Arquitetura escolar e aprendizado projeto de EDIFICAÇÃO E D U C A C I O N A L wa l d o r f
CECÍLIA VECCHI MACHADO
ARQUITETURA ESCOLAR E APRENDIZADO
P R O J E T O D E E D I F I C A Ç Ã O E D U C A C I O N A L WA L D O R F trabalho de conclusão de curso
arquitetura ecolar e aprendizado : como os espaços projetados podem contribuir para a potencialização das propostas pedagógicas
cecília vecchi machado orientadores
:
prof . dr . eduardo cabaleiro cortizo
prof . ms . grace cristina roel gutierrez universidade federal de minas gerais belo horizonte , julho de
2017
APRESENTAÇÃO E ste
livro é um compêndio que visa apresentar , de maneira sucinta , a pesquisa e
o processo de projeto que embasaram e direcionaram o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso de arquitetura e urbanismo , da universidade federal de minas gerais .
A
escolha temática pelo estudo das edificações educacionais foi motivadas
por
minhas
A rquitetura
experiências e
U rbanismo
pessoais
nas
escolas
em
que
estudei .
O
curso
de
me permitiu um olhar mais atento à deficiência desses
espaços em proporcionar conforto e qualidade de vida a seus usuários e , me permitiu compreender como essa deficiência é capaz de interferir no processo de aprendizagem .
E ste
estudo , portanto , buscou compreender a relação pessoa - ambiente no lugar
educacional e desenvolver um projeto de uma edificação educacional tendo como base essa relação .
A
ARQUITETURA E PSICOLOGIA AMBIENTAL espaço pode interferir na percepção e no comportamento do ser humano ?
a
ideia
de
que
o
espaço
pode
interferir
no
comportamento
surgiu ,
inicialmente , a partir do estudo das diferenças de comportamento de animais na
natureza
e
em
cativeiro
e
porque
elas
ocorriam .
e sses
estudos
foram
S
o
direcionados , posteriormente , aos seres humanos , que , como animais , também reagem de maneiras distintas aos diferentes ambientes em que estão inseridos . conjunto de estudos sobre a relação pessoa - ambiente se dá o nome de
ao
p sicologia
p ercebemos
I
a mbiental . o espaço através dos sentidos mas , são as emoções e o pensamento
que determinam a experiência espacial . atribuir valor aos ambientes
–
e ssa
experiência é a responsável por
assim , julgamos um lugar
“ bom ,
legal ” ou
“ ruim ,
U
chato ”, por exemplo .
a
está sujeita a diversos fatores que a influenciam :
nível fisiológico , sensorial , temos grande associação com o conforto
ambiental
– térmico , acústico , lumínico ; a percepção das dimensões e da hierarquia
Q
a e xperiência e spacial
que um ambiente apresenta . nível de pensamento e emoção , tem - se o fator cultural , por exemplo ,
determinante
em como se organiza e se vivencia o espaço .
( em
uma comparação
entre japoneses e europeus , tem - se que os primeiros encaram o centro de um cômodo como o local onde as atividades acontecem , enquanto para europeus ,
S
a
o centro do cômodo é espaço de circulação e as atividades são distribuídas nas
E
extremidades ).
japonesa e , à direita , um exemplo de organização européia
P
à esqueda , um exemplo de organização estabelecido pela cultura
8
O
ser humano busca estabelecer vínculo e identidade com os espaços em
que está inserido e isso pode se dar de diversas maneiras , sendo uma delas a
( através
da personalização , da demarcação do espaço ,
de um estabelecimento de regras e controle dentro de um ambiente , etc .)
Q uando
A
tentativa de apropriação
o usuário não consegue se identificar nem estabelecer vínculo com
determinado ambiente , isso pode acarretar em estresse e insatisfação , que
empenho em amplidão
“ não
estar ali ”.
N a A rquitetura
U rbanismo ,
e no
relacionados a percepção
alguns elementos estão diretamente
S
podem se manifestar , por exemplo , pelo vandalismo , pela falta de interesse , pelo
e ao comportamento no espaço , entre outros :
A mplidão ; N ichos ; B arreiras visuais e acústicas ; I luminação ; D esníveis / D istâncias entre forro e piso ;
D istâncias
interpessoais ;
A cessibilidade ;
etc , como podem ser
E sses
I
vistos nas imagens à esquerda . elementos podem influenciar diretamente nas sensações de espaço
mais íntimo ou mais público , espaço mais protegido / seguro ou desprotegido / desníveis
/
distância forro e piso
inseguro , noções de hierarquia e importância de determinado espaço , conforto
É
nesse ponto que a
A rquitetura
e o
U rbanismo
se encontram , sendo
U
físico em relação ao espaço em si e em relação aos demais usuários , etc .
capazes de direcionar a experiência espacial do usuário através do ato de projetar .
flexibilidade de organização / espaço pessoal
para pessoas que tem necessidades psicofisiológicas , anseios e formas de expressão
culturais ; construímos intervindo no ambiente natural , composto dos mais variados elementos
Q
“P rojetamos
climáticos , topográficos e geográficos ; utilizamos materiais que têm propriedades e características físicas e químicas ; articulamos formas por meio da aplicação de tecnologias que obedecem a
públicas e privadas , delimitando territórios , favorecendo ou dificultando a acessibilidade , etc .”
(ALMEIDA, 2002 p .76).
A o
S
sistemas construtivos e estruturais ; interferimos nos eventos sociais concretizando relações
direcionar esse raciocínio para a arquitetura escolar , é importante
nichos
mas , o ambiente educacional é um dos fatores associados ao ato de aprender e , como tal , tem seu peso nessa equação . quanto
“ dificultar ”
o aprendizado .
E
destacar que o espaço não é , sozinho , determinante na capacidade dos alunos
O espaço , portanto , pode tanto “ facilitar ”
A ssim ,
é papel do arquiteto e urbanista é de
buscar proporcionar , dentro de sua alçada , uma experiência espacial positiva ao
D essa
forma , a arquitetura de edificações educacionais deve sincronizar
os diferentes aspectos e demandas do projeto para atender de maneira eficiente iluminação
as funçoes ambientais , bem como as necessidades dos usuários finais .
P
usuário .
10
e sse
modelo
de
escola
padronizada
que
se
repete
atualmente ,
surgiu
em
consonância com o modelo de ensino do passado e , mesmo que os modelos de ensino
A
A ESCOLA E A ARQUITETURA e as propostas pedagógicas tenham mudado , os espaços físicos sofreram nenhuma ou pouca adaptação .
a
ausência ou escassez de diálogos entre os projetistas
padronizadas , com projetistas que não conseguem avaliar a eficácia real desse
S
e os usuários finais da edificação acabam por gerar escolas relativamente
tipo de projeto e professores e alunos que , mesmo insatisfeitos com a estrutura espacial fornecida a eles , não se questionam nem clamam pela necessidade de uma
I
adequação mínima desse modelo .
a arquitetura em sincronia com a proposta pedagógica u m aspecto importante em relação a edificações educacionais é a multiplicidade de c ada
uma dessas
propostas traz demandas e necessidades específicas , que variam com programa educacional , relação aluno professor , meios utilizados para o ensino , relação dos alunos com os espaços da escola .
d essa
U
propostas pedagógicas que podem ser implementadas no ensino .
forma , um estudo aprofundado da
proposta pedagógica a ser implementada é base essencial para o estabelecimento
n a pedagogia W aldorf , por exemplo , diferentes aspectos do ser são desenvolvidos nas atividades propostas
o físico , o anímico e o espiritual e sua evolução
a ssim , c ultiva - se
portanto o querer , o sentir e o pensar nas
aulas , através de atividades corpóreas , artísticas , de leitura de reflexão . professores , chamados
os
“ tutores ” na pedagogia , apesar de terem certa autoridade
sobre os alunos , estabelecem um vínculo mais profundo com os mesmos , na medida em que , idealmente , lecionam para a mesma turma por
a
8
S
progressiva .
–
Q
do programa arquitetônico .
anos .
multiplicidade de atividades desenvolvidas dentro e fora da sala de aula exige
a flexibilidade e um maior número de possibilidades de organização . é preciso prever no projeto de uma escola
W aldorf ,
ambiências que
estejam de acordo com os aspectos a serem desenvolvidos nas atividades
–
E
p ortanto ,
ambientes mais íntimos e silenciosos para a reflexão ; ambientes mais abertos e em contato com a natureza para o desenvolvimento físico ; ambientes que favoreçam a criatividade ; ambientes que favoreçam o convívio social para o desenvolvimento
nota: a
ProPosta Pedagógica
w aldorf
P
das relações humanas . foi selecionada Para a execução do Projeto em meio a uma Pesquisa
comParativa de diversas ProPostas existentes as ambiências do Programa arquitetÔnico .
-
isso se deu Pela relação que é ProPosta entre os alunos e
12
t endo
como base o estudo realizado , estabeleceram - se diretrizes para guiar
o desenvolvimento do projeto de uma edificação educacional
W aldorf . e ssas
A
DIRETRIZES diretrizes foram estabelecidas através do compatibilização das recomendações
W aldorf ,
as
recomendações
–
tem - se o programa educacional da pedagogia
do
ministério
da
educação
e
da
cultura ,
as
recomendações da psicologia ambiental , a base curricular nacional comum e a participação do usuário
as
( seus
S
e características do projeto
anseios , expectativas e necessidades ).
diretrizes estabelecidas formaram a base para a tomada de decisões a partir
I
dos estudos feitos no desenvolvimento do projeto .
c onforto a mbiental prever iluminação e conforto visual adequados as tarefas e níveis
de concentração necessários a cada ambiência . a disposição e interação entre
d eve - se ,
também , estabelecer
as ambiências mais e menos barulhentas , as
U
d eve - se
setorizando de forma a proporcionar conforto acústico adequado ao ambientes específicos .
no
aspecto de acústica é muito importante considerar a interação do
edifício com seu entorno imediato .
d eve - se
prever ventilação natural cruzada ,
que desnecessários .
o utro
aspecto essencial para o conforto ambiental a ser
Q
evitando o uso de ventilação artificial e sistema de condicionamento de ar sempre
considerado é o design universal , proporcionando a acessibilidade em toda a edificação .
p ara
S
s ustentabilidade que o espaço educacional dialogue com as premissas de sustentabilidade ,
além de estar em consonância com os aspectos de conforto ambiental , deve - se
tanto nos aspectos de uso quando nos aspectos de construção .
d essa
maneira ,
promove - se o uso de materiais disponíveis na região do projeto bem como o
E
promover um diálogo entre a edificação e o contexto na qual ela está inserido ,
detalhamento do uso desses materiais para evitar o desperdício . aspecto a ser considerado no projeto é a busca por eficiência energética ,
a reutilização e captação de águas pluviais e o uso de energia .
f ontes
alternativas de
P
o utro
14
c aracterísticas e spaciais / o rganizacionais W aldorf ;
prever salas de aulas
específicas à pedagogia , estudando distribuição , mobiliário e fluxos de uso ;
A
esteja de acordo com a proposta pedagógica
prever espaços que recebem atividades extra classe , com a participação da
s egurança a lém
-
devem se adaptar ao uso dos pais e pessoas externas .
para os
S
comunidade
u suários
de obedecer às normas de segurança em todos os aspectos do projeto ,
deve - se fazer o estudo de fluxo de pessoas / veículos / mercadorias dentro e
eficiente da edificação escolar durante o uso
–
deve - se evitar o fluxo cruzado
educacional x técnico x administrativo , sempre que possível .
o utro
I
fora da edificação escolar e entre as ambiências para promover uma setorização
aspecto
importante da segurança é a ausência de obstáculos ao uso e a transição entre
U
os espaços .
p ossibilidades c omo
de
a propriação
e
p ersonalização
forma de promover a identificação e a sensação de pertencimento dos
usuários para com o espaço , deve - se promover possibilidades de apropriação dos
cada ambiência oferece ; locais que em geral se caracterizem pela permanência
Q
espaços sempre que possível e viável , de acordo com as possibilidades de uso que
de usuários em certos períodos de tempo durante o uso da edificação , deve - se
l azer
e
e spaços
S
promover ambiente propício e convidativo aos usuários .
f elicidade amplos com mobiliário adequado que permitam diferentes possibilidades
de adaptação , bem como permitam certa personalização para atividades lúdicas contato
social
entre
os
usuários .
atrativos ao uso e a permanência .
a lém
e sses
espaços
devem
ser
seguros
e
disso , deve proporcionar mais ambiências
E
e
e setorização dentro de um espaço , permitido a diferentes grupos utilizar o espaço simultaneamente , estimulando a interação social .
a
idéia de espaços
estéticamente atrativos , a existência de jardins e elementos naturais , espaços
“ fogem
do óbvio “ e são capazes de estimular a criatividade e a imaginação .
P
que
16
e da
APOIO TÉCNICO PEDAGÓGICO APOIO TÉCNICO
186,2m² RECEPÇÃO 4,5m² 10,3m² 186,2m² SALA RECEPÇÃO DE AULA x8 55,5m² 4,5m² (x8) 78,7m² ALUNOS (x2)(x2) 9,2m² 78,7m² VESTIÁRIOS VESTIÁRIOS LAB. CIÊNCIAS ALUNOS 21,7m² 21,7m² 54,5m² 172,8m² FUNC. (x2)(x2) 13,6m² 172,8m² VESTIÁRIOS LAB. VESTIÁRIOS INFORMÁTICA FUNC. 13,2m² 13,2m² 43,9m² 450m² COPA FUNC. 14,8m² 14,2m² 450m² BIBLIOTECA COPA FUNC. 91,7m² 14,8m² 89m² GARAGEM 168m² 6,9m² 89m² S. DE GARAGEM ESTUDOS 39,8m² 168m² 18,6m² DEPÓSITO DE- LIXO 9,5m² 21,7m² 18,6m² S. DE DEPÓSITO DANÇA DE TEATRO LIXO 58m² 9,5m² 231,5m² DEPÓSITO DE GÁS 13,1m² 35,2m² 231,5m² S. ARTE DEPÓSITO - ARTESANATO DE GÁS 40,5m² 13,1m² 6m² 7,5m² S.ALMOXARIFADO MULTIMÍDIA ALMOXARIFADO - AUDIT. 73,3m² 6m² S. DE GRÁFICO 10m² S. APOIO DE APOIO GRÁFICO 19,7m² 19,7m² OFICINA 27m² 7,5m² OFICINA 27m² COZINHA + DESPENSA 7,5m² COZINHA + DESPENSA 45m² 45m² CANTINA 12,7m² 17,9m² CANTINA 12,7m² SANITÁRIOS x6 x6 12,6m² (x6)(x6) SANITÁRIOS 12,6m² ARQUIVO MORTO 21,4m² ARQUIVO MORTO 21,4m² ARQUIVO SECRETARIA ARQUIVO SECRETARIA 11,7m² 11,7m² SALA DE EQUIP. ELET. SALA DE EQUIP. ELET. 10,9m² 10,9m² SALA DE PREPARO 10,9m² SALA DE PREPARO 10,9m² ENFERMARIA 10m² ENFERMARIA 10m²
VIVÊNCIA E ASSISTÊNCIA
VIVÊNCIA E ASSISTÊN PÁTIO COBERTO REFEITÓRIO ANFITEATRO QUADRA POLIESP. JARDINS HORTA TERRAÇO
N
PEDAGÓGICO
T
e das
C ultura (MEC).
VIVÊNCIA E ASSISTÊNCIA VIVÊNCIA ADMINISTRATIVO E ASSISTÊNCIA
PÁTIODIREÇÃO COBERTO 186,2m² 10,3m² SALA RECEPÇÃO DE AULA x8 x8 55,5m² 4,5m² (x8)(x8) PÁTIO COBERTO DIREÇÃO 10,3m² SALA DE AULA 55,5m² PÁTIO DIREÇÃO COBERTO REFEITÓRIO VICE DIREÇÃO 78,7m² 9,2m² LAB.LAB. CIÊNCIAS ALUNOS 54,5m² (x2) REFEITÓRIO VICE DIREÇÃO 9,2m² VESTIÁRIOS CIÊNCIAS 21,7m² 54,5m² VICE REFEITÓRIO DIREÇÃO ANFITEATRO RH RH 172,8m² 13,6m² LAB.LAB. INFORMÁTICA FUNC. 13,2m² 43,9m² (x2) ANFITEATRO 13,6m² VESTIÁRIOS INFORMÁTICA 43,9m² ANFITEATRO RH QUADRA SALA DE POLIESP. REUNIÃO 14,2m² COPA BIBLIOTECA FUNC. 14,8m² 91,7m² QUADRA POLIESP. SALA DE REUNIÃO 450m² 14,2m² BIBLIOTECA 91,7m² SALA QUADRA DE REUNIÃO POLIESP. COORD. JARDINS ADM. 89m² 6,9m² S. GARAGEM DE 168m² 39,8m² JARDINS COORD. ADM. 6,9m² S. ESTUDOS DE ESTUDOS 39,8m² COORD. JARDINS ADM. SECRETARIA HORTA 18,6m² 21,7m² S. DE DE -LIXO TEATRO 58m² HORTA SECRETARIA 21,7m² DEPÓSITO S. DANÇA DE DANÇA - TEATRO9,5m² 58m² SECRETARIA HORTA SALA TERRAÇO DOSDOS PROF. 35,2m² S. ARTE - ARTESANATO DE GÁS 13,1m² 40,5m² TERRAÇO SALA PROF. 231,5m² 35,2m² DEPÓSITO S. ARTE - ARTESANATO 40,5m² SALA TERRAÇO DOS PROF. COORD. PEDAGÓGICA ALMOXARIFADO MULTIMÍDIA - AUDIT. 73,3m² COORD. PEDAGÓGICA 7,5m² 7,5m² S. S. MULTIMÍDIA - AUDIT. 6m² 73,3m² COORD. PEDAGÓGICA SUPERVISÃO 10m² 19,7m² SUPERVISÃO 10m² S. DE APOIO GRÁFICO SUPERVISÃO SALA DE PAIS 7,5m² OFICINA 27m² SALA DE PAIS 7,5m² SALA DE PAIS SERVIÇO SOCIAL 7,5m² 45m² SERVIÇO SOCIAL 7,5m²COZINHA + DESPENSA SERVIÇO SOCIAL SALA ED. FÍSICA 17,9m² CANTINA 12,7m² SALA ED. FÍSICA 17,9m² SALA ED. FÍSICA SANITÁRIOS x6 12,6m² (x6) ARQUIVO MORTO 21,4m² ARQUIVO SECRETARIA 11,7m² SALA DE EQUIP. ELET. 10,9m² SALA DE PREPARO 10,9m² ENFERMARIA 10m²
S ão P aulo (FDE-SP)
N
E ducação
de
F undação
APOIO TÉCNICO
O
grupo
“P edagógigo ”
e o grupo
E
ADMINISTRATIVO
“V ivência
e
A ssistência ”
estão em contato
S
55,5m² (x8) 54,5m² 43,9m² 91,7m² 39,8m² 58m² 40,5m² 73,3m²
APOIO PEDAGÓGICO TÉCNICO PEDAGÓGICO
da
E stado
da
direto entre si e com os alunos e professores , tendo forte vínculo ;
O
grupo
“A dministrativo “,
apesar de estabelecer ordem e controle sobre os
demais grupos , está sujeito as necessidades deles
-
E
SALA DE AULA x8 LAB. CIÊNCIAS LAB. INFORMÁTICA BIBLIOTECA S. DE ESTUDOS S. DE DANÇA - TEATRO S. ARTE - ARTESANATO S. MULTIMÍDIA - AUDIT.
VIVÊNCIA ADMINISTRATIVO E ASSISTÊNCIA ADMINISTRATIVO
M inistério
do
técnicas
o contato com alunos é
indireto ;
O “A poio T écnico ” dá suporte a todos os demais grupos , mantendo o fncionamento da esocla , estado sujeito as necessidades e demandas de todos os outros grupos .
D
10,3m² 9,2m² 13,6m² 14,2m² 6,9m² 21,7m² 35,2m² 7,5m² 10m² 7,5m² 7,5m² 17,9m²
PEDAGÓGICO
E ducação
recomendações
E
recomendações do
da
das
programa
M
D esenvolvimento
W aldorf ,
do
I
escola
B ase C urricular N acional C omum ,
V
para o
da
da
L
pedagógico
MINISTRATIVO
ÇÃO REÇÃO H REUNIÃO . ADM. TARIA S PROF. DAGÓGICA VISÃO E PAIS SOCIAL FÍSICA
compatibilização
O
da
programa arquitetônico estabelecido para o projeto em questão é o resultado
V
O
O
PROGRAMA ARQUITETÔNICO
1 7 1 4
1 2
18
o
lote selecionado para a execução do projeto de edificação
educacional está localizado na zona norte de
j uliana .
L
no bairro
E
N
V
O
mg,
b elo h orizonte -
V
I
M
E
N
T
O
CARACTERIZAÇÃO DO LOTE
o bairro
j uliana ,
5892
habitantes
caracteriza - se :
S
s obre
21,6% 0
mulheres a
14
- 47,73%
anos
homens
/ 66,8% 15
a
64
E
52,27%
anos
32,3% razão de dependência de jovens ( população economicamente 59,2%
do bairro vive com até
D
dependente de tutores legais )
1
salário mínimo
20
lote está localizado na esquina da
com a
r ua i nca ( via
local )
-
r ua s ucupira ( via
coletora )
sendo os principais acessos a
c ristiano m achado
e a
a v . d om p edro i. a lém
nas proximidades da
e stação v ilarinho ,
av.
disso , o lote está
sendo o acesso viável por
V
o
I
M
E
N
T
O
CARACTERIZAÇÃO DO LOTE
ao entorno do lote , distância recomendada
de acesso a pé , tem - se duas passarelas para atravessar a
c ristiano m achado ,
uma delas dando acesso direto a
av.
e stação
v ilarinho . no
entorno
ocupações
imediato ,
irregulares
tem - se e
dois
edificações
conjuntos
N
500 m
raio de
habitacionais ,
regularizadas
de
baixa
E
no
V
O
L
multiplas linhas de ônibus e pelo metrô .
escola proposta .
n as
proximidades do lote , encontram - se também duas outras
S
renda , caracterizando assim , o principal público atendido pela
do bairro mas , também , a população dos bairros do entorno ,
E
edificações educacionais que atendem , não somente a população
o entorno é essencialmente residencial com edificações comerciais e mistas localizadas pontualmente .
D
configurando uma região com demanda por novas escolas .
22
lote é resultante do remembramento de
em um terreno de de
1804,61 m ²;
a densamento p referencial
ca – 1,7 - 3067,88 m ² ( max t axa
de permeablização
a ltura
máx na divisa
a fastamento
lotes , resultando
área construída )
E
zap – z ona
3
– 20%
– 5m
lateral e de fundo
– 2,3 m ( varia
com a altura da
M
e sse
N
T
O
CARACTERIZAÇÃO DO LOTE
n
de vagas
( vias
coletora e local )
– 1
a cada
50 m 2
de área
I
edificação )
líquida
g rupo i – s erviço
de
(6
vagas )
u so c oletivo (e ducacional ) – ≥ 10 M
admitido em
DE LARGURA .
b elo h orizonte – z ona b ioclimática 3 -
recomendação :
E
N
V
O
VIAS COLETORAS E LOCAIS
V
faixa de acumulação
L
p rever
solar no inverno ; as paredes externas sejam leves e refletoras ,
c omo
métodos construtivos , são
destacados : a ventilação cruzada no verão solar da edificação
(b)
(j),
o aquecimento
e vedações internas pesadas no inverno
E
e a cobertura leve e isolada .
S
aberturas de tamanho mediano que permitam o acesso da radiação
ao
lado , imagens do terreno .
D
(c).
24
p ara
estudar
elaborou - se um
as
condicionantes
“m apa s íntese “
físicas
existentes
sobre
o
lote ,
I
M
E
N
T
O
ESTUDO DE CONDICIONANTES
contendo as informações sobrepostas
ruído , sentido de vias e intensidade de tráfego , linhas de drenagem ,
V
de declividade do terreno , insolação , vento predominante , impacto de
a
partir do
“m apa s íntese “,
foi possível estabelecer um
“m apa
de
S
E
N
V
O
L
entre outras observações pertinentes .
de e recomendações sobre cada um desses ambientes .
D
e ambiências do programa arquitetônico , de acordo com as demandas
E
proposta “ que estebelece recomendações de localização de atividades
26
essas bases estabelecidas , fez - se um estudo espacial com a setorização previamente estabelecida do programa arquitetônico , buscando atender ás necessidades
ambientais bem como estabelecer fluxos eficientes dentro do projeto e uma interação eficiente entre o projeto e o entorno e do entorno para com o projeto ).
As
( minimisando
impactos sobre o entorno
disposições do programa , nesses estudos , apresentaram características positivas e negativas que , em conjunto , direcionaram
E
C om
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
MACRO-SETORIZAÇÃO ESPACIAL
D
E
S
a proposição final de espacialização do projeto .
28
a realização desses estudos de setorização espacial , foram feitas maquetes
do terreno , permitindo melhor visualização dessas
e ssas
“ espacialidades “
propostas .
maquetes foram , também , o ponto de partida para estudos de forma e
volumetria da edificação ,
a
partir dela , formas espaciais foram produzidas ,
E
p ara
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
MAQUETE BASE DE ESTUDO
D
E
S
direcionando as possibilidades no contexto do lote .
30
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
ESTUDOS DE VOLUMETRIA
S E
as ambiências possíveis dentro do projeto , direcionando as soluções arquitetônicas e conferindo identidade aos espaços estudados .
E
etapa foram realizados simultâneamente maquetes representativas da volumetria e das possíveis estruturas , bem como desenhos que detalhavam um pouco mais
D
N essa
32
E
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
ESTUDO DE AMBIÊNCIAS PROPOSTAS
foi o estudo das ambiências internas , de acordo com as diretrizes propostas
e de acordo com as recomendações técnicas existentes sobre cada um desses espaços .
a
forma , as possibilidades de arranjos internos , a flexibilidade
de organização , a interação e o arranjo entre os próprios ambientes e as demandas da pedagogia
W aldorf
foram peças chave nessa etapa .
identificar , nesse ponto , as espacialidades recomendadas para cada ambiente para , assim , prosseguir com o arranjo espacial do
“ todo “
f oi
possível
S
m acro - setorização ,
da edificação .
E
etapa , realizada simultâneamente ao estudo da
D
o utra
34
A
partir
O
MICRO SETORIZAÇÃO - ARRANJO DO PROGRAMA ponto ,
desse
foi
realizada
uma
como
sua
distribuição
pavimentos .
em
A ssim ,
T
setorização mais minuciosa do programa , bem
estabeleceram - se princípios essenciais , seguindo
-
de
os acessos foram estabeleciddos
acordo
com
os
fatores
principais
de
acessibilidade universal , impacto no entorno e
E
P rimeiramente ,
N
as diretrizes iniciais de projeto .
determinado a existência de um pavimento
técnico .
Em
segundo lugar , foi determinado que
todas as ambiências e todas as atividades em que
I
F oi
M
segurança ( evitando - se o cruzamento de fluxos ).
pudesse haver a participação de público externo
no andar
T érreo ,
ou no pavimento de acesso
V
ou da comunidade deveriam estar localizadas
F oram
determinados , também , a centralização
L
principal .
atividades pedagógicas e de vivência e assistência . as dimenções do terreno e a eminente de
estabeleceu - se , de
acesso
se
localizar
( térreo ,
verticalização também ,
cosntante nos
que
dos
três
projeto ,
do as
atividades
alunos ,
primeiros
V
necessidade
deveriam
pavimentos
primeiro andar e segundo andar ) de
N
D evido
O
do núcleo administrativo e a distribuição das
circulação principal
-
assim o elevador tem seu
E
forma a permitir a utilização da escada como
e por questão de acessibilidade , essencialmente . ponto
de
extrema
importância
foi
a
determinação do uso da declividade natural do terreno , evitando , ao máximo , as movimentações
E
O utro
S
uso direcionado a acesso da área administrativa
D
de terra desnecessárias .
36
E
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
ESTUDO DE ESTRUTURA
possiblidades , buscando - se estabelecer uma malha estrutural inicial . o uso da estrutura de concreto protendido com pilares
conectados a laje nervurada protendida .
E
D eterminou - se
S
ponto , deu - se inĂcio a um estudo inicial da estrutura e de suas
D
N esse
38
a determinação das soluções de projeto , fez - se um estudo voltado para as
- para
essa seleção , levaram - se em conta principalmente os quesitos de sustentabilidade
( produção
e descarte do material
/
modulação eficiente de acordo com a forma
e as dimensões do projeto , evitando o desperdício ), bem como as demandas de confoto ambiental
( qual
N
possibilidades de materiais a serem utilizados para vedação interna e externa
material fornece melhor eficiência termo - acústica
E
p ara
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
ESTUDO DE MODULAÇÃO
entorno e vice versa ).
E
então o uso do bloco cerâmico .
D
d eterminou - se ,
S
para minimisar os impactos internos a propria edificação , da edificação para seu
40
p ara
as vedações externas , fez - se estudos relativos aos materiais em relação as condicionantes
físicas , a estética e a funcionalidade da edificação . esses estudos foram evoluindo em conjunto com
S
E
N
V
O
L
V
I
M
E
N
T
O
ESTUDO DE FACHADA
D
E
as determinações o desenvolvimento da distribuição espacial em planta .
42
relação a água , busca - se estabelecer o reaproveitamento de águas pluviais
como ponto de grande importância , levando em consideração os aspectos de economia de água potável , a
“ absorção “
de águas pluviais
( nas
descargas e nos
na manutenção de jardins , etc .), reduzindo a velocidade com que chegam aos
( contribuindo
ao evitar enchentes ).
I
recursos hídricos
M
em
E
N
T
O
ESTUDO DE SUSTENTABILIDADE
abastecem os vestiários e os banheiros como forma de promover a economia de energia .
em
e ucalipto
de reflorestamento .
relação a estrutura da quadra , opta - se pelo uso de madeira laminada colada
reciclada
na
confecção
das
treliças ,
conferindo
uma
opção
eficiente
O
madeira
também , na confecção de brises soleil e do próprio gradil do projeto ,
nos
aspectos de economia , sustentabilidade e estética .
outro aspecto essencial para o cumprimento da diretriz de sustentabilidade
V
u tiliza - se ,
V
das águas que
L
também a energia solar para realizar o aquecimento
N
u tiliza - se
S E D
desperdício de materiais .
E
é a execução da modulação dos sistemas construtivos utilizados , evitando o
44
PROJETO DE ESCOLA WALDORF
46
LOCALIZAÇÃO
l ocalizada W aldorf
no
b airro j uliana ,
zona
n orte
b elo h orizonte - mg,
juliana atende ao segundo ciclo do ensino fundamental
com duas salas de aula para cada ano com
a
de
escola
é
baseada
na
pedagogia
35
(6º
ao
a
e scola
9º
anos ),
alunos , cada .
W aldorf ,
atendendo
aos
princípios
de
desenvolvimento das características múltiplas do ser humano , com ambiências que permitam e estimulem o desenvolvimento de seus alunos de acordo com as recomendações dessa pedagogia .
48
SITUAÇÃO
PLANTA DE SITUAÇÃO
50
FACHADA PARA A RUA SUCUPIRA
ELEVAÇÃO RUA SUCUPIRA
52
FACHADA PARA A RUA INCA
ELEVAÇÃO RUA INCA
54
PLANTA DO PAVIMENTO TÉRREO
anfiteatro
sala de teatro e dança cozinha e despensa
refeitório
recepção sala de artes e
vestiários alunos
artesanato
cantina
sala ed. física
acesso
quadra poliesportiva
jardins
horta
principal
56
PLANTA DO PRIMEIRO PAVIMENTO
sala de aula
sala de aula
04
02
biblioteca
corredor
sala de aula
01 banheiros
enfermaria
sala de aula
03
arquibancada
sala de preparo
lab. de ciĂŞncias
58
PLANTA DO SEGUNDO PAVIMENTO
sala de aula
07
sala de aula
08 lab. informática
06 sala de estudos
05 banheiros
varanda
sala equip.
sala de aula
eletrônicos
corredor
supervisão
sala de aula
sala multimídia
cobertura quadra
60
PLANTA DO TERCEIRO PAVIMENTO
rh
direção secretaria
vazio
terraço
direção
sala de
arquivo
vice espera espera
professores
sala de reunião
sala de
banheiros
sala de
serviço
pais
social
coord. pedag.
coord. adm..
varanda
apoio gráfico
62
PLANTA DO PAVIMENTO TÉCNICO
acesso de funcionários
acesso garagem
vest. funcionarios
anfiteatro
garagem
dep.lixo
arq. morto
copa funcionarios
oficina de manutenção
almox. de. gás
64
CORTE AA - LONGITUDINAL
66
CORTE BB - TRANSVERSAL 01
68
CORTE CC - LONGITUDINAL 02
70
ESQUEMA DE ESTRUTURA E ESQUEMA DE FLUXOS
fluxo técnico fluxo de alunos fluxo administrativo
sistema estrutural explodido
fluxograma de usos
72
ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE telhado verde
reserv . sup .
cobertura quadra
CAPTAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS A
captação de águas pluviais será realizada pelos sistemas de cobertura vegetal
( telhado
verde ) e pela cobertura da quadra poliesportiva .
( em
direcionada pela calha
A
água captada ,
ambos os sistemas ) será direcionada a um filtro e ,
em seguida a um reservatório inferior onde receberá um tratamento básico de cloração .
A
partir desse ponto , a água é bombeada ao reservatório superior
de águas pluviais de onde é redirecionada ao consumo pré determinado para esse tipo de água serviço
-
limpeza ).
( uso O
na descarga , na irrigação de jardins e mesmo na área de
filtro reserv . inf .
bomba
sistema de águas frias não sofre interferência do sistema de
captação : o sistema de água potável da cidade abastece o reservatório inferior de águas frias , de onde a água é bombeada para o reservatório superior e então
reserv . inf .
bomba
redirecionada ao consumo ou ao sistema de aquecimento .
reserv . sup .
ARQUECIMENTO SOLAR O
reserv . água quente
desenho acima descreve a o funcionamento do sistema de aquecimento solar
de água
-
o reservatório superior de água fria alimenta o reservatório de água
quente que , por sua vez , redireciona a água ao sistema de aquecimento conectado aos coletores solares .
A
partir daí , a água , já aquecida é reditecionada ao
reservatório de água quente para , somente então alimentar o consumo dos usuários .
E sse
sistema será utilizado para aquecer a água utilizada no chuveiro dos
vestiários e nas pias em que for pertinente fazê - lo .
coletores solares
reserv . sup .
74
ASPECTOS DE SUSTENTABILIDADE MADEIRA DE REFLORESTAMENTO
MODULAÇÃO DO SISTEMA CONSTRUTIVO
BRISE SOLEIL GRADIL
C omo
ilustrado pela imagem ao lado , o projeto
teve suas dimensões moduladas
com as dimensões dos materiais indicados para sua
reflorestamento
P ara
execução .
os elementos de madeira , utilizados no projeto , determina - se o uso da
madeira de
E ucalipto ,
( compatibilizandas )
A ssim ,
evita - se a necessidade de cortes
e ajustes durante a obra e , portanto , evita - se o desperdício .
poveniente de reflorestamento
RECICLAGEM DE MADEIRA
MADERIRA LAMINADA COLADA
PROCESSO DE RECICLAGEM MADEIRA DESCARTADA
P ara a execução das treliças de sustentação da cobertura da quadra poliesportiva , opta - se pela utilização de madeira laminada colada , resultante de reciclagem .
TRELIÇA - ESTRUTURA DA COBERTURA DA QUADRA POLIESPORTIVA
76
MAQUETE FINAL
78
AMBIENTES EXTERNOS ACESSO PRINCIPAL ESCOLA PELA RUA INCA P ensado
como um espaço convidativo , acessível e que ofereça possibilidade de
apropriação , além de alguma proteção para os momentos de espera , o acesso principal da escola possui aspecto de praça e permite que os alunos , pais e demais públicos da escola tenham um ambiente apropriado tanto a passagem quanto a permanência .
U ma observação a ser feita é sobre o painel que caracteriza a “ entrada “ da escola -
é o trabalho da artista brasileira
M ayara L ista -
representa as diversas festas
e celebrações brasileiras , agrupando a cultura de diversas partes do país além de trazer o tema da
“ diversão “
se retirar o estigma de lugar aprendizado occorre .
A lém
associada ao ambiente escolar , do qual pretende -
“ ruim
e chato “ para ser um lugar
“ bom “
onde o
disso , ele se alinha a questão do desenvolvimento
dos diversos aspectos do ser , proposto pela pedagogia
W aldorf .
QUADRA POLIESPORTIVA COM JARDINS E HORTA AO FUNDO Um
espaço de interação e do desenvolvimento do corpo , a quadra poliesportiva
foi associada aos ambientes de jardins e de horta como forma de integrar os desenvolvimentos e atividades propostas na pedagogia
W aldorf ,
que promovem o
desenvolvimento do movimento e do corpo em associação com a natureza .
ANFITEATRO O
anfitetro é uma ambiência capaz de associar diversos fatores considerados
pelo projeto de maneira eficiente
W aldorf ,
-
atende as demandas de atividades da pedagogia
permite o desenvolvimento do corpo , o desenvolvimento social , bem
como a apropriação por parte dos usuários da esocla , tornando - se um espaço chave de congregação e convivio pelo público .
80
AMBIENTES INTERNOS sala de aula - possibilidades
as
salas de aula foram pensadas em sua forma e mobiliário como veículos de possibilidades
-
a flexibilidade é ponto chave dentro da pedagogia Waldorf que , pela
multiplicidade de atividades que propõe em seu currículo , demanda diferentes arranjos e organizações internas .
a
forma do octógono mostra grande potencial no que diz respeito à maneira com que acomoda os arranjos espaciais internos , além disso , ao fugir do
“ óbvio “
a sala
também se torna um estímulo a curiosidade e a imaginação .
a
angulação das paredes estabelece uma força de atração central , sugerindo a organização de carteiras em ângulos que promovem o reconhecimento e a interação
social mas , ao mesmo tempo , devido a área que essas salas ocupam , há também a possibilidade de uma organização mais tradicional realização de atividades a serem executadas individualmente e em silêncio .
( em
fileiras ) permitindo também a
82
AMBIENTES INTERNOS
SALA DE ESTUDOS E BIBLIOTECA A
biblioteca e a sala de estudos são ambientes de grande importância para o
desenvolvimento intelectual , atividades de pesquisa e leitura e , por isso , demandam ser ambientes convidativos a permanencia e ao uso por parte dos alunos .
D essa
forma , o conforto ambiental , o conforto visual , a organização e a limpeza são características chave do ambiente .
O
pé direito duplo na área de permanência da
biblioteca favorece a iluminação e a ventilação do mesmo .
A
presença do jardim
é também pensada como forma de trazer conforto visual e descanso mental aos usuários desse espaço .
A
sala de estudos , integrada e convenientemente próxima ao laboratório de
informática ,
convida
a
independência
dos
alunos
direcionada
a
pesquisa
e
atividades de estudo , dentro e fora dos horários de aula .
As
divisórias de vidro para os corredores , tornam esses ambientes convidativos
e interessantes aos olhos dos usuários .
84
AMBIENTES INTERNOS
REFEITÓRIO O
refeitório é um espaço onde , além das refeições diárias , podem ocorrer
congregações ,
reuniões
horários de intervalo
-
e
apropriações
de
outros
tipos ,
mesmo
fora
dos
um espaço convidativo que estimula o convívio social e o
agrupamento dos indivíduos .
CORREDORES Os
corredores são essencialmente ambientes de passagem mas , além disso , são
também ambientes de permanência , na medida em que são os espaços onde se espera pelas demais atividades a serem executadas na escola .
S ão
também , portanto ,
ambientes de reunião e comunhão entre os alunos e , por isso , foram pensados para o conforto nesses momentos e para a apropriação dos alunos
-
a presença
de nichos e bancos permite a estadia confortável e , a presença de painéis nas paredes cegas para os demais ambientes sugere a elaboração de painéis de arte e grafitti por parte dos alunos
-
associando esse elemento nas atividades da
escola e sugerindo um vínculo mais profundo entre os usuários e o aprendizado ”.
“ lugar
de
86
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