A arquitectura modernista

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ARTE E FUNÇÃO: arquitectura e design Os pioneiros do Movimento Moderno: Mackintosh, Beherns e Sullivan. Franck Lloyd Wright e os fundamentos do Organicismo


ARTE E FUNÇÃO: arquitectura e design Os pioneiros do Movimento Moderno: Mackintosh, Beherns e Sullivan. Franck Lloyd Wright e os fundamentos do Organicismo • As primeiras décadas do século XX ficaram, quer na arquitectura quer no design, marcadas por polémicas que envolveram engenheiros, arquitectos e artistas que mantiveram acesa discussão sobre as relações entre : ARTE e TÉCNICA e FORMA e FUNÇÃO . •

Estas questões vinham sendo levantadas , desde a Arte Nova, onde se tentaram equilibrar as tensões entre tradição e inovação, surgindo duas tendências:

- Uma tendência mais ornamental , de que vimos exemplos na Bélgica, França e Catalunha; - Outra mais estruturalista e racional do que são exemplos a Escola de Glasgow, a Secessão Vienense e a Escola de Chicago.


• •

Disseminada pelos CIAM ( Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna ), esta arquitectura atingiu o apogeu a seguir à Segunda Guerra Mundial nos anos 50 e 60, para depois entrar em crise dando origem ao Pós modernismo. Esta segunda vertente acabou por anunciar as tendências inovadoras no design e na arquitectura após a Primeira Grande guerra.


Definição de Modernismo • Nome dado ao conjunto das vanguardas artísticas do início do século XX • A arquitectura modernista reflecte as influências das várias correntes estéticas da época.

Caracteriza-se pela: - adesão às inovações tecnológicas do século , - pela fidelidade á “ verdade dos materiais”, - pelas preocupações com a proporção à escala humana, - a atenção aos pormenores, bem como pelo conceito de que “ a forma deve seguir a função”.

• As suas premissas cristalizaram-se nas décadas de 1920 e 1930, formando o Estilo Internacional.


ESCOLA DE GLASGOW • Reflectindo o crescimento industrial da região, Glasgow conheceu nos finais do século XIX, um período de intenso crescimento económico, a que ficou ligado o GRUPO QUATRO ou GRUPO DE GLASGOW, uma associação de artistas ( arquitectos, pintores - decoradores) onde sobressaí CHARLES RENNIE MACKINTOSH.

• Formado na tradição de Morris e da Arts and Crafts, Mackintosh desenvolveu uma arquitectura assente em estruturas ortogonais de ferro, com paredes lisas de pedra e grandes superfícies envidraçadas, volumes geométricos, interiores deslocáveis e decoração contida. • Os seus trabalhos decorativos e o mobiliário que desenhou, reflectem as preocupações de um racionalismo mais estrutural e geométrico.


Mackintosh



ESCOLA DE ARTE DE GLASGOW A fachada possui grande simplicidade estrutural, composta por planos rectilíneos e marcada por grandes janelas, pouco usuais na época. Esta simplicidade racional e simétrica é embelezada com elementos Arte Nova, expressos no portal e nos ferros forjadas.

Grandes Janelas Trabalho em pedra

Geometrização



ESCOLA DA SECESSÃO VIENENSE

• O carácter estrutural e depurado da arquitectura e do design de Mackintosh, divulgado pelas exposições universais, tiveram grande impacto na Áustria onde um grupo de jovens artistas haviam criado em 1897, a Escola da Secessão Vienense. • Dela faziam parte o pintor Gustave Klimt, e os arquitectos Olbrich, Josefh Hoffman e Otto Wagner, Adolf Loos. • Em conjunto desenvolveram obras caracterizadas por: - grande simplificação geométrica dos volumes e das formas ; - a distribuição simétrica, racional e funcional dos espaços; - pelo tratamento austero e contido da decoração.


Josef Hoffmann – Palácio Stoclet


Josef Hauffmann


OTTO WAGNER


Otto Wagner- Casa da Majólica Estruturalista e formalista, Wagner concebeu este edifício com um enorme rigor de desenho, patente na fachada rectilínea e plana, onde e racionalidade é cortada pelo colorido e pelo movimento da decoração em cerâmica.


ÁUSTRIA ADOLF LOOS,Chicago Tribune Tower e a Casa Steiner


ESCOLA DE CHICAGO • Foi considerada a mais estruturalista das arquitecturas modernistas. • Desenvolveu-se nos E.U. A. • Foi incentivada pela necessidade de renovação urbanística do centro da cidade após um grande incêndio em 1871. • Os principais arquitectos desta renovação urbanística foram: Louis Sullivan e Dankmar Adler. • Aplicaram novos sistemas de alicerces, cimentação, resistência e isolamento; aperfeiçoaram os esqueletos construtivos em ferro e aço de linhas ortogonais; libertaram os muros do seu papel de suporte, rasgaram as fachadas em paredes – cortinas ( grandes coberturas envidraçadas ), deram maior liberdade às plantas dos pisos, criando divisórias amovíveis. • A modernização dos sistemas e técnicas permitiu a construção em altura até ao nascimento dos arranha-céus ( a construção dos elevadores eléctricos em 1887, foi decisiva


Os edifícios funcionaram, simultaneamente, como centros comerciais e de escritórios, podendo conter nos últimos andares , ateliers e habitações.

• Exteriormente marcava-os a regularidade horizontal e vertical, criada por longas filas simétricas de janelas.

• Na Escola de Chicago iniciou a sua actividade, um dos arquitectos mais influentes do século XX, Frank Lloyd Wright.


William Le Baron Jenney – Chicago, 1879 William Le Baron Jenney – Ludington Building


SULLIVAN e ADLER- “ Auditorium Building , chicago ( 1894-1895) 17 andares, teatro, hotel, escritórios


Adler and Sullivan – Stock Exchange, Chicago, 1893-94


Edifío Guaranty, Louis Sullivan, Buffalo, 1894-1895 É representativo da teoria defendida por Sullivan de que a “forma segue a função”conceito - base do modernismo, e onde definia 4 zonas funcionais do edifício: a cave; o piso térreo; a zona intermédia e o piso técnico superior. (pág.228)


Louis Sullivan, “Holabird & Roche Este arquitecto preocupava-se em mostrar o esqueleto estrutural e da planta reflectido nas fachadas austeras, acentuadas pelas verticais que adelgaçam o aspecto maciço do edifício.


Arquitectura Modernista em França, antes de 1914.

• AUGUSTE PERRET, fachada da Rua Francklin, 1903 • Pioneiro na sua estrutura de betão armado, ainda visível, este prédio ostenta um revestimento decorativo que disfarça esse novo material construtivo. • A construção em betão permitiu: • - uma melhor organização da planta, de modo a eliminar o tradicional pátio interior. • A fachada possui reentrâncias com grandes janelas assegurando uma boa iluminação em todos os pisos e dependências.


ALEMANHA Peter Berhrens, Fábrica das Turbinas da AEG, 1909 A estrutura metálica usada no edifício possibilitou a abertura, nas fachadas de betão, de enormes janelas de vidro com caixilharia de aço. De volumes simples e sem ornamentos, esta fábrica é representativa da arquitectura funcionalista que então despertava. No atelier de Beherns trabalharam Mies van der Rohe, Le Corbusier, Meyer e Walther Gropius.


Walter Gropius, Adolf Meyer e Eduard Wemer, Fábrica de Formas de Calçado Fagus, 1910-1914, Alemanha Os edifícios estão dispostos ao longo de um eixo, de modo a responder ao processo de fabricação - entrada da madeira, corte ,secagem e processo de transformação.


ALEMANHA: Walter Gropius

• O estilo inovador deste arquitecto , que seria o fundador da Bauhaus em 1919, na Alemanha, em Weimar, é visível desde já na concepção da Fábrica Fagus perto de Colónia. • Aqui, partindo de critérios racionais e funcionais, o arquitecto anunciou os princípios do seu futuro estilo.


FRANK LLOYD WRIGHT e o ORGANICISMO •

O Organicismo surgiu nos anos 30, como reacção contra o funcionalismo racionalista da arquitectura europeia.

• A arte e a arquitectura procuraram novas vias que evidenciassem preocupações com o ambiente circundante e respeitassem as tradições locais , ao nível dos materiais e das técnicas construtivas.

• É neste contexto que surge Frank Lloyd Wright, arquitecto americano que iniciou a sua actividade na Escola de Chicago.


• Foi influenciado pela Arte Nova onde foi buscar o interesse pelo gótico, pelo exotismo medieval e pela “ sinceridade dos materiais”; •

Da Arts and Crafts importou o espírito da unidade das artes, a preservação da tradição cultural e do vínculo à natureza.

Adoptou o carácter rústico das residências rurais inglesas daquele movimento às necessidades da burguesia americana do Oeste. Assim surgem as “ Prairie Houses”, construídas nos arredores de Chicago.

• As “ Prairie Houses” caracterizaram-se pela simplicidade formal; pelo predomínio das linhas horizontais; pela organização espacial de forma a conseguir a perfeita integração do edifício com o meio envolvente; pelo uso dos materiais tradicionais, como tijolo e madeira que combina com as tecnologias modernas, assim como


pela concepção da chaminé como o núcleo físico e simbólico do lugar.

• São exemplo destes conceitos a Casa da Cascata e a Casa Wisconsin. • Nas obras deste arquitecto observam-se ainda a articulação entre o interior e o exterior, através da planta flexível, informal e livre. • O uso dos materiais locais; • A casa era concebida como um abrigo onde as paredes constituíam um elemento de interacção com o meio envolvente e de articulação com os espaços interiores ( através das janelas e vidraças ). • Havia variedade de soluções construtivas, de modo a tornar os projectos personalizados. • A funcionalidade era um aspecto importante embora não fosse , para este arquitecto , o principal.


Casa da Cascata




Interior da Casa da Cascata


http://www.youtube.com/watch?v=9CVKU3ErrGM&feature=player_em bedded Casa da Cascata http://www.youtube.com/watch?v=plAjz9phId0&feature=fvwrel

Casa Robie http://www.youtube.com/watch?v=plAjz9phId0&feature=f vwrel Casa Robie


http://www.youtube.com/watch?v=kcsF9re1SWQ&feature=related Museu Gugenheim

http://www.youtube.com/watch?v=C3O7mW9GLHs&feature=related Casa Taleisin


Casa Robie, Chicago,1908-1909


CASA ROBIE





Casa Taliesin, Arizona




Fรกbrica Jonhson Wax, vista exterior e interior, Wisconsin




CURIOSIDADES: O conceito de usonian, desenvolvido por Frank Lloyd Wright

Usonian ou usoniana é um termo que usualmente se refere a um grupo de aproximadamente 55 casas de classe média projectadas por Frank Lloyd Wright a partir de 1936, iniciando-se com a Jacobs House.[2] As Usonian Homes geralmente eram pequenas residências térreas sem garagem ou depósitos; com planta em L, de modo a parcialmente circundar uma varanda aberta para um jardim; construídas em lotes baratos ou de formatos estranhos. Caracterizavam-se também por sua consciência ambiental ao empregarem materiais locais; coberturas planas e grandes beirais de cantaria de pedra úteis para aquecimento solar passivo e resfriamento natural. Wright utilizava-se ainda de clerestórios, que são séries de janelas localizadas no alto das paredes, normalmente acima das partes inferiores dos telhados, para obter maior iluminação natural e aquecimento do piso. Forte conexão visual entre os espaços interior e exterior era outra importante característica de todas as casas usonianas. Outra inovação deste período, a palavra carport, literalmente porto para automóveis, foi concebida por Wright para descrever uma marquise destinada a cobrir um carro estacionado.




LE CORBUSIER e os princípios do FUNCIONALISMO

• A primeira doutrina a marcar a arquitectura moderna ficou a dever-se a Le Corbusier. • Suíço de nascimento, cedo se radicou em Paris iniciando aí a sua actividade artística nas áreas da pintura e da gravura. • Trabalhou com Auguste Perret, e depois em Berlim , com Peter Behrens.

• Escreveu em 1918 a obra “ Aprés le Cubisme” onde defendeu a estrutura rigorosa dos objectos e a clareza das composições num espírito de grande racionalidade. Em 1920 expôs as suas teorias na revista “ L’ Esprit Nouveau”. A compilação das suas ideias deu origem à obra” Para uma Arquitectura”, que constituiu o embrião do Funcionalismo.


Procurou criar uma relação estreita entre a arquitectura e a indústria na procura de uma construção que correspondesse de forma técnica , racional e materialista aos problemas da sociedade do seu tempo.

• Defendeu uma arquitectura prática, preocupada com a economia de meios e de gastos, socialmente comprometida, ou seja apostada em encontrar soluções viáveis para, com qualidade e economia, resolver os problemas da construção nas grandes cidades. • Os seus estudos incidiram sobre os comportamentos colectivos, hábitos e necessidades e ritmos de vida das pessoas, assim como a melhor forma de racionalizar os espaços. • O resultado dessas pesquisas encontra-se descrito nas suas obras “ Para uma Nova Arquitectura “,(1923) e o Modulor(1940).


Viajou pela Europa e na sua passagem pela Alemanha trocou com Peter Behrens alguns conhecimentos sobre a razão de ouro. Depois disso, Le Corbusier foi para Atenas estudar o Partenon e outros edifícios da Grécia Antiga. A forma como os gregos usaram a razão de ouro nos seu trabalhos foi fonte de inspiração para este arquitecto, chegando mesmo a afirmar que foi a forma como os gregos usaram uma escala, a medida grega do homem, que o impressionou. O livro «Vers une Architecture» mostra uma nova forma da arquitectura baseada em muitos edifícios antigos que incorporam a razão de ouro. Entre 1942 e 1948, Le Corbusier desenvolveu um sistema de medição que ficou conhecido por «Modulor». Baseado na razão de ouro e nos números de Fibonacci e usando também as dimensões médias humanas (dentro das quais considerou 183 cm como altura standard), o Modulor é uma sequência de medidas que Le Corbusier usou para encontrar harmonia nas suas composições arquitecturais. O Modulor foi publicado em 1950 e depois do grande sucesso, Le Corbusier veio a publicar, em 1955, o «Modulor 2».


Características do sistema modular

Uma das propostas de Corbusier, a Casa Domino de 1915, apresentava alguns elementos estandardizados como pisos, colunas, escadas e esquadrias. A partir destes elementos formava-se uma planta livre, permitindo uma variedade de configurações internas e externas e liberdade de orientação. O seu interior era composto por divisórias leves e por portas e armários embutidos, produzidos em série pela industria. Seriam esses elementos que definiriam a modulação da casa.

Casa Dom-Ino


• Nas suas obras teóricas definiu o seu objectivo: o de encontrar normas padronizadas para desenhar e projectar habitações económicas, acessíveis à maioria das pessoas, onde estas pudessem viver com padrões de conforto, higiene, salubridade e funcionalidade. • Estas concepções, marcadas por uma grande racionalidade e pragmatismo, levaram-no a definir as habitações como “ máquinas para viver”. • Le Courbusier pôs as suas ideias em prática pela primeira vez na construção da casa Dom-Ino, de 1914, e definiu os aspectos que considerava essenciais numa construção nos” Cinco Pontos da Nova Arquitectura, “datado de 1926. • Assim a casa devia ser apoiada em pilotis ( pilares) que serviam para sustentar e isolar o edifício das humidades; os tectos planos eram aproveitados para terraços e jardins na cobertura: as plantas livres


assim como as fachadas ; as janelas colocadas em longas faixas horizontais. ( PÁG.237) • Na obra de Le Corbusier contam-se: moradas unifamiliares e prédios de habitação social; blocos de alojamento; pavilhões para exposições.

• Na Casa Savoye (1928-1931) podemos observar a aplicação “Dos cinco pontos da Nova Arquitectura“. ( pág.237) - pilotis - planta livre, possibilitando a articulação funcional entre as diversas áreas - janelas rasgadas horizontalmente de modo a favorecer a a iluminação - cobertura em terraço, destinada a zona de lazer



Le Corbusier, “ Unidade de Habitação de Marselha”, 1947-53 (pág.239)


• Le Corbusier concebeu ainda projectos urbanísticos como o “Plan Voisin”em Paris, e a”Ville Radieuse”. Uma série de arranha-céus de escritórios que alternam com edifícios de habitação colectiva, mais baixos, separados por zonas verdes, recintos desportivos e áreas de lazer, servidos por vias de circulação automóvel e férrea. • Dentro desta planificação da cidade, integram-se igualmente o Plan Obus para Argel, em 1931, e o da cidade de Chandigarh na India ( o único que foi concretizado), e que serviria de referência aos projectos de Lúcio Costa e Niemeyer, para a cidade de Brasília. • Também desenhou pavilhões para a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Indústrias Modernas, em Paris, no ano de 1925.


Le Corbusier, planos para uma “ Cidade Comtemporânea para 3 milhões de habitantes” e “Projecto para o Palácio da Sociedade das Nações”, Genebra 1927


“Igreja de Notre-Dame-du-Haut, Ronchamp, França 1950-54, neste edifício Le Corbusier utilizou o betão em superfícies exteriores de aparência inacabada ou de aspecto grosseiro.


· Capela de peregrinação Notre-Dâme du Haut, em Ronchamp – A nave pode abrigar 200 pessoas e é constituída por 3 capelas. Este projecto é uma das manifestações mais explícitas do conceito de inversão – nas paredes e nas aberturas que, alternando-se, conferem a iluminação.

Utilizando betão armado caiado e nas paredes curvas as pedras calcinadas pela guerra, é um testemunho arquitectónico do jogo inteligente e correcto das formas e a sua inter-relação interior/exterior.


Le Corbusier, Millowners association building



Nos projectos funcionalistas predominam:

• Funcionalidade / função operativa • Racionalização • Simplificação da forma / purismo •Geometrização • Estandardização – serialização • Ortogonalidade de elementos • Fidelidade / respeito pela honestidade dos materiais. • A industrialização convergindo no aspecto tecnicista dos projectos.


O ESTILO INTERNACIONAL E OS MESTRES DO MODERNISMO • Este termo foi usado na 1ª exposição de arquitectura moderna realizada no MOMA ( museu de arte moderna de Nova Iorque), em 1932. • Esta exposição tinha como objectivo revelar as características da nova arquitectura, assim como a estética racionalista , o programa funcionalista, a regularidade das composições, a subordinação aos materiais, a importância da técnica, e o rigor das proporções.

• Nela estavam representadas obras de Corbusier, Gropius, Mies van der Roer entre outros, e cujas obras vinham sendo divulgadas pelos “Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna”- CIAM-, fundados em 1928.


• Em 1933 os arquitectos e urbanistas que deles faziam parte, elaboraram a “ Carta de Atenas”, que fixou durante décadas o programa de referência para a edificação da cidade: - construção em altura - grandes vias de circulação - divisão da cidade em zonas funcionais ( habitação, trabalho, cultura do corpo e do espírito) - circulação •

Os pilares deste movimento foram os grandes mestres da Bauhaus, Gropius, Mies van der Rohe, e também, Adolf Loos, Le Corbusier, Marcel Breuer assim como Franck Lloyd Wright e Alvar Aalto, noutra perspectiva.


O ESTILO INTERNACIONAL REGEU-SE POR PRINCÍPIOS COMUNS: • Usaram “ a estética da máquina” e os materiais modernos ( betão, aço, vidro) , quase sempre deixados na sua cor e textura naturais. • Valorizaram a estrutura construtiva interna ( o esqueleto estrutural, princípio de toda a construção) , que permitia plantas flexíveis e um planeamento lógico e funcional dos interiores.

• Usaram janelas amplas, com armações metálicas leves e colocadas à face das fachadas. • Preferiram as cobertas planas, em terraço. • Excluíram toda a ornamentação aplicada.


Walter Gropius


Mies van der Rohe


Marcel Breuer


Adolf Loos


Oscar Niemeyer


Alvar Aalto


A ARTE DÉCO

• Surgiu no período entre as duas guerras. • Manifestou-se na arquitectura , decoração de interiores, design de objectos, no cinema, publicidade, moda, jóias etc. • Por um lado aderiu incondicionalmente aos modernos materiais e aos processos industriais de produção, por foi buscar influências ao Movimento Arts and Crafts à Deutcher Werkbund e à Arte Nova. • Nela foram sentidas também influências do Cubismo, do Construtivismo Russo e do Futurismo italiano - na abstracção, na distorção e na simplificação – evidentes , sobretudo ,nas artes decorativas. • Recebeu influências da arte africana e exótica. •

Assumiu-se principalmente como um estilo decorativo.


• O facto de se expandir na Europa e América no período entre as duas guerras, ( época de grandes contrastes que vai da euforia dos anos 20 à grande Depressão, culminando com a agitação social e política que antecedeu a 2ª guerra), originou que as suas propostas artísticas fossem bastante variadas. • Os motivos que lhe serviram de inspiração foram : animais, corpo feminino; formas geométrico - abstractas. • O desenho é estilizado e geometrizado ( baseado na linha recta ou quebrada, em contraposição com curvas ), associado a um colorido intenso. • Manifestou-se sobretudo no design industrial de objectos utilitários , desde mobiliário, louças, talheres, rádios, carroçarias para automóveis etc.


โ ข Utilizou materiais variados como plรกstico, baquelite e crรณmio.





A ARQUITECTURA DÉCO • Na arquitectura aplicou-se sobretudo na decoração de interiores. • Influenciou principalmente a construção de teatros, fábricas, cinemas e algumas moradias familiares. • Na construção dos edifícios predomina: a horizontalidade, a geometrização, a simplicidade da estrutura, das plantas e das fachadas. • Alternam as superfícies planas e rectilíneas com curvas pronunciadas, de traçado geométrico.

• A decoração é contida, estilizada e abstracizante, concentra-se nas ombreiras, puxadores e fechos de portas, pequenos frisos e gradeamentos. • O estilo Déco acabou no final dos anos 30.





AS UTOPIAS ARQUITECTÓNICAS • Entre 1914 a 1920 a arquitectura sofreu um período de estagnação.

• Durante este período os arquitectos deixaram-se influenciar pelas teorias dos movimentos artísticos dos pintores seus contemporâneos .

• (Expressionismo, Cubismo, Futurismo, de Stijl … )


ARQITECTURA EXPRESSIONISTA

O Edifício Chrysler é um dos arranha-céus mais altos do mundo, com 319 metros (1 046 pés). Edificado na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos da América, foi concluído em 1930 apresentando 77 andares. Foi o edifício mais alto do mundo quando foi inaugurado, porém, perdeu este título apenas um ano depois, para o Empire State Building.


Utopias Arquitectónicas : ARQUITECTURA EXPRESSIONISTA

A Torre Einstein é um observatório astrofísico localizado no Albert Einstein Science Park ou Parque científico Albert Einstein em Potsdam, Alemanha desenhado pelo arquitecto Eric Mendelsohn.


Casa Chile, 1922-1924, Hamburgo Pavilhão de Vidro, 1914, Exposição Deutcher Werkbund


ARQUITECTURA FUTURISTA



CONSTRUTIVISMO RUSSO • Foi influenciado pelo Futurismo; • Foi uma arquitectura de intervenção social ao serviço dos ideais revolucionários: • A função da arquitectura seria a construção de uma arte útil e funcional, empenhada no progresso trazido pelas novas tecnologias e pela produção industrial; • Devia ter em vista o interesse da comunidade. • A maior parte destes projectos nunca chegou a ser concretizado. Considerados demasiados radicais na formulação plástica, não foram entendidas pelo povo a quem se destinavam, e eram demasiado caras para o momento de crise que a Rússia vivia. • Cerca de 1930, o Governo Soviético retirou-lhes o apoio, preferindo uma arte mais propagandistica.


Projecto da TORRE DA TERCEIRA INTERNACIONAL, concebida por Tatlin e destinada aos organismo da Internacional Comunista: com 400 metros de altura, esta torre devia tornar-se o emblema da UniĂŁo SoviĂŠtica Moderna.


1ツェ figura: Irmテ」os Vesnin, projecto nテ」o realizado para o PALテ,IO DO TRABALHO, 1923, Moscovo


ARQUITECTURA DO NEOPLASTICISMO: visava o rigor técnico e a clareza formal, sendo-lhe aplicadas regras matemáticas e geométricas. As fachadas eram organizadas por superfícies planas e rectilíneas, colocadas a diferentes alturas e direcções, segundo linhas ortogonais - horizontais e verticais- procurando o equilíbrio no jogo de tensões que exerciam umas sobre as outras.



CASA SCHRODER, Giet Rietveld


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