Quando eu vi o MAR...

Page 1

QUANDO EU VI O MAR…

Biblioteca Escolar de Caxinas Turma 2-04C


Era uma vez uma menina que se chamava Ana. Vivia no campo mas sonhava com o mar.


A Ana conhecia o mar atravĂŠs dos livros e das histĂłrias que o seu pai lhe contava. Por isso, ele levou a menina atĂŠ uma praia: a praia das Caxinas.


Ă€ medida que se aproximavam, a Ana perguntava de onde vinha tanto brilho e tanta luz, e que cheiro era aquele que perfumava o ar. O pai explicou-lhe que o brilho era o reflexo do sol na ĂĄgua do mar e que o cheiro era o da maresia.


Quando o pai estacionou o carro, juntinho ao mercado das Caxinas, correram, ainda calçados, até às ondas daquele mar brilhante. O pai sugeriu que se descalçassem, não fosse a água salgada estragar os seus sapatos.


Foi então que a Ana enterrou os seus pezitos na areia e sentiu fazer-lhe cócegas nos pés.


Depois correu para a ĂĄgua e molhou os pĂŠs.


A Ana estremeceu com as ondas e perguntou: - Pai porque é que a água do mar vai e vem? O pai explicou-lhe: - Oh filha, isso são as ondas. É o mar abraçar a areia! Perante o olhar curioso da Ana, a maré foi descendo deixando nuas as rochas.


A cara sarapintada da menina estava coberta de alegria e espanto‌ as anĂŠmonas pareciam flores coloridas a dançar na ĂĄgua azulada, as algas lembravam uma orquestra organizada por ritmos bem coordenados, os caranguejos deslizavam sobre as rochas muito atarefadas na luta por se escapulir dos dedos enregelados da Ana.


Foi então que a menina ficou assustada… viu uma estrela e pensou que esta tinha caído do céu. A sua preocupação só desapareceu quando o pai lhe mostrou as perninhas e até a boca daquele ser tão engraçado ! Nunca tinha sequer imaginado estrelas que não vivessem no céu…


Este era um dia muito importante para a Ana ! Brincou tanto na água que a pele das mãos e dos pés estava completamente enrugada e os lábios estavam roxos de frio.


Por isso o Pai disse-lhe: - Ana, é melhor saíres da água! Assim faz-te mal. Vem para aqui. Anda secar-te.


O pai e a filha sentaram-se encostados a um barco que descansava na areia.

À medida que os pés e mãos da menina recuperavam uma temperatura mais confortável, o pai continuava a falar dos peixes e das embarcações que se viam dali.


SĂł agora a Ana teve tempo para se aperceber da fome que sentia.

Nada seria melhor do que uma bela refeição num restaurante junto daquela praia.


Foram almoรงar a um restaurante chamado Caximar, onde comeram uma bela caldeirada de peixe.


Receita da caldeirada de peixe Ă caxineira Ingredientes:

Peixes: carapau, robalo, linguado, cavala, cascarra, raia, lulas, pinta e pregado; Cebola, batata, vinho branco, azeite (q.b.), pimenta (q.b.), colorau doce (pouco) e 2 folhas de louro.


Modo de Preparação: Os ingredientes são colocados no tacho em camadas. Primeiro uma camada de cebola, depois uma camada de batata ás rodelas finas, a seguir é colocado o peixe. Coloca-se nova camada de cebola e outra camada com o resto da batata. Junta-se o vinho, o azeite, os dois dentes de alho, o pimento, o sal, a pimenta, o colorau doce e as duas folhas de louro. Deve-se cobrir com pouca água.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.