemento de circulação de ambos os espaços, foi aplicado betão armado à vista com uma lâmina que acompanha por toda a altura dos pisos no mesmo material para afirmar a sua importância; no entanto no espelho e piso das escadas coloquei soalho para ligar aos pavimentos em solhado dos pisos superiores para dar uma ideia de continuidade. Os pisos superiores são rebocados de branco e com o pavimento em soalho para tornarem a atmosfera dos espaços mais neutra e elegante. O teto do Piso térreo de ambos os locais são também em betão armado à vista com as mesmas características das escadas para criar uma vivência e atmosfera diferente e com mais força no local. Por fim o pavimento térreo do Estúdio é em betão armado afagado com alta resistência por ter um local de trabalho com diferentes materiais e máquinas. As fachadas, brancas com a presenta da pedra lioz ao redor dos vãos igualmente branca procura não só prolongar as fachadas das construções vizinhas como evidenciar as típicas fachadas lisboetas porque quando projetamos num local como este estamos não só a criar uma nova vivencia no seu interior como também alteramos a realidade consequentemente do espaço que o rodeia.

74


Planta de Localização da Habitação Unifamiliar e Estúdio 75

0

0

10

50

50

100

100


arrumos

i.s.

sala e cozinha

i.s.

quarto

quarto

quarto

Planta Piso 0, 1 e 2 da Casa 76


7

RUA DO LARANJAL

3

CORREIO

CORREIO

Alçado Este, Oeste e Corte A - A’ da Casa

0

77

5

10


arrumos

pátio

espaço de

trabalho

i.s.

espaço de trabalho e biblioteca

Planta Piso 0 e 1 do Estúdio 78


LARGO DA PAZ

15 16

19

20

21

C C'

Alçado Oeste, Corte A - A’ e Corte B - B’ do Estúdio

0

79

5

10


80


81



Obrigada pela atenção


PORTFÓLIO CÁTIA GUERRA ARQUITETURA


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