Revista Frutal 2014

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R$10,00 Edição Nº 125 - Ano XIX

FRUTAL DISCUTE ALIMENTACÃO SAUDÁVEL E SEGURA XI FENACAM SERÁ REALIZADA EM NOVEMBRO NO CE

MINISTRO APRESENTA PLANO HÍDRICO PARA OS PRÓXIMOS 20ANOS


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FRUTAL 2014


EDITORIAL SUMÁRIO EXPEDIENTE

Silvana Frota

silvanaxgfrota@hotmail.com

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Fruticultura é um dos principais setores do agronegócio do Ceará: o Estado é o 4º produtor nacional de frutas, sendo o 1º produtor de caju; o 2º de coco, maracujá e melão; e o 3º de mamão. Além disso, o Ceará é o terceiro maior exportador de frutas do Brasil: em menos de 15 anos, as exportações de frutas frescas do Ceará saltaram de menos de US$ 2 milhões para mais de US$ 110 milhões.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geogra�ia e Estatística (IBGE), em 2013, 545 mil hectares de frutas do Estado produziram 1.650 mil toneladas e R$ 1.358 milhões VBP (Valor Bruto da produção). Os municípios que mais se sobressaem na produção de frutas estão nas regiões do Baixo e Médio Jaguaribe, como Icapuí, Aracati, Russas, Quixeré e Limoeiro do Norte. Esta será uma das matérias destacadas nesta edição, além dos detalhes sobre os bene�ícios das frutas para a nossa alimentação, tema central da Frutal deste ano, buscando incentivar um maior consumo da população brasileira e cearense. Na sequência, você acompanha várias entrevistas uma com o Presidente do Instituto Frutal, empresário Euvaldo Bringel, com o Diretor Técnico, Erildo Pintes, e ainda, com os produtores Carlos Prado , da ITAUEIRA e Paulo Selbalt, da Cearosa, esta última , destacando o panorama da �loricultura, e sua inser-

6 - Ceará ainda é o 4º 4 - Ministro da Integração apresenta produtor nacional de garantia de recursos frutas hídricos 7 - Seminário Internacional divulga 5 - Estiagem causa frutas e hortaliças– retração de 15% nas alimentação saudável exportações e segura REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS (85) 3264.3665 - 9662.1700 www.cearaemunicipios.com.br Ano XIX - Número 125 Setembro/Outubro de 2014 DIRETOR PRESIDENTE Italo Frota Catunda italofrotacatunda@icloud.com DIRETORA ADMINISTRATIVO FINANCEIRO Carmem Mar�isa X. G. F. Boelen cmx22@hotmail.com EDITORA GERAL Jornalista Silvana Frota (653 JP) REDAÇÃO Jornalista Silvana Frota - MTB/CE - 432 silvanaxgfrota@hotmail.com ESTAGIÁRIA DE COMUNICAÇÃO Vitória Matos REVISÃO Silvana Frota Carmem Frota Boelen FOTOGRAFIA

Arquivo Revista, Assessorias, internet. DIAGRAMAÇÃO E CAPA Vitória Matos pravitoria@gmail.com GERENTE DE CONTAS Michelle Fernandes municipiosdoceara@gmail.com COLABORADORES Assessoria de Imprensa dos Municípios e Instituições IMPRESSÃO Expresão Grá�ica TIRAGEM 10.000 exemplares Esta publicação é Editada há 19 anos pela Editora Eventtus Ltda.

EDITORA EVENTTU’S LTDA Av. Dom Luis, 300 sala 725 Avenida Shopping – Aldeota Cep 60.160-230 fone/fax: (85) 3264-3665 / 3264-7113 9662-1700 / 9981-9640 municipiosdoceara@gmail.com

ção em ou- tro de tipo de mercado, o de hortaliças. Baseada em trabalho publicado pela Adece, mostramos para você leitor uma radiogra�ia das frutas no Ceará, com mapas, maiores produtores, esperamos assim, estarmos contribuindo para o maior conhecimento e desenvolvimento do agronegócio da fruti-�loricultura no Estado do Ceará. Aproveitamos esta edição para divulgar também um importante evento do agronegócio que será sediado em nossa capital em novembro próximo, a XI FENACAM-Feira Nacional do Camarão, que pela primeira vez sai do circuito do Estado do Rio Grande do Norte e vai realizar-se, no Centro de Eventos do Ceará. Em novembro, Temos também a EXPOLOG, uma Exposição e Feira de Logística. Espero que leiam e gostem Editora-geral

15 - Ceará sedia 11ª FENACAM e mostra seu potencial na carcinicultura 18 - Euvaldo Bringel: “A previsão da Frutal é gerar 23 milhões em negócios e 39 mil participantes” 22 - Agronegócio quer secretaria no próximo governo 25 – Principais frutas produzidas no Ceará e seus benefícios para a saúde

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MINISTRO DA INTEGRAÇÃO APRESENTA GARANTIA DE RECURSOS HÍDRICOS PARA OS PRÓXIMOS 20 ANOS Governo lança Plano Nacional de Segurança Hídrica

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Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou no dia 20 de agosto, em Brasília (DF), o Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH). O objetivo é de�inir as principais intervenções estruturantes e estratégicas de recursos hídricos para todo o País, tais como barragens, sistemas adutores, canais e eixos de integração, que são necessárias para garantir a oferta de água para o abastecimento humano e para o uso em atividades produtivas. Outro foco do será reduzir os riscos associados a eventos críticos (secas e cheias). O PNSH tem dois horizontes de trabalho. O primeiro, até 2020, é para identi�icação das demandas efetivas do setor de recursos hídricos, o que inclui um estudo integrado dos problemas de oferta de água e de controle de cheias em áreas vulneráveis, além da análise de estudos, planos, projetos e obras. No segundo, o Plano considera 2035 como prazo para o alcance das intervenções propostas pelo estudo, que visa a integrar as políticas públicas do setor de recursos hídricos. “Estamos hoje, com este Plano, falando de uma identidade política para o tema da água”, a�irmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Brasileiro tem pouquíssima consciência sustentável sobre as águas, pela falsa ideia de abundância, que existe mas não é justa [...]. Existe o desa�io de traduzir essa abundância em qualidade de vida.” Uma das diretrizes do Plano é que as obras tenham natureza estruturante e abrangência interestadual ou relevância regional e garantam resultados duradouros em termos de segurança hídrica. As intervenções também deverão

ter sustentabilidade hídrica e operacional. O PNSH vai analisar os usos setoriais da água sob a ótica dos con�litos pelo recurso – existentes e potenciais – e dos impactos na utilização da água em termos de quantidade e qualidade. “Antes, achávamos que apenas a gestão era su�iciente em infraestrutura hídrica. Hoje, com as grandes secas no Nordeste brasileiro, percebemos a necessidade de termos um trabalho e�iciente na gestão, mas também termos um bom planejamento da segu-

rança hídrica”, a�irmou o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira (foto). De acordo subsecretário-geral do Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, é importante destacar os objetivos do plano estão em linha com o debate internacional. “[O Plano] se antecipa, prevendo medidas sobre o tema e uso sustentável da água.” O PNSH será realizado por meio de parceria entre a ANA, o Ministério da Integração Nacional e o Banco Mundial, no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas).

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“É uma data histórica. O Brasil é o País das águas, mas precisamos ter um uso planejado dessas águas”, lembrou o chefe de gabinete do Ministério das Cidades, Gustavo Frayha.

Desenvolvimento do setor água O Plano Nacional de Segurança Hídrica é uma das ações do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas), uma iniciativa do Brasil para aperfeiçoar a articulação e a coordenação de ações no setor de recursos hídricos. O plano também busca criar um ambiente em que os setores envolvidos com a utilização da água possam se articular e planejar suas ações de maneira racional e integrada. “Interáguas tem uma agenda do diálogo setorial, é mais que um contrato de uma determinada atividade. É a possibilidade de gerar ações que vão além, deixando um legado para o País. Projetos complexos como este exigem paciência, persistência e �lexibilidade”, disse Marcos Thadeu Abicalil, especialista sênior em água do Banco Mundial (Bird), no Brasil.

O PNSH será realizado por meio de parceria entre a ANA, o Ministério da Integração Nacional e o Banco Mundial, no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas).

Fonte: Portal Brasil com informações da Agência Nacional de Águas


ESTIAGEM CAUSA RETRAÇÃO DE 15% NAS EXPORTAÇÕES De janeiro a junho deste ano, as vendas externas de frutas recuaram para US$ 31,7 milhões ante igual período de 2013

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Ceará que amarga o terceiro ano consecutivo de seca e a consequente escassez no fornecimento de água nos polos de irrigação do Estado, agora ver despencar suas exportações de frutas. De acordo com dados da Adece, de janeiro a junho de 2014 as vendas externas da fruticultura cearense caíram 15,4% em comparação com o primeiro semestre de 2013, passando do montante de US$ 37,5 milhões para US$ 31,7 milhões. Retração semelhante, de 15,4%, foi experimentada pelo melão - carro chefe da exportação de frutas do Estado. O valor exportado de melões no primeiro semestre desse ano somou US$ 20.375 milhões, abaixo dos US$ 24.048 milhões exportados no mesmo período de 2013. Foi o maior decréscimo em valores reais - US$3.673 a menos. Incremento A melancia foi única fruta do Ceará que teve as vendas externas ampliadas no primeiro semestre de 2014 face a igual período do ano passado. A soma das vendas externas desse produto passou de US$ 1,4 milhão para US$ 1,6 milhão, com 11,6% de incremento. Para Euvaldo Bringel, presidente do Instituto Frutal, “a escassez de chuvas e de água nos reservatórios fez com que produtores reduzissem as áreas de plantio para evitar maiores prejuízos”. Segundo ele, a queda das exportações

não re�lete a demanda do mercado externo. “Tem empresa inclusive com mercado negociado sendo obrigada a não expandir ou até a reduzir o plantio por falta de água. E essa insegurança hídrica também sinaliza expectativas abaixo da média para o restante do ano porque não há perspectivas de recarregar nossos reservatórios até lá”, a�irma. Para Bringel, a partir de 2015 pode começar a mudar esse quadro com a transposição do Rio São Francisco

e com a possibilidade de um inverno com chuvas. “No caso da transposição, a perspectiva hoje é que o Ceará seja contemplado com 10 metros cúbicos por segundo, que é quase o consumo de Fortaleza”. Segundo ele, mesmo se conseguirmos suprir nossas reservas de água, a melhoria só ocorrerá mesmo a partir de 2016. “Em 2015 ainda estaremos com o pé no freio”, prevê.

Principais frutas (US$ FOB)

Produto Abacaxi Banana Coco Mamão Manga Melão Melancia Outras Frutas

2013 (Jan-Jun)

2014 (Jan-Jun)

15.850 8.259.480 30.914 412.344 1.935.346 24.048.247 1.454.154 1.364.540

6.732.633 15.169 314.408 1.405.887 20.355.117 1.623.088 1.307.414

%Variação 2014/2013 (Jan-Jun) -18,5 -50,9 -23,8 -27,4 -15,4 11,6 -4,2 REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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CEARÁ AINDA É O 4º PRODUTOR NACIONAL DE FRUTAS A Fruticultura é um dos principais setores do agronegócio do Ceará: o Estado é o 4º produtor nacional de frutas, sendo o 1º produtor de caju; o 2º de coco, maracujá e melão; e o 3º de mamão. Além disso, o Estado é o terceiro maior exportador de frutas do Brasil: em menos de 15 anos, as exportações de frutas frescas do Ceará saltaram de menos de US$ 2 milhões para mais de US$ 110 milhões. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geogra�ia e Estatística (IBGE), em 2013, 545 mil hectares de frutas do Estado produziram 1.650 mil toneladas e R$ 1.358 milhões VBP (Valor Bruto da produção). Os municípios que mais se sobressaem na produção de frutas estão nas regiões do Baixo e Médio Jaguaribe, como Icapuí, Aracati, Russas, Quixeré e Limoeiro do Norte. O grande impulso desse setor �ica por conta da Fruticultura irrigada de alta tecnologia. As pesquisas da Agência de De-

senvolvimento do Estado do Ceará (Adece) contabilizaram, em 2011, cerca de 90 mil hectares irrigados, sendo 38,4 mil hectares de frutas - signi�icando um aproveitamento de 43% da área potencial, calculada em torno de 200 mil hectares. A Fruticultura está presente em seis polos de irrigação: Ibiapaba, Baixo Acaraú, Metropolitano- Curu, Baixo Jaguaribe, Centro Sul e Cariri. A produção gerou R$ 755,5 milhões de VBP e 21,6 mil empregos diretos. Os polos de irrigação produzem espécies regionais (cajá, cajarana, ciriguela, jaca, pinha, atemóia, graviola), além de um início de cultivo de alguns tipos (atemoia, cacau, caqui, �igo, maçã, morango e pera) com boas perspectivas e potencial de produção para abacate, banana, citros, goiaba, manga, melancia (exporta melancia sem sementes) e uvas. Em 2013, apesar da Estiagem, as exportações renderam US$ 117 milhões para o setor, um crescimento de 8,1% em relação a 2012,

Caju

Coco

de 108,2 milhões. O bom desempenho do setor deveu-se ao o melão (quase 80% das exportações). Para 2014, a expectativa da Adece é de um aumento de 7% a 10% nas exportações.

Frutas no Ceará 4º produtor brasileiro de frutas 3º exportador brasileiro de frutas Área total plantada: 545,2 mil hectares Produção de frutas total: 2.296,0 mil t/ano Exportações: US$ 108,1 milhões Frutas Irrigadas Área: 38,4 mil hectares 6 polos de produção, com 64 municípios Valor Bruto da produção (VBP): R$ 755,5 milhões Empregos diretos: 21,6 mil Fonte: O Estado de S. Paulo, com informações da Adece

RANKING DAS FRUTAS DE MAIOR PRODUÇÃO NO CEARÁ

Melão

UMA PERGUNTA PARA SÉRGIO BAIMA, GERENTE DE MERCADOS E PROJETOS AGRÍCOLAS DA DIRETORIA DE NEGÓCIOS DA ADECE O que a Adece está propondo aos produtores que estão sendo prejudicados com o desabastecimento de água para áreas irrigadas? Sérgio Baima: A ADECE elaborou um projeto de gestão do uso da água, para que os produtores tradicionais de arroz do Ceará que plantam normalmente cerca de 1,7 mil hectares no 2º semestre (principalmente em Morada Nova), não plantem este ano de 2014, fazendo jus a incentivos financeiros compensatórios por parte do governo. O governo do Estado vai investir R$ 3,2 milhões no programa e a economia de água vai ser de 22,4 milhões de m³ de água. 6

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL DIVULGA FRUTAS E HORTALIÇAS–Alimentação saudável e segura

Euvaldo Bringel participando do Seminário de Florianópolis, que visa incentivar o consumo de frutas

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primeiro "Seminário Internacional – Frutas e Hortaliças: alimentação saudável e segura” aconteceu no dia 7 de agosto, em Florianópolis/ SC no Hotel Mercure Convention , com o intuito de disseminar ainda mais conhecimento, a cidade de Fortaleza/CE também sediará o seminário nos dias 23 e 24 de setembro,durante a Frutal. Em suas duas edições, o Seminário Internacional visa alertar a população brasileira sobre os graves problemas de saúde causados pelo consumo insuficiente de frutas e hortaliças; conscientizá-la dos benefícios de uma alimentação rica em frutas e hortaliças; e sensibilizar as autoridades, lideranças políticas e gestores públicos para a importância de criar e desenvolver programas que estimulem hábitos alimentares seguros e saudáveis. O evento em Florianópolis contou coma presença de renomados cientistas, técnicos, organismos públicos e privados e os maiores produtores do Sul.

PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO EM FORTALEZA O seminário que se inicia às 10 hs, do dia 23/09, tem como participantes o Ministério da Agricultura, Ministério da Saúde, EMBRAPA, Governo do Estado do Ceará, Instituto Frutal, Univale, Adece, Câmara Setorial de Fruticultura, Parceiros e Autoridades Convidadas . A palestra magna tem como tema : Fruits & Veggies – More Matters Produce for Better Health Fundation, terá como Palestrante: Elizabeth Pivonka – Ph.D.r, tendo como Presidente da mesa o Secretário de Saúde do Estado do Ceará, Ciro Gomes e como debatedor um representante da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde do Brasil. No período da tarde o seminário prossegue com duas palestras e o painel :Produção e Póscolheita de Frutas e Hortaliças Saudáveis e Segura. Palestra 01: Produção Integrada de Frutas e Hortaliças (PIF Bra-

sil) a cargo de um Representante do Ministério da Agricultura Palestra 02: Protocolos internacionais para certificação de frutas e hortaliças Palestrante: Daniel Velloso – Diretor da SANTEC Auditoria e Certificações e da QSCert Brasil Coordenador: Severino Ramalho Neto – Presidente da Associação Cearense de Supermercados (ACESU) funcionará como debatedores: o empresário Edson Brock – Tropical Nordesde e Antônio Erildo Lemos Pontes – Diretor Técnico do Instituto Frutal Após intervalo a programação é retomada com uma palestra sobre Sistema de Rastreabilidade para a Produção e Comercialização de Frutas e Hortaliças, tendo como Palestrante: Thomas Eckschmidt - Ex-produtor rural (pecuária de leite), engenheiro civil, possui MBA, executivo em Finanças, tem quase 10 anos de trabalho em consultoria internacional e fundador da PariPassu, tendo Coordenador: Euvaldo Bringel Olinda – Presidente do Instituto Frutal. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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Dia: 24 de setembro/2014 (quarta-feira) 8h às 9h40 PAINEL 04: Produção e Pós-colheita de Frutas e Hortaliças Saudáveis e Seguras PALESTRANTES Gisele Ventura Garcia Grilli - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA - Produção Integrada de Frutas e Hortaliças (PIF Brasil). Daniel Velloso - Diretor da SANTEC Auditoria e Certi�icações e da QSCert Brasil - Protocolos internacionais para certi�icação de frutas e hortaliças. Alfredo Carlos Orphão Lobo - Certi�icação da Produção Integrada de Frutas, Legumes e Verduras no Brasil do Instituto Nacional de Metrologia - INMETRO. MODERADOR: Severino Ramalho Neto - Presidente da Associação Cearense de Supermercados (ACESU). 09h40 às 10h Pausa da fruta 10h às 12h PAINEL 05: Sistema de Rastreabilidade para a Produção e Comercialização de Frutas e Hortaliças PALESTRANTE

Giampaolo Buso - Diretor Técnico da PariPassu DEBATEDORES Responsável pelo Programa Garantia de Origem do Carrefour Adriana Prado – Instituto Marketing & Log. da Itaueira Agropecuária S/A. MODERADOR: Alexandre Resende – Representante da Associação Brasileira de Supermercardos - ABRAS. 12h às 14h ALMOÇO 14h às 16h PAINEL 06: Avaliação de Riscos de Agrotóxicos em Frutas e Hortaliças PALESTRANTE Flavio Zambrone - Presidente do Instituto Brasileiro de Toxicologia DEBATEDORES Guilherme Luiz Magalhães - Gerente Técnico e de Regulamentação Federal da Associação Nacional de Defesa Vegetal - ANDEF. Carlos Alexandre de Oliveira Gomes - Ministério da Saúde – Programa de Avaliação de Resíduos de Agrotóxicos - PARÁ. MODERADOR: Tom Prado - Itaueira Agropecuária S/A. 16h às 16h20 Pausa da fruta 16h20 às 18h PAINEL 07: Bases para a Amplia-

ção de uma Política Nacional para a Alimentação Saudável e Segura, que Reduza as Doenças Causadas pela Obesidade PALESTRANTE João Pratagil Pereira de Araújo Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, Pesquisador da Embrapa. DEBATEDORES Lorena Toledo de Araújo Melo - Nutricionista representante do Ministério da Saúde – Programa de Promoção da Alimentação Saudável. Dr. Henrique Macambira - CITO Centro Integrado de Tratamento da Obesidade do Ceará. Geovani Batista Zani Guerra MODERADOR: Augusto Guimarães Diretor da Nutreal 18h20 às 18h40 ENCERRAMENTO

XVI AGRIFLOR NA FRUTAL 2014 Uma das maiores feiras de �lores do mundo, a Agri�lor, estará presente mais uma vez esse ano na Frutal 2014, em sua 16ª edição, com uma programação que envolve cursos, o�icinas, palestras e mesas-redondas. Entre os temas abordados, pode-

mos destacar: Empreendedorismo no Setor da Floricultura e Plantas Ornamentais, Introdução de Novos Cultivares de Flores e Plantas Ornamentais para o Ceará Competitivo, Oportunidades de negócios na �loricultura, Dinâmica Mercadológica da Floricultura de Plantas Ornamen-

tais no Brasil e no Ceará e Utilização de Plantas em Ambientes Internos. Além disso, o evento ainda contará com o�icinas de Ikebana, buquês de noivas e arranjos comerciais, que terão como intuito capacitar ainda mais os pro�issionais do ramo da �loricultura no Estado.

EVENTOS PARALELOS

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PROGRAMAÇÃO TÉCNICA Serão 11 palestras técnicas, quatro cursos, quatro seminários, três mesas redondas, um painel sobre assistência técnica e seis oficinas de flores. Confira!

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Programação técnica da Frutal 2014 foi divida em dois temários: frutas e agroindústria, com nove palestras, quatro cursos técnicos, dois seminários técnicos, duas mesas redondas e um painel sobre Assistência Técnica e Extensão Rural. O segundo temário: Flores e Plantas Ornamentais apresenta um curso técnico, uma mesa redonda, dois seminários setoriais, duas palestras técnicas e seis o�icinas de �lores. Segundo o diretor técnico da Frutal, Engº agrônomo Erildo Pontes, em cada edição participam cerca de 38.000 visitantes. Um público selecionado, constituído de produtores, compradores, vendedores, exportadores, importadores, executivos e técnicos de empresas ligadas à fruticultura, �loricultura e agroindústrias de todo o território brasileiro e delegações de vários países. Autoridades governamentais e da iniciativa privada, também, prestigiam todos os anos o evento.

Caravanas de produtores Desde a primeira edição da Frutal em 1994, pequenas caravanas de produtores rurais do Ceará foram organizadas para participar do Evento por um ou todos os três dias. A partir de 1996 estas caravanas se intensificaram com a vinda de caravanas também de outros Estados da Federação e que chegou a um número médio de quatro mil produtores por edição. Diversos parceiros estão envolvidos nesta parceria, entre eles, o SEBRAE, a Ematerce, Banco do Nordeste, Sindicatos Rurais, Cooperativas, Associações, Prefeituras Municipais e até iniciativas de grupos de produtores que vem do interior do Ceará ou de outros Estados na busca de conhecimento e capacitação nos eventos.

DIVULGANDO A FRUTAL

O Engº Agrônomo Erildo “Pontes, coordena a progra-

mação técnica da Frutal desde o inicio de sua criação, ele busca a participação de diversos órgãos e instituições para poder oferecer aos participantes, o que há de mais atual na frutifloricultura.

LANÇAMENTO FRUTAL 2014 no AGROPACTO - Frutal promete discutir os rumos da fruticultura, floricultura e agroindústria O Lançamento aconteceu com a presença de autoridades e especialistas eu debateram a temática central do evento

Como é feita a seleção dos temas Segundo Erildo Pontes a seleção dos temas é fruto de avaliações que realizamos durante cada evento e que serve de parâmetro para a construção da programação da Frutal seguinte. “Com isto estamos procurando atender os interesses da maioria dos participantes do evento o que nos deixa convicto do acerto tendo em vista, o aumento anual de visitantes ao Frutal. Toda a Programação Técnica da Frutal é referendada por uma Comissão Técnica Cienti�ica formada por membros das diversas Instituições/Órgãos/Entidades federais e Estaduais ligadas ao setor, que tem sido decisivo na qualidade deste produto oferecido aos produtores rurais de todo o país” disse. Considerando a importância do agronegócio brasileiro, o Instituto Frutal tem procurado caminhar em paralelo na sua função de Entidade de fomento tecnológico aos produtores e realizado no Evento da Frutal, cursos técnicos com temas de interesse da classe rural destacando as mais recentes informações de cada tema.

O INSTITUTO FRUTAL esteve presente na HORTITEC 2014 - O intuito da visita era divulgar a FRUTAL 2014/AGROFLORES/EXPOFOOD junto aos expositores da Feira.

Frutal 2014 é lançada no Vale do São Francisco por ocasião da Fenagri - No meio de maio, o Coordenador Técnico do Frutal Erildo Pontes, fez o lançamento da Frutal 2014 para produtores e lideranças do Vale do São Francisco, região que engloba os produtores principalmente de Petrolina-PE e de Juazeiro da Bahia, onde se destaca a produção brasileira de Uva e Manga. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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Prof. Francisco de Assis Melo Lima Diretor Executivo do CETREDE

MELÃO DA MÔNICA É LANÇADO NA FRUTAL

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Na Frutal desse ano a Itaueira estará lançando em parceria com o Grupo Maurício de Sousa, o melão Turma da Mônica. A embalagem escolhida é termo “encolhível” com grande super�ície impressa e colorido impactante usando os personagens da história em quadrinhos, o que permite atrair as crianças já no momento da compra, no ponto de venda. Essa embalagem está sendo usada de forma pioneira pela Itaueira, que pela inovação, está concorrendo ao Prêmio de Embalagem do Ano pela revista Embalagem e Marca. A ideia por trás do melão Turma da Monica não é atrair as crianças só com o apelo da embalagem, mas também pelo sabor diferenciado, docinho. A Itaueira quer cativá-las para que experimentem a fruta e se encantem com ela despertando a vontade de experimentar outras frutas. O foco, é aumentar o consumo de frutas em geral, pelas crianças brasileiras, oferecendo a elas frutas de qualidade, com gostinho de quero mais.

Outra novidade na Frutal será o novo sistema de rastreabilidade do melão REI - O legítimo melão na redinha. A rastreabilidade é uma garantia de qualidade, de origem do produto. Os sistemas de rastreabilidade mais simples permitem que o cliente ou consumidor saiba de onde o produto veio e qual sua validade. O consumidor, se comprar um produto com algum problema de qualidade, poderá reclamar no local da compra e pedir a troca ou seu dinheiro de volta. O comprador da loja/supermercado saberá diferenciar se o problema aconteceu por que a validade não foi respeitada, por exemplo, e veri�icar se há outros produtos a venda também fora da validade para retira -los da frente de loja, ou se houve um problema mais especi�ico, informar ao produtor para que sejam substituídos. No caso do produtor, permitirá saber, no caso de uma reclamação, qual a causa do problema e alertar os demais clientes que receberam

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produtos do mesmo lote e até mesmo retirar o produto do mercado se houver necessidade. No caso da Itaueira, cada pallet, cada caixa, cada fruta, tem sua origem e qualidade informada aos consumidores e clientes através de um código de rastreabilidade. A novidade da feira é que agora as etiquetas do melão REI virão também com um código QR, que pode ser lido por aparelhos celulares. Os aplicativos estão disponíveis gratuitamente, tanto para Android quanto IOS (Apple). Ao direcionar o celular para a etiqueta, a lente do aparelho irá abrir diretamente o site onde estão dados como a localização da fazenda de onde veio a fruta, parcela do lote onde a fruta foi plantada, data de plantio, data de colheita, e muitas outras informações, como dicas e receitas, permitindo que o consumidor decida ainda no ponto de venda qual deseja testar, e aproveite para já comprar todos os demais ingredientes necessários.


CENTRAL DE NEGÓCIOS: UMA ALTERNATIVA PARA A FRUTICULTURA IRRIGADA DO ESTADO DO CEARÁ

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SEBRAE vem realizando grande apoio ao setor da fruticultura no Estado do Ceará através do associativismo. Para tanto, apoiou a criação em 2012 da primeira Central de Negócios do Estado do Ceará, localizada no perímetro irrigado do DNOCS no segmento da fruticultura irrigada. Trata-se da CFRUTAR, uma entidade de base associativa formada por produtores de frutas do Tabuleiro de Russas, focando a busca de soluções conjuntas de interesse econômico, com objetivo de promover e ampliar o acesso ao mercado. A Central iniciou com oito produtores de goiaba e hoje reúne 48 produtores de goiaba, uva, mamão e banana. Ela tem como objetivo a compra conjunta de insumos, o manejo da cultura, melhoria da qualidade do produto e à comercialização da produção direta ao mercado. O apoio é realizado em todo processo produtivo. Através do SEBRAETEC promove a melhoria da produção e produtividade do produto. Alguns produtores estão alcançando uma média de 5kg por planta. Visando a redução de custos, a Central de Negócios promove a compra conjunta de insumos promovendo uma economia de 15 a 20% do valor da compra de fertilizante. No ano de 2012, foram

compradas 196 toneladas de fertilizantes com o valor total de compras de R$ 291.394,30. Em 2013 foram adquiridas 312 mil quilos, com um total de R$ 424.163,00. Isso gera uma economia de R$ 84.800,00. Reduzindo o custo de produção e aumentando a competitividade dos produtores. Já as vendas em conjunto passaram de R$ 1.066,842,60 em 2012, para R$ 3.125.177,53 com incrementos nas vendas de 295% com relação ao ano anterior. A goiaba de mesa é o

principal destaque. Conforme se observa no gráfico, no ano de 2013 alcançou 85% de sua produção para goiaba de mesa, onde se obtém o maior valor de mercado. Isso evidencia a qualidade dos produtos da Central de Frutas. Podemos destacar produtores que estão conseguindo de R$ 100.000,00 a R$ 250.000,00 de faturamento. Podemos destacar que os produtores estão conseguindo uma alta produtividade. Alguns alcançando uma produtividade média de 5,52 kg por planta, com preço médio de R$1,41

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PALESTRA SHOW COM CHEF BELA GIL Numa parceria com os Mercadinhos São Luís, o Instituto Frutal oferece ao público, no dia 23, às 19 horas, uma palestra show com a Chefe Bela Gil (foto), filha do cantor e compositor Gilberto Gil e apresentadora do programa Bela Cozinha, no GNT. Aos 18 anos, Bela Gil foi estudar em Nova York onde apreendeu o inglês e se encontrou com a necessidade de cozinhar, acabou firmando-se em Culinária Natural, pelo Natural Glumert Institute e em Nutrição em Ciência dos Alimentos. Hoje, aos 26 anos ela dedica-se e divide-se entre fazer dança, praticar yoga, meditação e comer alimentos naturais. Ela também dá aulas e consultas, ministra palestras em

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workshops, e comanda o Programa Bela Cozinha, no GNT, onde recebe convidados famosos. Bela diz que o seu programa tem como foco estimular uma reeducação

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alimentar, auxiliando os telespectadores a terem hábitos saudáveis e conseguirem acertar na escolha dos ingredientes.


ENCARTE ESPECIAL XI FENACAM

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A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA (MPA) PARA O FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E DA ECONOMIA PRIMÁRIA BRASILEIRA Itamar de Paiva Rocha1 Diretor Presidente da ABCC (abccam@abccam.com.br / www.abccam.com.br) ;Diretor do DEAGRO/FIESP; Conselheiro do CONSAG/FIESP; Conselheiro Titular do CONAPE/MPA e Diretor Presidente da MCR Aquacultura Ltda (www. mcraquacultura.com.br)

Em todas as discussões sobre o presente e o futuro da economia brasileira cita-se sempre o descontrole das contas correntes, aliado a de�iciente rede de infraestrutura e o pouco investimento em educação, temas bastantes recorrentemente e apontados como as principais causas do preocupante cenário macro econômico brasileiro, os quais certamente serão ainda mais ressaltados nos próximos embates políticos, que precederão ao pleito eleitoral de outubro próximo. As conclusões advindas dessas discussões apontam sempre na direção de que o próximo ocupante do Palácio do Planalto não poderá conviver com uma estrutura administrativa tão pesada, a�inal de contas, já são 39 (trinta e nove) Ministérios/Secretarias Especiais e 25 Autarquias Federais com status ministeriais, dos quais, sempre são elencados aqueles que no consciente popular não justi�icam sua existência e, equivocadamente, se inclui o Ministério da Pesca e Aquicultura. Nesse contexto, na condição de Eng.º de Pesca, integrante da Primeira Turma (1974) de Engenharia de Pesca do Brasil (UFRPE), detentor de um vasto e vivenciado conhecimento da realidade da aquicultura e da carcinicultura brasileira e mundial, incluindo uma real e lúcida noção sobre as perspectivas e oportunidades que a exploração dessas atividades representa para o fortalecimento da economia primária brasileira e, de forma especial, para o bem estar social e econômico das suas populações rurais, achamos por bem dar o nosso testemunho em defesa, apoio e fortalecimento do MPA. Aliás, foi exatamente por não termos dúvida da importância e pertinência desse Ministério, que exercemos uma atuação política setorial decisiva para a sua criação pelo Presidente Lula e aprovação pelo Congresso Nacional. Evidentemente, que não estamos satisfeitos com a forma como o MPA tem atuando, notadamente, com relação às prioridades das suas ações. As potencialidades brasileiras para a produção de pescado, notadamente via aquicultura, justi�icam plenamente a existência de um MPA, fortalecido e independente do MMA e do MAPA. Para tanto, basta avaliar que o nosso País possui 13,7% da água doce disponível no planeta, 4,5 milhões de Km2 de Zona Econômica Exclusiva, 9.0 milhões de hectares de águas doces represados (barragens, lagos e açudes), 1.0 milhão de

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hectares de áreas apropriadas para a exploração da carcinicultura marinha, afora as áreas salitradas, já sistematizadas, do médio São Francisco, aptas para o cultivo de peixes e camarão. De modo idêntico, mesmo tendo sido responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que revolucionou a piscicultura mundial, a reprodução induzida através da hipo�isação, ainda no início da década de 20 do século passado, no tocante a produção mundial de peixes de água doce cultivados (35.566.434 t) de 2011, o Brasil (541.151 t) continua amargando uma insigni�icante posição (1,52%) mesmo com um volume de água doce renovável, de 2,8 e 9,2 vezes maior do que o da China e do Vietnã, que no entanto produziram 21.544.136 t e 2.025.000 t, respectivamente. O mesmo se repete com relação ao cultivo do camarão marinho, quando o Brasil chegou a ocupar o 6º lugar (90.360 t) no contexto global de sua produção, se destacando como líder mundial de produtividade (6.083 kg/há/ano) em 2003 e, com surpresa, assistiu esse desempenho decrescer para 10º lugar e 3.864 t/há/ ano, respectivamente. No entanto, é preciso levar em conta, o fato de que no ano de 2003 o camarão cultivado do Brasil ocupou o primeiro lugar das importações de camarão pequeno/ médio dos Estados Unidos, seguido pela China, Tailândia e Equador. Da mesma forma, no ano de 2004, ocupou o primeiro lugar das importações de camarão de águas tropicais da União Europeia, tendo como destaques as importações da França, o mercado mais exigente da Europa, onde participou com 28%. Além disso, quando se analisa o desempenho da produção de camarão cultivado do Brasil, entre o período de 1998 (3.600 t e exportações de 400 t/US$ 2,8 milhões) a 2003 (90.360 t e 58.455 t/US$ 226 milhões), quando ocupou o 2º lugar das exportações do setor primário da Região Nordeste, correspondendo a 55% das exportações de pescado do Brasil (US$ 427,92 milhões), ressalta aos olhos a necessidade de um olhar diferenciado e de apoios especí�icos para essa estratégica atividade. Para se compreender melhor a dimensão das alentadoras oportunidades que a carcinicultura pode proporcionar ao Brasil, basta comparar com a presente situação brasileira, com o atual desempenho da carcinicultura do Equador, um país que possui apenas 600 km de costa, igual à do Estado do Ceará, cuja exploração de 180.000 ha de viveiros, contribuiu para uma produção de 280.000 t de camarão, com exportações de 215.561 t e captação de US$ 1,67 bilhão de dólares de divisas em 2013, enquanto o Brasil, explorou apenas 22.000 há, de 1.000.000 disponível, com uma produção de apenas 85.000 t e exportações de 612 t / US$ 4,1 milhões no referido ano. Adicionalmente, cabe ressaltar que a China, maior produtor mundial de pescado, já ocupa a terceira posição dentre os principais importadores desse nobre produto, com alentadoras previsões de crescimento, conforme se deduz da análise da evolução de seu consumo per capita nos anos 1980 (10 kg); 2000 (20 kg) e 2010 (28

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kg), sendo que o sonho de consumo de pescado dos chineses é de 50/60 kg/per capita/ano. Por isso, diante desses números, a indagação e o desa�io presente é exatamente, quem irá alimentar a China com pescado?! As oportunidades estão postas, quais os potenciais candidatos para atendê-las? Certamente o Brasil detém condições naturais para ocupar esses espaços, mas precisaria enfrentar e resolver seus equivocados entraves ambientais, burocráticos e sua incipiente política de incentivos e apoio setorial. A outra opção seria a África, que precisaria superar seus graves con�litos sociais e os reais e insolúveis problemas sanitários e políticos. Da mesma forma, não se pode deixar de observar a realidade dos números do trading mundial de pescado da China: exportações de US$ 18,2 bilhões e importações de US$ 7,5 bilhões, afora US$ 3,7 bilhões de Hong Kong, totalizando US$ 11,2 bilhões em 2012, o que já colocou esse país como o terceiro maior importador de pescado do mundo, abaixo apenas do Japão (US$ 18,0 bilhões) e dos Estados Unidos (US$ 17,6 bilhões) Portanto, a prova de que se mudarmos o rumo da atual política pesqueira e, especialmente, da aquícola, através de um MPA autônomo e fortalecido, poderíamos reverter, num curto espaço de tempo, o precário desempenho do setor pesqueiro brasileiro, pode ser con�irmada quando se compara a evolução da produção de pescado do Brasil com a do Vietnã, tomando como referência os anos de 1987 e 2012, cujo destaque foi o fato de que em 1987 a produção de pescado do Brasil (947.922 t) foi superior à do Vietnã (868.000 t), enquanto em 2012 o Vietnã produziu 5.707.700 t e o Brasil, 1.550.448 t, sendo que no referido ano o valor das exportações de pescado do Brasil foi de apenas US$ 243,3 milhões, comparado com US$ 6,3 bilhões do Vietnã. Em realidade, não existe a menor dúvida de que o cultivo de organismos aquáticos, tanto marinhos como de água doce, constitui a alternativa de maior viabilidade para inserir o Brasil, de forma especial a Região Nordeste, que oferece condições climáticas favoráveis durante todo o ano, participe do gigantesco trading mundial de pescado – um valor da ordem de US$ 300,0 bilhões/ano – cuja participação brasileira foi demasiadamente insigni�icante, US$ 1,7 bilhão (0,57 %) em 2013. Na verdade, o sentimento predominante em todo o nosso setor, é que o MPA precisa ser dotado de uma maior pro�issionalização na sua estrutura administrativa, notadamente no contexto da de�inição e adoção das indispensáveis e corretas políticas públicas, de incentivo e promoção, requeridas para um racional desenvolvimento do setor aquícola e pesqueiro brasileiro. É imprescindível, portanto, que na discussão desse estratégico assunto, seja levado em conta, que o dispêndio com o seguro defeso para pescadores artesanais já supera R$ 2,0 bilhões/ ano, um valor crescente, preocupante e injusti�icável, considerando as reais alternativas e oportunidades que oferece a aquicultura/carcinicultura familiar, no contexto da inclusão social.


CEARÁ SEDIA 11ª FENACAM E MOSTRA SEU POTENCIAL NA CARCINICULTURA

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presidente da Associação Cearense dos Criadores de Camarão - ACCC, Cristiano Maia , disse que a realização da XI FENACAM - Feira Nacional do Camarão em nosso Estado, é de grande importância para o setor pelos temas que serão abordados por especialistas no setor que conforme fez questão de ressaltar tem um grande potencial de crescimento, podendo voltar a exportar para Estados Unidos e Europa, mercados perdidos desde 2003 , por problemas de dumping no setor e de desvalorização cambial do real, em relação ao dólar. Esta é a primeira vez que o evento se realiza no Ceará, graças ao apoio que recebemos do governador Cid Gomes, que nos ofereceu o Centro de Convenções, anteriormente sempre era realizado no Rio Grande do Norte, disse Cristiano. A expectativa da Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC, que veio lançar o evento no último dia 11 de setembro em Fortaleza, é de que a FENACAM reúna cerca de 15 mil pessoas, de 10 a 13 de novembro, e possa gerar R$100 milhões em negócios. O Presidente da ABCC Itamar Rocha disse que a feira tem por �inalidade discutir os avanços e os desa�ios da carcinicultura e apresentar as novas tecnologias disponíveis no mundo. O evento irá reunir empresários, pesquisadores, técnicos, professores e estudantes, com 20 especialistas dos principais países produtores tais como a China, Tailândia, México, Vietnã, Austrália, Estados Unidos, e Brasil. O tema central deste ano será: “Aumentar a produção interna, sem perder de vista o promissor mercado internacional” Segundo Cristiano Maia, teremos na Feira especialistas de 19 países que irão transmitir mais conhecimento para todos nós, como a questão do licenciamento ambiental, um grande gargalo que ainda persiste, embora tenha melhorado um pouco nos últimos anos, mas até os empréstimos dos bancos só são liberados com a licença ambiental, ressaltou. “Venho a�irmando que criar camarão em cativeiro não degrada o meio ambiente, podemos utilizar as represas de água salgada,

sem agredir ao meio ambiente e produzir alimento de alta qualidade e de baixo custo. Segundo ele, a produção no Ceará pode crescer o dobro da atual que este ano pode chegar a 43 mil toneladas, enquanto a produção brasileira ano passado chegou a 85 mil toneladas. O volume de negócios que o camarão in natura gera no Ceará deve pas-

da seca dos últi“Apesar mos dois anos, Cristiano

destaca que o setor cresceu, gerou renda para as camadas mais pobres ,destacando que do contingente de produtores do crustáceo no Ceará, 11% são pequenos cultivadores, 19% são médios e apenas 5%,grandes criadores.

sar de R$500 milhões no ano passado, para R$700 mil até o �inal deste ano. A expectativa é dobrar em quatro anos esse valor. No país, segundo o presidente da ABCC, Itamar Rocha, o montante de R$1,5 boi em 2013 deve passar para R$1,8 mi este ano. Em 2010, a produção cearense era de 20 mil ton. O Ceará dobrou e o Rio Grande do Norte retraiu-se, disse Itamar. Do total de associados da ABCC, apenas 40% têm licenças ambientais. O Ceará possui grandes áreas produtoras, três na região Oeste e três na região Leste. No Oeste, estão, Coreaú, Acaraú e Curu. No Leste, Pirangi, Baixo e Médio Jaguaribe (Jaguaruana), no Jaguaribe estão os maiores produtores. Apesar da seca dos últimos dois anos, Cristiano destaca que o setor cresceu, gerou renda para as camadas mais pobres, destacando que do contingente de produtores do crustáceo no Ceará, 11% são pequenos cultivadores, 19% são médios e apenas 5%, grandes criadores. No geral, exploram 6.520 hectares de espelho d’água e geram 3,75 empregos por hectare, totalizando 24,5 mil pessoas, sem contar com os envolvidos no processo de comercialização.

PROPOSTAS DA ACC Carcinicultura – A importância econômica da atividade e sua independência das incertezas climáticas justi�ica um estudo de toda a costa cearense para a identi�icação das áreas mais apropriadas para a instalação de fazendas o que, com certeza, atrairia novos investidores. Segundo a é Tindade entre janeiro de 2009 a julho de 2014, foram solicitadas à Semace, 392 licenças, 364 das quais das fazendas de Carcinicultores e o restante dos laboratórios de larvicultira que suprem as larvas para a cultura.Desse total, foram emitidas no período 257 licenças, 234 das fazendas e 23 laboratórios. A proposta é agilizar as licenças ambientais . Evolução Com expectativa de produção de 43 mil toneladas para este ano de 2014 , o que representa um aumento de mais de 10% em relação ao ano passado, o Ceará ocupa, desde 2010, a liderança na criação de camarão em cativeiro. Um ótimo resultado já que no momento atual, o setor da carcinicultura brasileira, praticamente concentrado na região Nordeste e em especial no Ceará, passa por um processo de plena reativação e a quase totalidade de sua produção, cerca de 99% das 85 mil toneladas produzidas no Brasil, em 2011, foram destinadas ao mercado interno. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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Livino Sales é promotor do Festival do Camarão da Costa Negra

VI FESTIVAL INTERNACIONAL DA COSTA NEGRA Dentro do festival são realizados dois eventos paralelos: VI Workshop Gastronômico e o VI Encontro do Arranjo Produtivo Local da Carcinicultura do Litoral Leste

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onhecida por produzir os melhores camarões do mundo, a região da Costa Negra sediará o Festival Internacional do Camarão da Costa Negra, no período de 14 a 16 de novembro próximo, na Fazenda Cacimbas, em Acaraú (CE), com acesso gratuito. O evento, que chega em 2014 a sua sexta edição, é um verdadeiro paraíso gastronômico, oferecendo pratos diferentes e surpreendentes a cada dia. Cinco renomados chefs de restaurantes, vencedores das 05 primeiras edições, irão disputar o título de melhor prato do Festival, com julgamentos a cada noite. O resultado é uma exuberância de sabores, usando como matéria prima o melhor camarão do mundo. São eles: Cicero Disney, Eduardo Sisi, Faustino, Liliane Pereira e Luciano Ferreira. Dentro do festival, são realizados 02 eventos paralelos: VI Workshop Gastronômico e o VI Encontro do Arranjo Produtivo Local da Carcinicultura do Litoral Oeste. O Workshop Gastronômico, que reúne renomados chefs de cozinhas nacionais e internacionais, é realizado sempre no início da noite, antecedendo a programação cultural noturna. Ministram os workshops, o chef Jorge Monti (internacional), Ivan Prado (consultor gastronômico do SENAC), entre outros.

Como todos os anos, shows de atrações nacionais e locais animam as noites do evento. A expectativa é que cerca de dez mil visitantes passem pelo Festival no período. Durante o dia, o festival oferece programação técnica voltada para produtores, estudantes, técnicos do setor e componentes da cadeia produtiva do camarão. No VI Encontro do Arranjo Produtivo Local da Carcinicultura do Litoral Oeste, haverá palestras, o�icinas, painéis e mesas redondas. Cerca de 300 pessoas devem participar da programação. O evento, promovido pela ACCN - Associação dos Carcinicultores da Costa Negra, é organizado pela Prática Eventos, conta com o patrocínio do Ministério da Pesca e Aquicultura, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, SEBRAE Nacional e do Governo do Estado do Ceará, com a parceria da ADECE - Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará e com apoio das empresas ARROZ TIO JOÃO, CAFÉ SANTA CLARA, FORTALI, GARRAFEIRA eROSMARINO PÃES. O Objetivo do Festival é desenvolver os municípios que formam a região da Costa Negra, Acaraú, Jijoca de Jericoacoara, Cruz e Itarema, quali�icando os pro�issionais que trabalham com a Carcinicultura e estimulando turismo e a gastronomia na região. O evento tem contribuído de maneira decisiva para o

desenvolvimento do potencial turístico e econômico dos municípios da região e entorno. A REGIÃO

A Costa Negra - É a denominação de uma região que se abre para o mundo com as belezas naturais de quatro municípios – Itarema, Acaraú, Cruz e Jijoca de Jericoacoara, ao longo de 48 quilômetros. Os municípios, inseridos no Vale do Acaraú, a 240 quilômetros de Fortaleza, ganharam um solo escuro, formado por nutrientes especiais e recursos naturais da areia e da vegetação que tornaram a área a melhor do Estado para a produção de camarões. A Costa Negra é um importante pólo turístico e econômico do Litoral Oeste, onde se encontra o mais importante pólo da carcinicultura cearense, dispondo atualmente de aproximadamente 33 fazendas de cultivo, 01 laboratório de produção de pós-larvas e 03 unidades de bene�iciamento para processamento de pescados em geral.

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EUVALDO BRINGEL: “A PREVISÃO DA FRUTAL É GERAR 23 MILHÕES EM NEGÓCIOS E 390 MIL PARTICIPANTES”

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Instituto Frutal promove este ano pela 21a .vez a Semana Internacional da Fruticultura e Floricultura e Agroindústria tendo como tema central: Frutas e Hortaliças: Alimentos Saudáveis e Seguros, com a �inalidade de incentivar um maior consumo de frutas no nosso País,disse o presidente do Instituto Euvaldo Bringel Olinda. O evento que se realiza entre os dias 23 a 25 de setembro, no Pavilhão Oeste do Centro de Eventos do Ceará, é a única feira com frutas, �lores e agroindústria em uma capital do Nordeste, e vai debater diversos temas voltados para este tipo de agronegócio, que vem crescendo a cada ano na Região . A expectativa de Euvaldo Bringel é de que a Frutal deste ano, deve movimentar 23 milhões em negócios, envolvendo a cadeia produtiva do agronegócio da fruticultura e �loricultura, como in18

sumos, embalagens, equipamentos, etc., oferecendo um temário variado com 200 palestrantes e cerca de 300 estandes, além de 390 mil visitantes. Haverá espaço para Lançamento de Novos Produtos e Palestras Comerciais. Paralelamente, se realiza a EXPOFOOD 2014, organizada em parceria com a ABRASEL e outras instituições do segmento de alimentos, abrangendo toda cadeia de alimentos e serviços, equipamentos e espaço gourmet. Em sua primeira edição tivemos como expositores os grandes grupos do mercado local – fornecedores de equipamentos, empresa do Estado do Amazonas e de Portugal. A Frutal será aberta, às 16 hs, do dia 23, com uma palestra magna do Ministro da Integração Nacional, Francisco José Teixeira, com o tema: Garantia de Recursos Hídricos no Semiárido para os próximos 20 anos.

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FRUTAL 2014

CONFIRA A FRUTAL engloba um conjunto de ações de capacitação, exposição de produtos e negócios do setor, com a seguinte composição: • Feira de produtos e serviços para a fruticultura, �loricultura, agroindústria e cadeia de alimentos e serviços; • Encontro de negócios – organizado em conjunto com o SEBRAE; • Processo de quali�icação técnica: - Cursos - Palestras - Painéis - Seminários - Fóruns • Caravanas de produtores; • Seminário de Agricultura Familiar; • Espaço gourmet; • Encontros; • Reuniões; • Lançamentos de: produtos, livros e revistas.


EUVALDO BRINGEL: AMERICANOS CONSOMEM CINCO FRUTAS POR DIA A Revista Ceará e Municípios fez quatro perguntas ao presidente do Instituto Frutal .Confira as respostas.

1- Como foi a escolha do tema da frutal desse ano? Euvaldo Bringel: Todos os anos nós reunimos um grupo de técnicos que faz parte da Comissão Técnica, e um deles, no caso, o ex- chefe e pesquisador da Embrapa, ex- diretor do NUTEC, sugeriu trabalhar o maior consumo de frutas, e ai surgiu o tema: Frutas e Hortaliças - Alimentos Saudáveis e Seguros, até para desmistificar também que hortaliças contêm agrotóxicos. O Brasil está consumindo quase a metade do que a Organização Mundial de Saúde - OMS recomenda, nós já somos um país de gordinhos com 17 milhões de obesos, são problemas que temos que resolver, já existe nos EUA, o programa “five days” recomendando o consumo de cinco frutas por dia. O Instituto Frutal já promoveu um seminário internacional sobre o tema em Florianópolis, com a presença de mais de 250 pessoas, e fará outro aqui em Fortaleza, durante a Frutal, já temos 350 inscritos pela internet, e pretendemos fazer em outros estados no Brasil. A Frutal surgiu da necessidade de capacitação de técnicos e produtores na área de fruticultura, começamos visitando Petrolina, conhecida como a Califórnia cearense , que ano passado exportou 113 milhões em frutas e nós cearenses, exportamos 117 milhões, já ultrapassamos a marca da região que mais produzia frutas. Ele lembrou que a primeira semana da fruticultura surgiu em 94 e que saiu de dentro do Pacto de Cooperação, criado por Amarilio Macedo, João de Paula entre outros , realizando-se no dia 5 de dezembro de 1999, com um auditório de

apenas 4 pessoas. Em 21 anos, a Frutal traz para o evento, 213 palestrantes por ano, resultando em mais de 600 palestrantes. Este ano, o evento tem como patrocinadores a Companhia Docas, Mercadinho São Luís, este ultimo, viabilizando a vinda da Bela Gil, filha do cantor Gilberto Gil, que apresenta um programa de televisão voltado para a alimentação saudável.

“A FRUTAL traz como principal debate este ano o consumo maior de frutas pela população brasileira e Internacional.” Euvaldo Bringel

2O Ceará passa por um problema hídrico grave. O tema será tratado na Frutal?

A Frutal vai trabalhar esse ano dois temas importantes: os recursos hídricos e a alimentação saudável. O primeiro tema, será abordado através de uma palestra magna a ser proferida, na abertura da Frutal, dia 23, às 16 hs, pelo Ministro da integração Nacional,

Francisco José Teixeira, que apresentará um diagnóstico dos recursos hídricos para os próximos 20 anos. Já o segundo momento, será o Seminário Internacional de Frutas e Hortaliças: Alimentos Saudáveis, que teve como mentor, o ex-chefe da Embrapa, João Pratagil, Estamos atravessando um momento muito, difícil em relação aos recursos hídricos, ocasionado por três anos de seca, mas acreditamos que em breve teremos soluções que virão através da Transposição Das Águas dó São Francisco, Eixão da s Águas. Lamento que a transposição tenha demorado tanto, pois o crescimento do nosso Estado e da fruticultura depende da água disponibilizada,assim como os novos investimentos que estão previstos para o Porto do Pecém, por isso a questão hídrica é uma prioridade.

3-

A Frutal ultrapassou seus limites? Nestes 21 anos de Frutal nasceram dois filhos: a Frutal Amazônia, já em seis edições, realizada em Belém, com 220 mil visitantes, mais de 37 mil pessoas capacitadas, por ano, aumentando a produção e exportação de sucos. E a outra Frutal realizada em Bento Gonçalves-RS, envolvendo países como o Chile, Argentina. Ano passado com o evento da Acorbat, tivemos a participação de 42 países. A grande preocupação da Frutal foi sempre estar na vanguarda. Nos anos 90 o objetivo foi mostrar que era possível fazer do Ceará um grande produtor de frutas e flores, depois, veio a fase de implantação dos pomares de frutas e agora, estamos virando o Brasil de cabeça para baixo, trazendo maçã e pêra, frutas características de regiões frias ou temperadas. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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4- E a Frutal nesses 21 anos? A FRUTAL traz em 2014 para re-

forçar seu aspecto tecnológico e sedimentá-lo como evento internacional e maior evento da fruticultura brasileira, dois eventos importantes internacionais: a AGRIFLOR BRASIL, que aconteceu pela primeira vez no Brasil e que vem realizando-se há 16 anos em oito países sendo um maior evento de Flores do mundo, promovido pela empresa holandesa HPP Worldwide que é o maior promotor de feiras de flores do mundo e o I Simpósio Internacional de Frutas Tropicais e Subtropicais com inscrição de mais de 240 trabalhos de pesquisas de pesquisadores de mais de 20 países e palestras de especialistas de 10 países. Ano passado a ACORBAT trouxe representantes de 42 países.

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A FEIRA A Frutal se realiza desde 1994 e recebe cerca de 38.000 visitantes por ano, que assistem ao evento para conhecer as últimas novidades do setor de frutas, �lores e agroindústria. O evento atrai produtores, importadores e fornecedores de serviços para o setor, além de técnicos, entidades públicas, maquinárias e outros pro�issionais da cadeia produtiva. Além dos lançamentos do segmento, os participantes se atualizam durante as palestras e fórums técnicos, intercambiam experiências e realizam negócios.

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FRUTAL 2014

OS NÚMEROS

600 mil visitantes em 20 anos 200 mil produtores capacitados 39 mil visitantes em 2014 25 milhões de em Negócios 200 Palestrantes


FALTAM FRUTAS E HORTALIÇAS NO PRATO DO BRASILEIRO

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consumo de frutas e hortaliças é um hábito saudável e que previne doenças. Mas o hábito não está presente na mesa dos brasileiros, que admitem estar insatisfeitos com a qualidade da sua alimentação. Apesar de ter tido uma melhora, ainda há uma lacuna muito grande a ser preenchida. Essas conclusões estão em pesquisa inédita realizada em 2011, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para avaliar os hábitos alimentares da população. São dois os principais bene�ícios relacionados pelos e entrevistados ao consumo de frutas e hortaliças: 37% consideram esses alimentos saudáveis e 26% admitem não estar contentes com a qualidade da própria alimentação e 32% reconhecem, a necessidade de melhorar hábitos alimentares, ingerindo maior quantidade de frutas, verduras e legumes. Foram ouvidas 1.420 pessoas responsáveis pela alimentação de suas famílias, com diferentes níveis de escolaridade de todas as classes sociais e regiões do País. O estudo mostrou que o consumo de frutas no Brasil está abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde. Na véspera

A onda do suco rosa

da pesquisa, 63% dos entrevistados a�irmaram que não consumiram frutas. Somente 8% dos brasileiros comemoram frutas no café da manhã e o almoço e 2% ingeriram frutas no almoço? O levantamento mostra também, que apenas 34% das pessoas ouvidas comem frutas pelo menos seis vezes na semana? Apesar dos bene�ícios de uma alimentação saudável, apenas 18,2 % dos brasileiros ingerem. Quantidade de frutas recomendadas pela OMS, de 400 gramas/dia, segundo o Ministério da Saúde. O Brasil é o terceiro maior produtor e frutas do mundo, mas são poucos os que têm o hábito de consumi-las. Preço acessível, mudança de hábitos alimentares, maior facilidade de acesso ao ponto de venda e indicação de médicos e nutricionistas são condições apontadas pelos entrevistados para o aumento do consumo de frutas. O levantamento aponta que os brasileiros, gastam em média, 6,2% de sua renda com a aquisição de frutas, legumes e verduras. A maior despesa com frutas e verduras ocorre na faixa etária entre 60 a 79 anos, com gastos de 6,9% da renda, enquanto os brasileiros entre 20 a 29 anos compro-

Se no Brasil o suco verde está em alta, na Europa a estrela é o suco rosa. Sucesso no instagram das garotas saudáveis de lá, é feito com beterraba e ganhou força depois da publicação de um estudo do professor Andy Jones, no Journal of Applied Physiology, sugerindo que melhora em até 10% a performance �ísica, além de ajudar na recuperação dos músculos. São efeitos relacionados ao fato de a beterraba ser uma fonte de nutrientes precursores do óxido nítrico, substância que reduz a pressão arterial e reforça a resistência do organismo”, explica Felipe Diato, nutricionista esportivo e doutor em biologia celular pelo Instituto de Ciências Biomédico da Universidade de São Paulo. uma unidade grande(100 gramas) tem 43 calorias. Um copo grande do suco, que é uma mistura de beterraba (de preferência crua), laranja e gelo, tem apenas 70 calorias.

metem 6% de sua renda com frutas e verduras. As hortaliças mais consumidas pelos entrevistados, estão cenoura (81%), alface (79%), e tomate (75%), no caso das frutas, as preferidas são banana (90%), maçã (74%) e laranja (73%). A pesquisa da CNA identi�icou ainda que, metade das pessoas ouvidas admitiu estar acima do peso ideal, ou seja, com problemas de sobrepeso (33,7%) ou algum grau de obesidade (16,3%). Em 11%dos casos, o estudo casos de hipertensão, e em 6% de diabetes.

Gestantes apresentam baixo consumo de frutas e hortaliças

Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP analisou a relação entre o ambiente alimentar e das práticas alimentares com o consumo de frutas e hortaliças em gestantes. No total, 282 gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Ribeirão Preto (interior de São Paulo) foram avaliadas pela nutricionista Daniela Zuccolotto. A média de consumo de frutas e hortaliças foi de 207 gramas (g) por dia, abaixo da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a população em geral, que é de 400 g. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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AGRONEGÓCIO QUER SECRETARIA NO PRÓXIMO GOVERNO mento entregue aos candidatos ao governo dia 12 de agosto último, e foi entregue também aos candidatos a deputado estadual e federal, no último dia 3 de setembro. Nas princiMembros da FAEC: organizadores do evento pais propostas apresentaor ocasião dos dois encon- das pelos participantes do AGROPACtros promovidos pelo Pacto TO, �icou patente o desejo de se adotar de Cooperação da Agrope- uma política pública consistente voltacuária Cearense - AGROPACTO, pri- da para os médios produtores rurais, meiro com os governamentáveis e, já que hoje a Secretaria de Desenvolem seguida com alguns candidatos a vimento Agrário - SDA só trabalha a deputado estadual e federal, indicados questão dos agricultores familiares, pelas coligações ou partidos políticos, por isso foi solicitada a criação de uma �icou evidente que os produtores ru- secretaria especial para o Agronegócio rais e empresários, querem a criação que conforme opinião dos parlamende uma Secretaria de Desenvolvimen- tares, poderia ser também acoplada à to do Agronegócio - SEDEAGRO e de Secretaria da Aquicultura e Pesca. Os um Conselho Estadual de Desenvolvi- produtores solicitaram também um mento do Agronegócio-CDA. Esta pro- maior apoio para a cajucultura, uma posta já havia sido apresentada pela das culturas mais antigas e tradicioFederação da Agricultura e Pecuária nais do Estado, que está em processo do Estado do Ceará -FAEC, em docu- de degradação, a revitalização de ór-

gãos como o DNOCS e a Sudene, o primeiro através da contratação de novos funcionários e o segundo, realizando um planejamento com a participação efetiva dos governadores do Nordeste, o que não ocorre há muito tempo. Outro tema bastante ressaltado pelos presentes foi a implantação de uma fábrica de leite em pó, para abarcar a produção de leite no Estado. Para o presidente da FAEC, Flávio Saboya, o Agropacto cumpriu mais uma de suas missões que é o de promover o debate de temasvoltados ao desenvolvimento da agropecuária em nosso Estado. “ Este não é o segmento de maior expressividade econômica, mas, sem dúvida, o de uma abrangência territorial mais signi�icativa constituído por uma substancial população, que tem a consciência de sua importância vital na oferta de alimentos saudáveis aos demais setores. Entendemos o papel que tem o legislador no suporte estrutural do desenvolvimento rural cearenses. Enche-nos de esperança e expectativa a presença dos ilustres candidatos que aqui comparecem, espontaneamente, para apresentar suas propostas, disse Saboya.

O agronegócio cearense é visto, hoje, sob uma ótica discriminatória onde o fator predominante é o porte do produtor. Visão que tem contribuído para alijar, das preocupações governamentais, a média produção que sempre e, apesar das di�iculdades enfrentadas, continua representando signi�icativa participação no setor. O conceito de agronegócio está intrinsecamente ligado ao de cadeia produtiva que integre todas as atividades – antes, dentro e após a porteira – isto é, dos insumos básicos, máquinas e equipamentos, até a comercialização. Para coordenação dessas atividades é necessário a criação de uma Secretaria de Desenvolvimento do Agronegócio - SEDEAGRO e de um Conselho Estadual de Desenvolvimento do Agronegócio - CDA, presidido pelo Secretário de Desenvolvimento do Agronegócio, com representação

técnica e extensão rural para os médios e pequenos produtores não incluídos na categoria de agricultores familiares. O governo estadual deverá estimular os gestores municipais a estruturarem suas Secretarias Municipais de Agricultura, para que, no processo participativo envolvendo a representação de todos os atores, sejam formuladas políticas agrícolas municipais, com o estabelecimento claro de procedimentos e metas qualitativas e quantitativas, que permitam mensurar o desenvolvimento rural alcançado. Defender a �ixação de um percentual mínimo compulsório do Fundo de Participação dos Municípios-FPM, para a aplicação no setor rural, dotando assim as Secretarias Municipais de Agricultura de recursos orçamentários.

P

O MODELO DA NOVA SECRETARIA

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paritária do governo e da iniciativa privada cabendo-lhe �ixar as políticas, as diretrizes e as prioridades para o desenvolvimento do agronegócio. À SEDEAGRO caberia executar a política de apoio e fomento aos pequenos, aos médios e aos grandes produtores, além de: - Identi�icar, nos mercados interno e externo, oportunidades de comercialização de produtos do Ceará; - Identi�icar grupos e empresas nacionais ou estrangeiras capazes de se interessar por investimentos no estado; - Estimular a participação em feiras internacionais dos dois principais elos das cadeias produtivas agropecuária e agroindústria; - Coordenar as Câmaras Setoriais do Agronegócio; - Criar o serviço de assistência

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POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS À FRUTICULTURA Os programas e projetos que ajudaram no desenvolvimento da fruticultura O Nordeste tem papel relevante no desempenho da fruticultura do Brasil. Concomitantemente, a fruticultura é uma atividade intensa que contribui, sobremaneira, para a economia da região. As frutas tropicais são principalmente produzidas nas áreas semiáridas, abrindo uma possibilidade de desenvolvimento para estas economias historicamente fragilizadas. A relevância do estímulo a esse setor produtivo é a possibilidade de absorção de mão de obra e geração de emprego e renda nessas regiões. Nesses particulares, o apoio governamental representa um papel crucial com iniciativas de incentivo à fruticultura irrigada, tendo em vista as vantagens comparativas locais de disponibilidade de mão de obra, clima, localização em relação aos principais mercados consumidores. O incentivo governamental à fruticultura brasileira se baseia em estratégias de apoio à produção, por meio de sistemas de crédito ao produtor e da modernização dos serviços gerais, comercialização e das atividades inerentes à fruticultura. Os objetivos básicos são o incremento da infraestrutura do setor e o fomento à competitividade. Com estes propósitos foram adotadas medidas como: 1. O Programa de Apoio e Desenvolvimento da Fruticultura Irrigada do Nordeste (1997). Foi implementado com o objetivo de promover a inserção competitiva do Brasil no mercado internacional de frutas frescas, através do estímulo desta atividade nas regiões semiáridas dos estados nordestinos. Esta estratégia contribuiu, sobretudo, para a geração de emprego e renda nestas áreas; 2. A Companhia Nordestina de Frutas foi criada com o objetivo de ampliar a movimentação �inanceira para este setor da economia regional através, principalmente, da captação de recursos federais e estaduais para a promoção de investimentos em infraestrutura e a consequente expansão da fruticultura no semiárido; 4. O Programa de Desenvolvi-

mento da Fruticultura (Profruta) é um programa estruturante e uma das estratégias prioritárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo do Profruta é a consolidação dos padrões de qualidade e competitividade da fruticultura brasileira, mediante as exigências internacionais de mercado. Este Programa é composto de diversas estratégias voltadas para o atendimento dos diversos segmentos da fruticultura brasileira; No Ceará, em coexistência com as estratégias citadas, podem ser citadas iniciativas como o Projeto de Frutas do Ceará cujo objetivo principal é a intensi�icação da produção de frutas com potencial competitivo (abacaxi, banana, mamão, melão, manga e uva). Os investimentos do Projeto Frutas do Ceará baseiam-se em ações de apoio técnico na formação de sistema de certi�icação de frutas para exportação; delimitação e manutenção da área livre de moscas das frutas. Essas estratégias estimularam a ampliação da produção, a área irrigada para o cultivo de frutas, a demanda do setor por mão de obra e as exportações. O fortalecimento do setor de frutas do Ceará foi reforçado, também, com estratégias de investimento em infraestrutura como: 1. os canais de abastecimento de água Castanhão e o Canal da Integração que ampliaram em 40% a disponibilidade de água para a agricultura irrigada; 2. a criação do Instituto Agropólos do Ceará, em 2002, como uma instituição de caráter privado, quali�icado para prestação de serviços,

através de contrato de gestão, em que foram zoneadas as regiões com maiores potencialidades para a agricultura irrigada; 3. os projetos de irrigação estruturados pelo DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) em parceria com o governo do estado; 4. os portos de Mucuripe e Pecém localizados a cerca de 350km das principais áreas produtoras - o Porto do Pecém é atualmente o maior porto exportador de frutas do País, tem uma estrutura moderna, com capacidade para receber navios de grande calado; 5. o Centro de Formação Tecnológica (Centec), com 43 unidades espalhadas pelo interior do estado, formando pro�issionais e prestando serviços aos produtores e exportadores. Segundo SDE (2006), a Política de Desenvolvimento do Agronegócio é apoiada, dentre outras, pelas ações de Promoção do Agronegócio da Agricultura Irrigada, Desenvolvimento Agroindustrial e de Atração de Investimento na fruticultura competitiva. O maior destaque da fruticultura do estado se dá em termos de exportação. Em 2005, o Ceará foi o quinto maior exportador de frutas do País e o quarto maior do Nordeste. Na balança comercial cearense, a fruticultura foi o item que mais cresceu relativamente aos demais itens exportados, com um acréscimo de 79,7%. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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EXPORTAÇÕES DO CEARÁ EM 2014 COM FOCO NO AGRONEGÓCIO

A

s exportações brasileiras, que reduziram 0,2% em 2013, reduziram ainda mais nos primeiros 6 meses de 2014 (Jan-Jun), 3,4% com relação ao mesmo período de 2013. As exportações da região Nordeste que haviam caído 8% em 2013, reduziram novamente em 2,5% em 2014 no período de Janeiro a Junho. Em 2013 as exportações reduziram em quase todos os Estados da região, menos os do Ceará e Pernambuco, situação que continua em 2014, acrescido o Piauí, que obtiveram aumento de 38,6%, 38,1% e 14,4%, respectivamente. Todos os outros tiveram redução nas exportações, tanto em 2013 quanto no 1º semestre de 2014. A Bahia continua sendo o 1º Estado exportador do Nordeste e o Maranhão o 2º. O Estado de Pernambuco que tirou o posto de 3º do Ceará em 2013, em 2014 volta a ser o 4º, com o Ceará voltando a ser o 3º lugar. As exportações totais do Ceará aumentaram 12,1% em 2013 com relação a 2012, tiveram aumento de 38,6% no 1o semestre de 2014, frente ao mesmo período de 2013. Dos 18 principais produtos da exportação cearense, 12 apresentaram redução de Janeiro a Junho de 2014:

frutas (-15,4%), castanha de caju (-12,8%) e LCC (-27,1%), produtos têxteis (-41,6%), sucos de frutas (-20,2%), lagosta (-27,8), máquina e equipamentos elétricos (-99,4%) e mecânicos (-75,5%), confecções (24,9%), peixes (-26,4%) e móveis (-8%). Entre os 6 produtos que tiveram aumento no período, destacamse os calçados (2,9%), couros e peles (17,9%), cera de carnaúba (11%), produtos minerais (46,3%), mel de abelhas (95,9%) e produtos da �loricultura (314%), e, óleo combustível (3.097%). No primeiro semestre de 2014, o principal e tradicional setor de exportação do Estado, o calçadista volta a crescer, tendo a 3º maior participação nas exportações. Entre os 12 principais produtos do agronegócio cearense, o setor de couros e peles (18%), cera de carnaúba (11,0%), mel de abelha (95,9%), �lores (314%) e hortaliças (788%), voltam a crescer. Os outros produtos do agronegócio reduziram suas exportações, frutas (-15,4%), castanha de caju (-12,8%), sucos de frutas (-20,2%), lagosta (-27,8%), extrato vegetal (-27%) e peixes (-26,4%). O Ceará obteve crescimento em 2013 e no 2º semestre de 2014, em

função dos combustíveis minerais (principalmente fuel oil) fornecido aos navios de longo curso, arrebatando o 1º lugar em participação nas exportações nesta primeira metade do ano. Os principais produtos do agronegócio tiveram decréscimo nas exportações, em função em função dos problemas climáticos (3º ano de seca consecutivo), com exceção de couros e peles, cera de carnaúba, mel de abelhas e produtos da �loricultura. O setor de frutas frescas, que foi destaque das exportações cearenses de 2013, desta vez, não foi exceção no fraco desempenho dos agronegócios cearenses, em função da escassez no fornecimento de água nos polos de irrigação do Estado. Mesmo assim mantiveram o 3º lugar dentre os 5 maiores exportadores nacionais.

BRASIL: DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DE FRUTAS - PRINCIPAIS ESTADOS (US$)

ESTADOS

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2012

2012

2013

Variação % 2013/2012 (Jan - Jun)

(Jan-Dez)

(Jan-Jun)

(Jan-Jun)

Bahia Pernambuco

131.319.734

29.801.117

30.414.479

2,06

129.333.475

15.315.606

15.684.355

2,41

Ceará

108.116.601

33.600.223

37.520.875

11,67

Rio G. do Norte

89.079.136

27.398.514

27.529.312

São Paulo Outros Estados

87.257.453 90.406.831

43.970.286 65.769.254

46.966.566 84.823.216

0,48 6,81 28,97

Brasil

635.513.230

215.855.000

242.938.803

12,55

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POLOS DE FRUTICULTURA NO ESTADO CRONOLOGIA DA AGRICULTURA E FRUTICULTURA IRRIGADA NO CEARÁ

Segundo a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará - Adece, o Ceará despertou para a agricultura irrigada a partir de 1970, com a implantação dos perímetros públicos de irrigação, já em 1994, quando quase nada existia em termos de fruticultura e �loricultura no Estado, realizou-se a 1ª Frutal, passando a criação da SEAGRI - Secretaria de Agricultura Irrigada, em 1999.

Anos 70 – Implantação dos perímetros públicos Irrigados Federais do Ceará, pelo DNOCS; 1989 – Operação do P. I. Jaguaribe-Apodi em Limoeiro do Norte, referência em produção de Frutas; 1999 – criação da SEAGRI – Secretaria da Agricultura Irrigada que implantou as bases para uma agricultura irrigada sustentável e com-

petitiva; 1994 – 1º FRUTAL – Feira Internacional de Frutas, uma das feiras mundiais do setor, capacitando produtores e atraindo negócios para o Ceará 2001 – Operação do P. I. do Baixo Acaraú. Começa as exportações de melão em grande escala e o Ceará entra no mapa de exportações de frutas; 2002 - Construção da es-

trada do melão. Operação do Porto do Pecém; 2003 - Operação do Castanhão e eixo da integração. Reconhecimento da Área Livre de Mosca das Frutas (7 municípios do Ceará); 2004 - Operação do P. I. de Tabuleiros de Russas; 2008 – As exportações de Frutas do Ceará atingem US$ 131,6 milhões. Criada a Câmara Setorial de Frutas;

PRODUÇÃO DE FRUTAS IRRIGADAS Frutas no Ceará (2011) 1º exportador de castanha 3º exportador de frutas 4º produtor de frutas total: 1.467 mil t Frutas Irrigadas: Área - 38,4 mil ha Vr. da Produção - VBP R$ 755,5 milhões Empregos diretos - 21,6 mil Exportações: US$ 102,5 milhões 6 pólos em 64 municípios REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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PRINCIPAIS FRUTAS PRODUZIDAS NO CEARÁ E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE 1º Lugar CAJU

O caju é uma cultura de suma importância em termos de produção e um de seus subprodutos, a castanha, ocupa lugar de destaque (1ª colocação) na pauta de exportação. Segundo dados do IBGE, em 2013 a produção de castanha de caju foi da ordem de 52.973 ton., em uma área de 405.187 ha, enquanto as exportações da amêndoa atingiu no mesmo ano (2013) US$ 99.747.793, com 15.673.088 quilos exportados. A Cajucultura é uma das principais opções para o desenvolvimento econômico e social do rural da região Nordeste. Em seu contexto mais amplo, a cajucultura compreende um conjunto de atividades que geram um grande número de produtos intermediários e �inais. O principal produto �inal gerado

No Estado do Ceará , o governo federal, através da Embrapa, do MAPA – Ministério de Agricultura, Pecuá ria e Abastecimento,detém um Campo Experimental de Pacajus (CEP), localizado na cidade de PACAJUS (CE), a 50 km de Fortaleza, que tem por finalidade possibilitar o desenvolvimento e execuçã o de trabalhos de pesquisa com cajueiro e outras matérias-primas tropicais em temas estraté gicos, como o melhoramento genético.

Os benefícios da castanha de caju

OSSOS A castanha é muito rica em magnésio, um nutriente essencial para a saúde dos ossos, porque favorece a sua estrutura. Ele também contém cobre, que é muito útil para as enzimas, que combinam o colágeno e a elastina, o que dá elasticidade às articulações.

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CORAÇÃO Devido ao seu baixo teor em gordura, esta castanha é muito boa para a manter o coração sempre saudável, além disso, tem grandes quantidades de ácido oleico, uma gordura saudável que reduz o triglicerídeos, fazendo com que o coração funcione corretamente. A castanha tem pou-

co colesterol e uma grande quantidade de antioxidantes, o que impede problemas cardiovasculares.

O PESO CORPORAL Ficou provado que as pessoas que comem castanhas de caju duas vezes por semana têm menos probabilidade de ganhar peso do que aqueles que nunca as comem, elas são ricas em �ibras e em energia, por esse motivo elas são uma excelente escolha para quem quer perder peso. CÂNCER A castanha de caju é rica em vitaminas, minerais, antioxidantes, �ibras, o que ajuda a evitar o cancroelimi-

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é a Amêndoa da Castanha de Caju (ACC), retirada do processamento da castanha (verdadeiro fruto), que também da casca da castanha é obtido o Líquido da Castanha de Caju (LCC), de elevado valor comercial. O pedúnculo, por sua vez, possibilita a produção de bebidas, como o suco, cajuína e outros produtos tais como os doces e ração animal. O caju é ainda vendido como fruto de mesa. Entretanto, estima-se que mais de 90% dos pedúnculos são desperdiçados, ou seja, trata-se de um subproduto pouco aproveitado na cadeia da produção de castanha.

nando as células malignas.

DEGENERAÇÃO MACULAR A degeneração macular é uma doença que afeta a parte central da retina. Os pigmentos de castanha de caju encontrado �lavonóides que funcionam como �iltros, absorvendo os raios UV, evitando essa doença. CUIDADOS DA PELE E CABELO O cobre é indispensável para a produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele e cabelo. Por este motivo, é altamente aconselhável que você às consuma, pois isso vai ajudar a manter o seu cabelo e a sua pele sempre saudáveis.


2º LUGAR

COCO

COCO MARACUJÁ E MELÃO

Com cerca de 70 mil toneladas anuais, segundo a Adece, o setor de coco, no Ceará, não consegue atender à demanda industrial que é calculada em 90 mil toneladas/ ano. Segundo o analista de mercado da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Sérgio Baima, o Ceará ocupa o segundo lugar no País, em área plantada, com 47.838 hectares, e o terceiro em

produção, perdendo para os estados Maranhão e Piauí. De acordo com a Adece, Paraipaba é o quarto maior produtor de coco do Ceará, produzido em uma área e 2.500 há no projeto de Irrigação Curu-Paraipaba.

Bom Negócio Apesar dessas dificuldades, Sérgio Baima afirma que o coco voltou a ser um bom negócio, porque, somando todos os gastos com o investimento, poderia passar a dar lucro de 15%, a partir do quinto ano. Além de produtos voltados para a culinária, como o leite de coco, o coco ralado e água de coco, há pesquisas voltadas para o desenvolvimento de outros produtos, como mantas e telas para proteção do solo, produção de papel, enriquecimento de alimentos, pranchas pré-moldadas para a construção civil, dentre outras utilidades. Em relação à água de coco,

Baima diz que os dados oficiais não são detalhados porque as exportações são contabilizadas como suco de frutas, diferente do suco de laranja, que possui classificação à parte, já que o Brasil é o maior exportador mundial desse produto. NÚMEROS

47,8 MIL HECTARES é a área plantada de coco, no Ceará Seis MIL UNIDADES/ HECTARES é a produtividade média dos produtores cearenses SAIBA MAIS O Brasil é o 5º maior produtor mundial de coco, atrás da Indonésia, Filipinas, Índia e Sri Lanka. A região Nordeste produz 80% do coco brasileiro.

Os benefícios do coco

Devido a sua alta concentração de vitamina, também excerce função antioxidante prevenindo contra a ação dos radicais livres.O óleo de coco extra virgem é o único óleo vegetal que contém alta concentração de ácido láurico, o mesmo presente no leite materno e que fortalece o sistema imunológico. O consumo regular desse ácido protege o organismo contra vírus, bactérias, fungos, etc e ainda ajuda na regularização intestinal, tanto em casos de diarréia quanto prisão de ventre. Para melhor usufruir dos bene�ícios do óleo é necessário saber escolher. Os mais indicados são o de origem orgânica e extraídos a frio, os conhecidos como “virgens” ou “extra virgens”. Mas é importante que �ique atento também à quantidade utilizada, pois 1 colher de sopa de óleo tem aproximadamente 120kcal. Com todas essas vantagens que tal incluir o coco na sua alimentação!

7 bene�ícios da água de coco Con�ira sete bene�ícios do alimento e corra para a barraquinha de coco mais próxima, sem esquecer de sempre dar preferência à agua de coco natural: - Ela cuida do coração e dos rins O potássio encontrado na água de coco é um nutriente fundamental para o bom funcionamento dos rins, que eliminam o sódio do organismo. O excesso de sódio pode causar diversas doenças, dentre elas a hipertensão. - Ela é rejuvenescedora A água de coco contém citocininas, que protegem as celulas do envelhecimento. Ela evita a desidratação Por apresentar uma grande quantidade de sais minerais, a água de coco é um hidratante poderoso. Fortalece o sistema imunológico Rica em vitamina C, a água de coco

aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema de defesa do corpo humano e combatem estruturas estranhas. - É rica em minerais A água de coco tem cinco minerais essenciais: potássio, sódio, magnésio, cálcio e fósforo. ,eles são essenciais para o bom funcionamento do organismo. “ - Digestiva Os sais minerais (como o magnésio e o potássio) que ela possui ajudam na digestão, agindo contra o intestino preso. - Combustível para os músculos O alimento é de ajuda significativa no fornecimento de energia para os músculos, além disso, ajuda na reposição de minerais que são perdidos durante a prática de atividades físicas.

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2º LUGAR MELÃO

Ceará exporta a maior parte da produção de melão do Brasil Apenas 10% da produção de melão do Ceará �ica no Estado. A maior parte é destinada ao mercado externo. Nesta safra, nem a estiagem atrapalhou o bom momento da fruta. Clima quente e seco, alta luminosidade é tudo o que o melão precisa. Só na fazenda no litoral leste do Ceará, a 200 quilômetros de Fortaleza, são plantados três mil hectares da fruta. O melão é produzido o ano inteiro. Nesta época, a colheita chega a 120 toneladas por semana. Mesmo com pouca chuva, a produção de melão na região litorânea do Ceará não caiu. Como a plantação é mantida por irrigação, com água de poços profundos, o ritmo da colheita continuou. Por mais um ano, o melão será a fruta fresca mais exportada pelo Brasil. Quando saem do campo os frutos recebem um tratamento especial. “O fruto é lavado e recebe fungici-

da. Daí, é embalado e enviado para a câmara de resfriamento. Nós precisamos resfriá-lo para que ele tenha uma vida de prateleira maior”, explicou a engenheira agrícola Valesca Souza. Toda variedade de melão tem um país consumidor certo. O amarelo é o preferido dos ingleses e holandeses. Noventa por cento do melão vai para a Europa. Na Espanha, o campeão

Em 2009, o faturamento do país com a exportação de melão foi de US$ 122 milhões

tem nome de pele de sapo. Ele é maior e mais doce que os outros. O Ceará é o principal produtor de melão do país, com 50% da safra. A Estrada do Melão �ica na divisa dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Ela leva a três 3,5 mil hectares, onde são produzidos mais de dez milhões de melões por safra, que vai de agosto a março. Mil e setecentos empregos já foram gerados na região. 85% da produção vai para a Europa. Só em uma das fazendas, as exportações cresceram 25% com re-

lação à safra anterior. Otimistas, os produtores já fazem planos para esse ano. “A nossa expectativa é um crescimento em torno de 20% a 22% de aumento. Além disso, também buscar novos mercados, como o China, Dubai, Japão”, disse Paulo Dantas, gerente administrativo. Para produzir cada vez mais e conquistar novos mercados, os produtores estão testando uma maneira de tornar as sementes mais resistentes, principalmente no período de chuva. As mudas �icam na estufa por até oito dias, sob cuidados especiais. Da estufa para o campo e de lá para a unidade de processamento. Em cada país, o comprador tem suas exigências.

Os benefícios do melão

A nutricionista Karin Honorato, explica os principais bene�ícios do melão e da melancia. Elas são frutas típicas do verão, são muito refrescantes e fazem muito bem para a saúde. “O melão tem muitos nutrientes incluindo cálcio, vitamina C, vitamina A e as vitaminas do Complexo B, que dão muita energia. Uma atenção para o potássio que é importante para diminuir a pressão arterial”, explicou Karin. O melão é muito rico em bio�lavonóides, que são excelentes fontes de antioxidantes e anti-in�lamatórios. A fruta também tem muitos carotenóides, que diminuem os riscos de várias doenças. - Ajuda a emagrecer Além de ajudar a emagrecer, o melão contribui para a saúde de várias maneiras! Esta fruta é excelente para repor sais minerais após uma atividade �ísica em que o corpo perde muito líquido, além disso, regula o funcionamento dos rins, especialmente quando se utilizam as sementes de melão para preparar um chá. - Repleto de vitaminas Esta fruta é excelente para repor sais 28

minerais após uma atividade �ísica em que o corpo perde muito líquido, além disso, melhora o funcionamento dos rins, e possui também betacaroteno, o que contribui para um bronzeado lindo no verão e também protege contra os radicais livres, que causam o envelhecimento precoce . O melão também previne doenças como: reumatismo,gota,artrite,prisão de ventre,cirrose hepática,cálculos biliares,leucemia e uretrite.

- Rico em �ibras

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É um laxante natural e também ajuda na digestão, tudo isso contribuindo para o emagrecimento saudável e para desintoxicar o organismo. Aliás, como depurativo do sangue, o melão garante ótimos níveis de colesterol.

- Controle da menopausa

O consumo de melão ajuda a regular a menstruação, especialmente por ajudar na circulação do sangue e por ser um anticoagulante. A fruta é um forti�icante e calmante natural. Além disso, revigora o organismo de forma geral.


2º LUGAR

MARACUJÁ

A Serra da Ibiapaba, a 315 quilômetros da Capital, é hoje a maior produtora de maracujá do Estado. O cultivo da fruta gera cerca de 14 mil empregos na re-

gião, que hoje é referência nesse cultivo. No Brasil a cultura do maracujá tem sido cultivada em várias regiões, produzindo em 2011, segundo o IBGE(2013), 923.035 toneladas, o que representa quase 98% em relação a 2011. O Brasil é o maior exportador do suco de maracujá do mundo. A Região Nordeste do país é o responsável por quase três quartos da produção de maracujá no Brasil, devido ao tempo seco da região, a fruta tende a um aumento na valorização da produção. A área estimada

à colheita dói d 8.043 hectares e a área colhida também corresponde a esse valor, sendo que o rendimento médio girou em torno de 22.465 kg/hectare. A produção de maracujá cearense, que também tem significativa importância no valor bruto da produção da fruticultura ocorre em 50 municípios localizados, principalmente na macroregião da Ibiapaba. Os municípios de Ubajara, São Benedito, Tianguá e Ibiapina, juntos respondem por 48% da produção de maracujá.

Os benefícios do maracujá O Maracujá é uma fruta altamente nutritiva. É disponível na América do Sul e agora amplamente disponível em todo o mundo. Ele tem uma alta variedade em cores. Roxo e maracujá-amarelo são na sua maioria os mais disponíveis. Ele contém uma quantidade elevadas de nutrientes que prova porque é tão bené�ico para a saúde. O Maracujá contém uma grande quantidade de antioxidantes que protegem contra o cancro, envelhecimento e in�lamação. Ele contém uma grande quantidade de �ibra, que é e�icaz para melhorar a digestão. Junto com estes bene�icio ainda proteger contra muitas outras doenças. - Evita o câncer

limpar o cólon.:

- Melhora a imunidade

Maracujá contém uma grande quantidades de vitamina C, cerca de 50% do valor indicado para o consumo diariamente. A presença de antioxidantes têm sido comprovada, e eles protegem contra os radicais livres. Os antioxidantes têm sido comprovados que neutralizam os radicais livres e protegem contra o câncer.

- Saudável para os olhos

A vitamina C é altamente e�icaz para o aumento de nossa imunidade. Protegendo assim, nosso corpo de doenças comuuns, como gripe, resfriado e até mesmo infecções.

- Controla a pressão arterial

Maracujá contém quantidades elevadas de ferro , que é 20% do valor da diária necessária. Junto com ferro, o Maracujá ainda é uma rica fonte de vitamina C. A vitamina C aumenta a capacidade de absorção de ferro. Por isso, impede a perda de ferro e contribui para que o organismo aumente a produção de sangue.

Maracujá é altamente e�icaz em evitar uma pressão arterial elevada. Ele contém 348 mg de potássio, que é de 7% do RDA. Com isso equilibra o Nível de sódio no corpo. -Limpa o cólon Maracujá contém �ibra solúvel, elas limpam toxinas armazenadas no cólon. Estas toxinas são responsáveis pelo câncer de cólon. 100 g de maracujá fornece 27% das �ibras exigida pelo organismo por dia. Então isso prova ser o melhor alimento para

O Maracujá é dos alimentos mais saudáveis e é bené�ico para a saúde dos olhos. Ele contém uma grande quantidade de antioxidante, Vitamina A, Vitamina C e �lavonóides - Aumenta a produção sanguínea

- Ajuda na digestão Essas frutas contém uma grande quantidade de �ibras solúveis, o que melhora a digestão. Elas também melhoram a capacidade de absorção dos nutrientes para o corpo.

- Mais saúde para o coração Maracujá contém alto teor de �ibras que reduz o nível de colesterol no sangue. Ele aumenta o HDL (colesterol bom) e diminuir o LDL (mau colesterol). Assim, impede o bloqueio do �luxo de sangue para o coração. Também grande quantidade de antioxidantes protegem as artérias dos radicais livres. Assim, prova que e altamente bené�ico para o sistema cardiovascular. - Ajuda o sistema nervoso O maracujá relaxa o sistema nervoso e induz o sono. Além disso, traz bene�ícios comprovados para a asma, o maracujá é altamente e�icaz para reduzir os sintomas da Asma. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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3º LUGAR

MAMÃO

No que diz respeito ao mamão, o Brasil ocupa a primeira posição na produção mundial desta fruta há pelo menos 10 anos. A produção brasileira do mamão acontece em todos os estados do território, entretanto, o volume produzido concentra-se na região Nordeste do País. No Nordeste, os principais estados produtores são, por ordem, a Bahia, com 783.600 toneladas em 2002 e 16.930 hectares de área colhida, a Paraíba, com 65.253 toneladas e 1.394 hectares, e o Ceará, com 53.744 toneladas e 1.693 hectares. O Ceará é o terceiro maior produtor de mamão do Nordeste e o quarto do Brasil. A cultura do mamão ocupou, em 2004, uma área

total de 1.691 ha, dos quais 1.008 ha correspondem a áreas irrigadas. Assim, o mamão, sozinho, representa 3,64% de toda área irrigada do setor de frutas do estado. A cultura do mamão gerou 2.120 mil empregos em 2004. Deste total, 848 corresponderam a empregos diretos. Desde os incentivos à fruticultura, a produção estadual aumentou 57,12% de 1999 para 2006, passando de 40.271 para 63.276 toneladas, respectivamente, o que trouxe benefícios sociais à população. O mamão (Carica papaya L.) é originário da América Tropical, mais precisamente, segundo alguns autores, da Bacia Amazônica Superior. O mamão é cultivado em quase todo o território brasileiro, tendo como principais produtores os Estados da Bahia e Espírito Santo, que são responsáveis por

mais de 80% da produção nacional. No Brasil, são cultivados três diferentes tipos de mamão: o comum, o papaia (solo e sunrise-solo) e o formos. Os elementos climáticos que mais influenciam o mamoeiro são temperatura do ar, disponibilidade de água durante o ciclo e umidade relativa do ar. Os solos de textura média, profundos, permeáveis e com bom teor de matéria orgânica são os mais indicados para o cultivo do mamoeiro. Objetivou-se, com o zoneamento agrícola, identificar os municípios aptos e os períodos de plantio, com menor risco climático, para o cultivo do mamoeiro no Estado do Ceará. O período de plantio vai do dia 1º de janeiro a 31 de dezembro

Os benefícios do mamão Que é um alimento ótimo para a saúde todos nós já ouvimos dizer, mas você sabe realmente quais os bene�ícios do mamão? Esta é uma fruta muito conhecida principalmente por seus bene�ícios para o intestino, devido às �ibras e enzimas que contém, que facilitam a digestão e evitam a prisão de ventre. Entretanto, devido ao seu alto conteúdo de nutrientes, tem também muitas outras propriedades bené�icas para nossa saúde, que o transformam num alimento funcional. - Grandes quantidades de sais minerais (cálcio, fósforo, ferro, sódio e potássio) - Vitaminas A, C e algumas do complexo B, micronutrientes essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo - Betacaroteno, que auxilia no combate aos radicais livres, prevenindo vários tipos de doenças - Fibras solúveis, que ajudam na redução do colesterol quando associado a uma alimentação saudável e a prática de exercícios - Papaína, enzima que auxilia na digestão dos alimentos e na absorção de nutrientes - O mamão também tem proprie-

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dades laxativas e calmantes, sendo indicado para pessoas com estômago frágil ou que estejam seguindo um programa de emagrecimento - Alivio dos sintomas da sinusite. Um estudo alemão mostrou que o mamão possui uma enzima chamada bromelina que ajuda reduzir o muco e a in�lamação. - Melhora da saúde óssea. Contém ácido fólico, que ajuda a prevenir fratura de ossos e osteoporose. - Combate de doenças da vesícula biliar nas mulheres. O mamão tem duas vezes mais vitamina C que a laranja. Segundo um estudo da Universidade da Califórnia,

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as mulheres possuem níveis mais baixos de vitamina C e por isso são mais propensas a ter problemas de vesícula. - Prevenção de doenças cardíacas Rico em antioxidantes, nutrientes que previnem a oxidação do colesterol, evita, assim, que se formem placas nas paredes dos vasos sanguíneos, o que pode causar ataques de coração e derrames. - Melhora da pele. O consumo frequente do mamão pode proporcionar uma pele de pêssego, desde que associado a uma alimentação saudável e à ingestão de bastante água.


A VEZ DO PIMENTÃO NA SERRA GRANDE Paulo Selbach: um empresário que se renova e inova

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eram-se as mãos Paulo Selbach, gaúcho há 30 anos radicado no Ceará, onde produz rosas, e Areais Molenat, francês da região de Provence, no Sul do País, onde produz vegetais, vinho e azeite. Desta parceria nasceu a Mirante Vegetais, que já produz na Serra da Ibiapaba com sucesso, pimentão de alta qualidade genética. Sob a direção técnicocienti�ica da Molenat, a Mirante tem planos de expandir logo sua produção de pimentões para atender à demanda cearense. A revista Ceará e Municípios entrevistou Paulo Selbat, procurando conhecer um pouco mais a respeito da história desse produtor. Con�ira! Ceará e Municípios: O Sr. saiu de São Paulo e veio investir em �lores no Ceará, passado este período, qual a avaliação que faz do mercado de �lores, os avanços e desa�ios? Conte um pouco dessa história de Sucesso.

Paulo Selbach: Na realidade vim do Rio Grande do Sul. Estamos com a Cearosa desde dezembro de 1999. Em fevereiro de 2001 começamos a colheita no primeiro HA, hoje estamos com 15. Começamos com exportação e depois de três anos passamos para o mercado interno. O mercado de �lores em geral tem crescido em média 15% ao ano no Brasil. Sempre trabalhamos com troca de variedades, pesquisando as tendências no mercado mundial. CeM: O Ceará passa por um momento crítico de falta de água para irrigação, na sua visão, qual a saída para esta problemática e como ela tem afetado a �loricultura? PS: Água e um elemento básico

para a Agricultura, no sistema de irrigação usamos menos da metade de água que se usa no sistema convencional, mas assim mesmo trabalhamos com moderação. O reaproveitamento das águas das chuvas é feito pelas estufas e armazenado em grandes tanques plasti�icados e cobertos do sol para não haver evapotranspiração. CeM: O senhor é um grande visionário, mirou no segmento das �lores deu certo, agora parte para novo segmento, está cultivando pimentões? É um bom negócio? Qual é a sua área de produção e quanto irá produzir por ano, tem mercado assegurado?

PS: Em parte dos vegetais terminamos os testes agora vamos entrar com produtos no mercado. Os testes em 5 lojas em Fortaleza foram muito bons. Vamos iniciar com 2 ha de estufa para os pimentões. O primeiro é o Pimentão Colorido, já estamos com o vermelho, amarelo e agora virão os laranjas. Depois outras cores como o roxo, verde limão, lilás, etc. Os tomates são para o ano que vem, assim como abobrinha, pepino e outros vegetais, e nós queremos nos especializar em produtos de qualidade superior, sem resíduos de agrotóxicos.

Distrito Federal: a terra do pimentão Com produção recorde da hortaliça, o mercado do Distrito Federal abastece a região e ainda exporta o excedente. Em 2013, a venda movimentou R$ 10 milhões e gerou 500 empregos diretos

Da terra vermelha e seca do Distrito Federal, sai toda a produção de pimentão para abastecer Brasília. A autossu�iciência se estende para o comércio interestadual: boa parte da Lavoura vai, semanalmente, para Goiânia e Anápolis (GO). O negócio, tocado por agricultores familiares em núcleos Rurais de cidades do DF, é celebrado em agosto na Semana do Pimentão, em Planaltina. O evento é voltado para a instrução de produtores de hortaliças. Na programação, além dos tradicionais shows e concursos, aulas de conservação e técnicas de plantação. O DF produziu, em 2013, 18,3 mil toneladas de pimentão. O Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, é o maior produtor da região: foram 8 mil toneladas da hortaliça em 2013, que movimentaram R$ 10 milhões e geraram cerca de 500 empregos diretos. O segredo para a larga produção no DF é a técnica. REVISTA CEARÁ E MUNICÍPIOS

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SOCIAL

LANÇAMENTO DA FENACAM EM FORTALEZA

O lançamento o�icial da XI Feira Nacional do Camarão aconteceu no último dia 11 de setembro, no Hotel Golden Tulip Iate Plaza, em Fortaleza, pelo Presidente da ABCC, Itamar Rocha, com a participação de dois integrantes do Comitê Organizador do Capítulo Latino Americano da Sociedade Mundial de Aquicultura, do Vice- Presidente da ABCC e Presidente da Associação dos Criadores de Camarão do Ceará, Cristiano Peixoto, do Secretário de Aquicultura e Pesca do Estado, Francisco Sales, diversos produtores, empresários, imprensa, a secretária da ABCS, Neuma Rocha, e da Comissão Organizadora da FENACAM, este à frente do evento. Con�ira alguns �lashes.

Presidente da ABCC,Itamar Rocha apresenta a Feira à imprensa e convidados

Dep. Raimundo G. Matos e diretores da Secretaria da Pesca

Cristiano Maia com Silvana Frota

Silvana Frota com o secretário de Aquicultura e Pesca

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Cristiano Maia e esposa Luiza

Produtores americanos de camarão durante o evento

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Jornalista Silvana Frota, Luzia Maia, e decoradora Candida Portela

Itamar Rocha com americanos e produtores de camarão

Itamar Rocha e Cristiano Maia


ASPEC ACOMPANHA MUDANÇAS NO CENÁRIO CONTÁBIL

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Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), criado com o objetivo de uniformizar as práticas contábeis, foi elaborado pela Secretaria do Tesouro Nacional – STN, em conjunto com o Grupo Técnico de Procedimentos Contábeis, adequado aos dispositivos legais vigentes, aos padrões internacionais de Contabilidade do Setor Público e às regras e procedimentos de Estatísticas de Finanças Públicas reconhecidas por organismos internacionais. Formado por uma relação padronizada de contas, uma tabela de atributos contábeis e pelos lançamentos típicos padronizados, o PCASP permite a consolidação das Contas Públicas Nacionais, conforme determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal. A STN alterou a estrutura do PCASP para 2014 - facultativo para 2013. Segundo a Portaria STN 753, de 21 de dezembro de 2012, essa implementação ocorrerá de forma obrigatória até o término do exercício de 2014. Devido à obrigatoriedade de implementação do PCASP, a entrar em vigor até dezembro/2014, a Aspec recebeu, no dia 14 de julho, clientes, parceiros e profissionais da contabilidade de diversos municípios para apresentação do novo PCASP.

O PCASP surge com reflexo no fechamento da contabilidade dos Municípios em 2014 e em atendimento aos normativos editados pelo Tribunal de Contas dos Municípios - TCM-CE E Secretaria do Tesouro Nacional - STN. A apresentação da nova funcionalidade do sistema contábil da Aspec foi ministrada pelo Diretor de TI, Sr. Marcos Augusto, esclarecendo sobre a aplicação da nova sistemática e recepcionando sugestões e ideias para uma melhor execução dos sistemas, além de tirar qualquer eventual dúvida sobre o funcionamento do mesmo. No dia 21 de julho, houve um novo encontro técnico com a mesma temática, a fim de contemplar os clientes e parceiros impossibilitados de comparecer à primeira apresentação. Victor Lamark, Analista de Negócios da Aspec, foi o responsável pela apresentação do PCASP no segundo encontro organizado

pela empresa. A Aspec Informática acompanha de perto as mudanças ocorridas no cenário contábil e busca estar em constante processo de atualização e informação, com a intenção de prover as melhores soluções aos clientes e parceiros.

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