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Nº 09 JUN JUL/2018
PALAVRA DO PASTOR “Fé não é a ilusão e o sonho humano que muitos acham que é. E quando veem que não acontece uma melhoria de vida nem boas ações e, ainda assim, muitos ouvem e falam de fé. Caem no erro de dizer que a fé não é suficiente, que é preciso fazer coisas, se é que se quer ficar justo e ser salvo.
“Bota fé nisso!” “Não perca a fé!” “Precisamos ter muita fé!” É significativo como a necessidade de fé permanece na pauta diária. Principalmente em situações-limite, como doença grave, luto, desemprego, dificuldades na vida afetiva, as pessoas são estimuladas a “ter fé” ou a “não perder a fé”. Neste caso, a fé é compreendida como convicção criada pela própria pessoa, que lhe permitiria fazer ou obter coisas muito difíceis ou até mesmo impossíveis. A fé seria resultado de grande esforço próprio, algo produzido por mim para vencer obstáculos de outra maneira insuperáveis. Por sua superficialidade e imediatismo, esse tipo de fé tem duração curtíssima e, pior, causa profunda desorientação e desespero. Bem diferente é a fé pela qual eu nada faço. A fé como dádiva do Espírito. Ela dura e alcança muito, pois vem de Deus e faz as coisas de Deus por meu intermédio. No prefácio ao Novo Testamento, Martim Lutero fala que a fé é uma Obra de Deus em nós.
Fé, entretanto, é uma obra divina em nós, que nos modifica e nos renascer de Deus (João 1.13), mata o velho Adão, transformanos em pessoas bem diferentes de coração, sentimento, mentalidade e todas as forças e traz consigo o Espírito Santo. Ah, há algo muito vivo, atuante, efetivo e poderoso na fé, a ponto de não ser possível que ela cesse de praticar o bem. Ela também não pergunta se há boas ações a fazer, e sim, antes que surja a pergunta, ela já as realizou e sempre está a realizar. Quem, porém, não realiza tais ações é pessoa sem fé, que anda às apalpadelas à procura de fé e boas obras e nem sabe o que é fé nem o que são boas ações e ainda fica falando muito e conversando fiado sobre as mesmas.” A fé vem pelo ouvir da pregação, a respeito de Cristo, que cria a fé e a mantem. Fé é, portanto, o maior dom que uma pessoa pode ter, ou melhor, que pode receber de Deus. Pois a fé não é uma capacidade pessoal, mas, isto sim, criação de Deus em nós, por meio da Palavra pregada. P. Carlos Alberto Radinz