Fundamentos de matemรกtica para engenharias e tecnologias
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) B712f
Bonetto, Giácomo Augusto. Fundamentos de matemática para engenharias e tecnologias / Giácomo Augusto Bonetto, Afrânio Carlos Murolo. – São Paulo, SP : Cengage Learning, 2016.368 p. : il. ; 26 cm.
ISBN 978-85-221-2575-3
1. Matemática aplicada. 2. Engenharia. 3. Tecnologia. I. Murolo, Afrânio Carlos. II. Título.
CDU 51:62 CDD 510
Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática aplicada : Engenharia 2. Matemática aplicada : Tecnologia
51:62 51:5/6
(Bibliotecária responsável: Sabrina Leal Araujo – CRB 10/1507)
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Giácomo Augusto Bonetto e Afrânio Carlos Murolo
Fundamentos de matemática para engenharias e tecnologias
Austrália • Brasil • Japão • Coreia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos
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Fundamentos de matemática para engenharias e tecnologias Giácomo Augusto Bonetto e Afrânio Carlos Murolo Gerente editorial: Noelma Brocanelli Editora de desenvolvimento: Gisela Carnicelli Supervisora de produção gráfica: Fabiana Alencar Albuquerque Editora de aquisições: Guacira Simonelli Especialista em direitos autorais: Jenis Oh Revisão: Rosangela Ramos da Silva, Luicy Caetano de Oliveira, Norma Gusukuma Diagramação: Megaarte Design
© 2018 Cengage Learning Edições Ltda. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os meios empregados, sem a permissão por escrito da Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106, 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Esta Editora empenhou-se em contatar os responsáveis pelos direitos autorais de todas as imagens e de outros materiais utilizados neste livro. Se porventura for constatada a omissão involuntária na identificação de algum deles, dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos. A Editora não se responsabiliza pelo funcionamento dos sites contidos neste livro que possam estar suspensos.
Gráficos: Casa Editorial Maluhy Capa: BuonoDisegno Imagem de capa: Tumbartsev/Shutterstock Respostas para os exercícios (arquivo disponível na página deste livro no site da Editora): Leandro Albino
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© 2018 Cengage Learning. Todos os direitos reservados. ISBN 13: 978-85-221-2575-3 ISBN 10: 85-221-2575-9 Cengage Learning Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 11 – Torre A, Conj. 12 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 Fax: 3665-9901 SAC: 0800 11 19 39 Para suas soluções de curso e aprendizado, visite www.cengage.com.br
Impresso no Brasil Printed in Brazil 1 2 3 4 5 6 21 20 19 18 17 16
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A Karina, Isabel e Heitor GiĂĄcomo
A Maria Helena, Rafael e Fernanda Afrânio
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Agradecimentos Agradecemos a todos que de forma direta ou indireta nos incentivaram na realização e execução desse trabalho com críticas e sugestões valiosas! De forma especial agradecemos à toda equipe da Cengage Learning! À nossa gerente editorial Noelma Brocanelli por acreditar no projeto e nos apoiar desde as conversas iniciais de concepção da obra. À nossa gerente de aquisições Guacira Simonelli que apostou na forma proposta e no potencial do livro. À Gisela Carnicelli com quem trabalhamos de maneira direta e que nos brindou com a composição e execução dos processos de produção do livro. Ao Eduardo Mônaco, que sempre nos incentivou e orientou sobre a demanda do público ao qual o livro se destina. Ao professor Leandro Albino pela elaboração das respostas dos exercícios propostos. Aos revisores, pelo cuidadoso e preciso trabalho de revisão e copidesque dos originais. À toda equipe de produção e divulgação do livro. Agradecemos aos nossos amigos professores pelas valiosas observações e sugestões, em especial ao professor Amauri Amorim pelas pertinentes sugestões e observações quanto aos conceitos e aplicações práticas envolvendo a Física; aos professores Ricardo Cachichi e Carlos Henrique Albrecht quanto às aplicações práticas envolvendo a Química; ao professor Cláudio Arconcher pelas sugestões sempre sábias em relação aos conceitos matemáticos. Agradecemos aos nossos alunos e colegas professores que de maneira direta ou indireta sempre acompanharam nossa caminhada e nortearam a concepção e formas didáticas do conteúdo que apresentamos nesse livro! Finalmente, agradecemos aos nossos familiares pelo amor, carinho, apoio e compreensão na rotina de escrita e revisões já que esse processo foi, em muitos momentos, bastante intenso! Giácomo e Afrânio
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Palavra ao leitor Caro leitor, Fundamentos de matemática para engenharias e tecnologias é o resultado de nossa experiência em muitos anos no ensino superior e é voltado para os cursos de engenharia, tecnologia e ciências exatas. Procuramos apresentar os conceitos matemáticos de forma clara, simples e direta, sempre atentos às muitas possibilidades de aplicações práticas. Nesses anos, percebemos que os alunos se mostram mais motivados quando entendem as aplicações práticas da matemática, bem como quando conseguem resolver os exercícios e atividades propostas de matemática. Nesse sentido, apresentamos, no início de cada capítulo, “Estudos de Caso” com situações-problema nas áreas da engenharia e tecnologia, cujo conteúdo matemático necessário para resolvê-los é mostrado no capítulo. Ao final de cada seção dos capítulos, também propomos exercícios cuidadosamente pensados e planejados para que sua resolução seja didática e ajude o aluno a assimilar os conceitos matemáticos envolvidos. Os exemplos, exercícios, problemas e questões propostas buscam facilitar o ensino e a aprendizagem e o uso do livro em sala de aula. Na página deste livro no site da Cengage o leitor encontra exercícios complementares com abordagem variada para aprimorar e complementar o desenvolvimento das habilidades matemáticas. É só acessar o site da Cengage (www.cengage.com.br) e no campo de busca digitar o nome deste livro. Quando a página carregar, o leitor logo visualizará o link para download do material. Também disponível para download está o suplemento com todas as respostas e soluções dos exercícios e atividades propostas. Quanto aos conteúdos desenvolvidos, dividimos o livro em três partes: • Parte 1, com aritmética e álgebra elementares necessárias no restante do livro e que revisam assuntos do ensino fundamental e médio. • Parte 2, com um estudo detalhado das funções matemáticas, explorando importantes aplicações práticas na seção final dos capítulos.
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• Parte 3, com uma introdução ao cálculo diferencial. Nessa parte, no Capítulo 12, fazemos o estudo dos limites. Para quem quiser explorar de maneira intuitiva os limites, recomendamos as seções 12.1, 12.2 e o início das seções 12.4 e 12.5. Para quem quiser explorar em detalhes os limites e aprender a calculá-los com o auxílio de propriedades, recomendamos o estudo de todas as seções. Ainda na Parte 3, o Capítulo 13 traz os principais aspectos do conceito de derivada e interpretações de suas aplicações. Esperamos que este livro ajude-o, de modo prático, a desenvolver habilidades matemáticas necessárias nos seus estudos nas áreas da engenharia e tecnologia e o auxilie em sua profissão na tomada de decisões. Estamos felizes por tê-lo como leitor e usuário de nosso texto e agradecemos antecipadamente suas críticas e sugestões! Os autores
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Sumário
Parte 1 – Aritmética e álgebra elementares Capítulo 1
Aritmética e álgebra elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Conjuntos numéricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.1
Noção de conjunto, elemento e representações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 Subconjunto e conjuntos especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 União de conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Intersecção de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Diferença de conjuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 Complementar de um conjunto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Conjunto de números naturais: N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Conjunto dos números inteiros: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Conjunto dos números racionais: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Conjunto dos números irracionais: I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Conjunto dos números reais: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2
Potenciação e radiciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 Potência inteira e positiva de um número real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Potência inteira de um número real não nulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Regras de potenciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Raiz n-ésima (com índice par positivo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Raiz n-ésima (com índice ímpar positivo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Propriedades da raiz n-ésima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 Potência com expoente racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3
Fatoração e produtos notáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Equações e identidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Fatoração, fator comum e agrupamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 Multiplicação da soma pela diferença – diferença de quadrados . . . . . . . . 17 Quadrado da soma e da diferença – trinômio do quadrado perfeito . . . . . . 18 Cubo da soma e da diferença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Soma e diferença de cubos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4
Equação do primeiro grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 Solução da equação do primeiro grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
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1.5
Equação do segundo grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Equações do segundo grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Resolução das equações do segundo grau “incompletas” . . . . . . . . . . . . . 22 Resolução das equações do segundo grau “completas” . . . . . . . . . . . . . . 24 Conjunto solução das equações do segundo grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.6
Intervalos numéricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 Intervalo aberto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Intervalo fechado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Intervalos semiabertos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Intervalos infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
1.7
Desigualdades e inequações do primeiro grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Desigualdades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 Princípios aditivo e multiplicativo de desigualdades . . . . . . . . . . . . . . . . 30 Inequações do primeiro grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.8
Razão e proporção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Razão de dois números . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Proporção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33 Propriedades das proporções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
1.9
Regra de três . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Grandezas diretamente proporcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Regra de três simples direta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Grandezas inversamente proporcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Regra de três simples inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Regra de três composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
1.10 Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Acréscimos percentuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Reduções percentuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 Acréscimos e reduções percentuais sucessivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Parte 2 – Funções Capítulo 2
O conceito de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48
O conceito de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
2.1
A noção intuitiva de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 Representações de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Conceito matemático de função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51 Função real de uma variável real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Variável dependente e independente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 Associações entre elementos de conjuntos e que não são funções . . . . . . . 53
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SUMÁRIO
2.2
XIII
Elementos no estudo de uma função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 Elementos da representação gráfica de funções no plano cartesiano . . . . . 57 Quadrantes e pontos nos eixos coordenados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57 “Zero” ou “raiz” de uma função e interpretação gráfica . . . . . . . . . . . . . . 58 Leitura do sinal de uma função graficamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58 Comparação entre duas funções graficamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
2.3
Função crescente e função decrescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Função crescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Função decrescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Intervalos de crescimento e decrescimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
2.4
Função composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Função composta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
2.5 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Mudanças de fase de substâncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67 Posição e velocidade em um lançamento vertical para cima . . . . . . . . . . . 69 Produção dependente dos insumos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Solubilidade de sais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Capítulo 3
Função linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Função linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
3.1
Função linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Função constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Gráfico da função linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Coeficiente linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Taxa de variação ou coeficiente angular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
3.2
Modelos lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Modelos lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 Posição de um móvel no movimento uniforme (MU) . . . . . . . . . . . . . . . . 79 Restrição orçamentária linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3.3
3.4 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86
Obtenção da função linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82 Escalas de temperatura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Dilatação linear dos sólidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86 Lei de Gay-Lussac e Lei de Charles – Transformações de um gás ideal . . . . . 87 Primeira Lei de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Equação característica de um gerador elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Capítulo 4
Função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
4.1
Função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
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XIV
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Gráfico da função quadrática e seus elementos “passo a passo” . . . . . . . . . 94 Forma fatorada da função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96 Exemplos de obtenção da função quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
4.2 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Pontos de máximo ou mínimo a partir do vértice . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Intervalos de crescimento/decrescimento a partir do vértice . . . . . . . . . 100 Movimento uniformemente variado (MUV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Potência útil de um gerador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101 Áreas máximas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102 Demanda, receita, custo e lucro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Capítulo 5
Função exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Função exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
5.1
Função exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108 Gráfico e comportamento da função a partir da base . . . . . . . . . . . . . . 109 Famílias de funções exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
5.2
Modelos exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 Identificando funções exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 Crescimentos populacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113 Montante a juros compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Decaimento exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
5.3
Obtenção da função exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
5.4
Função exponencial com base e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 O número e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120 Função exponencial de base e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122 Crescimento e decrescimento exponencial a taxas contínuas . . . . . . . . . 123
5.5 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Decaimento radioativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Lei de resfriamento de Newton . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Curva de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Capítulo 6
Funções especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Operações com funções e transformações gráficas . . . . . . . . . . . . . . . 131
6.1
Deslocamentos verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 Deslocamentos horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Reflexões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132 Expansões e contrações verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Expansões e contrações horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
6.2
Funções pares, ímpares e periódicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Função par . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137 Função ímpar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137
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SUMÁRIO
XV
Função periódica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
6.3
Função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Função sobrejetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139 Função injetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Função bijetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140
6.4
Função definida por partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143
6.5
Função modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Função definida por partes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 Módulo de um número real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144 Propriedades do módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Função modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
6.6 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Curva de aprendizagem e produtividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Dilatação linear de sólidos e a função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149 Posição de um móvel e a função definida por partes . . . . . . . . . . . . . . . 150 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Capítulo 7
Funções logarítmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
7.1 Logaritmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Definição de logaritmo de um número . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Consequências da definição de logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155 Propriedades operatórias dos logaritmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
7.2
Base 10 e base e . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 Logaritmos na base 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158 Logaritmos na base e = 2,71828182... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
7.3
Função logarítmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Função logarítmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Gráfico e comportamento da função logarítmica a partir da base . . . . . . 162
7.4 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 pH de uma solução aquosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165 Terremotos e a escala de magnitude de momento . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 A meia-vida na desintegração radioativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167 Obtendo a inversa de uma função montante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Capítulo 8
Funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Trigonometria no triângulo retângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
8.1
Seno, cosseno e tangente no triângulo retângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 Relações elementares entre seno, cosseno e tangente . . . . . . . . . . . . . . 173 Seno, cosseno e tangente para arcos notáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174
8.2 Radianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Medida de um ângulo em graus (o) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
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XVI
F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
Medida de um ângulo em radianos (rad) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 178 Medida de um ângulo de uma volta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 179 Transformação graus × radianos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 180
8.3
Circunferência trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 Circunferência trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181 Quadrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182 Arcos côngruos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182
8.4
Seno, cosseno e tangente na circunferência trigonométrica . . . . . . . . . 184 Seno e cosseno de um número real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 184 Tangente de um número real . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
8.5
Função seno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189 Função seno e seu gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 189
8.6
Função cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 191 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
8.7
Outras funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Função tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195 Função secante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Função cossecante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197 Função cotangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
8.8
Funções trigonométricas inversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 Existência das funções trigonométricas inversas . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 Função arco-seno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Função arco-cosseno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201 Função arco-tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202
8.9 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Altura de um prédio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203 Tensão elétrica alternada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204 Movimento harmônico simples . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210
Capítulo 9
Função potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211
Função potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212
9.1
Função potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 212 Concavidade e as taxas de crescimento/decrescimento . . . . . . . . . . . . . 213 1o Caso: potências inteiras e positivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 2o Caso: potências fracionárias e positivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 3o Caso: potências inteiras e negativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215 Comparações entre funções potências positivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 216
9.2 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 Produção e insumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220 Fluxo de calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221 Potência e velocidade máxima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
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SUMÁRIO
XVII
Lei de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227
Capítulo 10 Função polinomial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 228
10.1
Função polinomial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 Função polinomial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 Termo dominante e valores da função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 230 Grau, ponto de inflexão e concavidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 231 Termo independente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232 Forma fatorada e multiplicidade das raízes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
10.2 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 Função custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 236 Posição de uma partícula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 240
Capítulo 11
Função racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 241
Função racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
11.1
Função racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242 Assíntotas verticais e horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243 Passos para o gráfico da função racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
11.2 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Concentração de um ácido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253 Custo médio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Parte 3 – Introdução ao cálculo diferencial Capítulo 12 Noções de limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
12.1
Noção intuitiva de limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Noções iniciais – valores de f quando x → a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261 Valores de f “aumentando arbitrariamente” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262 Valores de f quando x → ∞ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
12.2
Limite para x → a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 Limites laterais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 Uma definição de limite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 268
12.3
Propriedades básicas de limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 Propriedades envolvendo lim f (x)=L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270 x a
Substituição direta em limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272 Existência do limite para x → a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275
12.4
Limites infinitos e assíntotas verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277 Limites infinitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 277 Assíntotas verticais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280 Cálculo de limites infinitos com auxílio de propriedades . . . . . . . . . . . . 281
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XVIII
F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
12.5
Limites no infinito e assíntotas horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285 Limites no infinito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286 Assíntotas horizontais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288 Limites infinitos no infinito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 289 Cálculo de limites no infinito com auxílio de propriedades . . . . . . . . . . 291
12.6
Limites fundamentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295 Teorema do confronto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295 Limite trigonométrico fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 296 Limite exponencial fundamental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298
12.7
A noção de continuidade de uma função . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .300 Função contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300 Propriedades da função contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 304
12.8 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Poluição industrial e limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 309 Lei de Coulomb e limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311 Concentração de um ácido e limites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 312 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Capítulo 13 O conceito de derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 316
13.1
Taxas de variação média e instantânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317 Abordagens para o conceito de derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 317 Contexto e motivação para o conceito de derivada . . . . . . . . . . . . . . . . 318 Função da posição de um móvel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 Taxa de variação média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 319 Taxa de variação média de f num intervalo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 Taxa de variação instantânea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 323
13.2
Derivada de uma função num ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
13.3
Interpretação gráfica da derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329 Taxa de variação média como ‘inclinação’ da reta secante . . . . . . . . . . . 329 Derivada como ‘inclinação’ da reta tangente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 331 Reta tangente à curva num ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334
13.4
Função derivada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Diferentes derivadas para diferentes pontos e a função derivada . . . . . . . 336
13.5 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 Decaimento radioativo e uma estimativa da derivada . . . . . . . . . . . . . . 340 Taxa de variação da pressão em relação ao volume de um gás . . . . . . . . . 340 Palavras-chave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 343
Apêndice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 345
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
Parte 1
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1
Aritmética e álgebra elementares
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1
Aritmética e álgebra elementares
Objetivos do capítulo
N
este capítulo, você fará uma revisão de vários assuntos da matemática básica. Essa revisão resgata um pouco de aritmética e álgebra elementares que são importan
tes para o desenvolvimento de outros assuntos da matemática. Tópicos como potencia-
ção, equações de 1o e 2o graus, intervalos numéricos, inequações, razão, proporção e porcentagens, que você reverá neste capítulo, serão muito utilizados e úteis nos capítulos seguintes. Esses tópicos o ajudarão a entender mais adiante assuntos como as funções linear, quadrática, exponencial e logarítmica. Você perceberá também que com essa matemática básica é possível resolver alguns problemas envolvendo situações práticas.
Estudo de caso Uma indústria de cosméticos está interes-
manutenção das máquinas, sendo essas
sada na melhoria de seus processos produ-
variáveis diretamente proporcionais aos
tivos e de vendas. Estudou-se a produção
números 2, 5 e 1. Em relação às vendas
diária dos cosméticos das Linhas “A” e
conjuntas das duas linhas de cosméticos,
“B” obtendo-se produções PA = 0,005x
2
2,5
constatou-se que elas cresceram suces-
e PB = 0,01x (em milhares de unidades) e
sivamente 5%, 8% e 12% em três meses
custos C A = 15x + 6.000 e CB = 20x + 4.000
seguidos, comparativamente ao mesmo
(em $) associados à quantidade x de
período do ano anterior. O aumento
insumos envolvidos nessas produções.
das vendas abre a possibilidade de um
Os insumos dependem, grosso modo, de
aumento dos preços realinhando-os à
três variáveis: o número de funcioná-
nova demanda. O departamento de enge-
rios; as quantidades de matérias-primas
nharia e planejamento pretende respon-
e o número de horas de operação e de
der às perguntas: Quais as quantidades
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custos da Linha “B” superam os da “A”?
produzidos, aproximadamente, 1.000
Qual o percentual de reajuste de pre-
unidades de cosméticos de cada linha?
ços das linhas se esse aumento for 75%
Desses insumos, qual a quantidade de
do aumento percentual acumulado da
matéria-prima? Sob que condições os
demanda?
buket bariskan/Shutterstock
de insumos necessárias para que sejam
3
Essas questões poderão ser respondidas com o auxílio dos tópicos a serem estudados neste capítulo.
1.1 Conjuntos numéricos Para o estudo dos conjuntos numéricos, vamos relembrar primeiro algumas noções de con juntos e suas principais operações.
Noção de conjunto, elemento e representações Um conjunto traduz a ideia de “agrupamento” ou “coleção” de “objetos ou entes” e esses objetos são os elementos do conjunto. É comum representar um conjunto com seus elementos entre chaves; ou descrevendo a propriedade comum aos seus elementos; ou ainda com elementos em um diagrama de Venn.
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Exemplo 1: Conjunto das vogais.
A a
A = {a, e, i, o, u} ou A = {x|x é vogal} ou
i
e o
u
Figura 1.1 Conjunto A representado pelo diagrama de Venn
Exemplo 2: Conjunto dos divisores naturais de 6.
B 1
B = {1, 2, 3, 6} ou B = {x|x é natural e divide 6} ou
2 3
6
Figura 1.2 Conjunto B representado pelo diagrama de Venn
Quando um objeto é um dos elementos de um conjunto, dizemos que esse objeto “per tence” ao conjunto e usamos o símbolo ∈ para indicar essa pertinência. Caso um objeto não
pertença a um conjunto, para expressar a não pertinência usamos o símbolo ∉. Para os Exem plos 1 e 2 anteriores, podemos escrever, por exemplo, u ∈ A, 3 ∈ B, j ∉ A, 7 ∉ B etc.
Subconjunto e conjuntos especiais
Um conjunto B é subconjunto de A se todo ele mento de B também for elemento de A. Nesse
A B
caso, dizemos que B está “contido” em A e simbo lizamos B ⊂ A. Para negar essa relação de inclu
são, usamos o símbolo ⊄. Uma representação possível da inclusão de B em A pode ser feita com o diagrama de Venn, conforme a Figura 1.3.
Figura 1.3 Representação de B ⊂ A.
Exemplo 3: B = {2, 3, 5, 7} é subconjunto de A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, pois todo elemento de B também é elemento de A. Nesse caso, escrevemos B ⊂ A.
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Exemplo 4: D = {2, 3, 5, 10} não é subconjunto de A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, pois nem todo elemento de D é elemento de A (note que 10 ∉ A). Nesse caso, escrevemos D ⊄ A. O conjunto que não possui elementos é chamado conjunto vazio e é simbolizado por ∅ ou { }.1
Exemplo 5: Dado A = {x|x < 2 e x > 2}, então A = ∅. O conjunto universo, que simbolizamos por U, é aquele que possui todos os elementos
com os quais estamos lidando em uma determinada situação.
Exemplo 6: Se estamos resolvendo uma equação e dizemos que o universo é o con junto dos números inteiros, então as soluções procuradas devem pertencer a U = {…, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,…} ou U = .
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos elementos.
Exemplo 7: Dados A = { x|x é natural e ímpar} e B = {1, 3, 5, 7, 9, 11,…}, temos A = B.
União de conjunto A união (ou reunião) de dois conjuntos A e
A
B
B, indicada por A ∪ B, é o conjunto formado
pelos elementos que pertencem a A ou per tencem a B. Nesse caso, o conectivo “ou” não é de exclusão, comum na linguagem usual “hoje ando ou corro”. Isso significa que o conjunto A ∪ B é formado pelos ele
mentos que estão em A ou estão em B ou estão em ambos.
AB Figura 1.4 Representação de A ∪ B.
1 Consideramos o conjunto vazio subconjunto de qualquer conjunto, ou seja, ∅ ⊂ A para qualquer conjunto A. Isso ocorre pois, para que ∅ ⊄ A, é necessário existir um elemento x em ∅ e que não pertença a A. Entretanto, sabemos que não existe tal elemento, uma vez que ∅ não tem elementos.
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Exemplo 8: a) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6, 7}, então A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}.
b) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4}, então A ∪ B = {1, 2, 3, 4} = A, pois B ⊂ A. c) A ∪ ∅ = A para qualquer conjunto A.
Intersecção de conjuntos
A
B
A intersecção de dois conjuntos A e B, indicada por A ∩ B, é o conjunto formado pelos elemen tos que, simultaneamente, pertencem a A e per tencem a B.
A
B
Figura 1.5 Representação de A ∩ B.
Exemplo 9: a) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = { 3, 4, 5, 6}, então A ∩ B = {3, 4}.
b) Se C = {1, 2, 3, 4} e D = { 6, 7, 8, 9, 10}, então C ∩ D = ∅.
c) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = { 3, 4}, então A ∩ B = { 3, 4} = B, pois B ⊂ A.
d) A ∩ ∅ = ∅ para qualquer conjunto A.
Diferença de conjuntos
B
A
A diferença A – B de dois conjuntos é o conjunto formado por elementos que pertencem a A, mas que não pertencem a B.
A–B Figura 1.6 Representação de A – B.
Exemplo 10: a) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = { 3, 4, 5, 6, 7}, então A – B = {1, 2} e B – A = {5, 6, 7}. b) Se A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {4, 5}, então A – B = {1, 2, 3} e B – A = ∅. c) Se A = {1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8}, então A – B = A e B – A = B.
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Complementar de um conjunto
B
Quando um conjunto A está contido em B,
A
o complementar de A em relação a B é dado
C AB
pela diferença B – A, ou seja, o complemen tar é o conjunto formado por elementos que pertencem a B e que não pertencem a A. Isso é representado por C BA = B – A.
A
Figura 1.7 Representação de C B .
U
É comum obter o complementar de A em relação ao conjunto universo U em questão
A
(lembre que A ⊂ U). Assim, obtemos o con
C
A
junto dos elementos de U que não pertencem
a A. Nesse caso, indicamos o complementar A
C U = U – A simplesmente por AC ou A. Figura 1.8 Representação de AC ou A.
Exemplo 11: A
a) Se A = {1, 2, 3} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}, então CB = B – A = {0, 4, 5}. b) Se A = {7, 8} e U = {5, 6, 7, 8, 9, 10}, então AC = { 5, 6, 9, 10} = .
Conjunto dos números naturais: O conjunto dos números naturais é dado por = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}. Quando excluímos o número 0 (zero) do conjunto dos naturais, acrescentamos o asterisco (*) ao símbolo , assim * = – {0} = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, …}.
Conjunto dos números inteiros: O conjunto dos números inteiros é dado por = {…, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, …}. Note que o conjunto dos números naturais é subconjunto do conjunto dos números intei ros, ou seja, ⊂ .
Quando excluímos o número 0 (zero) do conjunto dos inteiros, acrescentamos o asterisco
(*) ao símbolo , assim * = – {0} = {…, –3, –2, –1, 1, 2, 3, …}.
Conjunto dos números racionais: O conjunto dos números racionais, , tem como elementos números que podem ser escritos p , em que p e q são números inteiros e q ≠ 0. na forma q
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p |p ∈ , q ∈ e q ≠ 0 q
=
São exemplos de números racionais:
5 = 2,5, – 5 = –1,25, 1 = 0,333 … , 51 = 4,636363 … , –2 = –2 , 3 = 3 , 0 = 0 2 4 3 1 1 11 1 5 5 = Note que os números racionais apresentam representação decimal finita ( = 2,5 e – 2 4 1 –1,25) ou representação decimal infinita e periódica ( = 0,333… e 51 = 4,636363…, também 3 11 chamadas dízimas periódicas). Note ainda que os números naturais e os números inteiros podem ser escritos na forma de p ∈ . números racionais, pois, sendo p um número natural (ou inteiro), podemos fazer p = 1 Assim, os conjuntos dos números naturais e dos números inteiros são subconjuntos do
conjunto dos números racionais, ou seja, ⊂ ⊂ .
Vejamos ainda, nos exemplos a seguir, como obtemos a fração geratriz, dado um número
racional na forma de dízima periódica.
Exemplo 12: Escreva a fração geratriz da dízima periódica 0,333… . Solução: Procuramos a fração x que “gera” a dízima 0,333…, assim x = 0,333… Multiplicando x = 0,333… por 10, podemos escrever x = 0,333… 10x = 3,333… Subtraindo, membro a membro, a 1a equação da 2a equação: 10x x = 3,333… 0,333… 9x = 3 3 x= 9 1 x= 3
Exemplo 13: Escreva a dízima periódica 4,636363… na forma de fração. Solução: Procuramos a fração x tal que x = 4,636363… Multiplicando x = 4,636363… por 100, podemos escrever x = 4,636363… 100x = 463,636363…
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Subtraindo, membro a membro, a 1a equação da 2a equação: 100x x = 463,636363… 4,636363… 99x = 459 x=
459 99
x=
51 11
Conjunto dos números irracionais: I O conjunto dos números irracionais é formado por números cuja representação decimal é infinita e não periódica. São exemplos de números irracionais: 2 = 1,41421356…,
3 = 1,7320508…,
= 3,141592654…, e = 2,718281…
Os números irracionais, embora tenham representação decimal, não podem ser escritos na forma de fração de números inteiros, ou ainda, sua representação decimal não será uma deci mal finita nem uma dízima periódica. É comum provar que
2 = 1,41421356… é um número irracional. A ideia consiste em
supor inicialmente, por absurdo, que
2 é um número racional e ao final de uma sequência
de raciocínios lógicos chegar a uma constatação absurda. Tal constatação nos leva a refutar a suposição inicial de que número irracional.
2 é um número racional, sendo assim concluímos que
2 é um
2
Conjunto dos números reais: O conjunto dos números reais é dado pela reunião entre os conjuntos dos números racio nais e dos números irracionais, isto é, R = Q ⋃ I . Assim, os conjuntos N, Z, Q e I são subconjuntos de R. Costumamos representar geometricamente o conjunto dos números reais associando esses números a pontos em um eixo orientado (reta real).
p 2 é racional, logo pode ser escrito na forma de uma fração irredutível , ou q 2 p p = 2 , obtemos 2 = 2, o que leva a p 2 = 2q 2 . seja, p e q são inteiros e primos entre si. Se elevarmos ao quadrado q q 2 2 Temos p múltiplo de 2, ou seja, p é par e, consequentemente, p também é par e o escrevemos p = 2k ( k inteiro). 2 2 2 2k = 2q , o que leva a 4k 2 = 2q 2, resultando em q 2 = 2k 2 . Temos q múltiplo de 2, ou seja, Podemos então escrever ( ) 2 q é par e, consequentemente, q também é par! Chegamos a um absurdo, dado que p e q não podem ser ambos números pares, pois são primos entre si. Logo, é falso admitir, inicialmente, que 2 é racional! Concluímos que 2 é irracional. 2 Consideremos, por absurdo, que
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Para essa representação, tomamos o ponto O (associado ao número 0) como origem do eixo, estabelecendo um sentido de percurso (crescimento dos números, geralmente à direita) e uma unidade de comprimento, de modo que um número positivo x > 0 é representado por um ponto A à direita de O. O número
x < 0 , oposto de x , pode ser representado por A'
(simétrico de A) e estará à esquerda de O. Assim, se outro ponto B representar um número y maior que x , ele estará à direita de A.
A’
O
A
B
–x
0
x
y
Figura 1.9 Números reais representados geometricamente
Exemplo 14: Números 3 ,
3 , 1,
–3
e 4 representados na reta real.
2,
0 3
1
4 π
2
Figura 1.10 Números na reta real
Exercícios 1. Representando por meio de chaves, es
2. Seja
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5}. Escreva os
creva os conjuntos:
conjuntos:
a) A = {x x é natural e divide 10}
a) R = { x
A x é par}
b) S = { x
A x é primo}
c) T = { x
A x + 2 < 6}
b) B = {x x é par natural e menor que 11} c) C é o conjunto dos naturais múltiplos de 3 e menores que 20 d) D é o conjunto dos inteiros maiores que 4 e menores que 6 e) E é o conjunto dos ímpares maiores que 6 e menores que 8 f) F = { x
N x < 10}
g) G = { x
N 2x + 4 = 10}
N 2x + 4 = 10}
h) H = { x
{ j) J = { x i) I = x
} = 9}
N x2 = 9 Zx
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2
{ e) V = { x
d) U = x
} = 3}
A x2 = 4 Ax
2
3. Dado o conjunto
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} ,
complete as sentenças abaixo utilizando um dos símbolos ∈, ∉, ⊂ e ⊄. a) 1 ____ A c) 0 ____ A
b) {1} ____ A
e) 7 ____ A
f) {7} ____ A
g) 1 ____ A
h) {0, 2, 4}____ A
i) {4, 5, 6} ____ A
j) A ____ A
d) 0/ ____ A
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4. Sejam os conjuntos E = {0, 1, 2, 3, 4, 5}, F = { 3, 4, 5, 6, 7} , G = { 2, 3, 4 } ,
7. Sejam os conjuntos numéricos N, Z, Q, I e R. Classifique em verdadeiro ou falso as
H = {8, 9} e o universo
afirmações:
U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} .
a) 0
Obtenha os conjuntos:
c) 1,5
a) E ⋃ F
b) E ⋂ F
c) E F
d) F E
e) E ⋃ G
f) E ⋂ G
g) E G
h) G E
i) G ⋃ H
j) G ⋂ H
k) G H
l) H G
q) G C
p) E C C
s) (F ⋂ G )
t) (G ⋃ H )
5. “Dado um conjunto A , o conjunto das partes de A , representado por P(A), é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A”. Obtenha P(A) para:
d) 3,777… I
Q
f)
h) 7
Q
j) 5e
l)
Q
7
números racionais: 5 2 b) c) a) 4 3 5 16 e) f) g) 8 25 9. Escreva na forma de
23 d) 5 20 6 7 9 h) 9 7 fração as seguintes
dízimas periódicas:
a) A = {3, 4}
a) 1,3333...
b) A = {3, 4, 5} 6. Em uma escola, foram entrevistados 40 alunos e descobriu-se que 26 deles gostam de Português, 18 gostam de Matemática, 10 gostam das duas disciplinas. Esboce a situação descrita com um diagrama de Venn e responda: a) Quantos alunos gostam apenas de Português? b) Quantos alunos gostam de Português ou Matemática? c) Quantos
N
8. Escreva na forma decimal os seguintes
r) H C
C
b) 2
Z
e) 0,5555… 2 I g) 5 i) 5 I k) 0,7
m) (E ⋂ F) ⋂ G n) (E ⋂ F) ⋃ H o) C EG
Q
alunos
não
nenhuma das disciplinas?
gostam
de
b) 5,6666... c) 0,454545...
d) 0,171717... e) 0,7222...
f) 5,31111...
10. Complete as sentenças utilizando um dos símbolos ⊂ e ⊄. a) ____ c) ____ e) ____
11. Determine:
b) ____ d) ____ f) ____
b) ⋂ c) ⋃ a) ⋃ d) ⋂ e) ⋃ f) ⋂ g) ( ⋂ ) ⋃ h) ( ⋂ ) ⋃ i) ⋂ 12. Represente numa reta numérica os 1 2 5, , números 0 , 3 , , 3 , –π, 2 2 3 5 e . 2
1.2 Potenciação e radiciação Vamos relembrar alguns tópicos de potenciação e radiciação. O domínio desses tópicos é importante para o estudo futuro de algumas funções, tais como função potência, função racional e função exponencial.
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PotĂŞncia inteira e positiva de um nĂşmero real Para o nĂşmero real a e n = 2, 3, 4, â&#x20AC;Ś, temos: a1 = a n
a = a â&#x2C6;&#x2122; a â&#x2C6;&#x2122; â&#x20AC;Ś â&#x2C6;&#x2122;a n fatores
Exemplo 15: a)â&#x20AC;&#x201A; 71 = 7 â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;b) 34 = 3 3 3 3 = 81â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;c)â&#x20AC;&#x201A;
( 2)
3
= ( 2)
( 2) ( 2) =
8
PotĂŞncia inteira de um nĂşmero real nĂŁo nulo Para o nĂşmero real a nĂŁo nulo e n = 1, 2, 3, 4, â&#x20AC;Ś, temos: 0
a =1 â&#x20AC;&#x201C;n
a =
1 n a
Exemplo 16: 3 a)â&#x20AC;&#x201A; 50 = 1 â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;b)â&#x20AC;&#x201A; 2 =
1 1 = â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;â&#x20AC;&#x192;c)â&#x20AC;&#x201A; 4 23 8 5
1
=
1 5 = 4 4 5
Regras de potenciação Para os nĂşmeros reais a e b nĂŁo nulos, m e n inteiros, temos as propriedades: m m n m+n m n mn â&#x20AC;˘â&#x20AC;&#x201A; a a = a â&#x20AC;˘â&#x20AC;&#x201A; a = am n â&#x20AC;˘â&#x20AC;&#x201A; ( a ) = a n a n n n n a an â&#x20AC;˘ ( ab) = a b â&#x20AC;˘â&#x20AC;&#x201A; = n b b
Exemplo 17: 3 4 3+4 7 a)â&#x20AC;&#x201A; 2 2 = 2 = 2 = 2 2 2 2 2 2 2 = 128 2
3 32 6 c)â&#x20AC;&#x201A; (10 ) = 10 = 10 = 1.000.000
e)â&#x20AC;&#x201A;
5 3
2
=
b)â&#x20AC;&#x201A;
10 5 = 10 5 3 = 10 2 = 10 10 = 100 10 3 2
2 2 d)â&#x20AC;&#x201A; (3 5) = 3 5 = 9 25 = 225
52 25 = 2 3 9
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Raiz n-ésima (com índice par positivo) Para o número real b 0 e o número par n > 1, chamamos de raiz n-ésima de b ao número a 0 tal que an = b e a indicamos por a = n b . Nessa expressão, n é o índice, b é o radicando, a é a raiz n-ésima e o símbolo Quando o índice é n = 2 costumamos usar apenas o símbolo
, em vez de
é o radical. 2
.
Exemplo 18: a)
25 = 5 , pois 5 2 = 25 . b)
4
81 = 3 , pois 34 = 81. c)
0 = 0 , pois 0 2 = 0 .
Note que a definição dada impõe o radicando real b 0 e índice par n > 1. Assim, tal defi 1, 4, 9, nição não trata de raízes de índice par com radicandos negativos (como 4
1 etc.). Raízes de índice par e radicando negativo não são números reais; tais raízes repre
sentam números complexos.
Raiz n-ésima (com índice ímpar positivo) Para o número real b e o número ímpar n > 1, chamamos de raiz n-ésima de b ao número a tal n que a = b e a indicamos por a = n b .
Exemplo 19: a)
3
8 = 2 , pois 23 = 8. b)
5
32 = 2, pois
( 2)
5
= 32 . c) 7 0 = 0 , pois 0 7 = 0 .
Propriedades da raiz n-ésima Para os inteiros m e n, com m > 1 e n > 1 • quando n e mn são ímpares; • considerando a ≥ 0 e b ≥ 0 quando n e mn são pares; valem as propriedades: •
( a)
n
•
( a)
m
n
n
= a
•
n
= n am
•
m n
Para a propriedade np
ab = n a n b
•
a = mn a
•
( a) n
m
n
a na = b nb np
(b
0)
amp = n am
= n am , devemos ainda ter a ≠ 0 se m < 0 e, para a propriedade
amp = n am , é necessário a real, a > 0; n e p inteiros maiores que 1. É importante lembrar que
ou ainda,
( 3) 2 =
00_fundamentos_matematica_novo.indb 13
x 2 = x , em que x =
x se x 0, . Por exemplo, x se x < 0
52 = 5 = 5 ,
3 = 3.
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14
F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
Exemplo 20: 4
a)
( 7)
d)
( 5)
4
3
2
=7
b)
3
= 3 5 2 = 3 25
e)
3 4
3
4
5 = 3 4 5 = 3 20
f)
5 = 3 4 5 = 12 5
Potência com expoente racional
5
c)
128 5 128 5 = = 32 = 2 4 4
5 10
76 = 5 2 7 3 2 = 5 73
p , com p e q inteiros e q > 0, temos q
Dados o número real positivo a e o número racional p
aq =
q
ap
e, em particular, para q inteiro e q > 1, temos 1
aq =
q
a
Exemplo 21: 3
a) 2 4 =
1
1 4
23 = 4 8 b) 2 3 =
3
2 c) 25 2 =
25 = 5
Vale ressaltar ainda que dados os números reais positivos a e b e os números racionais m e n, temos também as seguintes propriedades para as potências racionais: am = am n an n a an n • ( ab) = anb n • = n b b • aman = am+n
n
• ( am ) = amn
•
Exercícios 13. Calcule o valor de: a) 4 3 c)
( 5)
2
4
e) 2
00_fundamentos_matematica_novo.indb 14
b)
( 2)
d)
1 2
f)
2 3
5
2
g) 4 1 i)
3
k)
4 5
h) 3
2
j)
1 5
2
1 2
2
3
l) 0,01 2
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
14. Calcule o valor de cada expressão: a) 3 2
3
( 4 ) ( 2)
16. Escreva na forma de raiz. 1
1
4
100 + ( 3)
( 5)
2
7
( 1) ( 3)
4
1 3
81 d) 2 5
2
e) 60
4 3
1 9
3
0
2
2 3
12
4
d) 7 3
9
e) 7 5
f) 7 11
17. Escreva na forma de potência com ex poente fracionário.
3
5
5 2
c) 7 0 ,1
b) 7 3
a) 7 2 2
2
1 5
b)
c)
4
a) 11
b) 3 11
c) 5 11
d) 3 112
3 5 e) 11
f) 7 114
g)
2
1 11
h)
3
1 11
1
i)
5
114
18. Calcule o valor de: 15. Simplifique: a)
7
1
(7 )
6 2 c) x ( y ) x 4 y 11
e) ( x
4
3
(x y
) (x y ) 8
x y
)
x
2
3 2
)
h) 0,36
f) 8 0 ,5
2 3
i) 0,0001 0 ,25
19. Transforme numa só potência as seguin
4
(y
e) 16 2
g) 16 4
2 3
5 4
c) 814
3
d) 27 3
6 5 3 b) 5 5 (5 ) 3 (56 )
d) ( x
b) 8 3
2
72
1
1
a) 25 2
2 3
2
tes expressões:
0)
4
(x y
(x y
0)
0)
a) 7
1 3
1 2
d) 7
7
2 3
9 4
b) 7 : 7
2
1 5
1 4
2
e) 5 3 7 3
y
c) 7
1 1 3 2
4 5 f) 6 4
75
1.3 Fatoração e produtos notáveis Vamos relembrar os principais tópicos de fatoração e produtos notáveis. O domínio desses tópi cos facilita a manipulação de expressões algébricas com diferentes usos na matemática.
Equações e identidades A seguir temos exemplos de expressões algébricas envolvendo a variável x 2x + 10 (1) 1 (2) x 3
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F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
Note que para a expressão (1) podemos efetuar as operações indicadas para todo x real; nesse caso, podemos estabelecer para o domínio da expressão o conjunto R. Já para a expres são (2), o domínio pode ser dado pelo conjunto dos x reais diferentes de 3. Obtemos uma equação pela igualdade de duas expressões, sendo que uma delas possui ao menos uma variável. As três igualdades a seguir são exemplos de equações na variável x :
5x 3 = x + 5 (3)
2x = 2x + 3 (4)
2x 4 + 3x 6 = 5x 10 (5) Para essas equações, os membros à esquerda e à direita das igualdades apresentam ope
rações que podem ser efetuadas para todo x real, assim podemos estabelecer o conjunto R como o domínio das equações. Na equação (3), a igualdade é satisfeita apenas para x = 2, que é chamada solução da equação, e o conjunto S = { 2} é o conjunto solução da equação. Na equação (4), a igualdade não é satisfeita para nenhum valor do domínio, ou seja, não existe x real que torne a sentença verdadeira. Nesse caso, o conjunto solução é S = 0/. Na equação (5), a igualdade é satisfeita para todo valor do domínio, ou seja, qualquer x real torna a sentença verdadeira. Nesse caso, o conjunto solução é o próprio domínio, isto é, S = R. Equações como a equação (5), em que a igualdade é satisfeita para todo valor do domí nio, também são chamadas identidades algébricas. Nos exemplos anteriores, as expressões, equações e identidades envolveram apenas uma variável, x , mas podemos ter expressões, equações e identidades com mais de uma variável, x , y , z , w etc. Muitas identidades podem ser obtidas por meio de operações (adição, subtração, multipli cação, divisão etc.) entre duas expressões algébricas, como os exemplos seguintes:
Exemplo 22: Simplifique as expressões efetuando as operações indicadas. a) (6x 2 5y + 6x + 3) + ( x 2 7y + 2x 1) = 7x 2 12y + 8x + 2 2 b) (5x 4x + 8 )
c) 2x (3x 2
( 2x 5x + 7 ) = 2x 2
3x 3) = 5x 2 4x + 8 2x 2 + 3x + 3 = 3x 2 x +11 3x 2 2x 5x + 2x 7 = 6x3 10x 2 +14x
d) ( x + 2y ) (3x 5y + 4 ) = x (3x 5y + 4 ) + 2y (3x 5y + 4 ) = x 3x x 5y + x 4 + 2y 3x 2y 5y + 2y 4 = 3x 2 5xy + 4x + 6xy 10y 2 + 8y = 3x 2 10y 2 + xy + 4x + 8y
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17
Fatoração, fator comum e agrupamentos Com base no item (c) do Exemplo 22, podemos escrever a identidade 6x3 10x 2 +14x = 2x (3x 2 5x + 7 ) Nessa identidade, o membro 6x3 10x 2 +14x foi escrito na forma da multiplicação 2x (3x 2 5x + 7 ) de dois fatores, 2x e 3x 2 5x + 7 . Dizemos, nesse caso, que fizemos a fatora-
ção de 6x3 10x 2 +14x e que 2x é o fator comum.
Note que 2x “aparece” como fator que é comum em cada parte do membro 6x3 10x 2 +14x : 6x3 10x 2 +14x = 2x 3x 2 2x 5x + 2x 7
Exemplo 23: Fatore as expressões a seguir: a) 3ax 3ay b) 10x 4 + 6x 2 2x c) 12a5b 2 x3 + 4a3b 4 x 2 + 6a4 bx Solução: a) 3ax 3ay = 3a (x y) b) 10x 4 + 6x 2 2x = 2x (5x3+ 3x 1) 5 22 33 3 44 22 3 2 22 c) 12a 12a5b b xx ++4a 4a3b b xx ++6a 6a4 4bx bx==2a 2a3bx(6a bx(6a2bx bx ++2b 2b3 3xx++3a) 3a)
Existem casos em que podemos fatorar a expressão usando agrupamentos dos termos de uma expressão: ac ad + bc bd = a(c d) + b (c d ) = (c d) (a+ b) xa+ 2x + a+ 2 = x(a+ 2)+ a+ 2 = (a+ 2) (x +1) As identidades expostas apresentam produtos de expressões algébricas. Ressaltamos a seguir alguns produtos especiais, que merecem ser memorizados, conhecidos como produtos notáveis: 3
Multiplicação da soma pela diferença – diferença de quadrados ( a+ b ) ( a
b ) = a2 b 2
Exemplo 24: Desenvolva o produto (x +10)(x 10) . Solução: (x +10) (x 10) = x 2 10 2 = x 2 100
3 Sugerimos como exercício a demonstração de cada um desses produtos.
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Quadrado da soma e da diferença – trinômio do quadrado perfeito ( a+ b )
2
= a2 + 2ab + b 2
2
(a
b ) = a2 2ab + b 2
Exemplo 25: Desenvolva os produtos a seguir: a) ( x + 5) 2
b) ( 2x 3)
2
Solução: 2
a) ( x + 5) = x 2 + 2 x 5 + 5 2 = x 2 +10x + 25 22
22
b) ( 2x 3) = ( 2x)
2 2x 3 + 3 22 = 4x 22 12x + 9
Cubo da soma e da diferença ( a+ b ) (a
3
= a3 + 3a2b + 3ab 2 + b 3
3
b ) = a3 3a2b + 3ab 2 b 3
Exemplo 26: Desenvolva os produtos a seguir: 3
a) ( x +10 )
b) ( x 1)
3
Solução: 33
+10)) == xx33 ++33 xx22 10 10 ++33 xx 10 1022 +10 +1033 == xx33 ++30x 30x22 ++300x 300x+1.000 +1.000 a) ((xx+10 33 33 22 22 33 33 22 1+33 xx 11 11 ==xx 3x 3x ++3x 3x 11 b) ((xx 11)) ==xx 33 xx 1+
Soma e diferença de cubos a3 + b 3 = ( a+ b ) ( a2 ab + b 2 ) a3 b 3 = ( a b ) ( a2 + ab + b 2 )
Exemplo 27: Fatore as expressões a seguir utilizando os produtos notáveis: a) x3 + 8 Solução:
b) x3 1
a) x3 + 8 = x3 + 23 = ( x + 2) ( x 2 x 2 + 22 ) = ( x + 2) ( x 2 2x + 4 ) b) x3 1= x3 13 = ( x 1) ( x 2 + x 1+12 ) = ( x 1) ( x 2 + x +1)
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Exercícios 20. Simplifique as expressões efetuando as
22. Desenvolva. 2
b) ( x +1)
2
d) ( x 3)
(x + y ) a)
operações indicadas.
2 2
a) 3a + 5b 3c + 7b 5c + 2a
( x + h) c)
2 2 b) 6x 5y + 6x 7y + 2x 1+ x
e) 3 (x y )
c) ab + xy + 2ab 3xy
g) 2 (3x +1)
2 h) ( x 3)
d) ( 2x 3) + 2x
i) (x + y ) (x y )
j) ( x + 2) ( x 2)
e) ( 2x 3) + (5x
(3x 8 ) 8 ) ( 7x + 8 )
k) ( 4x 5) ( 4x + 5)
l) ( xy 3) ( xy + 3)
f) ( x
(
m) (y 10 ) (y +10 ) n) ( x + 2)
2
2x + 3)
2
2
5x + 2x 8 ) 2
2
3
2 h) x ( x + 2)
2
)
p) (3x 2)
3
c) x 2 + 6x + 9 d) x 2 10x + 25
m) ( x +1) ( x + 2y xy )
e) x 2 + 2x +1
xy + y 3)
f) 2x 2 12x +18
21. Fatore colocando os fatores comuns em evidência e, quando possível, simplifique ainda mais, usando o agrupamento. a) 2ax+ 2ay
b) x 2 + x
c) x3 + x 2
d) 6x3 + 4x 2 + 2x
e) x 2y + x 2 + x
f) x 2y 2 + xy 2
g) a2b 2 + 2abc + c 2 h) x 2 25 i) a2 10.000 j) 9x 2 4 k) 4x 2 25y 2 l) x3 + 6x 2 +12x + 8
g) a( x + y ) + b ( x + y ) h) x ( a b ) + y ( a b ) i) a2 + ab + ac + bc
3
b) x 2 2xy + y 2
l) ( x 2 + 2) ( 2x y ) n) ( x + y ) ( x
2
a) x 2 + 2xy + y 2
k) ( x 1) ( x + 2)
2
2
23. Fatore utilizando os produtos notáveis.
2 i) 3x ( x + xy + y )
j) x ( x xy + x
2
o) ( x 2)
g) 2 ( x 3y )
3
f) (3x 4 )
j) ax bx + ay by
m) x3 +15x 2 + 75x +125 n) x3 9x 2 + 27x 27 o) x3 12x 2 + 48x 64
1.4 Equação do primeiro grau Consideraremos o conjunto dos números reais o conjunto universo para as equações.
Solução da equação do primeiro grau Uma equação com uma incógnita x é denominada equação do primeiro grau se pode ser reduzida por meio de operações elementares à forma ax+ b = 0 em que a e b são números reais e a 0.
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Seu conjunto solução será S=
b a
.
Exemplo 28: Resolva as equações do primeiro grau. a) 3x + 6 = 0 Solução:
b) (2x + 3 ) 3x + 6 = 0 3x = 6 6 x= 3 x= 2 S = { 2}
(4 3x ) = 7 4 ( 5 3x )
Solução: ( 2x + 3 )
(4 3x ) = 7 4 ( 5 3x)
2x + 3 4 + 3x = 7 + 20 +12x 2x + 3x 12x = 7 + 20 3 + 4 7x = 28 7x = 28 28 x= 7 x= 4 S = { 4}
Observação: Equações que são reduzidas à forma ax+ b = 0 com a = 0 são especiais, e o conjunto solução dependerá do valor de b : • Se b
0, o conjunto solução será S = ∅. •
Se b = 0, o conjunto solução será S = R.
Exemplo 29: 0x + 7 = 0 tem conjunto solução S = ∅.
Exemplo 30: 0x + 0 = 0 tem conjunto solução S = R.
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Exercícios 24. Resolva as equações em R.
b) Temperatura igual a 122 oF?
a) 2x + 6 = 8 b) 2x + 4 = 1 6 c) 3x = 5 x d) 2=0 3 e) 1 x 4 = 0 3 7 f) 12 + x = 7 4x g) 3x + 9 = x 5 9 6 3x + 6 2x + 8 h) = 25 10 i) 0 ,18x 0 ,90 = 0 j) (1+ 2x)
(2
3x)
a) Temperatura igual a 41 oF? 28. Em um experimento, uma pilha comum de lanterna teve sua equação caracterís tica dada por U = 9,0 1,0 i , em que U é a diferença de potencial, medida em volt ( V ), e i é a intensidade da corrente, medida em ampère ( A), que atravessou a pilha. Qual é o valor de i quando a dife rença de potencial é igual a 4,5V? 29. Um fio de alumínio tem 200 metros de comprimento à temperatura, de 20 oC.
(
2 + 4x) = 3
k) 5x 1 = 3x 5 3 2 2 6 l) 0 , 21x + 3,33 = 0 ,12x + 6,66 m) 2x + 5 + 5x 6 = 2 4 3 n) 3x +1 x 3 = 2x 2 3 25. Um tampão é aberto em uma caixa d’água e começa a esvaziá-la. A quan tidade, Q , de água (em litros) rema nescente na caixa após t minutos da abertura do tampão é Q = 5.000 40t . Quanto tempo se passou quando há exa tos 2.300 litros de água na caixa? 26. A posição, S (em metros), de um móvel no decorrer tempo, t (em segundos), é dada por S = 300 15t . Qual é o tempo quando a posição é: a) 120 metros? b) 270 metros? 9 C + 32 permite a con 5 versão entre as escalas de temperatura
27. A expressão F =
Fahrenheit (F) e Celsius (C). Para que
Com variações de temperatura, esse fio apresentará expansões ou contra ções, e seu comprimento é dado por L = 200 1+ 24 10
6
(t
20 ) , em que t é
a temperatura do fio (em graus C). Qual é a temperatura do fio quando temos: a) comprimento do fio igual a 200,192 m? b) comprimento do fio igual a 199,904 m? 30. Em uma linha de produção, o custo diá rio, C, para o beneficiamento de x tonela das de um alimento é de C = 1.500 + 75x . Qual a quantidade de alimento bene ficiada num dia em que o custo foi de $ 6.000,00 ? 31. Para uma assistência autorizada, o custo, C , da mão de obra para a manu tenção de um eletrodoméstico em uma visita domiciliar é de C = 50 + 25x, em que x é o número de horas utilizadas na manutenção. Calcule quantas horas são utilizadas na manutenção de um eletro doméstico quando o custo da mão de obra é de $ 162,50 .
valores de C temos:
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Qual o valor das vendas em um mês cujo
32. O salário, S, mensal de um vendedor depende do valor, v, de suas vendas em
salário foi de:
um mês e é dado por S = 2.500 + 0,03v .
a) $ 4.000,00?
b) $ 6.250,00?
1.5 Equação do segundo grau Vamos considerar o conjunto dos números reais o conjunto universo para as equações.
Equações do segundo grau Uma equação com uma incógnita x é denominada equação do segundo grau se, por meio de operações elementares, puder ser reduzida a ax2 + bx + c = 0 em que a, b e c são números reais e a 0. Se b
0, a equação é chamada equação completa.
0 e c
Se b = 0 e/ou c = 0, a equação é chamada equação incompleta.
Exemplo 31: b) 4x 2 + 3 = 0 (Incompleta, pois b = 0 )
a) 4x 2 7x + 3 = 0 (Completa)
c) 4x 2 7x = 0 (Incompleta, pois c = 0) d) 4x 2 = 0 (Incompleta, pois b = 0 e c = 0 ) Temos diferentes maneiras de resolver as equações do segundo grau. A seguir abordare mos algumas formas de resolução.
Resolução das equações do segundo grau “incompletas” 1o Caso Equações incompletas em que b = 0 e c 0 são resolvidas “isolando” x : ax 2 + c = 0 ax 2 = c c x2 = a Ø Quando
c > 0, a solução é dada por duas raízes reais e distintas: a c x=± a S=
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c , a
c a
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Ø Quando
23
c < 0 , as raízes não são números reais, com conjunto solução S = ∅. a
Exemplo 32: Resolva em R a equação 3x 2 12 = 0. Solução:
3x 2 12 = 0 3x 2 = 12 12 x2 = 3 x2 = 4 x=± 4 x = ±2 S = { 2, 2}
Exemplo 33: Resolva em R a equação x 2 + 25 = 0. Solução: x 2 + 25 = 0 x=±
x 2 = 25 25 não representam números reais! Não existe solução real! Logo S = 0/.
2o Caso Equações incompletas em que b 0 e c = 0 são resolvidas com fatoração: ax2 + bx = 0
ax+ b = 0 ax = b b x= (Raiz) a b S = 0, a
x ( ax+ b ) = 0 x = 0 (Raiz)
ou
Exemplo 34: Resolva em R a equação x 2 2x = 0. Solução: x 2 2x = 0 x(x 2)= 0 x=0
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ou
x 2=0 x=2 S = {0, 2}
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3o Caso Para equações incompletas em que b = 0 e c = 0, a única raiz é x = 0, já que a 0: ax2 = 0 x2 = 0 x=0 S = {0}
Resolução das equações do segundo grau “completas” Equações do tipo ax2 + bx + c = 0 , com b 0 e c 0, e as equações incompletas já vistas podem ser resolvidas com a fórmula de Bhaskara: Iniciamos a resolução calculando o discriminante Δ = b 2 4ac se Δ 0 , a equação tem raízes reais dadas por b± Δ 2a
x= se Δ < 0 , a equação não tem raízes reais.
Conjunto solução das equações do segundo grau Ø Para Δ > 0 , as raízes reais são distintas com o conjunto solução S=
b
Δ 2a
b+ Δ 2a
,
Ø Para Δ = 0 , as raízes reais são iguais com o conjunto solução b 2a
S=
Ø Para Δ < 0, o conjunto solução é S = Ø.
Exemplo 35: Resolva em R as equações: a) x 2 3x 10 = 0 Solução: Coeficientes a = 1, b = 3 e c = 10 . Calculando o discriminante: Δ = b 2 4ac
Δ = ( 3)
Como Δ 0 , utilizamos a fórmula x =
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2
4 1 ( 10)
Δ = 49
b± Δ para obter as raízes: 2a
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
x=
( 3)± 49 2 1
x=
3±7 2
x=
4 10 ou x = 2 2
25
x = 5 ou x = 2
Assim, o conjunto solução é S = { 2, 5} . b) x 2 +10x 25 = 0 Solução: Coeficientes a = 1, b = 10 e c = 25 . Calculando o discriminante: Δ = b 2 4ac Como Δ 0, utilizamos a fórmula x = x=
10 ± 0 2 ( 1)
Δ = 10 2 4
( 1)
( 25)
Δ= 0
b± Δ para obter as raízes: 2a 10 ± 0 2
x=
x=
10 2
x=5
Assim, o conjunto solução é S = {5} . c) 5x 2 + 3x + 2 = 0 Solução: Coeficientes a = 5, b = 3 e c = 2. Calculando o discriminante: Δ = b 2 4ac
Δ = 32 4 5 2
Δ = 31
Como Δ < 0 , a equação não tem raiz real, assim o conjunto solução é S = Ø ou S = { }.
Exercícios 33. Resolva as equações em R . a) x
2
b) x
2
c) 2x
o) 3x 2 +12x +12 = 0
9=0
2 p) x + 2x 1= 0
3=0
2 q) 2k + 20k 50 = 0
2
50 = 0
2 r) x 4x + 5 = 0
d) x 2 + 4 = 0
2 s) p + 3p 4 = 0
e) x 2 + x = 0
t) x3 81x = 0
f) 2t
u) x3 +10x 2 = 0
2
10t = 0
g) 2x + 7x = 0 2
2
v) x3 15x 2 + 50x = 0
h) x + 6x 16 = 0
34. A produção, P, depende da quantidade, q ,
i) x 2 + 3x 18 = 0
de insumos utilizados. Em uma fábrica
j) m2 10m+ 21= 0
temos P = 0,05q 2, com P em toneladas e
2
k) 2x +14x + 20 = 0 2
q em milhares de $ . Determine a quanti
l) 0 ,5x + x 7,5 = 0
dade de insumos necessários para que a
m) x 2 5x 4 = 0
produção seja de 80 toneladas.
n) 2t 2 +12t 10 = 0
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26
F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
35. Na construção civil, uma empresa produz
a) Após quanto tempo o objeto atingiu 45 m
calhas com folhas de metal de 60 centí
de altura?
metros de largura que são dobradas con
b) Após quanto tempo o objeto atingiu 50 m
forme a figura:
de altura? c) Após quanto tempo o objeto atingiu 5 m de altura? d) É possível o objeto atingir 60 m de altura? 37. Um gerador de energia elétrica lança a x 60 – 2x
potência P = 36i 6i 2 , em watts, em um circuito elétrico em que i é a intensidade, em ampères, da corrente elétrica que atravessa o gerador. Determine o número
A secção transversal da calha é um retângulo que tem área dada por
de ampères da corrente elétrica quando a potência do gerador é de 54 watts.
A = (60 2x) x . Sabendo que a capaci
38. A receita, R, na venda de q unidades de
dade da calha é maximizada quando a
um produto é dada por R = 2q 2 + 200q .
área é 450 cm 2, determine o valor de x
Determine a(s) quantidade(s) vendida(s)
que possibilita essa maximização.
quando a receita é de:
36. Da sacada de um apartamento, a 30 metros
a) $ 1.800,00
b) $ 5.000,00
de altura, um objeto é lançado vertical
39. O lucro, L, na venda de q unidades de um
mente para cima com velocidade inicial de
produto é dado por L = 2q 2 +160q 1.400.
20 m/s. A altura, h, do objeto após t segun
Determine a(s) quantidade(s) vendida(s)
dos do lançamento pode ser aproximada
quando o lucro é de:
2
por h = 30 + 20t 5t .
a) $ 1.000,00
b) $ 1.800,00
1.6 Intervalos numéricos Os intervalos numéricos são subconjuntos dos números reais e podem ser representados gra ficamente em retas. Nas representações gráficas dos números que são extremos do intervalo, uma “bola” vazia indica que o extremo não pertence ao intervalo, e uma “bola” cheia indica que o número pertence ao intervalo. A seguir representamos de maneira geral cada tipo de intervalo, com um respectivo exem plo na sequência.
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
Intervalo aberto Nos intervalos abertos, os extremos não pertencem ao conjunto. ]a, b[ = {x
| a < x < b}
a
b
Figura 1.11 Intervalo aberto
Exemplo 36: | 2 < x < 3}
] 2, 3 [ = {x
–2
3
Intervalo fechado Nos intervalos fechados, os extremos pertencem ao conjunto. [a, b] = {x
| a x b}
a
b
Figura 1.12 Intervalo fechado
Exemplo 37: | 2 x 3}
[ 2, 3] = {x
–2
3
Intervalos semiabertos Nos intervalos semiabertos, um dos extremos pertence ao conjunto e o outro extremo não pertence ao conjunto. [a, b[ = {x
| a x < b}
a
b
Figura 1.13 Intervalo semiaberto à direita ]a, b] = {x
| a < x b}
a
b
Figura 1.14 Intervalo semiaberto à esquerda
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28
F U N D A M E N T O S D E M AT E M ÁT I C A PA R A E N G E N H A R I A S E T E C N O L O G I A S
Exemplo 38: a) [ 2, 3[ = {x
| 2 x < 3}
b) ] 2, 3 ] = {x
| 2 < x 3}
–2
3
–2
3
Intervalos infinitos Nos intervalos infinitos, temos apenas um extremo indicado por número e costuma-se usar os parênteses junto aos símbolos de + e [a, + [ = [ a, + )= {x
.
| x a}
a
–∞
Figura 1.15 Valores reais maiores ou iguais a a ]
, a] = (
| x a}
, a] = {x
–∞
a
Figura 1.16 Valores reais menores ou iguais a a
] a, + [ = ] a, + )= {x
| x > a}
a
+∞
Figura 1.17 Valores reais maiores que a ]
, a[ = (
| x < a}
, a[ = {x
–∞
a
Figura 1.18 Valores reais menores que a
Exemplo 39: a) [ 4, + [ = [ 4, + ) = {x b) ]
, 4] = (
| x 4}
, 4] = {x
c) ] 4, + [ = ] 4, + ) = {x d) ]
, 4[ = (
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, 4[ = {x
| x 4}
4
–∞
| x > 4}
| x < 4}
4
4
4 –∞
+∞
+∞
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
Exercícios 40. Represente graficamente os intervalos:
42. Dados os intervalos A = [ 2, 5] e
| 4 < x < 5}
a) A = {x
b) B = { x c) C = { x d) D = {x e) E = { x f) F = { x g) G = {x h) H = {x
| 8
x
B =[3, 7[ , sendo o universo, obtenha: b) A ∩ B a) A ∪ B
5}
| 3 x < 10 } | 6 < x 0} | x 5}
| x 2}
c) A B
d) B A
e) AC
f) BC
(Sugestão: represente geometricamente os intervalos, um acima do outro, antes de
| x > 2}
realizar as operações.)
| x < 0}
43. Dados os intervalos A = ]
41. Represente graficamente os intervalos:
, 7] e
B = [ 5, + [ , sendo o universo, obtenha:
a) A = [ 1, 4 ]
b) B = ] 3, 8[
c) C = ] 5, 8]
d) D = [ 4, 3[
c) A B
e) E = ]
, 7]
f) F = [ 2, + [
b) A ∩ B
e) AC
f) BC
g) G = ]
,
3[
a) A ∪ B
d) B A
h) H = ] 5, + [
1.7 Desigualdades e inequações do primeiro grau Quando lidamos com situações práticas em diversas aplicações da matemática, é comum lidarmos com desigualdades e inequações. A seguir vamos rever propriedades e princípios que envolvem desigualdades e, com base nesses elementos, resolveremos inequações do pri meiro grau.
Desigualdades Vamos lembrar uma importante propriedade dos números reais: Tricotomia – Sendo a e b números reais, ocorre uma única das possibilidades: a < b ou a = b ou a > b . Se a < b ou a = b, escrevemos a b ; e se a > b ou a = b , escrevemos a b . Se numa sentença matemática houver um dos símbolos < , > ,
ou , então a sentença é
uma desigualdade.
Exemplo 40: a) 3 < 7 b)
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3 > 7 c) 0
3 d) 0
3 e) 2x < 10 f) 3x 2 10
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Sentenças abertas (como 2x < 10 e 3x 2 10 ) são chamadas inequações. Inequações equivalentes são aquelas que, a partir do mesmo conjunto universo, apre sentam o mesmo conjunto solução.
Exemplo 41: As inequações 2x < 10 e x +1< 6 são equivalentes em , pois apresentam
o mesmo conjunto solução S = {x
| x < 5} .
Princípios aditivo e multiplicativo de desigualdades A seguir temos dois importantes princípios para desigualdades e que são úteis na resolução de inequações. Princípio aditivo da desigualdade: “Ao somarmos o mesmo número a ambos os membros de uma desigualdade verdadeira, obtemos uma desigualdade verdadeira.” a< b
a+c < b+c
a> b
a+c > b+c
a b
a+c
b+c
a b
a+c
b+c
Note que, ao somarmos o mesmo número aos membros da desigualdade, mantém-se o sinal da desigualdade.
Exemplo 42: a) 6 > 3
6 + 4 > 3+ 4
b) 8 4
10 > 7
8 + ( 10 ) 4 + ( 10 )
18
6
O princípio multiplicativo, por sua vez, leva em consideração duas situações distintas. Princípio multiplicativo da desigualdade: “Ao multiplicarmos ambos os membros de uma desigualdade verdadeira pelo mesmo número positivo, obtemos uma desigualdade verdadeira.” Se c > 0:
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a< b
a c <b c
a> b
a c >b c
a b
a c
b c
a b
a c
b c
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
31
“Ao multiplicarmos ambos os membros de uma desigualdade verdadeira pelo mesmo número negativo, obtemos uma desigualdade verdadeira desde que seja invertido o sinal da desigualdade. Se c < 0: a< b
a c >b c
a> b
a c <b c
a b
a c
b c
a b
a c
b c
Note que, ao multiplicarmos os membros da desigualdade pelo mesmo número c, mantém-se o sinal da desigualdade se o número c for positivo e inverte-se o sinal da desigualdade se o número c for negativo.
Exemplo 43: a) 6 > 3 b) 8
6∙5>3∙5
d) 8
8 5 4 5
4
c) 6 > 3
6 4
30 > 15 40
( 5 ) <3 ( 5) 8 ( 5) 4 ( 5)
20
30 < 15 40
20
Esses princípios, aditivo e multiplicativo, são usados na resolução de inequações. Busca-se transformar uma inequação em outra inequação equivalente ao realizar as operações elementares sobre uma inequação: Ø Operação elementar: soma do mesmo número aos dois membros da inequação; Ø Operação elementar: multiplicação dos dois membros da inequação por um mesmo número diferente de zero (mantém-se o sinal da desigualdade se o multiplicador for positivo; inverte-se o sinal da desigualdade se o multiplicador for negativo).
Inequações do primeiro grau Uma inequação com uma incógnita x é denominada inequação do primeiro grau se pode ser reduzida por meio de operações elementares a uma das formas ax < b,
ax > b,
ax b,
ax b
em que a e b são números reais e a 0. Para resolvermos uma inequação do primeiro grau, realizamos, sobre ela, as operações elementares descritas anteriormente, obtendo inequações equivalentes e mais simples, até que o conjunto solução fique óbvio.
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Exemplo 44: Resolva a inequação 4x 10 6x + 20 em . Solução (“passo a passo”):
Solução (“resumida”):
4x 10 6x + 20
4x 10 6x + 20
4x 10 +10 6x + 20 +10
4x 6x 20 +10 2x 30
4x 6x + 30 4x 6x 6x + 30 6x 2x 30 1 ( 2x) 2
1 30 2
(Houve inversão do sinal!) x
15
S = {x
x
x
30 2
(Houve inversão do sinal!) x
15
S = {x
x
15}
15}
Exercícios 44. Resolva as inequações em :
no decorrer do tempo t pode ser aproxi
a) 4x 12 > 0
mada por Q = 240 4t . Sendo o tempo
b) 2x +16 0
dado em dias, para que valores de t temos
c) x 3 5
60 Q 180?
d) 2x + 4 10 e) 5 < 3x + 8
9 46. A expressão F = C + 32 permite a con 5 versão entre as escalas de temperatura
f) 12 > 2x 4
Fahrenheit (F) e Celsius (C). Para que
g) 12 + x 3 2x
valores de C temos:
h) 3x + 8 10 + 4x
a) Temperaturas superiores a 59 oF?
i) 4(x 3)
5(6 + x)
b) Temperaturas inferiores a 104 oF?
j) 2(x + 5) (4 x)> 3(x 6)+ 2(1 x)
47. Em um experimento, uma pilha comum
k)
x x + < 38 x 3 4
de lanterna teve sua equação caracterís tica dada por U = 1, 5 0,5 i, em que U
l) x 1 + 2 x 3x 7 2 3 6 3(x 1) 2(1 x) 5( x 1) (x +1) m) 2 3 4 6 45. Em um período de estiagem, um reser
é a diferença de potencial, medida em
vatório perdeu água a uma taxa cons
quando a diferença de potencial é inferior
tante, e a quantidade Q de água (em
a 0,7V e superior a 0,10V?
volt (V), e i é a intensidade da corrente, medida em ampère (A), que atravessou a pilha. Qual o intervalo de variação de i
milhões de litros) restante no reservatório
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C A P Í T U L O 1 • A R I T M É T I C A E Á L G E B R A E L E M E N TA R E S
48. A velocidade, V , de um móvel é dada por
50. Uma pessoa tem duas propostas de em-
V = 3t +15 , em que o tempo t é dado em
prego como vendedor. Na loja “A”, o salá
segundos. Para quais instantes a veloci
rio, S, mensal proposto depende do valor,
dade é superior a 45 m/s?
v, de suas vendas em um mês e é dado
49. Uma máquina de uma linha de pro
por SA = 2.500 + 0,03v. Na loja “B”, o salá
dução tem seu valor V depreciado no
rio mensal proposto também depende do
decorrer do tempo t estimado pela rela
valor de suas vendas mensais e é dado por
ção V = 250.000 1.250t , sendo o tempo
SB = 3.500 + 0,01v.
medido em meses.
a) Quais os valores das vendas mensais,
a) A partir de quais valores de t a má
em cada loja, para que o salário seja supe
quina tem valor inferior a $ 150.000,00?
rior a $ 4.000,00?
b) Para quais valores de t a máquina per
b) Para quais valores de vendas mensais o
manece com valor superior a $ 100.000,00?
salário da loja “A” é superior ao da loja “B”?
33
1.8 Razão e proporção Os conceitos envolvidos no estudo das razões e proporções possibilitam a resolução de mui tos problemas práticos, além de servirem de base para o desenvolvimento da “regra de três”.
Razão de dois números A razão de um número a para um número b, com b 0, é dada pelo quociente a . b
Exemplo 45: Em uma sala, temos 20 homens e 30 mulheres.
20 2 = . 30 3 30 3 = . b) A razão do número de mulheres para o número de homens é 20 2 20 2 c) A razão do número de homens para o número de pessoas da sala é = . 50 5
a) A razão do número de homens para o número de mulheres é
Proporção Os números, diferentes de zero, a, b, c e d, formam, nessa ordem, uma proporção se, e somente a c se, forem iguais às razões e , ou seja, b d a c = . b d
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a c = lemos “a está para b, assim como c está para d”. Podemos também b d escrever essa proporção como a /b = c /d , o que motiva chamar os números a e d de “extreNa proporção
mos” e os números b e c de “meios”.
Exemplo 46: Os números 4, 6, 2 e 3 formam, nessa ordem, uma proporção: 4 2 = 6 3
Propriedades das proporções Para as propriedades, os números a, b, c, d,..., m e n são diferentes de zero. Ø Propriedade 1:
a c = b d
a d=b c
Exemplo 47: Determine o valor de x na proporção
x 4 = . 3 6
Aplicando a propriedade, obtemos 6x = 4 3 12 6 x=2 x=
Ø Propriedade 2:
a c = b d
a±b c±d = b d
4 2 = : 6 3 a) Aplicando a soma, obtemos as igualdades: 4 2 4 +6 2+ 3 = = 6 3 6 3 b) Aplicando a diferença, obtemos as igualdades: 4 6 2 3 4 2 = = 6 3 6 3
Exemplo 48: Dada a proporção
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10 5 = 6 3 2 1 = 6 3
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Ø Propriedade 3:
35
a c m a + c +…+ m = =…= = b d n b + d +…+ n
(b + d +…+ n 0) Na propriedade 3, as sequências (a, c, ..., m) e (b, d, ..., n) de termos correspondentes nas
razões formam uma proporção múltipla e, nesse caso, dizemos que os números da primeira sequência são diretamente proporcionais aos números da segunda sequência.
Exemplo 49: 2 4 6 2+ 4 +6 = = = 3 6 9 3+6 +9
2 4 6 12 = = = 3 6 9 18
Exemplo 50: As medidas dos ângulos internos de um triângulo são diretamente propor cionais aos números 2, 7 e 9. Calcule as medidas desses ângulos. Solução: Considerando x, y e z as medidas procuradas, temos ângulos internos dada por x + y + z = 180 o.
x y z = = e a soma dos 2 7 9
Aplicando a propriedade 3, temos: x y z x + y + z 180 o = = = = = 10 o 2 7 9 2+7 + 9 18 Calculando cada incógnita, obtemos as medidas: x = 10 o 2
x = 2 10 o
x = 20 o
y = 10 o 7
y = 7 10 o
y = 70 o
z = 10 o 9
z = 9 10 o
z = 90 o
Exercícios 51. Em um departamento de projetos, temos
b) A razão do número de designers para o
15 engenheiros e 20 designers. Escreva:
número de engenheiros.
a) A razão do número de engenheiros
c) A razão do número de engenheiros
para o número de designers.
para o número de profissionais.
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52. Entre 80 estudantes de engenharia entre
56. Álcool e gasolina estão presentes no
vistados, 35 preferem Matemática e os
tanque de combustível de um carro flex.
demais, Física. Escreva:
As quantidades x e y de álcool e gasolina,
a) A razão do número dos que preferem vistados.
respectivamente, se relacionam con x y . Sabe-se que forme a proporção = 36 54 o tanque tem atualmente 30 litros de com
b) A razão do número dos que preferem
bustível. Quais as quantidades de álcool e
Física para o número dos que preferem Ma
gasolina presentes na mistura do tanque?
Matemática para o número de entre
temática.
57. Em um terreno de 360 m 2, a razão entre a
53. Verifique se os números a seguir formam,
área construída e a área livre restante é 5 . 4 Determine a área construída.
na ordem dada, uma proporção: a) 7, 5, 35 e 25
58. Na composição de uma liga metálica, as
b) 9, 12, 6 e 10
quantidades de aço, chumbo e cobre são
54. Obtenha o valor de x nas proporções: a) x = 9 4 12
diretamente proporcionais aos núme
b) 7 = 35 5 x
ros 9, 7 e 4. Determine as quantidades de cada metal presente numa barra de 5 kg
55. Sabendo que x + y = 12, determine o valor x y das incógnitas na proporção = . 5 15
dessa liga.
1.9 Regra de três No estudo da “regra de três”, além da abordagem usual, resolveremos alguns problemas por meio de multiplicações diretas, e isso possibilitará a resolução rápida de problemas que envol vem regras de três compostas.
Grandezas diretamente proporcionais As grandezas X e Y de medidas variáveis x e y, respectivamente, são diretamente proporcionais se, e somente se, y =k x sendo k uma constante não nula e x
0,e y = 0 se x = 0.
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Exemplo 51: A tabela traz o tempo necessário t para um móvel percorrer a distância d correspondente a uma velocidade constante de 5 m/s. t (segundos)
10
20
30
40
d (metros)
50
100
150
200
Temos distância e tempo diretamente proporcionais, pois 50 100 150 200 = = = =5 10 20 30 40 Observação: uma sequência de números reais não nulos (x, y, z, ...) tem os valores direta mente proporcionais a outra sequência de números reais não nulos (a, b, c, ...) se as razões dos termos correspondentes forem iguais, isto é, se x y z = = = … = k, com k 0 a b c
Regra de três simples direta Uso do dispositivo prático da regra de três simples direta por meio das proporções: em pro blemas que envolvem duas grandezas X e Y, diretamente proporcionais, se forem conhecidas duas medidas x1 e x2 de X e uma medida correspondente y1 de Y, então pode-se determinar a outra medida correspondente y2 de Y.
Exemplo 52: Um móvel com velocidade constante percorre 36 metros em 3 segundos. Quanto percorrerá em 8 segundos? Solução: Temos duas grandezas diretamente proporcionais, pois, quanto maior o tempo, maior será a distância percorrida e a velocidade é constante. Sendo D a distância, T o tempo e x a distância procurada: ↑
T
D
3
-----
36
8
-----
x
↑
Como as grandezas são diretamente proporcionais, podemos fazer 3 36 = 8 x Realizando o produto em cruz, temos 3x = 8 36 e após os cálculos, obtemos x = 96 metros. Observação: Nesse exemplo, a resolução da equação os passos
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3 36 pode ser feita seguindo = 8 x
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3x = 8 36 x=
8 36 3
x=
8 36 3
e, nesse passo, notamos que a distância 36 metros é multiplicada pelo fator que 1.
8 , que é maior 3
8 > 1, resulta em 96, que é uma distância maior que 36, 3 8 como esperado para o problema. O fator é formado pelos valores da grandeza tempo. 3 Os problemas de regra de três podem ser resolvidos utilizando multiplicações e fatores Essa multiplicação, por um fator
similares a esse.
Grandezas inversamente proporcionais As grandezas X e Y de medidas variáveis x e y, respectivamente, são inversamente proporcionais se, e somente se, x y=k (k é constante não nula)
Exemplo 53: A tabela traz o tempo necessário t para um móvel percorrer a distância de 1.000 m para diferentes velocidades v. t (segundos)
200
100
50
25
v (metros/segundos)
5
10
20
40
Temos velocidade e tempo inversamente proporcionais, pois 5 200 = 10 100 = 20 50 = 40 25 = 1.000 Observação: Uma sequência de números reais não nulos (x, y, z, ...) tem os valores inver samente proporcionais a outra sequência de números reais não nulos (a, b, c, ...) se os pro dutos dos termos correspondentes forem iguais, isto é, se x a = y b = z c = … = k , com k 0
Regra de três simples inversa Uso do dispositivo prático da regra de três simples inversa: feito de maneira parecida com a regra de três simples e direta.
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Exemplo 54: Um móvel percorre uma distância com a velocidade de 72 metros/segun do em 20 segundos. Em quanto tempo percorrerá a mesma distância se a velocidade for de 12 metros/segundo? Solução: Temos duas grandezas inversamente proporcionais, pois, quanto menor a velo cidade, maior será o tempo necessário para percorrer a mesma distância. Sendo V a velocidade, T o tempo e x o tempo procurado: ↓
V
T
72
-----
20
12
-----
x
↑
Como as grandezas são inversamente proporcionais, podemos fazer 12x = 72 20 e após os cálculos, obtemos x = 120 segundos. Observação: Nesse exemplo, a resolução da equação 12x = 72 20 pode ser feita seguindo os passos x=
72 20 12
x=
72 20 12
e, nesse passo, notamos que o tempo 20 segundos é multiplicado pelo fator maior que 1.
72 , que é 12
72 > 1 resulta em 120, que é um tempo maior que 20, 12 72 como esperado para o problema. O fator é formado pelos valores da grandeza velo 12 cidade. Os problemas de regra de três podem ser resolvidos utilizando multiplicações e
Essa multiplicação por um fator
fatores similares a esse. Um fator entre 0 (zero) e 1 indicará uma diminuição do valor ini cial da grandeza procurada.
Regra de três composta A regra de três composta é usada em problemas que envolvem três ou mais grandezas. As grandezas envolvidas podem ser direta ou inversamente proporcionais.
Exemplo 55: Em um alojamento, 12 atletas consomem 216 kg de alimento durante 15 dias. Alimentando-se da mesma forma, quantos quilos de alimento 8 atletas consumirão em 20 dias? Solução: Seja x a quantidade de alimento procurada
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Atletas
Alimento
Dias
12
216
15
8
x
20
Obtemos a quantidade de alimento analisando os “fatores” de aumento ou diminui ção que as variáveis “atletas” e “dias” causam separadamente sobre a variável “alimento”, dada inicialmente pela quantidade 216 kg. Ø Para “atletas”: Se o número de atletas diminuiu de 12 para 8, espera-se que a quanti dade de alimento diminua, ou seja, o fator a ser aplicado sobre a quantidade 216 kg será 8 < 1. 12 Ø Para “dias”: Se o número de dias aumenta de 15 para 20, espera-se que a quantidade de 20 > 1. alimento aumente, ou seja, o fator a ser aplicado sobre a quantidade 216 kg será 15 Finalmente, a quantidade de alimento será: x=
8 20 216 12 15
x = 192 kg
Exercícios 59. João recebe $ 900,00 por 12 horas extras realizadas. Quanto receberá se realizar
o mesmo estoque se for 360 o número de pessoas? 64. Na construção civil, 12 pedreiros cons
18 horas extras? 60. Sabendo que a quantidade de 15 quilos
troem um muro em 9 dias. Trabalhando
de um composto químico custa $ 960,00,
com a mesma eficiência, quantos pedrei
quanto custa 8 quilos do mesmo composto?
ros são necessários para construir o mes-
61. O preço de 7,5 m de um piso é $ 634,50. 2
Qual é o preço de 36 m 2 do mesmo piso?
mo o muro se o prazo for de 6 dias? 65. Com $ 450,00, foi possível comprar 36
62. Para percorrer o trajeto de casa para o
unidades de um produto. Quantas uni
trabalho, uma pessoa leva 20 minutos
dades do mesmo produto é possível com
a uma velocidade média de 45 km/h.
prar com $ 1.000,00?
Quanto tempo levará para percorrer o
66. Abrindo completamente 9 torneiras idên
mesmo trajeto se a velocidade média for
ticas, é possível encher uma caixa d’água
de 60 km/h?
em 216 minutos. Quanto tempo levaria
63. Em um restaurante, o estoque de alimen
para encher a mesma caixa d’água se ape
tos é suficiente para alimentar 200 pes
nas 4 das mesmas torneiras forem aber
soas durante 18 dias. Quanto tempo dura
tas completamente?
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67. Em um alojamento, 18 atletas consomem
69. Trabalhando 8 horas por dia, 12 pedrei
900 kg de alimento durante 25 dias. Ali
ros constroem 360 m2 de muro. Quantos
mentando-se da mesma forma, quantos
metros quadrados de muro são construí
quilos de alimento 12 atletas consumirão
dos por 15 pedreiros trabalhando com a
em 30 dias?
mesma eficiência durante 6 horas por dia?
68. Em um alojamento, 18 atletas conso
70. Em 9 dias, um muro de 2.700 m 2 é cons
mem 900 kg de alimento durante 25 dias.
truí do por 15 pedreiros trabalhando 8
Considerando 15 atletas alimentando-se
horas por dia. Supondo o mesmo “ritmo de
da mesma forma, quantos dias durarão
construção”, quantos metros quadrados de
540 quilos de alimento?
muro são construídos por 10 pedreiros que
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trabalham 5 horas por dia durante 12 dias?
1.10 Porcentagem A seguir apresentamos os conceitos básicos a respeito de porcentagem.
Porcentagem Porcentagem é uma razão centesimal (o denominador é 100). Costumamos representar uma porcentagem pela fração centesimal, pelo decimal correspondente ou usando o número que expressa a porcentagem acompanhado do símbolo %.
Exemplo 56: a)
x 25 1 = 0,01= 1% b) = 0, 25 = 25% c) =x % 100 100 100
Para calcular “ x por cento de A ”, ou seja, “ x % de A”, basta fazer
x A. 100
15 60 = 9 . 100 Podemos calcular de maneira rápida “o percentual que um número A representa em rela
Exemplo 57: Para calcularmos 15% de 60, fazemos
ção a outro número B”; em outras palavras, calculamos “quantos por cento a quantia A é da quantia B” ou, ainda, dizemos que “A é x % de B”, fazendo x=
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A 100% B
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Exemplo 58: O número 15 representa que porcentagem de 60? Solução: Seja x a porcentagem procurada: x=
15 100% 60
x = 0, 25 100% x = 25%
Acréscimos percentuais Aumentando em x% uma quantia A , obtemos: A + x% de A = A +
x x A = 1+ 100 100
A
Exemplo 59: Uma mercadoria que custava $ 200,00 teve um aumento de 25%. Qual é seu novo preço? Solução: 200 + 25% de 200 = 1+
(1+ 0, 25)
25 100
200 =
200 = 1, 25 200 = 250
Resposta: $ 250,00
Reduções percentuais Reduzindo em x% uma quantia A, obtemos: A x% de A = A
x x A= 1 100 100
A
Exemplo 60: Uma mercadoria que custava $ 200,00 teve uma redução de 25 %. Qual é seu novo preço? Solução: 200 25% de 200 = 1
(1
25 100
200 =
0, 25) 200 = 0,75 200 = 150
Resposta: $ 150,00
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Acréscimos e reduções percentuais sucessivas Aumentando, sucessivamente, em x1%, x2 %,..., xn % uma quantia A, obtemos a quantia final An : An = A 1+
x1 100
1+
x2 x … 1+ n 100 100
Exemplo 61: Uma mercadoria que custava $ 5.000,00 teve aumentos sucessivos de 25%, 12% e 8%. Qual é seu novo preço? Solução: Sendo P o seu preço final, então P = 5.000 1+
25 100
1+
12 100
1+
8 100
P = 5.000 (1+ 0, 25) (1+ 0,12) (1+1,08 ) P = 5.000 1, 25 1,12 1,08 P = 7.560 Resposta: $ 7.560,00 Reduzindo, sucessivamente, em x1%, x2 %,..., xn % uma quantia A, obtemos a quantia final An : An = A 1
x1 100
1
x2 xn … 1 100 100
Exemplo 62: Uma mercadoria que custava $ 5.000,00 teve reduções sucessivas de 25 %, 12 % e 8 %. Qual é seu novo preço? Solução: Sendo P o seu preço final, então P = 5.000 1
25 100
1
12 100
1–0,08
P = 5.000 (1 0, 25) (1 0,12) (1 0,08 ) P = 5.000 0,75 0,88 0,92 P = 3.036 Resposta: $ 3.036,00
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Exercícios 71. Calcule a porcentagem de:
77. Um produto custava $ 4.800,00 e teve
a) 43 sobre 100
b) 1 sobre 10
aumentos sucessivos de 15%, 6% e 5%.
c) 3 sobre 10
d) 350 sobre 100
Qual seu novo preço?
e) 400 sobre 100
f) 16 sobre 10
g) 15 sobre 20
h) 40 sobre 200
i) 20 sobre 50 j) 2 sobre 5 72. Escreva, sob a forma de números deci
78. Um produto custava $ 1.200,00 e teve reduções sucessivas de 40%, 10% e 5%. Qual seu novo preço? 79. Um produto custava $ 2.400,00 e teve
mais, as seguintes porcentagens:
aumentos sucessivos de 50% e 20%,
a) 75%
b) 25%
c) 3%
seguido de reduções sucessivas de 30% e
d) 1%
e) 99%
f) 135%
g) 250%
h) 0,5%
i) 33,333...%
73. Escreva, sob a forma de porcentagens, os seguintes números decimais:
15%. Qual seu novo preço? 80. Em um show musical, compareceram 2.400 pessoas, das quais 65 % eram mulheres. Na bilheteria, constatou-se que,
a) 0,35
b) 0,4
c) 0,05
a cada 5 mulheres, 3 pagaram meia-en
d) 1,45
e) 4,25
f) 0,015
trada. Constatou-se também que 70 % dos
g) 0,0025 h) 0,00075 i) 0,3333... 74. Calcule:
homens pagaram meia-entrada. a) Quantas pessoas pagaram meia-
a) 25% de 36
b) 15% de 60
-entrada?
c) 5% de 120
d) 2% de 480
b) Qual o percentual de pessoas que
e) 0,5% de 8.000
f) 0,03% de 288
pagaram entrada inteira?
g) 250% de 600
h) 1,25% de 2.000
75. Um produto custa $ 480,00. Qual será seu
81. Em uma fábrica, trabalham 1.800 funcio nários, sendo que, para cada 6 funcio
novo preço se ocorrer:
nários do sexo masculino, há 3 do sexo
a) Um aumento de 25%?
feminino. A proporção de funcionários
b) Um aumento de 75 %?
que vêm de outros municípios, diferentes
c) Um aumento de 0,5 %?
daquele em que a fábrica está instalada, é 2 3 de entre os homens e entre as mulhe 5 4 res. Determine a porcentagem de:
d) Um aumento de 150 %? 76. Um produto custa $ 960,00. Qual será seu novo preço se ocorrer:
a) Funcionárias da fábrica.
a) Uma redução de 35%?
b) Funcionários que vêm de outro
b) Uma redução de 85%?
município.
c) Uma redução de 0,5%?
c) Funcionários homens que vêm de
d) Uma redução de 99%?
outro município, considerando o total de funcionários que vêm de outro município.
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Exercícios complementares Acesse a página deste livro no site da Cengage para baixar os exercícios que comple mentam este capítulo e aprofunde seu conhecimento.
Palavras-chave União de conjuntos, 5
Equação do segundo grau, 22
Intersecção de conjuntos, 6
Fórmula de Bhaskara, 24
Diferença de conjuntos, 6
Intervalos, 26, 27, 28
Complementar de um conjunto, 7
Inequações do primeiro grau, 31
Potência de um número, 12, 14
Razão, 33
Regras de potenciação, 12
Proporção, 33
Raiz n-ésima, 13
Regra de três, 36, 37, 38, 39
Propriedades da raiz n-ésima, 13
Porcentagem, 41
Produtos notáveis, 15, 17
Acréscimos percentuais, 42, 43
Equação do primeiro grau, 19
Reduções percentuais, 42, 43
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