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Inquietude no MEJ
Os autores William Heleno Mariano Admirador da vida no campo, encontrei na Zootecnia uma forma de contribuir positivamente para o bem da sociedade. Ao conhecer o MEJ, me apaixonei à primeira vista por esse grupo de loucos, afinal, compartilhamos os mesmos ideais. Vejo que o MEJ tem papel fundamental na transformação das pessoas: o instinto colaborativo do Movimento é essencial como fator do desenvolvimento humano. Encantado pelo empreendedorismo e fascinado em aprender, acredito que precisamos nos tornar profissionais “comprometidos e capazes de transformar o Brasil”, e dessa forma teremos uma sociedade melhor, impactando positivamente todos à nossa volta. O MEJ é contagiante. Se contagie!
Juan Enrique Mares Ribeiro Quando cheguei ao curso de Engenharia Química na UFV, eu procurava uma formação diferenciada, que me fizesse entender que meu trabalho não seria apenas uma fonte de renda, mas, sim, a causa que eu defenderia para o resto da minha vida. Fico feliz pelo MEJ ter me despertado. E agora, que tal despertarmos mais empresários? Se o MEJ UFV fosse um ecossistema a ser estudado, tenho certeza que seriamos o mais rico, com a fauna e a flora mais diversificadas. Todo dia surge uma empresa nova, que contribui sempre mais para a nossa formação. Nosso habitat ainda é um tanto quanto inóspito para várias empresas e ainda assim somos casos de sucesso. Formamos um bando forte, voltado para o instinto colaborativo. Percebem a riqueza que nosso ambiente possui? Somos uma espécie rara de empreendedores. MEJ, muito obrigado. Essa obra é pra vocês.
Desmistificando a ascensão de carreira
Prefácio Por Ailton Arantes Cunha ‘ ‘O animal satisfeito dorme’’, essa simples e fantástica frase do mineiro Guimarães Rosa, resume muito do que eu gostaria de falar a você que está pensando em tentar um novo cargo no Movimento. Caso acredite que não há nada em nenhuma área da sua empresa que precise melhorar, não tente nenhum cargo. Caso esteja satisfeito com tudo, durma; pois o movimento não precisa de você. A satisfação leva a acomodação, que nos leva a suportar e ‘‘acostumar’’ com absurdos como a precariedade dos serviços de educação e saúde em nosso país, especialmente para a população mais carente. E tudo que o movimento empresa júnior não precisa é de acomodados.. Para sermos de fato um ‘‘movimento’’, precisamos de inquietos. Agora se você enxerga algo que poderia ser melhor na empresa, acredito que tem em mãos agora, o material que lhe faltava para dar confiança em seguir em frente e dar ‘‘a sua cara’’ a empresa, ou a área que deseja atuar. Nas próximas páginas você vai encontrar um material de linguagem acessível e altamente inspirador, cujo conteúdo deve ser lido e ‘‘digerido’’ com calma, pois certamente lhe trará ideias úteis não só para esse momento da sua carreira, mas muitos outros. Antes de deixá-lo se deliciar com a leitura, queria fazer um apelo: Não se acomode com algo, se você enxerga que pode ser melhor! Luther King certa vez disse: ‘‘O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons’’ . Você não está sozinho nessa! Falta de conhecimento técnico, timidez, inexperiência... Tudo isso pode ser superado. Existem muitas pessoas dispostas a ajudar. Superando uma vez, e tornando sua ‘‘visão’’ de uma EJ melhor em realidade, você terá disparado um gatilho de autoconfiança e começará a tornar várias ‘‘impossibilidades’’ em realidade. E acredite em mim, isso é muito divertido! Siga em frente, e conte com o MEJ para te ajudar!
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Inquietude no MEJ
O ser inquieto Por Diretoria Executiva 2014 - CEEMPRE
"Comparo crescimento no movimento com a aprendizagem de um instrumento musical. Para se desenvolver em ambos é preciso, primeiramente ter o real interesse de aprender aquilo que se admira. As primeiras experiências serão cada vez mais surpreendentes, porém algumas frustrações chegarão algum dia, onde você nunca vai achar que dominará aquilo como o fulano domina. Você terá a chance de capacitar com pessoas incríveis e aquela cifra que um dia foi impossível de se decifrar hoje soa como uma bela música para seus ouvidos e de outras pessoas que se inspirarão em você. O MEJ faz exatamente isso com a gente! Nos mostra oportunidades que nunca imaginaríamos ser capazes de vivenciar, até o dia em que nos vemos sendo exemplo de domínio naquilo para alguém. Sejamos grandes, podemos isso!" – Luisa Americano, Presidente do Conselho. "De tudo que ouvi para descrever a magnitude do Movimento Empresa Júnior, “desenvolvimento” é a palavra de maior valor e também a forma mais sucinta e verdadeira que encontrei até hoje para simbolizar a transformação que ele pode fazer por cada “jovem sonhador”. Seu impacto é percebido porque é coletivo. O que mais me encanta é que para isso acontecer, nos fortalecemos através do comprometimento de muita gente pensando junto e acreditando na causa. (...) Esse instinto é o que me move e se converte permanentemente em gratidão por fazer parte dessa Rede." – Kívia Fiúme, Diretora de Desenvolvimento. Certa vez fui impactado com uma pergunta de um ancião: "Qual a diferença que será impressa por você e deixada às gerações que virão?". É a partir dessa pergunta que busco, todos os dias, fazer coisas simples de um jeito incrível e diferente. No MEJ aprendi a trabalhar com amor, descobri a causa pela qual eu sempre vou lutar: a melhoria do Brasil - seu mercado, sua gente, seus indicadores. Faço parte de uma geração de jovens empreendedores que me ensinam a ir além de onde estou, a dar o melhor de mim, e isso me motiva, inspira e contagia o meu viver! – Mateus Felipe, Diretor de Comunicação.
Desmistificando a ascensão de carreira
Sumário Desmistificando a Diretoria Executiva .......................................................... 6 É tudo mais simples do que se espera...................................................................................... 7 Seja um líder ..................................................................................................................................... 8 Ouse, sempre.................................................................................................................................... 8
Como saber se realmente conseguirei exercer o meu papel enquanto diretor? ............................................................................................... 9 Tempo, o bem mais precioso .................................................................................................... 10 Desafie a si mesmo ....................................................................................................................... 11 O profissional moderno .............................................................................................................. 11
Quais são os benefícios em ser um diretor? ............................................. 12 Influência e Referência ................................................................................................................ 13 A cara do Empresário Júnior brasileiro ................................................................................. 14
Qual conhecimento prévio se deve ter? .................................................... 15 Nascer sabendo é uma limitação............................................................................................. 16 Viciar será inevitável ..................................................................................................................... 17 Eles entendem do que falam .................................................................................................... 18 A gestão que se firma é sempre melhor que a que se finda ......................................... 18
Como sanar dificuldades e trazer inovações? .......................................... 19 Projetos e processos ..................................................................................................................... 20 Como escolher os seus projetos para o plano de ação .................................................... 20 Trace sua meta, mesmo que a considere pequena ........................................................... 21 O que mais te irrita na EJ? ......................................................................................................... 22 O zelo pela gestão: coisa da Disney?...................................................................................... 23 O ambiente ideal ........................................................................................................................... 25
Qual o perfil necessário para liderar uma equipe?................................. 26 Seja o exemplo ............................................................................................................................... 27 Responsabilidade: o mantra da liderança ............................................................................. 27 Motive o grupo ............................................................................................................................... 28 Desenvolva novos líderes ............................................................................................................ 28 Inspire ................................................................................................................................................ 29
Qual é a marca que você quer deixar na sua EJ? ................................... 30 A causa ............................................................................................................................................ 31 Saiba seu caminho ........................................................................................................................ 32 Apaixone-se pela causa............................................................................................................... 33 Seja mais. Transforme mais ........................................................................................................ 33
O senso ético....................................................................................................... 34 A respeito do dever ...................................................................................................................... 35
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CapĂtulo I Desmistificando a Diretoria Executiva
Desmistificando a ascensão de carreira
É tudo mais simples do que se espera Sempre que pensamos na possibilidade de uma ascensão na carreira, o primeiro empecilho que surge é o medo de se candidatar por simplesmente não conhecer, de fato, as responsabilidades de um diretor. Para esclarecermos um pouco sobre esses deveres, iremos explicar as atividades cotidianas de um diretor e as demais funções extraordinárias que este realiza. A diretoria executiva tem por função tomar decisões mais dinâmicas a respeito da empresa. Nenhum diretor deve, e nem é permitido, tomar decisões sem o consentimento dos demais. Aí está a grande desmistificação: você não terá o peso nas costas a respeito de qualquer decisão tomada pela DirEx – Diretoria Executiva – mas terá influência direta para defender, opinar e orientar sobre o andamento da empresa para o rumo que julgar mais favorável ao desenvolvimento desta. Lembre-se que os órgãos como a Assembleia Geral são o poder máximo de uma empresa júnior e ser diretor não é poder influenciá-los, mas, sim, inspirá-los. A tomada de decisão não deve ser embasada apenas na opinião pessoal do diretor. Cada diretoria tem sua equipe, seja ela formada por assessores, gerentes, coordenadores e afins. O bom diretor deve saber balancear as necessidades da empresa com a posição de sua equipe, e aí desmistificamos o cargo do diretor, novamente. Um diretor não responde por si, mas por uma diretoria inteira que, ao abraçar uma ideia, esteja pronta para, juntamente ao diretor, torná-la uma verdade de sucesso. De fato um diretor deve transparecer uma imagem de liderança e referência. Deve ser procurado quando um problema emerge, porque, afinal, foi ele o escolhido por toda a empresa para ser um dos seus líderes. É importante deixar claro
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que ser referência é sensacional! Se toda empresa júnior fosse liderada sempre pelas mesmas pessoas não haveria um desenvolvimento diferenciado. A empresa seria estática e não haveria o senso de surgimento de novas ideias. Saiba que você tem um diferencial para acrescentar na empresa e que sua EJ precisa muito de novas energias, sempre. Seja um líder “A identificação de um líder está nos pequenos detalhes, e não no macro. São atitudes, comportamentos, ser aquela pessoa que compartilha, que não retém informação só pra ela, que é amiga do grupo - sem exageros, e que tem uma postura ética e profissional. Mas, é raro encontrar um líder hoje em dia. A preocupação das pessoas é muito mais em ter, não em ser, o que faz com que elas não tenham postura ética de líder, como, por exemplo, de assumir responsabilidades quando erraram.” Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching. Ouse sempre “Seu tempo é limitado, portanto, não o desperdice vivendo a vida de outros. Não caia na armadilha do dogma – que é viver com os resultados dos pensamentos de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. E o mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.” – Steve Jobs, Presidente da Apple Inc.
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CapĂtulo II Como saber se realmente conseguirei exercer o meu papel enquanto diretor?
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Tempo, o bem mais precioso O segredo está exatamente em saber gerir seu tempo, saber usá-lo para realizar as atividades de forma eficaz. Quem administra o tempo, aumenta a produtividade e é isso que o mercado busca: pessoas cada vez mais produtivas, que se adequem ao mundo dinâmico em que estamos inseridos. Enquanto estudantes, estamos envolvidos em diversas responsabilidades, seja o futebol do final de semana ou depender dos estudos para ser aprovado em determinada disciplina. Precisamos aprender a lidar com esses compromissos e tarefas cotidianas de forma eficiente e o Movimento Empresa Júnior é uma excelente maneira de aprendizado. Uma vez ingressado nele, você terá algumas metas e prazos a serem cumpridos e, no meio dessa turbulência, irá conhecer diversas ferramentas e metodologias que auxiliarão na gestão eficaz do tempo, desenvolvendo essa qualidade tão requisitada no mercado de trabalho. É importante que você ganhe disciplina pessoal e saiba separar quando é tempo de ir ao Facebook, por exemplo, ou de se concentrar no trabalho. Os “ladrões de tempo” estão nos perseguindo a todo momento e saber lidar com eles é essencial. Sabendo controlar o seu tempo, e dedicando-se ao que é essencial, você se tornará um caso de sucesso!
Desmistificando a ascensão de carreira
Desafie a si mesmo Sair da zona de conforto é crucial para seu desenvolvimento pessoal e profissional. Imagine você, na época que aprendeu a andar de bicicleta: se não tivesse desafiado a si mesmo e se não tivesse caído diversas vezes, não teria aprendido. Temos certeza que gostou de aprender essa nova habilidade, se divertiu e foi muito útil. Você saiu da zona de conforto, se desafiou e aprendeu algo novo e interessante! A vida funciona dessa forma. “Nossa tendência a fazer o que é fácil, cômodo e conhecido, sem intenção de interromper ciclos viciosos e improdutivos ou de começar algo novo ou desafiador, que demande autodisciplina, motivação e comprometimento e que cause dispêndio extra de energia e nos tire da inércia [...] pode acarretar prejuízos à saúde, pode fazer com que invistamos pouco no nosso autodesenvolvimento.” – Sandra Betti, Sóciadiretora do MBA Empresarial. O profissional moderno “Há milhares de livros e centenas de treinamentos que buscam desenvolver essa habilidade. Porém, um profissional moderno tem que se preocupar não apenas em ser um líder, mas em ter habilidade de ser um líder coach, que reúne as características principais do líder, de inspirar pessoas a trilhar um caminho de sucesso e também contribuir para o seu crescimento e crescimento da organização.” – Villela da Matta, Presidente da Sociedade Brasileira de Coaching.
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Capítulo III Quais são os benefícios em ser um diretor?
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Influência e Referência Ser influente é como ter em mãos o volante de um carro, podendo, de acordo com as especificações do veículo, guia-lo para o caminho desejado. É poder opinar assiduamente sobre o desdobramento de projetos e poder avaliar o impacto deles para o futuro da empresa. Quando um impasse surge, geralmente, procuramos os mais experientes e os mais influentes. Buscamos os experientes para que opinem, embasados no que já foi realizado anteriormente pela empresa, e procuramos os influentes para que possam indicar um melhor caminho, pois foram eles os escolhidos, naturalmente ou por eleição, para guiarem a empresa. Note que ser influente não é necessariamente ser experiente. Experiência é derivada de casos de sucesso, ou não. Perceba também que os lideres surgem naturalmente antes mesmo de se candidatarem. Ouse desafiar a si mesmo e conquiste o mundo com o seu talento. Temos tanto a doar para as pessoas e por que, então, guardar toda essa arte em uma gaveta sem fundos? Não pense que o sucesso está na experiência. Quantas e quantas vezes ouvimos os “velhos” falando que o mundo é dos jovens? Seja impetuoso. Ouse. Um carro sem um bom motor não chega muito longe e ter um bom motor está relacionado com preparar e inspirar seus membros para que o rendimento deles seja máximo. Isso vai além de ser influente, é ser referência. Ser referência é mais que ser influente ou que participar de uma tomada de decisão. Quando se realiza um projeto bem sucedido dentro da Empresa Júnior, o sucesso dessa ação se torna notório e a prática inovadora torna-se em alvo de intEJs por todos os lados. Várias e várias empresas irão lhe procurar querendo saber mais
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sobre o seu pensamento e a maneira como administrou tais atividades. Feito isso, você terá um poder muito maior que a influência: poderá impactar a sociedade e coordenar cada vez mais seguidores rumo a um desenvolvimento maior para o MEJ e para os empresários juniores. A cara do Empresário Júnior brasileiro. "Quando a gente entra no Movimento Empresa Júnior, mal a gente sabe que a nossa visão sobre a nossa Universidade, sobre o nosso País e sobre a nossa própria vida muda! E foi exatamente o que aconteceu comigo quando entrei na minha Empresa Júnior. Passamos meses e, até mesmo, anos imergidos na gestão de uma empresa sem fins econômicos, que se preocupa com o desenvolvimento de novas lideranças, por meio do aprendizado por projetos e da criação constante de uma cultura empreendedora. Daí surge o nosso desafio de fazer que tudo isso vire ação e atitude pra mudar a sociedade, prestando bons serviços aos nossos clientes e sabendo nos relacionar com os demais empresários juniores, sendo esse um diferencial no ambiente universitário. Por falar em empresários juniores, não posso deixar de destacar o meu imenso orgulho em também ser um, porque eu creio em um Brasil melhor, mais empreendedor e faço o máximo que eu posso pra ver e respirar transformação! Essa é a cara do empresário júnior brasileiro." – Pedro Mário Vargas, Vice-presidente da FEJEMG em 2014.
Capítulo IV Qual conhecimento prévio se deve ter?
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Nascer sabendo é uma limitação No passado, não existiam escolas, faculdades ou cursos. As pessoas aprendiam algo novo umas com as outras, com as experiências e desafios compartilhados. Mesmo ausentes tais metodologias, o aprendizado era efetivo. E se tratando do aprendizado de novas práticas, no Movimento Empresa Júnior não é diferente. A vivência o torna cada vez mais preparado e, como já dizia Mario Sergio Cortella, doutor em Educação pela PUC-SP, “nascer sabendo é uma limitação, porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer e modificar”. O pré-requisito principal de uma candidatura no MEJ é vontade, sede insaciável de fazer o que ninguém havia se desafiado a fazer. É vencer distâncias e carregar todos os outros contigo. O objetivo do MEJ é nos preparar para os desafios do mercado de trabalho, para que nos tornemos profissionais diferenciados. De forma semelhante, no Movimento você pode optar por enfrentar diversos desafios e, assim, ampliar seu conhecimento. A grande vantagem é que, diferente do que encontramos no mercado de trabalho, no MEJ estamos cercados de pessoas totalmente disponíveis em ensinar e que sentem prazer em repassar o conhecimento adquirido com base na experiência vivida e no aprendizado por projetos. Rapidamente você irá conhecer pessoas que já passaram por diversas situações e se sentirá confortável e confiante em se espelhar nesses casos de sucesso. Sua rede de contatos se ampliará de forma imensurável e, qualquer que seja sua dificuldade, sempre haverá pessoas que irão te amparar e ajudar. Tenha bastante calma ao pensar na ascensão. Existirão diversas pessoas capazes de lhe ajudar. Conte com o diretor atual, pós-juniores, pessoas de confiança,
benchmarkings e referências. Sempre haverá apoio e boas fontes de ideias.
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“O Movimento Empresa Júnior me proporcionou um período de muito
aprendizado e crescimento pessoal e profissional. Além das competências técnicas aprimoradas durante a prática, o MEJ contribuiu muito para a melhoria do meu relacionamento interpessoal. Esse ambiente empresarial ajuda a melhorar a nossa postura, nos dá coragem para tomar decisões, e nos ensina a ter controle emocional para lidar com conflitos e situações imprevistas. Acredito que quanto maior foi o desafio, maior foi o aprendizado. Cada passo que eu dava no Movimento Empresa Júnior, assumindo um cargo de liderança dentro da Empresa Júnior ou em outra instância do MEJ, me fazia conhecer esse “universo” e me apaixonar pelo Movimento.” - Patrícia Ribeiro Lima, Presidente da SEC Júnior em 2012. Viciar será inevitável! Existem inúmeras ferramentas que irão te auxiliar na execução dos processos do seu cargo. Conhecer essas ferramentas e aprender a utilizá-las serão tarefas fáceis de serem realizadas durante a gestão. Como dizia Aristóteles “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer.” Vontade de aprender e de se desenvolver: prepare-se para uma nova necessidade. Você ingressará num ambiente muito mais voltado para a cooperação. Desenvolver a si mesmo acarretará no desenvolvimento dos que estão a sua volta e isso torna o trabalho muito mais prazeroso. Em contra partida, você estará cercado de pessoas para te ensinar e incentivar. Será uma explosão tão grande de informação que o conhecimento acontecerá por osmose. Você terá uma lista imensa de pessoas capazes e estará na lista
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de todos também. E, então, surgirá uma das essências da liderança: o desenvolvimento colaborativo. Assim, se desenvolver nunca será tão viciante. Eles entendem do que falam... “Você nunca vai estar preparado para nenhum cargo no MEJ, porque a função do MEJ é te preparar.” – Jhoney da Silva Lopes, Ex-presidente da No Bugs. “Se estiver [...] disposto a correr atrás de aprendizado e uma causa que te mova, não aceite pensar que não está preparado.” – Ailton Arantes Cunha, Expresidente da CEEMPRE.
"Dê um tempo pra escrever um plano. Dê oportunidade para todos se candidatarem a qualquer cargo. O trainee que virar presidente, não é um cara qualquer. Não importa se você é membro do Marketing, se você quer trabalhar com Gestão de Pessoas. Candidate-se a Diretoria de Gestão de Pessoas. Envie os planos antes da apresentação, com tempo para todos lerem e depois apresente." – Pedro Augusto Mendes e Silva, Ex-presidente da No Bugs. A gestão que se firma é sempre melhor que a que se finda “Acredito que quanto melhor somos agora melhor seremos no futuro. O conhecimento não tem dono, é inesgotável e cresce sempre. Basta que dê frutos.” – Vicente Falconi, sócio-fundador do Instituto de Desenvolvimento Gerencial.
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Capítulo V Como sanar limitações e trazer inovações?
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Projetos e processos Para garantir a excelência interna e o aproveitamento estratégico de ideias, devemos prezar por adequar nossas ideias de candidatura em projetos ou processos, que, afinal, são as duas fontes mantenedoras da gestão da empresa. Portanto, antes de tudo, devemos esclarecer de maneira rápida a diferença entre ambos. Processos são atividades contínuas e repetitivas. A cada gestão um mesmo processo ocorre, gerando sempre a mesma natureza de resultados, que são essenciais para o funcionamento da empresa. Processos são muitas vezes entendidos como o suporte do funcionamento de uma empresa e como o corpo tático de uma gestão. Os projetos são empreendimentos temporários com o intuito de criar um único produto, dentro de um prazo previamente definido, respeitando os limites de início e fim. Geralmente, os projetos trazem solução de problemas ou inovação, e não uma manutenção de resultados, diferentemente dos processos. Portanto, já fica bem claro que para mudarmos uma cultura ou buscarmos resultados imediatos, devemos, de alguma maneira, adequar nossas ideias nessas duas vertentes. Como escolher os seus projetos para o plano de ação? Umas das piores dúvidas que temos, e talvez a que mais nos desanima a ascender para um cargo de liderança, é a dificuldade em esclarecer quais projetos queremos defender em nosso plano de ação. A melhor dica é realizar uma análise crítica da sua empresa. Junte-se com o atual diretor e converse muito sobre as vitórias e os pontos de melhoria da gestão atual. Tente esclarecer com ele todos os passos
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realizados e tenha uma visão critica sobre eles. Sempre busque manter o que tem alto rendimento, mas foque na solução de problemas. Inove, se conveniente for, mas preze por uma boa gestão, pela melhoria de resultados. Feito isso, você terá uma análise completa da gestão passada, como um relatório anual, já saberá o que deve ser melhorado e o que deve ser mantido. Agora é a hora de propor as suas ideias. Dizemos, de que maneira você quer reforçar tudo aquilo que é bom e transformar o que não deu certo? Qual será sua filosofia de ação? Já definiu a sua visão pessoal, ou seja, onde você quer estar daqui a um ano? Saiba encontrar qual é a “cara” que você quer dar para a sua EJ ou diretoria e, a partir daí, se espelhe nesse sentimento e seja fiel a ele. Ouse, até porque todos os que passaram por lá antes de você tiveram a atitude de “ir lá e fazer”. Não tem nada de errado em ser ousado e dizer “eu consigo fazer melhor”, desde que seja guiado pelos valores certos. É assim que se faz história e é assim que a história sempre foi feita: por impetuosos. Trace sua meta mesmo que a considere pequena “Eu conheci e reconheci os próximos grandes nomes deste país. Não somos especiais e nem diferentes, apenas percebemos e fazemos tudo o que é necessário para caminhar na direção das nossas metas. A Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas Juniores) carrega a seguinte frase: "Ser júnior no Brasil, é ser gigante pela própria natureza." É com este espírito, amigos, que vamos construir a nova geração deste país. [...]” – Jhoney da Silva Lopes, Ex-presidente da No Bugs.
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O que mais te irrita na EJ? “O que mais te irrita na EJ? Sempre gostei de fazer os candidatos pensarem nisso, porque para mim esse é um típico caso que ‘‘amor e ódio’’ andam juntos. E geralmente quando o candidato era todo ‘‘apaixonadinho’’ e não via defeitos, ele não passava de um ‘caça status’. Já quando o cara estava indignado com algo é porque no fundo ele sabia que aquilo podia ser muito melhor e era apaixonado demais para não dar o seu melhor, com o objetivo de deixar a EJ como ele sonhava. Em qual cargo você tem mais chances de mudar isso? E se a resposta fosse: ‘Presidência’, e o candidato um trainee, foda-se! Como diria o lendário pós-júnior Pedro Augusto (Bola) “o trainee que candidatar a Presidência não é um cara qualquer.” Se tiver disposto a correr atrás de aprendizado e uma causa que te mova, não aceite pensar que não está preparado. Sabendo o cargo que tentará e o foco de suas ações (aquilo que te deixa indignado), reserve um tempo para escrever as propostas. Converse com os atuais membros, descubra a estratégia da empresa e sua história (Você já conversou com os fundadores e pós-juniores de sua EJ, ou instância? Faça isso e irá se surpreender e inspirar!). Entre em contato com outras EJs, descubra práticas de sucesso. [...]” – Ailton Arantes Cunha, Ex-presidente da CEEMPRE.
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O zelo pela gestão: coisa da Disney? Como já ressaltamos muito: não se preocupe em desconhecer ferramentas de qualidade e modelos de excelência em gestão, afinal um bom intEJ resolve todos esses problemas. O zelo pela gestão, que vamos tanto enfatizar aqui, é o cuidado pelo bom funcionamento interno da empresa, que envolve o endomarketing, a motivação dos membros e os programas diferenciados de bonificações. Trataremos desses três pontos no exemplo a seguir. “A Disney é o maior grupo de entretenimento do mundo. Seus parques temáticos, construídos a partir de 1955, logo se tornaram sinônimo de alegria, diversão e… reclamação. Pelo menos, foi isso o que a empresa enfrentou no inicio dos anos 1970. Um número crescente de visitantes vinha se queixando do atendimento de funcionários desatentos, mal-humorados, displicentes e até ríspidos. Para apurar as razões do mau comportamento, a direção resolveu entrevistar a equipe. E descobriu que alguns empregados se sentiam desprestigiados e desvalorizados por ocuparem cargos tidos como “baixos”, como faxineiro, pipoqueiro, garçom, vendedor de algodão-doce e outros. Sentiam-se diminuídos perante companheiros com cargos mais “altos”, como caixas, operadores de brinquedos e rapazes com a cabeça do Mickey. O
desafio
era
claro:
como
manter
os
colaboradores
motivados
independentemente da posição que ocupavam? Foi então que a Disney teve uma grande saída: em vez de registrar os funcionários numa função especifica, passou a contratar todos como “atores”. Assim, o
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homem da pipoca não era mais um “pipoqueiro”, mas um ator fazendo o papel de melhor pipoqueiro do mundo. A moça da limpeza não era “uma simples faxineira”. Era uma atriz fazendo o papel de melhor faxineira que existe. Com isso, a Disney podia exigir de seus funcionários o máximo de dedicação ao desempenhar cada “papel”. O treinamento passou a se chamar aula de teatro, e o trabalho passou a ser a hora de “entrar no palco”, os “atores” de mais destaque no grupo teriam suas performances reconhecidas e poderiam ser convidados a desempenhar outros papéis. Desnecessário dizer que a estratégia deu certo. Quem já visitou os parques da Disney sabe que a simpatia, a dedicação e o comprometimento dos atendentes são exemplares. Este é um dos maiores segredos do sucesso da companhia: a preocupação constante em identificar e atender os desejos do consumidor. Hoje em dia, os funcionários são chamados de “membros do elenco.”
(Fonte: Livro “Oportunidades Disfarçadas” de Carlos Domingos) No texto acima, a administração da Disney resolveu um problema interno com atitudes simples, amparadas no exemplo, na valorização de seus membros e no bem-estar do consumidor. O exemplo do zelo pela gestão foi nítido, o que torna a Disney uma das organizações de maior sucesso. A visão sistêmica foi muito bem demonstrada. Imagine o autor dessa ideia pensando em tudo isso antes de executar. A metodologia abrangeu tantos passos (possibilidade de promoção, motivação de membros, cobrança de resultados) que dificilmente uma pessoa sem realizar um estudo prévio conseguiria elaborar tal plano de endomarketing. Da mesma forma que para um engenheiro inovar e construir um edifício totalmente fora do paradigma, ele teve que estudar muita física, química e
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cálculo, um candidato à liderança de uma instituição deve estudar e conhecer sobre os níveis mais básicos da empresa, como a cultura e gestão. Por isso que batemos tanto na tecla da necessidade de conversar com pós-juniores, atuais diretores e referências na área almejada. Dominando o conteúdo da sua diretoria, as chances de inovar em eficácia serão exponenciais. O ambiente ideal ”Além de ser admirado pela sua postura exemplar, o líder precisa ter uma visão sistêmica da organização para disseminar os valores e conhecimento da empresa para a equipe. É importante que atue de forma transparente, democrática e inspiradora, visando ao desenvolvimento da cultura da excelência. Mais do que isso, as lideranças exercem papel fundamental na criação de um ambiente propício à inovação,
aperfeiçoamento
e
aprendizado
constantes.”
superintendente-geral da Fundação Nacional da Qualidade.
–
Jairo
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Capítulo VI Qual o perfil necessário para liderar uma equipe?
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Seja o exemplo! Liderança é basicamente a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamentos. Diferente daquilo que muitos acreditam, a liderança não tem nenhuma relação com a posição de patente que se ocupa. Ela se enquadra mais em inspirar do que em comandar. Não é necessário ter uma posição hierarquicamente alta para ser um líder, basta ser uma referência. Uma boa referência é aquela pessoa que tem a missão e os valores da empresa internalizados. Deve conhecer bem os objetivos da organização, saber onde ela está hoje e onde deve chegar e, por isso, seu propósito é justamente guiar o grupo, através do exemplo, da ética e do senso coletivo, para conseguir atingir esses objetivos. Para isso, o líder precisa transpirar entusiasmo, demonstrando amor pelo que faz, liderando pelo exemplo, o que motiva e inspira toda a equipe. O verdadeiro líder não te diz como fazer, ele te mostra como se faz e nunca se dá ao luxo de estar indisposto. Responsabilidade: o mantra da liderança O líder, acima de tudo, precisa ser responsável, tendo coragem e firmeza em suas decisões. São elas que contribuem para o bom andamento da empresa, de modo com que esta atinja seus objetivos. Deve ser o espelho de muitos, mas o porta voz deles também. Deve embasar suas opiniões no bem coletivo e prezar sempre pela eficácia. Para liderar, é necessário ter consciência de que você está lidando o tempo todo com pessoas e cada uma possui suas habilidades e pontos de melhoria. É essencial identificar essas particularidades e usar em prol do desenvolvimento do time. É
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preciso ser flexível, conhecer a equipe e confiar nela de modo que as tarefas possam ser delegadas de forma responsável e efetiva. O ócio deve ser nulo. Motive o grupo Saber ouvir, aplicar feedback, ter carisma, motivar os colaboradores, envolver a equipe, passar conhecimento, acompanhar a evolução das pessoas, apontar falhas de sua equipe visando melhorias, resolver conflitos e ser assertivo: são essas as características essenciais em um líder de sucesso. Ele precisa promover o espírito desafiador e de inovação no grupo. Precisa ser um exemplo de coragem e incentivo para desenvolver o time cada vez mais. Motivar os colaboradores é crucial. Pessoas motivadas trabalham com mais satisfação e possuem melhores rendimentos. Mais uma vez, é prezar pelo ócio nulo. Desenvolva novos líderes É necessário identificar e desenvolver novos líderes, fomentando o espírito de liderança. Procure pessoas com caráter inovador e motivador, que também exerçam uma influência positiva sobre o grupo. Sabe-se que não permaneceremos no mesmo cargo por muito tempo e ter bons sucessores é essencial para manter a empresa no mesmo nível de progresso. Promover o espírito desafiador, inovador e encorajador nos membros será primordial para a manutenção da empresa em alto nível. Sabemos que a liderança é um pré-requisito exigido por muitas organizações ao contratar um profissional e, dentro do Movimento, você tem a oportunidade de desenvolver e aprimorar essa característica almejada no mercado de
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trabalho. O que está esperando para se tornar o profissional que o mercado procura, com o perfil de um líder de sucesso? E lembre-se: pense sempre no desenvolvimento colaborativo. “O MEJ é o ambiente ideal para autoconhecimento e superação. Se a família e a universidade entendem e apoiam, os ganhos são exponenciais. O objetivo é sempre deixar um legado para aqueles que estão por vir, e para isso acontecer, é preciso muita dedicação. Grandes líderes são pessoas com bom coração, empáticas, e extremamente competentes porque dominam os meios e buscam conhecimento incessantemente. Liderar um time é entender que é preciso ser doce com as pessoas e duro com resultados. É entender que o todo é maior do que a soma das partes.” – Fabrício Barbosa de Lima, Presidente da Alimentos Júnior Consultoria em 2013. Inspire “Todos possuem a semente da liderança em suas vidas, portanto, parafraseando John Maxwell, mais frustrante que mandar patos para a escola de águias é mandar águias para a escola de patos, porque todos nós almejamos por voos mais altos. De fato, a única pessoa que pode impedi-lo de tornar-se um grande líder é também àquela que pode fazer a grande diferença: Você.” (Fonte: “Coração de Líder” de Marco Fabossi) "Se suas ações inspirarem os outros a sonhar mais, aprender mais, fazer mais e se tornar mais do que são, você é um líder." – John Quincy Adams, Ex-presidente dos Estados Unidos da América.
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Capítulo VII Qual é a marca que você quer deixar na EJ?
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A causa
Ao participar de um processo seletivo, os eleitores não só lhe julgarão pelo Plano de Ação, mas também pelo seu caráter e vontade impetuosa de fazer a diferença na empresa. Se fosse pra resumir de maneira bem simples um processo eletivo no MEJ, faríamos assim: o candidato com mais vontade de fazer a diferença tem sempre maiores chances, e realmente deve ter. Como já tratamos diversas vezes nessa obra, a falta de técnica se resolve em qualquer benchmarking, já a falta de ímpeto, não. Qual é a marca que você quer deixar na empresa? Defina muito bem a causa que você defende e, assim, saberá exatamente qual marca quer deixar (aquela que fará com que daqui a vários anos as pessoas lembrem-se da sua passagem pela empresa, principalmente pela natureza de suas ações). Entenda sua causa como um foco, um ponto único e bem definido. É lá que você quer chegar! Sabendo disso, não é tão difícil encontrar pessoas que compartilhem do mesmo sonho que você, desde que seja ético e que busque o bem comum. Saiba responder perguntas como: o que eu defendo a todo custo? O que por nenhum dinheiro desse mundo eu abro mão? Qual o tamanho da minha coragem para colocar em prática o que penso sobre tantas coisas? Em relação aos valores que uma instituição defende, nada mais íntegro que citar o Greenpeace. A instituição possui certas limitações em suas ações por falta de verba, porém não aceita dinheiro de empresas e/ou órgãos políticos. Os trabalhos são financiados por ativistas no mundo inteiro, mas nada comparado a um financiamento que muitas multinacionais estão dispostas a oferecer. Esse posicionamento é devido ao desprendimento necessário para ter liberdade de criticar os que devem ser criticados.
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Isso é muito bem definido porque essa instituição segue seus valores de Independência e Engajamento, que são, respectivamente, a não necessidade de interferência política e a consciência que a união estratégia é o suficiente para cumprir a sua missão. Crítico, sério e, muitas vezes, temido, o Greenpeace preserva, antes mesmo da liberdade verde, a própria liberdade de existir. Outro exemplo marcante é o de Martin Luther King, que chocou o mundo com uma campanha de não violência e de amor ao próximo, mesmo submetido a todas as condições de racismo e aversão aos negros. Martin tinha bem claro que queria chegar a um mundo de liberdade e igualdade e, por isso, sempre defendeu a luta não armada, a revolução pacífica, afinal era esse o mundo que ele queria. Ser adepto à violência seria contra a própria essência de sua causa e tudo poderia ir por água abaixo. Seus ideais eram tão fortes e atendiam tão bem aos seus seguidores que Martin Luther King reuniu 250 mil pessoas para ouvirem seu conhecido discurso “I have a dream”. Em 1964, ganhou o prêmio Nobel da Paz consolidando o ícone de humanitarismo e busca pela paz. O Greenpeace tem bem definido aonde quer chegar. Martin também sempre soube. Esses são típicos exemplos que olhamos para trás e nos lembramos pela natureza de suas ações. Saiba seu caminho “Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo.” – Joe Namath, nomeado três vezes o melhor jogador de futebol americano do mundo jogando pelo New York Jets.
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Apaixone-se pela causa certa “Se as pessoas não acreditam na empresa, não acreditam no produto e não acreditam na contribuição da empresa, não dará certo. [...] O número de pessoas que são realmente motivadas por dinheiro é muito pequeno. Há algumas pessoas assim… todos conhecemos algumas… mas não são muitas. E, além do mais, esse é um objetivo até fácil de atingir. Mas, ao chegar lá; o que você faz com o resto de sua vida?” – Peter Drucker, Presidente honorário da Drucker Foundation. Seja mais, transforme mais Eu estudo ou faço minhas atividades da EJ? Acreditamos que a maioria dos empresários juniores já fez esse questionamento. O ideal, obviamente, seria mesclar alto rendimento em ambos. Mas por que isso nem sempre acontece? É inegável que os empresários que continuam no MEJ estão lá por uma causa bem maior que adquirir experiência profissional. Em vários relatos que já tivemos o prazer de presenciar pudemos perceber a felicidade dessas pessoas em trabalharem no MEJ, porque ali elas haviam encontrado uma boa causa para viver. Imagine então se encontrássemos essa mesma causa em nosso curso e em nossa carreira. Quem sabe assim o MEJ teria um propósito maior ainda de lhe ensinar a encontrar o seu foco? Imagine se todos os empresários que saíssem do MEJ soubessem aonde querem chegar e como farão para alcançar esse marco. Quem sabe a utopia do MEJ não seria essa? “Eu não procuro um emprego, eu procuro uma causa.” – Felipe Guedes Pinheiro, Presidente da CEEMPRE em 2010.
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Capítulo Final O senso ético
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A respeito do dever Robert Lee (1807-1870) escreveu a carta abaixo ao seu filho G.W.Cudtis Lee, que estava no colégio interno: “Estude e seja franco: a franqueza é filha da coragem e da honestidade. Diga o que pretende fazer em todas as ocasiões e se certifique de fazer o que é correto. Se um amigo pedir um favor, faça, se for razoável; se não for, explique simplesmente porque não vai fazer, você estará enganando a ele e a si mesmo se alegar pretexto de qualquer natureza. Não faça nada incorreto para ganhar ou manter uma amizade; quem pedir para fazê-lo está pronto a se vender, o preço é um sacrifício muito caro. Tenha uma atitude gentil, porém firme com todos os seus colegas; você verá que é a melhor política. Acima de tudo, não tente parecer o que não é. Se tem queixa de alguém, fale com ele e não com os outros; nada é mais perigoso do que ser uma coisa na frente de alguém e outra pelas costas. Devemos viver, agir e falar sem jamais ofender e ferir as pessoas. Não só é melhor, por uma questão de princípios, mas por ser o caminho da paz e da honra. A respeito do DEVER, quero, concluindo esta carta apressada, informar a você que, cerca de cem anos atrás, houve um dia de inesquecível escuridão e tristeza – até hoje conhecido como “dia negro” – , um dia em que a luz do Sol se extinguiu aos poucos, como num eclipse. A Assembleia de Connecticut estava em sessão, e, quando os participantes viram chegar a escuridão inesperada e inexplicável, foram tomados de espanto e terror. Muitos pensaram que era chegado o último dia – o dia do juízo final.
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Na aflição daquele momento, alguém propôs um recesso. Mas Davenport, um velho puritano, levantou-se para dizer que, se o dia do juízo final havia chegado, ele queria ser encontrado em seu lugar, cumprindo o seu dever, e propôs que mandassem trazer velas para prosseguir a sessão. Este homem tinha tranquilidade – a tranquilidade da sabedoria celeste e da inflexível vontade de obedecer ao dever de cada momento. Dever é, pois, a mais sublime palavra de nossa língua. Cumpra seus deveres como o velho puritano. Você não pode fazer mais que isso e não deve jamais desejar fazer menos. Não permita que eu e sua mãe tenhamos um só fio de cabelo branco por qualquer falha de sua parte no cumprimento do dever.” (O Livro das Virtudes II – O compasso moral, Willian J. Bennett)
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Autores: Juan Enrique Mares Ribeiro William Heleno Mariano
Revisão: Isabella Alves Peçanha
Colaboradores: Ailton Arantes Cunha Jhoney Lopes Felipe Guedes Pedro Augusto Mendes e Silva Fabrício Barbosa de Lima Luisa Pereira Americano Patrícia Ribeiro Lima Pedro Mário Vargas Luiz Gustavo dos Santos Kívia Mendes Fiúme Mateus Felipe Freitas
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