Caderno Aplicações Nível 1 Pavio Cultural

CADERNO DE APLICAÇÕES - NÍVEL 1

CADERNO DE APLICAÇÕES nível 1

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EQUIPE TÉCNICA

Desenvolvimento do projeto: Pavio Cultural e Formato Público Propostas pedagógicas: Abiude Moraes de Ataíde Jacqueline Magalhães Paiva Patrícia Araújo Direção de arte e projeto gráfico: Celso Rodrigo da Costa

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................... 5 INFORMAÇÕES TÉCNICAS.................................................. 7 ATIVIDADES SUGERIDAS..................................................... 10 INDICAÇÕES DE FILMES SOBRE BULLYING...................... 24 AVALIAÇÃO........................................................................... 29 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................... 31 BÍBLIOGRAFIA...................................................................... 32 CURRÍCULO EQUIPE TÉCNICA............................................ 34

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INTRODUÇÃO Neste caderno, o(a) educador(a) encontrará sugestões de atividades para realizar nosso projeto em uma semana de discussões e atividades para a erradicação do bullying nas escolas. Nossa verdadeira intenção é de que este suplemento seja útil para a aplicação em sala de aula dos pontos que levantamos no caderno anterior. Agora é a hora de passar seus conhecimentos a quem está praticando, sofrendo ou vivenciando o bullying na pele.

Seus alunos também possuem suas cartilhas. Nelas, eles encontrarão informações sobre o bullying e atividades lúdicas suplementares. No entanto, o fim do fenômeno do bullying em sua sala depende muito da realização de um calendário de atividades anti-bullying. Foi para realizar essa semana de prevenção que você, educador(a), foi preparado(a) até agora.

As atividades para essa semana de discussões serão descritas ao longo desse caderno e o(a) educador(a) fica responsável por eleger, todas ou quantas queira, para realizar. Da mesma forma, apenas sugerimos uma ordem de realização dessas atividades. O importante é que os conceitos desenvolvidos

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anteriormente e os objetivos elencados a seguir sejam alcançados. A palestra dramatizada “Bullying - não quero ir para a escola” virá depois para fechar com chave de ouro essa semana, trazendo informação, cultura e divertimento aos seus alunos em um único espetáculo.

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INFORMAÇÕES TÉCNICAS OBJETIVOS O objetivo central deste projeto é promover a valorização do ser humano. Para isso, busca resgatar a importância das virtudes como tendência para uma vida de qualidade, partindo de ações justas e bons valores a serem partilhados, sensibilizando todos e todas como cidadãos e cidadãs unidos contra a cultura da violência e em nome de uma cultura de paz.

Os objetivos específicos são: •

Promover o esclarecimento sobre o bullying e os danos físicos e morais que ele pode causar nas vítimas;

•

Apresentar os conceitos de tolerância e aceitação ao promover reflexões sobre a diversidade cultural. Com isso, ter ciência de que as diferenças devem ser valorizadas e respeitadas;

•

Reconhecer que vivemos em uma sociedade plural constituída por indivíduos singulares;

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•

Sensibilizar os alunos quanto à importância da boa convivência para criar um ambiente agradável que propicie uma sócio-interação construtivista no ambiente escolar.

METODOLOGIA Acreditamos que a criatividade e a multidisciplinaridade sejam as melhores ferramentas para eliminar o bullying do cotidiano escolar. É nesse sentido que trouxemos alguns métodos atrativos e motivadores para intermediar o processo de ensinoaprendizagem nesse projeto.

São eles: •

Roda de discussões

•

Exposições orais

•

Leituras de textos

•

Dinâmica de grupos

•

Pesquisa de campo

•

Dramaturgia

•

Musicalidade

RECURSOS DIDÁTICOS Para realizar esse projeto, o(a) educador(a) utilizará ferramentas tais como:

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•

Internet

•

Televisor com aparelho leitor de DVD

•

Revistas

•

Mapas

•

Gráficos

•

Mural didático

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ATIVIDADES SUGERIDAS 1) Roda de conversa sobre o bullying.

Munidos das informações sobre o fenômeno do bullying que foram elencadas no projeto principal, o(a) educador(a) deve propiciar uma discussão sobre o tema por meio de uma roda de conversa entre os alunos. Deve atentar-se para elucidar suas características, seus possíveis casos, seus efeitos danosos à completude física, moral e psicológica das vítimas e apontar soluções para que se caminhe em rumo ao fim desse ciclo de violência.

2) Pesquisa de Campo.

Fazer uma pesquisa com os alunos da sala. Entregar uma cédula onde os alunos irão confirmar ou negar anonimamente as seguintes situações: a) Se já sofreu bullying b) Se sofre bullying atualmente na escola

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c) Se conhece alguém que já sofreu ou sofre bullying atualmente na escola d) Se já praticou bullying na escola Com as cédulas em mãos, o educador ou a educadora em conjunto com os alunos irá levantar os dados e montar um quadro com um gráfico de estatísticas sobre a incidência do bullying em sua sala de aula. Este deve ser fixado em um mural enquanto durarem as discussões ou pelo tempo que o educador ou a educadora achar necessário.

Observação: dependendo das respostas, o mediador ou mediadora poderá enfatizar se a estatística é verdadeira ou não, abrindo uma discussão sobre como o tema pode ser tratado de forma velada pelas pessoas, fato que dificulta o seu solucionamento.

3) Mostre e conte: diversidades do mundo.

A sala deve ser dividida em grupos que ficarão responsáveis por pesquisar e apresentar algo que esteja relacionado a credos, culturas ou etnias diferentes. Em outras palavras, deverão fazer uma apresentação com fotos, artigos, vídeos ou qualquer outra forma de exibição que mostre algum grupo social que tenha características diferentes das de seu grupo social de convívio

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(diferente das pessoas de sua família, dos amigos da escola, das pessoas da sua cidade ou do seu país).

O mediador ou mediadora saberá expressar qual a quantidade de material necessário para informar sua turma. Cremos que o nome, a localidade e uma curiosidade a certa de um grupo já seja minimamente suficiente para que a informação seja bem dada.

O objetivo dessa atividade é mostrar aos alunos que os padrões que seguimos, sejam eles estéticos, morais ou culturais, são fatores históricos construídos por nós ao longo dos anos (e séculos) e que todas as formas dessas expressões devem ser respeitadas e valorizadas porque vivemos em um mundo plural formado por indivíduos únicos.

Observação: Esta atividade se assemelha ao programa de educação norte-americano “Show and Tell”, no qual periodicamente os alunos levam algo novo e diferente para mostrar aos demais colegas. É uma atividade interessante para estimular a criatividade. A extensão dessa atividade deveria ser encorajada pelo(a) educador(a) para que se determine a longo prazo a valorização do diferente entre seus alunos

4) Dinâmica em grupo: Um caso de bullying escolar vai à Justiça.

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Expomos no parte teórica do projeto as principais leis que regem os direitos que o bullying nega às suas vítimas. Leia ou peça aos alunos que pesquisem a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A partir dessa discussão que a leitura vai propiciar, podemos aplicar essa dinâmica.

Para aplicá-la, o(a) educador(a) deve explicar como funciona um julgamento: como ocorre e quais são as peças e as funções dos componentes de uma audiência de julgamento público da justiça brasileira. Depois, separe a turma em grupos e designe qual parte da história terão que sustentar: se serão a vítima, o réu/a ré, o(a) advogado(a) de defesa ou de acusação, o juiz ou a juíza, e o júri.

Cada função descrita abaixo deverá ser realizada por cada um dos grupos: I. Juiz/Juíza: dirigir e coordenar o andamento do julgamento (costuma ser uma boa função para o(a) educador(a) ocupar) II. Advogado(a) de acusação: formular as acusações contra o réu ou ré.

III. Advogado(a) de defesa: defender o réu e ajudar a vítima a responder as acusações formuladas pelo advogado de acusação.

IV e V.

Testemunhas: falar a favor ou contra o réu ou ré, de

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acordo com o que tiver sido combinado, pondo em evidência as contradições e enfatizando os argumentos fundamentais contra o bullying.

VI. Corpo de Jurados: ouvir todo o processo . Em seguida, votar se culpado(a) ou inocente e definir a pena. O corpo de jurados deve ser constituído por número ímpar de pessoas.

Passos: 1. Educador(a) apresenta o assunto e a questão a ser trabalhada.

2. Orientação aos participantes.

3. Preparação para o júri.

4. Juiz/Juíza abre a sessão.

5. Advogado(a) de acusação acusa o réu ou ré com a questão em pauta.

6. Advogado(a) de defesa, defende o réu ou a ré.

7. Advogado(a) de acusação toma a palavra e continua a acusação.

8. Intervenção das testemunhas - primeiro a de acusação, depois a de defesa.

9. Jurados decidem a sentença junto com o juiz.

10. O público participante avalia o debate, destacando o que foi bom e o que faltou.

5) Leitura e interpretação de texto.

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Nessa atividade, iremos propor a leitura e interpretação de um texto com os alunos distribuídos em uma roda de conversa.

Não quero ir pra escola, não quero ir pra lá!

Escuta o que eu digo, vou me aposentar!

Tem gente que é boa, e tem gente que é má.

Mas na minha escola tem gente que amola, que entra de sola, que sempre me torra, que quer pertubar.

Não sei o que faço, não sei o que há.

Não posso enfrentar, tampouco contar.

Meu pai só diria: - Meu filho é frutinha!

Minha mãe falaria: - Isso vai passar!

Não quero ir pra escola, não quero ir pra lá...

Pois todos os dias, quando eu me levanto, me olho no espelho

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e não sei explicar... É uma vergonha, um frio na barriga, um medo constante de ter que enfrentar aquelas meninas, aqueles meninos que me azucrinam, me batem, dominam, implicam, intimidam, pois sabem que eu não vou revidar.

Prefiro a prisão!

Ou outra nação!

Eu vou pra Jamaica Ou, quem sabe, pra Angola.

Eu vou me mudar!

Não quero ir pra escola!

Não quero ir pra lá.

Parte do livro Bullying – Não quero ir pra escola!, de João Pedro Roriz.

Editora Paulinas.

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Passos: 1. Leia o texto com os alunos ou distribua a leitura entre eles.

2. Levante as seguintes questões: a) Na escola, fazemos amigos, brincamos, estudamos e criamos laços afetivos. o que a escola representa para você? b) O que essa criança sofria? Explique os motivos que estavam contribuindo para que ele desejasse não ir mais para a escola? c) Quais a violências são citas no texto? Você já passou por situações semelhantes? Quais? d) Qual a importância do diálogo entre pais e filhos, alunos e professores, professores e pais?

6) Um hino em combate ao bullying.

Nessa atividade, os alunos terão que criar uma música que seja o hino da turma em combate ao bullying escolar. Pode ser uma paródia ou uma construção coletiva de letra e melodia. Depois de feito, escreva o hino em um cartaz e afixe na sala para que ele não seja esquecido. Se a escola propiciar um encontro onde todas as salas cantem seus hinos, pontos a mais para o sucesso do projeto.

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7) Esquetes teatrais sobre o bullying.

Utilize o teatro em sala de aula para criar esquetes que tratem dos perfis envolvidos no bullying e suas principais ocorrência.

Para isso, divida a classe em grupos para que criem pequenas versões negativas e positivas de ações em torno do bullying escolar. A cada apresentação, a sala é chamada para analisar a cena e suas implicações na vida da vítima, do agressor e do espectador.

8) Positividade.

Esta atividade propiciará a discussão de valores positivos e negativos que são refletidos em nossas ações no dia a dia. É uma ótima oportunidade para reforçar alguns sentimentos em detrimento de outros.

Exemplo de valores: interesse pelo conhecimento, atenção, camarada, franqueza, otimismo, honestidade, dever, bons modos, responsabilidade, esforço, respeito, disciplina, ordem, limpeza, calma, felicidade, humildade, otimismo, autocontrole, tranquilidade,

reflexão,

cuidado,

dedicação,

amizade,

generosidade, amabilidade, paciência, gratidão, respeito, diálogo, afeto, confiança, companheiro, educação, perdão, consideração, compaixão, igualdade, aceitação, convivência, apaziguamento, iniciativa, justiça, avareza, ganância, exibido,

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egoísta, pessimista, invejoso, rebeldia, tristeza, intrometido, reclamador,

malcriado,

mal-humorado,

chato,

falsidade,

mentiroso.

Passos: 1. Inicialmente, o(a) educador(a) deve digitar vários “valores”, positivos e negativos para colocá-los, um a um, dentro de bexigas de aniversário. Depois, deve entregar uma bexiga para cada aluno para que, depois de enchida, estoure a bexiga para achar o seu papelzinho.

2. Em posse do papelzinho, os alunos formarão dois grupos: um grupo será com os valores que considerem negativos e o outro com os valores positivos.

3. Depois de formados os grupos, devem listar na lousa, dividindo em positivo ou negativo os valores.

4. Passaremos então, a falar sobre os valores. Os alunos que desconhecerem alguns destes valores, deverão procurálos no dicionário e esclarecer a turma.

9) Expressando a amizade.

Com essa atividade, a turma terá um momento para refletir sobre o que possuem de positivo em conjunto e que deve ser

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compartilhado com mais frequência.

Passos: 1. Forma-se um círculo com todos os alunos presentes.

2. Cada um, a partir do primeiro a ser escolhido, deve olhar para o colega da direita e dizer “Gosto do meu amigo com A, porque ele é _________________“ e completar com uma qualidade ou valore positivo cuja palavra inicie com a letra A. 3. A dinâmica prossegue alterando as letras conforme a ordem alfabética (ou com outro parâmetro que o(a) educador(a) opte por usar).

10) Criação de frases de efeito ou de histórias com propaganda anti-bullying.

Em grupos ou com a sala toda, o educador pode propiciar a seus alunos a escrita de frases de efeito ou de histórias cuja propaganda ou moral seja de combate ao bullying. Toda a produção feita deve ser exposta no mural da sala ou da escola.

11) Manual de convivência da classe.

O educador deve unir a sala numa roda de conversas para

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tratar sobre a convivência do grupo na sala de aula e na escola.

Ao final, devem elencar algumas sugestões de regras e ações positivas que sirvam de exemplo para a boa convivência em sala de aula. Esse “manual” deve ficar exposto para que ninguém se esqueça dos pontos combinados.

12) Sinais de humor.

O educador deve fazer perfis de rostos que destaquem o humor dos alunos ( alegre, triste, zangado, cansado, animado, dentre outros). Ao início da aula, cada um pode colocar qual o sua humor do dia pegando uma dessas carinhas e colocando em frente a seu nome.

13) Tratando o ursinho.

Nessa atividade os alunos terão a possibilidade de refletir sobre seus atos e ações ao repensar se todo o toque, carícia ou gesto é bem vindo no colega.

Passos: 1. Alunos sentados em um círculo.

2. Um ursinho passará por essa roda e cada um terá a oportunidade de fazer nele um gesto, um toque ou uma

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carícia.

3. Quando todos tiverem feito, o(a) educador(a) deve orientar os alunos a repetirem o mesmo gesto no colega da direita.

14) Desenho coletivo.

De traço em traço, cada aluno participará de um desenho coletivo que só deve ser conhecido ao término da atividade (ou seja, não falarão a respeito dele enquanto estiverem desenhando).

Essa atividade pode ser feita em duplar, em grupos, ou pela sala toda.

15) Adivinha quem é?

Essa dinâmica é ideal para que a sala se conheça melhor.

Passos: 1. Dividir a sala em dois grupos (A e B) 2. Cada aluno deve escrever em uma folha avulsa algumas curiosidades a seu respeito. Exemplos: cor, música ou comida favorita, hobby, dentre outros (o tipo e quantidade

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de dados fica a critério do(a) educador(a)).

3. Feito isso, as folhas devem ser trocadas de grupo e quem recebe deve tentar adivinhar pelas características descritas qual é a pessoa citada.

16) Desenho em dupla.

E duplas, os alunos devem desenhar o contorno do corpo de seu colega em um pedaço de papel Kraft. Em seguida, devem colorir ou preencher o desenho juntos.

17) Somos todos diferentes, mas iguais na humanidade.

A proposta aqui é solicitar que os alunos realizem uma pesquisa em revistas e jornais e tragam para a sala recortes de corpos humanos (cabeça, tronco, pernas, braços). Após o material ser colhido, faremos a junção das partes com figuras diversas e diferentes, formando, assim, corpos com feições e estruturas heterogêneas.

O objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos percebam que as pessoas são diferentes uma das outras e que temos que conviver e respeitar essas diferenças.

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INDICAÇÕES DE FILMES SOBRE BULLYING Segue uma relação de filmes que podem ser utilizados na escola, com a finalidade de se discutir as questões voltadas para a violência no espaço escolar e as diferenças culturais e sociais. Antes de passar os filmes, como orientação pedagógica sugerimos que o (a) educador (a): Assista ao filme antes e veja as possibilidades de adaptação ao currículo e a proposta de trabalho que você deseja realizar.

Elabore questões antes de passar o filme, para que os alunos já assistam ao filme com um olhar direcionado.

Planeje possíveis pausas durante a exibição para fazer comentários e focar a atenção nas questões que você deseja trabalhar.

Assista ao filme várias vezes antes de passar para a classe, buscando detalhes, cenas, diálogos que servirão para uma discussão e um debate no final da exibição. É fundamental, observar a indicação da faixa etária.

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1. Como estrelas no céu – Toda criança é especial Sinopse: Como Estrelas na Terra conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.

Este filme fala sobre o modo como a arte e a educação são importantes ferramentas de estímulo ao desenvolvimento de uma pessoa quando aplicadas intencionalmente para a sua felicidade, independente do problema ou desvio que tiver.

2. Um grande garoto Sinopse: Will Freeman (Hugh Grant) é um homem na faixa dos trinta anos metido a galã que inventa ter um filho apenas para poder ir às reuniões de pais solteiros, onde tem a oportunidade de conhecer mães também solteiras. Will sempre segue a mesma tática: vive com elas um rápido romance e quando elas começam a falar em compromisso ele acaba o namoro. Até que, em um de seus relacionamentos, Will conhece o jovem Marcus (Nicholas Hoult), um garoto de 12 anos que é completamente o seu oposto e tem muitos problemas em casa e na escola. Com o tempo Will e Marcus se envolvem cada vez mais, aprendendo que um pode

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ensinar muito ao outro.

3. Mary e Max – uma amizade diferente Sinopse: Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle (voz de Toni Collette), uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz (voz de Philip Seymour Hoffman), um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova York. Alcançando 20 anos e dois continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Mary e Max é viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebês, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

4. Elefante Sinopse: O filme narra o ataque que dois estudantes fizeram a uma escola secundária do Oregon, matando dezenas de alunos, com um arsenal de armas automáticas. A questão do bullying é tratada como um detalhe pequeno, mas está lá. concentra-se no ato final, de vingança fria e desapaixonada. O título refere-se à facilidade de ignorar um ‘elefante’ simbólico na sala, apesar

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do seu tamanho, mas que está sempre prestes a se mover.

5. Bully Sinopse: Nick Stahl é o riquinho valentão, que vive abusando fisicamente dos colegas. até que seu melhor amigo - o já falecido Brad Renfro - decide vingar-se dele junto com a namorada, atraindo-o para o pântano e espancando-o até a morte. alguns dos garotos tentam tomar o lugar dele, enquanto a comunidade se divide entre condenar e reconhecer que ele teve o que merecia. o diretor Larry Clark especializou-se em retratar o ócio e a banalidade da violência na juventude americana. um filme chocante.

6. Entre os muros da escola Sinopse: Palma de Ouro em Cannes, este drama mostra bem o choque de culturas que se formou na França, a partir dos conflitos entre alunos e também um professor bem intencionado. Brilhante)

7. Pro dia nascer feliz Sinopse:

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Documentário que mostra diferentes realidades de estudantes de classes sociais distintas de três estados do Brasil. um filme bem feito e oportuno sobre o tema.

8. O galinho Chicken Little Sinopse: Na cidade de Oakey Oaks, Chicken Little toca o sinal do colégio e manda que todos “corram por suas vidas”!. Toda a cidade fica em pânico. Por fim, todos se acalmam para perguntar ao galinho o que há de errado. Ele sofre Bullying na Escola.

9. Sonho de gelo Sinopse: Ela é diferente e ser diferente é um tema comum em filmes da Disney sobre bullying. Ela aprende a tratar os amigos, se divertir e viver para o momento. Apesar do desejo de ser uma patinadora famosa, Casey Carlyle não passa de uma garota inteligente e de poucos amigos, com uma mãe obcecada pela idéia de ver sua filha em uma grande universidade. Mas quando ela usa sua cabeça e segue seu coração, de repente se vê transformada como nunca sonhou.

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AVALIAÇÃO A avaliação dos alunos será feita em caráter continuado, mas tendo os seguintes critérios: a) a participação e o interesse do aluno com as atividades propostaws; b) a evolução do comportamento apresentado pelo aluno no decorrer do processo; c) a elaboração das ideias para a construção da argumentação, seja ela escrita ou oral; d) sua contribuição dentro do trabalho em grupo; e) sua postura perante o próximo; f) o quanto o aluno ou aluna chegou perto de alcançar todos ou maior parte dos objetivos propostos por esse projeto.

Observação: O(a) educador(a) deve estar atento(a) aos casos em que o(a) aluno(a) teve dificuldades em realizar as atividades desse projeto por ser uma vítima de bullying. Lembre-se que neste caso, ele(a) pode estar se sentindo constrangido(a) por essas discussões se reportarem indiretamente a seus casos de vida. O mesmo pode acontecer com um(a) agressor(a).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Inegavelmente, o bullying é uma das maiores violências a qual uma criança pode ser submetida: sabemos de seus efeitos em direção contrária aos direitos que toda criança tem de se desenvolver em um ambiente seguro, salutar e propício.

Esse projeto é realizado por arte-educadores engajados na luta contra uma cultura de violência da qual o bullying é um de seus braços fortes. Se você chegou até o fim, parabéns, você é um educador(a) comprometido(a) com a inovação e eficiência de seu processo de ensino-aprendizagem e com o seu legado enquanto intermediador do conhecimento e, porque não, do futuro de seus alunos.

No entanto, a batalha ainda não está ganha. É preciso o envolvimento de todo o time escolar e familiar para que um ciclo de violência seja verdadeiramente interrompido. Dessa forma, é necessário estabelecer constantemente o diálogo a fim de discutir a importância e responsabilidade de cada instituição na vida classe e extraclasse dessas crianças e adolescentes.

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BÍBLIOGRAFIA Projeto desenvolvido na UERJ sobre o bullying pelas professoras Giselle Dias, Mariana Bastos, Maria Elena, Rafaela Barros, Viviane Teixeira.

FRANCISCO, Marcos Vinicius & LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra. Um estudo sobre bullying entre escolares do ensino fundamental. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22 (2), 200-207, 2009.

ABRAMOVAY, Miriam (coord.). Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: UNESCO, 2006.

ANTUNES, Deborah Christina & ZUIN, Antônio Álvaro Soares.

Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie à educação.

Psicologia & Sociedade, 20 (1), 33-42, 2008.

LOPES NETO, A.; SAAVEDRA, L.H. Diga não para o bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes. Rio de Janeiro: ABRAPIA, 2003.

ALMEIDA, Sidnéia Barbosa de. BULLYING: Conhecimento e

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prática pedagógica no ambiente escolar. Psicol.Argum., Curitiba. Vol. 27 nº 58, p.201 -206, jul/ set, 2009.

BRASIL. Presidência da República. Lei Nº 8069 de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069. htm FANTE, C. & PEDRA, J. A. Bullying Escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008.

FANTE, Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, São Paulo: Ed. Versus, 2005.

CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil. 17˚Edição. Rio de Janeiro, Vozes. 2010 ESPERON, Paulo Sérgio M., Bullying – Comportamento agressivo entre colegas no ambiente escolar. Ed. Pediatria Moderna – 2004 GONÇALVES, Carlos Roberto, Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva, 2006

CURRÍCULO EQUIPE TÉCNICA

ABIUDE MORAES DE ATAÍDE Pedagoga formada há 5 anos, se atualizou em “Escolas, comunidades e aprendizado com pesquisa de opinião: Educação como desenvolvimento local”, pela Universidade de São Paulo - USP, e se especializou em “Ética, valores e cidadania na escola”, também pela Universidade de São Paulo - USP. Atualmente cursa História. Atua como professora do município de São Paulo, já fez parte do corpo docente da Prefeitura de Santo André e do Estado de São Paulo. Tem experiência na área da Educação, com ênfase em ética, atuando principalmente nos seguintes temas: cidadania, valores, violência, temas transversais e aprendizagem.

JACQUELINE PAIVA Formada em História, faz especialização para o magistério na Universidade de São Paulo - USP. Durante a graduação foi auxiliar de pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência -

NEV/USP e de sua pesquisa iniciaram-se os trabalhos para a realização do projeto “Bullying - não quero ir para a escola”.

PATRÍCIA ARAÚJO Pedagoga formada já há 10 anos, possui especialização em “A Práxis como atividade formadora - Ensino Fundamental”, pela Universidade de São Paulo - USP, e especialização em Magistério do Ensino Superior, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Atua como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na Prefeitura Municipal de Santo André e na Prefeitura Municipal de São Paulo.

contato@paviocultural.com.br www.paviocultural.com.br facebook.com/paviocultural youtube.com/paviocultural (11) 2857-5644 / 2737-7432

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