Comunhão III, 2006 © Rodrigo Braga
Sue, Debbie, Berlim, 1993 25/34 Photographes Š Ralf Marsault/ Heino Mßller
Reportagem: André Carvalho Diagramação: Alexandre De Maio
“Trata-se do maior conjunto de obrasprimas contemporâneas já expostas no Brasil”. Assim Milton Guran, fotógrafo, antropólogo e coordenador geral do FotoRio (Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro) define a mostra “Extremos: fotografias na coleção da Maison Européene de la Photographie – Paris”, do qual é curador, ao lado do criador do MEP, Jean-Luc Monterosso. Até o dia 27 de novembro, o Instituto Moreira Salles de São Paulo expõe 100 fotografias que integram o “mais importante museu de fotografia contemporânea do mundo”, como bem definiu Guran, e que retratam situações extremas da história, das sociedades, dos indivíduos e dos costumes ao longo dos últimos 65 anos. “Extremos” fica em cartaz até 27 de novembro,com entrada Catraca Livre. Para Guran, a ideia da mostra é apresentar fotografias que representem o extremo. “Imagens que retratem o sublime e o horror”, explica o fotógrafo.
Além disso, estão contempladas na mostra imagens obtidas a partir do “extremo da técnica” ou por meio do “radicalismo da linguagem”. “O mundo é assim, cheio de extremos, fizemos a mostra a partir deste conceito”, explica Guran, lembrando que, atualmente, “tudo se radicaliza rápido”. A exposição foi organizada a partir do acervo da MEP (uma coleção de mais de 25 mil fotografias originais da segunda metade do século 20)e ficou exposta em 2010, durante o “Mois de la Photo” (Mês da Foto) de 2010, em Paris. Posteriormente, ficou em cartaz no IMS do Rio de Janeiro. “Extremos” apresenta a fotografia “como expressão artística” e apresenta os principais fotógrafos vivos, brasileiros e estrangeiros. A bicicleta de Pelé. Jogo Brasil-Bélgica, estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, 3 de junho de 1965. Alberto Ferreira ©Alberto Ferreira
O olhar antropólogo de Milton Guran juntou-se à visão antropóloga de Jean-Luc Monterosso na concepção da exposição.
Houve ainda a relevante colaboração de Sergio Burgi (coordenador de fotografia do IMS). A exposição em São Paulo, segundo Guran,”está mais enxuta e contundente, mais interessante” do que a que foi exposta em Paris. “É a mais completa aula sobre fotografia contemporânea”, crava. Estão retratadas na mostra imagens icônicas como a bomba de Hiroshima, a chegada do homem à Lua e a bicicleta de Pelé no Maracanã. Guran destaca as fotografias dos brasileiros Sebastião Salgado, Miguel Rio Branco, Alberto Ferreira, Rogério Reis e Rogério Braga.
Da série Surfistas de trem, Rio de Janeiro, 1990 © Rogério Reis
“Rogério Reis é o representante da foto-reportagem, com seu impressionante registro dos ‘surfistas de trem’, Alberto Ferreira, ao retratar a bicicleta de Pelé, se destaca como representante da ‘foto única’ e Rodrigo Braga inventa, cria sua imagem”, explica o curador.
Beirute, centro (bairro de Bachoura), 1991 Raymond Depardon Š Raymond Depardon/ Magnum/ Latinstock
Apollo 11. O astronauta Edwin “Buzz” Aldrin na superfície da lua, próximo à espaçonave Eagle, com o reflexo do colega Neil Armstrong na viseira de seu capacete, 21 de julho de 1969. Neil Armstrong © NASA
Michael Jackson #5, 2003 Valérie Belin © Valérie Belin 20032001/ Cortesia Maison Européenne de La Photographie – Paris
Rua 100, Leste, 1966 Bruce Davidson Š Bruce Davidson/Magnum/Latinstock
Tríptico Igarapé, 2007 Claudia Jaguaribe © Claudia Jaguaribe
Carolina do Norte, EUA, 1950 Elliott Erwitt Š Elliott Erwitt/Magnum/Latinstock