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Expositores otimistas apesar da "incerteza na economia"

OPEN MIND | Marco Mendes

“É preciso manter a aposta em tecnologias que nos tornem mais eficientes”

Apesar de já não ter tanto impacto como tinha antes de 2019, a Moldplás continua a ser a feira de referência para a nossa empresa em Portugal. Como ‘worldwide software developer’, a OPEN MIND continua a usar a feira como um dos principais canais para divulgação do nosso produto hyperMILL®. É uma forma de estarmos mais ligados com os nossos clientes e o mercado.

Esta é uma feira onde sempre marcámos presença. A divulgação da marca é a nossa prioridade. Mas não fazemos negócio diretamente. Só indiretamente. É uma feira muito interessante a nível de contactos.

Depois da edição do ano passado, ainda bastante marcada pela pandemia, esperamos, este ano, uma feira mais próxima das edições anteriores, com mais visitas de empresas e contacto direto com os nossos clientes. O nosso principal foco é promover as nossas soluções e, nesse sentido, este ano temos como objetivo apresentar as soluções desenvolvidas nos últimos meses com foco na automatização inteligente e simulação virtual do código NC para centros de maquinação. Ou seja, mostrar o que tecnologicamente, estamos a fazer de novo. Temos sempre alguma novidade para apresentar.

A vantagem de ir à feira é a grande proximidade com os nossos clientes/utilizadores, que são os técnicos das empresas, ou seja, quem conhece e usufrui das nossas soluções. Isso permite-nos recolher sugestões de melhoria, o que já fazemos sistematicamente em conjunto com os clientes, mas na feira isto é feito de forma mais descontraída e com mais tempo.

Temos também oportunidade de conhecer novos mercados e novos clientes. E os potenciais clientes – os moldes são dos grandes sectores – têm oportunidade de nos conhecer melhor. É normal haver nesta feira muitas empresas de tecnologia, algumas delas não apenas direcionadas para a indústria de moldes. É também o nosso caso. Apesar de este ser o nosso principal cliente, existem outros, como por exemplo a aeronáutica, que também marcam presença na feira.

Marco Mendes (Open Mind)

MÃO-DE-OBRA

Esta edição da feira surge num momento desafiante para a indústria de moldes. Sem dúvida que existe um aumento de trabalho, o que se tem verificado nas empresas nos últimos meses, mas não creio que a nível económico se vá chegar aos níveis atingidos antes da pandemia. Apesar de ser uma situação global, o aumento das matérias-primas e energias também não contribui em nada para a competitividade do sector a nível internacional.

Temos de continuar a investir em novas tecnologias que nos permitam ser mais eficientes e assertivos na produção de moldes, de forma a poder acompanhar os mercados internacionais. De salientar que o sector dos plásticos vai ser cada vez mais importante na economia e, por isso, indiretamente alavancar a indústria de moldes para um nível económico anteriormente conhecido.

A competitividade das empresas de moldes é uma preocupação para todo o sector. Apesar de se verificar um aumento na quantidade de projetos, as empresas não estão a sentir que esse acréscimo da sua atividade tenha repercussão direta nos resultados. Ou seja, esta realidade não está a ser tão positiva como devia. Por isso, é imperioso que os fabricantes apostem em soluções que permitam otimizar os processos, de forma a competir com outros mercados. As empresas devem suportar-se em soluções que assegurem a melhoria do processo.

Nesta indústria, como noutras, falta formação qualificada. Os profissionais de qualidade estão, com idade avançada, a sair das empresas, e não está a entrar uma nova geração. Faltam pessoas. Muitos dos nossos jovens preferem ir para outros países. Isto gera escassez de mão-de-obra que, em muitos casos, está a sentir-se nas empresas. É preciso trabalhar numa solução.

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