Deserto

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Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação fluviométrica. Como consequência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Comparando-se com regiões mais húmidas isto pode ser verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os desertos frequentemente abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida (especialmente durante o dia) para conservar humidade. Aproximadamente dois nonos da superfície continental da Terra são desérticos. O solo do deserto é principalmente composto de areia e dunas. Paisagens de solo rochoso são típicas e reflectem o reduzido desenvolvimento do solo e a escassez de vegetação. As terras baixas podem ser planícies cobertas com sal. Os processos de erosão eólica (isto é, provocados pelo vento) são importantes factores na formação de paisagens desérticas. Os desertos algumas vezes contêm depósitos minerais valiosos que foram formados no ambiente árido ou que foram expostos pela erosão. Por serem locais secos, os desertos são locais ideais para a preservação de artefactos humanos e fósseis.


Deserto 1º Sara (África) 2° Deserto Arábico (Ásia) 3° Deserto de Gobi (Ásia) 4° Deserto do Calaári (África) 5° Grande deserto de areia (Austrália) 6° Kara kum (Ásia) 7° Taklamakan shamo (Ásia) 8° Deserto do Namibe (África) 9° Thar (Ásia)


Uma caravana de nômades tuaregues cruza o Saara.

Mesmo com suas excelentes adaptações, poucos animais conseguem sobreviver às severas temperaturas do dia nos desertos. Estes permanecem dentro de abrigos durante a maior parte do dia, refugiando-se sob rochas ou em tocas, onde não é só mais fresco, como também mais abafado, o que permite que a própria respiração dos animais aumente a humidade do ar circundante. Dessa forma, o corpo deles perde menos água pela evaporação. No caso do escorpião, é sua

Quando o sol começa a pôr-se, o deserto agita-se. No Saara, o gerbo comum e o gerbo-saltador, com suas longas pernas,

dura carapaça externa que o ajuda a obter humidade.

saem de suas tocas, à procura de sementes e restos vegetais. Também os caçadores aparecem: lagartixas correm entre as pedras procurando besouros, enquanto os fenecos, com suas grandes orelhas alertas, farejam o chão atrás dos odores que os levarão, com toda certeza, a um gerbo desatento.


Neste oásis da Tunísia, o deserto estéril foi transformado em terra fértil. Mas o deslocamento das dunas de areia do deserto é uma ameaça sempre presente.

A história é a mesma em qualquer deserto do mundo. Mudam somente os animais: no deserto da América do Norte, a raposa kit substitui o feneco; no Deserto Australiano, o rato-canguru toma o lugar do gerbo. As noites, porém, são muito frias. Os animais que precisam do calor ambiente para manter a temperatura de seu corpo (animais de sangue frio, como lagartos, cobras, insectos e escorpiões) começam a ficar mais lentos quando a temperatura diminui. Assim eles têm de parar de caçar e de procurar alimento e retirar-se para os seus esconderijos até ao dia seguinte. Mesmo os mamíferos de sangue quente – as raposas, os gerbos e os ratos – sentem a temperatura nocturna muito fria para seu gosto e voltam para os seus esconderijos e tocas antes do amanhecer.


O turno matutino Quando o sol nasce, surge um novo grupo de animais. Nas terras secas do oeste norteamericano, o gila começa sua patrulha diária. Enquanto

o

sol

aquece

o

seu

corpo

atarracado, ele devora insectos, ovos de aves e até filhotes de pássaros. Na Austrália, o lagarto moloque tem de encontrar e consumir

O tetraz da Namíbia encharca as suas penas peitorais com água e leva-a aos seus filhotes.

7 mil formigas ao pequeno-almoço, a sua única refeição no dia. O rápido aumento da temperatura o forçará, e aos outros animais do turno matutino, a voltar o quanto antes ao seu abrigo. Gila


Cacto Saguaro, no deserto do Arizona (Estados Unidos). Pode medir até quinze metros de altura.

A maioria das plantas do deserto é tolerante à seca e à salinidade, tais como as xerófilas. Algumas armazenam água nas folhas, raízes e caules. Outras plantas do deserto têm longas raízes que penetram até o lençol freático, fixam o solo e evitam a erosão. Os caules e folhas de algumas plantas reduzem a velocidade superficial dos ventos que transportam areia, protegendo assim o solo da erosão. Os desertos normalmente têm uma cobertura vegetal esparsa porém muito diversificada. O deserto de Sonora, no sudoeste americano, tem a vegetação desértica mais complexa da Terra. O gigantesco cacto saguaro fornece ninhos às aves do deserto e funciona como "árvore". O saguaro, povoa o deserto de Sonora, cresce lentamente mas pode viver duzentos anos e pesar quase 10 toneladas. Apesar dos cactos serem normalmente considerados plantas dos desertos, outros tipos de plantas adaptaram-se à vida em meio árido. Isto inclui plantas da família da ervilha e do girassol. Os desertos frios têm como vegetação predominante gramíneas e arbustos. Trabalho realizado por: João Luís Fernandes, nº17 e Francisco Pereira, nº12 do 5ºB.


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