Casa de Acolhimento Darcy Vitรณria de Brito
Instituição de Acolhimento
Espaço de moradia, na qual crianças e adolescentes vitimas de violência ou vitimas de violação de direitos são encaminhadas pelo J u i z a d o d a Va r a d a Infância e Juventude e pelo Conselho Tutelar enquanto medida de proteção.
Instituição de Acolhimento
O serviço de acolhimento institucional, tem por finalidade garantir o cumprimento da MEDIDA DE PROTEÇÃO prevista no artigo 101 alínea VII do Estatuto da Criança e do Adolescente (LEI 8069/90), no âmbito da proteção integral, seguindo o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária e as Orientações Técnicas para os Serviços de Acolhimento para Crianças e adolescentes.
Principais Motivos dos Acolhimentos Institucionais Dependência química dos genitores Dependência química das crianças/ adolescentes Deficiência mental dos genitores Maus tratos Negligência Abuso sexual Abandono Violências Domésticas Violência Física
GARANTIR O CUIDADO INTEGRAL DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDOS, EXERCENDO PAPEL DE GUARDIÃO “A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo ao seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais” (art. 33 - ECA)
Na impossibilidade de retorno, sugerir ao Judiciário encaminhamento para família substituta – Adoção.
Trabalhar o desenvolvimento da autonomia das crianças e adolescentes que possuem remotas possibilidades de adoção
Atribuições Acolher crianças e adolescentes, de ambos os sexos, vítimas de violência, com os vínculos familiares fragilizados e/ou rompidos, em um ambiente saudável e acolhedor, além de: Garantir proteção integral às crianças e adolescentes. Garantir o acesso a higiene, alimentação e cuidados básicos.
Somos a segunda famĂlia de muitas crianças e adolescentes. Trabalhamos para garantir que todos tenham uma vida social normal.
Atribuições Restabelecer e/ou fortalecer os vínculos familiares e/ou sociais, salvo determinação judicial contrário. Promover o acesso à rede sócio assistencial e aos demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. Favorecer o surgimento de aptidões, bem como encaminhamento para o mundo do trabalho. Promover o acesso à educação, saúde, lazer, esporte e cultura.
"A vida só faz sentido quando nos entregamos, quando nos doamos e nos permitimos fazer parte da vida do outro.� (Redaviqui Davilli)
Manutenção da casa Atualmente, a casa conta com equipe técnica especializada formada por: coordenação; psicóloga; assistente social; 9 educadores; 2 cozinheiras e 1 aux. De serviços gerais. A seguir veremos o custo mensal das despesas da Casa de Acolhimento.
Planilha de gastos Despesas Pagamento Pessoal Férias e 13º Encargos Sociais Vale - Alimentação Vale - Transporte Telefonia Fixa Material Higiene e Limpeza Ação Trabalhista Energia Elétrica Água/Esgoto Alimentação Total
Custo por criança R$ 2.903,74
R$33.585,38 R$3.562,09 R$7.794,36 R$2.230,27 R$1.580,45 R$579,70 R$508,78 R$600,00 R$872,12 R$2.400,27 R$4.361,36 R$58.074,78
"Não existe nada melhor do que nos sentirmos em casa! Nossos vínculos afetivos e emocionais estão atrelados ao nosso lar. A missão da Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito é dar ou devolver, para todos os nossos acolhidos esse prazer de se sentir em casa. Porque acolher significa cuidar. Quem ama cuida. E quem é cuidado se sente parte de uma história. Queremos que todo jovem e criança tenha o direto da beleza de poder materializar os seus sonhos e objetivos de vida. Para isso não existe preço."
Conheça as Crianças e Adolescentes Roberto – 15 anos (Nome Fictício) Abandono por parte da mãe aos 03 anos. Pai está detido por envolvimento com o narcotráfico. Avó não possui desejo de cuida-lo devido às suas demandas, que se referem a fase da adolescência. Apresenta dificuldades com regras e limites e envolveuse como uso de maconha. Possui comportamento infantil, adora soltar pipas e jogar bola. Possui impressionante habilidade para desenhar.
Douglas – 17 anos Lais – 15 anos (Nomes Fictícios) Acolhidos desde 09 e 08 anos de idade, respectivamente, por motivo de alcoolismo do genitor e falecimento da genitora. Possuem vinculo com uma irmã mais velha, porem a mesma é usuária de drogas. Com remotas possibilidades de adoção, atende-se os adolescente no sentido de investir na sua autonomia.
Douglas estava inserido no mercado de trabalho através do programa jovem aprendiz, porém, foi demitido devido à situações de imaturidade e irresponsabilidade. Entendemos que o adolescente apresenta “medo de crescer”, por se aproximar da idade de desligamento da instituição.
Lais está inserida no mercado trabalho através do programa jovem aprendiz, apresenta bom comportamento, é responsável, e possui desejo de entrar na faculdade. Atualmente cursa o 1º ano do ensino médio. Possui temperamento forte, por vezes é braba. Está namorando com adolescente da comunidade há 05 meses.
"O diferencial deste programa está na qualidade técnica e o olhar de cuidado em relação aos adolescentes e crianças atendidas. O motivo da entrada dessas crianças e adolescentes sempre são motivos traumáticos, por isso a necessidade do serviço de qualidade, não só de boa vontade, mas sim de qualidade técnica e amor. E falar desse programa é falar de amor, é o amor que essa equipe e o CCEA tem para com as crianças. Isso é trabalhar como se fosse uma família, isso é trabalhar o passado, o presente e o futuro."
Eliana – 15 anos (Nome Fictício) Natural de outro Estado, a adolescente foi institucionalizada pela primeira vez aos 09 anos, após falecimento da genitora. Não possui vinculo com o genitor. Esteve institucionalizada com seus irmãos, no entanto, os mais velhos evadiram da instituição e os mais novos foram adotados. Até que uma tia paterna, que não tinha vinculo com a criança, assumiu seus cuidados e a trouxe para Florianópolis.
Eliana permaneceu 03 anos residindo com a tia, no entanto, sofria diferença nos cuidados em relação aos filhos biológicos, e foi abandonada pela tia, que a entregou ao conselho tutelar. Eliane não possui vínculos afetivos significativos em Florianópolis e não possui perspectivas de sair da instituição antes de completar maior idade.
Alice – 15 anos (Nome Fictício) Alice é uma adolescente que se encontra institucionalizada desde os 07 anos de idade. Possui destituição do poder familiar e já passou por pelo menos três abrigos e duas famílias substitutas, inclusive por meio de adoção, que resultou na devolução da menina. Alice não possui vínculos afetivos significativos, apresenta baixa autoestima e comportamento de menos valia. Verbaliza, “não tenho nada a perder... não tenho ninguém por mim” . Na instituição, sempre foi notório seu descontentamento e saturação em relação à institucionalização, o que gerou diversas fugas e situações de risco.
"A Casa de Acolhimento Darcy Vitória de Brito nasceu para devolver a infância, que é o ato da beleza de poder materializar os seus sonhos. E para devolver a beleza da infância de uma criança e a esperança agarrada nos seus olhos, tenho a impressão que não tem preço, do ponto de vista do investimento. A casa é sustentada pelos diversos parceiros e parceiras que acreditam nesse trabalho e na importância de devolver esse sonho concreto. Porque é muito mais importante previnir do que punir depois."
Ronaldo – 15 anos / Maicon – 14 anos /Bernardo – 12 anos Patrick – 08 anos (Nomes Fictícios) O grupo de 04 irmãos estavam aos cuidados dos Tios maternos, devido a situações de negligência com a mãe e suspeita de abuso sexual por parte do pai. Porém, foram institucionalizados nesta casa de acolhimento, devido a invasão perpetrada pela genitora na casa do guardião, usando de violência e do narcotráfico local para raptar o filho caçula, ameaçando e agredindo todos na residência, inclusive os filhos mais velhos. Segundo relato das crianças, todos foram ameaçados de morte, tiveram que fugir com as roupas do corpo e estão impedidos de retornar para a residência, correndo risco de morte com o narcotráfico local.
Ronaldo – Irmão mais velho, aos 15 anos é extremamente maduro e responsável, possui comportamento de cuidado e proteção em relação aos irmãos, que correspondem às suas orientações. Ronaldo é tranquilo e afetivo com todos na casa. Estava trabalhando como auxiliar administrativo através do Programa jovem aprendiz próximo a sua antiga residência, porém, teve de ser desligado para garantir sua proteção.
Recentemente foi chamado para trabalhar, novamente como Jovem Aprendiz, no Ministério Publico. Fraterno e responsável, gastou parte de sua rescisão salarial com os irmãos suprindo as necessidades dos mesmos, tênis, roupas, mochila escolar, a outra parte, tal qual seu salario, será para auxiliar o tio nas despesas da casa, quando puderem retornar. Maicon – Adolescente responsável e afetivo, no entanto, possui leveza e brincadeira no olhar e nas atitudes, por vezes é imaturo, típico da idade. Na instituição, respeita as regras, os educadores e o espaços dos demais, é um adolescente bastante divertido e de fácil manejo. Está frequentando curso preparatório para entrar no mercado de trabalho, e aguarda ser chamado para vaga de jovem aprendiz.
Bernardo é um adolescente bastante afetivo, gosta muito de praticar esportes. Possui preocupação excessiva com sua saúde, o que faz com que o mesmo seja mais “manhoso” e goste de ter bastante atenção dos educadores. Está sempre sorrindo e adorar ganhar um cafuné. Patrick – Um menino extremamente carinhoso, alegre e afetivo. É o “neném” dos irmãos mais velhos. Está sempre disposto a brincar. Gosta de cantarolar pela casa e jogar futebol. No início sofreu bastante com o acolhimento, hoje em dia está mais tranquilo e adaptado.
“Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silêncio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo: é o que dá sentido à vida” (Cora Coralina, poetisa brasileira)
email: casadeacolhimento@ccea.org.br Telefone: (48) 3028-1002 www.ccea.org.br
Feito com ❤ por Redaviqui Davilli Comunicação CCEA