Histรณria da Cultura e das
Trabalho realizado por: Ana Raquel Barros 2010/2011
Nยบ 2 / 12ยบA
Ano Lectivo
BIOGRAFIA 2
D. FERNANDO II: Nasceu em Coburgo (Alemanha) a 29 de Outubro de 1816. Inicialmente foi Duque de Saxe Coburgo Gotta e mais tarde rei de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II. Dedicou-se ao longo da vida ao desenvolvimento e à protecção das Belas – Artes nacionais. Interessou-se pelo património artístico nacional, comprando e recolhendo inúmeras peças de arte que ainda hoje estão presentes em alguns museus e palácios nacionais. Faleceu em Lisboa, a 15 de Dezembro de 1885.
UM OLHAR SOBRE A SUA HISTÓRIA 3
No século XVI, D. Manuel I mandou construir o Convento da Pena. Com o terramoto de 1755, o Mosteiro ou Convento da Pena caiu em ruínas. Em 1838, D. Fernando II, maravilhado, decidiu adquirir o velho Convento, o Castelo dos Mouros e quintas circundantes.
Este ordenou a sua reconstrução de raiz, em homenagem a Nossa Senhora da Pena. Em 1840, D. Fernando decidiu a ampliação do Convento de forma a construir um verdadeiro espaço acastelado romântico, residência de Verão da família real portuguesa.
O novo projecto foi encomendado ao mineralogista germânico Barão Guilherme Von Eschwege. Em Sintra, os trabalhos decorreram rapidamente e a obra estaria quase concluída em 1847.
UM OLHAR SOBRE A SUA HISTÓRIA (Cont.) 4
O seu programa decorativo ficou a dever-se ao ecléctico e exótico temperamento romântico do próprio monarca que, desenhou e fez reproduzir, na fachada norte do Palácio, uma imitação do Capítulo do Convento de Cristo em Tomar. Após a morte de D. Fernando, o palácio seria deixado para a sua mulher, o que gerou uma grande controvérsia pública.
A viúva de D. Fernando procurou então chegar a um acordo com o Rei. O Palácio passou então para o património nacional, pertencendo ao património da Coroa. Durante o reinado de D. Carlos, a família real ocupou com frequência o palácio, tornando-se a residência predilecta da Rainha D. Amélia, que se ocupou da decoração dos aposentos íntimos.
Quando rebentou a revolta de 4 de Outubro, em 1910, D. Amélia aguardou na Pena o evoluir da situação, chegando com a sua comitiva a subir aos terraços para observar sinais dos combates em Lisboa. Conhecido o triunfo da República, a rainha, o seu filho e a sua sogra partiriam todos para o exílio. Com a implantação da República, foi transformado em museu, com a designação oficial de Palácio Nacional da Pena.
CARACTERIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA 5
NeoGótico
NeoRenascenti sta
NeoIslâmic o
NeoManuelino
CARACTERIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA (Cont.) 6
O Palácio da Pena divide-se em quatro áreas principais: A
couraça e muralhas envolventes, com duas portas, uma das quais provida de ponte levadiça; O corpo do Convento antigo, ligeiramente em ângulo, no topo da colina, com a Torre do Relógio; O Pátio dos Arcos frente à capela, com a sua parede de arcos mouriscos; A zona palaciana propriamente dita com o seu baluarte cilíndrico de grande porte, com um interior decorado em estilo cathédrale.
EXTERIOR DO PALÁCIO 7
Edifício das Cocheiras Esta é de referência islâmica, a sua cúpula é revestida de azulejos. Guarita e Torre cilíndrica
Portal monumental Este portal é antecedido por uma ponte levadiça, a sua porta é de arco de volta perfeita, emoldurado por bolas, uma imitação do cunhal das bolas, no Bairro Alto em Lisboa. Ponte levadiça e outro portal, constituído por uma torre hexagonal, ladeada por dois torreões circulares.
EXTERIOR DO PALÁCIO
(Cont.)
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Pórtico do Tritão
Pórtico alegórico da criação do mundo Este possui quatro arquivoltas em estilo neo-gótico, emoldurado por corais manuelinos. Este monstro é entendido como uma celebração dos descobrimentos e os motivos vegetais nele presentes são uma referência à gesta marítima dos portugueses. Torre do Relógio Esta torre teve como base a Torre de Belém.
INTERIOR DO PALÁCIO 9
Claustro Cada parede é dividida por uma coluna com capitel em que, no andar inferior cada fachada apresenta dois pares de arcadas e no andar superior seis arcos segmentares. Sala de Jantar O tecto apresenta uma abóbada de nervuras em estrela, e as paredes revestidas a azulejos. Aposentos de D. Carlos O quarto de D. Carlos encontra-se guarnecido por mobiliário estilo império, constituído por cama, mesa-decabeceira, chaise longue e espelho. Capela É constituída por uma nave, capela-mor, sacristia e coro lateral. As suas paredes e tecto são revestidos por azulejos mudéjares.
INTERIOR DO PALÁCIO (Cont.) 10
Quarto da Rainha As paredes são revestidas a estuque, com algumas aplicações de folha de ouro, reproduzindo padrões mouriscos. Sala Árabe As paredes desta divisão são revestidas a fresco, têmpera e, devido à falta de espaço e desprovida monumentalidade, trompe l’oeil, que lhe promove uma certa Salãograndeza. Nobre Era utilizado como sala de acolhimento e encontra-se ornamentada por estuques brancos e rosas. Esta sala era orientada para os faustos e para o convívio íntimo. Aposentos de D. Manuel II O quarto de dormir é uma divisão oval, as paredes são pintadas de vermelho forte e o mobiliário é extremamente sóbrio.
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FIM