Especial AgronegĂłcio
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PECNORDESTE PEC NORDESTE SertĂŁo Empreendedor um novo tempo para o semiĂĄrido
Homenageados Medalha do MĂŠrito Rural Prisco Bezerra
Governador Camilo Santana
Presidente da CNA JoĂŁo Martins da Silva JĂşnior
Eng. agrĂ´nomo chefe de gabinete da FAEC Gerardo Angelim de Albuquerque
PECNORDESTE P PECN PE ECN CNOR ORDE RDE DEST STE / 22015 015 01
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PECNORDESTE / 2015
SumĂĄrio
5/6- OpiniĂľes 20-
7-
Pecnordeste mostra como viver bem no semiĂĄrido
12-
Homenageados com a Medalha do MĂŠrito Rural
13/14
Entrevisra exclusiva com FlĂĄvio Saboya - presidente da FAEC
Encontro de superintendentes do Senar do NE
21/28Encarte Especial
FAEC/ SENAR /SEBRAE-CE
Encarte - Revista CearĂĄ & MunicĂpios
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CearĂĄ sedia XVI SeminĂĄrio Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura
3233-
Aquicultura e Pesca: Estado ĂŠ o maior produtor de camarĂŁo
37-
Equinocultura: Mostra sua força
Ediçþes Anteriores sobre o PECNORDESTE
Expediente REVISTA CEARĂ E MUNICĂ?PIOS Č‹ÍşÍˇČŒ ;ʹ͸͜Ǥ;͸͸͡ ÇŚ ͝͸͸ʹǤͳ͚ͲͲ ™™™Ǥ…‡ƒ”ƒ‡Â?—Â?‹…‹’‹‘•Ǥ…‘Â?Ǥ„” †‹Â ‘ ͳ;Ͳ —Â?Š‘Ȁ —ŽŠ‘ ʹͲͳ͡ DIRETOR PRESIDENTE
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Revista CearĂĄ & MunicĂpiosÂ
PECNORDESTE / 2015
Opinião PECNORDESTE: maior evento regional Presidente da FAEC Flávio Viriato de Saboya Neto
O
Seminário Nordestino de Pecuária – PECNORDESTE é um dos eventos de maior destaque da pecuária regional, pelos resultados que obtém em todas as sua edições, o que já ocorre há longos 19 anos e que já se consagra no contexto do agronegócio nordestino, mercê de sua importância quanto á composição de sua programação, em que, um só evento, discorre nada menos do que 07 dos mais representativos segmentos da pecuária regional, além das atividades não agrícolas no meio rural, a exemplo do Artesanato e do Turismo no Espaço Rural e Natural, que integram as mais importantes cadeias pro-
dutivas da economia do campo. O PECNORDESTE é, na realidade, o maior evento da regional, que promove a capacitação do público rural, com uma participação nos três dias, de mais de 3.500 produtores rurais inscritos, além de uma visita composta de mais de 40 mil pessoas vinculadas ao setor rural. É um instrumento que a Federação da Agricultura vem utilizando no sentido de mudar a mentalidade do produtor rural nordestino, principalmente do semiárido, quanto à importância que desempenha a reserva alimentar animal para o amplo desenvolvimento de suas atividades. Cabendo, portanto, ao PECNORDESTE disseminar e legitimar esse hábito entre os nossos produtores. Ao participarmos de uma missão técnica à Austrália e à Nova Zelândia, lá pudemos constatar uma conscientização de seus produtores na adoção de tecnologias que lhes permitam uma perfeita integração com as condições edafoclimáticas viabilizando uma atividade pecuária dinâmica e lucrativa. Basta destacar, que a pluviosidade da Austrália, nas regiões visitadas é inferior
a do Ceará, em torno de 600 mm, com a ocorrência de três a quatro secas a cada 10 anos, o que demonstra que é viável, ter no nordeste brasileiro e, consequentemente, no Ceará, uma pecuária pujante, com perspectivas inclusive de exportação. O PECNORDESTE é responsável pela promoção de negócios, através do seu evento paralelo, a Feira de Produtos e de Serviços Agropecuários, este ano na sua XIX edição, da qual participam empresas de comercialização de máquinas e equipamentos, insumos, produtos agropecuários, agroindustriais e de artesanato, visando apoiar o setor de produção na formalização de investimentos na comercialização de sua área produtiva, de modo a estimular o desenvolvimento crescente das atividades não agrícolas, na perspectiva de propiciar um maior dinamismo da economia rural do Nordeste. Flávio Viriato de Saboya Neto Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará – FAEC
Nordeste não precisa de benesses mas, políticas públicas adequadas à região
A
região Nordeste do Brasil possui grande potencial nas atividades ligadas à pecuária. O rebanho ovino/caprino da região é o maior do País, com 17,8 milhões de cabeças que representam 68% do efetivo nacional (IBGE, 2013). A bovinocultura de leite é muito importante como atividade produtiva. O Estado da Bahia é o sétimo maior produtor do País, Alagoas possui produtividade de 1.641 litros/vaca/ano, valor 10% maior que a média nacional e há, também, importantes bacias leiteiras em Pernambuco e no Ceará, onde se destaca a produção de queijo de coalho. A pecuária de corte também está presente no Nordeste, sendo uma importante geradora de renda. Na aquicultura, em especial na carcinicultura marinha, a região Nordeste é imbatível, apresentando o maior número de estabelecimentos produtores, produção e produtividade. Em um país de dimensão continental como o Brasil, a agropecuária apresenta-
Revista Ceará & Municípios
se de forma diferenciada nas suas cinco regiões. Além das características de solo e clima, existem aspectos mercadológicos e até mesmo culturais que influenciam na produção e na renda dos produtores rurais. Grande parte dos Estados da região Nordeste se encontra no seminárido brasileiro, onde a precipitação é baixa e as estiagens são frequentes, o que faz com que o calendário agrícola seja diferente do restante do País. Somada às adversidades climáticas, tanto a região Nordeste como a Norte possuem problemas de infraestrutura e logística, que demandam políticas públicas diferenciadas. É fundamental que a política agrícola brasileira seja ajustada de forma a apresentar tratamentos que possibilitem a redução das desigualdades existentes nas diferentes regiões. Medidas que garantam a renda dos produtores devem ser preconizadas em um cenário de custos elevados em função dos impactos logísticos. A reforma e construção
Presidente da CNA João Martins da Silva Júnior
de armazéns devem ser fomentadas, tanto no âmbito público quanto privado. Para que seja eficiente e alcance seus objetivos, o seguro rural precisa ser adequado às condições climáticas da região, com foco também nas atividades pecuárias. Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) 5
PECNORDESTE / 2015
Opinião Superintendente do SENAR-CE Paulo Helder de Alencar Braga
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ara nós que fazemos parte do Sistema Faec/ Senar-Ce/ Sinrural tem sido um grande aprendizado e crescimento, realizar com o apoio dos nossos parceiros e patrocinadores o Seminário Nordestino de Pecuária-PECNORDESTE, que chega à sua 19a edição. Desde que assumimos a primeira vice-presidência da FAEC e depois, a coordenação do PECNORDESTE, procuramos atender cada vez mais as demandas dos segmentos do agronegócio da pecuária, mostrando a importância de inovar para ajudar o produtor a encarar às adversidades climáticas impostas à nossa região, preparando-os, capacitando-os. Trabalho esse que o Senar vem desenvolvendo aqui no Ceará há 21 anos, assim é que, durante o evento iremos ofertar mais
PECNORDESTE fomenta a capacitação do produtor rural de 90 palestras, 17 oficinas de capacitação e a Vitrine dos Sabores Nordestinos, esta última onde haverá aulas práticas sobre corte da carne suína. Esse ano, o tema central do evento: “Sertão Empreendedor: um novo tempo para o semiárido”, vem mostrar a preocupação do sistema FAEC/SENAR e o SEBRAE de promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais no semiárido cearense através do fomento à inovação, ao empreendedorismo e a difusão das tecnologias sociais, de produção, gestão e boas práticas de convivência com o semiárido no Estado do Ceará.Toda a programação técnica do PECNORDESTE foi elaborada por profissionais de 11 órgãos ou instituições ligadas à pecuária cearense, envolvendo sete segmentos pecuários e dois não pecuários, com intersetorialidade direta com o programa Sertão Empreendedor. O evento disponibilizará este ano, o Espaço de Cidadania, com ações de saúde e educação ambiental. Na área da Saúde, em parceria com a secretaria de saúde do do município de Fortaleza, serão feitas medi-
ção de pressão arterial, glicemia, vacinação e orientações sobre alimentação Saudável. Um profissional de Fisioterapia e outro em massagem terapêutica farão atendimento gratuíto aos produtores e suas famílias. Na área de Educação o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR vai divulgar os tipos de cursos que disponibiliza, numa lista que envolve mais de 40 cursos de FPR e PS, cujo cadastramento poderá ser feito on-line e os Programas Especiais como: AGRINHO, direcionado aos alunos das escolas públicas da zona rural há 11 anos, o Programa CNA Jovem, o Pronatec Rural, a Faculdade CNA e o Centro de Excelência em Ovinocaprinocultura. Haverá inscrições para os programas da Rede e-Tec de ensino à distância, outra ação nova do Senar aqui no Ceará. Outros destaques: a IV Pecleite, a Galeria dos Garanhões e a Feira de Produtos e ServiçosAgropecuários, que apresenta uma mostra dos produtos voltados para a pecuária com a participação de empresas de diversos ramos, dando oportunidade aos produtores de conheceremas novas tecnologias.
Contra a seca e a favor de todos
N
ão existe nordestino, sob esse céu azul de meu Deus, que não sonhe com a possibilidade de, um dia, redimir a região de seu destino secular de sofrimento e dificuldades resultantes da falta de chuvas. O sonho, de tão antigo, poderia parecer impossível. Poderia, porque começam a ser pensadas novas idéias de como conviver com este flagelo, já que não dá para assegurar um inverno bom, todos os anos. Um desses novos olhares sobre este velho problema é o "Programa Sertão Empreendedor: Um novo Tempo para o Semiárido", que surge como uma alternativa para quem precisa sobreviver em meio a estas adversidades. Criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar e tema desta edição do Pecnordeste, o programa tem o objetivo de promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais existentes na região, através do fomento à inovação, ao empreendedorismo e à difusão de tecnologias sociais, de produção e de gestão. Focado na qualificação profissional e 6
orientação técnica na implantação de novos negócios rurais e na consolidação dos já existentes - em especial nos municípios que sofrem com a seca e estiagens prolongadas, o “Sertão Empreendedor” surge como uma contribuição ao crescimento social e econômico e à melhoria da qualidade de vida dos empreendedores rurais. Além disso, vai difundir atividades com potencial econômico como a ovinocaprinocultura, a apicultura, a fruticultura, o turismo rural, a energia solar e a fabricação de produtos a partir da palma forrageira. E está aí, talvez, o grande diferencial do programa. Não será, apenas, mais uma ação emergencial nem meramente assistencialista. Será uma iniciativa consistente de preparação para que a região enfrente o inevitável: a certeza de que não há como livrar-se do fenômeno recorrente da seca. Então, o foco, agora, é aprender a conviver com o problema e diminuir, ao máximo, através destas novas tecnologias e capacitação, os seus efeitos danosos. Com orgulho, nós, do Sebrae, estare-
Diretor Técnico do SEBRAE-CE - Alcir Porto Gurgel Júnior
mos inseridos nesse processo, como parceiros nesta ação conjunta que agrega, também, a torcida de todos os brasileiros. Afinal, além da seca comprometer o crescimento regional e do país, como um todo, é responsável por jogar milhares de nordestinos na pobreza e na dependência de recursos que poderiam estar custeando um futuro melhor para todos nós.
Revista Ceará & Municípios
PECNORDESTE / 2015
Governo reformula secretaria e inclui agricultura irrigada Por Silvana Frota - Editora O GOVERNADOR Camilo Santana, atendendo a uma solicitação da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Faec, reformulou a Secretaria de Pesca e Aquicultura para Pesca, Aquicultura e Agricultura Irrigada, SEAPA, contemplando um segmento que segundo ele, estava um tanto esquecido ,que são os médios produtores rurais. A revista Ceará e Municípios, foi ouvir o secretário ,deputado estadual Osmar Baquit que tem como secretário - executivo, o presidente do Instituto Frutal, Euvaldo Bringel.
Confira a entrevista com o Secretário Osmar Baquit C&M Secretário, quais são as principais linhas de ação da sua secretaria? É bem vasto o leque, vai da pecuária, a agricultura sequeira, a agricultura irrigada, floricultura, a fruticultura e além da pesca e da aquicultura, a criação de camarão e tilápia, os seguimentos que tem já expressiva participação na atividade no estado do ceará.A secretaria tem como líder em ação, apoiar esses seguimentos, fazer interlocução desses trabalhos com o governo federal, com o governo do estado e unir os seguimentos definindo quais as linhas de atuação e priorizar quais as ações que tem que ser implementadas. C&M Quais as medidas adotadas nestes primeiros 100 dias de governo? E as metas futuras? Então, todo o negócio empresarial e o agronegócio e a aquicultura está sendo estruturada nessa nova secretaria. Entre essas providências, nós chamamos todos os parceiros, Sebrae, Senar, os bancos e as principais instituições representantes dos produtores, Aceaq, Associações dos Criadores de Camarão, Associações dos Criadores de Ovinos e Caprinos. Isso com o intuito de fazer um planejamento estratégico definindo qual a linha de atuação da secretaria junto aos produtores, já está delineado que a secretaria será de relacionamento entre produtores e o governo do estado do Ceará, e a secretaria contribuindo para resolver os grandes gargalos, será uma secretaria diferente, pois não será a mesma que vai fazer uma grande quantidade de ações ela própria executando, mas vai ser uma secretaria muito atuante no ponto de vista da alavancagem do setor privado, de propiciar o setor privado, ambiência de negócio favorável. C&M A agricultura irrigada terá que tipo de incentivo do governo? Estamos passando por um momento de crise muito forte com a restrição do uso da água, portanto, sem poder ampliar e irrigar o estado do ceará e com redução nas áreas já instaladas, nós estamos diante desse quadro discutindo com os seguimentos irrigaRevista Ceará & Municípios
dos, a necessidade da sociedade como um todo e a necessidade de uma nova forma de outorga da água no estado do ceará, onde dê ênfase a questão da garantia dos recursos hídricos para que o ceará volte a ter novos investimentos em irrigação, vamos passar por um processo de segurança hídrica, vamos transmitir para os empresários e para os investidores até onde nós podemos garantir. Ficou claro que temos um limite de uso das águas que vamos ter outro tipo de comportamento, otimizando o uso da água com relação a equipamentos, aumentando a eficiência dos equipamentos. C&M Quais as mudanças propostas no plano nacional da pesca? O novo ministro da pesca Helder Barbalha, em reunião com o secretário Osmar Baquit e o secretário adjunto Euvaldo Bringel em Brasília e posteriormente com o governador Camilo Santana, comunicou a nova linha do ministério da pesca, dando prioridade a seis estados da federação, estados estes que estão dando grandes respostas na área da pesca e da aquicultura e entre esses seis estados está o ceará juntamente com são paulo, minas gerais, pará, bahia, rio grande do sul. C&M O Ceará e o maior produtor de camarão em cativeiro do país, produziu 42 mil toneladas ano passado, mas ainda pode crescer mais, qual o apoio que a Seapa está dando aos criadores? A Seapa vem trabalhando continuamente junto à associação dos criadores de camarão e trabalhando na diminuição dos obstáculos e na ampliação das oportunidades de criação do camarão, o camarão vem no Ceará com grande expansão tanto na área marinha, como no rio Jaguaribe na região Jaguaribana, onde só em Jaguaruana são mais de 600 pequenos produtores. Então, é um seguimento que vem crescendo substancialmente no estado e que o Ceará tem a vocação para um crescimento mais acentuado.
Secretário Osmar Baquit
Secretário - executivo Euvaldo Bringel
C&M A Faec propôs um programa chamado "Hora de Guardar", o governo pretende adotar esse programa? O programa “Hora de Guardar”, proposto pela Faec é um programa que está em análise pela nossa secretaria, estamos construindo juntos como dar corpo ao mesmo, já que é um programa de muita importância para o semiárido e é claro para todos nós já que o semiárido tem excesso de alimentos em um período e grande escassez de alimentos em outro período para os bovinos, e culturalmente nosso produtor não tem o hábito de guardar alimento para o gado, isso repetitivamente tem feito com que os efeitos da seca sejam muito mais devastadores, ao contrário da Europa que tem neve durante uns três meses, os produtores já são habituados obrigatoriamente a reservar alimento para o gado e inclusive para o próprio sustento da população.
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PECNORDESTE / 2015
PECNORDESTE
Mostra como viver bem no semiárido Evento busca a disseminação de tecnologias e espera gerar 40 milhões em negócios
O
XIX Seminário Nordestino de Pecuária - PECNORDESTE realiza-se este ano de 16 a 18 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, com o tema: SERTÃO EMPREENDEDOR UM NOVO TEMPO PARA O SEMIÁRIDO. O evento é uma promoção do Sistema Faec/ Senar e Sebrae- CE, e espera gerar 40 milhões em negócios, através da Feira de Produtos e Serviços Agropecuários e da venda de animais das raças caprina e bovina de leite em exposição na IV PECLEITE, uma exposição especializada de animais de alta qualidade,onde será realizado um
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concurso leiteiro e uma oficina sobre Caracterização de um animal da espécie caprina com aptidão para produção de leite, informa o coordenador geral do Seminário, Paulo Helder de Alencar Braga. Segundo ele, o Pecnordeste é hoje o maior evento do ramo da agropecuária do Nordeste, o único que envolve sete segmentos da cadeia produtiva do agronegócio da pecuária( bovinocultura, aquicultura e pesca, caprinovinoculura, apicultura, suinocultura, avicultura,equinocultura) e mais dois segmentos não pecuários (turismo no espaço rural e artesanato).
O evento tem como principal objetivo a busca constante pelo fortalecimento destas cadeias produtivas, tendo como missão maior disseminar conhecimentos importantes para os envolvidos no agronegócio e proporcionar uma melhor interação entre os setores envolvidos nestas áreas. O evento tem como principal objetivo a busca constante pelo fortalecimento destas cadeias produtivas, tendo como missão maior disseminar conhecimentos importantes para os envolvidos no agronegócio e proporcionar uma melhor interação entre os setores envolvidos nestas áreas.
Solenidade de abertura do PECNORDESTE 2014, com a presença da Presidente da CNA, Senadora Kátia Abreu, hoje ministra. Revista Ceará & Municípios
PECNORDESTE / 2015
NOVIDADES 2015
•Galeria de Garanhões da Raça Quarto de Milha •Espaço de Cidadania, Saúde, e Educação Ambiental •Oficinas Sabores Regionais •Vitrine da “Carne Suína e Sabores Nordestinos" •Seminário SEBRAE Sertão Empreendedor ◆Encontro dos Superintendentes do SENAR Região Nordeste.
◆Encontro de Presidentes de Sindicatos Rurais. •Pecleite – exposição de caprinos e bovinos de leite •Feira de Produtos e Serviços Agropecuários •IV Encontro de Secretários Municipais de Agricultura •Reunião da Câmara Nacional do Mel
O Pecnordeste deste ano vai mostrar mais uma vez que a pecuária é uma atividade rentável, desde que desenvolvida de forma correta, com assistência técnica adequada e animais de qualidade. "Como superintendente do SENAR-CE nós temos a responsabilidade de mostrar o que fizemos ao logo desses 20 anos de atuação onde muitos produtores rurais no Ceará, estão produzindo com sucesso e estas experiências nós vamos levar para o Seminário Nordestino de Pecuária, que terá a participação de estados como Paraíba, Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte. O Senar-Ce vai dar início ainda esse ano a vários cursos de educação à distância, dentro da Rede E-TEC. Superintendente do SENAR- CE Paulo Helder Alencar Braga
O
SENAR oferece oficinas gratuitas de capacitação
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Senar-Ce, braço direito da FAEC na capacitação dos produtores rurais, terá participação especial dentro do Seminário Nordestino de Pecuária -Pecnordeste, levando mais informação, através de Oficinas de capacitação destinadas aos produtores e suas famílias. Serão cinco oficinas que visam a utilização de produtos da pecuária na alimentação humana: Derivados do mel Elabo-
ração de bolos e trufas de mel, Delicias de sorvetes com sabores regionais (2), Aproveitamento da Palma Forrageira na Alimentação Humana: Elaboração de sucos e receitas salgadas, Derivados da macaxeira: Elaboração de bolos, sucos, sorvete e receitas salgadas que serão realizadas dentro do espaço Sabores Nordestinos e Vitrine da Carne Suína. As oficinas são gratuitas e coordenadas pelo Setor de Promoção Social-PS e serão realizadas nos dias 16 e 17 de junho, sempre
no período da tarde, a partir das 13:30h. Nos dias 17 e 18, das 13 às 18 horas serão oferecidas também Oficinas da Carne Suína, (cortes padronizados de carne suína e receitas nordestinas de carne suína) promovidas pela ASCE -Associação Cearense dos Criadores de Suínos dentro do espaço da Vitríne da da carne suína. A inscrição nas oficinas é por ordem de chegada no local , confira outras das oficinas que serão ofertadas:
Outras oficinas para produtores rurais
Além das oficinas sobre uso do mel, da macaxeira e da palma na alimentação humana e dos cortes e preparo da carne suína, serão ofertadas aos produtores mais seis oficinas na Arena de Capacitação que fica localizada no Pavilhão da Feira( Piso Térreo). O coordenador do Segmento de Oficinas - Jorge José Prado Gondim de Oliveira, disse que serão 11 oficinas sobre: Oportunidades de uso da cultura da mandioca para alimentação animal no semiárido nordestino, controle integrado de verminose de caprinos e ovinos: uso do kit, Simples e fácil: como calcular a matéria seca do meu volumoso, palma: alternativa de produção e de consumo de água para o rebanho, amonização e orçamento forrageiro. Revista Ceará & Municípios
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PECNORDESTE / 2015
Lançamento no Agropacto
Cerca de 70 caravanas de produtores, 4 mil inscritos em cursos e 30 mil visitantes
Paulo Helder Braga, Coordenador Geral e Eduardo Queiroz - Presidente da Comissão Técnica fizeram apresentação do evento
O
Seminário Nordestino de Pecuária- Pecnordeste, teve seu lançamento realizado no último dia.26 de maio, durante reunião do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense- AGROPACTO , cuja apresentação foi pelo pelo Eng. Agrônomo Paulo Helder de Alencar Braga, Coordenador Geral do Seminário, com suas respectivas programações que envolvem 9 segmentos, sendo 7 pecuários e dois não pecuários, (artesanato e turismo). Paulo Hélder disse que está na organização deste evento há cinco anos, ressaltando que o Pecnordeste, é um evento consolidado que traz importantes informações para o homem do campo, com a participação de várias associações de classe. A abertura do Pecnordeste será dia 16 de junho, às 9 horas, no Centro de Eventos do Ceará, com a presença da Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, do presidente da CNA, João Martins da Silva Júnior e do Governador Camilo Santana, ambos serão homenageados com a Me-
Vamos trazer também os produtores que estão participando de todos os programas executados pelo Sistema FAEC/SENAR-CE, como o Pronatec Rural, Negócio Certo Rural, Empreendedor Rural, Inclusão Digital, Sertão Empreendedor, entre outros. 10
dalha Prisco Bezerra, este último por ter sido o primeiro governador a ouvir a Faec na transformação da secretaria de Pesca e Aquicultura, em Agricultura, o presidente da CNA por ter lançado um programa de fortalecimento das federações no Nordeste. A preocupação do sistema Faec/Senar/ Sebrae-Ce que realiza esse seminário é levar informação ao homem do campo e recebê-los bem, disse Paulo Helder. Os organizadores do Pecnordeste trabalharam com a prefeitura de Fortaleza e o governo do Estado para levar as crianças de escolas públicas para conhecerem o trabalho do homem do campo, através da visita das escolas. Vamos trazer também os produtores que estão participando de todos os programas executados pelo Sistema FAEC/SENAR-CE, como do Pronatec Rural, Negócio Certo Rural, Empreendedor Rural, Inclusão Digital, Sertão Empreendedor, entre outros, disse Paulo Helder. Não temos dúvida de que este é o maior evento do Nordeste, pois reúne em um
só momento 9 segmentos, com mais de 4 mil inscritos além dos mais de 30 mil visitantes esperados, O Pecnordeste vem se mantendo há 19 anos, com a participação do homem do campo, ressaltou. O coordenador da comissão técnico-cientifica, Eduardo Queiroz destacou a importância das parcerias com associações e com as universidades, UECE e UFC na elaboração das palestras e cursos. Estiveram presentes ao lançamento, o presidente da Faec, Flávio Saboya, a superintendente regional do Mapa, Maria Luiza Rufino, o superintendente e diretor técnico do Sebrae-Ce respectivamente Joaquim Cartaxo e Alci Porto, o idealizador do seminário, e ex- presidente da Faec, José Ramos Torres de Melo Filho, representantes do Banco do Nordeste, Banco do Brasil, o superintendente regional dos Correios no Ceará, Williame Porto Maciel,entre outras autoridades.
Os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e diversas Associações de Produtores contribuiram com a grade de cursos ofertados durante o evento. Revista Ceará & Municípios Eduardo Queiroz
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Homenageados com a Medalha do Mérito Rural Prisco Bezerra
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Conselho de Administração da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará - FAEC, formado por seus diretores, vicespresidentes regionais e presidentes de sindicatos rurais, escolheu os três nomes que serão agraciados este ano com a Medalha do Mérito Rural Prisco Bezerra, que será entregue dia 16 de junho durante a abertura do XIX Seminário Nordestino de Pecuária - Pecnordeste, uma promoção do Sistema Faec/ Senar e Sebrae- CE. A medalha leva o nome do Eng agrônomo e professor Prisco Bezerra, um dos fundadores da Universidade Federal do Ceará, avô do atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.
Na categoria Política e Administração Pública, o escolhido foi o Governador do Ceará Camilo Santana Camilo Santana tem 46 anos, é casado e pai de dois filhos. Nascido no Crato, é engenheiro agrônomo, professor e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Servidor público federal concursado, ocupou a superintendência adjunta do Ibama no Ceará em 2003 e 2004. No primeiro Governo Cid Gomes (2007/2010), tornou-se secretário do Desenvolvimento Agrário do Estado. Implantou importantes projetos que melhoraram as condições de vida dos agricultores, proporcionando linhas de crédito, equipamentos, assistência técnica e seguro safra para milhares de produtores rurais. Em 2010, foi o deputado estadual mais votado do Ceará, eleito com mais de 131 mil votos. No segundo Governo Cid Gomes, Camilo assumiu a secretaria das Cidades, quando impulsionou no Ceará o programa “Minha Casa, Minha Vida” e grandes projetos urbanos e ambientais, como o Maranguapinho e o Cocó. Camilo Santana foi eleito governador do Ceará em 2014. Revista Ceará & Municípios
Na categoria Produção e Liderança Classista, João Martins da Silva, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA João Martins da Silva Júnior tem 74 anos, residente e domiciliado em Salvador. É administrador de empresas e produtor rural, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA pelo triênio 2014 – 2017. É Presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de aprendizagem Rural – SENAR – 2014 – 2017 e também é Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia – FAEB – 2015 – 2018. João Martins foi o 1º Vice-Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA. Também foi o primeiro membro no Conselho Deliberativo do SEBRAE Nacional, representando a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, membro Titular do Comitê Estadual de Logística de Transporte – CELT, do Governo do Estado da Bahia. Também foi membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia – CODES, representando a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia - FAEB e foi membro do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia – SECTI, também representando a FAEB.
Na categoria Científica,Tecnológica ou de Ensino, o agraciado será o engenheiro agrônomo Gerardo Angelim de Albuquerque. Gerardo Angelim de Albuquerque, brasileiro, casado com a senhora, Shirley Angelim de Araújo Albuquerque, pai de quatro filhos, graduado em: Engenharia Agronôma pela Escola de Agronomia da Universidade Federal do Ceará - UFC - 1964; Administrador de empresa Pública, com graduação pela Universidade Estadual do Ceará - UECE - 1978; Bacharel em Direito - 1986, pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR e advogado, inscrito na ordem dos advogados do Brasil - OAB, sob o nº 6.219. Angelim foi integrante do quadro de técnicos da então Secretaria de Agricultura e Abastecimento - SAAB, por um período ininterrupto de 21 anos, onde exerceu todos os cargos de Direção e Assessoramento daquela Pasta; foi membro do quadro de técnicos da Ematerce, por 17 anos; pertence ao Sistema FAEC/ SENAR, pelo espaço de 20 anos, período em que exerce o cargo de Chefe de Gabinete da FAEC, além de ter exercido a função de Assessor Jurídico do SENAR/ CE; ocupou ainda o cargo de Diretor tesoureiro da Cooperativa de Prestação de Serviços e Assistência Técnica Ltda COCEPAT. 11
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MUNICÍPIOS EM ESTADO DE EMERGÊNCIA
Até o final do ano este número pode chegar a mais de 100 municípios. Conforme solicitação já encaminhada à Cedec. Municípios 1 Aiuaba 2 Amontada 3.Aquiraz 4 Aracati 5.Aratuba 6.Arneiroz 7 Assaré 8.Aurora 9 Baixio
Governador decreta emergência em 67 municípios do Ceará Em decorrência do quadro de estiagem que afeta o Ceará desde 2012, o governador do Estado, Camilo Santana, decretou situação de emergência em 67 municípios. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado no último dia 30 de abril. A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) fez a análise dos danos e prejuízos resultantes da seca em comparação com a receita corrente líquida das cidades afetadas. Sessenta e sete municípios atenderam aos critérios estabelecidos em instrução normativa federal. As outras cidades poderão pedir o decreto de situação de emergência a qualquer tempo, desde que atentem para as normas e critérios definidos e para obtenção do quadro emergencial pelo Governo Federal. O decreto estadual
10.Barro 11.Beberibe 12.Brejo Santo 13.Capistrano 14.Caridade 15.Caririaçu 16.Cariús 17.Catarina 18.Chaval 19. Cratéus 20.Dep. Irapuan Pinheiro 21.Farias Brito 12
tem prazo de 180 dias. Em novembro passado, a situação de emergência foi reconhecida em 176 municípios. Este número diminuiu, mas deve crescer nas próximas semanas, pois a irregularidade e falta de chuva vem provocando perda elevada do plantio de sequeiro (aquele que depende de chuva) e das culturas de milho e de feijão no sertão cearense. Conforme explicou o sargento Paiva Júnior, da Cedec, para que um município seja reconhecido como em situação de emergência, é necessário, por exemplo, que pelo menos dois tipos de danos tenham acometido a cidade, entre materiais, ambientais e humanos. Além disso, é imprescindível que a cidade tenha registrado prejuízos de natureza pública ou privada. No primeiro caso, é preciso que o rombo tenha sido acima de 2,77% da receita corrente líquida da Pre-
22. General Sampaio 23.Granja 24.Ibaretama 25.Ibiapina 26.Ipaporanga 27.Ipaumirim 28.Ipú 29.Ipueiras 30.Iracema 31 Itatira 32.Jaguaribe 33 Limoeiro do Norte
34. Mauriti 35. Milhã 36.Miraíma 37 Mombaça 38 Monsenhor Tabosa 39 Mulungu 40. Nova Olinda 41.Orós 42.Pacajus 43.Pacatuba 44.Palmácia 45.Pedra Branca
feitura. Já no segundo, as perdas devem superar 8,33% da receita corrente líquida do município. As regras para o decreto de situação de emergência são definidas pela instrução normativa nº 1 de 24 de agosto de 2012, da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Na prática, o fato de o município não estar inserido no decreto do Governo do Estado não o impede de recorrer diretamente ao Governo Federal para buscar o reconhecimento do estado de emergência. "O decreto estadual serve para ratificar, junto ao Governo Federal, a situação em que se encontra o município, evitando que a Secretaria Nacional de Defesa Civil tenha que analisar caso a caso, facilitando o trabalho", finaliza o sargento do Corpo de Bombeiros
46.Penaforte 47.Pentecoste 48.Piquet Carneiro 49.Porteiras 50.Quiterianópolis 51.Quixadá 52.Quixelô 53.Quixeramobim 54.Quixeré 55.Redenção 56.Saboeiro 57. Santa Quitéria
58. Santana do Cariri 59.São Luis do Curu 60.Tamboril 61.Tabuleiro do Norte 62.Tauá 63.Ubajara 64.Umari 65. Uruoca 66.Várzea Alegre 67.Viçosa do Ceará
Revista Ceará & Municípios
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PLANO DE CONVIVÊNCIA COM A SECA
Secretário Dedé Teixeira apresenta projeto no Agropacto "Estratégia de Convivência com a Seca com ênfase para a Pecuária" foi o tema da palestra da reunião do dia 10 de março último, do Pacto de Cooperação da Agropecuária Cearense - AGROPACTO, ministrada pelo Secretário de Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira e que contou também com a presença do secretário de Agricultura, Aquicultura e Pesca, Osmar Baquit, do secretário - adjunto Euvaldo Bringel, além de diversos representantes do segmento agropecuário.
Secretária da SDA Dedé Teixeira
O
coordenador do Agropacto e presidente da FAEC, Flávio Saboya presidiu a reunião e apresentou duas reivindicações: uma delas foi a suspensão de todas as renegociações que ocorreram a partir da seca de 2012, para que tenham o início de pagamento somente no final dos contratos, cuja solicitação ele já encaminhou a Confederação da Agricultura do Brasil - CNA e ao Ministério da Fazenda. Segundo ele, muitas dívidas já estão se vencendo agora em 2015. PRINCIPAIS AÇÕES O secretário Dedé Teixeira apresentou as principais ações em desenvolvimento no Estado dentro do Plano de Convivência com a Seca, e as ações que ainda pretende desenvolver voltadas especificamente para a pecuária, como: 1-Liberar as fronteiras do Estado para saída do rebanho sem pagamento de ônus. Este seria pago em caso de não retorno dos animais em até um ano, podendo ser prorrogado; 2- Realizar trabalho integrado entre as Secretarias Estaduais de Agricultura e Federações de Agricultura, assim como Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura no sentido de recepção dos animais, bem como abrir espécie de leilões (Bolsa de Mercadoria), ou arrendamento, aproximando compradores e vendedores ou arrendatários; 3- Levantar na Secretaria Estadual de Recursos Hídricos o que se poderá ter de água para a produção de forragem; Revista Ceará & Municípios
4- Articular responsáveis pela gestão dos perímetros irrigados que ainda tenham a possibilidade de irrigação para formalizar parcerias para a produção de forragens, especialmente milho, sorgo e capim elefante; 5-Viabilizando-se esta parceria serão firmados contratos com os produtores de forragem assegurando-se os preços de aquisição bem como a comercialização para os pecuaristas do Estado do Ceará; 6- Criar e/ou implementar uma Linha de Crédito Emergencial para aquisição de forragem, construção de poços pelos agricultores (as) familiares, pequenos e médios produtores. O Governo do Estado e Prefeituras Municipais poderiam colaborar nessa atividade com a gerência e apoio logístico no transporte da forragem, estudos geofísicos, cessão de perfuratrizes e instalação dos poços; 7-Firmar parceria com o Ministério da Integração e/ou da Agricultura, e/ou Desenvolvimento Agrário, e/ou Desenvolvimento Social, para implementação do PAA Forragem; 8-Incrementar a linha de crédito especial já aprovada pelo Banco do Nordeste do Brasil para a atividade Produtor de Forragem; 9-Prorrogar as dívidas renegociadas anteriormente, bem como as vencidas e as vincendas em 2015; 10-Publicar resolução permitindo que os agricultores que tinham amparo legal para renegociar suas dividas em 2014 e não o fizeram por falta de notificação do agente financeiro; 11- Incrementar campanha educativa no Estado para os agricultores familiares, pequenos e médios produtores utilizarem outras alternativas para a produção de reserva estratégica, a exemplo de produção de feno, forragem hidropônica e hidrólise da palhada, dentre outras;
12 - Implantar um projeto de incentivo à utilização dos subprodutos produzidos na propriedade e/ou indústrias (pedúnculo do caju, parte aérea da mandioca, restolhos de culturas, caroço de algodão, polpa da cevada, bagaço de cana); 13 - Estipular como meta a manutenção de 60% das matrizes bovinas – 480.000 animais, e 60% do rebanho ovino – 450.000 animais e 60% do rebanho caprino – 240.000 animais; 14 - Viabilizar o projeto PIPA BOI com o objetivo de efetivar o fornecimento de água aos animais; 15 - Instalar viveiros de mudas de essências nativas priorizando as espécies que tem potencial forrageiro e apícola, em parceria com as prefeituras; 16 - Liberação dos recursos aprovados pela bancada federal para implantação de 1.000 km de energia trifásica; 17 - Viabilizar fontes alternativas para produção e comercialização de energia elétrica pelos agricultores familiares, pequenos e médios produtores; 18 - Criar o Seguro Para a Reserva Alimentar Animal no período de seca, (adaptação do modelo Garantia Safra concebido no Ceará); 19 - Intensificar a implantação do Serviço de Inspeção Municipal – SIM, objetivando a melhor operacionalização dos Programas de Compras Governamentais; 20 - Viabilizar a Assistência Técnica e Extensão Rural para o apoio aos agricultores familiares, pequenos e médios produtores na implementação dessas ações. Para tanto recorrer aos Ministérios no sentido de abertura de editais ou chamadas públicas para a contratação dos técnicos; 21 - Criar um Comitê interinstitucional para acompanhar e monitorar as ações programadas para apoio a pecuária cearense. 13
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ENTREVISTA
Presidente da FAEC Flávio Saboya
A diferença entre Austrália e Nova Zelândia é o homem Nos conta o Presidente da FAEC, Flávio Saboya após viagem pelo exterior para trazer inovações agropecuárias ao Ceará. Por: Silvana Frota - Editora
O
Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará FAEC, Flávio Viriato de Saboya Neto, faz um balanço de suas últimas ações inclusive de uma viagem feita a Austrália e Nova Zelândia no último mês de abril. Ele destaca a importância do PECNORDESTE, está preocupado com a recarga dos açudes, mas continua insistindo que o governo deve montar um plano de estoque de alimenentos visando salvaguardar nosso rebanho. Acompanhe suas ideias.
A Viagem Referências em produção agropecuária e no uso de alta tecnologia, a Austrália e a Nova Zelândia podem servir de exemplo para o Brasil em diversas áreas, especialmente, para o Nordeste e para o Ceará, onde as características de recursos hídricos e de pluviosidade são até menores do que as do nosso Estado. O grande diferencial é a consciência do homem. “Participei de uma missão técnica do Serviço Nacional 14
de Aprendizagem Rural (SENAR) àqueles países, durante 10 dias. A Austrália, desenvolve bem a ovinocultura algumas fazendas chegam a ter 21 mil animais, "mas o que mais impressiona é que as condições hídricas de lá são equivalentes às nossas aqui no Nordeste. Eles exportam animais vivos e carne ovina para os países do Oriente Médio, o que nos leva a concluir que a resposta para esse sucesso é uma só: o homem, que adota tecnolo-
gias, destacando- se a reserva alimentar animal com feno e silagem”. A FAEC vem defendendo a reserva alimentar animal há vários anos, inclusive propondo um seguro nesse sentido para o produtor.Em qualquer imóvel rural da Austrália, tem cisternas com capacidade de até 30 mil litros d´agua, muitas vezes em tamanho maior do que a própria residência familiar garantindo água no período de estiagem
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Roteiro da Viagem A viagem teve início pela Austrália, com visita à uma exposição agropecuária, focada em bovinos de corte e ovinos. Em Sidney, o grupo do SENAR fez contatos com membros de entidades ligadas à cadeia de carnes e na cidade de Daylesford conheceu uma fazenda com tradição de 100 anos, na produção de lã fina, um dos maiores criatórios de ovinos do Estado de Victoria. Uma propriedade de ovinos da raça Merino, criados em regime extensivo. Em Auckland, na Nova
Zelândia, a missão técnica do SENAR participou de uma reunião com a Cooperativa Fonterra, composta por produtores que dominam cerca de 85% da produção e industrialização do leite no País, além de ser um importante “player” de lácteos no mercado mundial. Depois o grupo fez uma excursão para a Região de Waikato. Lá, acompanhados por um representante da “Livestock Improvement” – LIC (Melhoramento de Gado da Austrália Inseminação Artificial em Gado de Leite), co-
nhecemos uma fazenda com mais de 330 vacas leiteiras e um haras que lidera a criação da raça Puro-Sangue Inglês na região da Australásia. Na área de North Canterbury, no leste da Nova Zelândia, visitamos uma fazenda de alta qualidade, com 15 mil carneiros e 1,5 mil cabeças de gado. Em Mid-Canterbury, outra fazenda, especializada na produção de cordeiro prime, com três mil ovinos, 600 cabeças de gado e 450 acres (aproximadamente 182 hectares) de cultivo. Também, passamos
em uma propriedade de pecuária leiteira, com mil vacas e instalações de alta tecnologia. A última etapa do roteiro foi em Christchurch, onde a comitiva foi recebida na Universidade Lincoln. O segredo da alta produção de leite na Nova Zelândia é o sistema de criação “pasto a pasto” que vem sendo desenvolvido com muito sucesso aqui no Ceará na Região do Médio e Baixo Jaguaribe, colocando o Ceará em destaque como o terceIro maior produtor de leite do Nordeste.
Plano de Desenvolvimento do Nordeste Temos participado sistematicamente das reuniões promovidas pela CNA e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária Abastecimento - MAPA, com vistas a elaboração de um plano de apoio ao desenvolvimento do Nordeste. Este plano começou a ser pensado na CNA, ainda quando a Senadora Katia Abreu era presidente da Instituição, a pedido dos presidentes de federações do Nordeste. Agora, como Ministra, a senadora está discutindo o Plano de Apoio do MAPA ao desenvolvimento do Nordeste brasileiro. Esse plano prevê novas ações de desenvolvimento regional.
Fechamento polos da Conab Ceará Na minha avaliação o fechamento dos 11 polos da CONAB no Ceará é lamentável, estou indignado com essa decisão, pois trabalhei muito junto às associações de criadores e municípios para ajudar a Conab na implantação destes polos que ajudaram nas crises causados pela estiagem. Com as poucas chuvas que caiaram no Estado, já querem mudar as regras do jogo, que no final sempre prejudicam o pequeno e o médio produtor. O problema vem sendo debatido com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, mas essa decisão passa pelo CIEP- Conselho Interministerial de Controle de Estoques Públicos, da Casa Civil, composto pelos Ministérios da Fazenda, Agricultura e MDA. A retirada desses polos vai levar o produtor a comprar no comércio local, Revista Ceará & Municípios
Superintendentes do SENAR em Goiás, Euripedes Bassamurfo da Costa; do Mato Grosso do Sul, Rogério Tomithao Beretta; do Pará, Walter Cardoso; do Rio Grande do Sul, Gilmar Tietböhl, do Espírito Santo, Neuzedino Alves Victor de Assis e, em Santa Catarina, Gilmar Antônio Zanluchi. Além destes, participaram, naturalmente, da viagem, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Flávio Viriato de Saboya Neto; o superintendente adjunto da Bahia, Humberto Miranda Oliveira; e a chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura (MAPA), Tânia Mara Garib.
onde a saca está sendo vendida a R$42,00, mas a entrega é a domicílio. Além de ter retirado o subsídio do milho, que custava R$23,00 e agora custa R$ $38,00.
Programa Federação e Senar Forte A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil CNA,está realizando em oito estados do Brasil uma série de encontros visando diagnosticar e elaborar um planejamento estratégico para nivelar algumas federações do Norte e Nordeste com as demais federações do país. O programa concebido pelo Presidente João Martins chama- se Federação Forte/Senar Forte/ Sindicato Forte, busca o fortalecimento das regionais. Outra finalidade é melhorar a prestação de serviço ao produtor e à comunidade rural, devendo ser implantados novos programas como o de Assis-
tência Sindical. O sistema FAEC/ Senar/ Sinrural está incluído nesse novo planejando e nós estamos trabalhando para que no futuro bem próximo, tenhamos melhores condições de atuação em benefício do produtor rural e suas famílias.
Novos projetos em 2015 Alem do projeto Sertão Empreendedor que estamos iniciando em 38 municípios com o Sebrae aqui no Ceará ,o Senar, que é o braço direito da Faec na capacitação do produtor rural vai implantar o Programa de Ensino à Distância com dois polos no Ceará. O Senar é um órgão novo, só tem 2O anos de existência. Nos últimos cinco anos ele começou a mudar essa forma de atuar, hoje estamos criando a Universidade e passamos a formar técnicos de nível superior e através da rede E-TEC qualquer cidadão, poderá participar. 15
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BOVINOCULTURA
Destaca a pecuária leiteira 11palestras da pecuária em debate, quatro oficinas, mesa redonda e casos de sucesso levam mais informação ao produtor de leite O Seminario Nordestino de Pecuária-PECNORDESTE já chega ao 19º ano como o maior evento da pecuária, colocando em debate sete segmentos pecuários (bovinocultura, aquicultura e pesca, avicultura, apicultura,Suinocultura e equinocultura )
A
bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil é dono do segundo maior rebanho efetivo do mundo, com mais de 200 milhões de cabeças(213.186.087) dados de 2011). Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, como o quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. O rebanho bovino brasileiro proporciona o desenvolvimento de dois segmentos lucrativos. As cadeias produtivas da carne e leite. O valor bruto da produção desses dois segmentos, estimado em R$ 67 bilhões, aliado a presença da atividade em todos os estados brasileiros, evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em nosso país. No Ceará, o efetivo de rebanho bovino é da ordem de 2.589.655 cabeças, com um total de 561.325 vacas ordenhadas e uma produção de 455.452 mil litros de leite/ dia, evidenciando a importância da pe16
cuária de leite no Ceará. De acordo com informações da Agênncia de Desenvolvimento do Estado-Adece! os 100 maiores produtores de leite produziram em 2013 247,9 mil litros leite/dia, que dá uma média por produtor de 2,5 mil litros leite/dia, um aumento de 4,8% sobre 2012 e 56,5% sobre 2009. (Ver relação dos 1O maiores do Estado. ). É dentro desse cenário que o Seminário Nordestino de Pecuária-Pecnordeste, pretende debater os principais problemas que afligem o setor da bovinocultura mostrando as experiências exitosas, como preparar melhor o produtor para enfrentar novos desafios, promovendo 11 palestras sobre os mais diversos temas, incluindo até a construção de uma barragem subterrânea para produção de forragem, uma mesa redonda com a participação de diversos setores da cadeia produtiva do leite sobre " Política de preços e custo do leite no Estado", um dos maiores gargalos do setor produtivo, informa a veterinária e coorde-
nadora do segmento Carolina Machado. Seminário Tortuga Dentro do Seminário Tortuga, um dos maiores fabricantes de ração do país, além de palestras será apresentado no dia 17/06- de 15 às 17 hs, exposição de um. Caso de Sucesso: Especializar-se para produzir e ganhar mais. No mesmo seminário serão ministradas duas oficinas, no pavilhão da PECLEITE, uma no dia 17/06 de 16h às 18h -sobre: Simples e fácil: como calcular a matéria seca do meu volumoso e outras duas oficinas no dia 18/o6 uma de 13h30min às 15h -sobre: Palma: alternativa de produção e de consumo de água para o rebanho e outra no Horário:15h às 17h-Sobre o tema: Amortização. Revista Ceará & Municípios
Os 10 maiores produtores de leite do Ceará *(produção média diária em llitros. Dados IBGE/2013) ✓1. Fco. de Araújo Carneiro (Cialne) - 33 mil ✓2. Esperança Agropecuária Ind. Ltda.(Grupo Edson Queiroz) - 25,6 mil ✓3. Luiz Prata Girão (Betania)- 21,8 mil ✓4. Alexandre Gontijo Guerra (Fazenda Água Verde)- 11,8 mil ✓5. Antônio Gurjão da Farias (Grupo Gurjão) 11,3 mil ✓6. Ana Maria Carneiro Lima (Fazenda Canafístula)- 11,0 mil ✓7. Antonio José Santiago Ponte - 10,0 mil ✓8. João Elmo Moreno Cavalcante - 8,6 mil ✓9. Lorival Assunção Tavares - 6,2 mil ✓10. Rdo. Everardo Vasconcelos - 5,4 mil
INOVAÇÃO
O sistema está ppresente em mais de cinco mil hectares no Estado
O
açude Castanhão fornece os recursos necessários para a implantação da pecuária irrigada, que tem se mostrado uma opção viável para os produtores, recebendo cada vez mais investimentos no interior .O Perímetro Irrigado do Jaguaribe-Apodi é uma dos locais onde problemas como a ausência de tanques e estradas são enfrentados pe p pelos los pr p produodu
tores.A irrigação dos pastos otimiza a utilização dos recursos hídricos e reduz a dependência das chuvas. As vacas criadas em perímetro irrigado estão produzindo mais leite do que nas áreas não irrigadas. Essa revelação é consequência de um projeto inovador no Ceará, de novidade até no nome: pecuária irrigada. No Perímetro Irrigado de Tabuleiros de Russas, a pecuária leiteira intensiva e semi-intensiva está projetando uma m áárea de 600 hectares para
Rentabilidade De acordo com um levantamento realizado pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Cerá (Adece), a produção leiteira em áreas irrigáveis é tão rentável que pode vir a resultar em mais lucros do que com a produção de frutas. Conforme o estudo, a implantação de um módulo de oito hectares - suficiente para 100 vaRevista Ceará & Municípios
a produção de leite. Os 10% deste espaço já produzidos hoje dão a noção de que pode ser esse o caminho a percorrer. Essa inovação representa mais uma forma de otimização dos recursos hídricos, que não são poucos, alocados para os perímetros irrigados por meio do açude Castanhão. A irrigação dos pastos resolveu o problema da dependência de chuvas. Animados, os pecuaristas notadamente produtores de leite - já projetam um futuro próximo, com 200 mil hectares de pasto irri-
cas e que requer investimento de R$ 279 mil - pode gerar uma receita anual de R$ 51,9 milhões. Pecuaristas de Minas Gerais e São Paulo já compraram lotes no Perímetro Irrigado Tabuleiros de Russas. É o caso da empresa Vale do Castanhão, de São Paulo, que está investindo mais de R$ 2 milhões em 50 hectares para a criação de 350 vacas. A produção em 2011 no Tabuleiros de
gáveis. O pastejo rotacionado irrigado é aplicado em mais de 5 mil hectares e representa 25% da produção de leite ofertado no Ceará, que já desponta no ramo de laticínios. Em 2011, a empresa Danone investiu R$ 60 milhões para reativar uma fábrica no Município de Maracanaú. Em Limoeiro do Norte, a fazenda Flor da Serra, por sua vez, da empresa Betânia, garante a compra de leite dos produtores associados e um lucro de 30%, o que estimula o aumento na produção de leite.
Russas, entre agricultura e pecuária, gerou R$ 53,8 milhões, um valor 59% maior que no ano anterior. Também em 2011 foram produzidos 43,7 milhões de quilos de frutas, contra 31 milhões de quilos no ano anterior. Isso representa um aumento de 40,9% em relação ao mesmo período. Em cinco anos, esse "novo grande" perímetro aumentou em dez vezes o seu Valor Bruto de Produção (VBP).
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Betânia é destaque No segmento de laticínios e alcança a liderança no Nordeste
Bruno Girão dá proseguimento ao trabalho iniciado por seu pai Luiz Girão
H
á 45 anos no mercado, a marca Betânia faz parte da vida de milhões de brasileiros. Com mais de quatro décadas de experiência, com foco, compromisso e dedicação a marca
surgiu no momento em que o Brasil era um grande importador de alimentos, sobretudo, de leite. A Betânia se diferencia por estar presente em todos os elos da cadeia produtiva do leite, que vai desde a ordenha da vaca até o processo de industrialização e distribuição nas mesas de milhões de famílias nordestinas, que a transformaram no leite longa vida mais vendido do Nordeste. O sucesso da marca reflete nos resultados da empresa, que no primeiro trimestre desse ano aumentou as vendas em 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. A expectativa é que a Betânia possa aumentar o faturamento em 30% até o final do ano. Para o sucessor da empresa e atual presidente da Betânia, Bruno Girão, o sucesso da marca se deve ao belo trabalho desenvolvido pelo pai, Luiz Prata Girão. “O meu pai representa todo o ideal e espírito da marca Betânia, o que torna o meu trabalho ainda mais desafiador. Em meu pai vejo não apenas a história viva de uma empresa cuja trajetória é exemplo para tantas outras do setor industrial. Mas porque nele me espelhei para dar continuidade a um trabalho com visão de futuro, sem perder o olhar no presente e na atenção às pessoas, nosso maior ativo”, relata Bruno Girão. Com forte presença no Nordeste, a empresa possui três unidades industriais nos
estados do Ceará, Pernambuco e Sergipe e tem auxiliado no processo de desenvolvimento dessas regiões, mobilizando mais de três mil fazendeiros em cerca de 300 municípios nordestinos, produzindo mais de 600 mil litros de leite por dia, além de contar com 1.200 funcionários diretos e 15 mil estabelecimentos comerciais envolvidos.“Acreditamos que a integração é o caminho mais seguro para promovermos as transformações necessárias. Para isso, acreditamos na grande força e a dedicação empreendidas por nossos funcionários parar melhorar, avançar e concluir a desejada integração de nossa cultura corporativa com todos e todas que fazem parte de nosso negócio”, afirma Bruno Girão, presidente da Betânia. Com um mix formado por mais de 140 produtos, que inclui leites pasteurizados, leite longa vida, bebidas lácteas, iogurtes, queijos, requeijão, doce de leite, leite em pó, creme de leite e leite condensado, a marca tem ocupado um share de 25%, em relação ao leite longa vida. O mais recente lançamento da empresa inclui a linha BetaKids, voltada para o público infantil, tem como grande diferencial o sabor Farinha Láctea, já pronto para beber.
PECLEITE
PECNORDESTE RDEST TE / 22015 015 01 015
traz amostra dos melhores bovinos e caprinos produtores de leite
D
urante a realização do XIX Seminário Nordestino de Pecuária -PECNORDESTE, será realizada pelo quarto ano consecutivo uma exposição de animais bovinos e caprinos leiteiros PECLEITE, no estacionamento do Centro de Eventos. A programação que está a cargo da enga. agrônoma Rejane Bastos Dias, conta com um concurso leiteiro, que objetiva premiar as melhores raças produtoras e mostrar todo nosso potencial genético. " Na realidade a PECLEITE é uma pequena mostra do nosso rebanho caprino e bovino, com a participação de 40 animais, pois a sua finalidade maior não é ser uma feira e sim uma mostra do que temos de melhor em diversas raças, bem como fazer a transferência de tecnologias aos produtores que participam do PECNORDESTE, explica Rejane Bastos. Ano passado participaram p bovinos das raças ç Pardo Suíço, ç
Girolanda, Simental, Gersey e caprinos das raças Saanen, Anglo Nubiano. Este ano haverá duas oficinas, no próprio espaço do PECLEITE, no dia 17 às 9h sobreo tema Caracterização de um Animal da Espécie Bovina com aptidão para produção de leite, “já no dia 18 às 9h, Oficina: Caracterização de um animal da espécie caprina com aptidão para produção de leite e oficinas do segmento de Ovinocaprinocultura. Segundo Rejane Bastos, os produtores irão obter conhecimentos para posteriormente quando forem adquir animais para o seu rebanho para produção de leite para conhecerem melhor as raças. Todos os dias no final da tarde será realizada uma ordenha acompanhada por uma comissão técnica, e, no ultimo dia, do PECNORDESTE, serão divulgados os ganhadores. Ano passado a premiação atingiu R$ 40
mil em prêmios, e a grande atração foi a presença do Instituto Tostes Mendes, de Minas Gerais, com oficinas de fabricação de queijos.
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A pecuária de leite no nordeste
M
esmo afastado da militância rural, desde o término de nosso 2º mandato, como Diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em dezembro do ano passado, não posso deixar de atender a solicitação de escrever algo a respeito da 19ª Edição do PECNORDESTE, evento criado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, sob nossa presidência. O longo período da seca que ora vivemos, iniciado em 2012, considerado como o maior dos últimos 50 anos, demonstra, claramente, a importância do evento e o muito que contribuiu para a tecnificação da pecuária na região nordeste. Do nosso pronunciamento na abertura da primeira edição, em 1997 por sua atualidade rememoraremos duas assertivas: “A pecuária é a origem, é o traço cultural mais forte do sertanejo”. Esta realidade foi magistralmente, retratada por Euclides da Cunha no seu clássico Os Sertões. Por esta razão e pela incerteza das colheitas, ela, ainda hoje, é o setor mais estável da economia regional. As crises são, sem dúvidas, fortes incrementadoras da criatividade e indutoras de mudança de hábitos arraigados. No atualíssimo trabalho produzido pelos agrônomos Raimundo Reis e Zuza de Oliveira – Opções de Produção de Alimentos para a Pecuária - Uso nas Áreas Irrigadas, são analisados os avanços ocorridos na seca iniciada em 2012, que segundo a FUNCEME, continuará em 2016, com a instalação do fenômeno “EL NINO”. O casamento da irrigação com a pecuária fez, como eles dizem, com muita propriedade, surgir, assim, o serviço de terceirização na produção de forragem negócio até então inimaginável.
✴92 Palestras técnicas ✴17 Oficinas de capacitação ✴05 Mesas redondas ✴70 Caravanas de produtores. ✴01 Minicurso
7 Segmentos Pecuários
José Ramos Torres de Melo Filho: Ex-Presidente da FAEC, idealizador do Pecnordeste
A solução foi encontrada, pela criatividade de nossos eficientes empresários do Agronegócio da Irrigação. Faltava, no entanto, o combustível para impulsionar a máquina – o crédito – A FAEC inicialmente, e, posteriormente aliada a ADECE e a SDA, levaram o pleito ao BNB, que aprovou a inovação para algumas culturas após estudo de viabilidade. Logo mais, dentro de 5 a 10 anos consolidada a transposição do Rio São Francisco e o Cinturão das Águas, quando então, teremos assegurada a reserva hídrica necessária ao atendimento da população humana e animal, além, do desenvolvimento econômico o Ceará despontará como grande produtor de leite, dentro de uma segmentada e altamente tecnificada cadeia: produtores de ração – produtores de matrizes - produtores de leite - laticínios. Quem viver verá.
70 caravanas de produtores As caravanas de produtores em número de 70 chegam diariamente de várias regiões do Estado e são coordenadas pelo Departamento Sindical, dirigido por D. Nilza Luna. A vinda desses produtores é da maior importância pois é um momento de troca de experiências e de conhecimento para todos. Os produtores são recepcionados por equipes especializadas que fazem o acompanhamento das visitas e nas oficinas de capacitação, recebem um café da manhã e almoço e retornam no final da tarde para suas cidades de origem
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OS NÚMEROS DO EVENTO
✓Bovinocultura - 11 Palestras e 4 oficinas ✓Aquicultura e Pesca - 6 Palestras e 3 mesas redondas ✓Caprinovinocultura 9 palestras 3 oficinas e 1 mesa redonda ✓Apicultura 13 palestras 2 oficinas e 1 mesa redonda ✓Suinocultura - 12 palestras e 2 oficinas ✓Avicultura - 14 palestras ✓Equinocultura - 8 palestras, 1 oficina e um minicurso 2 seguimentos não Pecuários
✓Turismo Rural - 9 palestras ✓Artesanato - 5 oficinas Revista Cear Ceará Municípios aráá & Municípi ar ios os
Encarte Especial
FAEC/ SENAR /SEBRAE-CE
Encarte - Revista Ceará & Municípios
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Sertão Empreendedor:
Um Novo Tempo para o Semiárido
S
uperar as dificuldades impostas pela falta de chuvas e produzir em meio à seca são os maiores desafios para quem vive no semiárido brasileiro. O sertanejo, mesmo sendo um forte, como afirmou Euclides da Cunha, está cansado de esperar. Precisa de alternativas, de acesso a tecnologias que permitem conviver com o clima e trabalhar em diversas atividades. E isso é possível porque o semiárido brasileiro, apesar de todas as adversidades, é o que registra o maior volume de chuva em relação a outras regiões semelhantes do planeta. E foi com a determinação de estimular
o espírito empreendedor e elevar a qualidade de vida da população do semiárido brasileiro, que o SENAR criou o "Programa Sertão Empreendedor: Um novo Tempo para o Semiárido" que será desenvolvido em uma ação conjunta com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O Programa visa promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais no semiárido brasileiro através do fomento à inovação, ao empreendedorismo e a difusão das tecnologias sociais, de produção, gestão e boas práticas de convivência com o semiárido.
O Semiárido •1.135 municípios distribuídos por nove estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Norte de Minas Gerais); •11,5% do território nacional e mais da metade da área do Nordeste; •22,5 milhões de pessoas (sendo 14 milhões na zona urbana e 8,5 milhões na zona rural); •Cerca de 1,7 milhão de estabelecimentos rurais. •800 mm de precipitação anual máxima.
Pautada na qualificação profissional com orientação técnica, a implantação de novos negócios rurais e a consolidação dos já existentes, em especial em municípios que sofrem constantemente com secas e estiagens prolongadas, certamente contribuirá para o crescimento social e econômico, com melhoria na qualidade de vida dos empreendedores rurais, incluindo a de seus familiares e colaboradores. Viabiliza-se, desta maneira, uma melhor convivência nas adversidades existentes e, principalmente, um desenvolvimento produtivo mais sustentável nessa região. reiros de salvação) •Produção de forrageiras (palma forrageira em sistema adensado, gramíneas, leguminosas, fontes proteicas e energéticas) •Conservação de forragens (fenação, ensilagem e amoniação) Além disso, o programa pretende difundir atividades com potencial econômico na região, como a ovinocaprinocultura, a apicultura, a fruticultura, a fabricação de produtos e alimentos a partir da palma forrageira, o turismo rural e a energia solar, entre outras.
Público
O programa Sertão Empreendedor vai atender empreendedores rurais, incluindo seus familiares e colaboradores.
Linhas de ação do programa Sertão Empreendedor
O programa reúne um conjunto de ações sistêmicas e continuadas para contribuir com o desenvolvimento rural sustentável a partir da difusão e aplicação de tecnologias de convivência com as adversidades do semiárido, para melhorar a gestão, aumentar a produtividade e a renda dos empreendimentos rurais, com respeito ao meio ambiente.
Tecnologias sugeridas O programa Sertão Empreendedor vai incentivar as seguintes tecnologias: •Captação e conservação hídrica (barragem subterrânea, poço amazonas com anéis de cimento, cisterna calçadão e bar22
Secretário Executivo do SENAR Nacional Daniel Carrara Encarte - Revista Ceará & Municípios
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Sertão Empreendedor no Ceará
sistema FAEC/SENAR em parceria com o SEBRAE e os Sindicatos Rurais realizou do dia 12 ao dia 30 de maio 36 seminários de sensibilização do Sertão Empreendedor realizados pela coordenadoria técnica do SENAR através do instrutor
Lauro Ramos Torres de Melo Filho e dos agentes sindicais David Cruz e Victor Emanuel sob a supervisão do cordenador técnico Eduardo Queiroz de Miranda. Foram realizados nas regiões do Sertão Central, Jaguaribe, Centro Sul, Carirí, Inhamuns, Norte, Metropolitana,
Objetivos Especificos
Litoral Oeste/ Itapipoca e Litoral Leste. Nesse primeiro semestre de 2015 o Programa Sertão Empreendedor que será implatado em 38 municípios cearenses, beneficiando 760 produtores.
Região Metropolitana:
•Promover a qualificação dos empreendedores rurais e seus colaboradores com
Canindé, General Sampaio, Horizonte e Barreira Aracati
o uso de tecnologias sociais, de produção, gestão e de boas práticas de convivência com o semiárido; Atender, prioritariamente, os setores da avicultura caipira, ovinocaprinocultura, bovinocultura leiteira, apicultura, cajucultura e mandiocultura. Promover o aperfeiçoamento de técnicos e parcerias para viabilizar a Assessoria Técnica continuada aos empreendedores rurais, visando ao fortalecimento das cadeias produtivas do semiárido; Fomentar o empreendedorismo, associativismo e cooperativismo como forma de otimizar as potencialidades econômicas dos empreendimentos rurais do semiárido; Disseminar o conhecimento das tecnologias, inovação e boas práticas de convivência com o semiárido; Promover a implantação de mecanismo s específicos para agregar valor aos produtos in natura, propiciando o aumento de renda e geração de emprego no campo; Incentivar e apoiar o agricultor a constituir formas organizativas (associações, cooperativa), no sentido de procurar a auto-sustentabilidade.
Região de Itapipoca: Amontada, Trairi e Itapipoca;Atendendo prioritariamente os setores de Avicultura, ovinocaprinocultura, cajucultura e mandiocultura onde deverão ser trabalhadas práticas de convivência do semiárido na propriedade, e/ou outras atividades produtivas na propriedade;
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Região dos Inhamuns/Crateús
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Seminários de sensibilização
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Municípios beneficiados com o Programa Por região Região do Sertão Central:
Região do Médio Jaguaribe:
serão realizados trabalhos nos seguintes municípios: Independência, Crateús, Tamboril, Nova Russas e Monsenhor Tabosa; Atendendo prioritariamente ao setor de Ovinocaprinocultura e/ou outras atividades produtivas na propriedade.
Nova, São João do Jaguaribe, Jaguaretama, Jaguaribe; Atendendo prioritariamente aos setores de Bovinocultura leiteira, ovinocaprinocultura e apicultura e/ou outras atividades produtivas na propriedade.
Região Centro Sul Iguatu, Quixelô, Cedro, Piquet Carneiro, Acopiara e Lavras da Mangabeira;
Região do Cariri: Crato e Aurora; Atendendo prioritariamente aos setores de Bovinocultura leiteira, ovinocaprinocultura e apicultura e/ou outras atividades produtivas na propriedade;
Quixadá, Quixeramobim, Ibaretama, Madalena, Mombaça, Solonópole, Senador Pompeu e Milhã;
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Região Norte: Sobral, Coreaú, Moraújo, Santana do Acaraú e Massapê.
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Tecnologias aplicadas pelo SENAR
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Semiárido brasileiro ocupa uma área de 969.589 km2 e inclui os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, a maior parte da Paraíba e Pernambuco, Sudeste do Piauí, Oeste de Alagoas e Sergipe, região central da Bahia e uma faixa que se estende em Minas Gerais, seguindo o Rio São Francisco, juntamente com um enclave no vale seco da região média do rio Jequitinhonha. Clima. Solos e Vegetação e aspectos socieconômicos. O PROGRAMA VIVER BEM NO SEMIÁRIDO é uma iniciativa do SENAR que tem como objetivo implantar modelos de convivência produtiva no semiárido, em propriedades rurais que estão em municípios que sofrem continuadamente com a seca. A proposta é atuar de forma contínua e sistêmica, com ações que vão além da transferência de tecnologia e da educação profissional, como o incentivo e apoio ao associativismo e cooperativismo, ao fomento à produção de reserva estratégica de alimento, apoio ao crédito e ações de promoção social. O programa foi inspirado em experiência desenvolvida pela
Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (FAEB). O SENAR tem como missão desenvolver ações da Formação Profissional Rural (FPR) e atividades da Promoção Social (PS) voltadas às pessoas do meio rural, contribuindo para sua profissionalização, sua integração na sociedade, melhoria da sua qualidade de vida e para pleno exercício da cidadania. Ele tem como objetivo organizar, administrar e executar, em todo o Estado, treinamentos e cursos para jovens e adultos, homens e mulheres que exerçam atividades no meio rural. Desta maneira, visa formar cidadãos, por meio da transferência de conhecimento, capacitação e formação profissional, promovendo, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida e o bem-estar social. Entre os programas de destaque estão o Empreendedor Rural e o Sertão Empreendedor. O primeiro é uma metodologia desenvolvida por professores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Paraná voltada para a gestão do negócio rural.
Barragem Subterrânea
A Barragem Subterrânea é uma tecnologia que vem sendo implementada em vários estados do Nordeste que consiste, essencialmente, na utilização de uma lona plástica que desce no solo a profundidades de 3 a 5 metros, em valas que são cavadas pelos próprios trabalhadores em regiões declivosas de suas plantações. Desta forma, como a água não escorre para o lado a jusante da barragem por ficar retida (‘barrada’) na lona, o solo a montante da barragem fic a umedecido durante todo o ano, tornando-se apto para o cultivo
Cultivo em Nível
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O plantio em nível, também chamado de plantio em contôrno, é a medida mais básica de conservação do solo. Seguindo-se as curvas de nível, cada linha de plantio atua como um obstáculo para reduzir a velocidade da água da enxurrada, caso essa se forme sobre o terreno. Com isso, comparando-se com locais em que não há plantio em nível, há mais tempo para a água poder sofrer o processode infiltração, deixando de escorrer na superfície e, desse modo, reduzindo o risco de erosão.
Viver no Semiárido é aprender a conviver. No Nordeste não falta água, falta justiça (D. José Rodrigues, bispo emérito da Diocese de Juazeiro-BA)
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Bovinos de Leite - Cuidados no período seco de vacas em sistema de produção de leite
O período seco, o qual, tradicionalmente compreende os últimos 60 dias que antecedem ao parto, encerra uma série de eventos que influenciam diretamente o desempenho da próxima lactação além da sobrevivência do terneiro. Reúne informações sobre a importância do período seco, como interromper a produção de leite, tratamento intramamário e alimentação no período se
Convivência no semiárido A Educação para a Convivência com o Semiárido, consiste no desenvolvimento de ações direcionadas para um novo modo de produção da vida que une escola e comunidade, saber e necessidade, conhecimento e desenvolvimento, para provocar mudanças significativas na realidade.
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Milho - BRS Caatingueiro
Sorgo - BRS Ponta Negra
Conservação de Forragens
O BRS Caatingueiro é uma variedade de milho superprecoce, que floresce entre 41 a 50 dias, apresenta como vantagens a diminuição do risco de sofrer com estresse de umidade no período que o milho é mais sensível à falta de água. Esta superprecocidade permite a colheita em 90 a 100 dias com tetos de produtividade, na região mais seca do semiárido, que variam de 2 a 3 t de grãos por hectare. (Tecnologia EMBRAPA no semiárido)
Cultivar de sorgo forrageiro do tipo variedade, resistente ao acamamento. Apresenta alta produção de biomassa com baixo custo. Adaptada à Região do Semiárido nordestino, tolerante à seca, à toxicidade por Alumínio e à acidez do solo. Tolerante ao fotoperiodismo e resistente às principais doenças, principalmente à Antracnose. Ciclo: 110-120 dias. Altura das plantas: 2,00-2,50 m (altura média: 2,20 m). Floração: 60-70 dias. Panícula semiaberta. Cor do grão: marrom claro. A conservação de forragem é uma prática fundamental quando se adota o manejo intensivo das pastagens. A manutenção da oferta de forragem de alta qualidade durante todo o ano, garante o atendimento do requerimento animal e permite aumentar a eficiência da utilização das pastagens diminuindo o risco de degradação das mesmas em decorrência do superpastejo, muitas vezes registrado durante o período de crescimento restrito das forrageiras de clima tropical
Amonização IBARETAMA (CE) é um dos municípios que sedia um projeto piloto que tem o objetivo de garantir alimentação de qualidade para ovinos, caprinos e bovinos nas regiões mais castigadas pela seca no Ceará. Resultado de um trabalho desenvolvido pelo Sebrae no estado, Federação de Agricultura e Pecuária (FAEC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) junto aos sindicatos rurais, o projeto dissemina o uso da amonização
como uma alternativa barata e viável à falta de pastagens tradicionais. Amonização é o uso de amônia anidra e de ureia para melhorar o valor nutricional de vegetais originalmente não forrageiros, assegurando ração mais palatável e digestível. O produto é fabricado com plantas abundantes, mesmo no seco solo do semiárido cearense, como o mata pasto, capins nativos, bamburral, junco, bananeira e carnaúba.
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Processo de produção de farinha de mandioca seca e mista
As raízes da mandioca destacam-se como fonte de energia, que é o componente quantitativamente mais importante das rações alimentícias para diferentes espécies de animais. Apresentam quantidades mínimas de proteína, vitaminas, minerais e fibra e são bem aceitas pelos animais. Visando garantir a segurança alimentar de produtos derivados da mandioca, definiram-se os processos de produção das farinhas seca e mista. A farinha seca é obtida de raízes de mandioca, sadias, devidamente limpas, descascadas, trituradas, prensadas, desmembradas, secas à temperatura moderada ou alta e novamente peneiradas ou não, podendo ainda ser beneficiada. A farinha mista é obtida mediante a mistura, antes da prensagem. A massa de mandioca ralada é misturada com a massa da mandioca fermentada, de acordo com a preferência do mercado consumidor, seguida do processo tecnológico semelhante ao da farinha de mandioca seca.
Palma Forrajeirra O bom rendimento da cultura no semi-árido nordestino está associado ao fato da mesma necessitar de bem menos água do que outras culturas convencionais. A palma utiliza de 100 a 200kg de água para produzir 1kg de matéria seca. Já para os capins, por exemplo, essa relação é de 500 para um, por isso, a palma produz bem em áreas com precipitação anual de até 750 mm, característico do semi-árido. A umidade relativa precisa estar acima de 40% e temperatura diurna/norturna de 25 a 15 C. Em algumas regiões do semi-árido, a alta temperatura noturna é o principal fator para as menores produtividades ou até a morte da planta.
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Tecnologias aplicadas pelo Governo do Ceará em combate à seca
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Governo do Estado vai investir mais de R$ 620 milhões em ações emergenciais, de curto
prazo. O plano prevê medidas emergenciais, estruturantes e complementares em cinco eixos de atuação: segurança hídrica, segurança alimentar, sustentabilidade econômica, conhecimento e inovação. As ações emergenciais, segundo informou o governador, buscam diminuição dos efeitos da seca em curto prazo e estão orçadas em R$ 620 milhões, sendo R$ 117 milhões em recursos do Estado e o restante do Governo Federal. Já as ações estruturantes, que ob-
jetivam a redução dos efeitos da seca em médio e longo prazo, contam com cerca de R$ 5,5 bilhões, sendo cerca de R$ 1 bilhão do Ceará e o restante da União. Entre as ações emergenciais, o governador Camilo Santana citou os carros-pipa e a construção de adutoras e poços profundos, além do reforço de investimento em benefícios sociais, como o Garantia Safra 2015, que vai beneficiar 334.113 agricultores de 182 municípios, e o Seguro Pesca, para 2.871 pescadores. Esses recursos, de acordo com Camilo Santana, devem reforçar ainda o setor apícola em 168 municípios, o Programa Leite
Cisterna de placa Trata-se de uma tecnologia simples e de baixo custo, na qual a água da chuva é captada do telhado por meio de calhas e armazenada em um reservatório de 16 mil litros, capaz de garantir água para atender uma família de cinco pessoas em um período de estiagem de aproximadamente oito meses.
Cisterna calçadão
Cisterna de polietileno
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Capta a água de chuva por meio de um calçadão de cimento de 200 m², construído sobre o solo. Com essa área do calçadão, 300 mm de chuva são suficientes para encher a cisterna, que tem capacidade para 52 mil litros. Por meio de canos, a chuva que cai no calçadão escoa para a cisterna, construída na parte mais baixa do terreno e próxima à área de produção. O calçadão também é usado para secagem de alguns grãos como feijão e milho, raspa de mandioca, entre outros. O Ministério da Integração Nacional, optou pela cisterna de polietileno por apresentar maior rapidez na instalação da cisterna e permitir total estanqueidade da água armazenada, considerando ainda as seguintes justificativas: A cisterna de polietileno vem sendo utilizada em vários países como Austrália, Malásia, Nova Zelândia, México, EUA, obtendo um resultado totalmente satisfatório; Permite o bombeamento para fins de abastecimento e irrigação;
Fome Zero e o Programa de Aquisição de Alimentos para 4.743 agricultores de 157 cidades. O governador esclareceu também que as obras estruturantes envolvem a transferência hídrica, como a finalização do trecho 1 do Cinturão das Águas, o início do trecho 2 da obra, a duplicação do Eixão das Águas, a construção de seis barragens, além de cisternas e adutoras. O projeto contempla ainda a implantação de reúso da água na Estação de Pré-Condicionamento de Esgoto do Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
Ações Complementares Dessalinizador Dessalinização é um processo físicoquímico de retirada de sais da água, tornando-a doce e própria para o consumo. Como se sabe, a notícia de que pode faltar água potável no planeta é tenebrosa ao homem, já existem regiões ameaçadas, as Ilhas são exemplos: Ilha de Chipre, Ilha de Páscoa, Ilha Fernando de Noronha, onde os lençóis freáticos diminuíram em razão da exploração.
Adutoras de montagem rápida O Estado do Ceará, através da COGERH, vem implantando emergencialmente Adutoras de Montagem Rápida – AMR, a partir de fontes hídricas alternativas, cada vez mais distantes das sedes, devido ao sequencial esgotamento das fontes hídricas disponíveis.
Poço profundo
O poço artesiano tem vazão de água até mil vezes superior que o comum: 2 m³ (2 mil litros) em média. A vida útil fica por volta de 40 anos.
Carro Pipa A operação distribui água potável por meio de carro-pipa para a população situada nas regiões afetadas pela seca ou estiagem, especialmente no Semiárido nordestino e norte de Minas Gerais. Encarte - Revista Ceará & Municípios
Programa Balde Cheio Novas tecnologias fazem a diferença na produção de leite Ordenha ao pé, bezerreira tropical, pastejo rotacionado, botijão de semen, peso da ração individualizada por animal, além de manejo reprodutivo, pré -parto,inseminação artificial, sistema de controle da reprodução através de um mapa, são algumas das tecnologias empregadas hoje no Programa Balde Cheio, em desenvolvimento pelo Sebrae-Ce em cinco municípios do Estado, com a participação de uma equipe constituída por um engenheiro agrônomo, técnicos agrícolas, um veterinário e um coordenador, que estão fazendo a diferença na produção de leite no Estado. Hoje 63% dos produtores beneficiados já utilizam a ordenha mecânica, 41.6% utilizando a inseminação artificial e 85% o pastejo rotacionado. No Nordeste não se pode falar em produzir leite, sem fazer produção intensiva de alimento, utilizando a palma adensada e resistente, capins de várias espécies e o pastejo rotacionado são a forma mais barata de se produzir leite, o problema mesmo é a água, afirmou o veterinário Cláudio Ribeiro Coutinho, consultor do Sebrae-Ce. O Programa Balde Cheio adota uma metodologia da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, aplicada pelo Sebrae -CE. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira utilizando tecnologias para a capacitação de pequenos e médios produtores rurais, promover o desenvolvimento sustentável das propriedades de leite, resgatando a auto-estima dos produtores bem como, promover o desenvolvimento sócio- econômico da Região. O Balde Cheio foi iniciado há dois anos, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará- FAEC, através das capacitações feitas pelos instrutores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural- Senar- CE, nos municípios de Quixeramobim , Morada Nova e no município de Barreira, neste último foi necessário criar mecanismos pois lá não foi utilizada a irrigação. O programa treina também produtores e técnicos em sistemas intensivos de produção de leite, promovendo a geração de renda das propriedades, os produtores passam por pelo menos 20 técnicas gerenciais. Com as no-
vas tecnologias, o programa chegou a elevar a produção de leite em até 6 vezes . Em Quixeramobim, estão sendo trabalhados 26 produtores e o6 iniciantes, a média de produção é de é de 217 litros/dia, enquanto a média do Brasil é de 213 litros/ dia, como é o caso da Fazenda Inharé, de Francisco Welligton, um produtor inovador que implantou uma bezerreira tropical, que tem uma cobertura e uma coleira
dia. Lá se utiliza a palma forrageira como forragem, e a silagem, o segredo da palma é que ela precisa de pouca água, a mesma está sendo distribuída pelo governo do Estado, informou Paulo Jorge, articulador de agronegocio do Sebrae-Ce O Sebrae está aplicando a mesma tecnologia do programa Balde Cheio em Crateús e Sobral.
Seminário Sebrae: alternativas para convivência com o semiárido
para não ter contato com o outro animal, logo os bezerros são individualizados, evitando a morte e reduzindo os custos com doenças. Em Morada Nova, 30 produtores estão em média com uma produção de 179 litros/dia por produtor, mas a tendência é aumentar a produção dada a disponibilidade de água, lá eles utilizam as áreas de expurgo do Perímetro de Irrigação de Morada Nova. A média das vacas por produtor é de 9,7 %. Já em Barrerira que não tem a menor aptidão para produzir leite e sim caju, pois não tem projeto de irrigação, os produtores cavaram poços e açudes, e estão se organizando para produzir leite, hoje são 14 produtores que estão sendo trabalhadas pelo Programa Balde Cheio, com uma média de produção diária de 41,4 litros/ dia, e uma produção total de 580 litros/
Encarte - Revista Ceará & Municípios
O Sebrae - Ce, um dos promotores do PECNORDESTE juntamente com o Sistema Faec / Senar, promove dentro do evento um Seminário sobre alternativas para a convivência com o semiárido, onde estão previstas nove palestras, durante dois dias do evento ( 17 e 18 de junho) que serão realizadas no Auditório 10, do Mezanino,do Centro de Eventos. Na programação constam as seguintes palestras: Como produzir leite com rentabilidade no Sequeiro - capim corrente + genética+ manejo, Ganhe mais dinheiro com leite: Manejo sanitário, reprodutivo e alimentar pré- parto, Alternativa para alimentação de Bovinos - Palma, Leucena e Amoniação: Fazenda Feijão - Produção Rentável de caprinos de corte no semiárido e Sistema de produção e criação de galinha caipira - Caso de sucesso Região Norte do Estado do Ceará, Negócio a Negócio Rural, Uso da mandiocultura como alternativa para alimentação de galinha caipir, Projeto "No Campo"Processo de produção e criação de galinha caipira - Experiência General Sampaio e Importância do manejo sanitário na avicultura caipira.
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NOVOS NEGÓCIOS NO MEIO RURAL
O Coordenador técnico do Senar/Ce, Eduardo Queiroz Miranda destaca as novas capacitações no meio rural
Coordenador técnico do Senar/Ce, Eduardo Queiroz Miranda
✴C&M - Como avalia o panorama de novos negócios no meio rural cearense? E.Q - Apesar da seca que assola o Ceará nos últimos quatro anos, alguns produtores adotaram medidas fundamentais tais como a seleção do rebanho, descartando alguns animais, profissionalizaram a produção e o armazenamento de forragem, adquirindo a forragem de outros produtores. Ademais, encerram atividades e iniciam outras que dependam de poucas chuvas, como o sistema de produção de galinha caipira e a venda para os programas governamentais. O produtor tem que buscar a profissionalização na atividade produtiva e quando ele não for 100% bom naquilo que produz, independente do que seja, por vários motivos, deve adquirir os serviços ou os insumos de outros produtores profissionais. ✴C&M - De que forma o SENAR/CE fomenta o empreendedorismo no interior?
E.Q - O SENAR promove a capacitação do homem do campo, subsidiando-o de informações nas mais diversas atividades, na melhoria do sistema produtivo e da gestão da empresa rural. ✴C&M - Na sua visão, quais os principais desafios para o empreendedor rural? E.Q - Primeiro o produtor tem que ver a propriedade rural como uma empresa rural, contabilizando as receitas e as despesas. Segundo, planejar metas alcançáveis e estimar riscos e oportunidades. Planejar para realizar, esse deve ser o
lema do Produtor Rural. ✴C&M - Quais as principais iniciativas do SENAR/CE para qualificar o homem do campo? E.Q - O SENAR capacita o homem e a mulher do campo nas diversas ações de Formação Profissional Rural, com os treinamentos de Apicultura, Avicultura, Bovinocultura, Caprinocultura, Carcinicultura, Fruticultura, Ovinocultura, Piscicultura, Operação e Manutenção de Tratores Agrícolas, Aplicação de Defensivos Agrìcolas, nas atividades de Promoção Social, com os treinamentos de Beneficiamento do leite, Beneficiamento de Frutas, Beneficiamento da macaxeira, Pães artesanais, Associativismo, Gerencia de Projetos Produtivos e os Programas Especiais que capacitam nas linhas de Gestão do Negócio Rural, tais como o Programa Empreendedor Rural, o Negócio Certo Rural e o Com Licença vou á Luta e na área técnica e empreendedo-
rismo, o PRONATEC, programa de cunho nacional para criar oportunidades para os treinandos. ✴C&M - Qual a sua avaliação sobre o impacto dessas iniciativas no meio rural? Você poderia citar algum caso de sucesso, resultado dessas iniciativas? E.Q - Lógico, apenas a capacitação não gera grandes iniciativas junto aos treinados, mas ela desperta nos empreendedores, e cria oportunidades para aqueles que saem na frente, implantando o que aprenderam e fazendo novos negócios, aplicando as técnicas repassadas pelos instrutoers. ✴C&M - Na sua opinião, em tempos de seca, o empreendedorismo no campo se enfraquece ou pode ser uma oportunidade? E.Q - A seca pode ser uma oportunidade! Temos que entender que na região do Nordeste do Brasil sempre ocorrerá secas e o que precisamos fazer é o homem mudar e aprender a viver na seca. ✴C&M - Fale sobre os programas Empreender Rural e Sertão Empreendedor: o que é, objetivos, resultados, comunidades beneficiadas. E.Q - O Programa Empreendedor Rural, é um curso de gestão voltado para o negócio rural. O Sertão Empreendedor é um programa de cunho regional, voltado à Região Nordeste, onde o Sistema CNA/SENAR em parceria com o SEBRAE assistem as atividades inerente a cada estado, promovendo várias atividades como treinamentos, cursos, dias de campo, visitas técnicas etc. No caso do Ceará, o Sistema FAEC/SENAR em parceria com o SEBRAE/CE selecionaram cinco atividades para executarem o Programa Sertão Empreendedor, são elas: Apicultura, Avicultura, Bovinocultura de Leite, Cajucultura e Caprinovinocultrua. ✴C&M - Qual o seu trabalho no SENAR/CE? E.Q - Atualmente, estou como Coordenador Técnico do SENAR/CE, responsável pelas ações da Formação Profissional Rural, citando os cursos e treinamentos da FPR e os Programas Especiais.
Texto publicado no Caderno de Trabalho do Diário do Nordeste
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Encarte - Revista Ceará & Municípios
Encontro de Superintendentes do Senar
Discute programas de fortalecimento do NE e das regionais
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convite do Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-Senar-CE, Paulo Helder de Alencar Braga , será realizado durante o XIX Seminário Nordestino de Pecuária- Pecnordeste, que acontece de 16 a 18 de junho, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, o Encontro dos Superintendentes Regionais do Nordeste. A programação do encontro foi definida pelo Secretário Executivo do SENAR/Administração Central, Daniel Kluppel Carrara, que incluiu a participação de todos na abertura do evento, dia 16, às 9 horas, quando estará presente também o Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA, João Martins da Silva Júnior. Segundo Daniel Carrara, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to-MAPA, em conjunto com o SENAR e a EMBRAPA, elaborou um Plano de Desenvolvimento para os Estados da Região Nordeste do Brasil, visando promover os produtores rurais classificados na classe de renda "D" para a classe" C". Na qualidade de co- parceiro desse programa e pretendente a executor, o, SENAR, vai trazer para o evento o Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Nordeste, Caio Rocha, para apresentar esse estudo aos Superintendestes Regionais , durante o PECNORDESTE, informou Daniel Carraro. Nesse sentido, já no dia 16, no período da tarde, haverá a reunião dos Superintendentes Regionais do Senar com a apresentações da seguinte pauta: Programa de Desenvolvimento da Região Nordeste, Programa de Fortalecimento das Regio-
nais do Senar e Posicionamento sobre o Programa Sertão Empreendedor, um novo tempo para o semiárido, que é o tema central do Pecnordeste.
Daniel Carara
CNA jovem monta maquete no Pecnordeste sobre programa de nascentes
O
s participantes da CNA Jovem já estão colocando a mão na massa nos seus Estados. No Ceará, os seis jovens formados estão engajados no Programa Nacional de Proteção as Nascentes.O grupo decidiu identificar as nascentes nas cidades e após, a proteção local, colocar um símbolo da CNA Jovem na entrada do município. O grupo da CNA Jovem no Ceará participa XIX Seminário Nordestino de Pecuária. Segundo Paula Braga, uma das voluntárias do Programa, o grupo vai divulgar dentro do evento o Programa de Proteção de Nascentes, lançado em abril último pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil- CNA. No local haverá uma maquete que será exposta no estande do Senar.
Italo Araújo, Estefani Mesquita, Neilson Amorim, Paula Braga, Adriana Frota e Antônio Moreira Neto.
O CNA Jovem é um programa criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) voltado para a formação de novos líderes para o campo, com idade entre 22 e 35 anos, ele prepara jovens do meio rural para impul-
sionar ainda mais o setor agropecuário, oferecendo curso de formação, dentro de uma metodologia inovadora, que permite o desenvolvimento pessoal e profissional como líder, estimulando o jovem a desenvolver desafios práticos voltados para o Agro. 29
PECNORDESTE / 2015
Suinocultura
fará aula show na vitrine da carne suína
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Suinocultura será um dos sete segmentos debatidos no Pecnordeste, XIX Seminário Nordestino de Pecuária. Esse ano o segmento de suinocultura através de uma parceria do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) com a Associação de Suinocultores do Ceará (ASCE), Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) o Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE (CEARÁ E NACIONAL), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/ CE), leva para uma das maiores feiras do nordeste, palestras técnicas, a Vitrine da “Carne Suína e Sabores Nordestinos”, que por meio desta serão realizadas aulas show de demonstração dos diferentes cortes suínos e oficinas gastronômicas, onde esses cortes serão transformados em
deliciosas receitas do cotidiano cearense. Além disso, se fará presente o famoso estande Boteco Suíno, onde serão degustados petiscos à base de carne suína, promovendo o encontro entre lideranças do setor. Para o presidente da Associação de Suinocultores do Ceará – ASCE, Paulo Helder Braga, o Pecnordeste é uma oportunidade de levar conhecimento técnico e capacitação aos produtores de suínos, estudantes e profissionais da área, além de divulgar as diversas e inúmeras ações realizadas pelo Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura no estado do Ceará. Para tanto, vai promover uma palestra do professor de educação física, com especialização em treinamento de alto rendimento, e pós-graduado em nutrição pela USP, Márcio Atalla.
Programação Técnica O segmento de suinocultura tem como
coordenador o engenheiro agrônomo Sérgio Oliveira, e a programação conta com as seguintes palestras, Panorama da suinocultura brasileira, Principais mitos que afetam o consumo de carne suína no Nordeste, Cadastro Ambiental Rural (CAR) obrigatório - procedimentos e prazos, Palestra: Regularização ambiental na suinocultura, Palestra: Produção Sustentável e Econômica de suínos - utilização de Biodigestores, A importância da gestão de dados na suinocultura, Palestra: Produtividade da equipe: como obter um maior comprometimento das pessoas na Granja, Palestra: Alternativas alimentares adaptadas à caatinga (leucena e palma), Manejo de Creche, Recrie e Terminação, Desafios reprodutivos da fêmea suína e Principais medidas sanitárias preventivas em uma granja de suínos - Abordando medidas simples e práticas.
BOTECO DO SUINO Local de degustação de comidinhas e petiscos à base de carne suína, promovendo o encontro entre lideranças do setor. 30
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carne suína, tem ganhado nos ultimos quatro anos o paladar dos brasileiros e aumentou em um grande volume seu consumo per capta por todo o Brasil, segundo a Associação Brasileira de Carne Suína (ABCS).Tudo isso devido a publicidade e marketing sobre o produto desenvolvidas por meio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). PNDS e ABCS que trabalharam em conjunto para definir as identidades visuais, os slogans da promoção de carne suína nas lojas e as inserções de publicidade em diferentes veículos impressos, digitais e televisivos durante a campanha. Foram vários meses de trabalho com empenho de profissionais de grande experiência e qualidade para criar as peças que pudessem efetivamente, atrair clientes e reposicionar a carne suína. O resultado desse esforço é reconhecido pelo setor e expôs de forma ampla e positiva a carne de porco. Para tanto, tudo foi pensado aos detalhes por exemplo, para as lojas Pão de Açúcar foi criada uma nova identidade nas cores laranja, preto e branco que conta
como selo de bandeja “Especial Suínos”, adesivos para balcões, divisões de gôndolas, placas de carrinhos, placas de contato, réguas de gôndolas e outros materiais. Esta identidade está presente nos sites, revistas, folheteria de loja, e nas inserções publicitárias de diferentes veículos de grande circulação, como revista Veja, jornal Folha de S. Paulo e outros. Foi criado também um mascote(um simpático porquinho vestido de chef de cozinha) e outro selo de bandeja “Carne Suína é 10”.
PNDS no Ceará Paula Braga gestora do PNDS no Ceará disse que o consumo per capta aqui no Estado que era de 3kg. passou a ser 7kg por pessoa depois da campanha. A exemplo dos outros estados a Associação dos Suinocultores do Ceará fez um trabalho de sensibilização e degustação junto a diversos supermarcados, visitou universidades participou de exposições agropécuárias divulgando o produto e oferecendo palestras.
Gostosa e saudável A
ciência avalia a carne suína como saudável, segura e saborosa depois de anos de mitos e mal-entendidos. A teoria de que proteína animal poderia ser prejudicial à saúde foi descartada após o resultado de inúmeras pesquisas sobre o tema nos últimos anos. Por exemplo, a revista Época distribuída em agosto passado, trouxe em sua matéria de capa “gordura sem medo” a conclusão dos mais consistentes estudos científicos que derrubam o “dogma” contra o consumo de gordura presente na carne suína e outros produtos na alimentação. A publicação tem base no livro “Big Fat Surprise”, de grande repercusão nos EUA e Europa, ao comprovar que o “vilão da saúde é o excesso de carboidratos, os alimentos industrializados e o sedentarismo, mas não a gordura. Como diz o subtítulo:
“novas pesquisas reabilitam a manteiga o torresmo o ovo e outras tentações deliciosas que os médicos mandam evitar” No livro da jornalista americana Nina Teicholz, lançado em abril passado, esmiúça a história da gordura na alimentação ocidental com base em pesquisas, números e fatos para defender uma tese provocativa: a gordura animal foi injustamente condenada. É a mesma opnião do médico Drauzio Varella, famoso por seus quadros sobre saúde no programa Fantástico da Rede Globo. O médico admirador da carne suína falou sobre a desinformação contra o produto e as carnes de modo geral. Ele explicou que a crença de que o consumo de carne poderia ser prejuducial à ou 1970, quando pesquisas médicas estadunidenses se apressaram em encontrar um culpado
para os problemas do coração. “Tais médicos, pressionados pela opnião pública relacionaram a gordura da carne ao colesterol e, por fim, aos problemas cardíacos. A partir daí, os americanos começaram a comer muito mais carboidratos e criou-se quase uma geração de obesos. Disse Drauzio Varella.
Especialistas, como o Dr. Drauzio Varella, recomandam proteína animal.
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CEARÁ
Sedia XVI Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura
Marcelo Lopres - Presidente da Assoçiação Brasileira dos Criadores de Suínos - ABCS
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Integrantes da ASCE comemorando resultados do PNDS.
XVI Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), principal evento representativo do setor no Brasil, comemorará os 60 anos da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e promoverá palestras de excelência sobre a cadeia suinícola nacional, entre os dias 1º e 3 de julho de 2015, no Hotel Vila Galé Cumbuco, Ceará. “O SNDS consolidou-se como o principal evento de mobilização da suinocultura nacional pela excelência de seus palestrantes, encontro dos principais representantes da produção, processamento e varejo e, também, pelo ambiente estimulante ao diálogo em favor do setor. É uma edição muito especial pois, além destes fatores, comemoramos os 60 anos da entidade nacional em um local paradisíaco”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes. Com o tema “ABCS, há 60 anos associando sonhos e construindo o futuro”, o tradicional evento vai reunir as principais lideranças da suinocultura brasileira para apresentar conteúdo de alta qualidade, fomentar o diálogo entre os diferentes elos do setor e contribuir para fortalecimento da atividade no Brasil. A gerente de marketing e comunicação da ABCS, Tayara Beraldi, avalia que o SNDS é incomparável quando se considera a representatividade de seus participantes. “Nas edições 2011 e 2013, tivemos líderes que representam, juntos, mais de 70% da suinocultura nacional. A união formada por estes líderes durante os SNDS possibilitou alguns dos maiores passos da história recente da suinocultura brasileira. Nesta edição, buscaremos surpreender os participantes e oferecer o que o Ceará tem de melhor!”, comento
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Vila Galé Cumbuco Ceará
Paulo Helder Presidente da Associação Cearense de Criadores de Suinos - ASCE
Para isso, a ABCS já definiu os painéis temáticos para os três dias de evento. Como recepção e boas vindas no Hotel Vila Gale Cumbuco, no dia 1º de julho, o evento contará com uma cerimônia de abertura com o tema “ABCS, há 60 anos associando sonhos e construindo o futuro”, seguida de Conferência Magna e um jantar especial de abertura do XVI SNDS. Na manhã do dia 2 de julho, o 1º Painel terá o tema “Desafios da adaptabilidade: a suinocultura no mundo competitivo e sustentável”, que propõe discutir ideias e soluções para os principais gargalos da cadeia como mola propulsora na conquista da sustentabilidade e da competitividade da atividade. Ainda neste dia será realizado o 2º Painel “Atitudes Empreendedoras: Um diferencial no mercado contemporâneo” que abordará a capacidade de identificar novas oportunidades de negócios, mudar a forma tradicional de fazer, inovar e agir, apresentando as possibilidades para o mercado por meio de exemplos de construção e reposicionamento de marca, planejamento de um trabalho estruturado de marketing, promovendo um momento de benchmarking e troca de experiências. O último dia do evento, em 3 de julho, será a vez do 3º Painel “Geração de Valor: quando reinventar é preciso”. As principais abordagens desse painel serão discutir a relevância do comportamento e do autoconhecimento em líderes de sucesso. Assim como nas organizações, só há diferencial naquilo que gera resultados efetivos e que alcancem objetivos. Quando o empresário tiver construído seu valor como profissional será capaz de criar oportunidades e não apenas esperar encontrá-las pela sua trilha.
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AQUICULTURA E PESCA Estado é o maior produtor de camarão do Brasil e 2º em tilápia
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ados divulgados pela Agência de Desenvolvimento do Estado-Adece indicam que o Estado do Ceará desde 2010 é o maior produtor de camarão do Brasil, e o segundo maior produtor nacional de tilápia. Segundo o Presidente da ACCC- Associação dos Criadores de Camarão, Cristiano Peixoto Maia, ano passado, a produção de camarão foi de 42 mil toneladas, e a de tilápia de 30.639 ton. Ele informou que o segmento de camarão em cativeiro movimentou ano
passado aproximadamente um bilhão de reais no PIB do Estado. A tilápia representa também cerca de 100 a 200 milhões. Segundo o presidente da ACEAQ Associação Cearense de Aquicultores, Camilo de Moraes Diógenes, que é também o coordenador da Aquicultura e Pesca na Comissão Técnico Científica do Pecnordeste, todo esse crescimento do segmento se deve ás técnicas adotadas na reprodução das espécies.
O segmento de camarão em cativeiro movimentou ano passado aproximadamente um bilhão de reais no PIB do Estado. A tilápia representa também cerca de 300 milhões. PROGRAMAÇÃO Segundo o Coordenador do segmento Camilo de Moraes Diógenes a programação inicia dia 16 palestra sobre: Planejamento do Setor Público ao Fomento da Aquicultura Nacional e Regional e Mesa Redonda: Aquicultura no Brasil e no Ceará: Expectativas atuais e organização setorial. No dia 17 palestra: Atuação do Estado no monitoramento da qualidade de água dos açudes e a segurança na Aquicultura, Estudos setoriais da piscicultura Cearense
e Nacional, Nutrição de organismos aquáticos e a otimização de resultados zootécnicos e ambientais e Mesa Redonda: Sanidade Aquícola - Como monitorar o setor sem travar seu crescimento? Dia 18: Mesa Redonda: Novas perspectivas e arranjos da Aquicultura e Pesca do Nordeste, Palestra: Status dos produtos da Aquicultura Nacional no Mercado Brasileiro e Mundial e Processamento do pescado, desafios para diversificar a produção.
Presidente da ACCC Comemora crescimento da carcinicultura meiro evento aqui no Estado? Cristino Peixoto - Positivos e de muito aprendizado poara os criadores, e bom aproveitamento para os visitantes. No total, a FENACAM’ contou com 1.800 congressistas, entre professores, empresários, pesquisadores e estudantes, mais um público de 6.000 visitantes da XI Feira Internacional Presidente da ACC - Cristiano Peixoto Maia
O Presidente da Associação Cearense dos Criadores de Camarão (ACCC) Cristiano Peixoto resoltou em entrevista, os benefícios da Feira Nacional do Camarão para o Ceará FENACAM e o crescimento cada vez maior da carcinicultura. Ceará & Municípios - O Ceará vai sediar mais uma vez a Fenacam, quais os resultados do priRevista Ceará & Municípios
cultura para enriquecer o conhecimento do cridor. C&M O Ceará continua liderando o ranking da produção de camarão, quais as perspectivas de produção este ano? CP- Sim, o Ceará continua liderando a produção nacional de camarão de cultivo com cerca de 45 mil toneladas anuais.
Atualmente o setor atende o mercado interno, todas as regiões do Brasil com destaque para Sudeste e Sul. de Produtos e Serviços para Aqüicultura. E também Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para a Aquicultura, com 78 empresas, nacionais e internacionais,apresentando os mais recentes avanços tecnológicos, em termos de equipamentos e insumos, tudo de melhor na aqui-
C&M Nós podemos crescer muito mais, podemos chegar a quantas toneladas de camarão em cinco anos? CP - Atualmente o setor atende o mercado interno, todas as regiões do Brasil com destaque para Sudeste e sul podemos crescer até cinco vezes.
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Ovinocaprinocultura Ceará em 4º lugar no Brasil.
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caprinovinocultura é um dos sete segmentos pecuários presentes no Pecnordeste, onde estão previstas 8 palestras técnicas, duas oficinas de capacitação, uma sobre Controle integrado de verminose de caprinos e ovinos: uso do kit e outra sobre orçamento forrageiro. Na programação de palestras consta o relato de três experiências exitosas: a Rota do Carneiro, na cidade de Tauá, a experiência da Escola Família Agrícola de Independência e o Papel da Secretaria da Agricultura e Pecuária (SEAGRI) no fortalecimento da Ovinocaprinocultura no município de Sobral. Mesa Redonda: Alternativas alimentares para caprinos e ovinos no semiárido Nos últimos dez anos, ocorreram mudanças significativas para a consolidação da cadeia produtiva da ovinocaprinocul-
tura no Brasil. Nesse período, a atividade despertou maior atenção de governantes, técnicos e produtores, acarretando mudanças significativas em alguns segmentos dessa atividade, podendo-se destacar: intensificação da pesquisa voltada para produção de animais e beneficiamento de seus produtos, crescimento do nível de organização dos produtores, aumento da absorção das novas tecnologias, maior atuação dos agentes financeiros para facilitar o acesso ao crédito e, o mais importante, aumento da demanda por produtos derivados de caprinos e ovinos. Os produtos originados da ovinocaprinocultura têm crescente procura e aceitação no mercado interno e externo: carne, leite e pele. Para atender à demanda de mercado começam a ser observadas mudanças nos segmentos de produção e comercialização: surgimento de criadores especializados na caprinocultura de corte ou leite e na ovinocultura de corte, que têm superado a condição de produtores para o mercado local ou autoconsumo. A ovinocaprinocultura é hoje uma das esperanças do agronegócio brasileiro. O abastecimento dos mercados urbanos de carne, leite e seus derivados constituem-se no foco principal da atividade, onde a carne assume uma posição de destaque ao ser comercializada em ambientes
especializados a preços compensadores. Contudo, maiores preços são acompanhados de algumas exigências a mais, relacionadas ao padrão de qualidade desse produto (carne oriunda de animais jovens em bom estado nutricional e sanitário) e a regularidade de oferta. Os criadores terão a sua disposição palestras, oficinas e mesas redondas tudo para enriquecer o produtor rural de conhecimento para melhoria de seus rebanhos, o seguimento terá como coordenador Jorge José Prado Gondim de Oliveira.A programação é a seguinte dia 16 palestra de abertura Sertão Empreendedor, e mais as seguintes Manejo da Caatinga para produção de caprinos e ovinos, Mal formações em caprinos e ovinos: causas, diagnóstico e prevenção e a oficina Controle integrado de verminose de caprinos e ovinos: uso do kit No dia 17 palestras como, Uso da água na produção animal no semiárido: eficiência e alternativas, Projeto Rota do Cordeiro, A importância da valoração ambiental para o semiárido, A experiência da Escola Família Agrícola de Independência e as oficinas Orçamento forrageiro e Como escolher um reprodutor e matriz de caprino e ovino. E para o ultimo dia, dia 18 as palestras Bem estar animal na produção de caprinos e ovinos, A experiência da empresa RIOCON e Alternativas alimentares para caprinos e ovinos no semiárido.
Ceará: Caprinos - 1.029.763 cabeças Ovinos - 2.062.654 cabeças
Nordeste: Caprinos - 5.898.578 Ovinos - 9.857.754
Brasil: Caprinhos 9.312.784 Ovinos - 17.380.581
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Centro de Excelência em Ovinocaprinocultura em Sobral Centro de Excelência em Educação Profissional e Assistência Técnica Rural será instalado em Sobral
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SENAR-CE é uma das onze Administrações Regionais contempladas com a construção do Centro de Excelência em Educação Profissional e Assistência Técnica Rural. Diversas cadeias produtivas serão contempladas em 10 Estados do Brasil , entre elas: cafeicultura, cana-de-açucar, bovinocultura de corte e leite, palma de óleo, grãos, fibras e oleaginosas, fruticultura, ovinocaprinocultura e gestão e empreendedorismo. O nosso centro, que será construído no município de Sobral terá suas ações voltadas a formação de técnicos agropecuários com especialização em ovinocaprinocultura. O início da obras de construção está previsto para este ano, como início das atividades em 2017.
A função principal do Centro de Excelência em Ovinocaprinocultura é a formação profissional de Técnicos em Agropecuária, com Especialização em ovinocaprinocultura capazes de promover o desenvolvimento tecnológico da exploração destas espécies, tornando-a uma atividade econômica viável e que venha despertar o interesse dos diversos setores econômicos do estado. O centro deverá ter importante atuação no apoio às pesquisas cientificas das áreas de ovinos e caprinos, além de promover a educação continuada de profissionais, produtores e trabalhadores rurais através de curso e treinamento de extensão com aulas presenciais e à distância.
Foi formado um Comitê Nacional de Ovinocaprinocultura com a presença de técnicos e produtores relacionados a área de diversos estado do Brasil e com experiência na área rural e acadêmica, ou seja, foi discutido qual o tipo de técnico que o setor necessita hoje a campo. Com este material em mãos a equipe técnica, formada por profissionais relacionados a área rural, pedagogos e consultores que fazem parte dos SENAR´s interessados elaboraram o perfil profissional com as competências básicas, específicas e de gestão deste técnico agropecuário de nível médio, bem como da especialização em ovinocaprinocultura.
A função principal do Centro de Excelência em Ovinocaprinocultura é a formação profissional de Técnicos em Agropecuária, com Especialização em ovinocaprinocultura
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APICULTURA Apicultores querem voltar a ser maior exportador
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m 2009, o Ceará foi o 2º maior exportador de mel no país e o 1º do Nordeste, quando exportou US $14,317 milhões, já em 2010 exportou Us$ 9,721 milhões, de lá pra cá, a exportação vem diminuindo por conta principalmente da seca. Atualmente cerca de 90% da exportação de mel cearense é de agricultores familiares. No Estado existem 176 associações de apicultores em 143 municípios e ainda 4 cooperativas. No total, mais de 5 mil famílias trabalham diretamente com a apicultura, segundo dados da Adece Agência de Desenvolvimento do Estado. Apesar do volume de exportações não ter crescido, a venda interna aumentou consideravelmente Isso também porque apenas 10% da produção é vendida internamente. Dados da Adece indicam ainda, que mesmo com a crise a produção em 2013 chegou a 1.834.826kg, embora a intenção dos apicultores seja de que o Estado volte a ocupar novamente sua antiga posição, Nesse sentido, o ambiente do Seminário Nordestino de Pecuária - Pecnordeste, é um dos mais propícios para a discussão dos problemas que atravessa o setor e juntos encontrarem uma solução, devendo realizar- se inclusive a reunião da CSMEL - Câmara Setorial do Mel do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to, disse o coordenador do segmento José Éverton Chaves, presidente da Câmara Setorial do Mel no Ceará. Assim sendo, a comissão técnico científica do Pecnordeste decidiu optar pela discussão de temas que venham a ajudar o produtor a sair das
MELIPONICULTURA
Lançamento do selo sobre Abelhas Miliponas
A meliponicultura será um dos temas dentro do Pecnordeste que tratará do "Retrato da meliponicultura", quando será destacada inclusive o retorno da produção de abelha jandaíras que quase desapareceu do sertão nordestino em consequência do desmatamento e uso indiscriminado de inseticidas. É uma espécie nativa da caatinga e que produz mel nobre, saboroso, raro, com reconhecida propriedade medicinal. No município de Crateús, no entorno da Reserva Natural Serra das Almas, agricultores familiares são incentivados a tornarem-se apicultores, ou meliponicultores. Esse é o termo que se usa para definir os produtores de mel advindo da criação racional de abelhas nativas com ferrão atrofiado. No caso, utilizando a espécie jandaíra (Melipona subnutrida) O projeto é uma iniciativa da Associação Caatinga. 36
dificuldades em que se encontra, voltar a exportar em maior quantidade, visto que o mel cearense ē um produto de boa qualidade e de bastante procura no mercado internacional, principalmente pelos países da Comunidade Européia e Estados Unidos, principais importadores. As palestras visam levar informações de como agregar valor ao mel, iniciando as atividades no dia 16 , no período da tarde, com uma oficina sobre elaboração de trufas e bolos com mel,”pois aqui mesmo no Ceará tem gente que só compra mel se estiver doente, mas
A agência Regional dos Correios no Ceará fez o lançamento no último dia 26 de maio na reunião do Agropacto e fará também dentro do Pecnordeste, do selo de abelhas brasileiras meliponicultura, com tiragem de 720 mil selos, apresentando seis tipos de abelhas, responsáveis pela sustentabilidade da apicultura.
é, preciso se divulgar que o mel não é um remédio, e sim um alimento que deve ser consumido como qualquer outro”, avisa o produtor Vinicius Carvalho, integrante da CSMEL. De acordo com a Câmara Setorial do Mel do Ceará, a demanda pelo mel é crescente principalmente para a compra do mel orgânico. Porém, para o estado se manter em nível competitivo, sugestões e medidas devem ser tomadas por meio do fórum democrático consolidado pela Câmara para o fortalecimento da cadeia produtiva. Destacam-se a assistência técnica, os investimentos públicos estruturantes na organização e capacitação dos produtores, além do desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias, tais como a conscientização da troca anual de abelhas rainhas e a reativação do programa estadual de melhoramento genético de abelhas, visando o aumento da produtividade. No Ceará tem gente que só compra mel se estiver doente. A população precisa se conscientizar que o mel não é um remédio, e sim um alimento, que deve ser consumido como qualquer outro.” reclama.
O diretor adjunto dos correios, William Porto Maciel, conduziu a obliteração do selo, a primeira obliteração foi feita pelo presidente da Faec, Flávio Saboya, a segunda pelo Presidente da Câmara setorial do mel, professor e apicultor, José Éverton Alves. E a terceira, pelo apicultor e representante da Câmara setorial do mel no Mapa, Vinícius de Carvalho, a quarta pelo Presidente da Associação Cearense de meliponicultores Fabiano Vasconcelos e a última e quinta obliteração, foi realizada pelo idealizador da Pecnordeste, José Ramos Torres de Melo Filho.
EQUINOCULTURA
Mostra sua força
Cavalo Quarto de Milha da Fazenda Haras PH - Cascavel-CE
Exposição de cavalos quarto de milha, palestras, minicursos e oficina de Odontologia para cavalos.
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ólica em equinos, reconhecimento do manejo da dor em equinos, internamento: vantagens e desvantagens são alguns dos temas das nove palestras que serão ministradas dentro do segmento de EQUINOCULTURA no Pecnordeste com efetivo dos rebanhos no Ceará 128.602 cabeças, segundo dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) no último levantamento em 2013. Paralelamente, numa parceria com a ACEQM-Associação Cearense de Cavalo Quarto de Milha, com o apoio do Núcleo Cearense de Cavalos de Trabalho- NCCT
e da Associação Cearense de Vaqueiros Amadores, será realizada no Estacionamento do Centro de Eventos uma exposição com uma galeria de 10 cavalos quarto de milha. A coordenadora do segmento, Cátia Nascimento disse que a programação se realizará sempre no Auditório 8, Mezanino II, 2o andar, e atende às demandas apresentadas pelos criadores de cavalo. Confira : Dia 16 à partir das 14hs a palestra de abertura será sobre o tema: Reconhecimento e manejo da dor em equinos, Cólica em equinos: do básico a cirurgia e
desvios angulares em potros. No dia 17 oficina de odontologia a partir das 8hs da manhã e as palestras, fisioterapia eqüina: um novo recurso no Ceará etreinando para o futuro - condicionamento físico e performance dos equinos.No dia 18 minicurso: Primeiros socorros em equinos - curativos e medicação e ainda mais três palestras, exame de compra em equinos: Porque fazer? atualização em bioténicas da reprodução em equinos e reprodução em equinos - Estratégias para melhorar o desempenho reprodutivo.
GALERIA DE GARANHÕES DA RAÇA QUARTO DE MILHA
Paulo Helder com os empresários Paulo Sérgio Galvão, Leandro de Freitas e Paulo Helder Filho
Este ano, a coordenação do XIX Seminário Nordestino de Pecuária - Pecnordeste , resolveu apoiar os criadores cearenses de cavalo da raça quarto de milha, que montarão uma galeria de 10 garanhões, animais de alta linhagem dentro do evento,.Todos os dias a partir das 18 horas , Revista Ceará & Municípios
os animais farão uma apresentação para o público, no picadeiro que será montado no estacionamento do Centro de Eventos, ficando aberto à visitação durante todo o dia. A participação dos criadores se dará através da ACEQM-Associação Cearense de Cavalo Quarto de Milha, com o apoio do Núcleo Cearense de Cavalos de Trabalho- NCCT e da Associação Cearense de Vaqueiros Amadores. Nesse sentido um grupo de criadores, tendo à frente os empresários Paulo Sérgio Galvão Vale, Leonardo de Freitas e Paulo Helder Filho, esteve no dia 31 de março, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Faec, onde foram recebidos pelo coordenador geral do Pecnordeste, Paulo Helder de Alencar Braga e pelo co-
ordenador da comissão técnico- científica, Eduardo Queiroz, quando ficou acertada a parceria. "Esta será uma das novidades do Pecnordeste deste ano mostrando a importância e a força do segmento de Equinocultura que cresceu muito no nosso Estado, principalmente a raça quarto de milha, onde o Ceará no cenário nacional é o segundo Estado que mais compra cavalos dessa espécie, só perdendo para o Estado de São Paulo, disse o coordenador geral do evento, Paulo Helder de Alencar Braga. Segundo os criadores da ACEQM o Ceará possui hoje um plantel de aproximadamente três mil cavalos quarto de milha e cerca de 500 criadores, reunidos em pelo menos quatro associações.
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Programação 14 PALESTRAS dia 16/06 - Auditório 3- Mezanino - 1o andar - Situação e perspectivas da Coturnicultura - Efeito ambiental e nutricional para aumento da produtividade - Diagnóstico de mortalidade em codornas - Ponto de Vista do laboratório dia17/06 - Perspectivas para o uso racional de água na avicultura - Criação de frango alternativo - Produção comercial de frango tipo caipira : relato de uma experiência - Alimentos alternativos disponíveis no Nordeste para alimentação de aves caipira - Utilização de fenos na alimentação de aves tipo caipira dia18/06 - Estresse térmico em frango de corte - Frango do futuro : tolerância zero a uso de ativos químicos? - Produção de ovos para o processamento industrial - Uso de antimicrobianos na postura comercial : problema de saúde aviária ou saúde pública? - Potencial do urucum e seus resíduos para pigmentação dos produtos avícolas.
AVICULTURA 10º posição no ranking nacional Setor debate coturnicultura, crescimento do mercado de codornas e frango do futuro
Segundo a Adece, o Ceará está na. 10º posiçao no ranking nacional de produção de ovos de galinha e em segundo lugar no Nordeste com uma produção de 135.129 mil dúzias de ovos e um efetivo de galinhas de 8.959.684 cabeças entre as 22 granjas existes no Estado. A avicultura do Ceará passou por mudanças significativas a partir da década de 40, com a criação da Associação Cearense de Avicultura (Aceav). Desde então, segundo a entidade, a cadeia avícola cearense passou por mudanças bastante significativas e hoje se destaca pelo alto padrão técnico, entre os mais expressivos do País. "As condições climáticas também favorecem o bom desempenho do setor. Entretanto, continuamos com o
gargalo envolvendo o fornecimento de insumos", explica João Jorge Reis, presidente da entidade. Para Reis, o avanço técnico da avicultura do Ceará está diretamente ligado ao aumento do consumo de frango. "O preço acessível do produto é um diferencial. Hoje, o frango custa entre R$ 5,50 e R$ 7,00 o quilo", diz. O presidente da Aceav também destaca a facilidade de encontrar a carne, que é comercializada em praticamente todos os açougues, mercados e supermercados do Estado. "Além disso, a carne branca é mais saudável que outros tipos de carne". Reis acredita muito no potencial avicultor da região Nordeste. Ele explica que os
produtores têm priorizado os investimentos no melhoramento da ambiência, para assegurar índices zootécnicos satisfatórios. “No Piauí, há granjas que mantém o controle do ambiente [ventilação, umidade do ar etc todo informatizado”, destaca. “Além disso, uma das grandes vantagens da região é a garantia do manejo das aves por quase 24 horas, o que não ocorre no Sul e Sudeste”. A região Nordeste também tem oferta de mão-de-obra maior e mais barata, segundo Reis e o fator luminosidade natural é indicado como outra vantagem da região. “Esta luminosidade, não verificada no Sul do País, favorece o menor custo no consumo de energia elétrica”.
Cooperativismo Agropecuário
Realizando negócios com proÀssionalismo
Presidente da OCB - Jõao Nicédio Alves Nogueira
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São muito boas as perspectivas do Cooperativismo Agropecuário no Estado. Intervenções do Sistema OCB/SESCOOPCE resultaram na efetiva superação de desafios nos campos educacional, gerencial, contábil, comercial e tecnológico dessas empresas, cujos volumes significativos de leite e derivados, frutas e produtos apícolas, além de diversos outros itens, colocam-nas em pé de igualdade no mercado. Entre outros fatores considerados determinantes para o bom momento está a comercialização conjunta, vital para a oxigenação dos negócios das cooperativas. Há potencialidades produtivas, mas há que se construir participativa e estrategicamente
soluções de inserção no mercado. As cooperativas do ramo agropecuário, além do mais, têm entendido a necessidade de fazer-se perceber no mercado e construir uma imagem positiva. Para o fortalecimento do ramo, o Sistema atua simultaneamente em três áreas estratégicas: Gestão de Cooperativas, Organização e Comercialização Conjunta e Controles Econômico-Financeiros. A Central de Cooperativas Agropecuárias do Estado do Ceará, composta por cooperativas agropecuárias que comercializam produtos diretamente com o consumidor, é outra grata e feliz novidade do movimento no Estado. Revista Ceará & Municípios
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No espaço rural ensina como montar um hotel-fazenda no Pecnordeste
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Ceará é conhecido pelo turismo de sol e praia, mas temos um potencial no meio rural muito grande nas serras e no sertão. Estamos lutando para desenvolver esse segmento e essa iniciativa é muito importante para isso, explica a presidente da Associação Cearense de Turismo no Espaço Rural e Natural (Aceter), Fabiana Rebouças Ribeiro, que coordena também este segmento dentro do Seminário Nordestino de Pecuária Pecnordeste, Segundo Fabiana Ribeiro, o Pecnordeste, é uma oportunidade dos produtores e da população em geral conhecer o potencial do nosso turismo rural que stá concentrado em cidades como Guaiuba, onde existe uma das mais antigas fazenda o Hotel Fazenda Vale do Juá,que pratica o turismo rural e natural, Aquiraz, onde está concentrando outro
grande empreendimento a Engenhoca, Maranguape, com o Ecopark. Outras cidades como Quixadá, Quixeramobim, e algumas localizadas nas serras do Maciço de Baturité incluindo Guaramiranga e na serra da Ibiapaba, destacando-se o Hotel Gospell, na cidade de Guaraciaba do Norte, também existem quipamentos turísticos rurais. Alguns deles são Apoena Ecopark, Aquafort Tour & Pesca Hotel, Capril do Estácio, Chalé Nosso Sítio, Ecopoint Parque Ecológico, Fazenda-Hotel Repouso das Águas entre outros. PROGRAMAÇÃO Logo no primeiro dia serão discutidos os seguintes temas: Como montar um Hotel Fazenda, Retrato do Turismo Rural
pelo SEBRAE Nacional. A partir do dia 17, quarta- feira, a programação prossegue com as seguintes palestras Ócio Criativo x Turismo Rural, Mulheres de negócio no meio rural, Apoena Ecopark / Equipamento Empreendedor no Meio Rural, de e Sítio Ipê / Equipamento Empreendedor no Meio Rural. No último dia do evento, 18, programação, Palestra: Parque da Engenhoca / Equipamento Empreendedor no Meio Rural, Pedra dos Ventos / Equipamento Empreendedor no Meio Rural, Sítio Aquarius / Equipamento Empreendedor no Meio Rural.
A diversidade e riqueza do artesanato cearense
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segmento de Artesanato centrará suas atividades em cinco oficinas durante o PECNORDESTE. As oficinas serão ministradas na Sala do Artesanatto, Mezanino I, e tem como cooordenadora a Ana Virgínia Saraiva, articuladora do Sebrae-Ce. A oficina de abertura será no dia 16, com o tema: Criando com cores, retalhos
e linhas. As demais oficinas serão sobre "A identidade da minha casa - Produção de espelho decorativa Instigando a criatividade com papeis e dobraduras, Um canto para contar um conto - Criatividade com papel e tecido e A identidade da minha casa - Produção de quadro decorativo.
Ceará e o artesanato Quem visita o Ceará não consegue resistir ao apelo das compras de produtos artesanais e da animada vida artístico-cultural cearense. A imagem do Ceará está sempre ligada à figura da mulher rendeira. A renda, também conhecida como renda-de-bilro ou renda da terra, é uma atividade exercida por mulheres nas comunidades interioranas e sua produção está distribuída principalmente na faixa litorânea. O labirinto foi introduzido no Brasil pelo povoador português. É encontrado nas praias cearenses, praticado por mulheres de jangadeiros, especialmente nos municípios de Aracati, Beberibe, Cascavel e Fortaleza. O artesanato de cestaria e do trançado no Ceará é dominado pelo emprego da Revista Ceará & Municípios
palha de carnaúba, do bambu e do cipó para a confecção dos mais diversos objetos, tais como: chapéus, bolsas, cestas, etc. Os núcleos produtores mais destacados estão nos municípios de Sobral, Russas, Limoeiro do Norte, Jaguaruana, Aracati, Massapê, Cratéus, Baturité e Camocim. A cerâmica cearense, de influência portuguesa, indígena e africana, se presta para fins utilitário, decorativo e lúdico. Além de Fortaleza, os centros mais representativos são Cascavel, Ipu e Juazeiro do Norte. O Ceará possui uma antiga tradição de artigos artesanais feitos em couro. A significativa participação da pecuária e da exportação de couros da nossa economia explica a rica variedade de peças artesanais produzidas com este material. Os princi-
pais núcleos produtores são: Fortaleza e Juazeiro do Norte. O artesanato têxtil do Estado tem como principal característica a produção de redes maciçamente localizada nos municípios de Fortaleza e Jaguaruana. No artesanato de madeira, o Ceará destaca-se na fabricação de móveis de todos os tipos. Em Fortaleza, Canindé, Cascavel e Juazeiro do Norte é bastante difundida a pequena indústria do mobiliário. Em Barbalha, existe o artesanato ligado à maquinaria de engenhos de cana. Os escultores e talhadores em madeira estão concentrados, em grande parte, na capital cearense. 39
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o primeiro censo demográfico do Brasil, em 1872, o Ceará possuía 7,3% da população brasileira: no último, em 2010, apenas 4,4%. Nesse período, Fortaleza evoluiu de 5,9% para 29,0% do número de habitantes do Estado. Os dois movimentos (um que expulsa o cearense para outras terras; outro que o faz abandonar o interior pela capital) têm muito a ver com o problema da seca. De 1872 até o presente, criaram-se os organismos regionais – DNOCS (1909), CHESF (1947), CODEVASF (1948), BNB (1952) e SUDENE (1959) – e mesmo um Fundo Constitucional das Secas (1946), que foi extinto em 1967. Além disso, realizaram-se um sem-número de estudos e pesquisas, funcionaram várias comissões parlamentares de inquérito, defenderam-se teses de doutorado, promoveram-se “n” comitivas a Israel, escreveram-se clássicos da literatura regionalista, premiaram-se reportagens jornalísticas, sem falar nas recorrentes promessas eleitorais e governamentais. Apesar de tudo isso, a seca está aí. E continua deixando o rastro de sofrimento em muitas comunidades do semiárido nordestino. No Ceará, a atual seca – uma das piores nos últimos 50 anos – tem sido amortecida por avanços consideráveis
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tanto na expansão da reserva hídrica quanto na gestão dela por meio de um plano (pioneiro no Nordeste) e de órgãos com quadros de elevada qualificação. Mas não menos importantes foram os programas sociais do governo federal, a política de reajuste do salário mínimo (que melhora a aposentadoria rural) e a redução do peso da agropecuária no PIB estadual – 4,7% em 2011, segundo o IBGE. Sobre o arrefecimento da economia no campo (que, em larga medida, responde pela macrocefalia da Região Metropolitana de Fortaleza – RMF), a nossa agropecuária, de baixa produtividade, além de beneficiar poucos, nunca foi, por causa da seca, sustentável; ela declinou com a crise do algodão e da pecuária, sem que outras atividades, como a agricultura irrigada, se afirmassem como esperado. A propósito, Arrojado Lisboa, o primeiro dirigente do DNOCS, já em 1913 (há cem anos!), dizia que o mais grave de todos os problemas da seca era a educação. Para ele: “O problema brasileiro é muito mais complexo e de muito mais vagarosa solução. Possuímos uma terra apenas semiárida, habitada por um povo ainda não suficientemente educado. Temos, pois, de introduzir os melhoramentos necessários ao progresso econômico da região e conjuntamente ministrar ao povo a necessária educação, para que possa gozar desses benefícios”. (Conferências: visões do semiárido por dirigentes do DNOCS. Fortaleza: DNOCS/ BNB-Etene, 2010, p. 44). Os governos tiveram um século para seguir a lição de Arrojado Lisboa. E não o fizeram a contento. A questão da mão de obra qualificada no Ceará, seja no setor rural seja no urbano, é um Deus nos acuda. Mas bem que poderemos acelerar o passo. Hoje, o ensino formal está em todos os quadrantes do Estado; do mesmo modo,
Economista e Secretário-adjunto da Secretaria do Desenvolvimento Economico do Estado Cláudio Ferreira Lima
o ensino técnico e superior. O chamado sistema “S” (SENAR, SENAI, SESI, SENAC, SESC, SENAT, SESCOOP e SEBRAE) é internacionalmente reconhecido pelos serviços prestados. Temos a Embrapa, o Instituto Centro de Ensino Tecnológico - CENTEC e, enfim, as mil facilidades criadas pelas tecnologias da informação. Ah, sim, ainda temos os royalties do pré-sal para educação. Que nos falta? Na primeira fase do Integra Brasil, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, ao encerrar o workshop “O Nordeste visto de fora”, no Rio de Janeiro, na sede daquela instituição, falava em se repensar e se recolocar o Nordeste como oportunidade generosa de desenvolvimento; mas, para isso – enfatizava ele –, teria de se adotar a abordagem da inovação, que está, por sua vez, associada à da sustentabilidade. E, assim, que tal a região e o Ceará buscarem, entre outras coisas, a liderança em tecnologias que tirem partido do sol e poupem água e energia, dentro de um novo sistema agropecuário, que, apoiado na segurança hídrica da Integração do São Francisco, produziria altos valores agregados, justiça e equidade? E por que não fazer essa revolução? Por que não, no Ceará, um pacto governo-sociedade pela educação e governos audaciosos e determinados a assumir e vencer de vez esse secular desafio? Tudo depende de o eleitor fazer a boa escolha.
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