Caderno Teórico Educador Pavio Cultural

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CADERNO DE APLICAÇÕES - NÍVEL 1

CADERNO TEÓRICO manual para educadores

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EQUIPE TÉCNICA

Desenvolvimento do projeto: Pavio Cultural e Formato Público Propostas pedagógicas: Abiude Moraes de Ataíde Jacqueline Magalhães Paiva Patrícia Araújo Direção de arte e projeto gráfico: Celso Rodrigo da Costa


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO................................................................... 5 OBJETIVOS DO PROJETO.................................................... 7 JUSTIFICATIVA DO PROJETO.............................................. 10 O QUE É BULLYING.............................................................. 11 DADOS BRASILEIROS.......................................................... 14 COMO ACONTECE O BULLYING......................................... 16 CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING NO APRENDIZADO...... 18 PROGRAMAS E MEDIDAS EDUCATIVAS ANTIBULLYING... 21 ONZE PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING....... 24 RESULTADOS ESPERADOS................................................. 35 BÍBLIOGRAFIA...................................................................... 37 CURRÍCULO EQUIPE TÉCNICA............................................ 40


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APRESENTAÇÃO Muito além de ser um local de busca por saberes e experiências ligadas ao conhecimento, a escola tem como finalidade promover a formação integral do aluno para que este tenha condições de enfrentar a vida adulta de forma equilibrada, tanto sobre o aspecto pessoal, quanto social, familiar e profissional. Porém, infelizmente, a escola muitas vezes é um dos primeiros espaços onde ocorre a exclusão, a discriminação e a disseminação da violência nas suas mais variadas formas. Das formas de violência encontradas no cotidiano escolar, a mais presente é o bullying, situação caracterizada por comportamentos agressivos intecionais e repetitivos por parte de um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo em inglês refere-se ao verbo “ameaçar”, “intimidar”. Essa violência tiranizadora, além de afetar o processo pedagógico de ensino e aprendizagem em seu todo, gera consequências psíquicas maléficas com reflexos na esfera cível, pois envolve os pais e as instituições de ensino no que tange à responsabilidade civil destes perante a integridade da vida dessas crianças e adolescentes assegurados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA.

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Esse sistema de intimidação e desrespeito, o qual será tema de debate neste projeto, é uma realidade na vida estudantil e é presente tanto nas escolas públicas quanto particulares. Não é um problema simples, ele envolve toda a comunidade escolar e requer informações para que todos consigam promover o fim dessa violência contra as crianças. Este projeto projeto vem cumprir esse papel informativo e se torna um passo inicial nas discussões e intervenções feitas por uma instituição escolar que acredita que uma das bases do sistema educativo é o ato de educar para uma boa convivência de forma justa e empoderadora.

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OBJETIVOS DO PROJETO A máxima desse projeto é fazer com que deixemos de encarar o bullying como uma brincadeira inocente. Ele interfere no processo de ensino e aprendizagem, trazendo consequências desastrosas para o seio escolar por afetar direta e indiretamente as noções e alcances da cidadania de todos os que convivem neste ambiente. Ao contrário desse panorama, a escola deve ser um ambiente seguro que permita à criança a socialização e o desenvolvimento de responsabilidades, habilidades, senso crítico e, acima de tudo, é um local que em que o aluno confia a tarefa de se subsidiar para alcançar gradativamente a sua própria autonomia com segurança, respeito e dignidade. Para tanto, é preciso freiar a onda de violência física, moral e/ ou psicológica que faz com que tantas crianças não queiram ir à escola no dia seguinte por temerem se ferir ainda mais. Precisamos mostrar aos que praticam e aos que recebem bullying que há valores fundamentais que estão sendo renegados e que, no entanto, precisam ser revalorizados para que nenhuma criança tenha nenhum de seus direitos alijados. É preciso salientar que as diferenças existem e que os modelos normativos de aparência, vida e valores difundidos pelos

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veículos de comunicação de massa pouco correspondem ao que se tem de verdade e ao que se pode esperar do próximo. Dessa forma, prevenir e combater o bullying na escola é responsabilidade de toda a escola e comunidade: envolve funcionários, professores, direção, coordenação, alunos e pais de alunos; e acima de tudo deve ser incentivado pelas instituições governamentais, pois não se resolve positivamente o bullying escolar na polícia ou na justiça, últimas instâncias a serem procuradas se todo o resto falhou. É nesse movimento de difusão de uma cultura de paz que o nosso projeto trabalha e cujos principais objetivos elencamos resumidamente a seguir.

OBJETIVO GERAL Este projeto visa a valorização do ser humano. Para isso, resgatará a importância das virtudes como tendência para uma vida de qualidade, partindo de ações justas e bons valores que devem ser ensinados e compartilhados. Busca sensibilizar todos e todas como cidadãos e cidadãs unidos contra a cultura da violência em nome de uma cultura de paz.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS •

Sensibilizar os alunos quanto à importância da boa convivência para criar um ambiente agradável que propicie uma sócio-interação construtivista no ambiente escolar;

Desenvolver reflexões sobre ações corriqueiras, analisando seus reais significados e interferências nas vidas de seus interlocutores;

Reconhecer que vivemos em comunidade e a boa educação e boas maneiras fazem parte do fundamento de uma convivência rica e harmoniosa;

Melhorar a disciplina na sala criando regras formais e informais de convivência e dinâmicas que diminuam a incidência da indisciplina e de atitudes violentas e antiéticas;

Entender que as diferenças existem não por escolha, mas pela origem genética, social, étnica, dentre outras e que o mundo é especial e rico justamente em virtude dessa diversidade;

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JUSTIFICATIVA DO PROJETO Esse projeto se justifica por estudos que estabelecem os danos sofridos em decorrência da tirania do bullying, bem como por estatísticas alarmantes em torno dessa prática violenta nas escolas e por programas federais, estaduais e municipais de combate a essa violência contra a criança e o adolescente, visando, sobretudo, implantar ações de redução do comportamento agressivo, intimidatório e discriminador que causa desequilíbrios nas relações de poder entre os estudantes. Busca despertar a escola, a família, a comunidade e principalmente os alunos para a existência desse problema e de suas consequências extremamente danosas que ferem o direito de toda criança e adolescente de se desenvolverem em um ambiente seguro e salutar que propicie a formação de cidadãos solidários, justos e respeitadores da pessoa humana e de suas diferenças, conforme assegura o Estatuto da Criança e Adolescente na Lei nº. 8069/1990 Cap.IV, art.53: “A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.

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O QUE É BULLYING Tim Field, ativista pacifista e precursor dos estudos sobre o bullying nos Estados Unidos, conceitua que a tirania de alunos contra outros alunos na escola sempre existiu e a sociedade por muito tempo considerou essa prática uma peça integrante da vida escolar, fazendo-a se passar por uma brincadeira ingênua. Ele afirma que o bullying é disseminado por todas as classes sociais, em escolas públicas e privadas, sendo manifestado verbalmente, fisicamente e psicologicamente, mas de forma diferenciada entre gêneros. Sobre esse último ponto, ele descreve processos diferentes mas complementares na forma em que os meninos e as meninas tiranizam. As meninas, por exemplo, tiranizam outras meninas, mas podem igualmente tiranizar ou proteger outros meninos. Os meninos usam frequentemente táticas mais agressivas, tiranizando para construir e manter uma reputação, já que tendem a ser mais caçadores por socializarem em grupos hierárquicas maiores. Tiranizam abertamente e preferem ameaças físicas, porque os meninos focam pela realização individual e pela ação, amparados por seus níveis de aptidões e força, enquanto as meninas tendem a ser mais seletivas e

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tiranizam em menor escala, preferindo métodos como a arrelia (violência verbal), a bisbilhotice maliciosa e a exclusão como armas poderosas para controlar e manipular ao mesmo tempo que protegem as suas amizades em pequenos grupos de socialização e hierarquia. O autor também relata que os indivíduos alvo de bullying, em geral, são os poucos sociáveis, detentores de um forte sentimento de insegurança que os impede de solicitar ajuda, além de não disporem de status, recursos ou habilidades para cessarem os atos danosos contra si. Como resultado de um processo contínuo de violência tiranizadora, essas mesmas pesquisas relatam que as vitimas do bullying apresentam danos psicológicos que podem ser irreversíveis caso não haja uma intervenção rápida por parte de um profissional que adequará o melhor tipo de tratamento ou solucionamento ao caso em questão. É um consenso entre muitos estudiosos que as vitimas de bullying passam a ter déficit escolar, dificuldade de concentração, resistência a ir para a escola, se mostram mais sensíveis ou até mesmo mais agressivos em família e evitam contato com outras crianças ou adolescentes. Ainda dissecando a estrutura operante do bullying, estudos apontam que na grande maioria das vezes os alunos envolvidos na pratica do bullying são da mesma sala ou do mesmo grupo do ano escolar - sendo que geralmente o agressor é mais velho

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do que o molestado. Há de se ressaltar que, além da vítima, temos outros dois agentes nesse ciclo de violência: o agressor e o observador. Engana-se quem pensa que só a vítima sofre com a prática, pois é bem comum que o observador também se traumatize com o que vê e passe a apresentar os mesmos sintomas do molestado por temer ser ele a próxima vítima ou então, para se proteger, passe ele também a agredir o colega. Muito frequentemente o agressor é um indivíduo que tem pouca empatia: costuma ser antipático, arrogante e desagradável, frequentemente vem de uma família desestruturada na qual há pouco relacionamento afetivo entre seus membros.

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DADOS BRASILEIROS As

atuais

estatísticas

sobre

o

tema

mostram

que

aproximadamente um a cada cinco estudantes sofre bullying regularmente e que um em três já sofreu dessa violência. Não obstante, a sociedade global recebe chamadas diárias para a necessidade de se combater efetivamente essa violência, pois são numerosos os casos trazidos a público de traumas, prejuízos financeiros e sociais, suicídios, ataques violentos e assassinatos cometidos por jovens em fase escolar tiranizados por anos a fio, sem ninguém perceber ou dar significado maior ao que acontecia. Aqui no Brasil, o caso mais famoso foi o do Massacre de Realengo, onde um jovem adulto invadiu fortemente armado a escola de ensino fundamental que frequentou e na qual sofreu bullying, matando ao total 12 alunos, a maioria do sexo feminino. Após essa fatalidade, a violência do bullying nas escolas passou a ser mais frequentemente discutido em foros federais, estaduais e municipais, gerando diversos programas e projetos de lei, dos quais vale ressaltar aqui a semana de prevenção e combate ao bullying na cidade do Rio de Janeiro; a Lei de política anti-bullying do estado do Rio Grande do Sul, promulgada em 2010; a adequação do tema de combate ao bullying nos cadernos transversais do Plano Nacional de

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Educação do Governo Federal e a mais recente Lei de combate ao bullying no Distrito Federal, cidade que lidera o ranking de alunos expostos ao bullying, expedida em 2012.

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COMO ACONTECE O BULLYING Como dissemos, o bullying pode ser confundido com uma simples brincadeira de criança ou fruto do amadurecimento do jovem, mas, na verdade, o bullying deriva de fatores estruturais, culturais e comportamentais podendo nascer de uma simples brincadeira ou até mesmo de um comportamento esporádico e evolui para a eclosão da violência através de agressão física, psíquica ou moral repetitiva e nem sempre declarada, hodiernamente denominada de violência simbólica, que atinge a dignidade e integridade física da vitima. O bullying se manifesta de várias formas, dentre as quais: •

Verbal: xingamentos, apelidos, insultos e difamações;

Moral: atentado a honra, difamação, discriminação de raça, sexo, idade, opção sexual, deficiência física, etc;

Psicológico: perseguição, intimidação, chantagem, ameaça de morte, etc;

Físico: agressão através de Empurrões, socos, chutes, etc;

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Virtual: divulgar imagens não autorizadas, criar comunidades para depreciação da imagem, enviar imagens invadindo a privacidade e intimidade;

Os maus-tratos repetidos podem ao longo do tempo causar graves danos mentais e interferir negativamente no processo de

desenvolvimento

cognitivo,

emocional,

sensorial

e

socioeducacional de suas vítimas. Trata-se de uma forma quase invisível, mas que sorrateiramente vai diminuindo o outro e equivale-se a uma espécie de “assassinato psíquico”.

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CONSEQUÊNCIAS DO BULLYING NO APRENDIZADO As vítimas de bullying sofrem dificuldade na concentração, na aprendizagem e na memória. Falta motivação para trabalhar e apreciar seus estudos. Focam unicamente em seus estudos, evitando atividades extracurriculares ou outras atividades de socialização. Atendem as necessidades de classe irregularmente e faltam com frequência na aula de educação física. Os alvos não questionam, não contribuem nem se queixam para evitar atrair mais a atenção. Disso, as crianças vão adquirindo dificuldades de aprendizagem, mas optam por esconder suas inabilidades por medo de serem chamadas de “estúpidas”, sendo assim, lhes é negado o auxílio extra. As crianças inteligentes e sensíveis temem expor seus conhecimentos porque temem ser ridicularizadas por estudantes ciumentos. Não desenvolvem seu potencial, disfarçam seus talentos originais e restringem suas realizações. Embora a aprendizagem cooperativa em um grupo seja uma maneira excelente de aprender, algumas crianças temem o trabalho de grupo onde é esperado fazer todo o trabalho difícil e arriscam assim a desaprovação ou a zombaria. Sabotam sua aprendizagem escondendo seus pensamentos a fim de reduzir

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humilhações de todo o tipo. O envolvimento de professores, funcionários, pais e alunos são fundamentais para a implementação de ações para o combate do bullying. A participação de todos visa estabelecer normas, diretrizes e ações coerentes que devem priorizar a conscientização geral e o apoio às vitimas de bullying, fazendo com que se sintam protegidas, bem como a conscientização dos agressores sobre a incorreção de seus atos. Toda medida que a comunidade escolar vier a tomar para coibir o bullying escolar surtirá efeito não só nas relações escolares, pois também deverá ser visto o seu efeito para além dos muros da escola, já que as mudanças de atitudes de alunos e professores se estendem para toda a comunidade, gerando entre seus pares a cultura da não violência, refletindo inclusive na diminuição das violências domésticas. Com esse intuito, deve-se promover no ambiente escolar debates e fóruns de discussão sobre as várias formas de violência, visando o respeito mútuo e a afetividade no como foco das relações humanas. Tais assuntos precisam fazer parte da rotina da escola com ações atitudinais e não apenas conceituais. Os esforços devem ser direcionados para a diminuição da exposição à violência no ambiente escolar, doméstico, além daquela divulgada pela mídia. Aos alunos autores, devem ser dadas condições para que

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desenvolvam comportamentos mais amigáveis e sadios, evitando o uso de ações puramente punitivas como castigos, suspensões ou exclusão do ambiente escolar, medidas estas que acabam unicamente por marginalizá-los.

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PROGRAMAS E MEDIDAS EDUCATIVAS ANTIBULLYING O educador deve criar métodos que atinjam a conscientização sobre o bullying escolar, cabendo aos profissionais da escola a leitura e a pesquisa aprofundada sobre tal assunto. É nesse sentido que, para a intervenção e a prevenção do bullying, a equipe escolar deve estimular o diálogo dentro da escola para que os alunos percebam que todos são peças fundamentais no combate à violência escolar ao repreendê-la e ao partilhar de forma efetiva os amplos valores de cidadania. Para tanto, deve-se implantar um programa de prevenção que trabalhe com estratégias psicopedagógicas baseadas em princípios e valores humanos como a tolerância e o respeito às diferenças e estendê-lo à toda comunidade escolar, pois só assim se garantirá a construção da autoestima, do amor a si e ao próximo e, acima de tudo, da valorização das diferenças e dos diferentes. Para exemplificação de como é fácil e justo fazê-lo, abaixo elencamos alguns programas e medidas formais de combate e bullying que forjam ambientes em que sadiamente se

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desenvolvam a cultura de paz. Seguem: •

Atualmente existe 15 projetos de lei em tramitação no Senado, dois de autoria dos senadores Paulo Paim (PT-RS).

O PLS 178/2009 alterou os artigos 3˚, 14 e 17 e acrescentou o Art. 67 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para fortalecer a cultura da paz nas escolas e nas comunidades adjacentes. Aprovado em caráter terminativo na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), o projeto foi encaminhando a Câmara dos Deputados. A proposta altera a legislação para incluir como principio a ser considerado no ensino superação de todas as formas de violência, internas e externas à escola, na perspectiva de uma cultura de paz.

A criminalização do bullying também está prevista no projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012) que atualmente passa pela analise de uma comissão especial no Senado, no enquadramento denominado ”intimidação vexatória”.

Outro projeto, o PLS 228/2010 altera a Lei 9.394/2006 para incluir entre as incumbências dos estabelecimentos de ensino a promoção do ambiente escolar seguro e a adoção de estratégias de prevenção e contra ao bullying. De autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), o projeto foi aprovado em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura

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e Esporte (CE) em junho de 2011, seguindo para exame na Câmara. •

A câmara do Senado também aprovou PLS 02/12 que inclui duas novas disciplinas obrigatórias nos currículos dos ensinos fundamental e médio: Cidadania Moral e Ética e Ética Social e Política. De autoria do senador Sergio Souza (PMDB-PR), o projeto altera os artigos 32 e 36 da Lei 9.394/1996 que fixa as diretrizes e bases da educação nacional. Na justificativa do projeto, o senador Sérgio argumentou que as novas disciplinas seriam importantes para “resgatar valores éticos e morais” na formação dos cidadãos. O requerimento apresentado pelo líder do governo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), e assinado por mais oito senadores, levou o texto para votação também pelo Plenário. Na avaliação de Cristovam Buarque, dada a desagregação social representada pela atual crise de valores humanos, faz-se necessário que a escola oriente a formação do caráter dos jovens, fortalecendo a formação dada no núcleo familiar. É imprescindível, segundo o relator, que todos possuam uma visão crítica dos principais fatos sociais e políticos, que conheçam os ditames básicos da democracia “sem filtros ideologizantes” como apenas a escola pode apresentar.

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ONZE PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE BULLYING Seguem algumas perguntas oportunas nas quais os (as) educadores (as) podem ter algumas de suas dúvidas respondidas. 1. O QUE FAZER EM SALA DE AULA QUANDO SE IDENTIFICA UM CASO DE BULLYING? Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. “Se algo ocorre e o professor se omite ou até mesmo dá uma risadinha por causa de uma piada ou de um comentário, vai pelo caminho errado. Ele deve ser o primeiro a mostrar respeito e dar o exemplo”, diz Aramis Lopes Neto, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. “Isso não é tão difícil como parece. Basta que o professor se coloque no lugar da vítima. O apelido é engraçado? Mas como eu me sentiria se fosse chamado assim?”, orienta o pediatra Lauro Monteiro Filho.

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2. QUAL O PAPEL DO PROFESSOR EM CONFLITOS FORA DA SALA DE AULA? O professor é um exemplo fundamental de pessoa que não resolve conflitos com a violência. Não adianta, porém, pensar que o bullying só é problema dos educadores quando ocorre do portão para dentro. É papel da escola construir uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas. ‘’Deve-se conscientizar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora do ambiente escolar, como na internet, por exemplo’’, explica Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação ‘’As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral’’, da Universidade de Franca (Unifran). ‘’A intervenção da escola também precisa chegar ao espectador, o agente que aplaude a ação do autor é fundamental para a ocorrência da agressão’’, complementa a especialista.

3. O PROFESSOR TAMBÉM É ALVO DE BULLYING? Conceitualmente, não, pois, para ser considerada bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como colegas de classe ou de trabalho. O professor pode, então, sofrer outros tipos de agressão, como injúria ou difamação ou até física, por parte de um ou mais alunos. Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige a reflexão sobre o convívio entre membros da comunidade escolar. Quando as agressões ocorrem, o problema está na escola como um todo. Em uma reunião com todos os educadores, pode-se descobrir se a violência está acontecendo

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com outras pessoas da equipe para intervir e restabelecer as noções de respeito. Se for uma questão pontual, com um professor apenas, é necessário refletir sobre a relação entre o docente e o aluno ou a classe. ‘’O jovem que faz esse tipo de coisa normalmente quer expor uma relação com o professor que não está bem. Existem comunidades na internet, por exemplo, que homenageiam os docentes. Então, se o aluno se sente respeitado pelo professor, qual o motivo de agredi-lo?’’, questiona Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação “As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran). O professor é uma autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é legitimada com o reconhecimento dos alunos em uma relação de respeito mútua. ‘’O jovem está em processo de formação e o educador é o adulto do conflito e precisa reagir com dignidade’’, afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Unicamp.

4. COMO AGIR COM OS ALUNOS ENVOLVIDOS EM UM CASO DE BULLYING? O foco deve se voltar para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não pode legitimar a atuação do autor da agressão nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como proibi-lo de frequentar o intervalo. Já o alvo precisa ter a autoestima fortalecida e sentir que está em um lugar seguro para falar sobre o ocorrido. “Às vezes, quando o aluno resolve conversar, não recebe a atenção necessária, pois a

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escola não acha o problema grave e deixa passar”, alerta Aramis Lopes, presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria. Ainda é preciso conscientizar o espectador do bullying, que endossa a ação do autor. ‘’Trazer para a aula situações hipotéticas, como realizar atividades com trocas de papéis, são ações que ajudam a conscientizar toda a turma. A exibição de filmes que retratam o bullying, como ‘’As melhores coisas do mundo’’ (Brasil, 2010), da cineasta Laís Bodanzky, também ajudam no trabalho. A partir do momento em que a escola fala com quem assiste à violência, ele para de aplaudir e o autor perde sua fama’’, explica Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação ‘’As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral’’, da Universidade de Franca (Unifran).

5. COMO LIDAR COM O BULLYING CONTRA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA? Conversar abertamente sobre a deficiência é uma ação que deve ser cotidiana na escola. O bullying contra esse público costuma ser estimulado pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, em boa parte, pelo preconceito trazido de casa. De acordo com a psicóloga Sônia Casarin, diretora do S.O.S. Down - Serviço de Orientação sobre Síndrome de Down, em São Paulo, é normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida. Cabe ao educador estabelecer limites para essas reações e buscar erradicá-las não pela imposição, mas por meio da conscientização e do esclarecimento.

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Não se trata de estabelecer vítimas e culpados quando o assunto é o bullying. Isso só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que apenas culpar um aluno e vitimar o outro é desatar os nós da tensão por meio do diálogo. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos educadores oferecer um ambiente propício para que todos, especialmente os que têm deficiência, se desenvolvam. Com respeito e harmonia.

6. COMO DEVE SER UMA CONVERSA COM OS PAIS DOS ALUNOS ENVOLVIDOS NO BULLYING? É preciso mediar a conversa e evitar o tom de acusação de ambos os lados. Esse tipo de abordagem não mostra como o outro se sente ao sofrer bullying. Deve ser sinalizado aos pais que alguns comentários simples, que julgam inofensivos e divertidos, são carregados de ideias preconceituosas. ‘’O ideal é que a questão da reparação da violência passe por um acordo conjunto entre os envolvidos, no qual todos consigam enxergar em que ponto o alvo foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito’’ explica Telma Vinha, professora do Departamento de Psicologia Educacional da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Muitas vezes, a escola trata de forma inadequada os casos relatados por pais e alunos, responsabilizando a família pelo problema. É papel dos educadores sempre dialogar com os pais sobre os conflitos - seja o filho alvo ou autor do bullying, pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico.

7. que fazer em casos extremos de bullying?

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A primeira ação deve ser mostrar aos envolvidos que a escola não tolera determinado tipo de conduta e por quê. Nesse encontro, deve-se abordar a questão da tolerância ao diferente e do respeito por todos, inclusive com os pais dos alunos envolvidos. Mais agressões ou ações impulsivas entre os envolvidos podem ser evitadas com espaços para diálogo. Uma conversa individual com cada um funciona como um desabafo e é função do educador mostrar que ninguém está desamparado. ‘’Os alunos e os pais têm a sensação de impotência e a escola não pode deixá-los abandonados. É mais fácil responsabilizar a família, mas isso não contribui para a resolução de um conflito’’, diz Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A especialista também aponta que a conversa em conjunto, com todos os envolvidos, não pode ser feita em tom de acusação. ‘’Deve-se pensar em maneiras de mostrar como o alvo do bullying se sente com a agressão e chegar a um acordo em conjunto. E, depois de alguns dias, vale perguntar novamente como está a relação entre os envolvidos’’, explica Telma. É também essencial que o trabalho de conscientização seja feito também com os espectadores do bullying, aqueles que endossam a agressão e os que a assistem passivamente. Sem que a plateia entenda quão nociva a violência pode ser, ela se repetirá em outras ocasiões.

8. BULLYING NA EDUCAÇÃO INFANTIL. É POSSÍVEL? Sim, se houver a intenção de ferir ou humilhar o colega repetidas vezes. Entre as crianças menores, é comum que as brigas estejam relacionadas às disputas de território, de posse ou de atenção - o

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que não caracteriza o bullying. No entanto, por exemplo, se uma criança apresentar alguma particularidade, como não conseguir segurar o xixi, e os colegas a segregarem por isso ou darem apelidos para ofendê-la constantemente, trata-se de um caso de bullying. “Há estudos na Psicologia que afirmam que, por volta dos dois anos de idade, há uma primeira tomada de consciência de ‘quem eu sou’, separada de outros objetos, como a mãe. E perto dos 3 anos, as crianças começam a se identificar como um indivíduo diferente do outro, sendo possível que uma criança seja alvo ou vítima de bullying. Essa conduta, porém, será mais freqüentes num momento em que houver uma maior relação entre pares, mais cotidiana e estabelecida com os outros’’, explica Adriana Ramos, pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do curso de pós-graduação As relações interpessoais na escola e a construção da autonomia moral”, da Universidade de Franca (Unifran).

9. QUAIS SÃO AS ESPECIFICIDADES PARA LIDAR COM O BULLYING NA EDUCAÇÃO INFANTIL? Para evitar o bullying, é preciso que a escola valide os princípios de respeito desde cedo. É comum que as crianças menores briguem com o argumento de não gostar uns dos outros, mas o educador precisa apontar que todos devem ser respeitados, independentemente de se dar bem ou não com uma pessoa, para que essa ideia não persista durante o desenvolvimento da criança. Quando o bullying ocorre entre os pequenos, o educador deve ajudar o alvo da agressão a lidar com a dor trazida pelo conflito. A indignação faz com que a criança tenha alguma reação. ‘’Muitas

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vezes, o professor, em vez de mostrar como resolver a briga com uma conversa, incentiva a paz sem o senso de injustiça, pois o submisso não dá trabalho’’, ressalta Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

10. QUE É BULLYING VIRTUAL OU CYBERBULLYING? É o bullying que ocorre em meios eletrônicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras circulando por e-mails, sites, blogs (os diários virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma extensão do que dizem e fazem na escola, mas com o agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara. Dessa forma, o anonimato pode aumentar a crueldade dos comentários e das ameaças e os efeitos podem ser tão graves ou piores. “O autor, assim como o alvo, tem dificuldade de sair de seu papel e retomar valores esquecidos ou formar novos”, explica Luciene Tognetta, doutora em Psicologia Escolar e pesquisadora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp). Esse tormento que a agressão pela internet faz com que a criança ou o adolescente humilhado não se sinta mais seguro em lugar algum, em momento algum. Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. “Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para comprar, aprender ou combinar um passeio.”

11. LIDAR COM O CYBERBULLYING? Mesmo virtual, o cyberbulling precisa receber o mesmo cuidado

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preventivo do bullying e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada para se evitar a agressão na internet. Trabalhar com a ideia de que nem sempre se consegue tirar do ar aquilo que foi para a rede dá à turma a noção de como as piadas ou as provocações não são inofensivas. ‘’O que chamam de brincadeira pode destruir a vida do outro. É também responsabilidade da escola abrir espaço para se discutir o fenômeno’’, afirma Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Caso o bullying ocorra, é preciso deixar evidente para crianças e adolescentes que eles podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre os casos sem medo de represálias, como a proibição de redes sociais ou celulares, uma vez que terão a certeza de que vão encontrar ajuda. ‘’Mas, muitas vezes, as crianças não recorrem aos adultos porque acham que o problema só vai piorar com a intervenção punitiva’’, explica a especialista.


RESULTADOS ESPERADOS Com a aplicação deste projeto que terá sua segunda fase com a execução das atividades proposta no caderno suplementar, espera-se que possamos construir efetivamente uma conscientização que promova a prática de uma cidadania justa na qual nenhuma criança tenha seu presente e futuro comprometidos em virtude de violência, assim como não tenha nenhum de seus direitos sejam alijados. Para tanto, é necessário envolver o âmbito institucional na implantação de ações de redução do comportamento agressivo, intimidante e discriminatório, a fim de desenvolver um ambiente seguro e salutar, promovendo a cultura da paz, o respeito à dignidade humana e a valorização das diferenças. Alguns dos objetivos específicos destinam-se entre outros a informar quanto ao conceito do bullying, bem como estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos de bullying nas escolas e oportunizar momentos de reflexão para as crianças e adolescentes sob tutela escolar da prefeitura acerca das consequências geradas por este fenômeno. Diante disso, os resultados esperados referem-se a promover a reflexão crítica sobre o tema desde a sua conceitualização


e sua identificação até as consequências dessa violência, promovendo uma aprendizagem significativa e contextualizada que possibilite às crianças a contemplação dos princípios para uma educação de respeito às diferenças e amor ao próximo, buscando um comprometimento consigo mesmo e com o meio em que estão inseridas a partir do momento o qual passem a se considerar agentes integrantes e transformadores.


BÍBLIOGRAFIA Projeto desenvolvido na UERJ sobre o bullying pelas professoras Giselle Dias, Mariana Bastos, Maria Elena, Rafaela Barros, Viviane Teixeira. FRANCISCO, Marcos Vinicius & LIBÓRIO, Renata Maria Coimbra. Um estudo sobre bullying entre escolares do ensino fundamental. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22 (2), 200-207, 2009. ABRAMOVAY, Miriam (coord.). Cotidiano das escolas: entre violências. Brasília: UNESCO, 2006. ANTUNES, Deborah Christina & ZUIN, Antônio Álvaro Soares. Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie à educação. Psicologia & Sociedade, 20 (1), 33-42, 2008. LOPES NETO, A.; SAAVEDRA, L.H. Diga não para o bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes. Rio de Janeiro: ABRAPIA, 2003. ALMEIDA, Sidnéia Barbosa de. BULLYING: Conhecimento e


prática pedagógica no ambiente escolar. Psicol.Argum., Curitiba. Vol. 27 nº 58, p.201 -206, jul/ set, 2009. BRASIL. Presidência da República. Lei Nº 8069 de 13 de Julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069. htm FANTE, C. & PEDRA, J. A. Bullying Escolar: perguntas e respostas. Porto Alegre: Artmed, 2008. FANTE, Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, São Paulo: Ed. Versus, 2005. CARNEIRO, Moaci Alves. LDB Fácil. 17˚Edição. Rio de Janeiro, Vozes. 2010 ESPERON, Paulo Sérgio M., Bullying – Comportamento agressivo entre colegas no ambiente escolar. Ed. Pediatria Moderna – 2004 GONÇALVES, Carlos Roberto, Responsabilidade Civil. São Paulo: Saraiva, 2006


CURRÍCULO EQUIPE TÉCNICA

ABIUDE MORAES DE ATAÍDE Pedagoga formada há 5 anos, se atualizou em “Escolas, comunidades e aprendizado com pesquisa de opinião: Educação como desenvolvimento local”, pela Universidade de São Paulo - USP, e se especializou em “Ética, valores e cidadania na escola”, também pela Universidade de São Paulo - USP. Atualmente cursa História. Atua como professora do município de São Paulo, já fez parte do corpo docente da Prefeitura de Santo André e do Estado de São Paulo. Tem experiência na área da Educação, com ênfase em ética, atuando principalmente nos seguintes temas: cidadania, valores, violência, temas transversais e aprendizagem.

JACQUELINE PAIVA Formada em História, faz especialização para o magistério na Universidade de São Paulo - USP. Durante a graduação foi auxiliar de pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência -


NEV/USP e de sua pesquisa iniciaram-se os trabalhos para a realização do projeto “Bullying - não quero ir para a escola”.

PATRÍCIA ARAÚJO Pedagoga formada já há 10 anos, possui especialização em “A Práxis como atividade formadora - Ensino Fundamental”, pela Universidade de São Paulo - USP, e especialização em Magistério do Ensino Superior, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Atua como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na Prefeitura Municipal de Santo André e na Prefeitura Municipal de São Paulo.


contato@paviocultural.com.br www.paviocultural.com.br facebook.com/paviocultural youtube.com/paviocultural (11) 2857-5644 / 2737-7432


CADERNO DE APLICAÇÕES - NÍVEL 1

40


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