Le Corbusier

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A arquitectura de Charles-Édouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier, assenta em dois ingredientes básicos: a apologia da “estética da máquina” e os condicionantes sociais da habitação.

“A casa á uma máquina de habitação”


Le Corbusier como a maior parte dos arquitectos têm antecedentes que influenciaram a sua arquitectura , ou até os seus próprios principios formais , são eles:

•O futurismo •A publicação de textos como “Ornamento e Crime” de Adolf Loos e a sua arquitectura. (Contenção decorativa e sobriedade). •Contacto com arquitectos como behrens ( e DW ) •Perret ( betão armado ) •A reorganização do ensino moderno – Bauhaus •O numero elevado de “movimentos” e “ismos” contemporaneos que surgiram – Cubismo, De Stijl, Purismo, Racionalismo...


Em 1908 começa a trabalhar em part-time com Auguste Perret com o qual descobre o betão armado, considerado o material do futuro pelas suas características (durabilidade, economia, e utilização moldávelblocos. Em 1909 vai para a Alemanha para estudar artes decorativas, o que lhe valeu o contacto com várias figuras importantes da Deutsher Werkbund tais como: Peter Behrens, Gropius, Mies Van der Rohe e Heinrich Tessenaw.

Auguste Perret

Peter Behrens


Em 1914 realiza os seus primeiros esboços para o sistema de estrutura Domino, recorrendo ao esqueleto de betão armado, que lhe permite plantas com planos mais livres. Podemos verificar nestes esboços a geometrizarão das formas, numa ordenação racional do espaço.

As colunas podem ser vistas em planta e o padrão em ziguezague associa-se facilmente á montagem do jogo.


Em 1918, Le Corbusier conhece Amédeé Ozenfant com o qual redige o artigo “Após o Cubismo”, onde executa uma exposição pictórica, a partir desta data mantém em simultâneo com a actividade de arquitecto a actividade de pintor.


Em 1922 concebe a casa Citrohan, onde encontramos a construção de pilares de sustentação no piso térreo, uma sala de estar com o dobro da altura, tem uma parede fronteira envidraçada e as outras divisões agrupadas em redor do espaço da sala de jantar.


A Maison La Roche outra obra criada por Le Corbusier juntamente com Jeanneret em 1923, mostra uma preocupação com a iluminação e a simplicidade dos elementos construtivos apesar da irregularidade do terreno. Nesta obra tem como principal destaque a parede curva.


Em 1926, Le Corbusier e Jeanneret publicam os 5 pontos ou elementos de “uma nova era da arquitectura”:

2 – Os Tectos Jardins 1 - Pilotis


3 – A Planta Livre – Anteriormente serviam de elemento de sustentação, agora, os andares não precisam de serem encaixados uns sobre outros, o que resulta de uma cómoda racionalidade da nova planta. 4 – “Fenêtre en longeur” / Janelas em faixa


5 – A Fachada Livre


De 1927 a 1937, Le Corbusier vai desenvolver juntamente com Jeanneret e Perriand várias peças de mobiliário que sintetizam a mesma ideologia que aplica na arquitectura: simplicidade, funcionalidade e utilização de “Novos materiais” (aço cromado, cabedal, vidro, pele de vaca).


Em 1930 surge a “Cidade Radiosa”, a forma idealizada deste projecto propõe áreas centralizadas e densamente povoadas, onde cada família viveria em unités. Este projecto revela a preocupação com a simetria, geometria e divisão de funções, por zonas com rodovias bem definidas, edifícios e terrenos arborizados.


Na Unité d’Habitation em Marselha criada entre 1947 e 1953, já há a aplicação do sistema modular. Este sistema baseia-se numa escala de proporções do corpo humano, expressa em unidades de medidas idealizadas.

Com 18 andares, 387 unidades de habitação e instalação sociais, sustentados por 36 pilotis, medindo 136 metros de altura, esta unidade é socialmente auto-suficiente.


Sistema Modular


· Capela de peregrinação Notre-Dâme du Haut, em Ronchamp – A nave pode abrigar 200 pessoas e é constituída por 3 capelas. Este projecto é uma das manifestações mais explícitas do conceito de inversão – nas paredes e nas aberturas que, alternando-se, conferem a iluminação.

Utilizando betão armado caiado e nas paredes curvas as pedras calcinadas pela guerra, é um testemunho arquitectónico do jogo inteligente e correcto das formas e a sua inter-relação interior/exterior.


Funcional é toda a arquitectura elaborada com vista a satisfazer as necessidades sociais e utilitárias, com preocupações técnicas, funcionais e maquinais.

A característica definidora deste movimento é precisamente a adequação da solução formal á função a que se destina, na célebre máxima:

A forma segue a função.

Os projectos arquitectónicos ou de design sejam livres de ornamentação, e apresentam-se simplificados e com a afirmação da estrutura como elemento estético e construtivo, reagindo assim ao exagero decorativo anterior a 1900.


Trabalho realizado por:

Alexandra Morais Fonseca Nยบ 2

12ยบ C


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