Desterro (Trailer)

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Trailer

A edição completa com 190 páginas você encontra nas livararias ou pelo site www.anadarcoeditora.com.br



Série Contraculturas Além de ambos serem crucificados, qual a semelhança entre a figura de Jesus, que acrescentou o amor às leis bíblicas, e o mito grego de Prometeu, que roubou o fogo dos deuses para entregá-lo aos homens? Ou então, apesar da distância temporal, qual a ligação entre a insurgência rebelde dos beatniks, que abriram estradas libertárias na década de 1950, e o atual ativismo digital de hackers, que está derrubando ditaduras e autoritarismos por todo o planeta? É simples. Cada um a seu modo ousou abrir e trilhar novos caminhos, provocando e impulsionando transformações. São figuras e movimentos imbuídos de uma força estranha, arrebatadora que, consciente ou inconscientemente, querendo ou não, nos leva adiante. A série Contraculturas organizada pelo jornalista Carlos Minuano e publicada pela Anadarco Editora abre espaço para falar dessa legião de seres insólitos e de suas maravilhosas revoluções. Explosões criativas que acontecem em toda a sociedade, na política, nas artes, nas religiões, no comportamento. Personagens ou momentos históricos que operam como instrumentos uma complexa cirurgia: a difícil cisão que liberta o velho, abrindo passagem para o inevitável novo.




© 2012 Ferréz e Alexandre De Maio Publicação: Anadarco Editora & Comunicação Projeto gráfico e diagramação: Alexandre de Maio Estúdio/produção: R. Oscar Freire, 329 - cj. 81 São Paulo, SP - 01426-001 T. 11 2737-5317 Estoque: Caixa Postal 183 Guararema, SP - 08900-000 www.anadarcoeditora.com.br / editora@anadarco.com.br

ISBN: 978-85-60137-40-4 É PROIBIDA A REPRODUÇÃO Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou gravações, assim como traduzida, sem a permissão por escrito do autor ou da editora.

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A seguir um trailer do álbum Desterro. A edição completa com 190 páginas você encontra nas livararias ou pelo site www.anadarcoeditora.com.br





































Como cavamos Faz muitos anos, muitos mesmo, eu ia de quebrada para quebrada levar meu rap, as vezes cantava em palcos gigantescos construídos pelos moradores, as vezes o show era em mesas de sinuca, o que tinham em comum era o carinho do público. O rap é o único movimento musical que você canta suas próprias músicas independentemente do tamanho do seu grupo. Numa dessas andanças, parei na redação duma revista de rap, a Rap Brasil (Ed. Escala/1999-2009). Foi na redação que vi uma mesa com desenhos chapados, olhei e fiquei pasmo, perguntei de quem era, e o Alexandre disse que era um hobby dele, eu que sempre sonhei em ser desenhista, mas de tanto fazer fanzine virei escritor, por ter os desenhos horríveis, fiquei fã na hora. Dias depois ele me mandou uma página de um quadrinho que estava fazendo sobre o uso da camisinha. Qual é a chance de ter dois caras que amam o rap, o desenho, os gibis e ainda tem postura ideológica ao ponto de querer mudar o mundo? pois é, agente tinha que se unir em torno de alguma coisa. Anos se passaram, depois do meu primeiro romance Capão Pecado, foi em 2003 que lancei o segundo, o Manual Prático do ódio, fui fazendo palestras e shows de rap, e de vez em quando me encontrava sempre com Alexandre, ele tirava fotos e fazia matérias sobre a cultura Hip-Hop. Em 2004 comecei a escrever um livro de contos, e também comecei a pensar em realizar meu antigo sonho de lançar uma HQ, eu tinha um conto pronto, mandei para Alexandre, e começamos a nos encontrar, entre cafés e longas conversas, fizemos nossa primeira hq, trazendo a história de um menino que trabalhava numa lanchonete mas acabava envolvido pelo crime, assim surgiu Os inimigos não mandam flores. Alexandre fez até a fotografia da capa, era muita sede para ver o quadrinho pronto, ele saiu em 2005 no mesmo mês do meu livro Ninguém é inocente em São Paulo. Fomos matérias de vários jornais e parecia tudo bem, afinal o início da trilogia tinha sido um sucesso, mas a editora começou a ter problemas internos e o gibi parou por ai, recebemos muitas critícas, pois as pessoas achavam a história muito curta, não sabiam que tínhamos pensado numa trilogia, pois ela somente apresentava o início da história.


Começamos a avançar as duas partes, e no final tivemos que por um novo início, apoiado na continuação da Inimigos, mas também com uma força que poderia ser lida independente, a cada encontro mudavamos mais a história e os desenhos, e no final virou uma HQ completa, nossa preocupação principal foi fazer um autêntico quadrinho marginal, sem meias verdades, agora só precisavamos de um nome, e as 3 da manhã me veio Desterro. Bom agora agente tinha uma revista inteira, pesada, com os personagens mais completos, seus sentimentos, sonhos. Foram várias as vezes que pensamos em desistir, mas era só tomarmos mais um café aqui na quebra e passar horas falando de quadrinhos que agente se animava de novo e punha a revista na mochila para uma nova caminhada. Eu parecia ouvir Flávio Colin, dizendo que só tem espaço para quadrinho importado. E o pior, sempre comprando HQ eu lia cada coisa estrangeira que não acreditava. Faziamos parte de um país periferia que não queria se olhar no espelho. Tudo pra nós nunca foi fácil, mas agente já tá acostumado a ver o sofrimento como uma etapa, quadrinho de resistência não agrada o oponente, para que ele vai multiplicar e distribuir algo que é danoso para manter sua altarquia? Sabe aqueles filmes de guerra, geralmente feitos por americanos onde o inimigo não tem rosto, não tem sentimento, não tem histórias pessoais? É assim que agente se sente, as histórias são contadas por “vencedores” que são geralmente os donos, os patrões, os proprietários das casas grandes empresas. As pessoas da favela são responsáveis por construir o centro, mas deles nada aproveitam, Desterro traz o traço revoltado de quem andou por vielas, traz argumento amargo de quem morou em barraco de madeira, traz o olhar de quem vive dentro do tema e tudo isso com somente com dois detalhes a mais na receita, a vontade de eternizar o povo da periferia, para que suas vidas tenham importância na história, e que essa história seja contada por esse mesmo povo.

Ferréz - Capão Redondo, dia 9 de setembro de 2012


Os Inimigos não mandam flores Tá o maior calor. Tô até lembrando quando trabalhava no padrão de lanches americanos que esses plaibóis consomem lá do Shopping Ibirapuera, burguesia filha da puta, não podia nem encostar a mão nos pães. Contaminava, é o que diziam, e eu cuspia a todo momento em tudo, o maluco ficava moscando, escolhendo o lanche, beijando a mina dele, usando Fórum, usando Nike, usando todo o kit do sucesso, e eu cuspindo no Hambúrguer, passando o queijo geladinho na testa antes de colocar na chapa, até na merda do milk shake eu cuspi, era satisfação maloqueira garantida. Sempre fui assim, até quando estou para sair de um elevador eu aperto todos os botões, se puder eu atraso essa raça, nem que for em segundos. Porra! Tô viajando, tenho que tá concentrado, quem tá subindo? Porra não conheço aquele carro. É sempre assim. Nessas horas tem que ser ligeiro, a porra dos malote tá dividido, falta contar o dinheiro, não conheço essa porra de quadrilha direito, tem mano que não confio nem fudendo, minha mãe disse que hoje ia ser foda o dia, parece aviso, tô no maior calor. Vou ligar o Tatá para ver se ele tá chegando, o único que conheço de verdade nessa porra toda, mas das trairagem nem Jesus escapou, com certeza nem Deus confia nos amigos, se tiver um, nunca ouvi falar em amigo de Deus. Porra! Tô viajando de novo, essa porra desse Tatá num atende, viado do caralho. Atendeu, até que enfim. E aí, mano, cadê os divide? Tá foda, truta, sumiu dez. Dez o quê, dez real? Não! Fudeu tudo, sumiu 10% da fita. E agora, porra? Agora alguém vai ficar sem. E quem perdeu essa merda?


Me dá o número dele. Pra quê? Pra quê, caralho? É pra ele aparecer com a porra do malote! Se liga, mano, o maluco é mó nervoso, se ameaçar tem que fazer. Não vou ameaçar, me dá a porra do número? Anota aí. Certo, agora vou desligar, depois nós se tromba. Esse viado do Igordão tá pensando o quê? Tem dez, mano, vai sumir logo 10%, isso já tá virando coisa de Pai Thomaz, mas comigo não, nega. Casa de caboclo comigo dá cova rasa. Quem é? Sou eu, o Pipo! Fala! Fala, você, você perdeu essa porra como? Aí, truta! Não põe marra não, que não tem vacilão aqui. Não tem vacilão? Só porque é candeeiro, puxou de trouxa que é. Trouxa, tu vai ver quando a gente se trombar! Nós não vai se trombar, Igordão, sabe por quê? Por que, loqui? Porque ou você aparece com os 10% ou some com a porra toda. E quem vai fazer eu sumir? Eu mesmo, viado do caralho. Vai se foder! Filho da puta, desligou na cara dura, tá pensando o quê? Ele vai ter que dar conta dessa porra, e cadê os outros maluco, tá estranho, vou embicar o carro do outro lado da rua. Porra, aqueles manos de moto já passaram aqui duas vezes, se passar de novo eu pipoco, não vou nem pensar, foda-se. Mas que merda! Eu devia ter ficado vendendo lanche mesmo, minhas mãos já tão molhada, cadê os viados? Se o malote tá aqui, eles têm que ligar pra debater a divisão. Porra! Tá embaçado e, se um rodou, fudeu todo mundo, caralho. Vou ligar pro Ditão.


Quem é? Sou eu, Ditão. Fala! Cadê as conferência? Não tem mais conferência porra nenhuma. Mas o que tá pegando? Não tá pegando, já pegaram. Pegaram o quê? Sua parte. Minha parte? Cê tá louco. Minha parte tá aqui comigo, e mais três partes também. Não por muito tempo. Por quê? Sei lá. Sei lá o quê? Pelo amor de Deus. Deixa Deus fora dessas treta. Mas o que tá pegando? Nada, já falei. Eu vou sumir então, vou sumir com tudo que tá no carro. Vai não. Vou não por quê? Porque já te acharam. Acharam nada, porra! Tô olhando, não tem ninguém. Cê que pensa, já mandaram te avisar. Avisar o quê? Que os inimigos não mandam flores.

Versão original do texto “Os inimigos nã mandam flores” que além da publicação original na revista Caros Amigos, foi quadro no programa Fantástico da TV Globo, videoclipe e álbum em quadrinhos de mesmo nome, lançado pela Pixel em 2005.



Desterro, esse é o nosso mundo com um pé na ficção e dois na vida real. Inesperado e cruel, o universo paralelo que tem a sobrevivência como única regra. Poucas ideias, esse é o lema. Trocar cabeça e virar cagueta nunca passou pelos meus pensamentos, então quando o delegado da Z Sul, me fez escolher entre assinar homicídios, tentativa de assalto e formação de quadrilha, ou delatar alguns parceiros, eu fiquei com a primeira opção. Cumpri a pena, mas guardei na memória uma ligação que ele recebeu sobre seu irmão, o mesmo irmão que eu envolvi num assalto sem futuro, armadilha psicótica que mostrou pro delegado que, os inimigos não levam flores. Não era a questão de vingança somente, era uma fita de deixar justas, afinal justiça tem dois lados, as coisa quites, justas, afinal justiça tem dois lados, nós também temos nossos júris e nosso tribunal. Na faculdade do crime, que alguns chamam de cadeia, aprendi que acima de tudo, problemas são pra serem resolvidos. Agora é só melhora pra nós, firma com nova estrutura, trabalho profissional, cheio de disposição, disbaratinando os mais fraco e somando com os fortes. De sofrimento basta meu passado, o que for meu eu quero é agora, por isso estruturei a parada e estou num nível melhor. Essa é uma nova passagem da minha vida, se algo ai dentro servir pra alguém então tudo que passei já valeu a pena. Meu nome é...bom, melhor num dizer. Sou conhecido pelos parceiros como Igordão.


Uma vez o roteiro escrito, De Maio pegava e desenhava, quando via a composição das páginas, eu tinha vontade de escrever em cima, então o método acabou sendo esse, escrever, desenhar e depois escrever quando o desenho pedia. Ferréz


Quando vi os traços de De Maio, na hora eu pensei - Minha nossa, vou criar algo muito especial só para ele desenhar. Ferréz


Ferréz cria os textos no caderno, acima a primeira introdução, ainda quando o projeto chamava 1000 Fita.


Uma das pรกginas do roteiro que chegava para ser quadrinizada.


Cada vez que eu recebia o texto do Ferréz começava um processo de ver referências e pensar nas cenas. Um processo de story board muito parecido com a produção cinematográcia era feito. A cena abaixo foi pensada dessa maneira e a disposição do quadros vai da ação a camera lenta na hora da batida. DeMaio






Final alternativo n達o usado.



Segunda capa que n達o foi aprovada.


Capa alternativa n達o aprovada.



Primeira HQ que FerrĂŠz viu feita por De maio originalmente para a revista Rap Brasil em 2001.




manual prรกtico de sampa Alguns dados sobre o cenรกrio da nossa histรณria.



Capão Redondo, São Paulo, Brasil.

“Não sou conduzido, conduzo”.

São Paulo foi invadida por padres jesuítas em 1554, hoje com mais de 19 milhões de habitantes é a quarta maior aglomeração urbana do mundo e possui o 10º maior PIB do planeta. O grande desenvolvimento econômico também acentua as diferenças sociais, aliada a falta de um ensino de qualidade e carência de politicas públicas cria um caldeirão que joga milhares de jovens para aumentar os números da violência na cidade. Em 1980, a taxa de assassinatos de crianças e adolescentes era de 3,1 por 100 mil. Essa quantia cresceu constantemente ao longo do tempo e, em 2010, chegou a 13,8. O aumento de quase 350% em três décadas coloca o Brasil no quarto lugar entre 99 países mais violentos. A nossa história se passa na zona sul da cidade, lugar onde nasceu e vive o escritor Ferréz. Na sua região, o Capão Redondo, ao lado de Parque Santo Antônio e da 37º DP, no Campo Limpo, formam a área conhecida como “triângulo da morte” que concentra um em cada dez assassinatos da capital. Juntos, os três registraram 73 mortes no primeiro semestre desse ano. Tudo isso, porque em 2012 uma guerra entre polícia e o crime organizado, segundo dados oficiais divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo, fez crescer os homicídios em 21,8% no 1º semestre. Capão Redondo esta em segundo lugar no ranking dos bairros mais perigosos, teve 32 vítimas de homicídios dolosos e latrocínio no primeiro semestre, só perdendo para seu vizinho Parque Santo Antônio que somou 33 mortes. Infelizmente não precisamos inventar uma cidade violenta para fazer quadrinhos. De Maio Fonte BBC e Folha de S. Paulo


Guerra entre PM e Civil, ataques do crime organizado, corrupção e aumento de mortes marcam 2012 Movimentos Sociais Protestam e PM nega abuso em mortes em SP Somente no mês de junho, em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de homicídios dolosos aumentou 47% de acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública. Esses números nem contabilizam os casos de resistência seguida de morte, que entram no levantamento de letalidade policial, ainda não divulgado. De acordo com análise feita com dados da Corregedoria da PM pelo jornalista André Caramante da Folha de S. Paulo, atualmente ameaçado de morte, a Rota (grupo especial da PM de São Paulo), matou entre janeiro e maio desse ano 45% mais que no mesmo período em 2011. Em comparação a 2010 o aumento foi de 104,5%. No mês de junho a média é de 14 mortes por dia, período mais violento desde que dados sobre criminalidade passaram a ser divulgados mensalmente, há 18 meses.

Deus cria a Rota mata Em janeiro de 2010 a Rota matou 22 pessoas, o mesmo perído de 2011 foram 31 mortes, já em 2012 foram 45, um aumento de 104,5% segundo dados oficiais divulgados pela Folha de S. Paulo. De janeiro a 13 de setembro de 2012 a Rota matou 170 pessoas, matérias em jornais fazem comparações ao tempo da ditadura militar. Do outro lado o crime organizado matou 68 policiais nesse mesmo perído. São constantes as denúncias de abuso de poder e execuções. Um a cada cinco mortes intencionais são de responsabilidade da polícia. A cada policial morto ou ferido, 4,2 pessoas são mortas ou feridas na capital de São Paulo. 10 distritos concentram 25% das mortes, com 99,6% de homens, onde 60% tem entre 15 e 24 anos, segundo Instituto Sou da Paz. De Maio


SP tem 1% dos homicídios do mundo, diz ONU Sozinha, a cidade de São Paulo responde por 1% de todos os homicídios do planeta – apesar de ter apenas 0,17% da população mundial, afirmava estudo de 2007 da Organização das Nações Unidas (ONU). São Paulo é citado como um exemplo que a expansão caótica das cidades colabora para a elevação das taxas de criminalidade nos centros urbanos. Apenas entre 1940 e 1960 a migração do campo para a cidade fez a periferia metropolitana inchar 364%. Incapazes de lidar com as demandas por serviços urbanos e justiça, as instituições civis foram “esmagadas pelo ritmo e o tamanho do crescimento populacional”, diz o estudo. Em 1999, São Paulo registrava um número recorde de 11.455 assassinatos, uma estatística mais de 17 vezes superior à de Nova York, que no mesmo ano contava 667 crimes deste tipo. Entre 1970 a 2007, a taxa de homicídios em São Paulo quadruplicou segundo a ONU, a violência no Brasil tem um perfil jovem. Dois terços dos crimes envolvem pessoas de até 25 anos. E foi nesse cenário que Igordão, Xela, Mentira e todos os personagens cresceram. Atualmente São Paulo tem conseguido diminuir os índices de criminalidade, mas a desigualdade social ainda é muito grande. Os últimos dados oficiais mostram que o estado fechou 2011 com taxa de homicídios de 10 para cada 100 mil habitantes, no mesmo ano foram feitos 35.584 flagrantes de tráfico e a população carcerária atingiu a marca de 179 mil detentos. O ano de 2011 ainda terminou com 132.719 prisões, 4.189 homicídios dolosos (com intenção) e um crescimento de 20,9%, com 306 roubos seguidos de morte.

De Maio Fonte:



alexandredemaio.com.br www.facebook.com/alexandre.demaio alexandredemaio@gmail.com www.1dasul.com.br ferrez.blogspot.com selopovo.blogspot.com.br www.facebook.com/umdasul ferrez1@ig.com.br http://www.facebook.com/igor.mendes.3344





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